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PERNAMBUCO
INFORMATIVO TRIMESTRAL . AD Diper - Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco
NÚMERO 01 . ANO 1 . AGOSTO . 2014
Investimentos previstos por Setor de Atividade e por Região de Desenvolvimento
Geração de empregos prevista em todo o Estado
Demandas na indústria por matéria-prima e por qualifi cação profi ssional
INFORMATIVO PANORAMA PERNAMBUCOPublicação Trimestral da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco AD DIPER.Tiragem: 2.000 exemplares
Governador do Estado de PernambucoJOÃO LYRA NETO
Secretário de Desenvolvimento EconômicoMÁRCIO STEFANNI MONTEIRO MORAIS
Diretor Presidente da AD DiperJENNER GUIMARÃES DO RÊGO
Área responsável:DIRETORIA DE SUPORTE ESTRATÉGICO DA AD DIPER
Edição:ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA AD DIPER
Diagramação:CLICK COMUNICAÇÃO E DESIGN
Av. Conselheiro Rosa e Silva, 347 - Recife - PE - Brasil - CEP 52.020-220
3 EDITORIAL4 RESULTADOS DA ECONOMIA Prodepe 2007-2013 e Análise 20145 INVESTIMENTOS PREVISTOS Regiões de Desenvolvimento6 EMPREGOS PREVISTOS Setor de Atividade7 EMPREGOS PREVISTOS Regiões de Desenvolvimento7 EMPREGOS PREVISTOS Setor de Atividade9 DEMANDA POR MÃO DE OBRA 10 DEMANDA POR MATÉRIA-PRIMA11 ARTIGO A conjuntura econômica pernambucana no início de 2014
Índice
Em janeiro deste ano, ao retornar à Agência de De-senvolvimento Econômico de Pernambuco, encontrei um Estado em ritmo mais veloz. Inúmeros empreendimentos implantados e em fase de implantação e mais de 500 mil oportunidades de trabalho geradas para os pernambuca-nos. Esse resultado é fruto de um trabalho iniciado ainda em 2007, quando, através de um planejamento estratégico bem definido, o Governo de Pernambuco decidiu interio-rizar os investimentos que chegavam ao Estado através da estruturação e da definição de áreas para novos distritos/polos industriais e da adequação da política de incentivos fiscais por meio do Programa de Desenvolvimento de Per-nambuco, o Prodepe. Hoje o que vemos são grandes em-presas como Fiat, Mondelez, BR Foods, Nissin Ajinomoto e Vivix funcionando além da Região Metropolitana.
Que nossa economia é destaque nacional, não se pode negar, mas o que poderíamos fazer agora para captar investimentos de uma forma mais direcionada e despertar as empresas locais para esse crescimento? Como trazer empresas de fora para completar cadeias e arranjos pro-dutivos e como inserir as empresas pernambucanas nesse ciclo de desenvolvimento? Uma das iniciativas necessárias seria retomar a divulgação ao público das informações de ordem econômica que são geradas aqui na Agência, para fomentar o desenvolvimento através do que chamamos “inteligência empresarial”. Para isso – e dentre outras ações de âmbito interno - criamos o Panorama Pernambu-co. Com um novo nome e um novo formato, a publicação que sucede o extinto Sinal Econômico chega mais moder-na e dinâmica, com conteúdo direcionado para suprir a demanda de informações para adensar as cadeias produ-tivas já existentes e fortalecer as empresas pernambuca-nas no intuito torná-las mais competitivas.
A partir do Panorama Pernambuco, detalharemos investimentos, demandas de matéria prima e de mão de obra que serão apresentados, sempre trimestralmente, a cada encontro do Conselho Estadual de Políticas Indus-
trial, Comercial e de Serviços (Condic). As informações serão destrinchadas por setor de atividade e por Região de Desenvolvimento do Estado, propiciando um cenário mais claro sobre a forma como os investimentos estão se sedimentando.
Através dessas informações, poderemos projetar o crescimento da demanda por produtos, serviços e per-fis de mão de obra que serão demandados pelo mercado, permitindo-nos montar estratégias mais adequadas para captação de novos investimentos, estimular o empreen-dedorismo local e estabelecer prioridades nas grades curriculares das escolas técnicas e cursos profissionali-zantes.
Embora tenhamos consciência de que essas in-formações não esgotam e nem definem as condições futuras do mercado, temos conosco a certeza de que cer-tamente contribuirão para ajudar as empresas pernam-bucanas a aproveitarem essas oportunidades, agregando valor aos seus respectivos produtos e serviços, podendo, assim, habilitarem-se como fornecedoras ou integrantes das cadeias de suprimento das indústrias em geral.
A cada edição, além do levantamento desses dados econômicos o Panorama Pernambuco trará, como desfecho, um artigo de especialistas na economia per-nambucana. Este primeiro ficou a cargo do economista e professor, Écio Costa, a quem agradecemos pela brilhante contribuição.
Diante disto, é com grande alegria e entusias-mo que convido a todos para apreciarem esta primeira edição, que se apresenta aberta a novas contribuições e ideias que possam ajudar na árdua tarefa de promover o crescimento social e econômico equilibrado entre as di-versas regiões de desenvolvimento de Pernambuco, para que tenhamos, no futuro, um estado cada vez mais forte e socialmente justo. Uma ótima leitura e bons negócios!
3PANORAMA PERNAMBUCO nº1 - Agosto de 2014
EditorialPor Jenner Guimarães,diretor presidente da AD Diper
Resultados da economiapernambucana em 2014
4 PANORAMA PERNAMBUCO nº1 - Agosto de 2014
Balanço Industrial entre 2007 - 2013
O primeiro trimestre de 2014 foi positivo para a economia pernambucana. O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado cresceu 5,2% nesse mesmo período, 3,3 pontos percentuais a mais em comparação com o Brasil, cuja taxa foi de 1,9%. Em valores correntes, o PIB trimestral do Esta-do, a preços de mercado, foi estimado em R$ 31,8 bilhões. Impulsionados pelo Programa de Desenvolvimento do Es-tado de Pernambuco (Prodepe), os números da indústria seguiram o mesmo ritmo de crescimento obtido no PIB, na casa dos 5,0%.
O resultado do primeiro trimestre para a economia de Pernambuco apontou ainda para um forte desempenho da indústria de transformação (7,8%), refletindo o dina-
De 2007 a 2013, o Prodepe contabilizou 714 projetos industriais para o Estado, com estimativa de geração de 68.750 vagas de emprego. Os investimentos nesse período chegaram à casa dos R$ 18,5 bilhões e fo-ram distribuídos por todas as regiões de desenvolvimen-to. Em 2013, das 65 empresas aprovadas pelo programa, 33 optaram por implantação ou ampliação das plantas em municípios do interior, quase 51% do total, enquanto a Região Metropolitana do Recife (RMR) abrigou os de-mais projetos.
A quantidade de investimento também trilhou o mesmo caminho para longe do litoral nesse ano: R$ 529 milhões foram para o interior e os outros R$ 516 milhões ficaram na RMR. Vale ressaltar que, em 2007, o número referente aos investimentos para o interior representou 2,4% do total, e chegou a 52,2% em 2013, ratificando
o processo de interiorização do desenvolvimento econô-mico previsto no foco prioritário da atual gestão do Go-verno de Pernambuco.
mismo no setor de alimentos, impactado pela fabricação de derivados do setor sucroalcooleiro, principalmente, pela produção de açúcar e pelo aumento da taxa de outros equipamentos de transportes.
Destaque ainda para os avanços nos setores de bebidas e metalurgia. A construção civil e os serviços de utilidade pública também apresentaram variações posi-tivas de 1,2% e 3,1%, respectivamente. A produção in-dustrial pernambucana apresentou crescimento de 12,5% em março de 2014, na comparação com o mesmo mês de 2013. A principal influência observada foi da fabricação de produtos alimentícios (42,7%), de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (IBGE).
Fonte: Condepe/Fidem
RMRZona da MataAgresteSertão
Empregos gerados - 2007 a 2013
RMRZona da MataAgresteSertão
Investimentos Prodepe - 2007 a 2013
Fonte: AD Diper
51%
19%
7%
23%
72%15%
4%9%
Fonte: AD Diper
2007200820092010201120122013
Quantidade
RMR Interior
Ano
Subtotal
Total
41644769719032
9362955538533
Investimentos (R$)
RMR Interior1,09bi
1,04bi
526mi
895mi
6,10bi
3,09bi
516mi
27,31,38bi
512mi
940mi
7331,05bi
569mi
1.0847.7313.4744.7765.6378.5912.608
Empregos (vagas)
RMR Interior3.8285.4846.7854.9165.5396.3771.920
414 300 13.276bi 5.219bi 33.901
68.750 vagasR$ 18,4 bilhões714 projetos industriais
34.849
5PANORAMA PERNAMBUCO nº1 - Agosto de 2014
Na primeira reunião de 2014 - realizada no início de maio, na sede da Agência de Desenvolvimento Econô-mico de Pernambuco (AD Diper) - o Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) apro-vou 27 projetos de implantação ou ampliação de indús-trias. No total, os investimentos no âmbito do Prodepe são da ordem dos R$ 221,1 milhões, gerando oportunidades de emprego a 1.171 pessoas.
Quanto ao destino dos projetos aprovados, há li-geira convergência para a Região Metropolitana do Reci-fe (RMR), que contemplou 16 projetos, e 11 foram para o interior. Apesar da minoria no que diz respeito à divisão espacial, no quesito investimentos a maior parte segue Estado adentro: 73,9% para os municípios interioranos e 26,1% são para a RMR, respectivamente R$ 163,4 milhões e R$ 57,7 milhões. Além da RMR, outras cinco Regiões de
Desenvolvimento (RD) de Pernambuco foram contempla-das no 85º encontro do Condic, sendo elas o Agreste Me-ridional, o Agreste Central, o Agreste Setentrional, a Mata Norte e a Mata Sul, ratificando o processo de interiorização objetivada nas diretrizes estratégicas desde 2007.
Os investimentos no interior foram puxados pelo setor industrial de Vitória de Santo Antão, Mata Sul do Es-tado, com três projetos aprovados ao valor de quase R$ 120,4 milhões. O destaque é para o projeto de ampliação da Mondelez Brasil Norte Nordeste Ltda, orçado em R$ 78,8 milhões para produção de um novo bombom reche-ado e que vai gerar 163 empregos. A implantação da Qui-micraft Nordeste soma mais R$ 40,1 milhões ao distrito vitoriense, que englobou 54% dos projetos aprovados. Os 19,9% restantes estão divididos entre as demais RDs, com destaque para o Agreste Setentrional, com 17%.
1 Região Metropolitana do Recife2 Zona da Mata Norte3 Zona da Mata Sul4 Agreste Central5 Agreste Meridional6 Agreste Setentrional7 Sertão do Moxotó8 Sertão do Pajeú9 Sertão Central10 Sertão do Itaparica11 Sertão do Araripe12 Sertão do São Francisco
1
2
3
6
5
4
7
8
9
10
11
12
Investimentosprevistos
Por Região de Desenvolvimento
54%Mata Sul
Investimento por RD PercentualRegião de Desenvolvimento
26%Região Metropolitana17%Agreste Setentrional1%Mata Norte1%Agreste Central1%Agreste Meridional
R$ 120.358.422,61R$ 57.736.772,20R$ 37.736.772,20R$ 2.097.700,00R$ 1.915.000,00R$ 1.640.000,00
Fonte: AD Diper
AgroindústriaPlásticoMetalmecânicaMóveisTêxtilBebidasMineral não-metálicoProdutos químicos
43%22%17%10%4%2%1%1%
PercentualInvestimento por setor
Numa análise setorial, observa-se que a Agroin-dústria – setor responsável pela transformação de maté-rias primas vindas da agropecuária em produtos com valor agregado - dominou os investimentos, totalizando seis empreendimentos com um valor próximo de R$ 96,1 mi-lhões, 43% do total. O setor de Plástico ficou em segundo, com R$ 48,9 milhões e também seis empresas. O destaque é para a Quimicraft Nordeste Indústria Química Ltda, cujo investimento é de R$ 40,2 milhões para implantação de uma fábrica em Vitória de Santo Antão para produção de acrílico e outros compostos.
O setor de Metalmecânica é o terceiro em investi-mento, com R$ 32,2 milhões, sendo a Watercut Indústria e Comércio de Peças a responsável por metade desse mon-tante: são R$ 15 milhões na instalação de uma planta em Moreno. Já o setor de Móveis e o setor Têxtil, juntos, so-mam 14% do total, R$ 21,5 milhões do primeiro e R$ 10,0
milhões do segundo. Fecham o quadro o setor de Bebidas, o de Mineral não-metálico e o de Produtos Químicos, com R$ 7,5 milhões agregados.
6 PANORAMA PERNAMBUCO nº1 - Agosto de 2014
InvestimentosprevistosPor Setor de Atividade
AgroindústriaPlásticoMetalmecânicaMóveisTêxtilBebidasMineral não-metálicoProdutos químicos
96.086.122,6148.885.856,0037.239.196,2021.466.720,0010.000.000,00
4.130.000,001.750.000,001.640.000,00
Investimento (R$)Setor
Fonte: AD Diper
Fonte: AD Diper
7PANORAMA PERNAMBUCO nº1 - Agosto de 2014
Quando o tema é a geração de empregos, mais uma vez o interior de Pernambuco ficou com a maior parte prevista: 64% contra 36% da Região Metropolitana. Ou seja, do total de 1.171 vagas, 752 são para Agreste, Zona da Mata e Sertão, e 419 para o Recife e vizinhos.
O destaque é para o Agreste Setentrional, que contabilizou 41% do total, disponibilizando 480 postos de trabalho aos seus cidadãos. Só a Umaflex Indústria e Comércio, do setor de móveis, deve abrir 250 vagas no município de Feira Nova, distante 73 km da capital.
A Mata Sul é a responsável pela segunda maior parcela da demanda por mão-de-obra, cerca de 15% dos empregos previstos. Dos três projetos aprovados para a re-gião, a ampliação da Mondelez Brasil Norte Nordeste Ltda é a maior geradora de empregos, com 163 oportunidades.
1 Região Metropolitana do Recife2 Zona da Mata Norte3 Zona da Mata Sul4 Agreste Central5 Agreste Meridional6 Agreste Setentrional7 Sertão do Moxotó8 Sertão do Pajeú9 Sertão Central10 Sertão do Itaparica11 Sertão do Araripe12 Sertão do São Francisco
1
2
3
6
5
4
7
8
9
10
11
12
Empregosprevistos
Por Região de Desenvolvimento
3331028-2
Região MetropolitanaMata NorteMata SulAgreste SetentrionalAgreste CentralAgreste Meridional
Qtd. Total EspecializadaRegião de Desenvolvimento
419481794801233
Região MetropolitanaMata NorteMata SulAgreste SetentrionalAgreste CentralAgreste Meridional
PercentualRegião de Desenvolvimento
36%4%
15%41%
1%3%
Fonte: AD Diper
Fonte: AD Diper
AgroindústriaMóveisMetalmecânicaPlásticoTêxtilProdutos QuímicosBebidasMineral não-metálico
437289145144
80332815
QuantidadeSetor
AgroindústriaMóveisMetalmecânicaPlásticoTêxtilProdutos QuímicosBebidasMineral não-metálico
39%25%13%13%
7%3%3%1%
PercentualEmpregos por setor
Um recorte setorial dos empregos gerados aponta para um fortalecimento da Agroindústria no Estado. Do to-tal previsto, 39% das vagas são para o setor agroindustrial, deixando o setor de móveis em segundo lugar, com 25%. Já o setor de metalmecânica e o de plástico empatam na terceira posição, com 13%, e o têxtil vem em quarto, com 7%.
Entre os cargos que exigem uma mão de obra qualificada, 15 tipos de técnicos serão solicitados pelas empresas. A maior demanda é pelo técnico em mecânica, com 16 postos, seguida pelos técnicos em montagem de colchões e em móveis, cada um demandando 10 profissio-nais. Destacam-se ainda as oportunidades para técnico em química e técnico em elétrica, com respectivamente oito e sete oportunidades.
8 PANORAMA PERNAMBUCO nº1 - Agosto de 2014
EmpregosprevistosPor Setor de Atividade
Fonte: AD Diper
Fonte: AD Diper
Demanda por mão de obra
Técnico em AdministraçãoTécnico em AlimentosTécnico em ElétricaTécnico em EletroeletrônicaTécnico em EletromecânicaTécnico em EletrônicaTécnico em EletrotécnicaTécnico em LogísticaTécnico em MecânicaTécnico em Montagem de ColchõesTécnico em Montagem de MóveisTécnico em QuímicaTécnico em Segurança do TrabalhoTécnico InstrumentistaTécnico Têxtil
44713215
161010
8221
Mão de obra especializada requerida Quantidade
Técnico em AdministraçãoTécnico em AlimentosTécnico em ElétricaTécnico em EletroeletrônicaTécnico em EletromecânicaTécnico em EletrônicaTécnico em EletrotécnicaTécnico em LogísticaTécnico em MecânicaTécnico em Montagem de ColchõesTécnico em Montagem de MóveisTécnico em QuímicaTécnico em Segurança do TrabalhoTécnico InstrumentistaTécnico Têxtil
Mão de obra especializada requerida
05 15 20
9PANORAMA PERNAMBUCO nº1 - Agosto de 2014
Fonte: AD Diper
Fonte: AD Diper
1010 10
Demanda por Matéria Prima
Os novos projetos aprovados no Prodepe de-mandam, além de mão de obra, exatamente 68 tipos de matéria prima nos períodos de instalação e/ou amplia-ção, e depois no período de produção, o que pode ser uma oportunidade para atuação de outras empresas. A GM Construções Metálicas LTDA, que vai se implantar em Santa Cruz do Capibaribe, vai buscar no mercado 12,3 mil toneladas de chapas PET, fabricadas com matérias-primas recicláveis de fácil processamento e boa resis-tência; além de cinco toneladas de composto natural e deslizante, chapa em aço e de compensado.
O milho também é outro insumo fortemente demandado nessa leva do Prodepe, basicamente pela Cristal Master Indústria e Comércio Ltda. Ao todo, são 18 mil toneladas da matéria prima, que, junto dos 95 mil kg de algodão e 56 mil kg de açúcar, podem estimular a agroindústria e o setor de alimentos, que será beneficia-do também pela demanda por quase mil toneladas de proteína texturizada de soja.
A sílica é outro material altamente requisitado, algo perto de 5 mil toneladas demandadas pela Tecsil Indústria e Comércio de Produtos Químicos Ltda para produção da sílica beneficiada. O produto é basicamen-te um elemento químico do Silício (dióxido de silício - SiO2), um material essencial na indústria de vidro, cerâ-micas e refratários, usada como constituinte de materiais de construção, como dessecante, e como componentes óticos. É aproveitada ainda em diversos setores de pro-dução, como agricultura, construção civil e na produção de metal.
10 PANORAMA PERNAMBUCO nº1 - Agosto de 2014
Demanda por matéria prima
• AÇO • AÇO CARBONO• AÇO FERRAMENTA• AÇO INOX• ACRILATO DE BUTILA• ACRILATO DE ETILA• AÇÚCAR CRISTAL• AÇÚCAR REFINADO GRANULADO• ÁLCOOL NEUTRO 40%• ALGODÃO• ALGODÃO COTONIFICADO• ALUMÍNIO• BAMBU• BARRA EM AÇO• BLEND OLD EIGHT
123.618 Kg30.000 Kg
8.000 Kg50.000 Kg
120.000 Kg53.000 Kg56.126 Kg
600 Kg586 L
28.000 Kg67.000 Kg
8.135 Kg9.374.000 Kg
41.000 Kg1.005 L
8.500 Kg3.600.000 Kg1.200.000 Kg2.520.000 Kg3.600.000 Kg
16.000 Kg12.300.000 Kg
120.000 L5.000 Kg5.000 Kg37.917 L
10.000 Kg80.000 Kg44.000 m2
68.000 Kg104 Kg
6.810 Kg1.267 Kg
1.140.000 Kg14.942 Kg
1.500 m105.517 Kg
12.301 Kg202 Kg189 Kg
200.000 L322.154 Kg
208 L9.237 Kg
467 Kg50.000 Kg54.611 Kg
18.000.000 Kg3.000 m
14.000 cento81.000 Kg
1.000.000 L28.000 Kg50.000 Kg
6.666 Kg61.353 Kg17.000 Kg
9.000 Kg3.750 Kg
170.000 Kg1.069.950 Kg
40.630 Kg25.000 Kg
5.000.000 Kg83.000 Kg35.000 Kg50.000 m
25.000 Kg
• BOBINA DE POLIETILENO• BOBINA GALVALUME• BOBINA GALVALUME PRÉ PINTADA• BOBINA LQ ATÉ 2,65 MM• CANJICÃO• CHAPA EM AÇO• CHAPA PET• CHAPAS DE COMPENSADO• COMPOSTO NATURAL• DESLIZANTE• DESTILADO ALCOÓLICO SIMPLES• DIÓXIDO DE TITÂNIO• DOLOMITA• ESPUMA• ESTIRENO• EXTRATO DE CARVALHO• FARINHA DE TRIGO• FÉCULA DE MANDIOCA MODIFICADA• GORDURA• GORDURA VEGETAL HIDROGENADA LÍQUIDA• GRANITO• HIGH-MALTOSE• LEITE EM PÓ DESNATADO• LÚPULO AMARGO• MADEIRA• MADEIRA DE PINUS• MALTE• MALTE WHISKY• MASSA DE CACAU INTEGRAL• MASTER• MASTERBATCH SEMI-ELABORADO• MISTURA DE COMPOSTOS (PLÁSTICO)• MILHO• NAPA• PARAFUSOS• PERFIL EM AÇO• PINUS• POLIESTER• POLIETILENO• POLIETILENO BAIXA DENSIDADE• POLIPROPILENO• POLIPROPILENO BIORIENTADO TRANSPARENTE• POLIPROPILENO BIORIENTADO METAL• PROTEÍNA CONCENTRADA DE SORO DE LEITE• PROTEÍNA DE SOJA TEXTURIZADA
CARAMELIZADA• PROTEÍNA TEXTURIZADA DE SOJA• RESINA• RESINA ACRÍLICA• SÍLICA• SODA CÁUSTICA• SULFATO DE ALUMÍNIO• TECIDO• TUBOS DE AÇO
Fonte: AD Diper
11PANORAMA PERNAMBUCO nº1 - Agosto de 2014
O dinamismo atual da economia pernambucana e sua inserção internacional parecem não tornar a econo-mia estadual mais suscetível às oscilações da economia mundial. Com sucessivas e altas taxas de crescimento do Produto Interno Bruto(PIB) nos últimos anos, comum cres-cimento verificado para o primeiro trimestre de 2014 em 5,2% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o Estado de Pernambuco tem se descolado das fracas taxas de crescimento da economia nacional e parece também não sofrer diretamente da desaceleração dela.
O destaque veio da indústria de transformação, com crescimento de 7,8% neste primeiro trimestre, im-portante setor para a Economia Pernambucana para a formação do PIB, bem como para a geração de empregos e renda, representando um continuado dinamismo da transformação industrial que o Estado vem passando nos últimos anos. Desta forma, o Estado de Pernambuco tem se sobressaído na análise regional do crescimento eco-nômico brasileiro, sendo o principal polo econômico do Norte-Nordeste em atração de investimentos. O cresci-mento do Estado pode ser visto, principalmente, em toda a Região Metropolitana do Recife (RMR) bem como nas Matas Sul e Norte do Estado. Menção importante deve ser dada ao crescimento neste início de 2014 para os in-vestimentos feitos, também, no Agreste, principalmente o Agreste Setentrional. Estes investimentos em regiões interioranas são de fundamental importância para a redu-ção do déficit de desenvolvimento existente entre a RMR e a Zona da Mata com o interior do Estado.
A diversificação produtiva também tem sido for-
* Ph.D. em Economia pela University of Georgia; Professor Associado de Economia no Departamento de Economia e Pós-graduação em Economia (PIMES) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Autor de mais de 50 artigos científicos e livros na área de economia; Consultor de empresas pela Cedes Consultoria e Planejamento; Já atuou como consultor junto ao Sebrae, Banco do Nor-deste (BNB), BNDES, Fiepe, Faepe, ABF, Associação Brasileira dos Criadores de Camarão, Câmara de Comércio Brasil-Portugal, e diversas empresas do setor privado; Assessor Econômico-Financeiro de diversas empresas do setor privado; Colunista na Rádio JC News na Coluna JC News Economia e Negócios.
temente incentivada na Economia Pernambucana, onde houve merecido destaque em investimentos para os setores Agroindustrial, de Plásticos e Metal-Mecânico no início deste ano. Além da recuperação da Agricultura no primeiro trimestre, por conta das incidências pluvio-métricas terem se ampliado, a Agroindústria, voltada ao setor alimentício, obteve maiores investimentos para o período. A continuidade no desenvolvimento da Indús-tria Plástica vem se repercutindo pela entrada de novos players no mercado ou pela ampliação de inversões das indústrias já existentes. Novos investimentos na indústria metal-mecânica expandem a necessidade de implanta-ção de siderúrgicas no Estado, possibilitando um adensa-mento ainda maior desta cadeia produtiva.
Por fim, vale a pena ressaltar que os novos in-vestimentos vindos para o Estado, tanto na RMR e Zona da Mata, quanto no Agreste, neste início de 2014, requi-sitaram uma mão-de-obra pouco especializada, em sua grande maioria, facilitando a absorção de trabalhadores dos próprios municípios onde estes investimentos estão acontecendo, dispensando a importação de mão-de-obra de outros estados, ou mesmo de outros municípios, e re-duzindo o desemprego local. Há um merecido destaque para a evolução da demanda por mão-de-obra no Agreste com os investimentos que estão se implantando por lá, chegando a 45% da geração de demanda por mão-de-o-bra de novos investimentos incentivados pelo Prodepe neste início de 2014. Uma realidade como esta é de fun-damental importância, também, para a geração de renda, diminuindo a concentração desta na RMR e na Zona da Mata.
A conjuntura econômica pernambucana no início de 2014
ArtigoPor Écio de Farias Costa*
1 2 3Os outros, você vai descobrir
quando chegar aqui.
Um dos estadosque mais cresce e gera
empregos no Brasil
Em 2012, o PIB pernambucano tevecrescimento de 2,3% enquanto o brasileirocresceu apenas 9,0%. E, entre 2007 e 2013
foram criados mais de 500 mil novosempregos em todas as regiões do Estado.
Dez motivospara investir em
Pernambuco
Localizaçãoestratégica
Um dos principais pontosde distribuição para a América doNorte, Europa, África, Ásia e toda
a Região Nordeste.
Mais investimentosem infraestrutura
A ampliação de serviços como energia elétrica,gás natural e abastecimento de água. Modernizaçãodas estradas, portos e aeroportos. Transnordestina,Transposição do São Francisco, Arco Metropolitano
e grandes obras criando novos polos logísticos.Tudo isso conferiu ao estado a 7ª melhor posiçãoem infraestrutura no ranking da FDI Magazine,Revista do Financial Times entre os estados da
Amédica do Sul em 2014.
5 6 7Melhor portopúblico do País
O Porto de Suape também ganhou,em 2012, a premiação de melhor
infraestrutura portuária pela revistainglesa “The New Economy”.4
Grandes projetosestruturadores
Mais de 50 bilhões de Reais eminvestimentos vieram com a RefinariaAbreu e Lima, Estaleiro Atlântico Sul,
Petroquímica Suape, Estaleiro Promar eos polos automotivo e farmacoquímico.
Educação e qualificaçãoprofissional
Pernambuco vem investindo forteem capacitação profissional e na
infraestrutura acadêmica de excelência.
Inovação, ciênciae tecnologia
Através de pesquisa, desenvolvimento emuita inovação, Pernambuco vem setornando cada vez mais competitivo.
9 10Novo modelode gestão pública
Gestão democrática e regionalizada com focoem resultados. O modelo Pernambucano de
gestão virou referência para todo o Brasil, alémde ter conquistado, em 2012, o prêmio das
Nações Unidas (UNPSA).8Incentivosfiscais
São vários programas oferecendoincentivos fiscais em três esferas:
federal, estadual e municipal.
Mais vantagens
Além de incentivos fiscais, o Governo dePernambuco dá suporte para a realização
de investimentos no Estado: apoio na seleção ecapacitação de mão de obra e no desenvolvimentoda cadeia de fornecedores. E você ainda conta com
uma equipe especializada em promoção deinvestimentos (Invest In Pernambuco).
Acesse e veja porque,quando o assunto é investimento, Pernambuco é o lugar
investinpernambucowww.
.pe.gov.br