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FCDEF-UP

Educação Desportiva

António Rosado

Pedagogia do Desporto

Ramo de Treino Desportivo

1. O que é um bom Treinador ?

2. Um desporto plural

3. Eficácia pedagógica do treinador

4. Técnicas de ensino

1. Gestão do Tempo

2. Gestão dos Espaços e equipamentos

3. Gestão de grupos e Inclusão

4. Gestão básica da motivação

O que é um bom treinador?O que é um bom treinador?

A Pedagogia reflecte sobre as questões:1. O que é uma boa Educação?2. Como consegui-la?

A Pedagogia do Desporto reflecte:1. O que é uma boa Educação Desportiva?2. Como consegui-la?

Um treinador é, em sentido geral, um educador, um formador.Um bom treinador é alguém responsável por uma boa educação/formação desportiva.O que é uma boa Educação Desportiva?

– Educação: Processo de transformação dos indivíduos, orientado e intencional; processo de socialização, de transmissão de Saberes (fazer, Estar);

Boa Educação: depende do perfil de homem que se pretende alcançar.

1. O que é um bom Treinador ?

A resposta ao que é uma boa formação desportiva depende da concepção de educação e das finalidades atribuídas ao desporto.

Existem diferentes concepções de “BOA” EDUCAÇÃO DESPORTIVA

Existem, portanto, diferentes concepções do que é um BOM TREINADOR.

1. O que é um bom Treinador ?

O que é um bom TREINADOR?O que é um bom TREINADOR?

Uma Boa Educação Desportiva é aquela que opera transformações no sentido determinado por uma concepção particular dos objectivos da prática desportiva.Um bom treinador é o que consegue imprimir Ganhos (transformações positivas) nos atletas.A eficácia da actuação do treinador mede-se pelos ganhos dos atletas (produtos) a curto, médio e longo prazo.

O que é um bom treinador?O que é um bom treinador?

Tipos de ganhos:

1.Cognitivos (Conhecimentos e Capacidades; intelectuais, linguísticas, etc...)2.Motores (ou psico-motores).3. Sócio-Afectivos (relacionamento consigo e com os outros, sentimentos, interesses, atitudes, valores).

O que é um bom Treinador?O que é um bom Treinador?

Existem diversas concepções de “boa” Educação Desportiva, do que é uma boa orientação dos processos de treino.Quais são as finalidades da prática desportiva?Como concretizá-las?

Situados numa concepção particular, o treinador eficaz é o que consegue cumprir esses objectivos.

Propósitos

Humanizar o humano

Democratizar a prática

Educação desportivaDesporto

em todas as suas formas para toda a gente

Ao serviço do Desenvolvimento Humano

educação

desportiva

OBJECTIVOS GERAISPessoa Culta Desportivamente

Desportivamente competente

Entusiasta pelo Desporto

Finalidades do Desporto

Competitividade

Cooperação

Fair play

Respeitopelos outros

Auto-disciplina

Aquisição de

competências Auto-superação

Desporto - lazer

Compensação dos esforços intelectuais e da vida como estudante ou como profissional.Entretenimento.

Desporto de recreação

Posição BIOLOGISTA

Educação para a SaúdeCentrado na Condição FísicaHigienicistaActuar sobre factores de risco para a Saúde Física

Saúde é mais do que a ausência de doença

Educação para a SaúdeEducação para a Saúde

Meio de desenvolvimento da Forma FísicaSensibilização para o Exercício FísicoPrevenção de doençasHábitos saudáveis de vida

O desporto pode ser uma prática orientada para o Exercício e Saúde

Promover Estilos de Vida Saudáveis Promover Estilos de Vida Saudáveis

Posição “Pedagogista”

Posição “Pedagogista”

Formação da Personalidade

Formação do Carácter

Educação pelo Físico

Sem referência (dominante) ao contexto sócio-cultural.

Perseverança, fair-play, capacidade de sacrífício, auto-disciplina

saber perder e ganhar......

Fruição CULTURALFruição CULTURAL

O Desporto é uma área da CulturaPromove processos de socialização, de participação cultural, de fruição de bens culturalmente significativos.Concretiza-se em diferentes contextos (educativos e sociais), com diversos níveis de formalidade, ao longo de toda a vida.Pretende-se o acesso aos graus possíveis de excelência motora e ao usufruto gratificante das Actividades Desportivas.

Desporto: Projecto de desenvolvimento socialDesporto: Projecto de desenvolvimento social

Desafiar práticas culturais opressoras e injustas.Construir um mundo melhor....Projecto de participação social, Projecto de mudança social (saúde, elitismo, sexismo, etnocentrismo, racismo, exclusão, violência, droga, etc.).Valores olimpicos (paz e fraternidade internacional, multiculturalidade, encontro de culturas....)

DesportoEducação para a Paz

FraternidadeInterculturalidade

DesportoEducação para a Paz

FraternidadeInterculturalidade

Desporto para a inclusãoDesporto para a inclusão

Alta-C

ompetição

Desporto para a Pessoa com deficiênciaDesporto para a Pessoa com deficiência

A sua importância ...estendendo-se...

aos domínios

afectivo

ético

social

Formação pessoal e social

Uma concepção restritiva ?Uma concepção restritiva ?

Desporto de Competição

Procura dos níveis mais elevados de rendimento desportivo, de performance atlética, de superação pessoal e dos outros competidores.

Não é mais do que uma forma de participação desportiva.

O desporto é uma actividade plural

Desporto de Competição

• Desenvolver as habilidades e a condição física específicas das modalidades

• Apreciar e ser capaz de participar em competições.

• Participar a um nível apropriado à sua habilidade e experiência.

Desporto de Competição• Partilhar

responsabilidades no planeamento e gestão da experiência desportiva

• Assumir liderança responsável no contexto desportivo.

• Trabalhar eficazmente dentro da equipa ou grupo de trabalho para atingir objectivos comuns.

Desporto de Competição• Apreciar os rituais e

convenções que dão um significado singular a cada desporto.

• Desenvolver a capacidade de tomar decisões racionais acerca dos problemas desportivos.

• Desenvolver e aplicar conhecimento acerca da arbitragem e treino físico.

Modelo de Desporto Piramidal Modelo de Desporto Inclusivo

LAZER DESPORTIVO

DESPORTO DE RECREAÇÂO

DESPORTO DE COMPETIÇAO

ALTO NÍVELLAZER D

ESPORTIVO DESPORTO

DE RECREAÇÃO

ALTO NÍVEL

COMPETIÇAO

DESPORTO

(Renson, 2000)

Direito geral à prática desportiva

Relação incoerente entre desporto e educação

Relação de compromisso e entre educação e desporto

Exclusão, subordinação

Cooperação, coordenação,

Fonte: Isabel Mesquita

A escola e o clube são por excelência contextos de prática privilegiados para a educação e formação desportiva

Faz passar por ela todas as crianças no período de frequência escolar obrigatória

Clube

Instituição orientada para a fomentar e desenvolver a prática desportiva no espaço extra -escolar

Permite desenvolver

as bases de uma verdadeira educação

desportiva

Permite a especialização e a excelência

Os seus objectivos são complementares

Enfatizar a dimensão

social, pedagógica e educativa do Desporto

Importa discutir a concepção de desporto dos treinadores

Olhar para o desporto como

factor de Desenvolvimento

Humano

Enfatizar a dimensão

ética, cívica,inclusiva

DESPORTOPARA TODOS

Que concepção de desporto?

Desenvolver princípios, linhas de actuação e

estratégias que fomentem

seja o Desporto que está aos serviço dos atletas

e não estes ao serviço do Desporto

O desporto é um meio e não um fim

E NÃO DE ALERGIA

Promover experiências autênticas, comprometidas e contextualmente ricas

FONTE DE ALEGRIA ....

DESPORTO

Concepção de Desporto

Fonte: Isabel Mesquita

Se a vitória é objectivo prioritário...Se Ganhar é Tudo e só o que

importa...

Sentimentos de

ansiedade e de

insegurança

1º Desafio

Reformulação do conceito de sucesso no âmbito do treino de crianças e jovens

Banir a exclusão

Promover a harmonia entre inclusão e

competição

DESPORTO DE CRIANÇAS E JOVENS

Sucesso no Desporto

Abrangente e Plural em referência a diferentes níveis e contextos de prática

Concretizar uma concepção ecléticaConcretizar uma concepção eclética

Objectivos:1. Apropriação de habilidades desportivas2. Apropriação de conhecimentos/aptidões intelectuais3. Desenvolvimento de Capacidades (Físicas ou Condicionais).4. Formação de atitudes e valores - bens de personalidade5. Vivência plena do quotidiano

Desenvolvimento psicomotor, cognitivo e sócioDesenvolvimento psicomotor, cognitivo e sócio--afectivoafectivo

Objectivos:1.Aprendizagem de Habilidades Desportivas

– Técnica– Táctica– Regulamentar– Organizativa

2. Desenvolver hábitos de prática física.3. Desenvolver atitudes e comportamentos de ética desportiva, responsabilidade e cooperação...4. Adquirir Conhecimentos– Adaptações morfológicas, funcionais e psicológicas– Regras e cuidados higiénicos– Benefícios para a Saúde

5. Desenvolver o Gosto pela Prática do Desporto.6. Aprofundar a compreensão da sua importância para a Saúde, para a Ocupação dos Tempos Livres e para o Desenvolvimento Social.7. Alcançar objectivos educativos gerais (desenvolvimento pessoal e social).

– Projecto formativo integral.

É muito mais do que desenvolver os factores da Condição Física que determinam o Rendimento

Treinadores Eficazes e EficientesTreinadores Eficazes e Eficientes

O treinador deve estar consciente de que:1.Não há acto educativo sem Sabedoria...2. Não há acto educativo sem Reflexão...3. A acção é sempre baseada na consideração da ecologia da situação...

A gestão das variáveis presentes no processo formativo é tão complexa que torna difícil prever, antecipadamente, as estratégias, os métodos e as técnicas que o treinador deve dominar em cada momento.

A capacidade de reflexão, de análise de situações educativas, de resolução criativa de problemas, é decisiva.

Características dos Treinos (adaptação de Doyle, 1986)Características dos Treinos (adaptação de Doyle, 1986)

Multidimensionalidade – Multiplicidade de tarefas de diferente natureza e complexidade; existência de pessoas com atitudes, percepções, preferências e aptidões diferenciadas.

Simultaneidade – Muita coisa acontece ao mesmo tempo…

Contiguidade – Tudo acontece a um ritmo elevado. Esta contiguidade faz com que o treinador tenha pouco tempo para pensar antes de agir.

Imprevisibilidade – Muitas vezes, nos treinos, os acontecimentos tomam caminhos inesperados.

Notoriedade – O treino é sempre um local público, onde os acontecimentos são sempre testemunhados pelos diferentes intervenientes.

Historicidade – Os treinadores e os atletas acumulam um conjunto de experiências e esse passado determina muito do comportamento presente.

Dimensões do Ensino/TreinoAplicar habilidades de ensino “fechadas” versus

Uso estratégico e flexível do conhecimento

Transmissor de informação a ser aplicada directamente nas actividades versusConstrutor activo de redes significantes na resolução auto-regulada de problemas

Fornecer Informação versus

Mediar a Aprendizagem

Tendências Contraditórias?

Técnicas e Procedimentos de EnsinoTécnicas e Procedimentos de Ensino

No entanto, muitas das decisões e dos comportamentos são de carácter rotineiro.

– Apresentar informação, organização de grupos, fornecer correcções, gerir os equipamentos, etc...

Esta constatação significa que é possível anteciparalguns dos comportamentos e funções, alguns dos problemas e algumas das suas soluções.

Técnica de Ensino

Técnica de ensinoTécnica de ensinoOu técnica didáctica: conceito reservado para procedimentos concretos de ensino, de grande nível de especificidade, muitas vezes, característicos de certas áreas ou tipo particular de objectivos.

As técnicas de ensino correspondem a procedimentos de ensino de grande nível de especificidade.

Técnicas de gestão, de instrução, clima e disciplina são, por exemplo, referenciadas por Siedentop (1983).

Ler: Siedentop, D. (1983). DevelopingTeaching Skills in Physical Education. Mayfield: Palo Alto.

O que é um bom treinador?O que é um bom treinador?

Quais são as variáveis que afectam os “Ganhos” dos atletas, os produtos, o rendimento ?

1.Presságio (características do treinador, personalidade, experiência, etc.)2.Programa (objectivos, conteúdos, metodologias, formas de avaliação).3.Contexto (Características dos grupos/equipas, dos atletas, nível inicial, materiais, etc.).4.Processo (actividade pedagógica do Treinador e do Atleta).

O que é um bom treinador?O que é um bom treinador?

Quais são as variáveis que podem ser directamente manipuladas pelo treinador?

O que se passa no treinoOs seus comportamentosO comportamento dos seus atletasAs actividades propostas

O processo de Ensino-Aprendizagem

Eficácia PedagógicaEficácia Pedagógica

Importa analisar sistematicamente o processo de interacção pedagógica e sua relação com os resultados.

Utilização do modelo de estudo do ensino de Mitzel– O resultado é consequência directa do que acontece na

interacção pedagógica.– As variáveis de processo são influenciadas pelas variáveis de

presságio, contexto e programa.

O que é um bom treinador?O que é um bom treinador?

Simplificações na resposta à questão:1. Situar-se num conjunto de objectivos particulares.2. Ultrapassar as variáveis que afectam os ganhos e sobre as quais não existe controlo directo.

Transformação da pergunta inicialQue variáveis de processo se associam aos ganhos dos

atletas?

O que é um bom treinador?O que é um bom treinador?

Não se sabe exactamente que variáveis de processo se associam a ganhos centrados sobre o desenvolvimento de competências complexas.

– Ganhos a longo prazo….– Ganhos no domínio dos valores e das atitudes– Etc..

Eficácia PedagógicaEficácia Pedagógica

Como organizar o ensino/treino de forma a conseguir os melhores resultados de aprendizagem dos atletas?

– O conhecimento teórico não responde satisfatoriamente.

– Os treinadores estão longe de utilizarem o conhecimento disponível.

Eficácia PedagógicaEficácia Pedagógica

O resultado de uma aprendizagem depende:1.Do nível inicial2. Do nível de motivação inicial3. Da qualidade do ensino/treino

– O resultado final de um aprendizagem depende, em grande parte, da forma como o treinador conduz o ensino e o treino.

O que entender por eficácia pedagógica?

Eficácia PedagógicaEficácia Pedagógica

Factores que influenciam a aprendizagem (Carrol)1. Aptidão: quantidade de tempo que o atleta leva a aprender a tarefa em condições óptimas.2.Capacidade para compreender a instrução.3.Perseverança (empenhamento): quantidade de tempo que o atleta permanece ocupado activamente na tarefa.4.Qualidade da instrução.5. Oportunidade temporal (tempo disponível para a aprendizagem.

Evidências científicasEvidências científicas

A actividade do treinador determina, em grande medida, as aprendizagens.Nenhum comportamento do treinador, isoladamente, se associa aos ganhos de aprendizagem; o êxito resulta da concertação de diversos factores.O nível inicial e a motivação inicial condicionam significativamente as aprendizagens, explicando grande parte do resultado final.

Critérios de EficáciaCritérios de Eficácia

A qualidade da informação fornecida ao atleta quer na apresentação das tarefas quer no decurso da sua prática, com especial ênfase para a informação de retorno,

As correcções do atleta, o Feed-backpedagógico.

A correcção dos atletas é determinante, devendo estar intimamente relacionada com os objectivos.

Critérios de EficáciaCritérios de EficáciaO grau de dificuldade das tarefas condiciona o sucesso, devendo essas tarefas estarem ligeiramente acima das possibilidades dos jovens mas sendo as dificuldades facilmente ultrapassáveis.O controlo da actividade pedagógica terá de ser considerado essencial.E o ambiente afectivo-relacional existente no grupo de trabalho.

– Um ambiente caloroso, democrático e convivencial, facilita as aquisições em diversos planos.

Critérios de EficáciaCritérios de Eficácia

Os treinadores mais eficazes estruturam a actividade dos atletas de modo a mantê-los o maior tempo possível empenhados.Os treinadores mais eficazes informam, claramente, o que fazer, como fazer, onde e porquê.Destacou-se o tempo de aprendizagem como um factor fundamental, aparecendo a centraçãosobre a matéria de ensino como decisiva.

Tempo potencial de AprendizagemTempo potencial de Aprendizagem

Uma variável em particular foi destacada pela investigação como decisiva na qualidade do ensino: o tempo potencial de aprendizagem ou “academic learning time”.

Por tempo potencial de aprendizagem entende-se o tempo que o aluno passa ocupado, com elevado grau de sucesso “(80%)” em tarefas directamente relacionadas com os objectivos de aprendizagem. .

Eficácia PedagógicaEficácia Pedagógica

Resultados dos estudos processo-produto (em Educação Física):1. O tempo POTENCIAL DE APRENDIZAGEM

– Tempo em exercício-critério com uma percentagem de erro menor que 20%.

Efeito de afunilamento do tempo (Metzler)– Efeito de redução sucessiva do tempo de prática.

Afunilamento do TempoAfunilamento do Tempo

1. Tempo Programa ou Horário– Tempo institucional, formal.

Tempo Útil ou Funcional– Tempo que resta depois de descontar o tempo passado nos

balneários.

Tempo Disponível para a Prática– Retirar ao tempo útil os tempos de informação, organização,

transição, espera, etc.

Tempo na Tarefa– Tempo que o aluno passa em actividade motora específica.

Efeito de afunilamento do tempoEfeito de afunilamento do tempoMetzler (1979): se ao tempo previsto (tempo horário ou institucional) retirarmos os tempos passados na deslocação para o local de treino e o tempo nos balneários ficamos com um tempo que, efectivamente o atleta passa no treino (tempo útil).

Se a este tempo útil retirarmos o tempo que o treinador despende a dar informação e o tempo que se passa em tarefas de gestão/organização teremos o tempo disponível para a actividade motora.

Efeito de afunilamento do tempoEfeito de afunilamento do tempoO tempo na tarefa, entendido como o tempo em prática específica; tempo para as actividades principais, aquelas de maior interesse para a aprendizagem, as mais específicas.

Esse tempo terá, ainda, de ser passado em tarefas ajustadas no seu nível de dificuldade; pertinentes relativamente aos objectivos e com níveis de dificuldade desafiantes (assumindo-se que uma tarefa é desafiante quando representa uma dificuldade, um desafio, facilmente ultrapassável).Fala-se, então, de Tempo potencial de aprendizagem.

ConsequênciaConsequência

A qualidade de ensino/treino depende de uma boa gestão do tempo.

Indicadores de qualidade: a boa gestão do tempo de espera, do nº de atletas inactivos, da duração dos tempos de organização e informação.Eficácia determinada, em boa medida, pela quantidade máxima de tempo de actividade em conteúdos específicos com grau de dificuldade adequado.

Treinadores EficazesTreinadores Eficazes

Bons gestores do tempo– Indicadores de eficácia:– Reduzido tempo de espera dos atletas– Reduzido nº de atletas inactivos– Reduzir os tempos de organização e informação

Treinadores EficazesTreinadores Eficazes

Pieron:

Tempo passado na tarefaClima positivoInformação de retorno frequenteOrganização cuidada

Não há uma estratégia de ensino ideal: depende da sua capacidade de proporcionar tempo potencial de aprendizagem considerando os objectivos e as situações concretas.

Técnicas de Gestão das SessõesTécnicas de Gestão das Sessões

Objectivos:Objectivos:1 Elevados níveis de empenhamento dos atletas2 Uso eficaz do tempo3 Uso racional de espaços e materiais4 Número reduzido de comportamentos que

interferem com o trabalho

Conceitos Básicos:Conceitos Básicos:1. Rotinas da sessão

Comportamentos habituais/típicos- Devemos definir regras para as optimizar- Ex: O modo como uma bola é devolvida ou como se sai

temporariamente da sessão...- É preciso ensinar e aprender os comportamentos organizativos1. Tempo de gestão2. Episódio de gestão3. Tempo de Transição e Tempo de Espera4. Tempo de Actividade Motora

Técnicas de Gestão do TempoTécnicas de Gestão do Tempo

O tempo não é elástico– O tempo “teórico” não coincide com o real.– Objectivos– Maximizar o tempo útil de treino.– Aumentar o tempo disponível para a prática.– Optimizar o tempo potencial de aprendizagem.

Gestão do TempoGestão do TempoReduzir o tempo:- Nos balneários- Nas rotinas administrativas - Deslocações - Espera- Transições- Arrumar/montar material ou equipamentos- Controlar presenças- Informação de organização e de conteúdo

Gestão das SessõesGestão das Sessões

Aumentar o tempo de prática motora:

- Específica- Com elevado grau de sucesso- Tarefas de aprendizagem motivantes- Ajustadas às necessidades educativas.

Técnicas de Gestão do TempoTécnicas de Gestão do Tempo

1. Reduzir o nº e a duração dos episódios de gestão2. Treinar as rotinas da sessão3. Garantir o dinamismo/fluxo da sessão - “ritmo”4. Começar logo que os praticantes entram (Pont.)5. Existir um local habitual para reunir...6. Promover a pontualidade/começar sempre à

mesma hora; com tolerância prevista...7. Tornar as tarefas rotineiras agradáveis

Técnicas de GestãoTécnicas de Gestão

8. Usar um projecto económico de assinalar as ausências.

9. Elogiar os jovens que ajudam10. Explicar a importância da gestão do tempo11.11.Organizar a actividade de modo a que todos Organizar a actividade de modo a que todos

estejam em prática simultânea (ou o mais perto estejam em prática simultânea (ou o mais perto possível dessa situação).possível dessa situação).

12. Deixar mais tempo para as matérias mais importantes

Técnicas de GestãoTécnicas de Gestão13. Garantir o controlo visual do grupo e a ocupação

racional do espaço14. Procurar fazer prelecções rápidas e sucintas15. Apresentar as regras de conduta16. Escolher actividades adequadas a uma boa gestão do

tempo.17. Sobreposição (atender a 2 fenómenos concomitantes).18. Evitar fragmentação (interrupções, pausas

excessivas...)19. Definir sinais: de reunião, atenção e transição...20. Elevado índice de FB positivos e encorajamento

Gestão do TempoGestão do Tempo

Possuir exercícios, tarefas e/ou questões alternativas para substituir, rapidamente, actividades menos conseguidas ou que acabaram mais depressa do que estava previsto.Prever variantes de facilidade e dificuldade, opções dos atletas, actividades remediativas.Planear o tempo das prelecções, da discussão, etc.Manter a mesma estrutura da sessão durante algum tempo (várias sessões, por exemplo).Planear actividades para quando não é possível o plano inicial.

– Kit de emergência, o dia de chuva...

Diminuir o tempo em prelecçõesDiminuir o tempo em prelecções

1. Focalizar-se nos objectivos2. Só a informação mais relevante3. Evitar aborrecimento e desatenção.4. Linguagem clara, fluida, dinâmica.5. Linguagem adaptada às capacidades de compreensão dos atletas.6. Usar palavras e frases-chave.

last

Diminuir o tempo em prelecçõesDiminuir o tempo em prelecções

7. Velocidade de exposição adequada.8. Garantir a qualidade “técnica” da informação.9. Comunicar informação sem consumir o tempo = produzir documentos:- Tornar permanente a informação- Permitir o estudo autónomo- Reduzir as possibilidades de má compreensão.

Gestão do Ritmo da Sessão

ABRANDAMENTO

CONSEQUÊNCIAS

Ex: Atletas não envolvidos podem

interromper as actividades

Comportamentos que abrandem o ritmo

• FRAGMENTAÇÃO : divisão da actividade em unidades

demasiado pequenas

• REPETIÇÃO DESNECESSÁRIA: explicação depois da

instrução já estar bem clara

• MUITOS TEMPOS DE ORGANIZAÇÃO

TREINADOR DEVE EVITAR

TREINADOR DEVE EVITAR

FLIP-FLOP’SUma actividade inicia-se e é interrompida por outra que começa e que é interrompida para recomeçar a tarefa original

SUSPENSÃOIniciar uma actividade e deixá-la no ar

Período de tempo em que a ordemé + difícil de manter

Início da sessãoTransiçõesFim da sessão

Períodos Instáveis

Início da SessãoCausas da Instabilidade• Treino contexto diferente onde se aplicam um conjunto

de normas comportamentais• Amigos não se vêm desde o dia anterior• Tarefas Administrativas Faltas e Informações

Solução – OrganizaçãoCumprimento dos atletas e dar boas vindasEscrever possíveis informações no quadro – ganho de tempoPráticas rotineiras e cerimoniais que comuniquem aos atletas que o trabalho está prestes a começar

Soluções1.Planificação Prévia

• Conceber cada transição como uma série de passos que queremos que os atletas sigam

• Aumento da experiência – deixar de listar os passo e confiar + em imagens mentais

• Tornar as transições divertidas, lúdicas, rápidas.

Transições

2. Fornecer Pistas

• Pistas - usadas para alertar os atletas que estão

prestes a mudar de actividade/tarefa e para se

começarem a preparar.

• Verbais

• Visuais - particularmente eficazes com crianças +

novas e em ambientes em que as actividades são de

tal modo exaustivas que é difícil ouvir o treinador.

Terminar a sessão é, na maioria dos casos, um período instável ( pressa, limite de tempo, recolha de material, arrumar o material, etc..)

Solução – Procedimentos

• Deixar tempo suficiente para completar actividades formais

• Pistas para avisar os atletas de que o final da aula se aproxima

• Treinar rotinas finais

•Sair só quando o treinador diz

Fim da sessão

Organizar o espaço e os materiais antes de os praticantes entrarem.Organizar o espaço de modo a ter um impacto visual positivo.Distribuir as estações e as actividades de forma a permitir uma prática segura.Distribuir as estações e as actividades de forma a não se perder muito tempo em deslocamentos e transições, a garantir o controlo e a possibilidade de ser escutado por todos em boas condições.

Gestão dos EspaçosGestão dos Espaços

Gestão dos EspaçosGestão dos Espaços

Não deixar ao acaso a forma como os praticantes se posicionam fisicamente uns em relação aos outros e relativamente ao treinador.Procurar distribuições dos atletas em que:

– Todos estejam em contacto visual com todos– Todos estejam direccionados para todos– A comunicação verbal entre todos os elementos esteja facilitada.– Ninguém deve estar “nas costas” do treinador– Alguns praticantes não devem ocultar outros– Todos devem ser vistos e ouvir nas mesmas condições – O treinador deve estar equidistante de todos (sempre que

possível...)

Gestão do EspaçoGestão do Espaço

A relação entre as pessoas é influenciada pelo local em que a relação ocorre.O espaço não é neutro, nem exterior à relação.O espaço não pode ser visto, apenas, na sua dimensão física. Considere a dimensão física, psicológica e social na gestão do espaço.

– O espaço deve ser percebido como seguro, sem ameaças à integridade física dos praticantes.

– O espaço deve garantir que cada praticante se “sente à vontade”.

Técnicas de Gestão do MaterialTécnicas de Gestão do Material

Exemplos de procedimentos:Ensinar a manipular os equipamentos.Montar os materiais antes do início Definir grupos para ajudar com o materialEspalhar o material pela área em pequenas partesChamar os atletas para ajudar na org.Ter os materiais em locais de fácil acesso

Técnicas de Gestão do MaterialTécnicas de Gestão do Material

Exemplos de procedimentos:Combinar as regras de utilização das bolas:

– Que “sobram” de uns exercícios para os outros– Que se perdem na prática dos exercícios– Nos momentos de prelecção

Definir regras claras de manuseamento do material.– Ao sinal: colocar a bola no chão de imediato, ou junto à cintura.– Não se sentar em cima das bolas...

Utilizar grupos para arrumar o material no final.

Constituição de GruposConstituição de Grupos

Dimensão do grupo– Depende, naturalmente, dos objectivos...– Abaixo de 4 há tendência para as

individualidades se sobreporem ao colectivo; dificuldade em criar uma realidade social de grupo.

– Acima de sete há tendência para se criarem espontaneamente subgrupos; o tempo necessário para a participação de todos aumenta, bem como a probabilidade de dispersão e a falta de controlo.

1. O treinador não impõe regras para a constituição dos grupos2. O treinador escolhe os praticantes que vão integrar os grupos.Opção 1:

– Maior liberdade dos praticantes– Função da proximidade física (ganhos de tempo)– Função de preferências pessoais (motivação)

Opção 2– Se é necessário grupos heterogéneos– Se são necessários grupos homógeneos (por ex. cond.física).

Constituição de GruposConstituição de Grupos

Técnicas de Constituição de gruposTécnicas de Constituição de grupos

Exemplos:Definir grupos de forma rápida... Grupos homogéneos entre si para as competições (heterogéneos no seu interior).Organizar antes do treino ou rapidamente.Evitar a escolha por capitães, rapazes para um lado, raparigas para o outro, etc. - inclusividade.

– Facilitar a coeducação– Evitar discriminações com base em etnia, origem social e

cultural, necessidades específicas, níveis de prática diferentes da média.

Constituição de gruposConstituição de grupos

Os grupos de organização espontânea tendem a manter a sua constituição inicial.A existência de grupos permanentes pode ser um bom critério de gestão.Os grupos devem ser alterados quando os objectivos pedagógicos assim o exijam.

Promover a coesão dos grupos é decisivo

Planificação da sessãoPlanificação da sessão

António Rosado

Três passos principais:Três passos principais:

1. Estratégias de abertura ou actividades introdutórias1. Estratégias de abertura ou actividades introdutórias

Diagnóstico da situação

Motivação ou predisposição para a tarefa ou aprendizagem

Orientação no assunto a estudar ou aptidão a desenvolver

2. Estratégias e actividades de desenvolvimento ou estudo2. Estratégias e actividades de desenvolvimento ou estudo

Análise dos vários conteúdos /actividades

Organização do trabalho

Organização de ideias/organização da prática

3. Estratégias e actividades de conclusão3. Estratégias e actividades de conclusão

Consolidação e revisão do aprendido

Integração do aprendido num âmbito mais geral

Um plano sequencial de aprendizagem deve considerar Um plano sequencial de aprendizagem deve considerar estratégias e actividades de:estratégias e actividades de:

MotivaçãoClarificação ou percepção

Verificação dos pré-requisitos necessáriosApresentação do conteúdo ou componentes da tarefa

Prática apropriadaPrática gradual

Orientação contínuaFeedbacks

Variação de estímulos

ObjectivosObjectivosO treino desportivo rege-se por objectivos.Nem sempre os objectivos são claros e consciencializados.Nem sempre é fácil explicitar todos os objectivos, todas as nossas intenções.

– Existem objectivos explícitos e implícitos.

Descrição de intenções de aprendizagem e desenvolvimento (de transformação) dos atletas (cognitivos, afectivos e motores).Funções essenciais

– Permitem uma organização cuidada do ensino.– Dão sentido ao que se aprende e garantem o controlo das

aquisições.– Articulação entre os diversos agentes.

DificuldadesDificuldades

Em identificar as intenções de desenvolvimento.Grande centração sobre os conteúdos.Complexidade técnica– Terminologia muito variada– Diversidade de tipologias (classificação e organização dos

objectivos).

Tipologias de objectivosTipologias de objectivosSão sistemas de classificação dos objectivos de acordo com um critério diferenciador. As mais referidas na literatura e conhecidas dos profissionais tem por critério de diferenciação o nível de operacionalização do objectivo.

Outros critérios de classificação, menos conhecidos, são o seu nível de explicitação(explícitos ou implícitos), a sua importância pedagógica (básicos, essenciais, “mínimos”, de desenvolvimento e enriquecimento), etc.

Tipologias (níveis de definição)Tipologias (níveis de definição)Rowntree (longo prazo, metodológicos e de conteúdo).De Landsheere (metas ou fins, nível de taxonomias, operacionais).De Ketele (gerais, específicos e operacionalizados).

De Landsheere (de domínio, transferência e de expressão).

Lavallée (de pesquisa e de aprendizagem).

Definir objectivosDefinir objectivos

A definição de objectivos é das mais importantes fontes de motivação.Que tipo de objectivos estimulam mais a atenção, o esforço e a persistência?

– SMART– Specific (específicos)– Measurable (mensuráveis)– Agreed (acordados e attainable, alcançáveis)– Realistic (realistas mas difíceis)– Timed (com prazos)

ESTRATÉGIAS PARA O ESTABELECIMENTO DE OBJECTIVOS

ESTRATÉGIAS PARA O ESTABELECIMENTO DE OBJECTIVOS

a) Estabelecer objectivos específicosb) Estabelecer objectivos difíceis mas realistasc) Estabelecer Objectivos de Longo e Curto Prazod) Estabelecer Objectivos de Prestação (qualitativos)e) Anotar os objectivos f) Desenvolver estratégias para atingir os objectivosg) Considerar a personalidade do atleta/participanteh) Manter o envolvimento individual no objectivoi) Providenciar suporte para o estabelecimento de objectivosj) Providenciar avaliação dos objectivos

ObjectivosObjectivos

Os praticantes devem aceitar os objectivos

– Compromisso pessoal– Auto-direcção– Feedback sobre o progresso– Participação na sua definição– Recompensas pelo alcance desses objectivos.

» A recompensa tem que ser entendida como valiosa.

Aumento da motivação intrínseca

Aumento da motivação extrínseca

A SessãoA Sessão

Unidade celular de planeamento.

Planificar a Sessão exige:Deixar clara a intenção

Definição clara de objectivos (se possível operacionais)

• Esclarecer os comportamentos (ex: técnico/ tácticos) a aprender, os critérios de sucesso e as condições de realização.

• Garantir que houve análise dos pré-requisitos.

Objectivos operativosObjectivos operativosOperativos:

Comportamento esperado que traduza a aprendizagem pretendida/ conteúdo relativamente ao qual se reporta o comportamento esperado.

Nível de proficiência ou critério de sucesso ou de êxito. Estratégia de avaliação que permita verificar o comportamento.

Condições de concretização: quando, onde, em que contexto se deve manifestar esse comportamento.

Avaliação de Pré-requisitos

Verificar se os praticantes estão na posse de conhecimentos ou aptidões sem as quais não lhes será possível adquirir as novas aprendizagens.

Aprendizagem requerida pela nova aprendizagem que vai ter lugar.

Distingue-se de aprendizagem anterior.

Avaliação de Pré-requisitos

Exige-se:

– saber quais são os pré-requisitos das aprendizagens a efectuar.

– averiguar se os praticantes estão na sua posse (avaliação diagnóstica).

Implícitos e ExplícitosImplícitos e ExplícitosConvirá, também, distinguir pré-requisitos explícitos de pré-requisitos implícitos,

estes últimos, representando a base de competências que se consideram adquiridas e de que não se realiza avaliação porque se impõem pela sua evidência.

Outras decisões prévias à sessãoOutras decisões prévias à sessão

1. Inventariação de meios (materiais, humanos, temporais).

2. Escolha das situações de actividade, das tarefas motoras ou outras, de desenvolvimento.

3. Antecipação das estratégias de ensino, dos métodos e das técnicas.

4. Antecipação da actividade “não-motora” do atleta.

5. Previsão da gestão do tempo.

Estrutura de uma SessãoEstrutura de uma Sessão

1 Preparatória2 Principal3 Final/EncerramentoCada parte são 3 momentos distintos do ponto de

vista:- Orgânico

- Emocional- Intelectual- Instrucional

- Organizacional

A parte PreparatóriaA parte Preparatória

• Actividades do treinador:• Recepção dos atletas• Contactos personalizados• Rotinas administrativas • Esclarecer objectivos e modos de organização • Relembrar regras• Distribuir tarefas • Criar motivação e interesse

A parte Preparatória - Cont.A parte Preparatória - Cont.• “Aquecimento”• Período de intensidade crescente• Mobilização geral específica• Coordenação e flexibilidade • Procurar que seja o mais específica possível• Muitos exercícios/poucas repetições• Sequência básica: Orgânico/Articular/Muscular• Exercícios ligeiros e sob forma lúdica

Relacionado com a parte principal• Evitar que seja estereotipado• Duração entre 5 e 30’

A parte Preparatória - Cont.A parte Preparatória - Cont.• Parte Geral : mais curta/ mobilização geral• Parte Específica: maior/ com elementos técnicos• Exercícios não repetidos• Exercícios conhecidos• Exercícios facilmente explicáveis• Interrupção mínima entre exercícios• Alternar força com flexibilidade• Alternar trabalho isolado, a pares, c/ pequenos

grupos• Alternar situações de jogo c/ situações analíticas

A parte Preparatória - Cont.A parte Preparatória - Cont.Regra geral:1º Mobilização orgânica2º Muscular e ligamentar

Distribuição dos atletas1 Estacionária2 Deslocação3 Mista ou por ondaEstilo de ensino habitual:- Comando

- Auto-dirigido

A parte PrincipalA parte Principal

• Exercícios de maior intensidade e mais importantes• Aquisição de habilidades/desenvolvimento físico

- ordem de apresentação:• 1ºs Exercícios técnicos

- capacidades coordenativas ( perceptivo -cinéticas)- capacidades músculo-articulares - capacidades orgânicas

• Ordenação das capacidades físicas

A parte Principal - Cont.A parte Principal - Cont.

• Número de exercícios: Equilíbrio entre necessidade de repetição e diversidade.

• Equilíbrio entre volume e intensidade: Alternância entre cargas fortes e fracas, exercícios de volume e de intensidade.

• Atenção aos intervalos de recuperação, à densidade da sessão.

A Parte FinalA Parte Final

• Retorno à causa (se particularmente exigente a parte principal)- Actividade ligeira- Pequeno percurso de corrida- Exercícios de flexibilidade ligeira- Relaxação- Banho quente

• Entre 5 a 10 minutos

A Parte Final - Cont.A Parte Final - Cont.• Desenvolvimento de capacidades (se particularmente

ligeira)- Treino da força, resistência...

Balanço ou encerramento da sessão- Rever conteúdos fundamentais- Apreciar a sessão- Preparar sessões seguintes

Valor das Actividades PropostasValor das Actividades Propostas

Exercícios adaptados ao nível do grupoExercícios relevantes para a aprendizagemPrever situações de maior facilidade/dificuldadePrever um nº adequado de exercícios.Adequação do tempo de realização de cada exercício.Progressão do fácil para o difícilAlternar intensidades e tipos de esforço

Natureza das tarefas e MotivaçãoNatureza das tarefas e Motivação

Natureza das tarefas1- Variedade: grau de recurso a competências, actividades e conhecimentos diversificados.2- Identidade: Grau em que a execução de uma tarefa tem princípio, meio e fim.3- Significado: Valor.4- Autonomia: nível de independência.5- Feedback: qualidade e quantidade da informação de retorno sobre o progresso e o nível de desempenho.

Gerir a Motivação: aspectos básicosGerir a Motivação: aspectos básicos

A simples prática não gera, automaticamente, motivação para a prática.Reconhecer (conhecer e valorizar) o valor, interesse, utilidade da actividade.Ambiente de segurança: física e emocional, sem riscos nem ameaças à auto-estima. Baixa percepção de perigo origina maior motivação.Ambiente de sucesso, de experiências positivas.

Sucesso: mais auto-estima e menor percepção de risco.

Tarefas muito fáceis não são recomendadas.Tarefas muito difíceis também não: baixa de auto-estima.Ajustamento do grau de dificuldade de modo a serem percebidas como um desafio.Metas ambiciosas mas alcançáveis.Definir objectivos pessoais.

Gerir a Motivação: aspectos básicosGerir a Motivação: aspectos básicos

1. Actividades de sucesso (75-80% de sucesso)2. Ajustar tarefas constantemente.3. Tornar as tarefas divertidas4. Jogar - Ensinar - Jogar.5. Vídeos, slides, filmes.6. Valorizar a motivação intrínseca7. Tarefas apropriadas ao nível de desenvolvimento

Gerir a Motivação: aspectos básicosGerir a Motivação: aspectos básicos

MotivaçãoMotivação

Gerar expectativas elevadas– Acreditar que um esforço elevado permitirá

alcançar os resultados desejados.

Ser Justo: Equidade– Percepcionar uma relação de contingência

entre os “investimentos” e os “lucros”.– Perceber que existe equidade na comparação

com os outros.

Oportunidades de Prática Desportiva para Todos

António Rosado

Inclusão

Técnicas Básicas de InclusãoTécnicas Básicas de Inclusão

Processo de desenvolvimento de um ambiente de aprendizagem efectivo e aberto a todos os praticantes cujas necessidades e habilidades saem fora do nível geral dos praticantes maioritários.

Género, idade, pertença cultural ou étnica, deficientes, níveis de prática.

Todos devem poder alcançar o seu máximo potencial.

Dificuldades criadas assumem

carácter de destinoao qual não se

pode fugir, confundindo-se com “normas

instituídas” ditadas pelo envolvimento

social e cultural Isabel Mesquita

O aumento do número de crianças a praticar desporto não deve criar falsas ilusões acerca da criação de condições justas e equitativas para os indivíduos de níveis sócio-económicos e culturais

diferenciados

O desporto é um bem cultural a que todos devem ter acesso.

A inclusão plena sem discriminação de

género é uma tarefa de desenvolvimento societal e desportivo

Desporto para Deficientes deve

ser uma prioridade do sistema desportivo

Técnicas de InclusãoTécnicas de Inclusão

Benefícios:– Experienciar a diversidade– Aprender com os que são diferentes de si– Oportunidade para perceber os aspectos

comuns que estão para além das diferenças.– Adaptação à cultura dominante– Validação da sua própria cultura.– Modelação por pares.

Estratégias de instrução multiculturais

A instrução é baseada em conhecimentos prévios dos praticantes estabelecendo elos de ligação com esse conhecimento.

Formação de grupos heterogéneos

Em cada grupo deve existir praticantes de capacidade alta, média e baixa, havendo também equilíbrio racial e étnico.

Incorporar modalidades visuais, auditivas, tácteis e cinestésicas

Capitalizar nas capacidades existentes

InclusãoInclusão

Aumentar a instruçãoAumentar a interacção e as expectativasEnriquecer o currículoAlterar a organização do treino, tornando-o mais abrangente e permitindo a realização de metas multiculturaisNo treino, o desafio consiste, em desenvolver estratégias para evitar expectativas negativas e para realçar expectativas positivas

InclusãoInclusão

• O dever do treinador é de ensinar/treinar todos os praticantes e de assumir a atitude de que todos os são capazes de aprender e evoluir.

• Comunique aos praticantes esta crença positiva.

• Pergunte a si próprio se as suas acções comunicam valor e desafio. Está a mostrar aos praticantes que confia nas suas capacidades esperando que sejam excelentes.

InclusãoInclusão

1) Utilize materiais muito estruturados. Informe os praticantes daquilo que espera deles. Evite distracções nas áreas de trabalho.2) Permita alternativas ao uso da linguagem escrita nomeadamente gravadores ou testes orais.3) Espere melhorias a longo prazo.4) Reforce o comportamento apropriado.Modele e explique em que consiste.5) Proporcione uma avaliação correcta imediata e muitas oportunidades para exercícios e prática

Técnicas de InclusãoTécnicas de Inclusão

Planos individualizadosFoco no indivíduo e não na deficiência (o que sabe fazer e não o que não sabe).Modificação das actividadesModificação do grau de dificuldade (intrataskvariation).

Inclusão do géneroInclusão do género

Por princípio não separar em função do género.– Como adultos a maior parte das actividades não são segregadas.– Princípio da coeducação.

Em certas situações pode ser necessário separar:– Diferença de força, questões de segurança, de tamanho, de

privacidade, etc.– Fazê-lo de forma Temporária– As actividades devem ser equivalentes e não estereotipadas.– Quanto mais elementar o nível de prática menos se justifica.

Inclusão de outras línguasInclusão de outras línguas

Emparelhar com alguém que fale essa língua.Demonstrações visuais e quinestésicas mais frequentes.Gestos e ajudas visuais.Expressões faciais e inflexões de voz para enfatizar o essencial.Falar devagar e claramenteEncorajar a repetir palavras e/ou frases.

Técnicas de InclusãoTécnicas de Inclusão

Origem cultural diversa:– Ter em conta as suas opiniões e perspectivas– Usar actividades de outras culturas– Promover actividades à escolha

Inclusão dos craques:– Tutores dos outros (sem prejuízo dos seus objectivos)– Construir skills sociais (capitão de equipa, por ex.)– Evitar percepção de favoritismo– Programas de treino mais avançados

Técnicas de InclusãoTécnicas de Inclusão

Dos mais fracos:– Prática extra / adicional.– Mais instrução.– Mais encorajamento.– Tutor– Variedade de actividades– Variações intra-tarefa

Mesquita, I., Rosado, A. (2004). O desafio da Interculturalidade no espaço da Educação Física. Professor de Educação Física. Ofícios da Profissão. FCDEF- UP