ONU Mulheres Apoia a Formação de Promotoras Comunitárias de Veterinária

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“Expansão do papel e ganhos da mulher na produção agrícola e gestão dos recursos naturais como estratégia de empoderamento sócio-económico rumo à maior segurança alimentar e adaptação às mudanças climáticas”

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7/17/2019 ONU Mulheres Apoia a Formação de Promotoras Comunitárias de Veterinária

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Resumo da Sessão#1, 14 de Setembro, 2015 

Em Chobela, Distrito de Magude

ONU Mulheres Apoia a Formação de Promotoras

Comunitárias de Veterinária

20 mulheres e dois técnicos pecuários dos distritos de

Mabalane e Guijá beneficiam-se desde hoje de uma formaçãovocacional em maneio sanitário numa iniciativa da Entidade

das Nações Unidas para a Igualdade de Género e

Empoderamento da Mulher (ONU Mulheres) em parceria com

o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), o

Instituto Internacional de Investigação Animal (ILRI) e o

Projecto PROSUL – cadeia de valor de carnes vermelhas.

A formação, com duração de cinco dias, visa desenvolver

habilidades de cuidadoras de gado bovino e caprino em

maneio sanitário com vista ao controlo de doenças, aumento

da produção e produtividade no sector pecuário. O exercício

pretende igualmente suprir o défice do pessoal de extensãopecuária em Mabalane e Guijá  –  distritos com elevado

potencial na criação de gado bovino – promover a participação

das mulheres na cadeia de valor da pecuária e contribuir para

a transformação das normas locais de género.

Foto 1. Dr. Milton do IIAM Chobela exibe os medicamentos e

instrumentos usados em veterinária.© ONU Mulheres 2015.

O primeiro dia da formação centrou-se sobre medidas de

prevenção de doenças, técnicas de diagnóstico de doenças,

perguntas-guias na interacção com o(a)s criadore(a)s de gado,

a importância da vacinação, introdução a parasitas internos e

externos, familiarização com os instrumentos e medicamentosveterinários, medição de temperatura e tratamento de feridas.

Para assegurar o processo de ensino-aprendizagem os

facilitadores irão seguir uma metodologia baseada na solução

de problemas reais com animais. Os principais termos técnicos

foram traduzidos para o changana num exercício colectivo de

harmonização da linguagem técnico-profissional.

As promotoras, ora em formação, irão efectuar assistência

primária aos animais, vigilância de surto de pragas e

responsáveis pela ligação criador(a) - rede pública de

extensão, fazendo referência dos casos complicados.

As participantes foram seleccionadas com base na sua

experiência prévia na criação de animais e vulnerabilidade

sendo que nunca se tinham beneficiado de formação técnica

para o melhoramento da qualidade da sua actividade.

Finda a formação, que irá decorrer em três rondas de 20

participantes cada, as promotoras serão equipadas com kits

compostos por medicamentos, instrumentos veterinários

bicicletas e telemóveis para a iniciação do seu negócio como

promotoras comunitárias de veterinária em resultado de um

acordo entre a ONU Mulheres e a Cooperação Belga para o

Desenvolvimento no âmbito do projecto designado “Expansão

do papel e ganhos da mulher na produção agrícola e gestão

dos recursos naturais como estratégia de empoderamento

sócio-económico rumo à maior segurança alimentar e

adaptação às mudanças climáticas”.

Foto 2. Dr. Felisberto Maute do ILRI introduz para as participantes

técnicas de diagnóstico de doenças. ©ONU Mulheres 2015.

Caixa 1. Expectativas com a formação

As participantes mostraram muito dinamismo e vontade de

aprender de modo a cumprir com as suasresponsabilidades de agentes de mudança nas respectivas

comunidades. Dentre as expectativas mencionaram:

“Quero aprender sobre como cuidar dos animais e

assegurar o bem estar destes”. “Poderei melhor cuidar dos

meus animais [bovino, caprino e ovino] animais e da minha

comunidade. Terei uma fonte de sustento pelas

contribuições de outra(o)s criadora(e)s.” 

Os facilitadores relatam ter sido uma experiência

satisfatória e distinta das formações anteriores com grupos

de homens, pois as mulheres mostram domínio que as

mulheres têm sobre aspectos clínicos devido a suaexperiência com cuidados com a saúde de crianças.