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Projeto Código SEG 04.08.08.001.00.00Edital 08/2008 - Macroprograma 4 - Embrapa
Sigla: IG Vinhos
INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA
ALTOS MONTES
N O T A T É C N I C A
OS FATORES NATURAIS E A VITIVINICULTURA
NA ÁREA GEOGRÁFICA DELIMITADA DA I.P. ALTOS MONTES
E l a b o r a ç ã o e C o l a b o r a ç ã o
1. O Contexto Geográfico da I.P. Altos Montes no Estado do Rio Grande do Sul e na
Serra Gaúcha
ElaboraçãoProfª. Dra. Ivanira Falcade - Universidade de Caxias do Sul - GeógrafoProfº. M.Sc. Siclério Ahlert - Universidade de Caxias do Sul - Geógrafo
2. O Relevo da Região da I.P. Altos Montes
ElaboraçãoProfª. Dra. Ivanira Falcade – Universidade de Caxias do Sul – GeógrafoProfº M.Sc. Siclério Ahlert - Universidade de Caxias do Sul – Geógrafo
Dra. Rosemary Hoff - Pesq., Embrapa Uva e Vinho - Geoprocessamento/Sensor. Rem.M.Sc. André R. Farias - Analista, Embrapa Uva e Vinho - Geoprocessamento/Sensor. Rem.
ColaboraçãoNara Lúcia de Camargo Franzen (graduanda em Geografia); Guilherme da Costa
Menezes (tecnólogo em Enologia); Jaqueline Renata Schlindwein (Geógrafo) - Bolsistasdo Projeto
3. O Clima Vitícola da Área Geográfica Delimitada d a I.P. Altos Montes
ElaboraçãoDr. Jorge Tonietto – Pesq., Embrapa Uva e Vinho – Zoneamento/Indicações Geográficas
Dr. Eliseu José Weber - Departamento de Ecologia, UFRGS – GeoprocessamentoDalton Antônio Zat – Assistente, Embrapa Uva e Vinho - Meteorologia
4. A Geologia da Região da I.P. Altos Montes
ElaboraçãoDra. Rosemary Hoff - Pesq., Embrapa Uva e Vinho - Geoprocessamento/Sensor. Rem.
5. Os Solos da I.P. Altos Montes
ElaboraçãoM.Sc. Carlos Alberto Flores – Pesquisador, Embrapa Clima Temperado - Pedologia
Dr. Eliseu José Weber - Departamento de Ecologia, UFRGS - GeoprocessamentoProf. M.Sc. Heinrich Hasenack – Dpto. de Ecologia, UFRGS – GeoprocessamentoM.Sc. Eliana Casco Sarmento – Dpto. de Ecologia, UFRGS - Geoprocessamento
6. A Vitivinicultura na Região da I.P. Altos Montes
ElaboraçãoM.Sc. Loiva Maria Ribeiro de Mello – Pesq., Embrapa Uva e Vinho – Economia Rural
Profª. Dra. Ivanira Falcade – Universidade de Caxias do Sul – GeógrafoProf. M.Sc. Siclério Ahlert – Universidade de Caxias do Sul – Geógrafo
Dr. Jorge Tonietto – Pesq., Embrapa Uva e Vinho – Zoneamento/Indicações Geográficas
ColaboraçãoNara Lúcia de Camargo Franzen (graduanda em Geografia)
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Projeto Código SEG 04.08.08.001.00.00Edital 08/2008 - Macroprograma 4 - Embrapa
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5. Os Solos da I.P. Altos Montes
O solo é um corpo natural, tridimensional, dinâmico, resultante da interação dos cinco
fatores que atuam na sua formação e pode ser descrito como uma função: S = f {clima,
material de origem, relevo, organismos e tempo}.
Do ponto de vista da viticultura, o solo e suas propriedades são fatores que, juntamente com
o clima, a planta, o sistema de condução e o manejo do vinhedo, imprimem personalidade
aos produtos finais da videira. Entre as propriedades que se devem conhecer do solo com
vistas a identificar áreas com maior ou menor potencial para vitivinicultura, destacam-se
tanto as propriedades físicas (granulometria, capacidade de retenção de água disponível,
profundidade efetiva, seqüência de horizontes, espessura do horizonte A, etc.) quanto às
químicas (saturação por bases, pH, relação K/Mg, Matéria orgânica e outras). Os solos que
apresentam propriedades similares recebem a mesma denominação. A classificação dos
solos permite ordenar e transmitir conhecimentos, tornando possível que a experiência
adquirida em uma dada área seja aplicada a outras zonas da IP.
Geomorfologicamente, a área da IP Altos Montes está incluída na região denominada de
Planalto das Araucárias, a qual engloba relevos conservados e dissecados de planaltos e
suas bordas. Como unidade geomorfológica, faz parte da área serrana da Serra Geral a
qual é desenvolvida sobre rochas vulcânicas básicas e ácidas da Formação Serra Geral,
onde o entalhamento da drenagem secciona as várias seqüências de derrames, deixando
nas vertentes abruptas um sucessivo escalonamento de patamares estruturais. As formas
de relevo de modo geral referem-se a uma borda de planalto muito festonada e
profundamente dissecada, predominantemente devidas à ação fluvial do rio das Antas e
seus tributários.
Em razão destas características regionais – geologia, geomorfologia, clima - na área
delimitada da IP Altos Montes existem um grande número de classes de solos (10), as quais
apresentam potencialidades marcantes para a produção vitivinícola, e que são descritos a
seguir:
5.1. Classes de Solos da I.P. Altos Montes
5.1.1. Argissolo Acinzentado
Os Argissolos Acinzentados são solos moderadamente profundos, moderadamente
drenados, textura argilosa ou muito argilosa com sequência de horizontes A-Bt-C (Figura
10). Podendo ser distróficos ou eutróficos com ocorrência geralmente em relevo suave
ondulado, mas podendo também em relevo ondulado. Ocorrem quase sempre nos
patamares mais elevados da I.P. Nesta escala de levantamento estão sempre associados a
solos das classes dos Cambissolos e Neossolos Litólicos, sendo o Neossolo quase sempre
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da alta fertilidade em relevo ondulado. Na I.P. Altos Montes os Argissolos ocupam uma área
de 3.204,79 hectares correspondente a 18,43% da área total da I.P. Sendo que a unidade
de mapeamento PACd 1, ocorre em 1.505,141 hectares e a unidade PACe em 1.699,648
hectares.
PACd 1 - Associação: Argissolo Acinzentado Distrófico típico textura muito argilosa relevosuave ondulado + Cambissolo Háplico Ta Distrófico típico textura argilosa relevo onduladoambos A proeminente + Neossolo Litólico Eutrófico típico chernossólico textura média fasepedregosa relevo ondulado.
PACe - Associação: Argissolo Acinzentado Eutrófico típico textura argilosa/muito argilosa+ Cambissolo Háplico Ta Eutrófico típico textura argilosa + Neossolo Litólico Eutróficotípico textura média todos A moderado fase relevo ondulado.
Figura 10. Perfil de solo da classe dos Argissolos Acinzentados. Município de Flores da
Cunha, Rio Grande do Sul (Foto: Carlos Alberto Flores).
5.1.2. Cambissolo Háplico
Os Cambissolos Háplicos são solos rasos a moderadamente profundos, bem drenados,
textura média ou argilosa com sequência de horizontes A-Bi-C (Figura 11). Apresentam
saturação por bases menor que 50 por cento com ocorrência em relevo suave ondulado a
forte ondulado. Apresentam um baixo teor de carbono orgânico e muitas vezes fase
Bt
A
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pedregosa. Ocorrem nas áreas mais dessecadas da I.P. Nesta escala de levantamento
estão sempre associados a solos das classes dos Neossolos Litólicos com relevo desde
forte ondulado a montanhoso e fases pedregosas e rochosas. Na I.P. Altos Montes os
Cambissolos ocupam uma área de 6.956,85 hectares correspondente a 40,02% da área
total da I.P. Sendo entre os Cambissolos a maior ocorrência a da unidade de mapeamento
CXBd 13 com 3.104,524 hectares representando 17,86% da área da I.P.
CXBd 2 - Associação: Cambissolo Háplico Tb Distrófico típico textura argilosa + NeossoloLitólico Distrófico típico textura média ambos A proeminente fase relevo suave ondulado.
CXBd 6 - Associação: Cambissolo Háplico Tb Distrófico típico textura argilosa relevoondulado + Neossolo Litólico Eutrófico típico textura média relevo forte ondulado ambos Amoderado fase pedregosa.
CXBd 8 - Associação: Cambissolo Háplico Tb Distrófico típico A moderado fase pedregosa+ Neossolo Litólico Eutrófico chernossólico fase pedregosa e rochosa ambos texturamédia relevo forte ondulado.
CXBd 9 - Associação: Cambissolo Háplico Tb Distrófico típico textura argilosa + NeossoloLitólico Distrófico típico textura média ambos A moderado fase pedregosa relevo forteondulado.
CXBd 10 - Associação: Cambissolo Háplico Tb Distrófico típico fase pedregosa relevoforte ondulado + Neossolo Litólico Eutrófico típico fase pedregosa e rochosa relevomontanhoso ambos A moderado textura média.
CXBd 13 - Associação: Cambissolo Háplico Tb e Ta Distrófico e Eutrófico típico texturamédia fase pedregosa relevo ondulado + Neossolo Litólico Eutrófico típico textura médiafase pedregosa relevo forte ondulado + Argissolo Acinzentado Distrófico típico texturamédia/argilosa fase relevo ondulado todos A moderado.
Figura 11. Perfil de solo da classe dos Cambissolos Háplicos. Município de Nova Pádua, Rio
Grande do Sul. (Foto: Carlos Alberto Flores)
A
Bi
C
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5.1.3. Neossolo Litólico
Os Neossolos Litólicos são solos rasos a muito rasos, bem drenados, textura média com
sequência de horizontes A-R (Figura 12), podendo apresentar saturação por bases baixa ou
alta com ocorrência em relevo forte ondulado a montanhoso. Apresentam um baixo teor de
carbono orgânico no horizonte A e fases pedregosas e rochosas. Ocorrem nas áreas mais
dessecadas e íngremes da I.P. Nesta escala de levantamento estão sempre associados a
solos das classes dos Cambissolos Háplicos com relevo desde forte ondulado a
montanhoso e muitas vezes a Afloramentos Rochosos. Na área delimitada da I.P. Altos
Montes os Neossolos Litólicos ocupam uma área de 2.768,64 hectares correspondente a
15,93% da mesma. Sendo que entre os Neossolos Litólicos a maior ocorrência a da unidade
de mapeamento RLd 3 com 2.706,521 hectares representando 15,57% da área da I.P.,
enquanto que a unidade de mapeamento RLe 1 ocorre em apenas 62,115 hectares o que
representa 0,357% da área total da I.P.
RLd 3 - Associação: Neossolo Litólico Distrófico típico A proeminente textura média fasepedregosa e rochosa relevo montanhoso + Cambissolo Háplico Tb Distrófico típico Amoderado textura argilosa fase pedregosa relevo forte ondulado + Afloramentos Rochososrelevo escarpado.
RLe 1 - Associação: Neossolo Litólico Eutrófico chernossólico textura média fasepedregosa e rochosa + Cambissolo Háplico Ta Eutrófico típico A moderado texturaargilosa ambos fase relevo forte ondulado e montanhoso.
Figura 12. Perfil de solo da classe dos Neossolos Litólicos. Município de Flores da Cunha,
Rio Grande do Sul. (Foto: Carlos Alberto Flores)
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5.1.4. Nitossolo Bruno
Os Nitossolos Brunos na área da I.P. Altos Montes são solos com muito baixa fertilidade
natural, médios a altos teores de matéria orgânica no horizonte A, argilas de atividade baixa
e textura muito argilosa. São profundos e bem drenados, ocorrendo em relevo suave
ondulado nos topos dos patamares (Figura 13). Ocupam uma área de 4.454,065 hectares o
que corresponde a 25,62% da área da I.P. Nesta escala de mapeamento estão associados
aos Cambissolos Háplicos fase pedregosa e relevo ondulado.
NBd 5 - Associação: Nitossolo Bruno Distrófico argissólico textura muito argilosa faserelevo suave ondulado + Cambissolo Háplico Tb Distrófico típico textura argilosa fasepedregosa relevo ondulado ambos A proeminente
Figura 13. Perfil de solo da classe dos Nitossolos Brunos. Município de Flores da Cunha,
Rio Grande do Sul. (Foto: Carlos Alberto Flores)
A Tabela 5 apresenta as áreas das unidades de mapeamento dos solos na I.P. Altos
Montes.
A Tabela 6 apresenta as áreas das classes de solos em nível de Ordem e Subordem na I.P.
Altos Montes.
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Tabela 5. Áreas das unidades de mapeamento dos solos na I.P. Altos Montes.
Classe de soloÁrea
(ha)
Área
(%)
PACd 1 1.505,141 8,66
PACe 1.699,648 9,78
CXBd 2 893,945 5,14
CXBd 6 658,326 3,79
CXBd 8 701,985 4,04
CXBd 9 254,887 1,47
CXBd 10 1.343,182 7,73
CXBd 13 3.104,524 17,86
NBd 5 4.454,065 25,62
RLd 3 2.706,521 15,57
RLe 1 62,115 0,357
Total 17.384,34 100,00
Tabela 6. Áreas das classes de solos em nível de Ordem e subordem na I.P. Altos Montes.
Classes de solos Área
(ha)
Área
(%)
Argissolos Acinzentados 3.204,79 18,43
Cambissolos Háplicos 6.956,85 40,02
Neossolos Litólicos 2.768,64 15,93
Nitossolos Brunos 4.454,07 25,62
Total 17.384,34 100,00
O Mapa 4 apresenta o levantamento semidetalhado de solos da I.P. Altos Montes - Flores
da Cunha e Nova Pádua/RS.
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5.2. Aptidão Edáfica para a Vitivinicultura da I.P. Altos Montes
A produção de vinhos de qualidade é o resultado da interação de fatores do meio e das
atividades humanas. De acordo com Tonietto & Flores (2004), torna-se necessário avaliar as
influências dos fatores permanentes (fatores do meio como o clima e o solo) e as atividades
humanas ligadas à produção e a transformação dos produtos da videira (seleção de porta-
enxertos, variedades produtoras, sistemas de cultivo, tecnologias de vinificação).
Em geral o solo atua como um regulador dos elementos do clima através de suas
propriedades (Gomez-Miguel, 1999): radiação (cor, exposição), temperatura (calor
específico), precipitação/aportes de água (granulometria, capacidade de retenção) e
evaporação/extração de água (propriedades físicas, porosidade, espessura).
Para tal, concentrou-se na eleição das variáveis identificadas e descritas no levantamento
semidetalhado dos solos da Serra Gaúcha (Flores, et al., 2007 no prelo) com maior
influência, sua caracterização e principalmente a forma de integrá-las através de um
ambiente SIG.
A partir do levantamento semidetalhado dos solos na escala 1:50.000 da região da Serra
Gaúcha foram extraídas as informações de natureza edáficas de cada uma das unidades de
mapeamento dos solos ocorrentes na área da I.P. Altos Montes, com a finalidade de listar
aqueles parâmetros considerados mais relevantes para a definição de regiões homogêneas
do ponto de vista edáfico em relação à vitivinicultura.
Quando buscamos delimitar geograficamente uma dada região, observamos importantes
variações relacionadas com os fatores de formação e, por conseqüência com os solos aí
existentes. Sendo necessário identificar as variáveis com maior influência para poder
agrupá-las em zonas mais homogêneas. Desta forma, foram utilizados os seguintes
parâmetros edáficos: drenagem, matéria orgânica do horizonte A, profundidade efetiva,
espessura do horizonte A, grupamento textural, relevo, fertilidade e
pedregosidade/rochosidade.
Através, da análise do quadro guia (Tabela 7), as unidades de solos foram enquadramento
em uma das classes de potencial edáfico (Preferencial, Recomendável, Pouco
recomendável ou Não recomendável) para a vitivinicultura (Flores, et al., 2007).
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Tabela 7. Quadro guia para avaliação da aptidão edáfica para a vitivinicultura na I.P. Altos
Montes.
Parâmetros de avaliação da aptidão edáfica para a v itivinicultura na
I.P. Altos Montes
Clas-sesde
aptidãoedáfica
Drenagem
Matériaorgânica
horizonte A(%)
Profun-didadeefetiva(cm)
Espes-surahori-zonte
A(cm)
Texturaargilatotal(%)
RelevoFertilidade
V(%)
Pedre-gosida-
de/Rocho-sidade
P
Forte-mente,
acentua-damenteou bemdrenado
< 2,5 > 120 > 50 15 – 35Plano ou
suaveondulado
20 – 49Ausen-te oupouco
RModera-damentedrenado
> 2,5 < 3,5 50 -120 30 – 50 35 – 60(1:1) Ondulado 50 – 80 Pedre-
goso
PR
Imperfei-tamente ou
excessi-vamentedrenado
> 3,5 < 5,0 50 - 25 30 – 15
< 15 > 60(1:1),
Argilosa(2:1) ousiltosa
Forteondulado < 20 e > 80
Muitopedre-goso
NRMal ou
muito maldrenado
> 5,0 < 25 < 15 OrgânicaMonta-
nhoso ouescarpado
Presençade sais
Pedre-goso e
rochoso
O Mapa 5 apresenta a aptidão edáfica para viticultura da I.P. Altos Montes, junto aos
municípios de Flores da Cunha e Nova Pádua/RS.
A Tabela 8 apresenta a área e respectivos percentuais das classes de aptidão edáfica para
vitivinicultura na I.P. Altos Montes.
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Projeto Código SEG 04.08.08.001.00.00Edital 08/2008 - Macroprograma 4 - Embrapa
Sigla: IG Vinhos
Tabela 8. Área e percentuais das classes de aptidão edáfica para vitivinicultura na I.P. Altos
Montes.
Classe Aptidão EdáficaÁrea
(ha)
Área
(%)
Preferencial 10.497,701 60,39
Recomendável 4.118,001 23,69
Pouco recomendável 0,000 0,00
Não recomendável 2.768,636 15,93
Total 17.384,34 100,00
De acordo com os critérios utilizados, a I.P. Altos Montes apresenta uma área de 14.615,702
hectares nas classes de aptidão Preferencial e Recomendável para uso com viticultura, o
que representa 84,08 por cento de sua área total.
Referências Bibliográficas
Flores, C.A.(Org.); Pötter, R.O.; Fasolo, P.J.; Hasenack, H.; Weber, E. Levantamento
semidetalhado de solos: Região da Serra Gaúcha - Estado do Rio Grande do Sul. Porto
Alegre: Editora da UFRGS. 2007. (no prelo).
Tonietto, J.; Flores, C. A. Zoneamento edafoclimático da videira no Brasil. In: Encontro
Nacional sobre Fruticultura de Clima Temperado – Enfrute, 7, Fraiburgo, 2004. Anais...
Caçador, Epagri, p.53-58, 2004.