Os Sinos se dobram por Alfredo

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Autor: Paulino Eidt ISBN: 978-85-7897-002-4 Coleção: Regionais Trata-se de um texto inovativo e criativo, de agradável leitura, através do qual o autor busca recriar, através de um personagem fictício, importantes faces da história da colonização alemã no sul do Brasil, sob os auspícios de setores da Companhia de Jesus e da Igreja Católica, em conflito com as transformações do processo de "modernização", na sociedade do século XX. Walter Frantz

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Chapecó, 2009

OS SINOS SE DOBRAM

POR ALFREDO

Paulino Eidt

Cortesia de parte do 1o capítulo.Mais informações da obra em

www.unochapeco.edu.br/argos

REITOR: REITOR: REITOR: REITOR: REITOR: Odilon Luiz PoliVICE-REITOR DE PESQUISA, EXTENSÃOVICE-REITOR DE PESQUISA, EXTENSÃOVICE-REITOR DE PESQUISA, EXTENSÃOVICE-REITOR DE PESQUISA, EXTENSÃOVICE-REITOR DE PESQUISA, EXTENSÃOE PÓS-GRE PÓS-GRE PÓS-GRE PÓS-GRE PÓS-GRADUADUADUADUADUAÇÃO:AÇÃO:AÇÃO:AÇÃO:AÇÃO: Claudio Alcides Jacoski

VICE-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO:VICE-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO:VICE-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO:VICE-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO:VICE-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO: Sady MazzioniVICE-REITVICE-REITVICE-REITVICE-REITVICE-REITORORORORORA DE GRA DE GRA DE GRA DE GRA DE GRADUADUADUADUADUAÇÃO:AÇÃO:AÇÃO:AÇÃO:AÇÃO: Maria Luiza de Souza Lajús

Catalogação: Joseana Foresti CRB 14/536 Biblioteca Central Unochapecó

Conselho Editorial: Conselho Editorial: Conselho Editorial: Conselho Editorial: Conselho Editorial: Elison Antonio Paim (Presidente);Antonio Zanin; Arlene Renk; Claudio Alcides Jacoski; Darlan Christiano Kroth;

Edilane Bertelli; Iône Inês Pinsson Slongo; Jacir Dal Magro;Jaime Humberto Palacio Revello; Leonardo Secchi; Maria dos Anjos Lopes Viella;

Mauro Dall Agnoll; Neusa Fernandes de Moura; Valdir Prigol;Paulo Roberto Innocente; Ricardo Brisolla Ravanello; Rosana Badalotti

CCCCCoooooooooorrrrrdddddeeeeenananananadddddooooorrrrr: Valdir Prigol

981.64 Eidt, PaulinoE34s Os sinos se dobram por Alfredo/Paulino Eidt. – Chapecó : Argos, 2009.

376 p.

ISBN: 978-85-7897-002-4

1. Santa Catarina - História. 2. Colonização. 3. Antropologia cultural. II. Título.

CDD 981.64

Alfredo: uma vida entrea unidade e a multiplicidade

E Alfredo nasceuE Alfredo nasceuE Alfredo nasceuE Alfredo nasceuE Alfredo nasceu

A linha evolutiva de que se tem conhecimentotalvez tenha mais curvas do que voltas, novas retas que se

avolumam num novelo a partir da mesma linha.O que faz com que o percurso de todo ser vivo, em si mesmo,e na sua espécie, seja inflacionado de opções de saltar de uma

etapa a outra da linha, sem preocupar-se se estáregredindo ou progredindo, mas tendo atenção apenas em

manter-se vivo em todo o percurso. [...] Outras seestruturam, promovem uma série de perdas

para que obtenham o ganho de continuar existindoMichel Serres

O conhecimento propicia a saúde, a pesquisa trazo bem-estar saudável, a beleza envolve a invenção com suaauréola de luz generosa e calmante, da mesma forma que a

ausência de idéias pode tornar qualquer um feio, áspero,ciumento, sofredor e velho.

Michel Serres

A mais antiga de todas as sociedades, e a única natural, é a dafamília; ainda assim só se prendem os filhos ao pai enquanto dele

necessitam para a própria conservação.

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Desde que tal necessidade cesse, desfaz-se o liame natural.Os filhos isentos da obediência ao pai, e este isento dos cuidados

que deve aos filhos, voltam todos a ser igualmente independentes.J. J. Rousseau

Os quatro filhos de Arthur e Teresa haviam acabado de ador-

mecer. Era abril do ano de 1927. Repentinamente, foram acorda-

dos por cochichos e movimentação dentro da casa de madeira cheia

de rangidos.

Paulo, o mais velho, fechou os olhos e ficou a escutar. Perce-

beu que a voz da mãe entremeou-se de soluços, enquanto o pai

corria freneticamente de um lado para o outro com o lampião qua-

se apagado.

Nos instantes seguintes, ouve ruídos e vozes abafadas. No si-

lêncio do quarto, bloqueado pela obediência que torna sua acuidade

sensorial frígida, adormece sem conseguir entender o que sucedera.

No dia seguinte, porém, não reparou, nos olhos secos e

avermelhados e nas pálpebras inchadas da mãe, nada que lembrasse

seu comportamento habitual. Antes que fizesse alguma interroga-

ção a respeito, teve sua curiosidade impulsiva saciada:

– A cegonha trouxe, na noite passada, mais um irmãozinho! –

balbuciou o pai.

A exemplo dos demais irmãos, Paulo era demasiado jovem

para poder saber questões de adultos. Também não lhe passava pela

imaginação a impertinente ideia de querer saber algo sobre um as-

sunto tão misterioso. Todos permaneceram imóveis e reverentes

frente à nova realidade que se apresentava. Sobre o acontecido, ha-

via a prescrição do silêncio.

Nos dias seguintes, percebe que o evento havia sido insignifi-

cante e pouco afetara a vida da família.

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Mais alguns dias, e os pais foram cumprir a obrigação do ba-

tismo. Sabiam que crianças que morrem sem ser batizadas são con-

denadas pelo pecado original.

O recém-nascido não recebeu o nome que fora manifestado ser

do interesse dos pais. Na pia batismal, sob olhares fixos e em meio ao

silêncio, o padre Henrique, com sua voz grave, proferiu:

– Seu nome será Alfredo. Em homenagem a um cristão virtuo-

so das Colônias Velhas!

Os primeiros anos de vida de Alfredo transcorreram sem maio-

res percalços. Em meio à mata e com uma vida limitada ao grupo

familiar, percebe desde cedo que os esforços de seus pais, incessan-

temente, eram drenados para a derrubada de árvores. Preso a um

cesto de cipó ou cativo dentro de uma carroça de bois, observava a

exuberância da natureza que o rodeava.

O mundo de Alfredo se restringia à família patriarcal. O mo-

desto círculo familiar se resumia a um cenário onde a imaginação

era incitada somente para a luta pela sobrevivência em meio à hos-

tilidade do espaço natural. Os pais, a exemplo dos demais pequenos

camponeses da região, transformavam a natureza.

Sempre à noite, após a reza, sua mãe o fazia deitar de bruços

e untava-lhe o corpo com óleo, com o intuito de fortalecer seus

músculos, fragilizados pela vida carente do universo pioneiro. Numa

certa ocasião, após a prece, Alfredo acompanhou sonolento a con-

versa dos pais no quarto vizinho:

– Nada do que foi anunciado nas colônias velhas sobre a nova

colonização é verdade. Fomos largados num mundo primitivo e

enganados pela propaganda mentirosa da colonizadora, que nos

vendeu um sonho de felicidade. Cadê as planícies? Onde comprar e

vender nossos produtos? E os vizinhos, quando virão?

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Arthur, mesmo concordando que a colonização cheia de priva-

ções foi um movimento inverso e regressivo ao mundo das regiões de

procedência dos migrantes, retrucou:

– Precisamos de calma, nos próximos dias virão mais famílias e

jovens. Os padres da Companhia de Jesus estão prestes a assumir a

Paróquia e Porto Novo1, daqui para a frente vai andar!

A construção dos universos simbólicosA construção dos universos simbólicosA construção dos universos simbólicosA construção dos universos simbólicosA construção dos universos simbólicos

As personalidades do pai e da mãeimprimem-se nas almas infantis para sempre.

Edgar Morin

O mundo, para cada indivíduo, significa aquelaparte do mundo com o qual tem mantido contato,

o seu partido, a sua igreja, a sua seita, a sua classe social.John Stuart Mill

Alfredo percebe, na sua tenra idade, o avançar da colonização

e as novas construções que se erguem em meio à floresta. Constru-

ções edificadas a partir dos produtos da natureza, como pedras, barro,

cipós e madeiras. Nota uma atmosfera alegre e um entusiasmo

contagiante todas as vezes que famílias inteiras se dirigem para pra-

ticar os Gemeidearbeiten e Fronarbeiten (trabalho comunitário e

trabalho doado).

Na família, Alfredo aprende os deveres e as regras a partir da

prática de seus irmãos mais velhos. Os mesmos enunciados são

1 O processo de ocupação e estruturação da colonização de Porto Novo já foi descri-to pelo autor na obra “Porto Novo: da escola paroquial ao processo de nucleaçãoescolar, uma identidade em crise” (1999).

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repetidos, palavras e práticas não entram em desuso, e determina-

dos assuntos lhe são proibidos. Dos seus pais ouve, quase que diaria-

mente, a recomendação de que uma pessoa precisa, desde pequena,

da Bildung e Kultur (retidão de conduta e comportamento; conhe-

cimento e sabedoria).

À medida que vai crescendo, as regras e os trabalhos infantis

lhe roubam a doce sensação de liberdade. A objetividade e a relação

com o meio interditam as múltiplas possibilidades e vias que afloram

na sua subjetividade. A curiosidade impulsiva e aguda colide com os

valores da família nuclear.

Arthur e Teresa arvoravam-se, sempre, quando Alfredo ex-

pressava suas ideias extravagantes. Repreendiam o filho em seus deva-

neios, e assim os pensamentos inquietantes eram sempre contidos den-

tro de sua submissa curiosidade de jovem, cheia de autodomínios.

No cotidiano, Alfredo se ocupava com as coisas próprias de sua

idade. Cercado por animais e vegetais, a vida social se limitava ao

grupo familiar. A interação com pessoas de outros locais e outras

possibilidades de amizade faziam parte somente do mundo adulto.

Alfredo gostava de brincar com os animais domésticos, os quais rece-

biam nomes próprios e muito carinho. Soube distinguir, desde cedo,

o conjunto de sons e representações emitidos pela natureza. Chegava

mesmo a simular o enterro dos animais mortos que lhe eram mais

queridos. Sentia muita pena dos bois que eram maltratados rude-

mente quando não suportavam o peso das toras de madeira.

Com sete anos completos, acompanha sua mãe na costura de

uma mochila de pano. A partir daquele ano, deveria frequentar a

escola. Nunca se entusiasmara por essa ocasião: por diversas vezes

ouvira, dos seus irmãos, histórias horripilantes que sucediam nela.

Antes do primeiro dia de aula, sua mãe já havia comunicado o que

se deve e não se deve fazer na escola.

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Batismo: um rito iniciatório do CatolicismoFonte: Arquivo do autor.

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Chegado o dia, seus irmãos encilharam os cavalos, mostra-

vam-se impulsivos para o retorno às aulas. Alfredo apanhou sua

mochila, onde se encontrava uma lousa e a merenda preparada pela

sua mãe na noite anterior, começou a se embrenhar pela floresta

numa estrada que subia e descia. Dos dois lados da estrada via so-

mente vegetação; de vez em quando surgia uma casa provisória,

logo ocultada pela densa floresta. De repente, abriu-se uma clareira

onde se avistava uma construção simples, rodeada de crianças des-

calças. Estavam na Schulkapelle (escola-capela). Alfredo se mos-

trava arredio e sentia vontade de golpear a cabeça dos seus futuros

colegas: afinal, todos lhe pareciam hostis.

Alfredo é um burricoAlfredo é um burricoAlfredo é um burricoAlfredo é um burricoAlfredo é um burrico

O último a entrar foi o professor, que mandou todosficarem de pé, para rezarmos. Como nenhum dos

“burricos” soubesse falar português, o professor grunhiu,em alemão, uma oração que se rezava em casa,

antes e depois das refeições.Afonso J. Wailand

O professor, o sacerdote, o príncipe e o pai vêem em todonovo homem uma indiscutível ocasião de nova posse.

Friedrich Nietzsche

Os educadores eram responsáveis pela alma dosseus alunos [...]. Era um dever também usar de seus

poderes de correção e punição, pois envolvia a salvaçãoda alma das crianças, pelas quais eles eram

responsáveis perante Deus.Philippe Ariès

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Porto Novo recebe seus alicerces: construção da Casa Paroquial (1932)Fonte: Museu Municipal de Itapiranga (SC).

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Em meio à desordem que se instala no seu mundo, Alfredo

percebe que muitas crianças chegam, para o primeiro dia de aula,

arrastadas pelas mãos embrutecidas e fortes de seus pais. O mundo

da maioria delas foi, até então, sua família.

Um silêncio reina na sala de aula, olhares se cruzam, e somen-

te entre algumas crianças existe certa disposição afável. Concentra-

das em seus medos, viam agora o seu único mundo conhecido se con-

frontar com o outro: o mundo da escola e da vida social. A vergonha

refreava-as todas; desprotegidas, não encontravam nada que suavizasse

seu sofrimento, quando repentinamente alguém exclamou:

– Lá vem ele!

Por detrás da vegetação rasteira, aparece o professor. Ele cal-

çava alpargatas. Alfredo se sentia, de certa forma, aliviado, e a pre-

sença do professor transmitia-lhe alento e proteção. Teria, a partir

daquele momento, mais um tutor.

O professor era um ex-seminarista de meia-idade, aprovado

após triagem feita pela comunidade e pelo padre, por estar investido

de um plano intelectual superior2. Homem de religiosidade arroja-

da e exuberante, logo nas primeiras palavras tratou de estabelecer

2 As escolas da região, na sua maioria, eram paroquiais até 1939. A comunidadeescolar pagava o professor com dinheiro ou donativos. O professor era criteriosamentemapeado pela comunidade e pelo vigário, deveria residir no centro da comunidade,junto à escola e à igreja, numa casa construída especialmente para ele. O mestre seconstituía num agente estratégico de ligação entre a Igreja e a comunidade. Recrutadoentre os mais letrados pela retidão de conduta, deveria sempre estar disponível para asextensas funções sociais e religiosas, como pacificador de desavenças, acolhedor dopadre, tocador do sino... Atribuir prerrogativas morais e religiosas ao professor foiuma cópia do modelo confessional e autoritário das escolas paroquiais que existiamna Alemanha até a laicização do ensino no século XIX.

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os lugares na sala de aula. Os iniciantes ou “burricos”, como eram

denominados pelos veteranos, separados por sexo, foram enfileirados

do menor para o maior no lado esquerdo da sala. Alfredo, na condi-

ção de novato e com seu porte físico frágil, passou a ocupar o pri-

meiro banco, de onde ouviu o professor proferir as regras escolares

e a respectiva punição para quem as descumprisse.

Por um instante, achou que estivesse na sua família, tal a se-

melhança de certas práticas, como a oração, a seriedade e as reco-

mendações morais. Todos instalados, e feita a oração inicial, o pro-

fessor solicitou que cada um anunciasse o seu nome, a começar

pelos “burricos” e pelos meninos. Apreensivos e nervosos, os no-

mes masculinos foram sendo proferidos: Alfredo, Pedro, Jacó, José,

Francisco, Nicodemos, Paulo, Moisés etc., para, em seguida, ouvi-

rem-se os nomes da ala feminina: Lúcia, Maria, Ana, Rosa Maria,

Matilde etc. Quebrada, um pouco, a distância gélida entre alunos e

professor, esse anunciou a primeira aula de religião. Todos passa-

riam a estudar o nome dos 12 apóstolos.

O professor foi enunciando o nome dos apóstolos, provocan-

do ansiedade, interesse e euforia em alguns. Pedro, antes que al-

guém questionasse seu entusiasmo, balbuciou:

– Eu tenho nome de apóstolo!

Uma melancolia tomou conta do coração de Alfredo; afinal,

seu nome não apareceu na nominata de apóstolos, tampouco rece-

beu menção especial como o nome de Maria, colega que mais tarde

passou a ser conhecida como uma das dez Marias3.

3 A religiosidade fez com que os pais de uma família da região dessem às suas dez filhasnomes de Maria: Helma Maria, Maria Sônia, Maria Adélia, Maria Catarina, MariaBronilda, Teresinha Maria, Maria Sidônia, Maria Neli, Maria Suzana e Maria Helena.

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Escola: além das funções pedagógicas, era responsável pela “alma” dos alunos

TítuloAutor

Assistente editorialAssistente administrativo

SecretariaDivulgação, distribuição e vendas

Projeto gráfico e capa da coleçãoCapa e diagramação

Preparação dos originaisRevisão

FormatoTipologia

Papel

Número de páginasTiragem

PublicaçãoImpressão e acabamento

Os sinos se dobram por AlfredoPaulino Eidt

Alexsandro StumpfNeli FerrariAlexandra Fatima Lopes de SouzaNeli Ferrari, Jocimar Vazocha Wescinski,Maiara Demenech e Marta RossettoAlexsandro Stumpf e Ronise BiezusRonise BiezusMarilia MüllerJakeline Mendes Ruviaro e Marilia Müller16 X 23 cmMinion entre 10 e 13 pontosCapa: Capa duraMiolo: Pólen Soft 80 g/m2

376800julho de 2009Gráfica e Editora Pallotti – Santa Maria (RS)

Argos – Editora Universitária – UNOCHAPECÓAv. Attilio Fontana, 591-E – Bairro Efapi – Chapecó (SC) – 89809-000 – Caixa Postal 1141

Fone: (49) 3321 8218 – argos@unochapeco.edu.br – www.unochapeco.edu.br/argos

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