Pesquisas domiciliares e a Segurança Alimentar e Nutricional

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Diretoria de Pesquisas Coordenação de Trabalho e Rendimento. Pesquisas domiciliares e a Segurança Alimentar e Nutricional. 1 1 / 11 /200 9. - PowerPoint PPT Presentation

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Pesquisas domiciliares e a

Segurança Alimentar e Nutricional

11/11/2009

Diretoria de PesquisasCoordenação de Trabalho e Rendimento

2

IBGE tem participação no grupo de Indicadores e Monitoramento do Conselho Nacional de Segurança

Alimentar - CONSEADimensões estabelecidas

Direito Humano a Alimentação Adequada

1. Produção de alimentos;

2. Disponibilidade de alimentos;

3. Renda/Acesso e Gasto com alimentos;

4. Acesso à Alimentação Adequada;

5. Saúde e acesso à serviços de saúde;

6. Educação.

3

Exemplo: Indicadores SAN /IBGE/Pesquisas Domiciliares

• Renda/Acesso e Gasto com alimentos :

• % gastos das famílias com alimentação total;• % de Gastos das famílias com alimentação no

domicílio;• % de Gastos das famílias com alimentação fora do

domicílio;• % de aquisição não monetária de alimentos• Índice de Gini da distribuição do rendimento

mensal dos domicílios particulares permanentes, com rendimento;

• Renda domiciliar per capita;• Salário mínimo deflacionado pelo INPC

alimentação e bebidas.

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Métodos de Medida Associados Métodos de Medida Associados às dimensões selecionadasàs dimensões selecionadas

1 - Indicadores Antropométricos

2 - Renda e Gastos no Domicílio

3 - Aquisição Alimentar no Domicílio

4 - Consumo efetivo de Alimentos

5 - Auto-referência/Escala

USDA/Radimer- Cornell-CHIP

IBGE- hojeMétodos 1 a 4 : Pesquisas de Orçamentos Familiares

Método 5 : Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

5

IBGE - Ampla base de dados domiciliar contendo aspectos Nutricionais e Segurança Alimentar

• Pesquisas de Orçamentos Familiares– ENDEF 1974-1975 – Nacional, exceto parte rural – POF 1987-1988– POF 1995-1996– POF 2002-2003 - Nacional– POF 2008-2009 – Nacional

• Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição – 1989 - Nacional

• Pesquisa de Padrões de Vida 1995-1996 (Living Standard – Banco Mundial) – Nordeste e Sudeste

• PNAD 2004 e PNAD 2009 - Nacional

6

ENDEF - Estudo Nacional da Despesa Familiar 1974-1975

Nacional Urbana e Rural, exceto área rural da região Norte

• Consumo efetivo - Consumo em calorias e

nutrientes

• Despesas com alimentação

• Quantidades de alimentos adquiridos

• Dados antropométricos - Peso e Altura

7

POF - Pesquisa de Orçamentos Familiares 1987-1988 / 1995-1996

Regiões Metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre

além de Brasília - DF e o Município de Goiânia

• Despesas com alimentação dentro e fora do

domicílio

• Quantidades de alimentos adquiridos para

alimentação no domicílio

8

POF - Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003

Nacional Urbana e Rural

• Despesas com alimentação dentro e fora do domicílio

• Quantidades de alimentos adquiridos

• Dados antropométricos - Peso e Altura

• Avaliação subjetiva sobre quantidade e qualidade de alimentos

• Informações sobre energia e nutrientes a partir dos das informações de quantidades adquiridas

9

PNAD 2004 e 2009- Suplemento sobre Segurança

Alimentar Nacional Urbana e Rural

• Proporção de pessoas segundo a condição de

segurança alimentar

• Proporção de pessoas classificadas segundo níveis de insegurança alimentar:

- Leve- Moderada- Grave

10

O futuro IBGE está redesenhando as pesquisas domiciliares

Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares

• Será implantado esquema de POFs Contínuas

• Nesse contexto, as investigações relacionadas à nutrição e segurança alimentar serão todas concentradas nas POF’s

• www.ibge.gov.br - projetos e entidades – reformulação das pesquisas domiciliares.

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Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

Segurança Alimentar

12

PESQUISA SUPLEMENTAR SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR

Metodologia adotada na PNAD de 2004 e de 2009.

Inédita em âmbito nacional.

Realizada nas cerca de 139 mil unidades domiciliares

investigadas na PNAD de 2004.

Esta Pesquisa resultou de convênio entre o IBGE e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome - MDS.

Contou com a cooperação técnica de consultoria nacional (UNICAMP) e internacional (México).

Fundamentada em escala de medida direta da segurança alimentar.

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ESTUDOS SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR

ESCALAS DE MEDIDA DE SEGURANÇA ALIMENTAR

Desde a década de 1990 têm sido desenvolvidos, em âmbito internacional (Estados Unidos, Austrália, Canadá, México, etc.), métodos e instrumentos para avaliar a segurança alimentar, com diferentes números de perguntas e que diferem entre si, também, por serem adaptadas às realidades locais.

Muitos deles foram baseados em estudos antropológicos e quantitativos realizados nos Estados Unidos desde a década de 1980.

14

O MÉTODO UTILIZADO NA PNAD

Resultou de metodologia desenvolvida pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos para obter medida direta da segurança alimentar.

Escala foi validada e adaptada, nesta década, para o Brasil em estudos balizados em pesquisas realizadas em 5 cidades do País (Campinas, Manaus, João Pessoa, Brasília e Cuiabá), entre outras iniciativas.

Realizou-se pesquisas com representação mais abrangente em Campinas(2005) e Brasília(2005).

ESTUDOS SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR

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- A Escala Brasileira de Insegurança Alimentar - EBIA.

- A Aplicação da EBIA na PNAD.

- A classificação dos domicílios segundo as categorias:

•Segurança Alimentar;

•Insegurança Alimentar Leve;

•Insegurança Alimentar Moderada;

•Insegurança Alimentar Grave.

Medida direta da Segurança Alimentar Domiciliar

PNAD 2004 e 2009

16

ESCALA BRASILEIRA DE INSEGURANÇA ALIMENTAR EBIA

A EBIA propicia a medida direta da Segurança Alimentar domiciliar, sendo constituída por 15 itens, que originaram

as perguntas da PNAD.

Na concepção da escala, os itens e sua ordenação refletem a expectativa teórica de que o processo de insegurança alimentar é provocado por alguma instabilidade econômica, que:

• Inicialmente, gera a preocupação com a falta de alimentos no futuro próximo.• Esse processo se agrava com o comprometimento da qualidade da dieta. • E se o problema não for resolvido, segue-se uma redução quantitativa na alimentação, primeiro entre os adultos e logo em seguida entre as crianças. Redução que pode ser leve no início do processo, podendo agravar-se levando à fome.

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ESCALA BRASILEIRA DE INSEGURANÇA ALIMENTAR EBIA

Vantagens dessa abordagem:

• É medida direta da Segurança Alimentar.• Possibilita identificar níveis de insegurança

alimentar.• Referencia-se aos domicílios.• É exeqüível e apresenta facilidade de uso.

Limitações:

• É uma medida subjetiva.

• Apresenta dificuldade de comparação entre

culturas diferentes.

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ESCALA BRASILEIRA DE INSEGURANÇA ALIMENTAR EBIA - APLICAÇÃO À PNAD

A EBIA, por meio de seus 15 itens, classifica os

domicílios, em quatro categorias:

– Segurança Alimentar (SA);

– Insegurança Alimentar leve (IA leve);

– Insegurança Alimentar moderada (IA moderada);

– Insegurança Alimentar Grave (IA grave).

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Brasil

Grandes Regiões

Situação do domicílio (urbana/rural)

Unidades da Federação

PNAD 2004

Segurança Alimentar

20

Absolutos %

Total 51,8 milhões 100,0

Com segurança alimentar 33,8 milhões 65,2

Com insegurança alimentar:

Total 18,0 milhões 34,8

Leve 8,3 milhões 16,0

Moderada 6,4 milhões 12,3

Grave 3,3 milhões 6,5

SITUAÇÃO DE SEGURANÇA ALIMENTAR NO BRASIL

PNAD 2004

Domicílios Particulares

21

Absolutos %

Total 181 milhões 100,0

Com segurança alimentar 109 milhões 60,2

Com insegurança alimentar:

Total 72 milhões 39,8

Leve 33 milhões 18,0

Moderada 25 milhões 14,1

Grave 14 milhões 7,7

SITUAÇÃO DE SEGURANÇA ALIMENTAR NO BRASIL

PNAD 2004

Moradores em domicílios particulares

22

Prevalência de situação de segurança alimentar e tipo de insegurança alimentar nos domicílios particulares,

por situação do domicílioPNAD - 2004

65,2

16,012,3

6,5

66,7

15,811,4

6,0

56,5

17,4 17,0

9,0

Total Urbana Rural

Com segurança alimentar Com insegurança alimentar leve

Com insegurança alimentar moderada Com insegurança alimentar grave

%

23

65,2

53,6

46,4

72,976,5

68,8

12,716,2

10,24,7

14,9

19,518,316,0

8,47,3

21,6

17,112,3

3,8 3,5

12,410,96,5

0

20

40

60

80

100

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Segurança alimentar Insegurança alimentar leve

Insegurança alimentar moderada Insegurança alimentar grave

%

Fonte: IBGE, Diretoria de P esquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, P esquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2004.

Prevalência de situação de segurança alimentar e de tipo de insegurança alimentar nos domicílios particulares,

segundo as Grandes Regiões - 2004

24

Brasil

Grandes Regiões

Situação do domicílio (urbana/rural)

Unidades da Federação

POF 2002-2003

25

Gastos no domicílio

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DESPESA ALIMENTARDistribuição das despesas de consumo, por tipos de despesaBrasil-2002-2003

Alimentação20,75%

Habitação35,50%Vestuário

5,68%

Transporte18,44%

Fumo0,70%

Serviços pessoais

1,01%

Higiene e cuidados pessoais

2,17%

Assistência a saúde6,49%

Recreação e cultura2,39%

Despesas diversas

2,79%Educação4,08%

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DESPESA ALIMENTARAlimentação no domicílio e fora do domicílio no Brasil - comparação com o ENDEF

(1) Exclusive a área rural das Regiões Norte e Centro-Oeste

Distribuição percentual da despesa monetária e não monetária média mensal familiar

75,95

9,70

24,05

90,30

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

ENDEF 1974-1975 (1) POF 2002-2003

Alimentação no domicílio Alimentação fora do domicílio

28

Aquisição DomiciliarDespesas com Alimentação no domicílio

Percentual e despesa (monetária e não monetária) média mensal familiar, segundo os grupos de produtos, nas áreas urbana e rural

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

Total geral Urbana Rural

29

Aquisição de Alimentos para consumo no domicílio

> Quantidades consumidas no ano e per capita

> São apresentadas quantidades, em quilogramas, para um conjunto de produtos selecionados

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-Alimentação e bebidas para o domicílio

-Unidade de medida, peso/volume

- Produtos de higiene e limpeza

- Outros (velas, lâmpadas...)

- Combustível de uso Doméstico

Algumas informações pesquisadas

POF3 – Registro diário, durante 7 dias consecutivos

31

32

Quantidade (Kg) adquirida de alimentos para consumo no domicílio, por produtos, segundo os estratos geográficos

2002-2003

0,000

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

35,000

40,000

Produtos

Urbana(*¹)

Brasil

Rural

33

Estado Nutricional e Antropometria

34

Estado Nutricional

1974-1975 1987-1988 1995-1996 2002-2003

Carboidratos 61,66 57,96 57,73 55,90

Açúcar (sacarose) 14,04 13,67 14,16 12,63

Demais carboidratos 47,62 44,29 43,57 43,27

Proteínas 12,57 12,81 13,80 13,58

Animais 6,00 7,05 8,12 7,78

Vegetais 6,57 5,76 5,68 5,80

Lipídios 25,77 29,23 28,46 30,52

Ácidos graxos mono-insaturados 7,44 7,86 7,70 8,05

Ácidos graxos poli-insaturados 7,66 9,53 8,53 8,90

Ácidos graxos saturados 7,47 8,54 8,79 9,62

Fonte: IBGE, Diretoria de P esquisas, Coordenação de Índices de P reços, Estudo Nacional da Despesa Familiar - 1974-1975 e P esquisa de Orçamentos Familiares 1987-1988, 1995-1996 e 2002-2003.

Evolução da participação relativa de macronutrientes no total de calorias determinado pela aquisição alimentar domiciliar nas Regiões Metropolitanas,

Brasília e município de Goiânia, por ano da pesquisa - 1974/2003

MacronutrientesEvolução da participação relativa, por ano da pesquisa (%)

35

Estado Nutricional Tendência secular para menores de 5 anos

OBS : Prevalências ajustadas

36

Endef 1974-5

Estado Nutricional Tendência secular para maiores de 19 anos

37

Avaliação Subjetiva

38

Avaliação da Quantidade de alimentos consumidos - POF 2002-2003

> Reflete percepções da suficiência de quantidades da alimentação familiar.

>As quantidades de alimentos foram avaliadas segundo três possibilidades de respostas: normalmente insuficiente, às vezes insuficiente e sempre suficiente.

39

Proporção de famílias por avaliação da quantidade de alimentos consumidos, segundo a situação de domicílio

Brasil 2002-2003

13,9

32,8

53,3

13,3

31,5

55,2

16,8

40,1 43,1

Normalmente insuficiente Às vezes insuficiente Sempre suficiente

Brasil Urbana Rural

40

POF 2008-2009

Agrega consumo efetivo de alimentos

dentro e fora do domicílio e outros.

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Algumas informações pesquisadas

POF7 – Bloco de consumo Alimentar pessoal (primeira avaliação) – POF 2008-2009

Subamostra da pesquisa 2008-2009 Informantes com 10 anos ou mais Registros feitos pelo próprio informante (cartilha ) Dois dias de registro (não consecutivos) Fonte do alimentos : domicílio ou fora Horário Descrição do alimento, unidade de medida caseira, forma

de preparação

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POF7 – Bloco de consumo Alimentar pessoal (primeira avaliação) – POF 2008-2009

• É preciso saber como o brasileiro se alimenta.

• Conhecer a qualidade da alimentação do brasileiro.

• Estimar o consumo de nutrientes que compõem os diversos alimentos, por exemplo, o ferro, o cálcio, as vitaminas.

• Avaliar a situação de segurança alimentar das famílias.• Relacionar o consumo efetivo com a disponibilidade de

alimentos no domicílio (aquisição)

Motivação para a implementação do projeto :

43

POF7 – Bloco de consumo Alimentar pessoal (primeira avaliação) – POF 2008-2009

C 7h um copo de leite

C 7h uma xícara de café

C 7h uma fatia de pão de forma

C 7h uma ponta de faca de manteiga

Sexta-feira

10/08/07

44

POF7 – Bloco de consumo Alimentar pessoal (primeira avaliação) – POF 2008-2009

45

POF7 – Bloco de consumo Alimentar pessoal (primeira avaliação) – POF 2008-2009

46

POF7 – Bloco de consumo Alimentar pessoal (primeira avaliação) – POF 2008-2009

47

POF7 – Bloco de consumo Alimentar pessoal (primeira avaliação) – POF 2008-2009

Colher de sopa

Colher de sobremesa

Colher de chá

Colher de café

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POF7 – Bloco de consumo Alimentar pessoal (primeira avaliação) – POF 2008-2009

Estratégia de Análise :

Análise Nutricional do consumo individual : cálculo das energias

1. Composição Nutricional: alimentos e suas preparações

2. Medidas Caseiras

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POF7 – Bloco de consumo Alimentar pessoal (primeira avaliação) – POF 2008-2009

Fonte da informação nutricional (com prioridade na ordem que segue):

TACO USDA Rótulo dos Alimentos Naves, M. M. V.; Silva, M. R.; Silva, M. S.; Oliveira, A. G. Culinária Goiana:Valor nutritivo de pratos tradicionais. Goiânia: Kelps, 2004

Composição nutricional :

50

POF7 – Bloco de consumo Alimentar pessoal (primeira avaliação) – POF 2008-2009

51

POF7 – Bloco de consumo Alimentar pessoal (primeira avaliação) – POF 2008-2009

52

POF7 – Bloco de consumo Alimentar pessoal (primeira avaliação) – POF 2008-2009

• Sexo Masculino : 15808 pessoas

• Sexo Feminino : 18395 pessoas

• Total de informantes : 34203 pessoas

• Total de Domicílios na amostra efetiva : 13.651

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Outras informações de interesse para Nutrição

POF 2008-2009

- Aleitamento Materno ( < de 4 anos)- Frequência de alimentação na escola ( < de 10 anos)- Origem dos alimentos que são consumidos na escola ( < 10 de anos)- Tempo em gestação em semanas (antropometria/gestantes)

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Outra representação institucional

55

RIPISA – Rede Interagencial de Pesquisas e Informações de Saúde

• Grupo de morbidade e fatores de risco.

– CTI de Alimentação e Nutrição

– Fontes de dados: POF e PNAD.

56

Obrigado !

marcia.quintslr@ibge.gov.br

andre.martins@ibge.gov.br