PÓS USP - Pharmacists Pharmacopeia, 2005. Pós são misturas íntimas e secas de fármacos e ou...

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PÓS• USP - Pharmacists Pharmacopeia, 2005.

Pós são misturas íntimas e secas de fármacos e ou outrassubstâncias finamente divididos. Podem ser empregadospara uso interno (pós orais) ou uso externo (pós tópicos).

Os pós são constituídos por finas partículas que variam de0,1µ a 10.000µ, embora os tamanhos das partículas empreparações farmacêuticas variem geralmente na faixa de0,1 a 10µ.

PÓS• Vantagens

- Permite a prescrição precisa da dose requerida individualmente pelo paciente;

- Os pós são geralmente mais estáveis que as preparações líquidas. As reações químicas de degradação, entre as substâncias associadas e entre as substâncias e as condições atmosféricas, ocorrem mais lentamente em preparações na forma de pó do que na forma líquida.

- O tamanho reduzido das partículas dos pós permite a dissolução nos fluidos orgânicos mais rápida do que as formas sólidas compactadas, como comprimidos. Comparativamente, apresentariam maior biodisponibilidade que estes últimos.

PÓS• Vantagens

• Menor incidência de irritação gástrica e comparada a formas farmacêuticas sólidas compactadas, resultado de sua rápida dissolução.

• Maior facilidade de deglutição, podendo ser ingeridos em maior quantidade, especialmente misturados previamente com alimentos e bebidas. Esta vantagem torna os pós convenientes para administração em pacientes pediátricos e geriátricos.

• Pós podem ser administrados através de sondas gástricas em pacientes hospitalizados.

PÓS• Desvantagens

• Substâncias veiculadas nesta forma podem deteriorar quando expostas a condições atmosféricas. Como as partículas sólidas encontram-se finamente divididas, apresentam uma grande área de superfície exposta às condições ambientais.

• Fármacos com sabores desagradáveis não são convenientemente mascarados quando dispensados na forma de pó.

• Pós divididos (papéis, envelopes, sachês), demandam mais tempo de preparo, pois na farmácia normalmente se realiza pesagem individual.

PÓS• Características

• Partículas menores (reduzidas) facilitam a preparação de um pó mais homogêneo e aumentam a capacidade adsortiva.Esta característica é importante na formulação de antiácidos, antidiarréicos e pós tópicos, por exemplo.

• Homogeneidade.• Tenuidade homogênea das partículas

PÓS• Classificação dos pós

• Pós simples: Resultam da divisão de uma única substância.

• Pós compostos: Obtidos da mistura de dois ou mais pós simples.

PÓS• Preparação:

• Trituração:- Reduzir o tamanho das partículas das substâncias

químicas;- Eficiência obtida com uso do gral de superfície áspera

(porcelana);- Levigação: Processo empregado para redução das

partículas em preparações semi-sólidas ou líquidas, neste processo reduz-se o tamanho de partículas sólidas pela trituração em um gral ou espatulação em uma placa com pequena quantidade de líquido no qual o sólido não é solúvel;

PÓS• Pulverização por intervenção (recristalização) é

empregada para substâncias que não permitem a trituração direta, como é o caso de algumas substâncias que se apresentam em estruturas cristalinas duras que não são trituradas facilmente. Neste processo se umedece primeiramente o sólido em um mínimo de solvente volátil adequado (composto interveniente). Tal como o álcool e a acetona. Mistura-se então triturando, o sólido com o solvente até que este último evapore (ex. trituração da cânfora por intermédio do álcool, do peróxido de benzoíla por intermédio da acetona ou álcool benzílico e dos cristais adiculares metoxissaleno com alcool). O solvente pode também ser vaporizado diretamente na superfície do gral durante o processo.

PÓS• Tamisação

- Operação farmacêutica que tem por objetivo separar frações de uma mistura pulverulenta ou granulada em função do tamanho das partículas presentes. A finalidade é obter pós com partículas que tenham um determinado tamanho médio (mesma tenuidade). O instrumento para realizar a tamisação é o tamis. Na farmácia, a tamisação é também utilizada na desagregação de pós como forma de otimizar o processo de mistura.

PÓS• CLASSIFICAÇÃO DOS TAMISES

- O tamis é constituído por um aro de diâmetro variável que tem uma das extremidades fechada com uma tela, aplicada de modo a ficar bem esticada.

PÓS• A tela do tamis é formada por uma trama de fios metálicos ou de

náilon entrelaçados, que deixam intervalos quadrados livres denominados aberturas ou malhas.

• Esta tela é a parte fundamental do tamis, pois é ela que, de acordo com a abertura das malhas, permite a separação das partículas submetidas à tamisação em função dos diâmetros das partículas.

• Cada tamis é designado por um número que corresponde ao quadrado formado pelo espaço vazio interno de cada malha.

• As telas utilizadas na fabricação de tamises são de natureza variada: ferro galvanizado, latão, aço inoxidável (preferível para fins farmacêuticos) seda ou fibras sintéticas.

PÓS• ATENÇÃO:

• TAMIZ NÃO É PENEIRA.

PÓS

• Quando se define um pó por um único tamis, este não pode deixar passar mais de 3% no tamis subseqüente, ou seja deverá ficar retido na malha deste tamis 97% do por que passou pelo tamis ao qual definimos o pó.

• Ex.: Pó 60 = Deverá passar pelo tamis de 60, e somente 3% passar pelo tamis de 80

PÓS• REGRAS GERAIS PARA O PREPARO DOS PÓS

- Pulverizar cada componente do pó composto separadamente, quando as drogas a serem misturadas possuírem granulometria diferente;

- Tamisar para que cada pó simples apresente a mesma tenuidade;- Verificar a densidade dos pós. Aqueles com densidade elevada

devem ser pulverizados finamente para diminuir sua densidade aparente e assim aproximá-lo da densidade do restante dos componentes, para que após a mistura não tendam a depositar.

- A mistura deve ser feita adicionando primeiramente o componente de menor quantidade seguida das quantidades crescentes, como homogeneização após cada adição de pó.

PÓS• A mistura deve ser feita num gral, recipiente de plástico

ou aço inox com tampa;• A adição de tinturas e extratos fluídos deve ser feita

colocando os pós mais absorventes da mistura para que possam ser fixadas.

• Na mistura de drogas que entram numa fórmula em quantidade muito desiguais, principiar pela trituração da droga mais ativa com igual volume de diluente, reduzindo a pó a mesma tenuidade. A operação prossegue adicionando à mistura (droga/diluente), uma quantidade de diluente e aproximadamente igual à somatória droga/diluente inicial já adicionado, e assim prossegue até que todo o diluente seja consumido ( DILUIÇÃO GEOMÉTRICA ).

PÓS• DILUIÇÃO DE FARMACOS POTENTES

• Alguns fármacos são perigosos, devendo ser diluídos antes de permanecerem no Laboratório de Produção.

• Ex. T3, T4, Triac, Colchicina, Capsaicina, vitamina D, vitamina D3, vitamina D2.

• Estes fármacos ao adentrarem na empresa, deverão ser imediatamente separados, e identificados devidamente.

PÓS• Algumas empresas optam por realizarem a diluição

destes pós potentes e perigosos utilizando corantes 0,01% a 0,25%, para auxiliar na visualização de homogeneidade.

• Estes fármacos devem passar pela metodologia de diluição geométrica, que é uma técnica de homogeneização empregada para garantir, durante a mistura, a distribuição uniforme dos componentes da fórmula. O uso desse método é essencialmente útil em casos em que as substancias a serem homogeneizadas

PÓS• PROCEDIMENTO GERAL PARA DILUIÇÃO

GEOMÉTRICA

-Passo 1: Os fármacos sólidos, a serem diluídos são colocados em um gral e reduzidos a um pó fino, um a um.

- Passo 2: Com o objetivo de se avaliar visualmente o progresso posterior da mistura, é adicionado um corante, na proporção adequada ao peso total da diluição em pó ou diluído em um solvente volátil.

PÓS• PROCEDIMENTO GERAL PARA DILUIÇÃO GEOMÉTRICA

- Passo 3: Um volume equivalente ao dos fármacos a serem diluídos, deve ser acrescentado do diluente no gral, e esta mistura de pó completamente miscigenada por trituração;

- Passo 4: Acrescenta-se, então, uma nova quantidade de diluente, correspondente ao volume da mistura do pó contida no gral, repetindo-se a miscigenação por trituração;

- Passo 5: O processo continua com a adição de volumes iguais do diluente ao pó contido no gral, repetindo a mistura até que todo o diluente seja incorporado.

PÓS• Identificação do triturado diluído

- Ao finalizar a diluição progressiva geométrica, identificar a diluição utilizada.

Ex. 1:10; 1:100; 1:1000.

Após, alimentar o sistema computadorizado, para que esteidentifique imediatamente o cálculo adequado para aprodução de formulações utilizando o produto diluído.

PÓS• Validade do diluído.

Ao ser diluído, o fármaco não terá a mesma validade doproduto de origem. Assim sendo, para fármacos diluídos, éconveniente cada empresa realizar a validade conformelegislação vigente.

Algumas empresas colocam 90 dias da data de fabricaçãode cada fármaco diluído, descartando-o quando estavalidade expirar e realizando nova diluição.

• Sugestão de diluições conforme a faixa posológica.

Faixa posológica Diluição sugerida F.C.Até 0,1mg 1:1000 1000De 0,1 a 1 mg 1:100 100De 1 a 10mg 1:10 10

PÓS• Acondicionamento

• Várias formas de embalagens:

- Folha de papel manteiga dobrada adequadamente;- Sachês aluminizados com revestimento interno por filme

plástico;- Sachês de plástico;- Flaconetes de plástico;

PÓS• ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM

- Na rolulagem identificar:

- Locais secos;- Protegidos da luz e calor;

PÓS• CONTROLE DE QUALIDADE

- Comparação do peso com o peso teórico (aconselha-se para evitar desvios superiores a 5% do peso teórico);

- Características da mistura de pós (ver controle de qualidade de pós a granel citada anteriormente);

- Vedação da embalagem ( verificar se há algum envelope furado, rasgado ou não selado eficientemente).

- Na ficha de preparação deverá constar o relatório de peso médico, uniformidade de conteúdo e teor, além das informações exigidas em lei.

PÓSPós efervescentes

Os sais efervescentes são usualmente misturas eflorescidas de ácidocítrico / ou ácido tartárico (ácidos) com bifosfato sódico e oubicarbonato de sódio (bases) e outros ingredientes medicinais.

Em presença de água, o ácido reage com a base e libera dióxido decarbono, produzindo efervescência. Os sais e grânulos efervescentespodem ser preparados na forma de misturas de pós agranel e pós divididos

PÓS

A efervescência destina-se a proporcionar um paladar agradável, corrigindo eventualmente ogosto de certos fármacos utilizando as propriedades ácidas do CO2, o qual vai ainda atuarSecundariamente como estabilizante da mucosa gástrica, podendo aumentar a absorção domedicamento. A efervescência é conseguida à custa da reação de um carbonato oubicarbonato com um ácido orgânico, como o cítrico ou o tartárico, na presença da água usadapara a ingestão do medicamento, produzindo-se a liberação de CO2. Geralmente usa-se umaquantidade fixa e arbitrária de ácido tartárico, acido cítrico ou bicarbonato de sódio, podendo ainda associarem-se estes tres compostos.

Os pós efervescentes constituem uma fórmula dotada de má conservação, pois absorvemFacilmente umidade atmosférica dada a grande superfície que apresentam. É por isso que

elessão geralmente substituídos por granulados, menos sujeitos a esta alteração.

PÓSPós Higroscópicos

São aqueles que absorvem a umidade do ar.

Para a redução da umidade pode-se utilizar adsorventesou dessecadores. Ex. Sílica.

PÓSPós eflorescentes

Substâncias eflorescentes: são substâncias cristalinas ou hidratadas que ao serem pulverizadas liberam água de cristalização ou de hidratação. Esta água pode ser liberada durante a manipulação ou com a exposição a um ambiente de baixa umidade relativa. A água liberada do pó pode torná-lo pastoso ou chegar a liquefazê-lo. A eflorescência é aumentada também com a pulverização, pelo aumento da superfície de evaporação da água de cristalização.

PÓSMedidas corretivas

- A eflorescência pode ser atenuada substituindo o sal hidratado pelo sal anidro ou, na impossibilidade da substituição, através da exsicação.

- Controle da umidade dos laboratórios, controle da umidade relativa do ar, assim como da embalagem.

PÓS• Relação de algumas substãncias eflorescentes

- Acetado de sódio- Acido citrico- Alumen- Borato de sódio- Bromidrato de escopolamina- Bromidrato de quinino- Cafeína monoidratada- Carbonato de sódio (decahidratado)- Ciclofosfamida- Cloridrato de quinino- Cafeína monoidrato - Codeína- Fosfato de codeína- Fosfato de cálcio- Lactado de cálcio- Sulfato de atropina- Sulfato de cobre- Sulfato de codeína- Sulfato de quinino- Sulfato ferroso

PÓS• Substâncias deliqüescentes

São substâncias higroscópicas que absorvem a umidadedo ar se liquefazendo parcialmente ou totalmente (cloretode cálcio anidro).

PÓS• Relação de algumas substâncias higroscópicas e deliqüescentes.- Brometo de Amônio- Cloreto de Amônio- Iodeto de Amônio- Brometo de Cálcio- Cloreto de Cálcio- Sulfato de Efedrina- Bromidrato de Hioscinamina- Citrato de ferro amoniacal- Pepsina- Cloreto de Alumínio- Cloreto de Benzalcônio- Fosfato sódico de betametazona- Pantotenato de cálcio- Carbomeros- Cloral Hidratado- Cromoglicato de sódio- Dexpantenol- Heparina sódica- Fenitoína sódica- Acetato de potássio

PÓS• Medidas corretivas

- A higroscopia e a deliqüescência podem ser atenuadascom o controle da umidade relativa do ar através do uso dedesumidificador e ar condicionado;- A granulação de pós reduz a superfície de exposição aoar;- Quando se trabalha com pós deliqüescentes ou higroscópicos éaconselhável mantê-los vedados com papel alumínio ou filme plásticodurante o processo de manipulação, evitando assim a exposição àatmosfera úmida.- A adição de substâncias absorventes (ex: carbonato de magnésio,óxido de magnésio leve, dióxido de silício coloidal) pode reduzir atendência à higroscopia de pós.

PÓS• ALTERAÇÕES E INCOMPATIBILIDADES DOS PÓS

• Misturas Eutéticas

• É definida como aquela que resulta da mistura decomponentes sólidos cuja a proporção lhe confirao ponto de fusão inferior ao de qualquer doscomponentes isolados.Ex: Acetanilida /Lidocaína , Ácido acetil salicílico /Mentol , Cânfora / Salicilatos , Fenol / Timol

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• Mistura eutética é definida como aquela que resulta da mistura de componentes sólidos cuja proporção lhe confira um ponto de fusão inferior ao de qualquer dos componentes isolados, ou seja, trata-se da mistura sólidos que se liquefaz ou se torna pastosa em temperatura ambiente.

PÓS• Algumas substâncias que quando misturadas formam

misturas eutéticas.

Acetanilida LidocaínaÁcido acetilsalicilico MentolAcido salicílico B naftolAntipirina ResorcinaCânfora SalicilatosFenol TimolCloral Hidratado BenzocaínaPrilocaína Aminopirina

PÓS• Medidas Corretivas

- A mistura eutética pode ser evitada interpondo entre os pós incompatíveis um pó absorvente.

PÓS• Relação de pós absorventes ( Substâncias que podem

evitar a formação de misturas eutéticas)

- Carbonato de magnésio- Óxido de magnésio leve- Caolim- Fosfato de calcio dibásico- Fosfato tricálcico- Amido- Talco- Lactose- Dióxido de silício coloida ( Aerosil 200)

PÓS• Misturas explosivas

• Podem ocorrer quando um agente oxidante forte étriturado (ex.: trituração em um gral) com um agenteredutor forte.

Ex: Ácido nítrico / Glicerina , Clomatos / Óleos essenciaisIodoTiossulfatos / Permanganato de potássio / Hipofosfitos

PÓSPREPARAÇÕES PARA DISPENSAÇÃO (PÓS)

• Pós a granel• Pós para uso externo• Pós secos para inalações• Pós para reconstituição

PÓSUso interno

Sal de Andrews

Sulfato de magnésio 8,7gÁcido tartárico 11,4gBicarbonato de sódio 12,8gSacarose 18,6g

Laxativo, antiácido, colagogo.

PÓS• Uso externo

Mentol 0,25gCânfora 0,25gAmido 1,50gTalco qsp 25g.

Polvilhar as partes afetadas após o banho. Antipruriginoso e secativo.

PÓS• Uso interno, após diluição

Dextrose anidra 20gCloreto de sódio 5gCitrato de potássio 4,5g

Diluir em 1 litro de água.Uso como reidratante oral.

PÓS• Uso interno.

Carbonato de cálcio 32gCarbonato de magnésio 32gCarbonato de sódio 26gCaulim 10g

Diluir em água.Antiácido.

PÓS• Uso tópico

Bicarbonato de sódio 10%Ácido bórico 5%Óxido de Zinco 10%Talco qsp 100g

Uso local.Talco desodorante.

PÓS• Uso tópico

Acido salicílico 2%Ácido bórico 5%Óxido de zinco 15%Ácido tartárico 10%Talco mentolado qsp 100g

Usar nos pés.Antisséptico e hiperidrose plantar.