O monstro sem nome

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Versão em português para o conto de fadas dentro de Monster

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O monstro sem nome

por Emil Sebe

Era uma vez um monstro sem nome.

O monstro desejava desesperadamente um nome.

Então o monstro decidiu sair em jornada e procurar

por um nome.

Mas o mundo era muito grande.

O monstro então se dividiu em dois, e seguiram

caminhos distintos.

Um foi para Leste e o outro foi para o Oeste.

O monstro que foi para o Leste encontrou um vilarejo.

Havia um ferreiro na entrada do vilarejo.

"Sr. Ferreiro, por favor, me dê seu nome", disse o

monstro.

"Não posso lhe dar meu nome", respondeu o ferreiro.

"Se me der seu nome, entrarei em você e o deixarei

mais forte como recompensa", disse o monstro.

"Verdade? Dou-lhe meu nome se me fizer mais forte",

disse o ferreiro ao monstro.

O monstro entrou no ferreiro.

O monstro se tornou Otto, o Ferreiro

Otto, o Ferreiro era o homem mais forte do vilarejo.

Até que, um dia, ele disse:

"Vejam! Vejam!

O monstro dentro de mim está crescendo!"

"Chomp, chomp, nhac, nhac, nham, nham, glup"

O monstro faminto comeu Otto de dentro para fora.

E assim voltou a ser um monstro sem nome.

Mesmo entrando em Hans, o Sapateiro...

"Chomp, chomp, nhac, nhac, nham, nham, glup"

E voltou a ser um monstro sem nome.

E mesmo entrando em Thomas, o Caçador...

"Chomp, chomp, nhac, nhac, nham, nham, glup"

Ainda assim voltou a ser um monstro sem nome.

O monstro então foi para um castelo buscar por um

belo nome.

No castelo, havia um garoto muito doente.

"Deixarei você mais forte se me der seu nome", disse o

monstro.

Em resposta, o garoto lhe diz "Darei meu nome se me

curar e me deixar mais forte".

O monstro entrou no garoto.

O garoto ficou melhor.

O Rei estava encantado.

"O príncipe está bem! O príncipe está bem!", dizia o

Rei.

O monstro se agradava do nome do garoto.

Também lhe agradava sua vida no castelo.

Por isso o monstro resistia mesmo quando ficava

faminto.

Todos os dias, mesmo de estômago bem vazio, resistia.

Até que ficou faminto demais...

"Vejam! Vejam!", disse o garoto.

"O monstro dentro de mim, quão grande está!"

O garoto comeu o Rei, os serviçais e todos os demais.

"Chomp, chomp, nhac, nhac, nham, nham, glup"

Como não havia mais ninguém...

O garoto saiu em jornada.

Andou por dias e dias.

E um dia o garoto encontrou o monstro que fora para

o Oeste.

"Eu tenho um nome", disse o garoto.

"É um belo nome".

E o monstro que foi para o Oeste disse...

"Não preciso de um nome.

Estou feliz mesmo não tendo um nome.

Porque somos monstros sem nome".

O garoto comeu o monstro que foi para o Oeste.

E mesmo que agora tivesse um nome...

Não restara ninguém para chamá-lo pelo nome.

Johan.

É um belo nome.