Post on 11-Nov-2018
Priberam
Refugiado: 1. Que ou aquele que tomou refúgio, que se refugiou.
2. Que ou quem é forçado a abandonar o seu país por motivo de guerra, desastre natural, perseguição política, religiosa, étnica etc.
Hoje vivemos a mais grave crise de refugiados desde a II G.M.
2015: mais de 300 mil pessoas tentaram atravessar o Mar Mediterrâneo
Mais de 2.500 pessoas morreram afogadas, como Aylan Kurdi
Grande maioria vindos da África e do Oriente Médio
Falar de crise de refugiados hoje é falar da Síria
Entradas preferenciais: Grécia e Itália
Principal país de destino: Alemanha
Dificuldades para atravessar países até a Alemanha
Vários países dificultam a movimentação dos refugiados, com
destaque para a Hungria, a Eslovênia e a Áustria.
Início entre o final de 2010 e 2011
Onda revolucionária de manifestações
Norte da África e Oriente Médio
Principais pautas: mais democracia e queda de ditadores
Tunísia e Egito fizeram revoluções
Líbia e Síria viveram violentas guerras civis
Ocorreram ainda grandes protestos na Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia, Omã, Iêmen, Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Arábia Saudita, Sudão e Saara Ocidental
Grande papel da internet
Estopim: tunisiano Mohamed Bouazizi ateou fogo ao próprio corpo para protestar contra as péssimas condições de vida
Chefes de Estado que caíram: Zine El Abidine Ben Ali (Tunísia);
Hosni Mubarak (Egito); Muammar al-Gaddafi (Líbia – mais violenta
das quedas)
Líderes que decidiram não se reeleger: Ali Abdullah Saleh
(Iêmen/35 anos); Omar al-Bashir (Sudão); Nouri al-Maliki (Iraque)
Mohammed Bouazizi (Tunísia) coloca fogo em si
mesmo
Início de uma onda de manifestações contra o
governo
“Revolução de Jasmim”
Presidente Ben Ali renuncia (no poder há 23 anos)
Sentenciado à prisão
Votam para um novo governo
Onda de protestos chega ao Egito
Exigem saída de Hosni Mubarak (30 anos no poder)
Mubarak diz que não renunciará
Marcha do Milhão no Cairo
Mubarak diz que não concorrerá novamente à presidência
Manifestações tornam-se confrontos violentos transmitidos ao vivo da
praça Tahir
Mubarak renuncia
Sentenciado à prisão
Egípcios votam na Irmandade Muçulmana: presidente Muhamad Mursi
Manifestações contra Mursi
Mursi deposto
Novo governo não muçulmano, quase todo militar
Conflitos com a Irmandade Muçulmana, que acaba banida
Egípcios votaram uma reforma constitucional
Protestos atingem o Iêmen
“Dia da Raiva”: protesto de milhares de pessoas exigindo a renúncia de Ali Abdullah Saleh
Tentativa de assassinato ao presidente
Marcha do Milhão – com violenta repressão
ONU se declara contra o regime de Ali Abdullah Saleh
Ele aceita transferir o seu governo para outro presidente
Protestos atingem o Sudão
Opinião pública cada vez mais interessada
Primavera Árabe chega ao Bahrein
Também tem o seu “Dia da Raiva” na praça de Pearl Roundabout
Revolta chega na Líbia
Presidente Muamar Gaddafi
Primeira intervenção estrangeira
OTAN ataca a Líbia tentando derrubar Gaddafi
Operação Mermaid Dawn consegue dominar a cidade de Trípoli
Derrubada de Gaddafi
Assassinado
Revolta chega ao Marrocos
Aprovada uma reforma constitucional
Revolta chega na Síria
Presidente Bashar Al-Assad
Crescimento da tensão
Massacre de Houla – mais de 100 mortos pela polícia
Cruz Vermelha declara que Síria está em Guerra Civil
Em 2013 já eram mais de 70 mil mortos
Denúncias por utilização de armas químicas por parte do governo
Grave tensão social
Maioria da população: sunita
Presidente Bashar al-Assad: xiita
Governo tem apoio do Irã
Rússia já declarou apoio a Bashar Al-Assad
Bashar al-Assad no poder desde 2000, quando substituiu seu pai Hassez
A continuidade do conflito diminuiu drasticamente a qualidade de vida
Geopolítica:
A maioria dos migrantes que chegam atualmente na Europa são sírios que
fogem da guerra. O conflito envolve diversos interesses geopolíticos no
Oriente Médio entre os países que apoiam o regime do ditador sírio
Bashar al-Assad e as nações que querem derrubá-lo. Além disso, o cenário
caótico na Síria e no Iraque permitiu o fortalecimento de organizações
extremistas como o chamado Estado Islâmico.
Demografia:
A taxa de natalidade em muitos países na Europa está entre as mais
baixas do mundo, o que deve gerar pressões demográficas no futuro. Com
o envelhecimento da população e o baixo índice de fecundidade, a
perspectiva é que, em países como a Alemanha, haja uma diminuição da
população, o que também afetaria o número de trabalhadores ativos para
manter a produção e sustentar a previdência. Diante dessa perspectiva, a
chegada dos migrantes pode ajudar a reverter a queda populacional e
manter a economia girando nos próximos anos.
Crise econômica:
Muitos países europeus ainda não se recuperaram da crise econômica
que atingiu o continente em 2008. A taxa de desemprego em países como
Grécia e Espanha supera os 20%. Neste cenário, os migrantes são vistos
pelos setores mais xenófobos da sociedade como concorrentes na disputa
pelas poucas vagas no mercado de trabalho. Muitos partidos de extrema-
direita vêm se apoiando neste discurso para ganhar eleitores insatisfeitos
com a crise.
Choque cultural:
A adaptação dos migrantes muçulmanos na sociedade europeia é outro tema
relacionado à atual crise. Na França, o uso do véu islâmico em lugares públicos é
vetado e a Suíça proíbe os minaretes (torres no alto das mesquitas para chamar
os fieis para as orações). Sem conseguir integrar-se entre os europeus, muitos
migrantes acabam vivendo de forma segregada, na periferia de grandes cidades
como Paris. Além disso, o governo de países como a Hungria resiste em permitir
o ingresso maciço de refugiados muçulmanos, alegando que é preciso defender
as raízes e os valores cristãos da Europa.
História:
Os movimentos migratórios fazem parte da história da humanidade desde
que o homo erectus deixou a África rumo à Europa e à Ásia há 1,8 milhão
de anos. Com as grandes navegações, nos séculos XV e XVI, o fenômeno
se intensificou e no período entre o final do século XIX e início do século
XX ocorreu a maior migração em massa da história. Os examinadores
podem cobrar nas provas as principais relações entre os fluxos
migratórios históricos e atuais.
Brasil:
O Brasil é uma nação formada por imigrantes – dos portugueses, que
chegaram aqui a partir de 1500, passando pelos africanos trazidos como
mão de obra escrava, até a onda de europeus, japoneses e árabes que
chegou ao país entre o final do século XIX e início do século XX.
Atualmente, o país vem recebendo imigrantes de países vizinhos como
Bolívia e Paraguai, além de africanos e haitianos. O governo também está
concedendo asilo a milhares de sírios que chegam aqui desde 2013.
Durante seus estudos, vale a pena estabelecer comparações entre a
situação dos refugiados no Brasil e na Europa.
(dicas: guiadoestudante)
A questão da União Europeia
Pensar na forma como o plebiscito que ocorreu no Reino Unido e
aprovou a separação da região da União Europeia pode dialogar com
a crise dos Refugiados. O plebiscito oferece oportunidade dos
examinadores elaborarem uma questão relacionando a separação do
Reino Unido da UE, a xenofobia existente na região, a crise dos
refugiados e a Primavera Árabe.
(QUESTÃO 1) Desde março de 2011, estima-se que o conflito na Síria tenha causado a morte de 100 mil pessoas, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Estima-se que 6,8 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária urgente. Há mais de 2 milhões de refugiados sírios nos países vizinhos e no Norte da África. Cerca de 1,2 milhão de famílias tiveram suas casas atingidas (ONU Brasil).
Sobre o conflito na Síria, assinale a alternativa CORRETA.
a) Trata-se de um conflito entre Israel e o governo de Bashar Al-Assad que disputam o controle e a influência sobre o território vizinho do Líbano.
b) Trata-se de um conflito entre árabes e curdos. Bashar Al-Assad é um governante curdo que vem sendo pressionado a deixar o poder pela maioria árabe.
c) Os curdos, entre os quais está Bashar Al-Assad, correspondem a 70% da população síria, portanto, garantem amplo apoio ao seu governo democrático.
d) Os principais aliados do governo de Bashar Al-Assad são os governos dos Estados Unidos e da Rússia que juntos conseguem dar suporte ao ditador e evitar que grupos de adversários como o Hezbollah dominem o território sírio.
e) O conflito na Síria surgiu em seguida aos movimentos da Primavera Árabe na Tunísia e no Egito. A reação violenta do governo, aos protestos populares, resultou em aumento das tensões. Os rebeldes, em sua maioria muçulmanos sunitas, sofrem forte repressão de Bashar Al-Assad que pertence à minoria alauíta.
(QUESTÃO 1) Desde março de 2011, estima-se que o conflito na Síria tenha causado a morte de 100 mil pessoas, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Estima-se que 6,8 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária urgente. Há mais de 2 milhões de refugiados sírios nos países vizinhos e no Norte da África. Cerca de 1,2 milhão de famílias tiveram suas casas atingidas (ONU Brasil).
Sobre o conflito na Síria, assinale a alternativa CORRETA.
a) Trata-se de um conflito entre Israel e o governo de Bashar Al-Assad que disputam o controle e a influência sobre o território vizinho do Líbano.
b) Trata-se de um conflito entre árabes e curdos. Bashar Al-Assad é um governante curdo que vem sendo pressionado a deixar o poder pela maioria árabe.
c) Os curdos, entre os quais está Bashar Al-Assad, correspondem a 70% da população síria, portanto, garantem amplo apoio ao seu governo democrático.
d) Os principais aliados do governo de Bashar Al-Assad são os governos dos Estados Unidos e da Rússia que juntos conseguem dar suporte ao ditador e evitar que grupos de adversários como o Hezbollah dominem o território sírio.
e) O conflito na Síria surgiu em seguida aos movimentos da Primavera Árabe na Tunísia e no Egito. A reação violenta do governo, aos protestos populares, resultou em aumento das tensões. Os rebeldes, em sua maioria muçulmanos sunitas, sofrem forte repressão de Bashar Al-Assad que pertence à minoria alauíta.
(QUESTÃO 2) A charge acima, de Carlos Latuff, indica um “efeito dominó” propiciado pela Primavera Árabe e a consequente derrubada do ditador Hosni Mubarak no Egito. Esse efeito em cadeia que marcou a onda de protestos nos países árabes iniciou-se:
a) na Tunísia, com a derrubada de Zine El Abidine Ben Ali.
b) na Lígia, com a morte de Muammar al-Gaddafi.
c) em Israel, com a independência da Palestina.
d) Na Síria, na guerra civil contra Bashar al-Assad
e) No Iêmen, com a renúncia de All Abdullah Saleh
(QUESTÃO 2) A charge acima, de Carlos Latuff, indica um “efeito dominó” propiciado pela Primavera Árabe e a consequente derrubada do ditador Hosni Mubarak no Egito. Esse efeito em cadeia que marcou a onda de protestos nos países árabes iniciou-se:
a) na Tunísia, com a derrubada de Zine El Abidine Ben Ali.
b) na Lígia, com a morte de Muammar al-Gaddafi.
c) em Israel, com a independência da Palestina.
d) Na Síria, na guerra civil contra Bashar al-Assad
e) No Iêmen, com a renúncia de All Abdullah Saleh
(QUESTÃO 3) No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos centralizadores contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses, 56% têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais – como o Facebook e o Twitter - ajudaram a mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.
Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes
a) reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.
b) tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.
c) manter o distanciamento necessário à sua segurança.
d) disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores.
e) difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população.
(QUESTÃO 3) No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos centralizadores contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses, 56% têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais – como o Facebook e o Twitter - ajudaram a mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.
Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes
a) reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.
b) tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.
c) manter o distanciamento necessário à sua segurança.
d) disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores.
e) difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população.
(QUESTÃO 4) Sobre o fenômeno migratório, leia as afirmativas abaixo:
I. Os movimentos migratórios podem ser espontâneos ou forçados; um exemplo deste último tipo de migração é a dos refugiados de guerra.
II. Pode-se chamar de refugiados ambientais aos migrantes que deixam lugares por problemas ambientais que dificultam as condições de vida, como a seca, a desertificação, enchentes, etc
III. O fator trabalho é uma das razões centrais para os movimentos migratórios. É motivo, por exemplo, para a emigração de brasileiros para os EUA.
IV. A Europa foi um importante foco de imigração a partir do século XV até aproximadamente a metade do século XX, recebendo imigrantes das colônias e ex-colônias, que buscavam as boas condições de vida nas cidades européias. Atualmente, este continente transformou-se em área de emigração, com pessoas que se dirigem em busca de novas oportunidades em outros continentes, como o americano, o africano e o asiático.
V. O Brasil, no século XIX, foi área de atração de imigrantes que buscavam novas oportunidades, sendo o maior grupo o de origem latino-americana (paraguaios, argentinos, bolivianos, etc.).
Assinale a opção que contem as afirmações corretas.
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) III, IV e V.
d) IV e V.
e) V e I.
(QUESTÃO 4) Sobre o fenômeno migratório, leia as afirmativas abaixo:
I. Os movimentos migratórios podem ser espontâneos ou forçados; um exemplo deste último tipo de migração é a dos refugiados de guerra.
II. Pode-se chamar de refugiados ambientais aos migrantes que deixam lugares por problemas ambientais que dificultam as condições de vida, como a seca, a desertificação, enchentes, etc
III. O fator trabalho é uma das razões centrais para os movimentos migratórios. É motivo, por exemplo, para a emigração de brasileiros para os EUA.
IV. A Europa foi um importante foco de imigração a partir do século XV até aproximadamente a metade do século XX, recebendo imigrantes das colônias e ex-colônias, que buscavam as boas condições de vida nas cidades européias. Atualmente, este continente transformou-se em área de emigração, com pessoas que se dirigem em busca de novas oportunidades em outros continentes, como o americano, o africano e o asiático.
V. O Brasil, no século XIX, foi área de atração de imigrantes que buscavam novas oportunidades, sendo o maior grupo o de origem latino-americana (paraguaios, argentinos, bolivianos, etc.).
Assinale a opção que contem as afirmações corretas.
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) III, IV e V.
d) IV e V.
e) V e I.