Novo sindicato de enfermeiros quer abrir delegação em...

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ECOLOGIA A investigadoraportuguesa Maria do Céu Ma-dureira recebeu uma bolsa daUnião Africana, no valor de ummilhão de dólares, para estudarplantas medicinais e promovera sustentabilidade dos recursosflorestais em São Tomé e Prín-cipe e Angola.

A investigadora do Centrode Ecologia Funcional – De-partamento de Ciências daVida da Universidade deCoimbra explicou à agênciaLusa que este financiamentovai permitir dar continuidadeao trabalho que vem desen-volvendo, sobretudo em SãoTomé e Príncipe.

«Esta bolsa vai ser de trêsanos e vai abranger Angola eSão Tomé, na vertente plantasmedicinais e cogumelos, quepodem ser medicinais ou ali-mentares. Vamos desenvolverfileiras de utilização racionaldestes produtos florestais, queexistem nas florestas dos doispaíses», adiantou.

A fazer investigação em SãoTomé, sobretudo na ilha doPríncipe, desde 1993, a inves-tigadora decidiu enveredartambém por projectos quecontribuíssem «para a manu-tenção do conhecimento tra-dicional e da sua transmissãooral para os mais novos» e queevitassem «que os recursosfossem mal utilizados e deforma insustentável».

A investigadora trabalha di-rectamente com os terapeutase curandeiros tradicionais, re-cebendo os seus conhecimen-

tos sobre as plantas, muitas en-démicas no Príncipe, e trans-mitindo-lhes também os resul-tados das suas investigaçõesenquanto farmacêutica.

Maria do Céu Madureira vaicoordenar uma equipa de in-vestigadores do centro, ligadosao estudo dos microfungos edos macrofungos e da área dossolos. «Vamos tentar demons-trar que ao fazermos isto rege-neramos os solos e regenera-mos áreas perdidas de florestase que podem ser economica-mente utilizadas pelas comu-nidades para aumento das suasrendas familiares, é investiga-ção aplicada que permitirá verresultados nestes três anos»,explicou.

Integrarão ainda a equipaelementos do Centro de Inves-tigação Botânica da Universi-dade Agostinho Neto e do Cen-tro Tecnológico, ligado ao Mi-nistério da Ciência e Tecnologiade Angola.|

SEGUNDA-FEIRA | 19 FEV 2018 | 07

COIMBRA

CONFERÊNCIA Mobilizaçãoestudantil, cidade e cultura,acolhimento dos estudantes erituais estudantis são temas emdebate na conferência “Desa-fios para a Universidade deCoimbra: rituais de acolhi-mento e práticas de cosmopo-litismo”, que tem lugar, estaquarta-feira, no auditório daReitoria da Universidade deCoimbra (UC).

A secretária de Estado daCiência, Tecnologia e EnsinoSuperior, Maria FernandaRollo, e o reitor da UC, João Ga-

briel Silva, presidem à sessãode abertura, marcada para as9h00. Organizada pela Comis-são de Cultura, Cidadania eDesporto do Conselho Geral daUniversidade de Coimbra, asessão prolonga-se até ao fimda tarde.

António Sampaio da Nóvoa,reitor honorário da Universi-dade de Lisboa, João TeixeiraLopes, professor da Universi-dade do Porto e presidente daAssociação Portuguesa de So-ciologia, Alexandre Leal Ama -do, presidente da Direcção-Ge-

ral da AAC, José Reis, professorda Faculdade de Economia daUC, Rui Bebiano, professor daFLUC e director do Centro deDocumentação 25 de Abril, eManuel Pires da Rocha, pro-fessor no Conservatório deMúsica de Coimbra, são algunsdos oradores convidados. Aconferência está organizadaem três painéis: “Universidadee Práticas de Cidadania”, “Mo-bilização estudantil, cidade ecultura” e “Acolhimento dos es-tudantes, rituais estudantis emobilidade cosmopolita”. |

Universidade debate rituais de acolhimento a estudantes

Novo sindicato de enfermeiros quer abrir delegação em CoimbraEnfermagem Filiado na Central Sindical UGT, SINDEPOR é o mais recente representante do maior grupo profissional da saúde

Investigadora recebebolsa de um milhão de dólares da União Africana

Maria do Céu Madureiraé investigadora da UC

O Sindicato Democrático dosEnfermeiros de Portugal (SIN-DEPOR) é o novo organismosindical representativo da classede enfermagem e nasceu, se-gundo os seus responsáveis, danecessidade de «reforçar e re-formular» o sindicalismo, na«defesa e protecção dos direitosdos trabalhadores». Filiado naCentral Sindical UGT (União Ge-ral de Trabalhadores), o SINDE-POR tem a sua sede em Évora ejá está a operar em todo o país,pretendendo durante este anoformar cinco delegações regio-nais, uma delas em Coimbra.

Em nota enviada à imprensa,o novo sindicato de enfermeiros,que é presidido por Carlos Ra-malho, refere que «o sindica-lismo tem um papel fundamen-tal na defesa dos direitos dostrabalhadores» e que, «no sectorda enfermagem, esse papel ne-cessita de ser reforçado e refor-mulado, já que agora, comonunca, os seus profissionais es-tão indignados». «Na mesmaproporção em que o nível deexigência tem aumentado, o re-conhecimento e retribuição têmdiminuído de forma drástica»,sustenta o presidente do SIN-DEPOR, notando que enfermei-ros e utentes são os primeiros a

sofrer as consequências da de-gradação das condições de tra-balho na saúde.

Reivindicando «voz activa nadelineação de políticas desaúde», o líder sindical lembraque «os enfermeiros constituemo maior grupo profissional dosistema nacional de saúde» eque «estão permanentementejunto dos utentes». «Apesardisso continuamos a ser insufi-cientes para satisfazer as actuaisnecessidades», repara.

No entender de Carlos Rama-lho, «o sistema nacional desaúde está fragilizado, tem difi-

culdade em dar resposta àscrescentes solicitações, fruto deum desinvestimento estruturale humano». O responsável dosindicato reconhece, em nota deimprensa, que «a situação nãoé nova», antes se arrasta nos úl-timos 15 anos, e considerapouco sensato responsabilizarum ou outro Governo ou op-ções políticas em particular.

«Não estamos no sindica-lismo por motivações político--partidárias, mas temos umaprofissão a defender», esclare-cem os dirigentes do SINDE-POR, que trabalham em dife-

rentes unidade e serviços desaúde do país.

O novo sindicato de enfer-meiros considera que os pro-fissionais de saúde em geralprecisam de ser valorizados esublinha que, dentro destes, sedeve começar pelos enfermei-ros, «os que, até aqui, têm sidomais discriminados».

Além da dignificação da pro-fissão da enfermagem, o SIN-DEPOR pretende contribuirpara «uma eficiente gestão dosrecursos físicos e humanos dasaúde, numa perspectiva dequem está no terreno». |

D.R.

Sindicato considera que os enfermeiros têm sido os mais discri-minados no sector da saúde

Carlos Ramalho preside aosindicato

DiáriodeCoimbra