Nordeste – rede urbana atual Profa. Dra. Rita de Cássia Ariza da Cruz.

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Nordeste – rede urbana atual

Profa. Dra. Rita de Cássia Ariza da Cruz

Pressupostos teórico-metodológicos

O espaço é produzido social e historicamente;

Forte vínculo com crescimento econômico (heterogêneo e descontínuo)

Eixos diferenciados (dimensões e perfis urbanos diferenciados)

Cada vez maior imbricação urbano-rural

Necessário considerar

Divisão inter-regional do trabalho Dinâmica e espacialização do mercado de

trabalho Direcionamento da produção Maior ou menor apropriação do PIB Relações inter-regionais e mercado de consumo Grau de modernização agrícola Grau de urbanização/metropolização

Rede Urbana

...conjunto de centros urbanos funcionalmente articulados entre si...tipo particular de rede na qual os vértices ou nós são os diferentes núcleos de povoamento dotados de funções urbanas, e os caminhos ou ligações dos diversos fluxos entre esses centros. (CORRÊA, 2001: 93)

Rede urbana brasileira

Complexidade genética Diversos padrões espaciais Crescente complexidade funcional dos

centros urbanos Diversos tipos e intensidade de integração

interna e externa

A complexidade genética

Centros datados de diversos momentos Diferentes agentes propulsores (Coroa portuguesa,

Estado, empresas, ordens religiosas, anônimos) Diferentes propósitos envolvidos na criação Regra geral: vínculo a alguma atividade econômica

(engenho de açúcar, seringal, mina ou garimpo, capela ou fazenda, fábrica têxtil, entroncamento de rotas de comércio etc)

Padrões espaciais

Padrão dendrítico

Corredores urbanos

Rede nacional

A COMPLEXIDADE FUNCIONAL

Traduz-se, entre outros aspectos, no fato de que cada centro situa-se simultaneamente em pelo menos duas redes

↑ Diversos tipos e graus de integração

Nordeste – dinâmicas recentes

Maior integração do país, articulada ao K internacional

Emergência de um padrão de acumulação urbano-industrial

Diferenças: escondem processos homogêneos

especificidade do NE: elevado grau de exploração do trabalho

Três grandes eixos de arranjos produtivos na região

LITORÂNEO

CENTRAL

OESTE

NORDESTE : arranjos produtivosNORDESTE : arranjos produtivos

CACAU

R.ORNAMENTAIS

SISAL

CARNAÚBAAPICULTURA

CARCINOCULTURA

FLORES

SOJA

LATICÍNIO

VINICULTURA

OVINOCAPRINOCULTURA

FRUTICULTURA

GESSO

CAJÚ

OVINOCAPRINOCULTURA

LEITE

SUCROALCOLEIRO

POLO MÉDICO

AQUICULTURA

ALGODÃO E MILHO

TI

Fruticultura

Grãos

Turismo

Pólo de Carajás

Pólos Industriais e de Serviços Modernos

NORDESTE NORDESTE DINÂMICODINÂMICONORDESTE NORDESTE DINÂMICODINÂMICO

EIXO LITORÂNEO -antecedentes

Rede urbana não integrada – resultante mercado exterior; primeiras vilas-portos

Economia agro-exportadora – cidades não são “lugar de produção”

Privilegiado por investimentos em infra-estruturas (consolidação RMs)

litoralização

EIXO CENTRALAntecedentes

Caracterizado pelo complexo latifúndio-minifúndio (Celso Furtado) Algodão → incipiente rede urbana

Resultados Concentração propriedade fundiária + expansão atividade pecuária Expansão de culturas que requerem mão-de-obra qualificada Adoção de técnicas produtivas poupadoras de mão-de-obra

↓migração

EIXO OESTE

De um lado..... Processo de ocupação lento, incipiente e de

mais baixa estruturação Subordinação da atividade local à indústria

externa Pecuária ultra-extensiva (Piauí), extrativismo

vegetal, agricultura de subsistência

EIXO OESTE

De outro lado....

Cerrados baianos – uma das áreas mais dinâmicas da atualidade

Influência de Carajás: atração de mão-de-obra

Crescimento de núcleos urbanos regionais

Resultados espaciais

Incremento fluxos migratórios rural (push factors)→ cidades pequenas e médias

Interiorização da urbanização (Vale do São Francisco, Oeste Maranhense)

Outros resultados

≈ metade da pop. regional vive em 146 municípios com pop. superior a 50 mil habitantes = c. de 23 milhões de nordestinos (90% em áreas urbanas);

395 municípios (70%) tinham, em 2000, pop. inferior a 50.000 habitantes.

Figura 3

Proposta metodológica

Metrópoles regionais: densidade populacional, PEA elevada, elevada centralidade e influência;

Centros regionais (50.000 a 280.000 hab): variando de maior a menor grau de centralidade

Centros urbanos: concentração PEA em atividades administrativas, serviços e comércio

Localidades com potencial de desenvolvimento urbano Municípios com pop. inferior a 50 mil habitantes

Evolução pop. urbana/pop. total

Evolução pop. das capitais