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O indiozinho

órfão e o gatinho.

Texto

Sônia Márcia Santos da Rocha

Ilustração

Ricardo Jose dos Santos Rocha

São Francisco-2011

Edição elaborada para fins avaliativos da UNOPAR

Prefácio

Querida(s) criança(s)

Quando éramos crianças, ficávamos horas

pensando como poderiam ser os autores dos

livros em que estudávamos. Pensávamos em

quanto eles sabiam , em quanto deveriam ler,

no quanto eram pessoas especiais...

Hoje, ao escrevermos para crianças como

vocês, descobrimos que ser autores é

continuarmos mergulhadas cada vez mais no

universo infinito do conhecimento.

Assim, expor idéias, ler, reler,

estudar,pesquisar, questionar, escrever, trocar

idéias com os colegas, observar os

acontecimentos, a vida do mundo do faz-de-

conta são atitudes que temos em comum e que

nos fazem bem em nosso dia-a-dia.

O objetivo maior da historia que escrevemos

“ o indiozinho órfão e o gatinho, é contribuirmos

na sua formação de leitores e escritores. Um

leitor critico, inquieto; um escritor eficaz...

Temos certeza de que leitura e escrita, são

ferramentas muito importante nos novos

tempos, e vocês precisam, assim como nós,

explorar toda a capacidade de crescimento que

temos.

Muito sucesso para vocês e que nosso

encontro neste livro seja estimulante.

As autoras!

O indiozinho órfão e o gatinho

Luizinho era um bom menino que morava perto

de uma linda floresta. Ele vivia brincando com o

seu gatinho que era muito esperto, mas certo dia

ele adentrou a mata e de repente, tudo foi ficando

escuro parecia que já estava anoitecendo, e

mesmo com seus potentes olhos preparados para

iluminar bastante no escuro, não adiantou, o

gatinho Tifi estava mesmo perdido, e por mais que

tentava encontrar o caminho de volta , não

adiantava. Estava cada vez mais perdido.

Desesperado Tifi miava muito em mistura de

medo e esperança que alguém ouvisse e pudesse

te salvar, mas nada! Não aparecia ninguém e o

gatinho andou, andou e andou! De repente

começou a cair uma forte chuva, o gatinho ficou

muito assustado. Sabia que era asmático e ficar

molhado poderia trazer serias complicações para a

saúde. Com muito frio não agüentava mais, já

havia usado o seu quíntuplo fôlego! Só restava

dois e não poderia gastá-los.

Trêmulo e com muita fome, deitou-se ao

lado de uma árvore muito grossa. Mas estava

tudo muito estranho e um vento começou a

retorcer tudo, e as árvores começaram a cair,

sem saber o que fazer, apenas fechou os olhos

e entregou sua vida aquela misteriosa noite.

Mas de repente uma mão negra e forte

pegou o gatinho pelos pêlos e levou o pobre Tifi.

Já com tudo claro! Já era tarde quando o

gatinho acordou e meio sem saber onde estava

começou a pular de um lado para outro entre

fortes miados pavorosos identificando seu

estado de medo.

Apesar de estar em uma casa não a

conhecia queria voltar para sua casa.

Mas como o gatinho era muito esperto achou

uma janela, empurrou ,abriu, e saiu em

velocidade em busca de sua casa mas nada

acontecia para ajudá-lo, cada vez mais ficava

perdido.

Encontrou varias pessoas , crianças,

pássaros, frutas, só o seu dono ele não

encontrava.

Andou, andou, andou e nada de encontrar o

seu dono. Ficava cada vez mais confuso, sem

saber onde estava e nem como poderia

encontrar sua casa. Já estava no meio do seu

sexto fôlego, então deitou no meio da estrada,

na certa iria ser devorado por algum pássaro

carnívoro. Entregue a própria sorte ficou ali

sozinho. De repente sentiu de novo aquela mão

negra e forte que pegou o gatinho Tifi

novamente e quando ele despertou estava outra

vez naquela casa estranha.

E agora Tifi tinha companhia de um sujeito

baixo, negro, com um lenço vermelho na

cabeça, um cachimbo enorme e de uma perna

só! Tifi ficou muito assustado, tremia muito de

frio e medo.

De repente aquele sujeito avançou para

apanhar o gatinho, mas como Tifi era muito

esperto em um salto espetacular saiu correndo,

saltou a janela e fugiu. Na fuga ele encontrou

um pequeno índio.

Calma gatinho gritou o indiozinho. Não tenha

medo, esta tudo bem! Agora me diga o que você

tem? Tifi tremulo queria dizer que tinha um

monstro atrás dele. Ele assustado queria dizer ,

olha! Veja! Veja!. Engraçado! Disse o índio, não

estou vendo nada, mas o gatinho continuava

assustado e dando a impressão que alguém

muito estranho estava o perseguindo. Daí o

gatinho mais calmo disse ao indiozinho: meu

nome é Tifi, sou um gatinho de estimação ,

morava na casa de meu dono perto da floresta,

só que certo dia fui passear na floresta e me

perdi.

Tudo bem disse o indiozinho, você pode

morar comigo em minha casa aqui perto. Mas

de repente começou a chover e Tifi ficou

desesperado, miava, gritava, entrava debaixo

das folhas das arvores tentando se proteger.

Calma gatinho , a chuva não é tão ruim

assim, disse o indiozinho sorridente.

Nós gatos não gostamos de chuva, ao

menos quando estamos enrolados em cima de

uma cadeira ou de um sofá, e com um bom

pires de leite quente ao lado. Mas molhando

assim, fico todo ensopado, resfrio com

facilidade, socorro! Socorro! Alguém me ajude

por favor.

Calma Tifi, vamos tentar encontrar um abrigo

disse o índio meio desapontado com o

desespero do gato.

E com uma enorme folha de bananeira

enrolou o amigo que acabou de conhecer e saiu

a procura de um abrigo.

Logo avistou uma casa, aproximaram e

bateram a porta , ninguém atendeu, mas

perceberam que estava aberta, então

empurraram e entraram.

Pronto! Gatinho pode sair já estamos

protegidos. Tifi foi saindo de dentro da folha

meio desconfiado, quando abriu os olhos não

acreditou.

Aquela era a casa no qual havia fugido por

causa do monstro. Vamos sair daqui rápido

disse o gatinho, vamos , vamos! Mas quando

aproximava-se da porta um grande raio surgiu

clareando a escuridão e deixando seus pelos

arrepiados

O indiozinho pegou o gatinho no colo

tentando acalmá-lo. Porque você não quer

ficar aqui? Já estive aqui antes e tem um

monstro que mora aqui disse o gatinho em

pânico.

Calma gatinho aqui não tem monstro

nenhum, você deve estar com muito medo.

Eu vi com meus próprios olhos um monstro

aqui. Vamos , vamos embora, mas a chuva

estava forte, a escuridão era muito e os raios

também.

Como poderia sobreviver aquilo tudo?

Encostado em um canto da sala ficou ali sem

saber o que fazer.

Mas, de repente teve uma idéia, uma grande

idéia, como estava dentro da casa e o monstro

não estava ali, berrou sorridente, vamos fechar

a porta amigo disse Tifi para o indiozinho, assim

ficamos protegidos.

Quando ia pegar a madeira para escorar a

porta tamanho foi o esforço que acordou, e

percebeu que estava dormindo debaixo de uma

caixa d´água que estava transbordando e

molhando ele todo. Só ai que se deu conta que

tudo não passou de um sonho! Ufa! Ainda bem!

Pensou o gatinho.