O mundo clássico – 2ª

Post on 09-Apr-2017

585 views 0 download

Transcript of O mundo clássico – 2ª

O MUNDO CLÁSSICO – 2ª. PARTE

Estética e História da Arte prof. Enrique Staschower 1ª. Série 2015

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

2 FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

3

Arco do Triunfo

Aqueduto Romano

Imperador Vespasiano

Fontes romanas

Via Apia

Ponte romana

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

CULTURA ROMANA – PRESENÇA ATUAL

FUNDAMENTOS SOCIAIS E CULTURAIS

ROMA : O CENTRO DE UM VASTO IMPÉRIO

Rômulo e Remo. Bronze, século V a.C.

Segundo Tito Livio, historiador Romano, Roma teria sido

fundada por Rômulo, irmão gêmeo de Remo. Os dois, filhos da

sacerdotisa Rea Silvia e do deus Marte.

Os gêmeos eram herdeiros do reino de Alba Longa e por isso

seu tio Amúlio teria mandado jogar os bebês no rio Tibre.

Os dois irmãos teriam sido encontrados e amamentados por

uma loba e criados por um pastor e sua mulher. Cresceram e

foram proclamados reis, mas, em constante rivalidade com o

partido do irmão, Remo teria morrido em um dos conflitos.

Assim Rômulo teria assumido o poder e dado o nome da

nova cidade: Roma.

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

“O RAPTO DAS SABINAS"

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

O Rapto Das Sabinas (1799) de Jacques Louis David

6

Rômulo e Remo

Alimentados pela Loba

Legio XX Valeria Victrix com um javali,

mascote da unidade

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

PERÍODOS DO IMPÉRIO ROMANO

Monárquico (753 a 509 a.C)

Republicano (509 a 27 a.C)

Imperial (27 a.C a 476 d.C) Em 395 d.C, o Imperador Teodósio divide Roma em:

Império Romano do Ocidente - - capital Roma

Império Romano do Oriente - - capital Constantinopla

FUNDAMENTOS SOCIAIS E CULTURAIS

7

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

De 753 a 509 a.C teriam se sucedido no poder da cidade sete reis. O último,

Tarquínio, um etrusco, teria sido expulso em 509, quando se deu início à

República e promovida eleição dos primeiros cônsules.

O primeiro teria sido Lucius Junius Brutus.

FUNDAMENTOS SOCIAIS E CULTURAIS

8

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

AS HERANÇAS

ARTE GREGA - busca expressar um ideal de beleza - helenísticos.

ARTE ETRUSCA - preocupação em expressar a realidade vivida.

FUNDAMENTOS SOCIAIS E CULTURAIS

Dos modelos helenísticos Sarcófago de um casal. Terracota,. Século VI a.C.

9

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

Etruscos

Vieram da Ásia e se estabeleceram no centro da Itália, onde hoje está a

Toscana; Sua arte estava relacionada com a arte Grega e Egípcia.

Características:

• Trabalhavam muito bem o bronze e na confecção de joias de ouro,

prata e marfim;

• Desenvolveram uma louça polida;

• Expressavam o cotidiano e tinham um grande conhecimento da

natureza;

• Desenvolveram arte em culto aos mortos;

• Suas figuras humanas mostravam vitalidade e grande detalhamento;

• Deixou como legado necrópoles (cemitérios) e cidades.

FUNDAMENTOS SOCIAIS E CULTURAIS

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO : ESCULTURA

10 FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

VALOR DE LIDERANÇA

O principio da propaganda.

Estátuas equestres eram usadas

para propaganda e celebração.

Estátua de Marco Aurélio - Museu do Capitólio.

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO : ESCULTURA

11 FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

RACIONALIZAÇÃO Espírito prático, funcionalidade isto

reflete: realismo e engenho.

Representação de pessoas

“reais” e não de um ideal de

beleza;

Representação de traços

característicos: o retrato.

O PRESTÍGIO SOCIAL

Surge uma classe ociosa com

tempo para dedicação à arte.

A arte busca o prestígio social.

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO : ESCULTURA

12 FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO : ESCULTURA

13 FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015 Augusto de Prima Porta (19 a.C) Museu do Vaticano Gaius Marius. Pedra, final do século III a.C.

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO : ESCULTURA

14 FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO : ESCULTURA

15 FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

Retrato de Caracalla 215 dC.

Augusto oferente.12 a.C. Togado Barberini.. I a.C

Herança Etrusca:

// Arco

// Abóbodas

// Cúpulas

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO : ARQUITETURA

17

utilitas, venustas e firmitas

(utilidade, beleza e solidez)

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

Opus

erraticum

OPUS ROMANOS

Planta ideal de um acampamento militar romano.

Plano da cidade de Timgad

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO : ARQUITETURA

O arco é um elemento arquitetônico

revolucionário. Permitiu às edificações

maior leveza e sofisticação. Os

romanos são responsáveis por esta

inovação. Esse elemento eternizou as

honrarias, através dos Arcos Triunfais,

transportou água para as cidades,

através dos aquedutos e embelezou as

fachadas.

A ARQUITETURA RELIGIOSA

A religiosidade romana baseava-se na

sua complexa mitologia cheia de

divindades e também nas sociedades

que conquistara e absorvera – favoreceu

um sincretismo religioso que levou ao

estado romano cristão.

Havia ainda uma religiosidade

domestica, com deuses familiares aos

quais se ofereciam respeito, preces e

ofertas – mesmo o Imperador como

Pontifex Máximus, exercia era

intermediário entre o Estado e os deuses

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO : ARQUITETURA

Este edifício era criação romana, sendo a fusão de 2 teatros. Abrigava

exibições de lutas entre gladiadores, feras alem de execuções. Com uma

planta elíptica ou circular, rodeada de galerias, envolvendo uma arena, sob

a qual havia uma complexa rede de corredores, jaulas, estábulos e

dependências de serviços típicos de um anfiteatro FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO : ARQUITETURA

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO : ARQUITETURA

Interior, Planta e secções do Anfiteatro

Flavio (Coliseo). 72 – 80. Roma

VOLUMETRIA DO PANTEÃO DE AGRIPA

Templo romano

dedicado a varias

divindades,

especialmente Venus e

Marte. Construído pelo

Cônsul Agripa, genro de

Augusto, no ano 27 aC.

Sofreu vários incêndios

que praticamente o

destruíram, até ser

reconstruído no ano 126

dC. Nos tempos de

Adriano – atribuído ao

arquiteto Apolodoro de

Damasco.

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO : ARQUITETURA

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

PANTEÃO DE AGRIPA

Na estrutura interior do Panteão,

conjugam-se harmonicamente a

arquitetura tradicional grega com

as abóbodas romanas. Nesta

harmonia compreendem-se as

duas partes: a inferior com

nichos redondos e retangulares

alternados e a superior com as

delicadas incrustações de

bronze (hoje inexistentes).

A planta apresenta uma solução

genial de entrada em pórticos

antecedendo a sala abobadada

circular, fachada com robustas

colunas arrematadas por um

dominante frontão.

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO : ARQUITETURA

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO : ARQUITETURA

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO : ARQUITETURA

MOBILIÁRIO URBANO

SIMBOLICO:

Coluna de Trajano.

Mármore, 114 d.C.

As figuras esculpidas com

grande expressividade na

Coluna narram as lutas do

imperador e dos exércitos

romanos da Dácia, atual

região da Romênia

A CASA ROMANA - DOMUS

CASA DE POMPEIA

Faziam-se varias

refeições durante o dia,

um pequeno almoço, pão

e água, no desjejum,;

almoço mais substancial

com peixe, carne e frutas.

O jantar era a refeição

mais substancial, ao fim

da tarde – sempre

servidos sobre uma mesa

central e leitos

distribuídos ao seu redor

para comer recostados.

Na sala de jantar, otriclinium, dispunha-se três leitos em volta da mesa, deixando um lado aberto para que os servos trouxessem e levantassem a travessas. Considerava-se que o numero ideal de comensais era nove, três por leito.

COTIDIANO : ARQUITETURA

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

PRESTIGIO SOCIAL: AFRESCOS

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

PRESTIGIO SOCIAL: AFRESCOS

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

PRESTIGIO SOCIAL: AFRESCOS

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

PRESTIGIO SOCIAL: AFRESCOS

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

PRESTIGIO SOCIAL: AFRESCOS

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

PRESTIGIO SOCIAL: MOSAICOS

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

PRESTIGIO SOCIAL: MOSAICOS

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

PRESTIGIO SOCIAL: MOSAICOS

EM 313 D.C., O IMPERADOR CONSTANTINO

CONVERTEU-SE AO CRISTIANISMO E PERMITIU O SEU

CULTO EM TODO O IMPÉRIO ROMANO.

EM 391 , O IMPERADOR TEODÓSIO DECLAROU O

CRISTIANISMO COMO RELIGIÃO OFICIAL DO

IMPÉRIO E OS OUTROS CULTOS FORAM PROIBIDOS E

CONSIDERADOS PAGÃOS.

DECADENCIA E FIM DO IMPÉRIO ROMANO

395 morte do Imperador Teodosio.

Arcadio (Imperio Bizantíno)

Honorio (filho menor)

BAIXO

IMPERIO

(193-476 dC)

IMPERIO ROMANO OCIDENTE(31 aC - 476 dC).

DIVISÃO DO IMPERIO ROMANO APÓS A MORTE DO IMPERADOR TEODOSIO

(AÑO 391)

O IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE SOFREU VÁRIAS

INVASÕES BARBARAS, ATÉ QUE EM 476 FOI

COMPLETAMENTE DOMINADO.

JÁ O IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE, APESAR DE

DIFICULDADES (FINANÇAS, BARBAROS E PESTES), SE

MANTEVE ATÉ 1453, QUANDO CONSTANTINOPLA FOI

DOMINADA PELOS MUÇULMANOS.

DECADENCIA E FIM DO IMPÉRIO ROMANO

FSA - Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2015

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1) GOMBRICH, E. H.. A História da Arte. 16ª ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros

Técnicos e Científicos, 2000.

Leitura Obrigatória Capítulos 4 e 5.

Bibliografia Complementar

2) JANSON, Horst W.; JANSON, Anthony F.. Iniciação à história da arte. 3ª ed.

São Paulo: Martins Fontes, 2009.