Post on 21-Jul-2016
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balanç da dir oria mandaO balanço da diretoria que encerra o mandato neste ano demonstra esforços em inves� mentos na sede, em conhecimento e em ações que promoveram a união dos profi ssionais
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Dois anos de investimentos
painelAno XVIII nº 239 fevereiro/ 2015
A E A A R P
PESQUISAEmpresa alemã desenvolve
elevador sem cabos
SUSTENTABILIDADEPesquisa revela novas uClidades
para resíduos do esgoto
EVENTOPalestra expõe oportunidades
em perícia judicial
A atual gestão dos dirigentes da AEAARP, iniciada em abril de 2013 vai transferir aos fu-
turos dirigentes, que serão eleitos no mês de março de 2015, a administração da En�dade.
Há dois anos, a par�r da união entre profissionais já integrados da gestão anterior,
profissionais que estavam afastados e que retornaram ao convívio regular com a Asso-
ciação e profissionais que dela se aproximaram pela primeira vez, pudemos nos reunir
em torno de obje�vos comuns e formatar um projeto de futuro, que foi referendado
pelos associados por ocasião das eleições realizadas naquele ano.
E assim foi feito nesse período, durante o qual procuramos realizar os projetos que
nos dispusemos a implantar .
Essas realizações são objeto de matéria detalhada nesta edição, onde informamos com
clareza o que foi efe�vamente produzido pela en�dade nesse período.
Nesse contexto, dentre tantas conquistas que �vemos, a mais significa�va foi no campo
da convivência e do relacionamento posi�vo entre os associados, dirigentes e demais
colaboradores da AEAARP.
Trabalhamos neste momento com a expecta�va de que os próximos dirigentes possam
dar seguimento aos projetos que estão em andamento e àqueles que ainda não foram
iniciados, mas estão previstos para serem implantados.
Com isso vamos con�nuar a pavimentar e solidificar as estruturas que permi�rão à
en�dade fundada há 66 anos, seguir em frente, com o aperfeiçoamento das ações que
promove em beneycio dos associados e da sociedade em geral, a par�r da estabilidade
e independência já conquistadas.
Por fim, no momento em que o país se defronta com dificuldades de ordem polí�ca e
econômica, é preciso lembrar que as consequências são previsíveis e certamente haverá
retração na oferta de emprego e de oportunidades na nossa área de atuação.
Em épocas de crise, sobressaem-se os que conseguem evoluir tecnicamente e em
capacitação para a obtenção da máxima eficiência, com o menor custo, aí inclusos não
só os financeiros, mas os ambientais e sociais, entre outros.
Com essa expecta�va, a AEAARP deverá con�nuar a oferecer aos associados, como
tem feito até hoje, oportunidades de atualização e aperfeiçoamento tecnológicos através
dos eventos que promove.
Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente
Eng.º Civil João PauloS. C. Figueiredo
Editorial
Expediente
A S S O C I A Ç Ã ODE ENGENHARIAARQUITETURA EAGRONOMIA DERIBEIRÃO PRETO
Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.
ÍndiceESPECIAL 05Dois anos de união e convivência
PESQUISA 13Cimento feito de fruto similar ao abacaxi
ÁGUA 14Ferramenta para localizar vazamentos
INDICADOR VERDE 15
TECNOLOGIA 16As tecnologias que prometem mudar o mundo
MEIO AMBIENTE 20Resíduos de esgoto
TECNOLOGIA 22Elevador sem cabos
PALESTRA TÉCNICA 24Perícia judicial
CREA-SP 25A ART de cargo e função Resolução 1025/2009
NOTAS E CURSOS 26
Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / aeaarp@aeaarp.org.br
Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente
Arq. e urb. Ercília Pamplona Fernandes Santos1º Vice-presidente
Eng. civil Ivo Colichio Júnior2º Vice-presidente
DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: eng. civil Hirilandes AlvesDiretor Financeiro: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio BagatinDiretor Financeiro Adjunto: eng. civil Elpidio Faria JúniorDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. eletr. Tapyr Sandroni JorgeDiretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite
DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: eng. civil Edes JunqueiraDiretor de Comunicação e Cultura: eng. civil José Aníbal LagunaDiretor Social: arq. e urb. Marta Benedini VecchiDiretor Universitário: arq. e urb. José Antonio Lanchoti
DIRETORIA TÉCNICAAgronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Gilberto Marques SoaresArquitetura, Urbanismo e afins: arq. e urb. Carlos Alberto Palladini FilhoEngenharia e afins: eng. civil José Roberto Hortencio Romero
CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: eng. civil Wilson Luiz Laguna
Conselheiros TitularesEng. agr. Callil João FilhoEng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastreEng. civil Cecilio Fraguas JúniorEng. civil Edgard CuryEng. agr. Dilson Rodrigues CáceresEng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet FrancoEng. agr. Geraldo Geraldi JúniorEng. mec. Giulio Roberto Azevedo PradoEng. elet. Hideo KumasakaEng. civil Iskandar AudeEng. civil José Galdino Barbosa da Cunha JúniorArq. e urb. Maria Teresa Pereira LimaEng. civil Nelson Martins da CostaEng. civil Ricardo Aparecido DebiagiConselheiros SuplentesEng. agr. Alexandre Garcia TazinaffoArq. e urb. Celso Oliveira dos SantosEng. agr. Denizart BolonheziArq. Fernando de Souza FreireEng. civil Leonardo Curval MassaroEng. agr. Maria Lucia Pereira Lima
CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP INDICADOS PELA AEAARPEng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves
REVISTA PAINELConselho Editorial: - eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres, eng. mec. Giulio RobertoAzevedo Prado, eng. civil José Aníbal Laguna e eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Bagatin -conselhoeditorial@aeaarp.org.br
Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento 39,cj. 13, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14024-180 - www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | 3234.1110 - contato@textocomunicacao.com.br
Editores: Blanche Amancio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679
Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044
Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719Angela Soares - angela@aeaarp.org.br
Foto da capa: Daniela AntunesTiragem: 3.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.
Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também nãoexpressam, necessariamente, a opinião da revista.
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AEAARP
ESPECIAL
A atual diretoria da AEAARP encerra o mandato
com uma grande obra e muitas realizações
Dois anos de
união e convivência
O engenheiro civil João Paulo Figueire-
do e a diretoria liderada por ele progra-
maram, projetaram, aprovaram, apro-
visionaram recursos e iniciaram uma
grande obra que vai transformar a sede
da AEAARP nos próximos meses. Ao final,
serão mais de 700 metros quadrados de
área construída.
Além da fachada, que receberá fecha-
mento em pele de vidro, a intervenção
vai melhorar a acessibilidade ao prédio
com a implantação de rampas e fará sur-
gir um moderno e sofisvcado espaço de
eventos, com a ampliação do salão de
festas, que receberá um espaço acúsvco
e completa infraestrutura de serviços.
O projeto arquitetônico é de Carlos Al-
berto Gabarra e o responsável técnico é
o engenheiro civil José Aníbal Laguna. A
execução está a cargo da construtora Ta-
vares e Canini. João Paulo informa que es-
tão previstos projetos de captação e reu-
so de água da chuva e infraestrutura para
a implantação de painéis fotovoltaicos.
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Revista Painel
José Galdino Júnior, conselheiro da AEAARP, palestrou em universidades e
eventos públicos na condição de representante da envdade. Dentre outros
temas, falou sobre “Responsabilidade técnica nas construções de interesse
social” na palestra que ministrou na 5ª Conferência Municipal da Habitação, e em
todas as oportunidades ressaltou a importância da parvcipação na envdade de
classe. Na conferência, a AEAARP foi representada pelo engenheiro José Aníbal
Laguna e pelos arquitetos e urbanistas Antônio Lanchov e Ercília Pamplona.
ESPECIAL
Nos úlvmos dois anos foram feitas
adequações exigidas pelo Corpo de
Bombeiros, como a mudança nos corri-
mãos e aplicação de vnta anvchamas.
Além disso, toda a sede foi pintada, in-
terna e externamente, e a iluminação
interna foi reformada. Também foram
instaladas portas anv-pânico, uma cai-
xa d’água de 20 mil litros (enterrada) e
sistema de segurança com câmeras de
vigilância internas e externas.
Conhecimento
Nos úlvmos dois anos houve grande
invesvmento em conhecimento, pro-
porcionado aos associados por meio de
palestras e semanas técnicas, que, jun-
tas, reuniram cerca de 4 mil pessoas na
AEAARP e somaram mais de 40 palestras.
“No primeiro ano da gestão, concen-
tramos as semanas técnicas no segundo
semestre. Desta forma, pudemos pro-
mover algumas adequações no prédio,
necessárias para atender às normas do
Corpo de Bombeiros”, explica João Pau-
lo. Naquele ano foi realizada a palestra
que tratou das normas de segurança
para eventos com grande concentração
de público. “Todos estávamos sob o im-
pacto da tragédia de Santa Maria (RS,
um incêndio ocorrido em uma boate
em janeiro de 2013) que, para além das
Samanta Pineda falou na AEAARP sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR)
perdas humanas irreparáveis, demons-
trou para os profissionais da área o
quanto nossa atuação deve ser respon-
“Todo lugar que tem complicação, tem oportunidade”,disse o engenheiro naval Ricardo Salomão
sável e compromevda com a qualidade
e segurança”, avalia.
No ano seguinte, além das semanas
técnicas, que aconteceram desde os
primeiros meses até dezembro, a As-
sociação promoveu palestras sobre te-
mas de interesse de todas as profissões
representadas. A advogada Samanta
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AEAARP
Palestra de Benedito Abbud, na AEAARP
Pineda, consultora da Frente Parlamen-
tar da Agropecuária (FPA) da Câmara
dos Deputados, falou sobre a adesão ao
Cadastro Ambiental Rural (CAR), um ins-
trumento criado pelo governo federal e
que é obrigatório para todos os proprie-
tários rurais. A AEAARP também sediou
a Caravana Embrapa de Alerta para
Ameaças Fitossanitárias, que expôs as
formas de manejo da helicoverpa, a
lagarta que representa grande ameaça
para a lavoura em todo o país.
Foram também promovidas palestras
sobre técnicas de rotação de cultura em
canaviais, norma de desempenho da
ABNT e projetos paisagís�cos que muda
o cenário e a ro�na das cidades, esta
úl�ma ministrada pelo arquiteto Bene-
dito Abbud, responsável por projetos da
Vila Olímpica do Rio de Janeiro-RJ e de
alguns estádios de futebol construídos
para a Copa do Mundo 2014.
“Também buscamos diversificar e
oferecemos palestras que tratavam de
oportunidades de negócios e de ad-
ministração de carreiras”, conta João
Paulo. Uma delas foi a do engenheiro
Ricardo Salomão, que falou sobre as
oportunidades no mercado de óleo,
gás, biocombus�veis e energia, e da
antropóloga Danielle Moro, consultora
de desenvolvimento organizacional que
palestrou, na Semana de Arquitetura,
sobre a organização dos escritórios.
Arquitetos de importantes escritórios
do país também palestraram na AEAARP
nesses dois anos, como Antônio Carlos
Sant’anna Júnior, Yuri Vital, Alberto Box
e Angelo Bucci. Na úl�ma semana técni-
ca de 2014, a de Tecnologia da Constru-
ção, o engenheiro civil Catão Francisco
Ribeiro falou sobre os desafios de calcu-
lar a ponte estaiada Otávio Frias de Oli-
veira, em São Paulo-SP, e a ponte do Rio
Negro (no Amazonas), construções cuja
Tomaram posse no CREA-SP os novos conselheiros Hirilandes
Alves e Giulio Roberto Azevedo Prado, tendo como suplentes
Luis Antônio Baga�n e Fernando Antônio Cauchick Carlucci.
complexidade as tornam verdadeiras
obras de arte da engenharia.
“Oferecemos ao associado, profissio-
nais e estudantes do setor, conteúdos
diferenciados, que demonstram o quan-
to podemos chegar longe, com dedica-
ção, responsabilidade, planejamento e
conhecimento”, explica João Paulo.
Os par�cipantes, todos de áreas da
engenharia, arquitetura e agronomia,
doaram cerca de 8 toneladas de
alimentos, que foram entregues a
en�dades de assistência a crianças e
idosos do município.
Engenheiro Catão Francisco Ribeiro
8
Revista Painel
ESPECIAL
A Associação também invesvu em
uma agenda de visitas técnicas que pro-
porcionou o conhecimento de proces-
sos e tecnologias, como a que foi feita
ao projeto desenvolvido pela Neomix
Concreto, que apresentou o primeiro
piso em concreto protendido do interior
paulista.
Outra visita foi feita a uma fábrica de
poliesvreno expandido, popularmen-
te conhecido como isopor (que é uma
marca registrada), instalada nos arredo-
res de Ribeirão Preto, pelos engenheiros
Giulio Roberto Azevedo Prado e Wilson
Luiz Laguna, que conheceram as aplica-
ções na construção civil. Na Reciclax, os
associados e diretores foram recebidos
pelo engenheiro civil Nilson Baroni, que
mostrou o processo de recepção e des-
vnação dos resíduos sólidos e da cons-
trução civil.
A recepção e destinação dos resíduos sólidos e da construção civil, feito pela Reciclax, foi conhecido de perto por
uma comitiva da AEAARP liderada pelo engenheiro João Paulo Figueiredo
AEAARP organizou visita técnica na obra do piso em concreto protendido
Um novo contrato da
AEAARP com a UNIMED criou
um plano para jovens que
oferece condições especiais e
diferenciadas para associados
que tenham até 40 anos de
idade. Neste mesmo ano
de 2015, foram promovidas
adequações administravvas
que reduziram o valor das
mensalidades de todos os
conveniados.
A 71ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia, realizada
em Terezina-PI, teve a parvcipação dos engenheiros Hirilandes
Alves, Giulio Roberto Azevedo Prado, Tapyr Sandroni Jorge e José
Galdino Barbosa Júnior.
9
AEAARP
Os engenheiros Wilson Luiz Laguna
e Giulio Roberto Azevedo Prado
conheceram o processo de fabricação de
EPS, guiados pelo também engenheiro
Luiz Santana Filho
Uma visita a uma lavoura inusitada
chamou bastante a atenção em 2014:
os engenheiros agrônomos Dilson Cá-
ceres, Geraldo Geraldi Júnior e Gilberto
Marques Soares foram a uma plantação
de oliveiras, em Cássia dos Coqueiros-
-SP, conheceram o método de manu-
tenção de uma lavoura com essas ca-
racterís�cas na região de Ribeirão, e
comprovaram que nem toda terra tem
cana-de-açúcar
Geraldo Geraldi Júnior, Gilberto Marques Soares e Antônio Carlos Giovanini
O engenheiro Helcio Elias Filho,
a arquiteta Maria Cecília Baldochi
Medeiros e o agrônomo Denizart
Bolonhezi foram os homenagea-
dos de 2013. Em 2014, o prêmio
Profissionais do Ano Ano AEAARP
foi entregue para o engenheiro
João Theodoro Feres Sobrinho, o
arquiteto Joel Aparecido Pereira
e o agrônomo José Roberto Scar-
pellini.
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Revista Painel
ESPECIAL
Credibilidade
A AEAARP foi representada em even-
tos públicos de grande importância
em Ribeirão Preto, como a abertura
da Agrishow, as obras do Trevão, que
contaram com a presença do governa-
dor Geraldo Alckimin, e a entrega do
prêmio Deusa Ceres, da Associação de
Engenheiros Agrônomos do Estado de
São Paulo. Na Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), João Paulo debateu ques-
tões de acessibilidade e, dentre outros,
a AEAARP também apoiou importantes
ações sociais, como a campanha Bom-
beiro Sangue Bom.
Dilson Cáceres, Geraldo Geraldi Júnior, João Paulo Figueiredo e Gilberto Marques Soares
O Coral Som Geométrino, sob a regência
da maestrina e engenheira Regina Foresv,
comemorou 20 anos de existência.
João Paulo Figueiredo entregou medalha na prova 100 Milhas dos Bombeiros
11
AEAARP
A AEAARP funda, com outras 21 en�dades, o Fórum
de En�dades de Ribeirão Preto (FERP), que tem o ob-
je�vo de provocar debates qualificados sobre ques-
tões que influenciam na qualidade de vida da popula-
ção e nas a�vidades econômicas, realizando estudos
e pesquisas, subsidiando propostas e planos para os
poderes execu�vo e legisla�vo do município.
Reunião do FERP: entidades devem apresentar temas a serem debatidos
João Paulo observa que a par�cipação
a�va da en�dade nos conselhos munici-
pais, nos quais se faz representar, cola-
bora com a qualidade do debate técni-
co. É assim que o engenheiro civil José
Aníbal Laguna atua no Conselho Muni-
cipal de Urbanismo (COMUR), onde li-
dera várias discussões, dentre elas a da
construção de um terminal de ônibus
em frente à Catedral Metropolitana. Em
nome da AEAARP, José Aníbal, o enge-
nheiro Can�dio Maganini e o arquiteto
e urbanista Jorge de Azevedo Pires assi-
naram o documento enviado à Comis-
são de Estudos da Câmara Municipal de
Ribeirão Preto apontando questões téc-
nicas que inviabilizam a obra e podem
vir a interferir no patrimônio histórico.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) convidou a AEAARP para o debate sobre acessibilidade, do qual participou o engenheiro civil João Paulo Figueiredo, presidente da entidade
A festa junina da AEAARP reuniu
os associados e seus familiares na
sede da en�dade, resgatando uma
tradição e promovendo a amizade,
e também foram realizados Happy
Hours que reuniram dezenas de
associados na sede, com o obje�vo
de congregar os profissionais.
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Revista Painel
Insvtucional
A AEAARP aprofundou a relação ins-
vtucional com os conselhos de classe
– CAU, CREA e CONFEA – e envdades –
FAEASP e UNACEN – fazendo-se repre-
sentar em plenárias e abrindo espaços
em eventos para a exposição de infor-
mações relevantes para os profissionais.
A mobilização dos profissionais,
em eventos técnicos e insvtucionais,
possibilitou resultados para importantes
reuniões, como o Congresso Regional
de Profissionais, realizado pelo CREA-SP
em Ribeirão Preto, que, dentre todos os
eventos realizados no estado em 2013,
recebeu o maior número de propostas.
Todas foram encaminhadas ao VIII
Congresso Estadual de Profissionais.
O presidente do CREA-SP, Francisco Kurimori, reuniu-se com
a diretoria e o conselho da AEAARP na sede da entidade
Além da grande obra que está em
andamento, foram organizados impor-
tantes espaços na sede nos úlvmos dois
anos, como a Sala do Associado, que
permite a engenheiros, arquitetos e
agrônomos fazerem reuniões e encon-
tros de negócios. O uso é gratuito e o
local é totalmente equipado com ferra-
mentas de áudio visual, o que tem pos-
sibilitado qualidade no atendimento de
clientes de dezenas de profissionais.
Mais de mil pessoas parvciparam do bazar da Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais (APAE), que foi realizado em parceria com a
AEAARP no salão de eventos. A envdade apoia também um grupo de
discussões sobre a esclerose múlvpla e outras doenças neurológicas.
Wilson Luiz Laguna, José Aníbal Laguna, governador Geraldo Alkimin, João Paulo Figueiredo e
o deputado Antônio Duarte Nogueira Júnior durante a cerimônia de início das obras do Trevão
A homenagem que o CREA-SP prestou ao ex-governador
Laudo Natel, em São Paulo, teve os engenheiros
Hirilandes Alves e Giulio Roberto Azevedo Prado
13
AEAARP
Rodovia Régis BittencourtDuplicação e dispositivo
de acesso
PCH
Galeria Celular
Blocos
Sede da Sanen Ribeirão Preto - SP
Pisos Intertravados
0800 703 3013www.leaoengenharia.com
0800 703 3013www.leaoengenharia.com
Sede da Sanen - Saubáudia - PRRodovia Castelo Branco
LEÃO ENGENHARIA.Modernizando para continuar
oferecendo qualidade, agilidadee pleno atendimento.
Trevão Via Anhanguera
Concreto
Tubo Circular
PESQUISA
Alunos do curso de Engenharia Quí-
mica da Universidade Federal do Ama-
zonas (Ufam) desenvolveram cimento
a par�r das fibras de curauá que tem
como obje�vo aproveitar os recursos
naturais da Amazônia e diminuir os im-
pactos ambientais resultantes dos pro-
cessos industriais. Os estudantes Hellen
Alexandre, Juliana Souza Pereira, Mar-
cielly Souza de Matos e Yuri Silva Sar-
mento assinam o projeto.
Cimento
Alunos de Engenharia Química da Ufam criaram
um Spo de cimento a parSr das fibras de curauá
Segundo o professor do Departa-
mento de Engenharia Química da Ufam,
Johnson Pontes de Moura, o estudo
evidencia as propriedades e o uso das
fibras de curauá, que é uma planta na�-
va originária da Amazônia e que carrega
em sua folha uma fibra têx�l de nature-
za ligno-celulósica.
“Trata-se de uma bromeliácea, do
�po ananás. O fruto é semelhante, em
aspecto e sabor, ao do abacaxi, sendo
feito de fruto similar
ao abacaxi
mais fibroso, o que o torna impróprio
para o consumo humano, além de apre-
sentar menores dimensões”, explicou. A
fibra apresenta várias mutações natu-
rais. Hoje, são conhecidas cerca de 57
espécies e 300 variedades. Essa planta
é resistente ao clima seco, é cul�vada
em regiões tropicais e subtropicais e seu
plan�o é comum no Nordeste brasileiro.
Fonte: ufam.edu.br
14
Revista Painel
1414141414141414141414
RevRevRevRevRevRevististististististista Pa Pa Pa Pa Pa PPPainainainainainainainelelelelelelel
vazamentosFerramenta para localizarFerramenta para localizar
Pesquisa da USP desenvolve sistema que
confere eficiência ao sistema
ÁGUA
Escola de Engenharia de São Car-Na Escola de Engenharia de São Car-
SC) da USP, pesquisa do enge-los (EESC) da USP, pesquisa do enge-
Narumi Abe propõe uma ferra-nheiro Narumi Abe propõe uma ferra-
de calibração dos modelos dementa de calibração dos modelos de
mas de abastecimento de águasistemas de abastecimento de água
eficiente que os métodos atuais.mais efi ciente que os métodos atuais.
todo híbrido aproxima os valoresO método híbrido aproxima os valores
essões e vazões simuladas comdas pressões e vazões simuladas com
ais ao combinar redes neurais ar-as reais ao combinar redes neurais ar-
com algorívmos genévcos. Ov fi ciais com algorív mos genév cos. O
ma permivu reduzir o tempo desistema permiv u reduzir o tempo de
ação em um setor de fornecimen-calibração em um setor de fornecimen-
Araraquara-SP, de 12 horas parato em Araraquara-SP, de 12 horas para
minutos. A comparação das pressões26 minutos. A comparação das pressões
tas pelo modelo com os dados doprevistas pelo modelo com os dados do
oramento da rede permite locali-monitoramento da rede permite locali-
resolver vazamentos, reduzindo ozar e resolver vazamentos, reduzindo o
dício de água.desperdício de água.
Brasil, o custo da água ainda é“No Brasil, o custo da água ainda é
baixo, fazendo com que existamuito baixo, fazendo com que exista
interesse das companhias depouco interesse das companhias de
saneamento na resolução do problemasaneamento na resolução do problema
zamentos e no tratamento dasdos vazamentos e no tratamento das
residuárias, mas o cenário tendeáguas residuárias, mas o cenário tende
modificar com a atual crise hídri-a se modifi car com a atual crise hídri-
pondera o engenheiro. O trabalhoca”, pondera o engenheiro. O trabalho
orientado pela professora Luisa Fer-foi orientado pela professora Luisa Fer-
Ribeiro Reis, do Departamentonanda Ribeiro Reis, do Departamento
enharia Hidráulica e Saneamen-de Engenharia Hidráulica e Saneamen-
EESC, e teve o auxílio do Depar-to da EESC, e teve o auxílio do Depar-
to Autônomo de Água e Esgotostamento Autônomo de Água e Esgotos
(DAAE) de Araraquara.
De acordo com Abe, os modelos de
sistemas de abastecimento de água
são análogos a sistemas de previsão do
tempo, sendo possível prever as pres-
sões nas tubulações, planejar estraté-
gias de bombeamento para atender
ao consumo de água nos horários de
ponta, calcular o gasto de energia e ou-
tros parâmetros elétricos e esvmar va-
zamentos. “Tais modelos somente são
úteis se suas simulações produzirem re-
sultados realísvcos. A calibração ajusta
os modelos matemávcos para que isso
ocorra ao ovmizar suas diversas variá-
veis internas”, afirma. “O monitoramen-
to remoto da rede em tempo real é fun-
damental para fornecer informações ao
modelo, como níveis dos reservatórios,
vazões e pressões em alguns pontos de
interesse”.
O método de calibração proposto na
pesquisa uvliza técnicas de redes neu-
rais arvficiais, que imitam simplificada-
mente o modo como o cérebro realiza
o aprendizado, combinadas com algo-
ritmos genévcos. “Esses algoritmos
visam procurar as melhores soluções,
baseados na teoria da evolução, eli-
minando as piores e preservando as
melhores para as gerações seguintes,
15
AEAARP
sendo combinadas e ‘selecionadas’ no-
vamente até que a melhor solução seja
encontrada”, explica. “A combinação
não é inédita. A novidade é a u�lização
de técnicas esta�s�cas que auxiliaram
a busca do algoritmo gené�co, evi-
tando as piores soluções, conhecidas
como hipercubo la�no”.
Calibração constanteO método híbrido foi testado em qua-
tro setores de fornecimento (bairros)
no município de Araraquara e apresen-
tou resultados idên�cos ou melhores
aos métodos já consagrados na lite-
ratura cien�fica, mas com diminuição
significa�va no tempo de processamen-
to. “Por exemplo, a calibração no setor
Iguatemi Zona Alta, que antes era feita
em mais de 12 horas, foi finalizada em
26 minutos”, diz. “Em outro setor me-
nor, o novo método proposto calibrou a
rede em 2 minutos e 12 segundos, en-
quanto o método tradicional consumia
2 horas e 37 minutos, no mesmo com-
putador”.
A velocidade no resultado possibilita
que os modelos sejam calibrados cons-
tantemente com as novas informações
ob�das por intermédio do monitora-
mento em tempo real, fazendo com que
as simulações apresentem resultados
muito superiores aos modelos calibra-
dos de forma esporádica. “Os métodos
de calibração tradicionais u�lizam, em
geral, algoritmos gené�cos ou alguma
outra técnica de busca computacional,
como busca harmônica, ou mesmo al-
gum método híbrido já existente”, res-
salta. “A inclusão do hipercubo la�no na
calibração híbrida permi�u que calibra-
ções que antes duravam horas ou dias
fossem concluídas em poucos minutos”.
A resolução de equações hidráulicas
por meio do método, além de fornecer
a es�ma�va da quan�dade de vazamen-
tos, pode auxiliar em sua localização,
por meio da análise da diferença entre
as pressões monitoradas e as pressões
previstas pelo modelo, agilizando a
correção dos vazamentos. “Além disso,
a quan�dade de vazamentos possui
relação direta com as pressões nas tu-
bulações. Com as simulações, o sistema
pode exibir os pontos com altas pres-
sões que necessitam de controle”, ob-
serva. “De posse destas informações, os
tomadores de decisão da companhia de
saneamento podem, por exemplo, ins-
talar válvulas reguladoras de pressões
nestes pontos”.
Segundo o engenheiro, a economia de
água gerada pelo sistema depende mui-
to do setor a ser modelado. Dados do
Sistema Nacional de informações Sobre
Saneamento (SNIS), da Secretaria Nacio-
nal de Saneamento Ambiental, indicam
que as perdas de água por vazamentos
variam entre 30% a 70%. “Estudos in-
dicam que o controle da pressão nos
sistemas de abastecimento é essencial,
pois além de evitar um maior volume de
vazamentos, também evita o número de
rompimentos nas tubulações”, aponta.
“Cabe ressaltar que a água e energia são
relacionados. A redução dos vazamen-
tos implica em economia na energia
devido a diminuição do bombeamento
para adução da água”.
Fonte: Agência USP
18%
Foi o percentual de queda do
desmatamento entre agosto
de 2013 e julho de 2014. Nesse
período foram desmatados
4.848 km² do bioma. No período
a nte r i o r o d e s m ata m e nto
aconteceu em 5.894 km². Esses
dados foram apresentados pelo
Ministério do Meio Ambiente
(MMA) no “Encontro sobre
Florestas, Mudanças Climá�cas e
Desenvolvimento”, que aconteceu
em Londres (Inglaterra). O
encontro fez um balanço dos
progressos nas ações de proteção
e restauração das florestas no
mundo, além de avançar nas
parcerias entre todos os setores.
O Brasil destaca-se pela liderança
no tema, assim como outras
nações que possuem diversidade
em florestas. Comparada à série
histórica, feita a par�r de 1988,
os números representam uma
queda de 83% no desmatamento
e a retomada de uma tendência
de redução.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
INDICADORVERDE
16
Revista Painel
mudar o mundoAs tecnologias que prometem
A revolução tecnológica não para, e a capacidade do homem criar
soluções é infinita. Veja a lista publicada pelo InsStuto de Engenharia
que mostra as tecnologias de maior potencial no mundo
Muitas listas que promevam grandes
revoluções tecnológicas surgiram nos
úlvmos anos, especialmente quando a
velocidade das criações foi acelerada.
Os jornalistas da rede BBC, entretan-
to, classificam como “pífio” o índice de
acertos. O Fórum Econômico Mundial,
uma reunião anual de líderes mundiais,
gosta desse exercício, e reúne todos os
anos 18 especialistas para responder a
esta questão.
A seguir, reproduzimos o exercício
de futurologia feito neste ano de 2015.
TECNOLOGIA
Nesta lista estariam as “dez inovações
que podem mudar nossas vidas, trans-
formar indústrias e proteger o planeta”.
Carros a hidrogênioO Fórum reconhece que estes veículos
são uma promessa de longa data, mas
diz que “só agora a tecnologia parece ter
chegado ao ponto no qual montadoras
planejam incorporá-la em lançamentos
para consumidores”. Carros a hidrogê-
nio têm algumas vantagens em relação
aos atuais modelos, movidos a gasolina,
álcool, diesel ou eletricidade. As células
de combusuvel geram eletricidade di-
retamente, usando combusuveis como
hidrogênio ou gás natural. Esta energia
fica armazenada nas baterias. Isso per-
mite que eles percorram grandes distân-
cias, como veículos movidos a combusu-
vel - o que não ocorre com os modelos
elétricos, que ainda têm autonomia li-
mitada. Carros movidos a hidrogênio ge-
ram menos impacto ao meio ambiente.
A recarga de uma célula de gás de hidro-
gênio comprimido leva apenas cerca de
três minutos. O uso de hidrogênio como
combusuvel não gera monóxido de car-
bono, como ocorre com carros comuns,
mas vapor d’água, o que ajuda a reduzir
a poluição no ar.
Robóvca“Sensores melhores e mais baratos
permitem que robôs sejam capazes de
compreender e responder ao ambiente
em torno dele. Seus ‘corpos’ estão se
tornando mais adaptáveis e flexíveis”,
afirma o Fórum. “E eles estão mais co-
nectados, beneficiando-se da computa-
ção em nuvem para acessar e processar
informações remotamente, em vez de
terem que ser inteiramente programa-
dos para realizar uma tarefa autono-
mamente.” Com isso, os robôs estão
assumindo uma variedade de tarefas,
como um controle preciso de pragas em
plantações e sua colheita ou cuidando
de idosos e pacientes, inclusive na sua
reabilitação psica. Além disso, robôs
menores e mais habilidosos estão não
apenas realizando tarefas repevvvas
em fábricas no lugar das pessoas, mas
também colaborando com humanos em
vez de subsvtuí-los.
Plásvco termorrígidoreciclável
Ao contrário dos termoplásvcos, que
podem ser aquecidos e reaquecidos
para adquirirem diferentes formas e se-
rem reciclados, os plásvcos termorrígi-
dos só podem passar por este processo
uma única vez. Isto confere durabilidade
a este vpo de plásvco, tornando-o uma
parte importante do mundo atual, com
seu uso em celulares, computadores e
aeronaves, mas também faz com que
seja impossível reciclá-los. Em 2014, po-
rém, houve avanços significavvos nesta
área, com a descoberta de uma nova ca-
tegoria reciclável de plásvcos termorrí-
gidos, com o uso de ácido para quebrar
a cadeia de polímeros que os forma e os
reuvlizar na fabricação de novos produ-
tos, mantendo suas caracterísvcas mais
úteis, como a rigidez e a durabilidade.
“Apesar de nenhum processo de re-
ciclagem ser 100% eficiente, esta ino-
vação - se for empregada amplamente
- pode gerar uma grande redução no
lixo descartado”, destaca o Fórum. “Es-
peramos que este novo vpo de plásvco
termorrígido subsvtua o anvgo em cin-
co anos e se torne onipresente em bens
fabricados por volta de 2025.”
Engenharia genévcaagrícola
A engenharia genévca gera uma gran-
de polêmica, mas o Fórum defende que
“novas técnicas permitem ‘editar’ o có-
digo genévco de plantas para torná-las
mais nutrivvas ou resistentes às mu-
danças climávcas”. Atualmente, a enge-
nharia genévca de culvvos agrícolas de-
pende de bactérias para transferir uma
parte de DNA para outro genoma, algo
que já foi comprovado ser tão arriscado
(ou seguro, de acordo com o ponto de
vista) quanto realizar esta transferência
por cruzamento de espécies.
“No entanto, técnicas mais precisas
de edição genévca foram desenvolvidas
nos úlvmos anos”, afirma o Fórum. Elas
conferem às plantas maior resistência a
pragas e insetos, reduzindo a necessida-
de de uso de pesvcidas, e aumentam a
sustentabilidade de culvvos ao reduzir
a necessidade de água e fervlizantes.
“Muitas destas inovações serão parvcu-
larmente benéficas para agricultores de Contamos com suacolaboração!
Destine16% dovalorda ARTpara aAEAARP
(Associação deEngenharia, Arquitetura
e Agronomia deRibeirão Preto)
Agora você escreve o nome
da entidade e destina parte do
valor arrecadado pelo CREA-SP
diretamente para a sua entidade
18
Revista Painel
pequeno porte de países em desenvol-
vimento. Assim, a engenharia gené�ca
pode se tornar menos controversa, à
medida que seu beneycio seja reconhe-
cido para aumentar a renda e melhorar
a dieta de milhões de pessoas.”
Manufatura adi�va(impressão 3D)
Hoje, a fabricação de produtos come-
ça por um grande pedaço de determi-
nado material, como madeira, metal ou
rocha, e passa pela remoção de cama-
das até a�ngir a forma desejada. Por sua
vez, a manufatura adi�va - também co-
nhecida como impressão 3D - parte do
zero e aplica camadas do material até
a�ngir a forma final, usando um modelo
digital como guia. “Produtos fabricados
assim podem ser altamente personaliza-
dos para cada usuário, ao contrário de
produtos feitos com processos de fabri-
cação em massa”, esclarece o Fórum.
Além disso, usando células humanas
como material básico, esta técnica per-
mite criar tecidos orgânicos que podem
ser usados no teste de segurança de me-
dicamentos, além de transplantes.
“Um próximo estágio importante da
manufatura adi�va seria fabricar desta
forma componentes eletrônicos, como
placas de circuitos”, destaca o Fórum.
“Esta ainda é uma tecnologia nascente,
mas deve se expandir rapidamente na
próxima década com oportunidades e
inovações que a aproximarão do merca-
do de massa.”
Inteligência ar�ficialHoje, esta tecnologia faz com que uma
máquina reconheça um ambiente a sua
volta e reaja a ele. “Mas estamos dando
um passo à frente com máquinas capa-
zes de aprender autonomamente ao as-
similar grandes volumes de informação”,
diz o Fórum. “Assim como os novos ro-
bôs, esta inteligência ar�ficial nascente
levará a um aumento significa�vo de
produ�vidade. Máquinas com acesso rá-
pido a uma imensa fonte de dados pode-
rão responder a situações sem cometer
erros com base em emoções, como no
caso de diagnós�co de doenças.”
O Fórum reconhece que esta tecno-
logia tem riscos atrelados a ela, como
máquinas superinteligentes que um dia
poderiam suplantar a humanidade. “Es-
pecialistas levam este receio cada vez
mais a sério, mas, por outro lado, isso
pode tornar ainda mais evidente a im-
portância de atributos essencialmente
humanos, como cria�vidade e relações
interpessoais.”
Manufatura descentralizadaEste �po de fabricação de produtos
muda completamente a noção que te-
mos hoje da manufatura. Em vez de
reunir todo o material necessário para
fazer um produto em um único - e
enorme - local e depois distribuí-lo ao
público, a manufatura descentraliza-
da distribui a fabricação de diferentes
partes do produto por diversos locais.
E o produto final acaba sendo monta-
do muito próximo de onde consumidor
está. “Na prá�ca, isso subs�tui a cadeia
de fornecedores de materiais pela in-
formação digital. Em vez de fazer uma
cadeira em uma fábrica central, fábricas
menores e locais recebem instruções de
como fazer suas peças, que podem ser
montadas pelo próprio consumidor ou
em oficinas”, esclarece o Fórum.
“Isso permite usar recursos de forma
mais eficiente, com menos desperdício,
diminuindo o impacto ambiental. Tam-
bém reduz a barreira de entrada para
novas empresas num mercado ao di-
minuir a quan�dade de dinheiro neces-
sário para criar um protó�po e fabricar
produtos.” O fórum defende que esta
nova técnica de fabricação mudará o
mercado de trabalho e a economia da
manufatura, mas também apresenta
riscos, por ser mais diycil de regular.
“Nem tudo poderá ser feito desta for-
ma. Cadeias de produção ainda serão
necessárias para bens de consumo mais
importantes e complexos.”
Drones inteligentesDrones são usados amplamente nos
dias de hoje, na agricultura, no cinema
e em outras aplicações que requerem
uma vigilância aérea ampla e barata.
“Mas, até agora, eles têm pilotos huma-
nos, que os controlam a par�r do solo”,
explica o fórum. “O próximo passo é
desenvolver máquinas que voam por
conta própria, o que permite uma sé-
rie de novos usos.” Para isso, os drones
precisam ser capazes de usar sensores
para reagir ao ambiente a sua volta,
mudando sua trajetória e altura de voo
para evitar colisões com outros objetos
em seu caminho.
Isso permi�rá que estes robôs assu-
mam tarefas perigosas para humanos,
como manutenção de redes elétricas.
Ou realizar entregas de medicamentos
urgentes mais rapidamente. Na agricul-
tura, poderiam auxiliar no uso mais pre-
ciso de fer�lizantes e água ao analisar
plantações desde o ar.
“Com esta tecnologia, os drones po-
derão voar de forma mais próxima a hu-
manos e em cidades”, destaca o fórum.
“Mas, para serem amplamente usados,
TECNOLOGIA
19
AEAARP
eles terão que se provarem capazes de
voar em meio às mais dipceis situações,
como em tempestades de areia e nevas-
cas. Quando isso ocorrer, eles nos tor-
narão imensamente mais produvvos.”
Tecnologia neuromórficaCienvstas trabalham na criação de
chips neuromórficos, que simulam a
arquitetura cerebral e aumentam ex-
ponencialmente a capacidade de um
computador processar informações e
reagir. “Uma limitação da transferência
de dados entre uma memória e um pro-
cessador central é que isso usa grandes
quanvdades de energia e gera muito ca-
lor”, afirma o Fórum. “Chips neuromór-
ficos são mais eficientes neste aspecto
e mais poderosos, funcionando como
uma rede de neurônios.”
O Fórum acredita que esta tecnologia,
em estágio de protóvpo em empresas
como a IBM, é a próxima etapa da com-
putação de ponta e permivrá um proces-
samento de dados mais ágil e potente,
abrindo caminho para máquinas apren-
derem por conta própria. “Computado-
res serão capazes de antecipar e apren-
der, em vez de apenas reagir de acordo
com a forma como foram programados.”
Genoma digitalO primeiro sequenciamento do geno-
ma humano levou muitos anos e con-
sumiu bilhões de dólares, mas hoje isso
pode ser feito em minutos por algumas
centenas de dólares. “Essa habilidade
de desvendar nossa genévca individu-
al promete levar a uma revolução, com
serviços de saúde mais personalizados e
efevvos”, defende o fórum.
Isso porque muitos dos males que en-
frentamos derivam de um componen-
te genévco. Com esta digitalização do
DNA, um médico poderia, por exemplo,
tratar um câncer de acordo com a com-
posição genévca do tumor. O Fórum
ressalta, no entanto, que, assim como
toda informação pessoal, será necessá-
rio proteger o genoma de uma pessoa
por movvos de privacidade.
Fonte: InsStuto de Engenharia
20
Revista Painel
Resíduosde esgoto
Pesquisadores de São Carlos-SP demonstraram a viabilidade
da uSlização da areia resultante do processo de tratamento
em algumas aplicações para a formação do cimento
MEIO AMBIENTE
Resíduos gerados no processo de tra-
tamento do esgoto têm como desvno
final o aterro sanitário. Pelo menos por
enquanto. Pesquisa da Escola de Enge-
nharia de São Carlos (EESC) da USP de-
monstra o potencial de reúso e de apro-
veitamento desses resíduos como fonte
de energia. Durante o trabalho foram
avaliados os aproveitamentos de três
diferentes vpos de resíduos removidos
no tratamento preliminar dos esgotos:
óleos e graxas, rejeitos removidos no
gradeamento e areia. Além da geração
de energia pela queima de rejeitos or-
gânicos e produção de biogás, resíduos
de areia podem ser usados na constru-
ção civil. Os resultados do trabalho são
apresentados na tese de doutorado de
Nayara Bavsta Borges do Programa de
Pós-Graduação em Engenharia Hidráu-
lica e Saneamento do Departamento de
Hidráulica e Saneamento (SHS) da EESC.
A disposição em aterros sanitários
gera um alto custo, que pode compro-
meter até 50% do gasto operacional de
uma Estação de Tratamento de Esgoto
(ETE). Como referência para a pesquisa,
foi escolhida a ETE Monjolinho em São
Carlos-SP, que tem capacidade de aten-
der 258 mil habitantes e possui siste-
ma preliminar desvnado à remoção de
rejeitos pelas etapas de gradeamento
(fino e grosseiro) e desarenador —equi-
pamento que tem a função de realizar
a separação psica, por diferença de gra-
vidade, e ao mesmo tempo decantar os
21
AEAARP
sólidos de maior tamanho. O processo
é semelhante ao u�lizado pela Ambient
em Ribeirão Preto.
Os detritos removidos nas unidades
de gradeamento grosseiro e fino foram
separados e agrupados de acordo com
a �pologia de matéria orgânica sujeita
à decomposição como restos de ali-
mentos, animais, fios de cabelo, galhos
e folhas além de plás�cos, papéis, te-
cidos, pedras e outros. Posteriormen-
te, avaliou-se o potencial energé�co
desses resíduos mediante realização
da análise do poder calorífico, que é
a quan�dade de energia por unidade
de massa (ou de volume, no caso dos
gases) liberada na oxidação de um de-
terminado combus�vel.
No total, após o processo de secagem
em uma estufa do �po agrícola, a quei-
ma dos rejeitos captados nas duas uni-
dades de gradeamento geraram 1.094
KWh de energia, o que corresponde à
economia de R$ 437,70, e considerando
os R$ 18,70 de despesa com o transpor-
te e disposição das cinzas, obteve-se o
lucro de R$ 419,00.
Geração de energiaOs custos referem-se apenas aos gas-
tos operacionais. Os pesquisadores não
analisaram os cálculos de implantação e
manutenção do incinerador. Nayara des-
taca que a geração de energia u�lizando
os restos removidos nos gradeamentos
de apenas uma estação de tratamento
de esgoto não seria rentável, tendo em
vista sua baixa produção e o elevado
custo de implantação de equipamen-
tos para esse fim. Uma possível solução
para viabilizar a queima dos detritos se-
ria enviá-los às centrais de geração de
energia de resíduos sólidos urbanos.
Verificou-se também o elevado po-
tencial de aproveitamento da sobra de
areia, removida dos desarenadores,
como agregado miúdo na incorpora-
ção de argamassas para reves�mento
e preparação de concreto não estrutu-
ral, desde que seja subme�da ao pro-
cedimento de limpeza e secagem. “Ao
aproveitar a areia removida, além de
diminuir danos ambientais por sua dis-
posição inadequada, pode-se reduzir
impactos decorrentes da extração des-
se material em rios a ser des�nado para
a construção civil”, explicou Nayara.
Nessas condições, foi comprovada a
viabilidade técnica e econômica de u�-
lização da areia residual, pois ela apre-
sentou menores custos: um total de R$
3.530,43 em comparação à disposição
em aterro sanitário, que gera o custo de
R$ 4 mil. “Essa diferença pode ser ainda
mais significa�va para ETEs de grande
porte. Portanto, sob o ponto de vista
econômico, é mais vantajoso aproveitar
a areia do que dispô-la em aterros sani-
tários”, afirmou.
Nayara ainda obteve resultados a
par�r da gordura removida dos desa-
renadores. O trabalho demonstrou que
a degradação do material reduz cargas
orgânicas, além de gerar biogás durante
o processo anaeróbio (na ausência de
oxigênio), que pode ser consumido na
própria estação. Avaliou-se também a
potencialidade de produzir biocombus-
�vel, porém os resultados dessa avalia-
ção demonstraram que há dificuldades
técnicas e baixa potencialidade de re-
torno econômico.
A pesquisa resultou em um dos ob-
je�vos previstos da Polí�ca Nacional
de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010),
que visa incen�var o desenvolvimento
de sistemas de gestão ambiental e em-
presarial voltados para a melhoria dos
processos produ�vos e ao reaproveita-
mento dos resíduos sólidos, incluindo a
recuperação e o aproveitamento ener-
gé�co. Também atendeu o ar�go 9 des-
ta lei, que estabelece que todos os re-
síduos sejam reaproveitados e tratados,
e somente os rejeitos desses processos
sejam dispostos em aterros sanitários.
A pesquisa foi orientada pelo professor
José Roberto Campos, da EESC, e teve
a colaboração do professor Javier Maza-
riegos Pablos e dos técnicos do Labora-
tório de Construção Civil do Ins�tuto de
Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP,
em São Carlos.
Fonte: Agência USP
22
Revista Painel
TECNOLOGIA
sem cabosEmpresa alemã criou um projeto de elevador que funciona
com levitação magnéSca, dispensando cabos de aço
Elevador
O projeto da empresa alemã
Thyssenkrupp reduz em até 50% o
espaço ocupado pelos elevadores nos
ediycios. Os equipamentos dispensam
cabos de aço, movimentam-se com
levitação magné�ca e podem se
deslocar tanto no plano ver�cal quanto
horizontal. Para a fabricante, o sistema
poderá representar uma revolução para
a mobilidade urbana e para a indústria
de construção. O uso de elevadores
com cabos foi inventado há 160 anos.
A história da humanidade atribui a
Marcos Vitrúvio Polião, que era enge-
nheiro e arquiteto, a criação do pri-
meiro elevador, em Roma, no século
I a.C. O equipamento dedicava-se ao
transporte vertical de carga por meio
de um sistema de roldanas movidas
por força humana, animal ou água.
O dispositivo de segurança acionado
quando os cabos se rompem surgiu
em 1853 e o primeiro modelo elérico
surgiu em 1880.
LevitaçãoA nova tecnologia foi denominada
Mul� e promete aumentar a capacida-
de e a eficiência de transporte, ao mes-
mo tempo em que reduz a área dos ele-
vadores e as cargas de pico da fonte de
alimentação dos ediycios. A presença
de várias cabines no mesmo poço, que
se movimentam em sen�do ver�cal,
permi�rá que os ediycios adotem dife-
rentes alturas, formatos e finalidades.
O fabricante garante que o design
23
AEAARP
do sistema é capaz de incorporar várias
cabines de elevadores autopropulsadas
no mesmo poço, girando em círculos, o
que aumenta a capacidade de transpor-
te em 50%. O design dos ediycios não
será mais limitado pela altura ou pelo
alinhamento ver�cal dos poços de ele-
vadores. Isso gera possibilidades que
pareciam impossíveis aos arquitetos e
desenvolvedores de ediycios.
“À medida que a natureza das cons-
O Homem Vitruviano e a arquitetura
Marcos Vitrúvio Polião é considerado uma dos primeiros teóricos da
arquitetura. Foi inspirado no conceito descrito por ele que Leonardo
da Vinci compôs o desenho que se tornou célebre e leva o seu nome.
truções de ediycios evolui, é necessá-
rio adaptar os sistemas de elevadores
para melhor atender às necessidades
dos ediycios e o grande volume de pas-
sageiros”, afirmou Andreas Schieren-
beck, diretor geral da ThyssenKrupp. A
empresa publicou na internet um vídeo
que demonstra o funcionamento desta
tecnologia, veja no portal da AEAARP.
Fonte: arquitetura.com.br
Esquema mostra funcionamento do elevador sem cabos
“Homem Vitruviano”, de Leonardo da
Vinci, é possivelmente o desenho mais
conhecido no mundo
24
Revista Painel
Graduada em administração de empre-
sas e contabilidade, a diretora da Associa-
ção Nacional dos Execu�vos de Adminis-
tração, Finanças e Contabilidade Glades
Chuery ministrou palestra na AEAARP so-
bre o tema “Perícia Judicial: da formação
à prá�ca”. O engenheiro civil Luis Antonio
Baga�n, diretor financeiro da AEAARP,
iniciou o encontro explicando que não
precisa ser engenheiro de segurança no
trabalho, por exemplo, para fazer perícia
judicial e que qualquer profissional gra-
duado (seja ele contabilista, engenheiro,
arquiteto etc.) pode prestar esse �po de
serviço, desde que esteja devidamente
habilitado pelo órgão de classe.
Perícia judicial é o mecanismo u�liza-
do pelo juiz para obter os subsídios ne-
cessários para a solução de um li�gio.
Assim, é contratado um profissional –
perito – com conhecimentos técnicos so-
bre a situação li�giosa e que, através de
procedimentos técnicos e cien�ficos, vai
apresentar laudo ou parecer pericial que
será entregue para o juiz. Já o processo
li�gioso é aquilo que está sendo mo�vo
do desacordo entre as partes. “A perícia
é a principal ferramenta para a tomada
de decisão do juiz”, ressalta Glades.
Diagnos�cada a situação li�giosa, o juiz
nomeia o perito que vai elaborar o lau-
do técnico. Com base nesse laudo, assis-
tentes técnicos contratados pelas partes
envolvidas (requerente e requerido) re-
digem parecer técnico concordando ou
não com a perícia. Glades explica que a
profissão do perito é regulamentada pelo
Código de Processo Civil, por meio do ar-
�go 145, e garante que “é um profissional
muito procurado e escasso no mercado”.
O processo judicial, criado em decor-
rência de um li�gio, acontece em diversas
varas: municipais, estaduais e federais.
“Eu atuo na vara federal, onde os proces-
sos são mais rápidos e os pagamentos
dos peritos também”. Glades orienta que
para ter destaque na carreira de perito
é preciso inves�r no networking. “É im-
portante o relacionamento próximo com
juízes da sua área de atuação, par�cipa-
ção em associações, encontros e eventos
técnicos em geral, além de se relacionar
com todas as varas de sua cidade”. Se-
gundo a palestrante, a perícia na área
da engenharia, arquitetura e agronomia
está em grande expansão.
judicialEm palestra na AEAARP, Glades Chuery expôs os conceitos da perícia
judicial, apresentando os requisitos que devem ser atendidos para
que os profissionais da área técnica desempenhem a aSvidade
Perícia
No caso dos engenheiros, o Ins�tu-
to Brasileiro de Avaliações e Perícias
de Engenharia de São Paulo (IBAPE-SP)
ins�tuiu diretrizes básicas, conceitos,
terminologia, critérios e procedimentos
rela�vos às perícias de engenharia, cuja
realização é de responsabilidade exclusi-
va dos profissionais legalmente habilita-
dos pelos Conselhos Regionais de Enge-
nharia, Arquitetura e Agronomia (CREAs),
de acordo com a Lei Federal 5.194/1966
e resoluções do Conselho Federal de En-
genharia e Agronomia (Confea).
Quanto ao valor dos honorários pe-
riciais cobrado pelos engenheiros, o
IBAPE-SP divulgou tabela com valores,
que está disponível no atalho hzp://bit.
ly/1AoVAVd. Porém, na AEAARP existe
uma tabela própria com os honorários
pra�cados em Ribeirão Preto.
Tipos de perícias
▪ A área de perícias em engenharia tem em seu histórico casos de grande
diversidade, como desvio de verbas em obras públicas, avaliações de
imóveis urbanos e rurais, avaliação de máquinas e equipamentos, aci-
dentes aéreos e até mesmo análises em obras de arte.
▪ O arquiteto tem como habilitação pra�camente a mesma do engenhei-
ro civil, sendo comum o arquiteto realizar perícias de danos constru�-
vos, avaliações de imóveis e perícias ambientais.
▪ O agrônomo pode realizar vistorias e diligências com inves�gação de
causas e conclusões técnicas, além de executar o exame local de pro-
blemas agronômicos (agrícolas, florestais e pecuários).
PALESTRA TÉCNICA
25
AEAARP
CREA-SP
A ART de cargo e função
Resolução1025/2009
O desempenho de cargo ou função
técnica, por nomeação ocupação ou
contrato de trabalho, tanto com pes-
soa jurídica de direito público quanto
de direito privado, obriga a Anotação
de Responsabilidade Técnica (ART) no
CREA em cuja jurisdição for exercida a
a�vidade. Quando houver alteração do
cargo, da função ou da circunscrição
onde for exercida a a�vidade, obriga ao
registro de nova ART.
O cargo técnico é a ocupação ins�tu-
ída na estrutura organizacional da pes-
soa jurídica, com denominação própria,
atribuições e responsabilidades espe-
cíficas e remuneração corresponden-
te, para ser provida e exercida por um
�tular com formação profissional. Já a
função técnica é a atribuição ou o con-
junto de atribuições que a pessoa jurí-
dica confere, individualmente, a deter-
minado profissional para a execução de
a�vidades para cujo desenvolvimento
seja necessário conhecimento técnico.
A diferença entre cargo e função é
que o cargo é a posição que uma pes-
soa ocupa dentro de uma estrutura or-
ganizacional e função é o conjunto de
tarefas e responsabilidades que podem
corresponder ou não a um cargo. Não
há cargo sem função, muito embora
haja função sem cargo. O profissional
poderá registrar na mesma ART, simul-
taneamente, as a�vidades técnicas de
desempenho de cargo e de função téc-
nica, de acordo com seu vínculo.
A ART rela�va ao desempenho de car-
go ou função deve ser registrada após
assinatura do contrato ou publicação
do ato administra�vo de nomeação ou
designação, de acordo com as informa-
ções constantes do documento com-
probatório de vínculo do profissional
com a pessoa jurídica contratante.
O registro da ART de cargo ou função
de profissional integrante do quadro
técnico da pessoa jurídica não exime
o registro de ART de execução de obra
ou prestação de serviço – específica ou
múl�pla. O registro da ART de cargo ou
função somente será efe�vado após a
apresentação no CREA da comprovação
do vínculo contratual.
O vínculo entre o profissional e a pes-
soa jurídica pode ser comprovado por
meio de contrato de trabalho anotado
na Carteira de Trabalho e Previdência
Social (CTPS), contrato de prestação
de serviço, livro ou ficha de registro de
empregado, contrato social, ata de as-
sembléia ou ato administra�vo de no-
meação ou designação do qual constem
a indicação do cargo ou função técnica,
o início e a descrição das a�vidades a
serem desenvolvidas pelo profissional.
Compete ao profissional cadastrar
a ART de cargo ou função no sistema
eletrônico e à pessoa jurídica efetuar o
recolhimento do valor rela�vo ao regis-
tro no CREA da circunscrição onde for
exercida a a�vidade.
Fonte: CREA-SP revistapainel
ANUNCIENA
PAINEL
16 | 2102.1719angela@aeaarp.org.br
26
Revista Painel
NOTAS E CURSOS
A cidade de Portland (EUA) instalou um
sistema que capta energia hidroelétrica
da água que corre pelo sistema hidráulico
da cidade. A água corrente gira pequenas
turbinas colocadas dentro dos encanamen-
tos, produzindo energia que é enviada e
armazenada em um gerador. O presidente
da startup que criou o sistema conta que
pelo fato de o equipamento estar instala-
do dentro dos canos, nenhuma espécie é
ameaçada, o que contribui pra a geração
de energia sem impacto ambiental. As
Cidade gera energia com turbinas instaladas no encanamento
CAU/BR disponibiliza o Guia do RRT, que reúne
orientações sobre as mudanças na emissão do Registro
de Responsabilidade Técnica (RRT), para download
gratuito. Determinadas pela Resolução CAU/BR Nº
91, as mudanças servem para evitar o uso indevido de
formulários de RRT não pagos e sem validade jurídica.
O SICCAU disponibilizará três �pos de formulários: Ras-
cunho, que corresponde a um formulário preenchido
sem numeração e com tarja indica�va que cons�tui
mera minuta para correções; Documento Final, que
contém informações e dados defini�vos sobre a obra
ou serviço a ser executado, com geração de boleto para
recolhimento da taxa em até cinco dias úteis; e o RRT,
que comprovará o pagamento da taxa. O Guia do RRT
está disponível em hzp://migre.me/oY20a.
Fonte: au.pini.com.br
Novas regras para emissão do RRT
O Veduca, plataforma que oferece gratuitamente videoaulas de grandes centros de estudo
do mundo, disponibiliza 51 cursos relacionados à engenharia. Os conteúdos são ministrados
por docentes da Universidade Yale, USP, MIT, Universidade da Califórnia em Berkeley, entre
outras. A maioria dos vídeos conta com legendas em português. Para acessá-los, basta fazer
um cadastro breve na plataforma. Alguns temas oferecidos na plataforma são circuitos ele-
trônicos, métodos matemá�cos para engenheiros e introdução à robó�ca. A lista completa
está disponível no site veduca.com.br.
Fonte: InsStuto de Engenharia
51 cursos online e gratuitos de engenharia
O Salariômetro, ferramenta criada
pela Fundação Ins�tuto de Pesqui-
sas Econômicas (Fipe), aponta que
o Rio de Janeiro é o estado com o
maior salário médio de admissão
de arquitetos de edificações do
Brasil, com valor de R$ 7.220. A
menor média registrada foi a do
Piauí, com R$ 1.566. Disponível para
acesso gratuito no site da Fipe, o
sistema reúne informações sobre as
remunerações médias de todas as
profissões da Classificação Brasileira
de Ocupações (CBO). Atualmente, a
ferramenta considera as contrata-
ções realizadas entre julho e dezem-
bro de 2014, com informações do
Ministério do Trabalho e Emprego. A
ferramenta está disponível no atalho
hzp://migre.me/oY2v5.
Fonte: au.pini.com.br
Ferramenta da Fipe
mostra média salarial
de arquitetos
pequenas turbinas geram apenas a ener-
gia que é u�lizada na usina de tratamento
de água de Portland, barateando o custo
final da água para o consumidor. Apesar
de a energia gerada pelo sistema não ser
suficiente para atender uma cidade inteira,
os canos podem gerar energia para prédios
como escolas e bibliotecas. E, ao contrário
da energia solar ou eólica, o sistema pode
gerar eletricidade em qualquer horário
ou clima.
Fonte: INFO.abril.com.bri
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