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Janeiro, 2012
Perspectivas Econômicas
2
Agenda
► Economia Global
Cenário de baixo crescimento mundial, riscos de cauda diminuíram.
► Brasil
Câmbio estável no curto prazo, juros podem cair mais.
Fiscal mais expansionista.
Riscos (Debt Ceiling, eleições na Itália, crescimento na Europa).
Atividade dá sinais de melhora. Recuperação deve continuar a um ritmo moderado.
Inflação acima da meta.
3
PIB mundial (crescimento anual)
Mundo: tendência de crescimento mais baixo
Fonte: Itaú Unibanco e FMI
4,9%
4,5%
5,2%5,4%
2,8%
-0,6%
5,3%
3,9%
2,9% 3,0%
-1%
0%
1%
2%
3%
4%
5%
6%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
3%
5%
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Crescimento melhor no curto prazo, riscos menores
Fonte: Bloomberg e Itaú BBA
PMIs Europa: recuperação em novembro e dezembro
Nível ainda é de recessão e melhora tem que continuar nos próximos meses para ser compatível com nosso cenário de PIB estável já no 1T13.
China: dados de atividade mostram recuperação moderada na margem.
Produção industrial subiu para 10.1% YoY em novembro de 9.6% YoY em outubro;
Ligeira aceleração na margem nos últimos três meses: crescimento médio mensal de 1.0% (média entre maio e agosto: 0.7%).
30
35
40
45
50
55
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65
2007 2008 2009 2010 2011 2012
Indústria Serviços
PMI Global
0,0%
1,5%
3,0%
4,5%
mar-11 dez-11 set-12 jun-13
PIB Global – variação trimestral anualizada
com ajuste sazonal
5
Mundo: o que esperamos no curto prazo?
Fonte: Haver, CEIC, Bloomberg e Itaú BBA
2004-2007 2012 2013 2014
Mundo 5.0 2.9 3.0 3.4
EUA 2.8 2.3 2.0 2.2
Zona do Euro 2.5 -0.4 -0.1 1.1
Japão 1.9 2.0 0.4 0.9
China 12.1 7.7 7.9 7.5
6
100
150
200
250
300
350
400
jan-09 jul-09 jan-10 jul-10 jan-11 jul-11 jan-12 jul-12 jan-13 jul-13
ICI Agrícolas
ICI Metais
ICI Energia
Commodities: nossas expectativas para o curto prazo
Fonte: Itaú Unibanco
Índice Itaú de Commodities
Grãos: quebra de safra nos EUA pressionou as cotações em 2012. Preços devem cair em
2013, devido à recomposição de estoques e normalização da oferta.
Metais básicos: esperamos aumento de preços consistente com nosso cenário de
crescimento global modesto.
7
Commodities estáveis em patamar alto
Fonte: Itaú BBA
Índice Itaú de Commodities
0
50
100
150
200
250
300
350
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
8
Peru México
2012 2013 2012 2013
PIB - % 6.5 6.2 PIB - % 3.8 3.3
PEN / USD (dez) 2.55 2.50 MXN / USD (dez) 12.9 12.0
Taxa de Juros - (dez) - % 4.25 4.25 Taxa de Juros - (dez) - % 4.50 4.50
IPC - % 2.7 3.0 IPC - % 3.8 3.4
Colômbia Chile
2012 2013 2012 2013
PIB - % 3.4 3.5 PIB - % 5.5 4.9
COP / USD (dez) 1767 1800 CLP / USD (dez) 479 460
Taxa de Juros - (dez) - % 4.25 3.75 Taxa de Juros - (dez) - % 5.00 5.00
IPC - % 2.4 2.8 IPC - % 1.6 2.5
Argentina
2012 2013
PIB - % 0.0 2.0
ARS / USD (dez) 4.92 5.9
BADLAR - (dez) - % 15.4 21.0
IPC - % (Estimativas Privadas) 25.0 30.0
América Latina: crescimento robusto em vários países; Argentina pior
Fonte: Itaú BBA
9
América Latina: crescimento decepcionou no Brasil
Expectativa de crescimento real do PIB (%) em 2012
1
2
3
4
5
6
dez-09 mar-10 jun-10 set-10 dez-10 mar-11 jun-11 set-11 dez-11 mar-12 jun-12 set-12 dez-12
Brasil México Colômbia ChileBrasil Colômbia
Fonte: Itaú BBA
10
O que esperamos para o Brasil no curto prazo
Fonte: Itaú BBA e BCB
2012 2013 2014
Atividade econômica
PIB % 0.9 3.2 4.0
Inflação
IPCA % 5.8 5.6 6.0
Política monetária
Taxa SELIC % 7.25 6.25 6.25
Fiscal
Superávit primário 2.4 2.1 1.1
Balança de pagamentos
Câmbio (dez) 2.08 2.15 2.15
Conta corrente -2.3 -2.4 -2.2
Commodities * (dez, var. anual) 8% 1% 3%
* Índice Itaú de Commodities, em dólares
11
Decepção com PIB em 2012, retomada moderada em 2013
Fonte: BCB e Itaú BBA
Variação do PIB ante o trimestre anterior (com ajuste sazonal)
2,1%1,8%
1,5% 1,6%
-3,9%
-1,6%
1,5%
2,6% 2,7%
2,0%
1,2%1,0% 1,0%
0,7%0,5%
0,1%0,1% 0,1%0,2%
0,6%0,7% 0,9% 0,9% 0,9% 0,9%
-5%
-4%
-3%
-2%
-1%
0%
1%
2%
3%
4%
5%
200
7 T
4
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1
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8 T
2
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8 T
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2011 T
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1
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2 T
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2 T
4
201
3 T
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2013 T
2
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3 T
3
201
3 T
4
12Fonte: FGV, IBGE e Itaú Unibanco
Atividade: sinais de retomada
Vendas no varejo
MM3M, crescimento anualizadoProdução industrial
variação anual
10,6%
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
2007 2008 2009 2010 2011 2012
-20%
-15%
-10%
-5%
0%
5%
10%
2009 2010 2011 2012
13
Investimento ainda não reagiu
-20%
-15%
-10%
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
65
75
85
95
105
115
125
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Confiança da Indústria (FGV) FBKF (Ano/Ano - direita)
Confiança da indústria vs. formação bruta de capital fixo
Fonte: FGV e Itaú Unibanco
14
Mercado de trabalho continua apertado
Fonte: IBGE e Itaú Unibanco
Taxa de desemprego
%, com ajuste sazonal
Salário médio real
índice com ajuste sazonal(2003=100)
4
5
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8
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2007 2008 2009 2010 2011 2012
90
95
100
105
110
115
2007 2008 2009 2010 2011 2012
15Fonte: Bloomberg e Itaú Unibanco
Inflação em um novo patamar
IPCA – núcleo
Inflação acumulada em 12 meses
Componentes do IPCA
Inflação acumulada em 12 meses
4,7%
8,2%
0%
1%
2%
3%
4%
5%
6%
7%
8%
9%
10%
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Transacionáveis Não transacionáveis
5,7%
4,5%4,4%
5,7%
2%
3%
4%
5%
6%
7%
8%
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
16
Inflação pressionada no 1T13, mas recua a partir do 3T13
6,22%
4,92%
5,84%
6,32%6,39%
6,09%
5,64%
4,5%
4,7%
4,9%
5,1%
5,3%
5,5%
5,7%
5,9%
6,1%
6,3%
6,5%
0,00%
0,15%
0,30%
0,45%
0,60%
0,75%
0,90%
jan-12 abr-12 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 jul-13 out-13
Mensal 12 meses (direita)
IPCA – variação %
Fonte: IBGE e Itaú BBA
17
1,65
1,70
1,75
1,80
1,85
1,90
1,95
2,00
2,05
2,10
2,15
jan-12 mar-12 mai-12 jul-12 set-12 nov-12 jan-13
Fonte: BCB e Itaú Unibanco
Taxa de câmbio em uma banda estreita
Variação intradiária da taxa de câmbio
“banda percebida”
Real vs. moedas – Exportadores de commodities*
cesta de moedas = real em out 2009
*México, Chile, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul,
Noruega e Canadá
1,50
1,60
1,70
1,80
1,90
2,00
2,10
2010 2011 2012 2013
Real
Média de moedas -Commodities*
Governo atua para manter o câmbio na “banda” de R$2.00 a R$2.10, mas esperamos que
dólar chegue a R$2.15 até o final do ano.
18
Taxa de juros deve permanecer em patamar baixo
Fonte: Bloomberg e Itaú Unibanco
Taxa Selic
%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
2004 2006 2008 2010 2012
taxa juro real
19
Menor esforço fiscal ao longo do tempo
Fonte: Banco Central, Itaú BBA
Superávit primário estrutural – % PIB
3,5%
4,5%4,5%
4,2%
3,8%
3,4%
2,9%
2,5%
1,1%
2,0%
1,3%
1,0%
0%
1%
2%
3%
4%
5%
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
20Fonte: Itaú BBA, Ministério da Fazenda
Desonerações triplicam em 2013
► Anúncios já feitos (estimativa de renúncia fiscal em 2013):
Redução de IOF para crédito PF R$ 3 bilhões
Desoneração de folha de pagamento R$ 13 bilhões
Zeragem da Cide R$ 5 bilhões
Desonerações de mat. de construção e bens de capital R$ 5 bilhões
Redução de encargos sobre eletricidade R$ 4 bilhões
Desonerações para construção civil (folha, outros) R$ 4 bilhões
Redução de IPI para automóveis, duráveis R$ 2 bilhões
Novas alíquotas (e reforma) de PIS/Cofins R$ 10 bilhões
Isenção de imposto de renda sobre PLR R$ 2 bilhões
► Total estimado (2012): R$ 15 bilhões (0,3% do PIB)
Futuramente: ICMS, outras desonerações de folha
► Total já anunciado (2013): R$ 48 bilhões (1,0% do PIB)
21
Desafios: custos com mão de obra são relativamente elevados
Fonte: U.S. Bureau of Labor Statistics
Custo total por hora trabalhada em 2010 ($) –
setor manufatureiro
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
Brasil Hungria Polônia México Filipinas
Elevação do custo unitário do trabalho em
dólares (2005 – 2010)
22%
-8%
20%
-3%
12%
43%
14%
-2%
5%
4%-5%
37%
-20%
-10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
China Coréia do Sul
Israel México Polônia Brasil
Câmbio real Custos
22Fonte: Heritage Foundation, Agência Internacional de Energia (2011); Elaboração: Itaú Unibanco
34%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Su
écia
Fra
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Ale
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os Á
rab
es
Desafios: carga tributária é alta
Carga tributária - % do PIB
23Fonte: World Economic Forum
Desafios: infraestrutura
Ranking de infraestrutura
Posição no ranking, 2010/2011
1
2
3
45
47
48
51
68
70
84
89
Hong Kong
Singapura
Alemanha
Chile
Rússia
China
Turquia
México
Brasil
Índia
Peru
24
Desafios: menor contribuição do trabalho, é necessário investir mais
Fonte: IBGE, Itaú Unibanco e U.S. Bureau of Labor Statistics
Contribuição decrescente do trabalho
0,0%
0,5%
1,0%
1,5%
2,0%
2,5%
2008 a 2011 2012 a 2015 2016 a 2020
Trabalho Capital Produtividade
Crescimento do PIB
Contribuição da força de trabalho diminui. Crescimento depende de aumentos nos
investimentos e na produtividade.
PIB cresce cerca de 3,5 a 4,0% ao longo da década.
2,7%
0,9%
3,2%
4,0%
0%
1%
2%
3%
4%
5%
6%
7%
8%
2010 2012 2014 2016 2018 2020
25
Desafios: escassez de poupança doméstica
Fonte: IBGE e Itaú Unibanco
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
18%
20%
5% 10% 15% 20% 25% 30%
Pessoas acima de 65 anos (% total)
México
Brasil
Polônia
Itália
EUA
Japão
Colômbia
Ga
sto
s c
om
seg
uri
dad
e s
oc
ial (%
PIB
)
Gastos públicos com seguridade social
26
Desafios: poupança brasileira precisa crescer para permitir aumento do investimento
Poupança Doméstica (% em 2011)
Fonte: FMI e Itaú Unibanco
Taxa de investimento
2423 23
22 22
19
1716
13
1110
54
Ch
ina
Jap
ão
Mé
xic
o
Pe
ru
Ch
ile
Arg
en
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Co
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Ca
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ul
Re
ino
Un
ido
EU
A 15%
16%
17%
18%
19%
20%
21%
22%
2010 2012 2014 2016 2018 2020
27
Conclusão
Cenário de baixo crescimento global, com riscos menores (Debt Ceiling e
Europa).
PIB brasileiro decepcionou em 2012, esperamos retomada moderada em
2013. Mercado de trabalho segue aquecido
Esperamos que o real se mantenha depreciado. Taxas de juros devem
permanecer baixas por período prolongado.
Inflação deve seguir acima da meta.
Menor esforço fiscal.
28
Cenário de longo prazo
Fonte: Itaú Unibanco