Post on 08-Jul-2020
Novas vacinas : Seu impacto em
pediatria
Margarida Correia0521 Ormed Angola
Luanda, 09.11.017
Sumário
1. Introdução2. Generalidades3. Impacto da introdução de novas vacinas
•Visão Global•Espectro Nacional
4. Bibliografia
Introdução 1
1974OMS - Programa Alargado de Vacinação
•Angola- 1979
Objectivo - Promover Protecção ( via imunização infantil de rotina)
•6 doenças imunopreveníveis
Introdução2
1974Doenças preveníveis pela vacinação
Vacinas1796
PertussisPoliomielite
Tuberculose
Tétano
Difteria
Sarampo
4
Introdução3
Vacinas1796
Varíola
Pertussis
Hib
OPV
BCG
Pneumo
Febre Amar.
TétanoHep.B
DifteriaHep.A
sarampoRotavirus
IPV
Cólera
Raiva
Rubéola
Parotidite
Meningococo
Varicela
influenza
HPV
F. Tifoide
5
Evolutivamente•Várias Novas vacinas disponíveis
Malária
Encef.jap.
Introdução4
Evolutivamente•Incremento na Acessibilidade (Global funding for Imunization, e Aliança GAVI )
Introdução5
Evolutivamente•Incremento na Acessibilidade (Global funding for Imunization, e Aliança GAVI )
Generalidades 1Imunização/vacinação
Objectivo imediato
• Prevenção de doenças em pessoas ou grupos
Objectivo final
• Controle da transmissão de infecções
• Eliminação das doenças
• Erradicação do agente patógeno que causa a doença
8
Impacto da introdução de novas vacinasVisão Global
9
Novas vacinas Impacto nos sistemas de imunização e de saúde em geral
Positivo• Pode fornecer oportunidades
e recursos pª reforçar um sistema existente
Negativo
• Pode acrescentar stress pª uma infra estrutura pré-existente frágil ( armazenamento…)
(Recursos financeiros ; construção depósitos; formação sobrecarga orçamentos)
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Aumentar capacidade de estocagem
Impacto de novas vacinas num sistema de saúde 1
11
Impacto de novas vacinas na imunização e sistemas de saúde 1
2010 (solicitação SAGE ( strategic Advisory Group ofExperts)(OMS)
Conduzida revisão sistemática (publicações/ literatura)
– Examinar evidências do impacto da introdução de novas vacinas na saúde e sistemas de imunização relatadas na literatura médica
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MétodosEstratégia de pesquisa
– Selecção de termos que identificassem artigos com informação descrevendo o impacto de novas vacinas na imunização e sistemas de saúde
Termos inclusivos e eram escolhidos c/ ajuda de experts em imunizaçãoProcura dividida 2 categorias1- vacinas2- imunização e sistemas de saúde
7 databases (Medline, Embase, Nursing Update, West African Journal of Nursing, CINAHL, Web of Science, Global Health (considerados relevantes para as vacinas e programas de imunização e que podiam conter relatórios de países de baixo rendimento)
Publicações /relatos envolvendo assunto humanos publicados em qualquer língua
Final pesquisa 29 de Setembro 2010 (Dez,31, 1911-29 Set. 2010)
Critérios de inclusão• Títulos e resumos ( informação quali-quantitativa no impacto da introdução de novas
vacinas)• Artigos com abordagem relativa à incidência de doenças, carga da doença, cobertura
vacinal, campanhas de vacinação, substituição de algum serotipo ou eventos adversos pós vacinação (com dados ou discussão sobre o impacto da vacinas avaliados os resultados nos primeiros 5 anos depois da introdução
• Estudos de custo benefício (se incluíssem dados reais e não de projectos)• Artigos de opinião de Experts (com relato de dados)
• Excluidos– Ensaios clinicos (por não mostram impacto na imunização a seguir a introdução de vacinas)
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RESUL TADOS
56% relataram vacinas introduzidas 2000- 2008
Resultados 2Perspectiva Geral
75% dos estudos de países de alto rendimento
Resultados 3Perspectiva Geral
16% dos estudos de países de rendimento médio
Resultados 4Perspectiva Geral
3% estudos de países de baixo rendimento
10 doenças visadas : Hep. A(2%); Hep.B (24%); Dça por Hib( 22%); InfecçHPV( 10%);Inflza (1%); Meningite Mening(13%); dça por Strept. Pneum(22%.); Diarreia Rotav.(11%); F.Tifoide (2%)
Resultados 5
Fornecimento/Oferta de vacinas
Para muitos países a introdução de novas vacinas :
– Novas estratégias ou modificação das existentes (Israel evitou 3ª
injecções penta aos 6 meses + dor…)
– Vacinação de repescagem ( catch up) se introdução através da rotina ou campanha; vacinação nas escolas ou estratégias combinadas
– Promoção social, mobilização e educação sobre a nova vacina
(Austrália HPV campanha aproveitada pª educação sexual e falar do cancro do colo do útero)
Resultados 6
Sistemas de Informação
Introdução de novas vacinas :
-Estímulo pª desenvolver nova vigilância ou serviços de registo
(Meningite meningocócica; Doença pneumocócica invasiva pediátrica;
Nefropatia associada à Hepat.B; Diarreia por rotavírus)
Resultados7
Vacinas e tecnologias
Vacinas combinadas :- Menos injecções;
- Redução na capacidade de armazenamento
- Redução de custos de introdução (arrecadação de fundos pª outros inputs)
Seringas autobloqueantes (dose correcta, menos EAP)
Caixas Seguras (descarte material perfuro cortante)
Requerimento de maior capacidade de conservação (cadeia de frio e sistemas de logística)
Resultados 8Financiamento e sustentabilidade
Introdução de novas vacinas:
- Diminuição do nº de consultas e hospitalizações
- “ complicações e sequelas
-Inovação e diversificação na aquisição de fundos
•Menor demanda de
assistência
•Alteração nas decisões
terapêuticas
Resultados 9Liderança e Governação
Introdução de novas vacinas promove: - Uso de recomendações sobre vacinas e processos
regulatórios- ( Grupos de aconselhamento: Académicos pediatras e organizações de doenças infecciosas,
sociedades especificas de doenças, Experts pª licenciar e desenvolver recomendações)
-Planificação de campanhas de vacinação – sob programa de imunização, com inclusão do departamento de educação, saúde e defesa; instituições académicas
- Elaboração de Legislação - (Itália suspensão da autoridade parental na recusa vacina HepB rotina infantil e adolescentes( catch
up)
Discussão 10
• Pouca literatura revista designada a avaliar o impacto na imunização ou nos sistemas de saúde em geral
• Disponível na maioria proveniente de países de alto e médio rendimento– ( experiências pouco representativas pª os de baixo rendimento)
• Sugeriram Conclusões cuidadas / de interpretação nos contextos
Discussão 11
Introdução de novas vacinas:
Evidências nos países de alto rendimento – redução na incidência da doenças
- Redução no uso de antibióticos
- Redução na resistência aos antibióticos
- Extensão da Imunidade de rebanho ao resto da população não eleita (não alvo) pela vacinação
- Menor frequência no ambulatório e hospital e redução de custos
- Uso universal das seringas autobloqueantes e sensibilização / (ganho de consciência da importância das injecções seguras)
Discussão 12
Introdução de novas vacinas
• Comités de aconselhamento ( NITAGs) (orientação ministérios da saúde a desenvolver decisões baseadas em evidências pª a imunização
– (especial introdução de novas vacinas)
• Estabelecimento de legislação (pª melhoria de oferta de vacinas,
vacinação obrigatória ao recém nascido; leis para acesso à escola e sistemas de registo)
Discussão 13
Discussão 14
ANGOLA - QUE INFORMAÇÃO TEMOS?
Impacto da introdução de novas vacinasAngola - Que noao eo
30
31
32
Vigilância Sentinela
Meningite bacteriana invasiva Diarreias enteroinvasivas
Grupo de vigilânciaHospital Pediátrico David BernardinoLuanda
ANOS (2000)
DOENÇAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Malaria Casos 6756 4608 5401 4673 6634 3493 6573 2524 2957 4946 6330 3112 3717 2783 42551272
5
Letal% 27% 19% 17% 15% 15% 14% 11% 10% 11% 8% 11% 12% 10% 9% 8% 11%
DRACasos 5194 4342 4794 5831 5750 7266 5573 4858 4805 4522 4126 3564 2871 2781 2569 1764
Letal% 20% 14% 13% 11% 11% 9% 10% 8% 9% 7% 12% 11% 17% 11% 11% 21%
MNGCasos 1308 1084 1154 1673 1647 1873 2010 1483 1433 1138 1570 1058 930 893 1016 1438
Letal% 40% 38% 46% 38% 35% 33% 28% 28% 29% 23% 23% 26% 25% 16% 21% 23%
DDACasos 1313 1231 1430 1619 1562 1687 1917 1324 1326 1467 1198 668 675 670 735 585
Letal% 27% 26% 26% 20% 18% 15% 14% 13% 13% 11% 17% 16% 11% 11% 7,5% 11%
Meningit
e
Casos 976 871 703 725 717 795 703 524 411 409 294 285 175 144 116 136
Letal% 50% 54% 55% 48% 47% 45% 48% 50% 56% 48% 50% 48% 40% 35% 44% 36%
Distribuição anual das principais doenças evitáveis por número de casos internados
e óbitos no HPDB , 2001 - 2016
Serviço de Estatística HPDB
Vigilância de diarreia por Rotavírus
Vigilância integrada de diarreia por Rotavírus e meningite bacteriana
Implantação do sítio sentinela HPDB
2009
2013
Introdução das novas vacinas(Pneumo13-Rota)
Vigilância epidemiológica ROT/PBM
Avaliar o impacto da introdução das vacinas nas
doenças alvo
Acompanhar a evolução de micro-organismos implicados na imunizaçãoIdentificar estirpes implicadas e
surgimento de novas estirpesReajustar as estratégias de imunização
Objectivos
Grupo de Vigilância de diarreia por Rotavirus eMeningite Bacteriana por pneumococco (PBM)
Hospital Pediátrico David Bernardino
Definição de caso
Criança de 0 - 59 meses de idade com diarreia (3 dejecções moles ou aquosa em 24 horas) e ou dois ou mais episódios de vómitos sem outras
causa definida com menos de 7 dias de evolução
Criança de 0 - 59 meses de idade com febre e um dos seguintes sinais (convulsões, alteração de consciência, rigidez da nuca ou outros sinais
meníngeos)
Caso suspeito de rotavírus Caso suspeito de meningite
Sala de diarreiaConsultório de urgência/Emergência / reanimação
Enfermeiro1. Informar a mãe do propósito da
vigilância2. Preencher a ficha de investigação 3. Preencher a lista de estatística4. Rotular o frasco5. Recolher as fezes6. Encaminhar as fezes e a ficha ao
laboratório de urgência7. Se não houver fezes encaminhar a ficha
para estatística (Sr sabino) Laboratório de urg. 1. Antes das 14 horas encaminhar para o
laboratório central2. Depois das 14 h e final de semana
conservar as fezes a 4° e encaminha-las no dia seguinte às 7 horas para o laborat. central
Medico da área1. Informar a mãe do propósito da
vigilância2. Preencher a ficha de investigação (todos
itens e todos suspeitos)3. Avisar o enfermeiro de serviço para
colheitaEnfermeiro1. Rotular o frasco2. Recolher as fezes3. Encaminhar as fezes no laboratório de
urgência4. Se não houver fezes encaminhar a ficha
para estatística (Sr sabino) Laboratório de urg. 1. Antes das 14 horas encaminhar para o
laboratório central2. Depois das 14 h e final de semana
conservar a 4° C
Consultório de urgência/Emergência / reanimação
Local de atendimento / COLHEITA Local de atendimento / COLHEITA
Medico da área1. Informar a mãe do propósito da vigilância2. Preencher a ficha de investigação (todos itens) juntamente com pedido do
laboratório3. Realizar a punção lombar com ajuda do enfermeiro e com todos cuidados
de assépsia
Enfermeiro1. Rotular o frasco2. Encaminhar o LCR ao laboratório de urgência
Laboratório de urgência 1. Verificar o preenchimento correcto da ficha de investigação2. Realizar o exame citoquímico3. Colocar também os resultados do exame citoquímico na ficha de
investigação 4. Conservar o liquido cefalorraquidiano a 4° e encaminha-lo no dia seguinte
às 7 horas para o laboratório central
37
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Série 1
38
Distribuição dos resultados de serotipagem de casos de meningite confirmados por PCR (2010 e 2016).
Spn
Sítio Sentinela HPDB
39
AnoSerotipo (Spn)
2010 2011 2013 2015 2016 Total Geral
23 F 3 4 76 A/B 4 1 56 C/D 1 1 219 F 1 1 219 A 0 1 11 3 0 34 2 0 25 1 0 114 2 0 23 1 0 122 1 0 1N-PVC13 1 0 112(A/B/F) 1 0 1Total Geral 8
Evolução dos serotipos de
casos de meningite Spn
confirmados por PCR (2010 e
2016).
Sítio Sentinela HPDB
COBERTURA DA VACINAÇÃO DE ROTINA POR ANTIGENO 1º SEMESTRE DE 2015 E 2016
79
7
8183
23
83
77
60
87
7572
81
76
24
55
35
6163
23
61
67
54
64
54 54
44
53
9
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Co
be
rtu
ra e
m %
1º SEM_2015 1º SEM_201640
41
212
158
172
75
39
1726
1 2 4 1 3 3
145
133 134
148
115122
127
64
86
43 41
138
0
50
100
150
200
250
4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Hib Pneumo
Distribuição anual dos casos de Meningite SPn/Hib registados no lab. do HPDB entre
2004 e 2016
HibSPn
Sítio Sentinela HPDB
Avaliação do impacto da introdução de novas vacinas num sistema de imunização e de saúde em geral
43
891
703725 717
795
703
524
411 409
294 285
175144
104136
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
casos
casos
Evolução anual dos casos de Meningite registados no HPDB entre 2002 e 2016
Hibvac
Spvac
Sítio Sentinela HPDB
ANOS (2000)
DOENÇAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Malaria Casos 6756 4608 5401 4673 6634 3493 6573 2524 2957 4946 6330 3112 3717 2783 42551272
5
Letal% 27% 19% 17% 15% 15% 14% 11% 10% 11% 8% 11% 12% 10% 9% 8% 11%
DRACasos 5194 4342 4794 5831 5750 7266 5573 4858 4805 4522 4126 3564 2871 2781 2569 1764
Letal% 20% 14% 13% 11% 11% 9% 10% 8% 9% 7% 12% 11% 17% 11% 11% 21%
MNGCasos 1308 1084 1154 1673 1647 1873 2010 1483 1433 1138 1570 1058 930 893 1016 1438
Letal% 40% 38% 46% 38% 35% 33% 28% 28% 29% 23% 23% 26% 25% 16% 21% 23%
DDACasos 1313 1231 1430 1619 1562 1687 1917 1324 1326 1467 1198 668 675 670 735 585
Letal% 27% 26% 26% 20% 18% 15% 14% 13% 13% 11% 17% 16% 11% 11% 7,5% 11%
Meningit
e
Casos 976 871 703 725 717 795 703 524 411 409 294 285 175 144 116 136
Letal% 50% 54% 55% 48% 47% 45% 48% 50% 56% 48% 50% 48% 40% 35% 44% 36%
Distribuição anual das principais doenças evitáveis por número de casos internados
e óbitos no HPDB , 2001 - 2016
Serviço de Estatística HPDB
COBERTURA DA VACINAÇÃO DE ROTINA POR ANTIGENO 1º SEMESTRE DE 2015 E 2016
79
7
8183
23
83
77
60
87
7572
81
76
24
55
35
6163
23
61
67
54
64
54 54
44
53
9
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Co
be
rtu
ra e
m %
1º SEM_2015 1º SEM_201645
Importância da Vacinação
46
Bibliografia• American Academy of Pediatrics; 30ª edición - Informe 2015 del Comité sobre
Enfermedades Infecciosas
• Pérez-S.M.-Inmunologia aplicada y técnicas inmunológicas- 1ª Edición, 2003; Editorial Síntesis
• Pickering K. Larry – Commitee on Infectious diseases- American Academy of Pediatrics; 2009 pag 1-20
• aapredbook.aappublications.org/news/vaccstatus.dtl• Aapnews.aappublications.org• Trans R Soc Trop Med Hyg 2016;110:212-218• Vaccine.2012 October 5; 30(45):6347-6358./j.vaccine.2012.08.029• www.who.int/vaccines-documents/DocsPDF05/www767.pdf) • www.aap.org/bookstore.• www.aap.org/immunization• www.cdc.gov/vacines/spec-grps/hcp/conversations.htm• www.immunizationinafrica.org
As crianças constituem 30% da população, mas são 100% o futuro do mundo
Pergunte sempre pelo cartão de vacinas ou caderno de saúde mãe/ criança