Post on 29-Jan-2016
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Português
i. Gramática:
1. Formação de palavras: derivação e composição:
Prefixação Anormal, prever, desfazer
Derivação por Sufixação Velhice, loucura, simplesmente
Prefixação e Sufixação Descontentamento, imperfeitamente
Parassíntese (não é possível omitir um dos afixos: *emagro * magrecer ) *Emagrecer, esclarecer
Morfossíntática ( associação de duas ou mais palavras) Malcriado, relógio de sol
Composição Morfológica ( associação de dois radicais ou de um radical a palavras) Herbívoro – herbi + voro, Neorrealismo- neo + realismo Radical Radical Radical Palavra
2. Polissemia e monossemia:
Palavras polissémicas : tem mais que um significado. Prato ( de uma balança ) Prato ( onde se serve a comida )
Palavras monossémicas : tem so um significado. Biologia , ecografia …
3. Relações semânticas entre as palavras:
De semelhança Sinonímia ( são palavras sinonimas ) Pular/ saltar ; velho / idoso
De oposição Antonímia ( são palavras antónimas ) Belo / feio ; gordo / magro
De hierarquia Hiperonímia/ Hiponímia ( hiperónimo palavra com significado geral; hipónimo
palavra com significado mais restrito ) Legume – alface hipónimos
hiperónimo couve
De parte todo Holonímia / Meronímia ( o holónimo refere o todo; o merónimo refere parte de
um todo) Casa- telhado merónimos
holónimo porta
4. Familia de palavras: conjunto das palavras formadas, por derivação ou por composição a partir do mesmo radical. Água – aguar; desaguar; aguaceiro; aguada; águas-furtadas…
5. Processos irregulares de formação de palavras: Sigla- consiste em reduzir um grupo de letras as suas iniciais. SOS ( save our souls )
Empréstimo- palavra estrangeira adotada por uma língua. Online
Onomatopeia- palavra criada para imitar sonos naturais. Zum-zum ; atchim
Truncação- criação de uma palavra a partir do apagamento de parte da palavra que deriva. Professor -> prof
6. Classes subclasses e de palavras:
Nome
próprio Rita; Cávado; Douro
comum rato; homem; areia
Flexão em género – Masculino e Feminino
Flexão em número- Singular e Plural
Flexão em grau- Normal- dente, boca, porta
Aumentativo – dentuça, bocarra, portão
Diminutivo- dentinho, boquinha, portinha
Adjetivo
qualificativo ( exprime tipicamente uma propriedade do nome ) lindo; bonito; azul
numeral ( expressa a ordem daquilo que é referido pelo nome) primeiro; segundo; terceiro
relacional ( deriva de uma base nominal e pode ser parafraseado pela expressão ‘’relacionado com’’) musical; maternal; aéreos
Flexão em género- Uniformes- têm uma única forma para o masculino e feminino inteligente/ inteligente
Biformes- têm duas formas uma para o masculino e outra para o feminino menina/menino
Flexão em número- Uniformes- têm única forma para o singular e plural reles/ reles ; simples/simples
Biformes- têm duas formas um para o singular outra para o plural lindo/lindos; trabalhador/trabalhadores
Flexão em grau- Grau normal alto
de superioridade mais alto do que/ que
Grau comparativo de igualdade tão alto como/ quanto
de inferioridade menos alto do que/ que
sintético altíssimo
absoluto analítico muito alto
Grau superlativo
relativo de superioridade o mais alto (de X)
de inferioridade o menos alto (de X)
Verbo
transitivo direto (exige um complemento direto) Ele ganhou o jogo.
Verbo transitivo indireto (exige um complemento indireto ou oblíquo) Ele ralhou ao irmão.
principal transitivo direto e indireto ( exige um complemento direto e um indireto ou oblíquo) Ele guardou o dinheiro no bolso.
intransitivo (não exige complementos) Ele espirrou.
Verbo auxiliar
dos tempos compostos ( verbos ter e haver usados para formar tempos compostos) Ele tinha telefonado aos pais.
da passiva ( verbo ser usado para formar frases passivas) Ele é procurado pela polícia.
temporal ( verbo ir e haver que transmitem a ideia que a ação se realiza no futuro) Ele vai participar no concerto.
Verbo copulativo Ser; estar; ficar; parecer; permanecer; continuar; tornar-se; revelar-se
Flexão verbal-
a) Pessoa e número - primeira pessoa do singular ( eu ) ; segunda pessoa do singular ( tu) …
b) Tempos e modos-
Formas finitas
Modos Tempos
Indicativo (o falante expressa a situação como facto real (já ou não caracterizado)
Presente amo
imperfeito amava
perfeito simples amei
Pretérito composto tenho amado
mais-que-perfeito
simples amara
composto tinha amado
Futuro simples amarei
composto terei amado
Condicional ( o falante expressa uma situação como dependente de
uma hipótese ou condição) simples amaria
composto teria amado
Conjuntivo ((o falante expressa a situação como algo irreal,
desejável, duvidoso, ou como um facto)
Presente (que eu) ame
Imperfeito amasse (eu)
Pretérito perfeito composto tenha amado
Futuro mais-que-perfeito
composto tivesse amado
Futuro simples (se eu) amar
composto (se eu, quando eu) tiver amado
Imperativo (o falante expressa a situação como ordem, pedido ou
convite) Presente ama (tu) amai (vós)
Formas não finitas
Infinitivo
pessoal simples amar ( eu
composto (eu) ter amado
impessoal simples amar
composto ter amado
Particípio amado
Gerúndio simples amando
composto tendo amado
O verbo pode ser ainda: Regular- mantem sempre o mesmo radical. ex: canto, cantarei, cantava
Irregular- apresentam alterações no radical. ex: fazia, farei, fizesse
Advérbio negação não
afirmação sim, certamente, efectivamente, realmente…
quantidade de grau muito, pouco, tanto, mais, menos, bastante, demais…
inclusão até, mesmo, também, inclusive…
exclusão só, somente, salvo, exceto, apenas, unicamente…
interrogativo onde, quando, como, porquê…
predicado Integra o predicado desemprenhando diferentes funçoes sintáticas: Modificador- Amanhã, a Ana entra de férias (valor de tempo- agora, ainda, antes, cedo, hoje, já, logo…) Complemento oblíquo- Ela vem cá. (valor de lugar- abaixo, acima, adiante, aí, aqui, detrás, dentro…) Predicativo do sujeito- Ela esta bem. (valor de modo- assim, depressa, mal, melhor, lentamente…)
frase Desempenha a função de modificador de frase- certamente, naturalmente, talvez, acaso, felizmente…
conectivo Função de relacionar uma frase com a outra- porém, todavia, contudo, portanto, depois, finalmente…
Interjeição (algumas) de alegria Ah!, Oh!, Uau!...
de impaciência Irra!, Arre!, Bolas!...
de silêncio Psiu!, Silêncio!, Chiu!...
Pronome
demonstrativos este, esta, aquele, os outros, as, mesmas, a tal, os tais…
possessivos meu, minha, teu, nossos, vossas, suas, seu…
indefinidos todo, alguma, poucas, tanta, várias, qualquer…
pessoal eu, tu, nós, eles…
relativo o qual, os quais, que, quem
Determinante palavra que geralmente procede ao nome, contribuindo para a construção do seu valor referencial especificando-o quando ao número,
género, quantidade…Ex: umas jornalistas; este lápis …. Jjuh artigo definido- o, a, os, as indefinido- um, uma, uns, umas
possessivo meu, minha, teu, nossos, vossas, suas, seu…
demonstrativo este, esta, aquele, os outros, as, mesmas, a tal, os tais…
interrogativo qual?, quais?, que?
indefinido certo, certas, outro, outras…
relativo cujo, cuja, cujos, cujas…
Quantificador indicam o número ou a quantidade Ex: algum, muitos, várias, todas, nenhum…
Preposição a; ante; após; até; com; contra; de; desde; em; entre; para; perante; por; segundo; sem; sob; sobre; trás
Conjunção
copulativas e, nem, nem…nem, não só… mas também
adversativas mas
Conjunções e locuções coordenativas disjuntiva ou, ou…ou, ora…ora, quer…quer, seja…seja
conclusiva logo
explicativa pois
temporais quando, mal, agora que, antes que, até que, logo que…
Conjunções e locuções subordinativas
causais porque, como, visto, pois que, já que…
finais que, para, para que, a fim de que, de modo que…
condicionais se, caso, salvo se, a menos que, desde que…
comparativas como, assim como, bem como, tão…como
consecutiva que, (tão)…que, (tanto)…que), (de tal maneira)…que…
concessiva embora, conquanto, ainda que, posto que, apesar de…
completivas que, se para
7. Frase ativa e frase passiva:
8. Funções sintáticas:
Sujeito simples- O Simão venceu o torneio.
composto- O Carlos e a mãe foram à pesca.
nulo subentendido- Chegas-te muito cedo. -> sujeito ( tu )
indeterminado- Denunciaram o professor. -> sujeito ( alguém )
expletivo- Choveu muito durante a noite.
Predicado - Ex: A União Europeia defende a preservação das espécies.
Vocativo- É a palavra ou expressão que nos indica a quem nos dirigimos. Ex: Vem cá, bichaninho, vem ao teu dono./ Não faças isso, Pedro
Modificador de frase – Ex: Provavelmente, o meu tio vai para Angola./ Felizmente, o Pedro não se magoou.
Modificador do grupo verbal- embora não selecionado pelo verbo, acrescenta informação sobre o predicado ( tempo, lugar, modo…)
Modificador do nome- restritivo- não pode ser separado por vírgula. Ex: Ele escreveu uma história interessante./ Ele escreveu uma história de amor.
apositivo- têm de separado por vírgulas. Ex: O Paulo, meu sobrinho, tem catorze anos./ O Rui, alegre e carinhoso, tem muitos amigos.
Agente da passiva- (pelo, pela, por, pelas…) Ex: O banhista foi salvo pelo nadador-salvador.
Predicativo do sujeito- é a função desempenhada pelos verbos copulativos (Ser; estar; ficar; parecer; permanecer…) Ex: O Luís estava em casa.
Complemento oblíquo- ‘’ onde? ‘’ Ex: O António tem casa aqui e na França.
Complemento indireto- pode ser substituído por ‘’ lhe, lhes, me , te …’’ Ex: A editora ofereceu livros aos alunos premiados.
Complemento direto- pode ser substituído por ‘’ o, a, as, os’’ Ex: O retratou a Paula.
9. Frases complexas: Oração coordenada copulativa Entrou em casa e dirigiu-se à cozinha.
Oração coordenada adversativa Estava com fome, mas faria o jantar.
Oração coordenada disjuntiva Fritava um bife ou grelhava um peixe?
Oração coordenada conclusiva Não havia carne, logo grelhou peixe.
Oração coordenada explicativa Comeu pouco, pois não tinha apetite.
Oração subordinada adverbial temporal Vou para casa quando acabar o treino.
Oração subordinada adverbial causal Não há aulas, visto que é feriado.
Oração subordinada adverbial final Acorda mais cedo para que chegues a tempo.
Oração subordinada adverbial condicional Se puderes, almoça comigo.
Oração subordinada adverbial comparativa Ele canta tão bem como toca viola.
Oração subordinada adverbial concessiva ( exprime uma ideia contraste) Fiquei calado, embora soubesse a resposta.
Oração subordinada adverbial consecutiva ( exprime uma relação) A Ana gritou tanto que ficou rouca.
Oração subordinada substantiva completiva Ele desejava que a avó vivesse perto dele. ( ele desejava isso/ ele desejava-o)
Oração subordinada substantiva relativa (é introduzida a palavra relativa ( quem, o que onde e quanto)
sem antecedente na subordinante) Quem chegar atrasado não entra na sala.
Oração subordinada adjetiva relativa restritiva ( liga-se ao antecedente sem vírgulas) Ele viu o filme que estreou ontem.
Oração subordinada adjetiva relativa explicativa ( é isolada na frase por vírgulas) O Zé, que é um atleta, alimenta-se bem.
10. Discurso direto, indireto e direto livre:
Discurso direto- Reprodução do discurso de alguém. Ex: O Tomás abriu o armário e perguntou:
- Já não há bolinhos de coco? Ora bolas! Amanhã comprarei mais.
Discurso indireto- Reprodução no seu próprio discurso das falas de alguém. Ex: O Tomás abriu o armário e
perguntou se já não havia bolinhos de coco. Ele disse que, no dia seguinte, compraria mais.
Discurso direto livre- Ligação do discurso direto e indireto. Ex: O Tomás abriu o armário. Já não havia bolinhos de
coco? Ora bolas! No dia seguinte, compraria mais.
11. Recursos expressivos Anáfora Repetição de uma palavra ou um grupo de palavras, no início de frases
ou de versos sucessivos
Antítese Exprime um contraste ou oposição entre duas ideias, objectos ou seres
Apóstrofe Através de este recurso, o enunciador dirige-se a um destinatário
Comparação Estabelece uma relação de semelhança
Enumeração Apresentação sucessiva de elementos como forma de intensificar a ideia
Eufemismo Exprime uma realidade desagradável de uma forma suavizada
Hipérbole Emprego de termos exagerados, a fim de pôr em destaque determinada realidade
Ironia Exprime um ideia dizendo precisamente o contrário
Metáfora Identificação de duas realidades distintas, a partir de elementos semelhantes entre as duas
Perífrase Utilização de várias palavras para exprimir o que se poderia dizer com menos
Sinédoque Consiste em tomar a parte pelo todo ou vice-versa, o singular pelo plural ou vice-versa.
12. Estrofe e verso- 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Versos dístico terceto quadra quintilha sextilha sétima oitava Nona décima
Sílabas dos versos
dissílabo trissílabo tetrassílabo redondilha menor
hexassílabo redondilha maior
octossílabo eneassílabo decassílabo
13. Rima
Emparelhada a,a,a,a
Cruzada b,c,b,c
Interpolada e,f,f,e
ii. Auto da barca do Inferno:
O auto da barca do Inferno é uma obra escrita por Gil Vicente, que pretende funcionar como um
sátira moralizada, para criticar os vícios da sua espoca através do cómico.
A história situa-se num cais com duas barcas a do Diabo e a do Anjo que aguardam passageiros que
acabaram de morrer. Os recursos expressivos mais utilizados neste auto são: o eufemismo e a ironia.
Personagens -Personagens alegóricas: Anjo e Diabo
do auto -Personagens tipo: Todas as personagens que representam uma classe
da barca do social, um estrato social ou uma profissão
inferno -Figurantes: ex- companheiro do diabo, o pajem, a moça etc…
Tipos de cómico:
Cómico de situação- A personagem não se adapta á situação em que se encontra Ex: o Frade a
esgrimir, o judeu com o bode etc…
Cómico de linguagem- A linguagem utilizada não se adequa á situação Ex: os insultos trocados
entre o parvo e o diabo, o vocabulário do sapateiro etc…
Cómico de caráter- O caráter de uma personagem não se adequa á situação Ex: a postura altiva
do fidalgo, as exigências que faz ao anjo etc…
Personagens Símbolos Cénicos
Significado dos símbolos
Grupo que representa
Caracterização Sentença Argumentos de defesa
Argumentos de acusação
Fidalgo Pajem, manta de espaldas
Símbolos de tirano, riqueza, luxo, ostentação e falsidade
Nobreza Tirano, vaidoso, altivo, infiel e exuberante
Embarcar na barca do diabo
É um fidalgo ‘’desolar’’ tem quem reze por si na terra
Viveu uma vida de prazeres, deverá seguir o caminho do seu pai, é tirano, vaidoso e desprezas os mais fracos
Onzeneiro Bolsão Símbolo da sua actividade e por isso dos seus pesados-ambição e avareza
Burguesia Avarento, convicção representadora pática de cobrar juros elevados
Embarcar na barca do diabo
Afirma que a bolsa está vazia e que quer voltar a terra para ir buscar dinheiro para a passagem
Santanas que sempre ajudou o bolsão mesmo vazio ocupara o navio com o seu pecada (avareza)
Parvo Não traz símbolos cénicos
Povo (pessoas pobres de espírito)
É ingénuo, ‘’tolo’’ e é uma pessoa pobre de espírito
Embarcar na barca do anjo
Anjo: tudo o que fez foi sem maldade é simples
Sapateiro Avental e formas
Símbolo da sua actividade e por isso seus pecados
Artesões Falso católico, ladrão e mal criado
Embarca na barca do diabo,
Afirma que morreu confessado, ouviu missas fez donativos á igreja e rezou pelos mortos
Morreu excomungado; roubou o povo durante 30 anos as formas que o acompanham simbolizam os seus pecados
Frade Broquel, espada, capacete, moça , e hábito
Símbolos de uma vida, e desregrado
Clero Mundado, amante dos prazeres
Embarca na barca do diabo
Julga que o hábito que traz vestido o salvará, afirma que rezou muitos santos
É mundano, e folgazão, sabe cantar dançar e esgrimir
Alcoviteira Virgos postiços, arcas, armários, cofres, jóias…
Símbolos de uma vida de falsidade e fingimento
Povo/ Alcoviteiras
Mentirosa, hipócrita, bajuladora
Embarca na barca do inferno
Afirma que salvou as raparigas da pobreza e as criou para o cónegos da sé, fez coisas divinas
As palavras da Brísida Vaz falam por si todos os seus argumentos de defesa são no fundo acusações
Judeu Bode Símbolos da sua religião
Judeus Fanático pela sua religião
Embarca na barco do diabo
Não tem argumentos de defesa
O judeu não chega a ir á barca do anjo que o acusa de profanar sepulturas e comer carne em dias de jejum
Corregedor e Procurador
Feitos (processos), vara
Símbolos da justiça humana, corrupta e imparcial
Funcionários, judiciários, justiça
Corrupto, falso, católico parcial
Embarca na barca do diabo
Afirma que era a mulher que recebia os subornos, diz que agiu sempre com justiça , e confessou-se
Não era justo aceitou os subornos, enriqueceu a custa dos lavradores
Enforcado Baraço (corda do pescoço)
Símbolo da condenação por um crime cometido
Povo (criminoso condenado)
Ingénuo, crédulo, ladrão e criminoso
Embarca na barca do diabo
Defende-se por ter sido condenado á morte e enforcado, diz que os que morrem assim são livres de Santanas
É acusado de ter sido ladrão e de ter sido condenado á morte ( por Gracia Moniz )
Quatro cavaleiros
Cruzados Cruz de Cristo que simboliza a fé católica, as espadas e os escudos, que simbolizam a apologia da Reconquista e da Expansão da Fé Cristã
Embarcar na barca do anjo
Dizem que morreram a lutar contra os mouros em nome de Cristo
iii. Lusíadas: (escrito por Camões) Estrutura externa:
1. É constituído por 1 cantos.
2. Cada canto tem um numero variável de estrofes
3. Cada estrofe tem 8 versos com rima cruzada no 6 primeiros e emparelhada nos 2
últimos: a,b,a,b,a,b,c,c
4. Os versos são decassílabos (10 sílabas métricas)
5. Acção central e a viagem á índia
6. Herói é o povo português (personagem coletiva)
7. É uma epopeia (narrativa em verso que enaltece os feitos heróicos de uma
personagem individual ou colectiva (povo português)
Estrutura interna:
1. Preposição: canto I, estrofes 1-3 -> O poeta apresenta o assunto que vai contar.
2. Invocação: canto I, estrofes 4-5 -> O poeta vai invocar as ninfas do Tejo para
que estas lhe dêem inspiração para escrever a sua obra os Lusíadas.
3. Dedicatória: canto I, estrofes 6-18 -> Parte do poema em que o poeta dedica a
sua obra a D. Sebastião
4. Narração: canto I, estrofes 19 até ao canto X -> É uma narração ‘’em mediares’’
ou seja, a narração inicia-se num ponto avançado da ação ao largo de
Moçambique.
5. Quatro planos:
Plano da viagem
Plano da História de Portugal
Plano Mitológico
Plano das considerações do poeta
Canto I
1ª Estrofe da preposição- O poeta faz referência aos portugueses que partiram de Portugal para descobrir novas
terras por mares nunca dantes navegados ultrapassando os seus limites.
2ª Estrofe da preposição- O poeta canta aos ‘’Reis que dilatam’’, os reis que contribuíram para espalhar a fé crista e
canta ainda ‘’Aqueles por obras valorosas’’ são dignos de serem recordados pelos feitos heróicos.
3ª Estrofe da preposição- O poeta refere heróis da antiguidade, a personagem principal da Eneida entre outros, para
comparar com os portugueses.
Canto I I – Concílio dos Deuses
Neste episódio, os Deuses reúnem-se no Olimpo, para tomar uma decisão sobre o futuro dos Portugueses que
pretendes chegar a Índia por mar.
As opiniões dividem-se: de um lado Vénus e Marte que apoiavam os portugueses, e contra eles está Baco com
medo de perder o seu prestigio, os pais dos deus reconhecendo a coragem e ousadia, dos nossos marinheiros
decide ajuda-los.
Canto I I I- Inês de Castro
A morte de Inês de Castro é um episódio lírico que pertence na epopeia. Que apresenta-nos D. Inês que vivia
feliz e recordava o seu amado, D. Pedro.
Mas o rei para solucionar o problema manda matar D. Inês, pois D Pedro era casado.
D. Inês fala com o rei (D. Afonso, pai de D. Pedro) e pede piedade pelos seus filhos, o rei pensou outra vez mas o
povo incentiva-o D. Inês acaba por morrer.
Canto I V- Despedidas em Belém
Este episódio é narrado por Vasco da Gama ao rei de Melinde tem por assunto a partida dos navegadores da
praia do restelo e reacção saudosa dos que ficara. O narrador começa por assinalar o ajuntamento da multidão
que se reuniu para a despedida, surgem lamentações e receios, mas ainda a nível geral, de pais, as lamentações
individuais primeiro de mãe a chorar a partida do seu filho único, depois de uma esposa que se queixa da
partida do seu filho com medo de o perder. Vasco da Gama determina que os marinheiros embarcavam sem se
despedir para que a dor da separação não seja ainda maior
Canto V- O Gigante Adamastor
Este episódio divide-se em 5 partes lógicas:
A primeira parte (estância 37/38) dá-nos a conhecer as circunstâncias que precederam o aparecimento do
gigante.
Há a mudança inesperada da bonança para sinais de grande tempestade.
Na segunda parte (estâncias 39/40), verifica-se o aparecimento do gigante e faz-se a sua descrição.
A terceira parte (estâncias 41/48), compreende o discurso ameaçador profético do gigante.
Nas estâncias 41 a 48 o gigante apresente-se como senhor do mar desconhecido, ameaçando os portugueses
surge por tanto, como um super-homem quer nos aspectos físicos e psicológicos conhecendo o passado dos
portugueses e profetizando os seus dessas-tos futuros.
Canto VI – Tempestade e chegada á Índia
Trata-se de um episódio naturalista, o da tempestade, é a ultima prova que os portugueses enfrentam antes da
chegada á índia. O plano narrativo da viagem e o plano mitológico entrelaçam-se, Baco reúne os Deuses do mar
num novo concílio, tentando convence-los a destruir os portugueses, ele concordaram e dá-se uma grande
tempestade para destruir os nossos marinheiros, mas estes resistiram e saem vitoriosos sobre os elementos.
Na estrofe 70 a 79 trata-se do desenrolar da história da tempestade, depois nas estrofes 80 a 84 é a súplica de
Vasco da Gama por protecção divina. Por fim na estrofe 85 Vénus admira os portugueses e salva-os das
artimanhas maldosas de Baco. Os navegadores avistam finalmente a Índia e no regresso a Portugal são
recompensados por Vénus com a ilha dos amores (canto IX)
Canto X- Despedida de Tétis e regresso a Portugal
Camões faz terminar simbolicamente a viagem na ilha dos amores, os portugueses já tinham atingido o seu objectivo.
Neste excerto o poeta lamenta-se por ver que a sua obra não e valorizada pela ‘’gente surda e endurecida’’, critica o
facto não estimular o talento, estando o país mergulhando na ganância e numa triste mediocridade não está
preparado para preparar aqueles que se dedicam a artes.
O poeta interpela D. Sebastião no sentido de alertar os seus vassalos que são excelentes. Camões por se ao serviço de
D. Sebastião como soldado e como poeta profetiza que D. Sebastião que irá conquistar terras do norte de África e
promete ao rei que há de cantar os seus fatos ‘’em todo o Mundo’’.
Boa sorte para o exame :3
ASS: LILIANA PEREIRA