Post on 07-Dec-2014
Horticultura
A horticultura, é hoje em dia uma actividade agrícola com grande potencial
principalmente no litoral do País, aproveitando as várias vantagens, dos quais
destacamos as condições propícias de clima e solo, e também a facilidade de
escoamento nos grandes mercados abastecedores nacionais. Engloba um leque muito
alargado de produtos, com variadas características, mas acima de tudo com
rentabilidades compensatórias, se geridas e trabalhadas com inteligência.
Se produzida em modo intensivo (produção em estufa), permite várias campanhas por
ano, implicando desde logo, proveitos mais ou menos constantes. Tudo depende da
capacidade de gestão do horticultor!
Várias cultivares deste grupo, apresentam amplitudes de preços que chegam aos 3,00 €
por kg, no produtor! Muitos factores determinam este fenómeno, mas quase sempre é o
velho princípio da oferta e da procura. O factor oportunidade aqui é de máxima
importância: a ideia base é produzir o que os outros não produzem ou produzem em
reduzida quantidade, numa determinada época do ano.
Floricultura
Com uma procura mais ou menos constante durante o ano, a produção de flores é
francamente animadora para o floricultor, caso este domine minimamente o
funcionamento dos mercados, quer locais quer regionais. A apetência acrescida em
determinadas épocas do ano, fazem com que esta produção anime fortemente pelo
factor procura, o que implica em algumas espécies, amplitudes de cerca de 300% (!) e
por vezes mais.
Muitas das vezes, os próprios produtores experimentam as suas capacidades de arranjos
florais, e perante pequenas transformações pontuais ao produto floral “em crú”,
introduzem mais-valias ao produto final substanciais. Daqui pode facilmente depreender
que a floricultura é uma actividade dominada pela esperteza: na escolha das espécies, no
tratamento, no oportunismo de mercado, na introdução de mais-valias e na procura
incessante de alternativas ao escoamento. Quem decidir apostar na floricultura e
dominar estes princípios mínimos, depara-se com uma das mais rentáveis actividades da
agricultura actual.
Pomares
A fruticultura, no âmbito mais geral abarca um conjunto muito alargado de espécies,
adaptadas às mais variadas condições de climas e solos. Aliando as novas tecnologias de
produção e mecanização agrícolas aplicadas aos pomares, obtêm-se frutos com as mais
variadas formas de rentabilização, mas no comum entre todos eles são os encargos mais
reduzidos e a mão-de-obra bastante mais facilitada, isto comparando com um passado
relativamente recente. Resumindo, a aposta na fruticultura actualmente é mais simples,
mais barata e sobretudo mais rentável, se a instalação, produção e maneio do pomar for
correctamente executado.
Não menos importante que as técnicas agrárias correctamente aplicadas, alia-se o
favorecimento político na instalação destas culturas, ou seja, na conjuntura agrícola
actual, as actividades frutícolas são favorecidas em detrimento de outras. Isto pressupõe
em alguns tipos de projectos, apoios comunitários mais elevados.
Kiwis
É conhecido por todos, que este fruto já faz parte da preferência da maioria dos
portugueses, seja pelo seu sabor e frescura, seja pelo seu valor nutritivo, seja pelos
preços mais apetecíveis que apresenta em certas alturas do ano. Porém, na perspectiva
do produtor, interessará conhecer outros factores:
A planta é bastante rústica e bastante resistente a várias doenças; embora com
produções mais fracas, é possível produzir este fruto com poucas ou nenhumas
intervenções de luta química (tratamentos);
É uma planta muito produtiva, o que implica que a instalação de pequenos pomares de
kiwi, originem grandes quantidades de fruta vendida;
É um fruto muito valorizado nos mercados locais, e sobretudo nos mercados
internacionais;
Os circuitos de escoamento deste fruto em Portugal, existem. Estão especialmente
favorecidos os produtores de kiwi, que apostem em áreas tidas pelas empresas como
rentáveis para a recolha de produto final.
Por estes e por mais factores, esta cultura é uma aposta certa em determinadas regiões
do País, tanto em pequena como em grande dimensão.
Mirtilos
Possui um conjunto alargado de aplicações no contexto agro-alimentar, tais como
sumos, geleias, doces, xaropes, etc., com benefícios medicinais comprovados
cientificamente tais como colesterol, circulação sanguínea, e especialmente a saúde dos
olhos.
Esta produção encontra-se actualmente bastante localizada, existindo ainda muito
poucos locais de apoio/escoamento da produção. Pelas suas características, é uma baga
muito frágil, de colheita manual e relativamente morosa; como pontos positivos,
podemos apontar a rusticidade da planta (arbusto) e o alto preço de venda do fruto,
especialmente se acondicionado e destinado ao mercado internacional.
Caso conheça possibilidades compensatórias de escoamento na sua região para este
produto, será uma cultura agrícola a ponderar, pois pode ser uma hipótese de ocupação
de terrenos marginais e de reduzida dimensão.
Vinha
Na actualidade, assistimos a um crescente interesse na substância vinho, quer na sua
vertente económica e social, quer também nas actividades culturais que decorrem da sua
natureza específica e da sociabilidade que entre os seus apreciadores se estabelece. No
plano científico, começam a ser evidentes os benefícios para a saúde de um consumo
regular e moderado de vinho.
A realidade nacional, é que aproximamos a produção aos níveis de consumo; por isso,
para o viticultor, hoje em dia, não basta produzir, é necessário produzir com qualidade,
acompanhando a vinha constantemente, em todo o ciclo vegetativo. Ao futuro
vitivinicultor cabe a tarefa acrescida de se actualizar, ou de “ficar para trás”, conhecer as
mais modernas técnicas de vinificação, investir em modernos equipamentos de
armazenamento, acondicionamento, rotulagem e engarrafamento. Actualmente esta é
uma fase crítica para quem possui ou aposta na vinha: ou actualiza-se, investe e avança
(aproveitando as ajudas disponíveis), ou “passa o testemunho”.
Olival
A oliveira é historicamente uma árvore muito familiar em Portugal. A sua produção
existe de Norte a Sul do País e existiu desde tempos muito remotos.
Actualmente, os projectos associados a esta cultura "pressionam" o olivicultor para a
modernidade: é necessário cumprir quotas de produção nacional por um lado, e por
outro é necessário modernizar e intesificar os olivais para fazer face à concorrência
feroz de outros países mediterrânicos na produção de azeite e azeitona, tais como a
Espanha, Itália e Grécia.
A última revisão de regras de candidatura e projectos empresariais, esfecificamente na
cultura do olival, beneficiou de um tratamento especial: além do sistema tradicional de
produção, abriu-se a hipótese de intensificação do olival, designado por olival
superintensivo. Deste modo é possível intensificar produções, aliando as condições de
clima e solo favoráveis no País para esta cultura
Plantas Ornamentais
A frase já é antiga: “Portugal – o jardim à beira-mar plantado”. Muitos dos países da
Europa Central invejam as óptimas condições que o País tem para a produção de
espécies florícolas, e dentro destas, um conjunto vasto de plantas para embelezamento
de espaços, designadas por plantas ornamentais. Neste grupo incluem-se plantas
aromáticas, arbustos, plantas para jardins, plantas envasadas, e as demais que nos
habituamos a ver nos vários hortos espalhados por todo o lado.
Os apoios comunitários procuram apoiar as iniciativas para este sector, actualmente um
dos mais rentáveis actualmente dentro do sector da agricultura.
A criação de viveiros de plantas ornamentais é necessária em Portugal, pois a oferta
nacional cobre aproximadamente 20% da procura, sendo a restante fatia da oferta
proveniente, obviamente das importações de países como a Espanha, França, Bélgica e
Holanda. As margens de venda?
Apenas podemos dizer que são no mínimo, muito aliciantes
Aromáticas / Medicinais
Este conjunto de plantas, é difícil englobar num só contexto, pois a sua diversidade quer
de espécies quer de aplicações, ou mesmo de formas de escoamento é tão grande, que
até a informação por mais completa que a queiramos fornecer, estará quase sempre
incompleta.
As notícias que falam das medicinas alternativas, saúde e bem-estar, estética e beleza,
etc. muitas das vezes estão associadas a estas plantas. E é do conhecimento de todos,
que a estes temas atrás referidos estão associados também muitos euros de investimento
pelo consumidor!
Do ponto de vista agrícola, a adaptação da maioria destas plantas é grande, pois além de
grande parte delas possuir muita rusticidade, a sua variedade permite que se possa
apostar nas espécies mais adaptadas e simultaneamente nas mais rentáveis,de acordo
com as várias realidades e condicionantes agrícolas do País.
O mercado e por consequência, a produção de plantas aromáticas e medicinais são um
campo em grande expansão em Portugal. Cabe a si, “jogar” por antecipação.
Agricultura Biológica
O interesse crescente dos consumidores pelos problemas da segurança alimentar e pelas
questões ambientais tem contribuído para o desenvolvimento da agricultura biológica
nos últimos anos.
A agricultura biológica distingue-se de outros sistemas de exploração agrícola em
diversos aspectos. É dada preferência aos recursos renováveis e à reciclagem,
devolvendo-se aos solos os nutrientes presentes nos resíduos. No respeitante à pecuária,
a regulamentação da produção de carne, incluindo de aves de capoeira, dá especial
atenção ao bem-estar dos animais e à utilização de alimentos naturais. A agricultura
biológica respeita os mecanismos ambientais de controlo de pragas e doenças, na
produção vegetal e na criação de animais, evitando o uso de pesticidas sintéticos,
herbicidas e fertilizantes químicos, hormonas de crescimento, antibióticos e
manipulações genéticas. Em vez destes, os agricultores utilizam, na produção biológica,
diferentes técnicas que contribuem para o equilíbrio do ecossistema e para reduzir a
poluição.
Claro que para si, futuro produtor, interessa sobretudo saber a perspectiva económica
deste modo produtivo. Relativamente aos investimentos, pode obter benefícios
acrescidos; relativamente à produção, observa-se com agrado ao aumento de
consumidores interessados nestes produtos, e a designação de “nicho de mercado” para
os produtos biológicos tem cada vez menos aplicação na agricultura biológica. Daqui se
conclui que associado a aumentos de procura, está o aumento de preços de venda.
Produção de Cogumelos
Cogumelos são frutificações de alguns grupos de fungos que são formados em
condições ambientais e de substrato favoráveis, podendo ser classificados em
comestíveis e venenosos. São conhecidas aproximadamente 700 espécies de cogumelos
comestíveis sendo que destas algumas possuem uso medicinal.
Os cogumelos comestíveis são alimentos de alta qualidade, por serem ricos em
proteínas e hidratos de carbono facilmente digeríveis, e por apresentarem ainda pouco
ou quase nada de gordura. A sua produção é muito impulsionada pelos altos preços
pagos pelo mercado. Em Portugal, a produção de micélios é ainda embrionária, por ser
uma actividade com pouca informação disponível, pouco comum ainda na dieta dos
portugueses (cerca de 30 gr./ano, contra 1,3 Kg/ano em França por exemplo), e sem
grandes apoios ao nível de fornecedores, e clientes intermediários; porém é altamente
compensador quando associado a circuitos de escoamento (especialmente a exportação),
sendo actualmente uma cultura interessante ao nível da agricultura familiar.
Bovinos de Leite
Sejamos sinceros: Quem entra nesta actividade deve ter consciente de que se trata de um
compromisso de longo prazo. Se quer entrar no negócio da produção leiteira, deve antes
de tudo avaliar recursos, capacidade de gestão e experiência no sector, interesse,
habilidade, mão-de-obra disponível assim de construções e equipamentos.
Uma exploração leiteira de sucesso exige compromisso e disponibilidade total, por toda
a família, pois as vacas leiteiras são criaturas de hábitos: necessitam de horas específicas
para várias situações dentro do ciclo produtivo e reprodutivo.
Porém, nem tudo é mau nesta actividade. Devido ao sistema de quotas actualmente
implementado em toda a União Europeia, a concorrência a nível de preços e de
escoamento de produção é nula, ou seja, a única preocupação do empresário leiteiro, é
produzir, e produzir bem.
Em suma, caso tenha experiência, e esteja interessado(a) em investir e/ou modernizar
uma exploração leiteira, terá em suas mãos uma actividade aliciante, e igualmente das
mais rentáveis do ramo agro-pecuário.
Bovinos de Carne
A produção de bovinos de carne é vital para a agricultura. Ela converte produtos de reduzido
ou nulo valor comercial – palha, resíduos vegetais e outros produtos de refugo num produto
comestível e com valor de mercado: carne.
Existem basicamente duas razões porque a produção de carne irá subsistir no futuro:
1. Existem milhões de hectares no mundo inteiro, com superfície rochosa, árida e de
condições muito adversas, onde existe basicamente, árvores e vegetação espontânea.
Ruminantes tais como os bovinos, ovinos e caprinos são dos poucos animais
domésticos que convertem estes produtos, noutros com valor nutricional, e
principalmente, económico;
2. Acima do limiar de subsistência, grande parte da população mundial exige a carne na
sua dieta, o seja, para muitos a peça central de uma refeição é precisamente a carne.
A produção de carne bovina, se pensarmos numa perspectiva empresarial, é um negócio. O
seu objectivo é colocar a carne na mesa das pessoas a um preço acessível à maioria delas, mas
alta o suficiente que ofereça ao produtor uma vida com rendimentos decentes, não
esquecendo a competitividade. Daí a aplicação da produção de bovinos de carne em regime
extensivo ser cada vez mais aprofundada, e a opção única para a sua viabilidade.
Ovinos e Caprinos
Grande parte dos princípios que foram referidos na produção bovina de carne, aplicam-se
igualmente nos ovinos e caprinos, com a componente acrescida de que nestes, existe a
possibilidade extra da transformação de produtos de valor acrescentado, em que os derivados
do leite, e lã de ovinos são dois de um grupo imenso de possibilidades.
A produção de ovinos e caprinos nas suas produções mais básicas (leite, carne e lã) oferecem
ao produtor, margens relativamente reduzidas, em que na maioria dos casos, a solução mais
viável, é a redução de encargos através da actividade extensiva.
Se reside numa região montanhosa ou noutra região pouco indicada à agricultura intensiva,
esta é uma das soluções mais viáveis.
Aves e ovos de campo
No papel de consumidores, todos os dias somos “bombardeados” por notícias de produtos
alimentares modificados, transgênicos, com resíduos tóxicos, etc., falando em nomes de
substâncias químicas que nunca ouvimos falar. Com isto, queremos dizer que o consumidor
vive preocupado com aquilo que consome, pois sente que não existem garantias nos produtos
ditos comerciais.
É aqui que entram este tipo de produções. É verdade que a produção no campo é mais
demorada, que tem maior mortalidade, menores resultados produtivos, mas também é
verdade que o preço de venda é maior, porque para possuir uma garantia daquilo que come, o
consumidor está progressivamente a optar por pagar o acréscimo.
Quer a produção a nível familiar, quer a nível empresarial, assumem-se em vários exemplos
espalhados pelo País, como rentáveis, justificando mesmo a criação de empresas de abate e de
classificação, especializadas nesta área.
Estas produções são excelentes opções para quem possui pequenos terrenos marginais, de
difícil amanho e mecanização; os investimentos são relativamente reduzidos e numa situação
de facilidade de escoamento, esta actividade pode assegurar uma substancial parte, senão a
totalidade do rendimento familiar.
Suínos de campo
Desde que se iniciaram os primeiros passos relativamente à produção de suínos em regime
intensivo, que se deparou logo à partida com um grave problema, ligado logicamente à
vertente ambiental. Por esse motivo, os apoios neste campo, são garantidos apenas em casos
muito selectivos e muito bem fundamentados, e em condições muito precisas em legislação
vigente, ou então, em investimentos relacionados com a melhoria dos tratamentos de
efluentes ou outros meios que visem garantir o meio ambiente circundante à pocilga.
Daí que dentro da produção suína, a opção pela exploração extensiva é vista por todos como
uma solução equilibrada, quer do ponto de vista económico, quer ambiental.
Embora existam estudos que indicam a adaptação de algumas raças ditas “comerciais”, a nível
de apoios comunitários, apenas são permitidas as duas raças autóctones (nacionais): a raça
suína Bisara e a raça suína Alentejana. Embora a produção de carne destes animais não possua
um valor comercial satisfatório, no entanto, as possibilidades de transformação destes
produtos e a introdução de mais valias (os produtos fumados destas raças encontram-se
actualmente certificados), sobe exponencialmente a rentabilidade de quem se dedica a esta
actividade.
Cunicultura
Para quem inicia uma actividade, ou quer iniciar uma nova actividade, deseja antes de
tudo de conhecer as opções, mais precisamente os seus prós e contras. Na produção de
coelho intensivo, fornecemos aqui alguns:
Vantagens:
Uma boa opção para proporcionar rendimento extra;
Não é necessária uma área substancial de terreno para se instalar esta actividade;
O esforço físico é mínimo, comparado com outras actividades agro-pecuárias;
A necessidade de mão-de-obra por fêmea émuito reduzido, diminuindo desta
forma os encargos com mão-de-obra;
Pode-se obter rendimentos extra, ao vender estrume de coelho, actualmente
bastante valorizado.
Desvantagens:
Investimento inicial relativamente elevado;
Como o meio empresarial em Portugal, relacionado com o abate e transformação
de coelho não está ainda muito desenvolvido, pode-se considerar a cunicultura
uma actividade de médio risco; o nível de dependência do País na actividade
cunícola espanhola, aumenta este grau de risco;
Cuidado extremo no controle de doenças, e investimento constante de tempo e
dinheiro na prevenção das mesmas.
Cabe a si pesar estas e outras conclusões, e verificar se é compensador ou não investir
na cunicultura. Independentemente da sua decisão, vários empresários e unidades de
abate e transformação continuam a iniciar actividade nesta área.
Apicultura
As abelhas vivem em sociedade, são extremamente organizadas e produtivas.
Uma família ou colônia de abelhas é formada, em média, por uma rainha, milhares de
operárias e centenas de zangões. Assim como as abelhas, o apicultor deve ser também
bastante organizado e metódico, sob o risco de comprometer todas as colónias que possui.
Essa metodologia deve passar pelas fases antes e após instalação. Todos os cuidados devem
ser medidos e previstos antes da instalação, e todas as actividades devem ser estudadas e
praticadas após a instalação.
Relativamente à parte económica da apicultura, pode-se referir que o desenvolvimento foi e
continua a ser muito lento em Portugal. No entanto as potencialidades são enormes, primeiro
pelo clima e diversidade de flora existente, e segundo pelas inúmeras formas de exploração da
abelha e dos seus produtos: desde a produção de rainhas, enxames, própolis, geleia real,
apitoxinas (veneno de abelha), até à simples produção de mel.
Quem queira se dedicar seriamente a esta actividade, depara-se com uma forma de
rentabilização de recursos, extremamente interessante.
Cinegética
A criação em cativeiro de espécies cinegéticas (espécies destinadas à caça desportiva), tem
tido um crescimento significativo em Portugal. Na maioria dos casos, especializadas nas aves
(faisão, perdiz, codorniz, pato bravo, etc) e na produção de coelho bravo. Existem alguns casos
de produção em cativeiro de espécies de caça grossa, tais como o javali e o veado.
Os apoios comunitários cobrem igualmente estas iniciativas. Correctamente projectadas,
resultam em rendimentos muito interessantes para o produtor, pois os preços unitários de
venda são altamente compensadores. É no entanto um tipo de produção controlado e
fiscalizado pela Direcção Geral de Florestas, ou seja, a produção de espécies cinegéticas
depende de parecer desta entidade.
Equinos e asininos
Convém referir à partida que, a (re)produção de equinos não é para qualquer um. Requer
conhecimento, experiência e aptidão para lidar com estes animais. Economicamente, existem
muito poucos casos de empresas produtoras de equinos em Portugal que realmente se
dedicam com profissionalismo a esta actividade. E porquê? Porque é um animal que a título
produtivo, não a nível de lazer, não permite muitos descuidos: o maneio, em todas as fases do
ciclo produtivo devem ser religiosamente cumpridos, assim como os pequenos pormenores
não podem ser relevados. Isto exige um compromisso de tempo e dinheiro que na maioria dos
casos, não é economicamente rentável. O mesmo se passa, embora num nível mais reduzido,
nos asininos.
No entanto, a exploração destes animais, apenas a título de lazer, pode-se tornar
compensador, existindo vários casos no País, de cooperações com unidades de turismo,
associações especializadas, criação de circuitos, etc. O turismo actualmente compensa, e esta
é apenas mais uma forma de abordagem desse tema; o grau de inovação, é fundamental para
essa compensação.
Helicicultura
Helicicultura é o processo de criação e exploração de caracóis. A produção de caracóis em
larga escala exige um investimento considerável em tempo, equipamento, e recursos.
Potenciais interessados nesta actividade devem analisar cuidadosamente estes factores, pois
todos os casos de explorações instaladas, passaram por uma fase de adaptação, até atingir a
melhor solução para as condições específicas do local instalado.
São várias as sub-espécies utilizadas para alimentação humana, sendo que a exportação é o
destino mais vantajoso para esta produção.
Em Portugal, esta actividade é ainda embrionária, e muito pouco se conhece sobre as formas
mais modernas de criação de caracóis, sendo que os franceses são de longe os “experts” nessa
matéria. No entanto existem algumas empresas no País que asseguram o escoamento, pois
possuem os contactos certos para a exportação deste produto.
Em conclusão, pode ser uma actividade interessante, se previamente se documentar e
conhecer todos os aspectos desta actividade. Aconselha-se que visite e conheça vários
exemplos de produtores de caracóis.
Beneficiação de Povoamentos
Estes projectos possuem entre outros objectivos a promoção, manutenção e melhoria das
funções das áreas florestais, afim de melhorar e adequar as redes de infra-estruturas –
caminhos florestais – para estes espaços.
Intervenções tais como a limpeza de matos, adensamento, a recuperação de povoamentos, a
substituição de povoamentos mal geridos/instalados, remoção de arvores doentes e mortas
podem beneficiar de apoios financeiros que atingem em certos casos os 100% de ajuda a
fundo perdido.
Podem beneficiar destas ajudas quaisquer indivíduos de nacionalidade portuguesa, residentes
ou não em território nacional, desde que sejam titulares ou que tenham poderes sobre
propriedades florestais.
Arborizações
Dos vários serviços prestados pela Agroprojectos neste contexto, e previstas no conjunto das
ajudas para a floresta, destacam-se a instalação de povoamentos ( com identificação das
melhores alternativas de exploração florestal), reinstalação de povoamentos devido a
catástrofes – fogos florestais – recuperação do potencial de produção florestal, substituição
parcial ou total de povoamentos ecologicamente mal adaptados ou cuja produção se encontre
significativamente abaixo do seu potencial produtivo, etc.
A perspectiva global com que analisamos a sua área florestal, sempre acompanhada de visita
ao local, faz com que as intervenções no terreno sejam devidamente planeadas e ajustadas à
situação particular.
Podem beneficiar destas ajudas, a fundo perdido, quaisquer indivíduos de nacionalidade
portuguesa, residentes ou não em território nacional, desde que sejam titulares ou que
tenham poderes sobre propriedades florestais.
Parques de Merenda
Os espaços florestais têm cada vez mais uma função de descanso e lazer a eles associados.
Uma das apostas da Agroprojectos, consiste na divulgação e concretização destes projectos,
onde os proponentes – Câmaras Municipais, Juntas de Freguesias e Concelho Directivos dos
Baldios – podem usufruir de pequenos projectos, até um valor de 25.000 €, em que os
investimentos em equipamentos ( mesas, bancos, churrasqueiras, contentores do lixo etc.)
possam ser instalados em espaços florestais, com o objectivo de que todas as pessoas possam
desfrutar das mais valias criadas nestas áreas.
Podem beneficiar destas ajudas, Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e Conselho
Directivos dos Baldios, desde que sejam titulares ou que tenham poderes sobre propriedades
florestais, com uma ajuda a fundo perdido de 100%.
Zona de Caça e Pesca
É uma actividade em crescendo no nosso País, onde cada vez mais as novas exigências – em
termos ecológicos e ambientais – faz com que o ordenamento piscícola e cinegético, seja já
uma realidade em muitas zonas do litoral ao interior.
Em virtude dessas exigências a Agroprojectos, disponibiliza a possibilidade de serem
elaborados projectos de zonas de caça e pesca, onde podem ser adquiridos exemplares para
repovoamento, instalação de zonas de abrigo, construção de campos de alimentação etc.
Podem beneficiar destas ajudas, entidades que estejam legalmente constituídas – Zonas de
Caça e Clubes ou Associações de Pescadores - , desde que sejam titulares ou que tenham
poderes sobre propriedades florestais, com uma ajuda a fundo perdido entre 50 a 80%.
Equipamento de Exploração Florestal
As ajudas previstas neste contexto, têm por objectivo apoiar investimentos no âmbito da
exploração florestal, comercialização e transformação de material lenhoso e gema de
pinheiro, nomeadamente:
Modernizar o parque de máquinas e equipamentos de exploração florestal,
adoptando tecnologias e processos que conduzam à valorização dos produtos
florestais;
Incentivar a concentração da oferta do material lenhoso com vista à sua
classificação, triagem, normalização e armazenamento em boas condições físicas
e sanitárias até à sua entrega às indústrias transformadoras;
Valorizar o material lenhoso e a gema de pinheiro enquanto matérias-primas
para transformação industrial;
Contribuir para o aumento da capacidade negocial dos produtores florestais,
nomeadamente através da melhoria da circulação de informação sobre
dimensões e qualidade dos produtos;
Minimizar os impactes ambientais causados pelas actividades florestais, através
da utilização de equipamentos adequados e de técnicas e sistemas de exploração
compatíveis com a preservação dos ambientes florestais.
Infra-estruturas agrícolas
Claramente um dos sectores com menos adesão por falta de conhecimento, e
ironicamente com as mais altas comparticipações por parte da Comunidade Europeia!
Investimentos em alguns tipos de infra-estruturas chegam aos 100% de
comparticipação. Quais, como? Nós informamos e preparamos o seu processo!
Embora seja um tipo de apoio mais destinado a entidades colectivas, autarquias locais e
organizações de produtores, indirectamente poderão beneficiar o agricultor individual.
Saiba como!
Caminhos Agrícolas
Os projectos de caminhos agrícolas e rurais, têm como objectivo melhorar as
acessibilidades nas zonas rurais através do apoio à abertura ou melhoria de
caminhos agrícolas e rurais, facilitando a circulação de pessoas e equipamentos,
o acesso às explorações agrícolas e o escoamento dos produtos agrícolas. São
elegíveis investimentos tais como construção ou beneficiação dos caminhos,
incluindo obras de arte, sinalização e acções minimizadoras de impacte
ambiental, estudos e fiscalização de obras, etc.
Aquele caminho ou acesso às suas terras que vem reclamando consecutivamente
à sua Junta de Freguesia ou Câmara Municipal, e que nunca mais tem resposta,
pode deste modo ver acelerarada a sua realização. Apoios que podem atingir os
100% de comparticipação, são com certeza um óptimo aliciante a qualquer
autarca deste País.
Regadios Colectivos
Neste tipo de candidaturas procura-se apoiar a construção de aproveitamentos
hidro-agrícolas de média e pequena dimensão, melhoria do aproveitamento dos
já existentes, e a identificação de potencialidades hidro-agrícolas a nível
regional, nomeadamente em zonas de boa aptidão agrícola.
Em português comum, procura-se apoiar iniciativas de regadio, sobretudo
colectivas, com o objectivo de aproveitar melhor este recurso essencial, que é a
água. Todos estes investimentos, pelo seu carácter e importância para a
actividade agrícola nacional, poderão beneficiar de apoios que atingem os 100%
de comparticipação.
São investimentos elegíveis, entre outros os seguintes: construção, modernização
ou reparação de barragens, charcas e açudes de derivação, açudes, reservatórios,
estações elevatórias e de bombagem e respectivos equipamentos e tomadas de
água; construção de pequenas barragens subterrâneas; prospecção e captação de
águas subterrâneas através de furos e poços; construção ou recuperação de redes
de rega, de drenagem, de enxugo e viária; construção de centrais minihídricas;
aquisição e montagem de contadores de água em redes de rega colectiva sob
pressão ou outro equipamento necessário a uma adequada gestão da água.
Turismo em espaço rural
Um dos melhores trunfos do interior de Portugal e não só. Saiba como planear, enquadrar
legalmente, e como beneficiar de apoios ao seu projecto de Turismo em Espaço Rural (T.E.R.).
Existem várias formas de comparticipações e apoios, ao encontro da dimensão do seu
empreendimento turístico, desde a pequena casa de campo, até ao aldeamento turístico.