Post on 07-Mar-2016
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O livro mágico
Uma tarde, eu estava em casa a ler um livro novo, que tinha recebido há pouco
tempo. O livro era sobre uma ilha que não existia em nenhum mapa do mundo.
Ele também dizia que essa ilha estava cheia de tesouros empilhados até ao alto! E
que tinha que se encontrar uma chave mágica para abrir uma porta que ia dar a essa
ilha de tesouros!
Subitamente, o chão do meu quarto começou a tremer.
Gritei, desesperado:
-Terramoto! Terramoto!
De repente entrei para dentro do livro!
Estava numa cidade enorme!
A seguir olhei para a árvore que estava ao pé de mim e vi uma chave de ouro puro.
Subi a árvore e apanhei-a; depois lembrei-me e exclamei:
-É a chave do livro!!!
Ah, e esqueci-me de dizer que a porta estava no meio do mar, e eu fiz um mapa para
não ter de decorar onde estava a porta.
Então, eu construí um barco e pus a chave de uma caixa para ela não se perder no
barco.
Depois de alguns dias de viagem de barco, avistei o mapa e disse:
-Só falta mais um dia para chegar à porta mágica!
O problema é que não sabia que estava a ser seguido por um grupo de bandidos!!!
À noite, quando eu estava a dormir, os ladrões foram ao meu barco e roubaram a
chave.
Quando eles estavam prestes a sair do meu barco, eu acordei, vi-os a sair e exclamei-
lhes:
-Parem!
Mas eles não me ligaram nenhuma e continuaram a correr para o seu barco.
Os bandidos também queriam a chave de ouro mágica para abrir a porta.
Só que eles não contavam com uma coisa que eu sabia, mas eles não sabiam: para
abrir a porta mágica era preciso dizer um código, mas não era um código de
números, era um código de palavras.
A palavra que era preciso para a porta aparecer (porque a porta era mesmo invisível,
não se via, nem se sentia absolutamente nada, nada, nada) era a amizade.
Depois avancei com o meu navio a toda a velocidade para não perder os ladrões que
me roubaram a chave mágica de vista.
Quando já era de noite, fui eu que lhes fiz a mesma coisa que eles me fizeram: fui
para dentro do navio deles e roubei-lhes a chave que me pertencia; mas eles
também acordaram e um deles perguntou -me:
-Ei, quem és tu?
-Sou a mesma pessoa a quem vocês roubaram esta chave mágica! – Respondi-lhe eu.
-Maldito, vou - te… - ele nem teve tempo de acabar a frase que ele ia dizer, porque
eu já tinha ido para o meu navio.
Na manhã seguinte acordei com a chave mágica nas mãos.
Tomei um pequeno-almoço abundante e retomei a viagem.
Fui para o leme do navio e depois de comer o meu almoço, vi o mapa, observei-o,
reparei que só faltavam umas duas milhas de distância para chegar ao local exato de
onde estava a porta mágica que ia dar à ilha cheia de tesouros.
Passados uns quinze ou dezasseis minutos cheguei ao local.
Disse a palavra para a porta aparecer e rodei chave… Estava tão entusiasmado
naquele momento que quando se abriu tive de tapar a minha boca para o meu
coração não saltar para fora!!!
Só que, quando abri a porta e entrei não vi tesouro nenhum!
Durante um instante pensei mesmo que aquilo era tudo mentira, mas depois
lembrei-me: o tesouro estava dentro de um túnel submarino, situado ao pé da ilha.
Fui procurar esse tal túnel e até que encontrei outra porta de pedra e abri com a
chave.
Espreitei lá para dentro.
Lá dentro, o túnel era escuro e sombrio, no princípio tinha teias de aranha, mas, do
meio do túnel até ao fim havia janelas, porque eu já estava debaixo de água!
-Este túnel é mesmo profundo, mesmo muito profundo, profundíssimo! – Dizia eu.
Depois, vi uma luz ao fundo, o que seria?...
Quando me aproximei mais vi que era o … Tesouro!
Depois levei-o para o barco. Mas pensei que era melhor dividi-lo com os pobres.
Voltei à cidade e assim fiz.
A seguir saí do livro. E a partir desse dia, estimei esse livro com muito cuidado.
João Pedro da Cruz Ferreira Barbosa - 4º A
Ilustrações Turma do 4ºA – EB Quinta da Cabouca
Outubro 2012