Post on 08-Nov-2018
Ano XXVIII Nº 36 Gestão Atual - Trimestral - Maio/Julho 2008 - Nº 04
Órgão Oficial da Sociedade de Oftalmologia do Ceará
A Sociedade de Oftalmologia do Ceará (SOC) comemorou
em grande estilo o Dia do Oftalmologista. No Hospital de
Olhos Leiria de Andrade, o médico oftalmologista Fernando
Oréfice proferiu palestra. À noite aconteceu a tradicional
festa dançante.
Atendendo ao requerimento do terceiro secretário da Mesa
Diretora, deputado Hermínio Resende (PSL), a Assembléia
Legislativa realizou na noite de 09 de maio, no Plenário 13 de Maio,
sessão solene de entrega do título de Cidadão Cearense ao médico
oftalmologista Fernando Oréfi ce.
Assembléia Legislativa do Ceará entrega Título de Cidadão Cearense ao médico Fernando Oréfice
III Jornada de Oftalmologia da Região Norte
I Fórum em Defesa da Saúde Ocular
Dia do Oftalmologista
A Sociedade de Oftalmologia do Ceará (SOC) promoveu, no
período de 10 a 13 de julho de 2008, a III Jornada de Oftalmologia
da Região Norte e o I Fórum em Defesa da Saúde Ocular, na
cidade de Camocim. O evento teve lugar no Hotel Boa Vista
Resort e contou com a presença de 80 participantes.
A Sociedade de Oftalmologia do Ceará (SOC) realizou o primeiro
FORTALEZA CONTRA O GLAUCOMA. O evento aconteceu nos
dias 18 e 19 de julho no Ginásio Aécio de Borba, em Fortaleza.
Fortaleza contra o Glaucoma
Caros colegas,
E s t a m o s
chegando ao
fi nal da gestão
da atual diretoria
da Sociedade de
Oftalmologia do
Ceará. Sentimo-nos na obrigação de
prestar contas com os nossos associados,
especialmente àqueles que depositaram
seus votos em nossa chapa.
Iniciamos os nossos trabalhos
convidando para fazer parte das
comissões alguns colegas que integraram
a chapa adversária. Assim o fi zemos
por entender que, passado o pleito,
deveríamos voltar-nos para todos,
mantendo a Sociedade mais unida. Em
seguida convocamos uma Assembléia
Geral Extraordinária para decidir sobre
o apoio da SOC aos eventos no nosso
estado. Procuramos demonstrar aos
membros da Sociedade que, se todos
os acontecimentos fi zerem parte do
calendário da nossa entidade, estaremos
sempre coesos e fortes para enfrentar os
nossos desafi os.
Pensando dessa forma
convidamos os organizadores do
curso Mácula 2007, tradicional evento
de retina no nosso Estado, para fazer
parte do calendário dos Programas de
Educação Continuada da atual diretoria,
constituindo-se no primeiro Encontro
Científi co da SOC no ano passado, e que
se repetiu este ano com o Mácula 2008.
Em seguida organizamos as
festividades do Dia do Oftalmologista
de 2007 com uma programação
científi ca, onde foi dada oportunidade
aos colegas do Ceará de apresentarem
casos clínicos e cirúrgicos, fato inédito no
nosso Estado, valorizando, desta forma, a
classe oftalmológica local. Nesta ocasião
promovemos a já tradicional festa
comemorativa ao nosso dia.
Em julho de 2007, cumprindo
a promessa de levar para o interior
do Estado eventos de alto nível
cultural, promovemos a IV Jornada de
Oftalmologia do Cariri, quando acontecia
a Exposição Agropecuária do Crato, com
a presença do Dr. Cleber Godinho e do
Dr. Harley Bicas então presidente do
Conselho Brasileiro de Oftalmologia.
Repetimos a jornada do interior do
Estado este ano, desta vez em Camocim,
quando tivemos a oportunidade de ter
a palestra do Dr. Leonardo Akaishi sobre
lentes intra-oculares, e fi zemos uma rica
atividade social.
Em 2007 realizamos outro
PEC sobre catarata, e concluímos
nossas atividades do ano com o nosso
conceituado Congresso Cearense
de Oftalmologia, e com a, também
tradicional, festa de encerramento do
ano.
Em 2008 começamos o ano
promovendo mensalmente um almoço
em comemoração aos aniversariantes
do mês, patrocinado por dois dos mais
conceituados parceiros da oftalmologia
cearense, quando convidamos os colegas
que fazem aniversário no mês em curso
para um encontro em um restaurante da
cidade
Comemoramos o Dia do
Oftalmologista neste ano convidando o
Dr. Fernando Oréfi ce para proferir palestra
sobre OCT em uveítes, e na ocasião foi
entregue o título de Cidadão Cearense
ao prestigiado professor na Assembléia
Legislativa, por iniciativa do Dr. Hermínio
Resende. A festa comemorativa a esse dia
foi patrocinada por tradicionais parceiros,
sendo bastante elogiada.
Neste ano apoiamos o curso
promovido pela Visionlaser, o Circe
em Paris, e a Jornada de Oftalmologia
Pediátrica de Crateús. Realizamos o I
Fortaleza Contra o Glaucoma no Ginásio
Aécio de Borba com a colaboração dos
serviços de Oftalmologia que possuem
Residência na área, onde atendemos
cerca de 1200 pessoas em dois dias.
Estamos com a programação científi ca
e social para o XIX Congresso Cearense
de Oftalmologia quase que inteiramente
fi nalizada, e em breve os colegas receberão
os informativos para que efetuem suas
inscrições.
No âmbito da defesa de classe
entramos com vários processos na
Justiça contra o exercício ilegal da
medicina. Comparecemos à audiências
na Justiça Comum, no Ministério Público
do Trabalho, na Procuradoria Municipal,
e assessoramos a Vigilância Sanitária na
fi scalização de óticas que mantinham
salas funcionando como consultório
médico em seu interior. Realizamos uma
Assembléia Geral Extraordinária para
tomar decisões frente ao acordo proposto
pelos optometristas no Ministério
Público do Trabalho, ocasião em que
rejeitamos qualquer concordata com
os mesmos. Na qualidade de Presidente
da SOC , juntamente com o Dr. George
Fontenele do escritório que nos presta
assessoria jurídica, participamos do II
Pondeso por ocasião do Congresso
Brasileiro de Oftalmologia realizado em
Brasília. Nesse Encontro foram debatidos
aspectos jurídicos e posicionamentos
em defesa da classe oftalmológica. Este
evento foi realizado novamente este ano
por ocasião do Congresso de Prevenção
a Cegueira.
Reconhecemos que sempre
haverá algo mais a fazer, contudo, diante
do trabalho realizado, sentimo-nos com
a sensação de dever cumprido. Torcemos
para que a próxima Diretoria seja
comprometida com a Sociedade, tenha
conhecimento de sua organização, dê
continuidade aos programas das últimas
gestões, e realize seus projetos mantendo
a classe unida.
Agradeço a colaboração dos
membros da diretoria, das comissões, dos
nossos patrocinadores, e de todos, que
de uma forma ou de outra, contribuíram
ou simplesmente prestigiaram a nossa
sociedade.
PALAVRA DO PRESIDENTE
2 Ceará Oftalmológico
EDITORIAL
Atenção ao reformar clínicas e consultórios!
Ainda me lembro bem, não faz tanto
tempo assim! No entusiasmo de iniciar
o curso de Medicina, já no primeiro mês
coloquei-me a disposição para acompa-
nhar o plantão de outro acadêmico mais
adiantado; era um estágio regulamentar
em um hospital-escola cujo objetivo
principal era me familiarizar ao meio e
com as normas pertinentes ao ambiente
hospitalar.
Às 18h30min estava eu em frente à
rampa de acesso à ambulância, confor-
me o combinado, inaugurando minha
calça de linho branco , sapato e bata de
manga curta , padronizada da faculdade.
Havia certo ar de tranqüilidade naquele
lugar, em minha frente, uma sala de azu-
lejos brancos a meia parede e ao fi m dela
duas portas de vai-e-vem em fórmica
branca com um vidro redondo central.
Resolvi entrar; quando percebi à direita
um grande balcão em mármore branco
um pouco velho com algumas mulheres
igualmente vestidas:
-Pois não garoto, o que deseja?
Ainda meio inibido me identifi quei
como novo estagiário e fui orientado a
me apresentar ao segurança que se en-
contrava após a porta e em seguida ao
monitor, um acadêmico do quinto ano
que a partir daí iria me instruir quanto à
conduta naquele hospital.
Fui então apresentado pela primei-
ra vez de forma diferente a um hospital
de médio porte: havia corredores largos
seguidos de rampas atapetadas por um
emborrachado preto com circunferên-
cias antiderrapantes, azulejos a meia pa-
rede e muitas luzes fl uorescentes. Roda-
mos enfermarias, posto de enfermagem,
sala de estar médico, entrada de centro
cirúrgico e dormitório; quando então
nos dirigimos ao nosso posto de atuação,
o ambulatório de pronto atendimento.
Era uma grande sala separada a meia pa-
rede em duas salas menores; a primeira
tinha uma pia de canto e um conjunto
de ferro com uma mesa e três cadeiras
quadradas, todos pintados de branco, e
a segunda era a sala de exame que se en-
contrava trancada.
-Diga! Bordejou alguém de dentro da
sala.
-Dr. Geraldo, estou aqui com o novo
estagiário do primeiro ano. Fui assim
apresentado.
De repente a porta se abre e estendo
a mão ao médico de meia idade que ape-
nas me olha e passa em direção a pia da
sala vizinha.
Ainda lavando as mãos com uma es-
pécie de sabão de coco, retirado de uma
saboneteira de louça encravada na pare-
de, Dr.Geraldo dirigiu-se a mim transmi-
tindo talvez o mais importante ensina-
mento médico:
-Antes e depois de examinar qualquer
paciente devem-se lavar as mãos, jamais
esqueça isso!
Enxugou então as mãos com uma to-
alha desbotada e talvez um pouco úmida
e só assim me cumprimentou e iniciou a
prescrição e orientação de sua paciente.
De 1995, ano em que ocorreu este
fato, para cá muito se falou, muito se dis-
cutiu e muito se modifi cou em relação
às estruturas físicas médico-hospitalares
e a prevenção da infecção hospitalar. Vi-
sando quase sempre a segurança do pa-
ciente, normas foram criadas, aplicadas,
ampliadas e modifi cadas, e até hoje são
motivos de discussão, fi scalização e dor
de cabeça para proprietários, adminis-
tradores de clinicas e hospitais.
O Sistema de Vigilância Sanitária
Nacional se divide nas três esferas de
governo: federal, estadual e municipal.
Cabendo a esfera federal a normalização
e a fi scalização somente de portos, aero-
portos e fronteiras e algumas empresas
que fabricam produtos para a saúde. Aos
governos estaduais e municipais, cabe a
normal iz ação
complementar
e a fi scalização
propriamente
dita. Portanto,
a fi scalização, análise e a aprovação de
projetos de qualquer estabelecimento de
saúde são feitas pelas vigilâncias sanitá-
rias das secretarias estaduais ou munici-
pais de saúde (isto varia de Estado para
Estado e de Município para Município, a
depender a estrutura administrativa e da
disponibilidade técnica destes). RESO-LUÇÃO - RDC 189/2003. Ou seja, tem
que haver comum acordo entre estado e
município, pois um ou outro deve se res-
ponsabilizar pela fi scalização dos Estabe-
lecimentos Assistenciais de Saúde (EAS),
podendo se dividir que estrutura ou que
região cada um vai fi scalizar.
Atualmente estamos regulados pela
Resolução de Diretoria Colegiada-50
(RDC-50/2002) (veja quadro abaixo co-
piado do site da Agencia Nacional de Vi-
gilância Sanitária-www.anvisa.gov.br), de
forma que antes de qualquer construção
ou reforma, seja de hospital, consultório
ou clinica, o projeto tem que ser apro-
vado pela Vigilância Sanitária conforme
estas diretrizes. A partir daí iniciam-se os
problemas que vão muito além da poeira
de cimento e cal.
Resolução - RDC nº 50, de 21 de fevereiro
de 2002
Arquivo atualizado em 22/7/2003
Alterada pela Resolução - RDC nº 189, de
18/7/2003
Atualizada pela Resolução - RDC nº 307,
de 14/11/2002
Substitui a Portaria MS nº 1.884, de
11/11/1994
Dispõe sobre o Regulamento Técnico para
planejamento, programação, elaboração e
avaliação de projetos físicos de estabeleci-
mentos assistenciais de saúde.
3Ceará Oftalmológico
Normas para projetos físicos de estabeleci-
mentos assistenciais de saúde
Normaliza a elaboração de projetos físicos
de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde
(EAS). Apresenta orientações aos planeja-
dores, projetistas e avaliadores de estabe-
lecimentos de saúde. Cada EAS construído
ou reformado deverá estar em consonância
com as defi nições e informações contidas
neste documento, independente de ser um
estabelecimento público ou privado.
Portaria MS nº 1.884, de 11 de novembro
de 1994
Revogada pela GABIN MS n° 554, de 19 de
março de 2002.
O primeiro deles, localizar o engenhei-
ro ou arquiteto especializado em EAS ou
com conhecimento e interesse na RDC-
50, para que este possa elaborar o projeto,
discutir de forma mais fácil com a equipe
de Vigilância Sanitária e acompanhar a
obra até o alvará de funcionamento. Para
tanto pode pedir indicação na Secretaria
de Saúde, no Conselho Regional de Enge-
nharia e Arquitetura (CREA) ou ainda em
instituições especializadas como a Asso-
ciação Brasileira para o Desenvolvimento
do Edifício Hospitalar (ABDEH).
Outro ponto de extrema difi culdade
é a adequação da rotina oftalmológica
à norma e se fazer entender quanto às
peculiaridades do consultório e cirur-
gia ocular perante a Vigilância Sanitária.
Pois, qual a real necessidade de uma sala
de indução anestésica com duas macas
para gotejamento ocular de tropicami-
da e anestésico; ou ainda de uma área
de 2 metros quadrados para prescrição
medica oftalmológica? O artigo 3º da
RDC-50/2002 prevê, entretanto que: as
secretarias estaduais e municipais de
saúde podem estabelecer normas de ca-
ráter supletivo ou complementar a fi m
de adequá-las às especifi cidades locais; o
que já ocorre em alguns Estados.
Mesmo com sua estrutura física de
clinica ou consultório em uso há algum
tempo, mesmo que não se deseje qual-
quer ampliação ou reforma, estamos su-
jeitos a RDC-50 /2002. Entretanto, o site
ofi cial da ANVISA contraria a resolução
quando no ícone perguntas freqüentes
responde que por princípio jurídico a lei
não pode retroagir; não estando sujei-
tos a RDC-50 /2002 os EAS e projetos
aprovados a luz de legislações anteriores.
(veja copia da pergunta e resposta extra-
ída do site).
Existem várias clínicas, hospitais e consultórios que não atendem a Re-solução RDC 50/2003. Quais proce-dimentos adotar nestes casos? Em relação a estes estabelecimentos que estão em funcionamento, inclusive com alvarás do ponto de vista legal, qual o procedimento a adotar? Gos-taria também de saber se é possível conceder autorização para construir atendendo o Código de Postura do Município no caso específi co de clíni-cas radiológicas (Portaria 453/1998) e outras (sala de cirurgia) posicionadas na divisa com paredes cegas?
O Art. 1º da Resolução - RDC 50/2002
estabelece:
Aprovar o Regulamento Técnico desti-
nado ao planejamento, programação, ela-
boração, avaliação e aprovação de proje-
tos físicos de estabelecimentos assistenciais
de saúde, em anexo a esta Resolução a ser
observado em todo território nacional, na
área pública e privada compreendendo: a)
as construções novas de estabelecimentos
assistenciais de saúde de todo o país; b) as
áreas a serem ampliadas de estabeleci-
mentos assistenciais de saúde já existen-
tes; c) as reformas de estabelecimentos
assistenciais de saúde já existentes e os
anteriormente não destinados a estabele-
cimentos de saúde.
Portanto, conforme exposto acima, os
prédios já existentes cujos projetos tiveram
sido aprovados a luz de legislações anterio-
res, não estão sujeitos a Resolução - RDC
50/2002, salvo nas situações descritas aci-
ma. Este é um princípio jurídico, pois uma
lei não pode retroagir, salvo em casos mui-
to específi cos citados na própria lei, além
do que, não se pode obrigar que todos os
prédios tenham de passar por reformas,
ou mesmo que sejam demolidos a cada
nova legislação do Ministério da Saúde.
Existem situações em que o Estabele-
cimento Assistencial de Saúde (EAS) está
obrigado a proceder a uma reforma, ou
seja, quando há um risco evidente para
os usuários do EAS, quando determinada
atividade não pode ser exercida dentro de
condições mínimas satisfatórias e em se-
gurança, em função de um problema físico
do prédio. Neste caso, no ato da inspeção,
a vigilância sanitária poderá intervir soli-
citando uma reforma no estabelecimento,
ou então proibir o desenvolvimento da
atividade enquanto não houver condições
mínimas satisfatórias. Esta questão é bas-
tante complicada e tem de haver muito
bom senso e conhecimento de causa da
fi scalização para se tomar uma decisão
dessa natureza.
Quanto à questão das salas de raios
X, não importa se a parede da sala está
colada ou não a outra, o importante é
que tenha a blindagem correta, que deve
ser testada principalmente com o equipa-
mento funcionando.
Decisivamente a RDC-50 contribui
para os EAS serem mais seguros, fun-
cionais e confortáveis; porém bem mais
importante que a infra-estrutura clínico-
hospitalar e sua normas está o repasse
do ensinamento do Dr. Geraldo a todos
que lidam com assistência à saúde, pois
de pouco valem os importantes estudos
e trabalhos dos engenheiros e arquitetos
bem como os dispersores fotossensíveis
de água e clorexidina, secadores automá-
ticos e controladores de qualidade do
ar se não houver conscientização contí-
nua da equipe quanto à higienização das
mãos e seguimento de rotinas clínico-
cirúrgicas.
George CarneiroSegundo Secretário da SOC
4 Ceará Oftalmológico
Dia do Oftalmologista 2008
A Sociedade de Oftalmologia do Ceará (SOC) comemorou
em grande estilo o Dia do Oftalmologista. A SOC deu início às
comemorações com um evento científi co no dia 10 de maio,
quando ocorreu palestra do renomado médico oftalmologista
Fernando Oréfi ce no Hospital de Olhos Leiria de Andrade. À
noite, no Lulla´s Palace, aconteceu a já tradicional festa dançante,
onde cerca de trezentos convidados divertiram-se em um clima
de total harmonia e descontração.
Prof. Fernando Oréfi ce ministra palestra no Hospital de Olhos Leiria de Andrade
FESTA DO DIA DO OFTALMOLOGISTA
Sérgio Augusto e Leiria Neto
Sérgio Augusto e Luizianne Fernandes
Ângelo Porto e Sra.
Alexandre Teles e Sra.
Gersivan Gomes e Inês Lima
Evandro Marques e fi lhas
Lourdes Soares, Sérgio Augusto e fi lho
Jocélia e Hyder Carneiro
Werton Lobo, Volilma e família
Adriano Holanda, Excelsa Costa Lima,
Newton Andrade e Leiria Neto
Sérgio Marques e Sra.
Emilson Alves, Ana Tereza e Emilson Filho
Sérgio Augusto e Mark Sampaio (ESSILOR)
Michelle e Cleanto Jales
Livramento e Edison Costa
Carlos Alfredo e Luciene
Vânia e Aristófanes Canamary
Aristófanes Canamary, David Lucena e José Alcy
Danielle Costa, Fernando Oréfi ce e Newton Andrade
Platéia
Sérgio Augusto e Leopoldo Farias
Leopoldo Farias e Fernando Oréfi ce
Fernando Furtado, Mont’Alverne Lopes e Cleando Jales
Ana Maria Dias e Hermínio Resende
5Ceará Oftalmológico
6 Ceará Oftalmológico
Atendendo ao requerimento do terceiro secretário da Mesa
Diretora, deputado Hermínio Resende (PSL), a Assembléia
Legislativa realizou na noite de 09 de maio, no Plenário 13 de
Maio, sessão solene de entrega do título de Cidadão Cearense
ao médico oftalmologista Fernando Oréfi ce. “Além do trabalho
de imensurável relevância científi ca, Fernando Oréfi ce, em
diversas oportunidades recebeu, atendeu e operou muitos
pacientes carentes, dentre esses, cearenses encaminhados por
médicos do Estado”, disse Hermínio.
Para o parlamentar, a entrega do título de cidadão a
Fernando Oréfi ce é um justo reconhecimento não só ao espírito
de cearensidade que o homenageado encerra, mas à larga folha
de serviços que tem prestado ao Ceará.
Fernando Oréfice agradeceu a entrega do título:
“Conheci Fortaleza na década de 70, no Congresso
Brasileiro de Oftalmologia, presidido por Leiria de
Andrade. Esse título me dá uma impressão mais extensa
do que é ser cidadão cearense. Vivi 44 anos em Minas
Gerais, me considero um mineiro, e agora com esse
título me considero não só como um cearense, mas um
nordestino”.
A solenidade contou com a presença do médico
oftalmologista Sérgio Augusto Carvalho Pereira, presidente
da Sociedade de Oftalmologia do Ceará; do neurocirurgião
Mairton Lucena, presidente da Unimed e de vários médicos
oftalmologistas cearenses.
Assembléia Legislativa do Ceará entrega Título de
Cidadão Cearense ao médico Fernando Oréfi ce
Alessandra Rossi, Virgilane e esposo
Álvaro Fernandes e Regina Ferreira
Abertura
Eron Moreira, Sergio Augusto, David Lucena,
Fernando Oréfi ce e Abelardo Targino
Fernando Oréfi ce e Hermínio Resende
Máurea Cézar, Fernando Oréfi ce e Danielle Costa
Fernando Furtado, Mont’Alverne Lopes, Fernando
Oréfi ce e Emilson Barros de Oliveira
Abelardo Targino, Sérgio Augusto, Fernando Oréfi ce,
David Lucena e Hermínio Resende
Abelardo Targino, Fernando Oréfi ce e David Lucena
Fernando Oréfi ce
João Helder Arcanjo Afrânio MemóriaMont’Alverne Lopes Altina Barreto Joana Gurgel Márcia Medeiros
Hermínio Resende e Gláucia, Tibério
e Rogacilene Amorim
Ivana Carneiro, George Carneiro, Flávia
Carneiro e Breno Holanda
Sisley Viana e Edison Costa
Rosângela De Francesco e esposo
Daniel Justa e Sra.
Leiria Neto e Simone Andrade
7Ceará Oftalmológico
André Jucá Machado Javier YugarAndré Jucá Machado Javier Yugar
A Vision Laser realizou no dia 25 de abril de 2008 o I Curso
de Cirurgia Refrativa. O evento, que contou com o apoio da
Sociedade de Oftalmologia do Ceará, aconteceu no auditório
do Hospital de Olhos Leiria de Andrade e teve como convidado
o médico oftalmologista Canrobert de Oliveira, diretor do
departamento de cirurgia refrativa do Hospital Oftalmológico
de Brasília (HOB). O Dr. Canrobert de Oliveira discorreu sobre o
tema “Cirurgia Refrativa de A a Z”, onde abordou as diferentes
situações em que se manifestam os problemas refrativos e
as alternativas mais avançadas permitidas pela associação
da tecnologia e do conhecimento científi co para a correção
personalizada das difi culdades de visão. O curso contou com
aulas teóricas, wet lab e debates. As inscrições foram em prol
do IPREDE.
I Curso de Cirurgia Refrativa da Vision Laser
IV CIRCE - ParisO Centro Brasileiro de Estudo e Pesquisa em Oftalmologia
(CEBEPO), juntamente com o Centre Hospitalier
Intercommunal Creteil (França) realizaram, nos dias 3 e 4
de junho de 2008, o IV Circe – Jornada Franco-Brasileira de
Retina e Vítreo. O evento, que teve o apoio da Sociedade
de Oftalmologia do Ceará, aconteceu no Hotel Lutetia em
Paris. O tema deste ano foi Retina. A coordenação esteve
a cargo dos doutores André Jucá Machado e Javier Yugar
(Brasil) e dos Prof. Drs. Gisele Soubrane e Gabriel Coscas
(França).
Coquetel
Valter Justa
Aécio Dias, Adriano Holanda, Jorge Eldo,
Sylvio Leal e Aristófanes Canamary
Emília Lucena, Abrahão Lucena,
Sérgio Augusto e Werton Lobo
Aristófanes Canamary e Canrobert Oliveira
Aristófanes Canamary, Francisco Lobato,
Newton Andrade, Canrobert Oliveira, Evânio
Martins, Mário Jampaulo e Tiago Bessa
Aécio Dias, Islane Verçosa e Josivan Dantas
Islane Verçosa, Denise Rocha, Jonas Marinho, Josivan
Dantas, Marineuza Memória e Rafael Memória
Canrobert Oliveira
Josué Araújo, Ismar Dias, Fernando
Delgado e Gersivan Gomes
Evânio Martins, Aristófanes Canamary, Valter
Justa, Francisco Lobato e Mário Jampaulo
Platéia
Fernando Furtado, Islane Verçosa, Afrânio
Memória e Wantan Laércio
Hermínio Resende, Fernando Oréfi ce
e Aristófanes Canamary
Eurípedes de Lima, Fernando Oréfi ce, Mont’Alverne Lopes,
Hermínio Resende, Gersivan Gomes e Evandro Marques
Fernando Oréfi ce e Leiria Neto ladeados
por médicos residentes
8 Ceará Oftalmológico
Com o objetivo em fazer cur-
sos de aprimoramento em Oftal-
mologia Pediátrica em cidades
no interior dos estados brasilei-
ros, a presidente da SBOP (Socie-
dade Brasileira de Oftalmologia
Pediátrica), Dra. Islane Verçosa
apoiou e coordenou juntamen-
te com a Dra. Rosângela Bezerra
Bonfi m (oftalmologista e direto-
ra da Clínica CINCO em Crateús)
a I Jornada de oftalmologia Pe-
diátrica nos Sertões de Crateús
– Ceará - realizado dia 20 e 21
de Junho no auditório do Centro
Integrado de Cirurgia Oftalmoló-
gica – CINCO.
O objetivo desse curso foi
aprimorar os conhecimentos dos
oftalmologistas da região e possi-
bilitar que os médicos que aten-
dam crianças e os coordenadores
das escolas saibam identifi car
precocemente os principais sinais
e sintomas das principais doen-
ças oculares na infância e partici-
par como agente colaborador na
Prevenção da Cegueira Infantil.
Na programação científi ca
contamos com a participação da
Dra. Márcia Tartarella (Oftalmo-
logista pediátrica - UNIFESP), da
Dra. Islane Verçosa (Oftalmolo-
gista pediátrica, diretora do CA-
VIV e Presidente da SBOP), Dra.
Rosângela Bonfi m (Oftalmolo-
gista e diretora da Clínica CINCO
em Crateús) e Dr. Hermínio Re-
zende (Oftalmologista e Deputa-
do Estadual).
Estavam presentes médicos,
terapeutas e profi ssionais da área
de educação, entre eles Dr. José
Wellington Rodrigues, presiden-
te do CREMEC da Regional Cra-
teús, Dr. Raimundo Nonato Lima
Neto-Presidente da Unimed Re-
gional.
No módulo prático tivemos
o treinamento do teste do olhi-
nho em uma criança convidada
e entre os participantes. Tive-
mos também o atendimento de
crianças com problemas ocula-
res da região.
O evento teve apoio também
da Sociedade de Oftalmologia
do Ceará (SOC), do Centro de
Aperfeiçoamento Visual Islane
Verçosa, da Unimed Regional de
Cratéus, da Prefeitura Municipal
de Crateús, da Secretaria Mu-
nicipal de Saúde e da Fundação
Lucinda Pires de Sabóia. Contou
com o patrocínio das empresas
Alcon, Essilor, Transitions e Zeiss.
V SÃO JOÃO DA SOC
I Jornada de Oftalmologia Pediátrica nos Sertões de Crateús – Ceará
Como parte integrante do seu calendário ofi cial, a
Sociedade de Oftalmologia do Ceará (SOC) realizou mais um
São João da SOC. O evento teve lugar, mais uma vez, no Sítio
Casarão, do médico oftalmologista Hyder Carneiro. A festa
teve todos os ingredientes de uma típica noite de São João,
com casamento matuto, quadrilha, música, comidas e bebidas
típicas. A animação foi total, com os oftalmologistas, familiares
e convidados encarnando o autêntico espírito junino.
Quadrilha
Breno Holanda, Ivana Carneiro, George
Carneiro e Flávia Carneiro
Ana Larissa, Jovanni Gomes, Hyder Carneiro Volney Castaldelli, Rosistelle e família Antônio Bezerra, Lindinez e família Cleanto Jales, Michele Albuquerque e família
Regina Forte, Flávia Carneiro, George
Carneiro e Socorro Lucena
Gersivan Gomes, George Carneiro e
Flávia, Zaira e Ismar Dias
Sérgio Marques, Dias Júnior
e Socorro, Lucas Veras
Mairton e Valéria Lucena, Vládia
Freitas e Riane Azevedo
David e Socorro Lucena, Valéria e Mairton
Lucena, Daniel e Maria Eugênia Lucena
Jocélia e Hyder Carneiro
e Arabella Chaves
Aílson Lopes e família
9Ceará Oftalmológico
III JORNADA DE OFTALMOLOGIA DA REGIÃO NORTEI FÓRUM EM DEFESA DA SAÚDE OCULAR
A Sociedade de Oftalmologia
do Ceará (SOC) promoveu,
no período de 10 a 13 de
julho de 2008, a III Jornada de
Oftalmologia da Região Norte
e o I Fórum em Defesa da
Saúde Ocular, na cidade de
Camocim. O evento teve lugar
no Hotel Boa Vista Resort e
contou com a participação
de cerca de 80 participantes,
entre oftalmologistas da capital
e interior. A programação
científi ca contou com palestra
do médico oftalmologista
Leonardo Akaishi (DF) que falou
sobre Lentes Intra Oculares. A
Dra. Leonete Borges, Secretária
Executiva da Comissão de
Saúde Ocular da Secretaria de
Saúde do Estado do Ceará, falou
sobre o Projeto Olhar Brasil,
do Governo Federal, que visa
identifi car problemas visuais
relacionados à refração, em
alunos matriculados na rede
pública de ensino fundamental
(1ª a 8ª série), no programa
“Brasil Alfabetizado” do MEC
e população acima de 60 anos
de idade. O Departamento
Jurídico da SOC, através do
advogado George Fontenelle,
abordou temas relacionados
à defesa de classe e às ações
promovidas pela SOC contra
os falsos profi ssionais. A
programação social teve início
com um almoço na Serra da
Meruoca para os que viajaram
no ônibus fretado pela SOC.
Em Camocim os participantes
foram recepcionados com banda
de música e participaram de
jantar temático, além de uma
caranguejada e passeio até a praia
de Jericoacoara. A SOC agradece
aos parceiros (Alcon, Casa
dos Relojoeiros, Coopervision,
Essilor, Genon, Ótica Mariz e
UNIMED) que tornaram possível
este evento.
Recepção pela banda municipal
George Fontenelle (adv. da SOC) e Leonete
Borges (Sec. da Saúde do Estado)
Ana Maria Dias e Ricardo Barreto
Natanael Charles e Adriano Chaves
Leonardo Akaishi, Germano Andrade,
Newton Andrade, Bernadeth e família
Socorro Lucena, Arabella Chagas, Daniel e David
Lucena, Sérgio Augusto, Edison Costa, Hyder Carneiro,
Clayrton Martins, Jailton Dantas, George Carneiro,
João Conrado, Fernando Delgado e Wantan Laércio
Germano Andrade e Bernadeth, Sérgio Augusto
George Carneiro, Hyder Carneiro e David Lucena
Clayrton Martins, Daniel Lucena,
Wantan Laércio e David Lucena
Atividade científi ca
Leonardo Akaishi
Caranguejada
Fernando Delgado e Sra.
Livramento e Edison Costa
Leonete Borges, Jocelia e Hyder Carneiro, Lourdes Soares
e Sérgio Augusto, Jailton Dantas e Clayrton Martins
Jailton Dantas, Leonardo Akaishi e Germano Andrade
Saída para Jericoacoara
João Batista Monteiro e Sra.
Wantan e Vilma Laércio
Local do evento
10 Ceará Oftalmológico
A Sociedade de Oftalmologia do Ceará (SOC), com o apoio da Alcon e Essilor, continua homenageando os aniversariantes
de cada mês com um almoço. Os associados, que estejam quites com a SOC, reúnem-se todo fi nal de mês em um restaurante
da cidade para um descontraído bate papo. Segue abaixo o calendário dos próximos encontros em 2008.
Setembro - dia 26 – Outubro - dia 24 – Novembro - dia 28 – Dezembro - dia 12
A Sociedade de Oftalmologia do
Ceará (SOC), tendo a frente o seu
presidente, Dr. Sérgio Augusto Carva-
lho Pereira, e com o apoio da Socie-
dade Brasileira do Glaucoma, Alcon e
dos serviços de residência médica do
Hospital Geral de Fortaleza (HGF),
Hospital Universitário Walter Cantí-
dio (HUWC), Hospital de Olhos Lei-
ria de Andrade(HOLA), Oftalmoclí-
nica (Clínica Dr. José Nilson,Funcep),
e Sociedade de Assistência aos Ce-
gos (SAC) realizou o primeiro FOR-
TALEZA CONTRA O GLAUCOMA.
O evento aconteceu nos dias 18 e
19 de julho de 2008 no Ginásio Aé-
cio de Borba, em Fortaleza. Todos os
atendimentos realizados no Fortaleza
Contra o Glaucoma foram feitos me-
diante a distribuição prévia de senhas.
A proposta da campanha foi realizar
exames de detecção da doença na
população e, ao mesmo tempo, cons-
cientizá-la sobre a importância de se
prevenir do glaucoma. A campanha
alcançou pleno êxito nos dois dias em
que aconteceu.
FORTALEZA CONTRA O GLAUCOMA
COMEMORAÇÃO DOS ANIVERSARIANTES
CAMPANHA FORTALEZA CONTRA O GLAUCOMA
DATAPACIENTES
LIBERADOSENCAMINHADOS TOTAL % ENC
18/7/2008 335 52 387 13,44%
19/7/2008 587 120 707 16,97%
TOTAL DA CAMPANHA 172 1094 15,72%
Ginásio Aécio de Borba Sérgio Augusto, Hissa Tavares, Leiria
Neto e Nonato Ribeiro (ALCON)
Sérgio Augusto e Jovanni Alves Sérgio Augusto ladeado por médicos
residentes e participantes da campanha
Atendimento ao público
11Ceará Oftalmológico
Abordagem do estrabismo
restritivo na Orbitopatia
de Graves
Dentre as manifestações infl a-
matórias da Orbitopatia de Graves,
frequentemente o oftalmologista se
depara com a necessidade de avaliar
e tratar o estrabismo restritivo e a di-
plopia resultantes dessa condição
A orbitopatia distireoidea ou
orbitopatia de Graves como é mais
conhecida é uma condição auto-imu-
ne da órbita de perfi s complexos e
desafi adores, intimamente associada
ao hipertireoidismo, podendo ante-
ceder, coincidir ou suceder ao hiper-
tireoidismo.
A orbitopatia faz parte de um
quadro sistêmico conhecido como
doença de Graves que é composto,
clinicamente, pela presença de bó-
cio difuso, hiperfunção tireoidiana, a
própria orbitopatia e ocasionalmen-
te mixedema pré-tibial, cada uma
dessas condições podendo existir
isoladamente. Nos casos em que, a
orbitopatia não se acompanha do
hipertireoidismo, essa é denominada
orbitopatia de Graves eutireoidea.
Sua patogênese apresenta ainda di-
versos aspectos mal compreendidos.
A excessiva produção de hormônios
tireoidianos e o aumento da tireói-
de parecem resultar da estimulação
de anticorpos contra os receptores
tireoidianos do TSH, denominados
imunoglobulinas estimuladoras da
tireóide (TSI). Observa-se nessa con-
dição a presença de linfócitos secre-
tores de imunoglobulinas nos tecidos
orbitários, que estimulam os recep-
tores das células musculares e fi bro-
blastos a produzir glicosaminoglica-
nos. Essa seqüência desencadeia um
aumento do número de linfócitos,
fi broblastos, mucina e água. Inicia-se,
assim um processo infl amatório que
se estende pela gordura e músculos,
sendo responsável pelo edema e hi-
pertrofi a dos tecidos orbitários na
fase aguda e fi brose na fase crônica.
A infl amação dos tecidos orbitários e
o hipertireoidismo são responsáveis
por uma variedade de achados clíni-
cos tais como a retração palpebral, a
proptose, o edema conjuntival, o au-
mento da musculatura extra-ocular e
a neuropatia óptica.
QUADRO CLÍNICO DOS
ESTRABISMOS
A orbitopatia inicia-se com si-
nais de congestão típicos da infl ama-
ção dos tecidos oculares e orbitários,
podendo incluir algumas vezes, no
caso dos músculos extra-oculares, a
hiperemia e a quemose na conjuntiva
próxima à inserção dos retos, identifi -
cável ao exame da conjuntiva à lâm-
pada de fenda. Além disso, observa-se
edema palpebral e proptose de graus
variados. Na fase crônica do processo
infl amatório, alguns pacientes desen-
volvem músculos restritos, fi bróticos,
o que pode aumentar o desvio ob-
servado na fase aguda, outros desen-
volvem sinais restritivos sem passar
por um estágio infl amatório clássico.
Este modo de apresentação é menos
comum e pode levar à confusão no
diagnostico principalmente se os exa-
mes laboratoriais do pacientes estive-
rem normais.
O início da diplopia é, muitas
vezes, insidioso e dependendo da
magnitude do desvio, confundida
com borramento visual. Edema pe-
riorbitário e difi culdade de elevação
de um ou ambos os olhos podem ser
os achados iniciais da orbitopatia, po-
dendo, no entanto, haver a sobrepo-
sição de diversos quadros (proptose,
retração, estrabismo).
Galton Carvalho Vasconcelos
Médico oftalmologista do Setor de Estrabismo e chefe do Serviço de Baixa
Visão Infantil do Hospital São Geraldo -HCUFMG
Chefe do Serviço de Oftalmologia pediátrica do IOBH
Doutor pela Universidade Federal de Minas Gerais
12 Ceará Oftalmológico
Ressalta-se que, com relação
ao acometimento da musculatura
extra-ocular, os quadros são bilaterais
e geralmente assimétricos, podendo
estar associados em posição primária
à diplopia horizontal e vertical. Os
músculos podem estar aumentados
de 2 a 8 vezes o seu volume normal.
Os músculos mais acometidos são
respectivamente o reto inferior, o me-
dial, o superior e por último o lateral,
observando-se, desta forma, mais
freqüentemente a limitação de eleva-
ção, seguida da limitação da abdução,
limitação da depressão e por fi m, da
adução. A limitação de elevação, a
mais observada clinicamente, aumen-
ta no olhar para o lado e para cima.
Observa-se que acometimen-
tos simétricos dos músculos em cada
olho originam desvios menores em
posição primária, diferentemente de
músculos marcadamente aumenta-
dos em apenas um dos olhos, o que
torna o quadro restritivo originado
por esse músculo bastante acentua-
do, sendo relevante sua observação
para posterior planejamento do tra-
tamento cirúrgico.
Devido à restrição e à diplopia,
freqüentemente os pacientes desen-
volvem posições compensatórias da
cabeça, o que difi culta as atividades
visuais da vida diária.
Feldon e colaboradores obser-
varam a maior freqüência de neuro-
patia óptica em pacientes com acen-
tuada limitação de abdução, devido
a maior proximidade do reto medial
hipertrofi ado do nervo óptico. A limi-
tação da adução ou depressão isola-
damente é rara.
A ocorrência de exotropia , ao
contrário dos quadros clássicos de hi-
potropia e esotropia, leva o examina-
dor a cogitar a associação entre orbi-
topatia de Graves e Miastenia Gravis.
A avaliação clínica cuidadosa
do paciente é de extrema importân-
cia para uma condução adequada e
personalizada e o diagnóstico deve se
basear nas alterações clínicas, labora-
toriais e de imagens.
O estudo através de imagens
tem papel relevante no estudo do
estrabismo desses pacientes. A tomo-
grafi a computadorizada (CT) e a res-
sonância magnética (RNM) revelam
músculos aumentados, facilmente
identifi cáveis em cortes axiais e coro-
nais. Em casos de estrabismo unilate-
ral, o encontro de músculos aumenta-
dos bilateralmente nas imagens corre-
laciona-se fortemente ao diagnóstico
da orbitopatia de Graves. Observa-se
um aspecto fusiforme desses múscu-
los, à custa do aumento dos seus ven-
tres musculares. A sensibilidade da CT
para o reconhecimento da hipertrofi a
muscular é de 85%, comparado com
61% da RNM. Observou-se que a esti-
mativa dos volumes orbitários e mus-
culares à CT em pacientes com orbito-
patia de Graves é maior se comparado
a um grupo controle sem orbitopatia.
O grau de orbitopatia clínica, portan-
to, se relaciona quantitativamente
com o aumento do tecido orbitário e
muscular da órbita. A avaliação mo-
tora do estrabismo deve ser sempre
correlacionada com os achados das
imagens, para melhor compreensão
dos casos.
A ducção forçada passiva deve
ser realizada em casos suspeitos de
restrição da motilidade. Os achados
em ambos os olhos podem ser assi-
métricos. Deve-se levar em conta o
diagnóstico diferencial da Orbitopa-
tia de Graves com as diversas con-
dições que acometem as estruturas
orbitárias: a doença infl amatória da
órbita (pseudotumor e miosite), do-
enças sistêmicas com acometimento
orbitário (linfoma, sarcoidose e ami-
loidose), sinusite com extensão orbi-
tária, neoplasias e cistos orbitários,
lesões vasculares orbitárias (fi stula
cavernosa e malformação dural arte-
rio-venosa). Deve ser observado ain-
da, se a lesão é unilateral ou bilateral,
localizada ou difusa, a porção de aco-
metimento da musculatura, a história
clínica do paciente para outras doen-
ças, a presença de acometimento de
outras estruturas adjacentes como os
seios da face, a palpação da órbita e a
presença de ingurgitamento vascular.
O TRATAMENTO
O tratamento da da miopatia
restritiva inicia-se ainda na fase aguda
após anamnese detalhada onde são
identifi cadas as queixas do paciente,
em especial com relação a borramen-
to e à diplopia. Conforme enfatizado
anteriormente, na presença de estra-
bismos muito pequenos, a diplopia
é comumente referida como borra-
mento visual, podendo-se utilizar o
fi ltro vermelho em um dos olhos con-
comitante à medida do desvio para
acentuar a disparidade entre as ima-
gens. A medida dos desvios pode ser
feita pelo método de cobertura com
prismas (Cover test com prismas)
ou pelo método de Krimsky, confor-
me a o grau de limitação da motili-
dade ocular. Identifi cada a diplopia,
procede-se então a avaliação da me-
lhor prescrição óptica de prismas de
adaptados às lentes de óculos ou a
sobreposição de prismas de Fresnel.
As prescrições ópticas para longe e
perto dos multifocais devem ser des-
membradas ou substituídas por bifo-
cais, com a película para perto mais
elevada. Estão indicados os prismas
13Ceará Oftalmológico
ainda para alívio ou correção das
posições compensatórias da cabeça
resultantes desses estrabismos. A cor-
reção cirúrgica dos desvios somente
deve ser realizada na fase crônica e
após alguns meses de estabilidade
da orbitopatia e dos quadros tireoi-
dianos. Frequentemente, tal espera é
motivo de angústia para os pacientes,
que querem se ver livres o mais pron-
tamente que possível da diplopia e do
aspecto desfi gurante da orbitopatia e
do estrabismo. A correta compreen-
são das etapas da doença bem como
dos diversos tratamentos disponíveis
deve ser apresentada ao paciente
A descompressão orbitária pre-
cede a correção dos estrabismos e as
blefaroplastias somente devem ser
realizadas após a correção dos estra-
bismos. Devida a freqüente imprevi-
sibilidade dos resultados cirúrgicos,
diversos autores optam pelo uso das
suturas ajustáveis. Nguyen e colabo-
radores chamam a atenção para a im-
portância das assimetrias das versões
no planejamento cirúrgico. Devido
à severidade dos quadros restritivos
frequentemente as medidas dos des-
vios apresentam erros, devendo-se
objetivar a restauração ou incremen-
to do equilíbrio das versões, mais que
a simples correção dos desvios em
posição primária e de leitura, o que
conduz a maior satisfação dos pa-
cientes com os resultados cirúrgicos.
Devido à presença de graus variados
de fi brose muscular sugere-se deixar
uma pequena hipocorreção do des-
vio no pré-operatório imediato.
A comunicação entre os di-
versos profi ssionais envolvidos no
tratamento: oftalmologista, endocri-
nologista, clínico e radiologista, bem
como das diversas subespecialidades
oftalmológicas, deve ser estimulada.
Figura 1. Tomografi a computadorizada de paciente com orbitopatia de Graves: cortes axial
(foto superior) e coronais (fotos inferiores). Observa-se em todos os cortes o aumento dos
músculos extra-oculares com predominância dos retos inferiores e mediais. Na fotografi a
abaixo e a esquerda observa-se corte coronal posterior com comprometimento do nervo
óptico por aumento do músculo reto medial
Figura 2 Foto de paciente feminino sem proptose, com esotropia e hipotropia restritivas
bilaterais da OG. Observa-se esotropia com acentuada restrição à abdução de ambos os olhos,
principalmente do esquerdo. Em supraversão, observa-se a limitação da elevação de ambos
os olhos (fotos superiores).
14 Ceará Oftalmológico
Ao longo
dos últimos
anos toda a
classe da Of-
t a l m o l o g i a
vem despen-
dendo esfor-
ços na pre-
servação da
saúde ocular
da população
e no combate à atuação dos falsos médicos,
através de ações judiciais e medidas extraju-
diciais. A atuação, sempre voltada à identi-
fi cação e punição dos falsos profi ssionais é
sempre potencializada com a interdição de
casas de ótica que atuam à margem da Lei
e fomentam a venda irregular de óculos e
lentes de grau.
A legislação federal que regulamenta o
exercício da medicina oftalmológica e a ven-
da de lentes de grau apresenta ferramentas
efetivas, mas ainda pouco conhecidas pelo
poder público de um modo geral, no com-
bate aos optometristas e ópticas irregulares,
na medida em que a legislação confere às
Secretarias de Vigilância Sanitária o poder
de fi scalização e punição administrativa dos
estabelecimentos irregulares.
A fi scalização realizada pelo Estado
é ato de Poder de Polícia Administrativa,
que encontra fundamento no princípio
da supremacia do interesse público, o qual
deve ser observado na elaboração da lei e
no momento de sua aplicação pela Admi-
nistração. Ligado a esse Princípio da Supre-
macia do Interesse Público está o da Indis-
ponibilidade do Interesse Público que signi-
fi ca, noutras palavras, que o próprio órgão
administrativo que os representa e defende
não tem disponibilidade sobre eles, deven-
do, portanto cumprir as nomas como elas
se apresentam, não podendo, portanto, se
esquivar de seu dever.
Neste cenário, através do exercício do
seu legítimo Poder de Polícia Administrati-
va, as Secretarias de Vigilância Sanitária de-
vem praticar os atos administrativos e ope-
rações materiais de aplicação da lei ao caso
concreto, devendo realizar medidas preven-
tivas (fi scalização, vistoria, ordem, notifi ca-
ção, autorização, licença), com o objetivo
de adequar o comportamento individual à
lei, e medidas repressivas (interdição de ati-
vidade, apreensão de mercadorias, cancela-
mento de autorização ou licença, aplicação
de multas), tudo com a fi nalidade de coagir
o infrator a cumprir a lei, punindo-o, quan-
do a legislação assim impuser.
No caso específi co da Oftalmologia,
os Decretos Federais nºs 20.931/1932 e
24.492/1934, indicam precisamente as for-
mas de punição administrativa dos infrato-
res. As previsões legais dispostas nas citadas
normas legais devem, portanto, ser cumpri-
das pelas Secretarias de Vigilância Sanitária
dos Estados e dos Municípios, as quais, de
acordo com as suas atribuições, devem re-
alizar fi scalizações e aplicar as penalidades
adequadas às infrações identifi cadas.
Entretanto, a atuação das secreatarias
de vigilância sanitária, mormente das ci-
dades interioranas, é obstacularizada por
falta de pessoal capacitado para realizar
as fi scalizações, identifi cação das irregula-
ridades e aplicação das penas administra-
tivas cabíveis.
Curial, portanto, que a classe médico-of-
talmológica alie-se a estes importantes ór-
gãos fi scalizadores, para fornecer substrato
às suas atuações, colaborando, assim, com o
Poder Público que, sem dúvida, auxiliará no
combate contra os falsos médicos, fechan-
do os estabelecimentos irregulares, tudo
na busca da preservação da saúde ocular
da população.
Mário Dos Martins Coelho Bessa
Assessor Jurídico da Sociedade
de Oftalmologia do Ceará
Advogado OAB-CE 15.254
ESPAÇO JURÍDICO
O Poder de Polícia das Secretarias de Vigilância Sanitária
O F T A L M O L O G I A E A R T E
O Ceará Oftamológico abre
espaço para a fotografi a. O
médico oftalmologista Valter
Justa nos mostra alguns
exemplos de seu trabalho. O
momento certo de captar a
imagem e o ângulo correto,
dão uma dimensão artística ao
trabalho.
15Ceará Oftalmológico
SOCIEDADE DE OFTALMOLOGIA DO CEARÁSede Própria: Av. Dom Luiz, 300 - S/ 1127 Meireles-Fortaleza-CE - CEP 60.160-230
Fone-Fax: (85) 3264.9404www.soc.org.br
e-mail: soce@accvia.com.br
DIRETORIA EXECUTIVA Presidente
Dr. Sérgio Augusto Carvalho Pereira Vice-Presidente
Dra. Márcia Maria de Araújo MedeirosSecretário Geral
Dr. Abrahão da Rocha Lucena1º Secretário
Dr. George Emílio S. Carneiro2º Secretário
Dra. Joana Gurgel Holanda Filha1º Tesoureiro
Dr. Edmar Oliveira Guedes Júnior2º Tesoureiro
Dr. Francisco Eurípedes Gomes de LimaRepres. Reg. Norte Dra. Ana Maria F. Gomes Dias
Repres. Reg. Central: Dr. Raimundo Holanda AmorimRepres. Reg. Sul: Dr. João Correia Saraiva
COMISSÕESCursos:
Dr. Abelardo Pompeu de TarginoDr. Alexandre Teles HolandaDr. David da Rocha Lucena
Dra. Deborah Fernandes TávoraDr. Leiria de Andrade Neto
Dr. Newton Leitão de AndradeDr. Rodrigo Vicentini
Defesa da Saúde Ocular:Dr. Antônio Hermínio B. ResendeDr. Carlos Alfredo Cisne Guerra
Dr. Danton Correia Nobre JuniorDr. Francisco Melo Neto
Dr. João Helder A. Arcanjo Dr. Volney Anderson Castaldelli
Jornal Ceará Oftalmológico:
Dr. Adriano Maciel Xerez
Dr. Emilson Alves de Sousa
Dr. Héverson Paranaguá da Paz
Dra. Maria do Socorro Lucena
Dra. Rosemary Jorge Mendonça
Ética:Dr. Cleanto Jales de Carvalho Filho
Dr. Fernando Queiroz MonteDr. Francisco Alequy de Vasconcelos Filho
Dr. Francisco José Pessoa A. ReisDr. Rafael Dias Marques Nogueira
Dr. Sylvio Idelburque Leal Filho
Incentivo à Pesquisa Científi ca:Dra. Andréia Giff oni
Dr. Carlos Afonso SilvaDr. Cícero Narcísio Moreira Leite
Dr. Jailton Vieira da SilvaDr. Regis Santana de Figueiredo
Dr. Ricardo E. Marrocos de AragãoDra. Rosistelle Maria O. Bezerra Castaldelli
Dr. Walder Braga Viana
Comissão de apoio à Coftalce:
Dr. Álvaro Fernandes Ferreira
Dr. Antônio Costa Filho
Dra. Alessandra Rossi
Dr. Daniel Canamary Silveira Ribeiro
Dr. Josué Araújo Feitosa
Dr. Luis Franco de Sá Filho
Lente de Contato:Dra. Arabella Chagas Primo
Dr. Fernando Augusto Delgado SampaioDra. Ivana Lucia S. Carneiro
Dr. José Hyder Dantas CarneiroDra. Maria Eugênia Lima Cruz
Dr. Sisley Jean Araújo VianaDra. Vânia Queiroz Germano Tavares
Prevenção à Cegueira:Dra. Ana Valéria Carneiro Teixeira
Dr. Breno Santos de Holanda Dr. Daniele Limeira Lima Costa
Dr. Jailton DantasDr. Paulo Rogers Parente Gomes
Conselho Consultivo:Dr. Fernando Antônio Lopes Furtado Mendes
Dr. Aristófanes Canamary RibeiroDra. Eliane Barbosa Silva Bonfi m de Morais
Dra. Islane Maria Castro VerçosaDr. Antônio Augusto Matos Pires
AGRADECIMENTOS
DIREITOS DO SÓCIO
CALENDÁRIO OFTALMOLÓGICO
PIADAS
Projeto Gráfi co e
Editoração Eletrônica
Francisco Batista
Impressão
Expressão Gráfi ca e Editora Ltda.
Tiragem
500 exemplares
Jornalista Responsável
José Mario Pinto
Reg/DRT 290/01/148/CE
O associado da S.O.C tem direito a: participar gratuitamente dos cursos e
eventos promovidos pela Sociedade; desconto na inscrição do Congresso
Cearense de Oftalmologia; assessoria jurídica; participar da COFTALCE;
receber o Jornal Ceará Oftalmológico; participar do Guia do Oftalmologista
Cearense.
ASSOCIE-SE JÁ!
FORTALEÇA A DEFESA DA CLASSE!
Informações: (85) 3264-9404
Expediente
* Numa pequena cidade
do interior do CEARÁ,
uma mulher entra em
uma farmácia e fala ao farmacêu-
tico:
- Por favor, quero comprar arsênico.
- Mas... não posso vender isso ASSIM!
Qual é a fi nalidade?
- Matar meu marido!!
- Pra este fi m... piorou... Não posso ven-
der!!!
A mulher então abre a bolsa e tira uma
foto do marido, na cama, com a mulher
do farmacêutico.
- Ah bom!... COM RECEITA É OUTRA
COISA.
* A família estava toda
reunida para decidir
o velório do patriarca,
um judeu muito rico,
quando o fi lho mais
novo disse a todos:
- Agora, temos que rea-
lizar o último desejo de
nosso Pai. Enterrá-lo junto com um milhão
de reais.
Ao que o fi lho do meio retrucou:
- Na verdade, colocaremos R$ 750.000,00,
porque temos que descontar o Imposto de
Renda.
E o fi lho mais velho:
- E também temos que abater 17% de ICMS
e 5% de ISS.
Ouvindo as palavras dos fi lhos, a mãe disse:
- BASTA!!! Não acredito no que estou ouvin-
do! O pai de vocês não merece isso! Tanta
avareza por parte de vocês. Esqueçam o
dinheiro. Nós vamos é enterrá-lo com o seu
Cartão de Crédito... Assim, ele pode gastar o
quanto quiser!
* Três amigos mentirosos e metidos a besta
se encontram, o paulista diz:
- Estou pensando em
comprar o Citibank!!!
O carioca:
- Pois eu quero com-
prar a Usiminas!!!
Olham para o minei-
ro, que desconfi ado
palitando os dentes
com um graveto, diz:
- Podem querer, eu
não vendo !!!
16 Ceará Oftalmológico