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Planejamento e Roteiro

Profa. Renata Gomes

renatafgomes@gmail.com

Formação

• Comunicação e Semiótica

• Cinema e vídeo

• Pesquisa de doutoramento em Games

• CS: Games Grupo de Pesquisa Semióticasobre a Linguagem dos Games da PUC-SP

Roteiro

• Roteiro: o mapa do percurso

• Cinema e roteiro: atividade estabelecida

• Como pensar o roteiro para vídeo em suasdiversas formas?

• Questões de linguagem

• Questões narrativas contemporâneas

Roteiro

• Questões de linguagem: roteirização aposteriori, a partir de imagens gravadas,prevendo a utilização das imagens/sons,dialogando com a linguagem.

• Questões narrativas contemporâneas:causalidade, não/multi-linearidade,causalidade difusa, acaso.

Narrativa: conceitos fundamentais

• Ficção versus não-ficção

• História (story/“estória”) versus enredo

Narrativa: conceitos fundamentais

• Ficção versus não-ficção

Cinemas, Aspirinas e Urubus, 2005

Jogo de Cena, 2007

Históriadimensão espacial

• História: construção cognitiva que envolve acriação de imagens mentais de um mundopovoado por agente individuais(personagens) e objetos.

História dimensão temporal

• Esse mundo deve sofrer mudanças nãototalmente previsíveis, causadas por eventosacidentais ou ações deliberadas de seusagentes.

Históriadimensão causal

• Os eventos devem ter relação causal e devemestar associados a estados mentais (objetivos,planos, emoções). Essa rede de conexões dáaos eventos coerência, motivação,inteligibilidade.

• O Rei morreu e a Rainha morreu !• O Rei morreu e, por isso, a Rainha morreu

de tristeza.

Enredo

• A narrativa em si;

• A forma textual em si da história, da maneiracomo são mostrados os eventos (filme,romance, narrativa interativa, game…)

Enredo versus história

Romeu + Julieta, 1996(de Baz Luhrmann)

Romeu e Julieta, 1936(de George Cuckor)

Romeu e Julieta, 1968(De Franco Zeffirelli)

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

História • Enredo • Linguagem

• A grande questão é: se o remake é “clone” do original -mesmo enredo, mesma história, mesma mise-en-scene,praticamente mesma linguagem - POR QUE OORIGINAL É TÃO MELHOR?!?

Diegético/Mimético

• Diegético: o ato de contar uma história porum narrador. Pressupõe linguagem verbal,oral ou escrita (narrativa oral, literatura,jornalismo);

• Mimético: o ato de “mostrar” uma narrativa,sem um narrador, através de ações diretasdos personangens (artes dramáticas: teatro,cinema, tele-novela...)

Diegético/Mimético

• Elementos diegéticos em narrativasessencialmente miméticas (o narrador vem àfrente do espetáculo): o narrador de um filme;

• Elementos miméticos em narrativasdiegéticas (o narrador “desaparece”):diálogos diretos de personagens emromances.

Tá, mas e daí???

• Pensar narrativa e história é pensar interfaceforma-conteúdo;

• É preciso entender o que diz respeito àforma (narrativa) ou ao conteúdo (história)ou aos dois, se queremos compreender,analisar e produzir roteiros para meioseletrônicos.

Linear ou não, eis a questão

• Jorge Luiz Borges: O jardim das veredas que se

bifurcam (1942)

• Julio Cortázar: O jogo da amarelinha (1963)

Linear ou não, eis a questão

• História e narrativa linear: a maioria dosfilmes canônicos– Começo, meio e fim nesta ordem

– Narrativa “provável e necessária” - ao final,temos a sensação de que as coisas nuncapoderiam ter acontecido de outra forma

– Tudo bem amarradinho, nos mínimos detalhes

Linear ou não, eis a questão

• História linear, narrativa não-linear:– Começo, meio e fim, mas não nesta ordem;

– “Peças” embaralhadas nos deixam tentandofazer as conexões causais

– Problematizam a causalidade - mas no fundo sãotão bem amarradinhas (ou mais!) do que ashistórias lineares.

Linear ou não, eis a questão

• Alain Resnais: Smoking/No Smoking (1994)

• Quentin Tarantino: Pulp Fiction (1994)

• Corra, Lola, Corra (1998)

• Amnésia (2000)

• Babel (2006)

Outras formas não-lineares

• Peter Greenway: Aúltima tempestade (1991)

Peter Greenway: A última tempestade (1991)

Mike Figgis: Time code (2000)

Narrativas digitais interativas

• Hipertexto/hipermídia

• Cd-roms e DVDs interativos

• Games

• Instalações, caves, VRML…

Causalidade Difusa

• Nexos nem tão claros e unívocos entre umcausa e conseqüência

• Foco nos personagens e ambiente e não nacadeia causal;

• Micro-acontecimentos, foco na experiênciaem si mesma (e não em suas conseqüências)

• Filmes contemporâneos: O Céu de Suely (K.Aïnouz); Dez (A. Kiarostami)

Bibliografia

• AARSETH, Espen J. “Nonlinearity and Literary theory”. In:LANDOW, G. (Ed.). Hyper/Text/Theory. Baltimore: JohnsHopkins University, 1994. cap. 2, p. 51-86.

• ARISTÓTELES. A poética clássica: Aristóteles, Horácio,Longino. Tradução direta do grego e do latim: Jaime Bruna. 7ªedição. São Paulo: Cultrix, 1997.

• BORDWELL, David. O cinema clássico hollywoodiano: normas eprincípios narrativos. In Teoria Contemporânea do Cinema:documentário e narratividade ficcional, II: 277-301. São Paulo:SENAC , 2005.

• ECO, Umberto. “Enredo e Casualidade.” A Obra Aberta. SãoPaulo: Perspectiva, 1971.

Profa. Renata Gomes

renatafgomes@gmail.com