Plataformas logisticas

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Plataformas Logísti cas

Plataforma Logística

Zona delimitada no interior da qual vários operadores exercem actividades directamente relacionadas com o transporte, a logística e a distribuição de mercadorias.

A estratégia subjacente ao Programa Portugal Logístico aparenta privilegiar esta visão do conceito de plataforma logística.

Variáveis de Diferenciação

As plataformas logísticas propostas pelo Programa Portugal Logístico não são todas iguais nem apresentam todas o mesmo potencial.

Para além das diferenças em termos de dimensão, layout e áreas funcionais, é sobretudo no seu posicionamento face à envolvente e ao mercado que apresentam maiores diferenças.

Variáveis de Diferenciação

Variáveis principais de diferenciação:

• Proximidade a grandes pólos de geração;• Atracção de tráfego de mercadorias;• Densidade industrial;• Densidade económica e demográfica da região

envolvente

Potencial vs Opções de Desenvolvimento

Plataformas de tipo B

• Estas plataformas inserem-se em territórios densos e dinâmicos do ponto de vista industrial e económico, designadamente nas áreas do Porto e Lisboa;

• Beneficiam da presença de importantes pólos de atracção de tráfego, designadamente os portos de Lisboa e Setúbal e os portos de Leixões e Aveiro;

• A diversidade da oferta de espaços de acolhimento empresarial e a forte presença de operadores logísticos de natureza diversificada justificam a opção por um modelo de desenvolvimento assente na especialização de funções;

• Os impactes são muito significativos a diferentes níveis (reforço da atractividade locativa, re-ordenamento do território, melhoria da eficiência empresarial e ambiental, criação de emprego, etc.)

Potencial vs Opções de Desenvolvimento

Plataformas de tipo C

• Inserem-se em territórios com fraca densidade e dinamismo em termos industriais e económicos; nalguns casos, estes territórios desempenham funções de retaguarda industrial para as regiões espanholas de fronteira;

• Não existem pólos de atracção de tráfego com significado, embora possam corresponder a espaços-canal com intensidades de tráfego consideráveis; contudo, a escassez de operadores logísticos implantados parece evidenciar um posicionamento frágil;

• A reduzida taxa de ocupação e nível de procura dos espaços de acolhimento empresarial parecem justificar a opção por um modelo de desenvolvimento assente num perfil funcional generalista;

• Os impactes expectáveis são difíceis de antecipar: pretende-se, sobretudo, mitigar handicaps locativos através da oferta de boas condições de implantação empresarial a baixo custo para apoiar a criação de emprego e a diversificação da economia local

Síntese – Questões para Debate• As plataformas logísticas são actualmente vistas como uma nova

panaceia para os problemas de desenvolvimento local e regional – serão, de facto, o instrumento infra-estrutural mais adequado para esse efeito?

• Na concepção da Rede Nacional de Plataformas Logísticas predominou uma lógica de equidade no grau de cobertura territorial; contudo, as plataformas logísticas desempenham missões específicas e exigem condições de suporte que estão diferenciadamente distribuídas pelo território nacional;

• O Portugal Logístico está a ser protagonizado pela iniciativa política – os agentes económicos queixam-se de não terem sido consultados ao longo do processo.

Síntese – Questões para Debate• O Portugal Logístico ignora que já existe um sistema logístico no

terreno; desconhece-se a forma como se pretende estimular a relocalização das estruturas existentes e a captação de novas estruturas para as plataformas a criar.

• As plataformas logísticas estão a ser predominantemente encaradas numa perspectiva infra-estrutural, pouco ou nada se conhecendo sobre os modelos de negócio associados, os timings e sobre as próprias condições de viabilidade económicas – os potenciais utilizadores afirmam que sem estes dados é difícil ver nas plataformas logísticas uma alternativa credível.

• O QUE ESPERAR DO PORTUGAL LOGÍSTICO?