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PAULO FREIREEducação para a mudança
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Paulo Freire: Educação para a mudança - Nathan Carvalho Pinheiro 2
PLANO Motivação A proposta
DiálogoTemas geradores
A práticaConteúdo
programático dialógico
Aula dialógica Discussão
dez de 2010
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MOTIVAÇÃO
De onde vem essa proposta?
dez de 2010
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MOTIVAÇÃO Contradição fundamental na sociedade: Relações
de opressão Opressores X Oprimidos Prejudica tanto oprimidos como também opressores
Superação da contradição Deve partir dos oprimidos Não é apenas dar poder aos oprimidos, mas mudar a
estrutura de opressão Do contrário apenas transformamos o oprimido em opressor
Depende de uma práxis revolucionária A práxis do educador deve:
levar os oprimidos a refletirem criticamente sobre sua opressão
Engajá-los na lutaEngajá-los na luta
Práxis
TEORIA PRÁTICA
Conceito marxista que se refere à uma atuação teórica e prática para transformar a realidade. Com isso Marx foge do idealismo e do materialismo ingênuo.
"[...] é ação e reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo“
(Freire em Pedagogia do Oprimido, p.40)
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A PROPOSTA
Educação libertadora? Educação emancipadora? Educação transformadora? Educação problematizadora? Educação
dialógica!
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O DIÁLOGO: A DINÂMICA DA EDUCAÇÃO LIBERTADORA É mais que “uma conversação estabelecida entre duas ou
mais pessoas” (Wikipedia) Encontro de seres humanos mediatizados pelo meio É mais que falar, é práxis
“Existir, humanamente, é pronunciar o mundo, é modificá-lo. O mundo pronunciado, por sua vez, se volta problematizado aos sujeitos pronunciantes, a exigir deles novo pronunciar.” (Pedagogia do Oprimido, p. 90)
Ao dialogar sobre o mundo tomo consciência nele, consciência que me mobiliza a mudá-lo
Não mudo o mundo sozinho. Preciso dialogar com os outros É horizontal: Não há diálogo onde há opressão É a conquista do mundo, não do outro É uma criação conjunta
Não é depósito de idéias de um noutro (monólogo) Não é troca de idéias
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EDUCAÇÃO DIALÓGICA X EDUCAÇÃO BANCÁRIA Nossa educação é bancária
Conteúdos são narrados, não problematizados São colocados como estáticos: Como as coisas são, não como poderiam ser,
ou como poderiam mudar Bom aluno é o que aceita, não o que questiona
Alunos vão recebendo os “depósitos” de conhecimento (memorização) Professor fala, aluno escuta Professor decide, alunos acompanham
O conteúdo, as regras disciplinares Professor sabe, aluno não sabe
Professores e alunos reconhecem isso como razão da existência do professor
Alvo da educação é “a cabeça” do aluno, não a realidade As situações concretas são o fim da educação, não seu meio
Não se pode usar educação bancária para libertar
“[...] se pretendemos a libertação dos homens não podemos começar por aliená-los ou por mantê-los alienados. A libertação autêntica, que é a humanização em processo, não é uma coisa que se deposita nos homens. Não é uma palavra a mais, oca, mitificante. É práxis, que implica a ação e a reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo.” (Pedagogia do Oprimido, p. 77)
Dicotomia
professor aluno
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DIALÓGICO: TEMAS GERADORES Universo temático
“Uma unidade epocal se caracteriza pelo conjunto de idéias, de concepções, esperanças, dúvidas, valores, desafios, em interação dialética com seus contrários, buscando plenitude. A representação concreta de muitas destas idéias, destes valores, destas concepções e esperanças, como também os obstáculos ao ser mais dos homens, constituem os temas da época.Estes, não somente implicam outros que são seus contrários, às vezes antagônicos, mas também indicam tarefas a serem realizadas e cumpridas.” (Pedagogia do Oprimido, p.107)
Temas estão relacionados com problemas da comunidade naquele momento histórico
Podem ser universais ou particulares Temas geradores: temas que possam se desmembrar em
vários outros do universo temáticodez de 2010
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A PRÁTICA
Como operacionalizar idéias tão ousadas?
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A PESQUISA DOS TEMAS GERADORES É dialógica: Parte dos educandos de forma desestruturada, e
é devolvido a eles de forma estruturada e problemática Não é uma pesquisa sobre os educandos, mas uma pesquisa com
esses das representações que eles têm de sua situação concreta Não é uma pesquisa objetiva, uma vez que os temas não têm existência
objetiva, só existem na relação dos sujeitos com os objetos
Já é parte do processo formativo Conscientização dos problemas
Dois processos essenciais:
Abstrato Concreto
Síntese
Análise
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A PESQUISA DOS TEMAS GERADORES1. Primeira aproximação
Primeira reunião Esclarecer proposta Conseguir pessoas da comunidade para participar da
equipe Visitas informais e compreensivas à comunidade
Início da decodificação da realidade codificada Redação de um relatório de achados Reunião de avaliação (na comunidade)
Prosseguimento da decodificação e elaboração de nova síntese
Resultado: levantamento inicial de temas Falta ainda estudar a percepção que os sujeitos têm
desses
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A PESQUISA DOS TEMAS GERADORES1. Primeira aproximação2. Codificação
Codificação de temas escolhidos em equipe. Uma codificação deve: Representar situações conhecidas
É necessário que se identifiquem com a situação
Não podem ser explícitas nem implícitas demais Representem problemas que evoquem outros
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A PESQUISA DOS TEMAS GERADORES1. Primeira aproximação2. Codificação3. Círculos de investigação temática
No máximo 20 pessoasPapel do mediador: auxiliar a decodificação
e problematizarReuniões gravadas e analisadas com
equipe, membros dos círculos e especialistas (sociólogo e psicólogo)
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A PESQUISA DOS TEMAS GERADORES1. Primeira aproximação2. Codificação3. Círculos de investigação temática4. Estudo sistemático interdisciplinar
Listagem de temas implícitos e explícitosEspecialistas em cada tema apresentam
projetos de “redução” Unidades de aprendizagem Acréscimo de temas
Não é negação do diálogo Redação de material de apoio Codificação
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A AULA DIALÓGICA: CÍRCULO DE CULTURA Organizada em círculo de cultura Parte da codificação do tema Essa problematizada, decodificada, em uma dinâmica dialógica
Todos falam Todos se comunicam uns com os outros, não apenas com o educador
(círculo) Não cabe ao educador dizer o que é certo e o que é errado Não impõe a versão científica professoral. Ela é colocada e também
problematizada
“[...] não podemos, a não ser ingenuamente, esperar resultados positivos de um programa, seja educativo num sentido mais técnico ou de ação política, se, desrespeitando a visão particular do mundo que tenha ou esteja tendo o povo, se constitui numa espécie de ‘invasão cultural’, ainda que feita com a melhor das intenções. Mas ‘invasão cultural’ sempre.”
Educadores e educandos se educam mutuamente É feita nova síntese e recodificação em novos contextos
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DISCUSSÃO
À práxis!
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DISCUSSÃO Em que podemos aproveitar essa
proposta na nossa realidade? Em que posso aproveitar essa proposta na minha aula?
Podemos transformar a aula de Cultura e Cidadania em um Círculo de Cultura?
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OBRIGADO!Contato: naasso@gmail.com nathan.pinheiro@ufrgs.brLivros, textos e filmes do Paulo Freire de graça:http://zumbidospalmares-cp.blogspot.com/2010/11/acervo-de-livros-videos-de-audios-do-e.html
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