Nós e Suturas

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Tecnicas para realização de nós e suturas, peculiaridades

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Fios cirúrgicos e Tipos de Nós e suturas cirúrgicas

Dr. Fernando de Oliveira Dutra

Fios

Caracteristicas

• Configuração – mono ou multifilamentares

• Capilaridade – capacidade de captação de liquidos

• Pilosidade – penugem dos fios

• Diâmetro

• Elasticidade

• Memória

• Maleabilidade

• Força de resistência a tração sobre o nó cirúrgico

• Absoção

Fios

Características do fio IDEAL

• Manutenção da força tênsil por tempo suficiente

• Porta-se como material inerte, provocando o mínimo de reação tecidual

• Alta resistência a tração e torção

• Calibre pequeno e regular

• Maior flexibilidade e pequena elasticidade

• Facilidade de esterilização

• Inexistencia de reação tecidual

• Baixo custo

Fios

Escolha do fio – composição do fio e tipo do tecido

Espessura é dada por seu diâmetro interno, em décimos de milímetro

A escala é crescente

Fios

Fios

Absorvíveis

•São aqueles que sofremdegradação e rapidamenteperdem sua tensão de estiramento até 60 dias

Fios

Fios

Não Absorvíveis

•São aqueles que retêm a força de tensão por maisde 60 dias

Fios

Fios Absorvíveis

Categute

• Multifilamentar

• Submucosa de intestino delgado de ovelhas ou serosa de bovinos

• Simples – absorção mais rápida (8 dias)

• Cromados – Absorção mais lenta (20 dias)

Fios Absorvíveis

Categute

• Alta permeabilidade – não deve serutilizado em suturas superficiais

• Corpo estranho – reação inflamatóriaintensa ao seu redor

• Anastomoses intestinais, ligadura vasos do subcutâneo, cirurgias ginecológicas

Fios Absorvíveis

Àcido Poliglicólico (Dexon)

• Sintético – polimerização do ácido glicólico

• Multifilamentado

• Resistência tênsil maior do que o categute

• Reabsorção por hidrólise entre 90 e 120 dias –resistência tênsil se perde em 3 semanas

• Pouca reação inflamatória

• Músculos, fácias, tecido celular subcutâneo

Fios Absorvíveis

Àcido Poligalático

Poliglactina 910 (Vicryl)

• Sintético

• Mais hidrofóbico e resistente que o poliglicólico

• Hidrólise em 60 a 90 dias

• Cirurgias gastrointestinais, urológicas, ginecológicas, oftalmológicas

Fios Absorvíveis

Polidioxanona (PDS)

• Sintético

• Monofilamentado

• Grande flexibilidade

• Absorção lenta – resistência tênsil por longo período

• Sutura de tendões, cápsulas articulares, fechamento de parede abdominal

Fios Não Absorvíveis

Seda

• Multifilamentar – fibras retorsidas ou trançadas

• Tratado com polibutilato

• Nós firmes

• Degradado ao longo dos anos, perdendo resistência tênsil

• Reação de corpo estranho

Fios Não Absorvíveis

Algodão

•Multifilamentar

•Maleável

•Nó forte

•Reação de corpo estranho

Fios Não Absorvíveis

Poliéster

• Sintético

• Multifilamentado

• Resistente

• Grande durabilidade

• Sutura de aponeuroses, tendões

• Sem cobertura – mersilene, surgilene

• Cobertura de polibitilato (Ethibond) ou teflon (Tevdek)

• Vários seminós para fixação segura

• Pouca reação inflamatória

Fios Não Absorvíveis

Nylon

• Elasticidade

• Resistência á água

• Mono ou multifilamentado

• Pouca reação inflamatória

• Alta memória – difícil de manipular

• Vários seminós

• Perde resistência tênsil com o tempo – degradado e absorvido em 2 anos

• Sutura de pele, aponeurose

Fios Não Absorvíveis

Polipropileno

(Prolene)

• Sintético

• Monofilamentado

• Pouca reação tecidual

• Resistência têncil por vários anos

• Sutura vascular, intradérmica

Fios Não Absorvíveis

Fios Metálicos

•Aço inoxidável

•Vantagens: pouca reação tecidual, maior segurança nos nós, não perdeforça tênsil

•Desvantagens: difícil manuseio, diâmetro, trauma a tecidos vizinhos

Adesivos teciduais

Adesivos de fibrina

•Fibrina fator VIII + Trombina

Nós Cirúrgicos

Entrelaçamento das extremidadesde um fio, formando uma alça, paracomprimir, ligar ou aproximarestruturas ou bordas de estruturas

• Tem que ser rápido e fácil

• Evitar que o fio entrelaçado se solte -afrouxamento

Nós Cirúrgicos

Contribuem para afrouxamento do nó:

• Tipo de nó

• Treinamento do cirurgião

• Grau de tensão dos tecidos a serem suturados

• Natureza do fio

Nós Cirúrgicos

Nó básico:

• Primeira laçada (seminó) – Contenção

• Segunda laçada (seminó) – Fixação(impede que o primeiro se afrouxe)

• Terceira laçada (seminó) – Segurança

• Quarto, quinto, etc – quando necessário para maior segurança

Nós Cirúrgicos

Cada laçada deve ser realizada em sentidooposto ao da anterior, para aumentar o atrito e evitar que o nó se afrouxe (nóquadrado – antideslizante)

• Laçadas no mesmo sentido – nó deslizante(afrouxamento)

• Fios sintéticos monofilamentares (nylon, polipropileno) – tendem a se afrouxar, necessáriovarios seminós

Nós Cirúrgicos

Nóscorrediços

Nós Cirúrgicos

Princípios técnicos:

• Movimentos iguais das mãos (opostas) executam um nó quadrado

• A ponta do fio que muda de lado após a execução do primeiro seminó deve voltar ao lado inicial para realizar o proximo seminó

Nós Cirúrgicos

Nós em sentidosopostos

Nós Cirúrgicos

Quando há tensão:

• Seminó duplo (nó de cirurgião)

• Porta-agulha como trava (1o assistente)

• Manter o nó tracionado entre o primeiro e o segundo seminós (nó de sapateiro)

• Risco de o fio rasgar o tecido se muito tracionado

Nós Cirúrgicos

Primeiro seminóduplo (nó de cirurgião)

Nós Cirúrgicos

Podem ser realizados com as mãos, com instrumentos ou de forma mista

Nós Cirúrgicos

Nó misto

Nós Cirúrgicos

Nó misto

Nós Cirúrgicos

Nó misto

Nós Cirúrgicos

Nó misto

Nós Cirúrgicos

Seminó

Nós Cirúrgicos

Nó levadocom a pontado indicador

Nós Cirúrgicos

Dedos emdireçõesopostas

Nós Cirúrgicos

Dedos emdireções opostase sem tracionar

a estrutura

Nós Cirúrgicos

Fiosinvertidos

Nós Cirúrgicos

Nómanual Pouchet

Nós Cirúrgicos

Nómanual Pouchet

Nós Cirúrgicos

Nómanual Pouchet

Nós Cirúrgicos

Nómanual Pouchet

Nós Cirúrgicos

Nómanual Pouchet

Nós Cirúrgicos

Nó de Sapateiro

Nós Cirúrgicos

Nó de Sapateiro

Nós Cirúrgicos

Nó de Sapateiro

Nós Cirúrgicos

Nó de Sapateiro

Nós Cirúrgicos

Nó de Sapateiro

Sutura

Para uma boa sutura

• Anti-sepsia e assepsia corretas

• União de tecidos de mesma natureza, de acordo com osdiferentes planos

• Hemostasia adequada

• Abolição dos espaços mortos

• Lábio ou bordas da ferida limpos e bem coaptados

• Ausência de corpos estranhos ou de tecidos desvitalizados

• Emprego de suturas e fios adequados, realizados com técnica apropriada

Sutura

• Vantagens:

• O afrouxamento de um nó, ou a sua soltura, nãointerfere no restante da sutura

• Há menor quantidade de corpo estranho no interior do ferimento cirúrgico

• Os pontos são menos isquemiantes do que na sutura contínua

• Desvantagens:

• Mais trabalhosa

• Mais demorada

Sutura em pontos separados

Sutura

• Tipos

• Com pontos simples

• Com pontos simples, nó para o interior da ferida

• Ponto em “U” horizontal (Wolff)

• Ponto em “U” vertival

• Ponto em “X” horizontal (Sultan)

• Ponto em “X” horizontal com nó para o interior da ferida

Sutura em pontos Separados-Interrompidos

SuturaSutura em

pontosSeparados ouInterrompidos

Sutura

• Tipos:

• Donatti

• Grandes aproximações

• A primeira passagem é realizada a 5mm das duas bordas da ferida, a segunda passagem (a volta) é feita a 2-3mm das bordas da ferida

• Maior resistência

Sutura em pontos Separados-Interrompidos

SuturaSutura em

pontosSeparados ouInterrompidos

Sutura

• Nó inicial - sutura - nó terminal

• Vantagens:

• Mais rápida

• Hemostática

• Desvantagens:

• Afrouxamento ou soltura de um nó elimina a força da sutura

• Isquêmico

Sutura Contínua

Sutura

•Tipos

•Chuleio simples

•Chuleio ancorado

•Sutura em barra grega

• Intradérmica

Sutura Contínua

Sutura

ChuleioSimples

Sutura

ChuleioAncorado

Sutura

Barra Grega

Sutura

Sutura com Grampeadores

• Grampos metálicos

• Diferentes formatos de grampeadores –diferentes locais e tecidos

• Síntese adequada, rápida, segura, homogênea, com pequena reação tecidual

SuturaSutura com

grampeadoresendoluminal

SuturaSutura com

grampeadorespele

SuturasSutura

GrampeadorLaparoscópico

SuturasSuturaManual

Laparoscópica

Fim