PROF. LUIZ HENRIQUE - Controle biológico

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CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS

MIP – Manejo Integrado de Pragas

• Alemanha Ocidental (1960): L. Furst.

• Agricultura Ecológica (1971) nos EUA.

• “Primavera Silenciosa” de Rachel Carsonem (1962)

MIP

• “Sistema de manejo de pragas que associa ambiente e dinâmica populacional da espécie, usa técnicas e métodos de forma tão compatível quanto possível e mantém população da praga em níveis abaixo daqueles capazes de causar dano econômico“ (FAO).

MIP

• Exploração do controle natural, dos níveis de tolerância das plantas aos danos causados pelas pragas, no monitoramento das populações para tomadas de decisão e na biologia e ecologia da cultura e de suas pragas.

MIP

• Fatores naturais de mortalidade, definições das densidades populacionais ou quantidade de danos causados pelas espécies alvo equivalentes aos níveis de dano econômico (NDE) e controle (NC), que fica imediatamente abaixo do NDE.

• Outra variável importante: determinação do nível de equilíbrio (NE) das espécies do agroecossistema estudado.

MIP

• Função da flutuação da densidade da espécie alvo e sua posição relativa aos três níveis (NE, NDE E NC) ao longo do tempo, espécies podem ser classificadas em pragas-chave (densidade populacional sempre acima do NDE), pragas esporádicas (densidade na lavoura raramente atinge o NDE) e não-pragas (densidade da espécie em questão nunca atinge o NDE).

MIP

• Atual: nível de não-controle (NNC), densidade populacional de uma ou mais espécies de inimigos naturais capaz de reduzir população da espécie alvo a níveis não econômicos, dispensando utilização de medidas de controle.

Monitoramento

Método

• 1. Legislativo:

• Serviço quarentenário.

• Medidas obrigatórias de controle (leis, decretos).

• Fiscalização do comércio de defensivos.

Método

• 2. Cultural:

• Rotação de culturas.

• Aração do solo.

• Local e época de cultivo e colheita.

• Destruição dos restos de culturas.

• Competição entre plantas.

• Nutrição e irrigação.

Método

• 3. Biológico:

• Inimigos naturais: nematóides, fungos, ácaros, bactérias, vírus, insetos predadores e parasitas.

Métodos

• 4. Genético:

• Cultivares resistentes.

• 5. Mecânicos:

• Catação manual de pragas.

• Formação de barreiras ou sulcos.

• Uso de armadilha.

Método

• 6. Comportamento:

• Atraentes de alimentação.

• Cultivares tolerantes e repelentes.

• Hormônios (atrativos sexuais).

• Esterilização de insetos.

Métodos

• 7. Físicos:

• Fogo, drenagem, inundação, temperatura, radiação eletromagnética, infravermelha.

• 8. Mecânicos:

• Catação manual de pragas.

• Formação de barreiras ou sulcos.

• Uso de armadilha.

Métodos

• 9. Químico:

• Produtos fitossanitários.

• Tratamento térmico.

• Refrigeração.

• 10. Integrado:

• Combinação de todos os métodos.

Uso de sementes resistentes

• Mecanismos de defesa: plantas resistentes ou tolerantes, repelem ou são menos infestadas.

• Vantagens: facilidade de uso, compatibilidade com outras

táticas de controle de pragas, baixo custo e impacto cumulativo sobre praga (mínimo impacto ambiental negativo).

• Variedades tolerantes: tempo e investimentos

consideráveis (nem sempre se tornam permanentes).

Agente Biológico O que ele ataca Como se aplica

Fungo Metarhizium anisopliae Cigarrinha da folha da cana-de-açúcar

O fungo é pulverizado e, em contato com o corpo do inseto,

causa doença.

Fungo Metarhizium anisopliae Broca dos citrus O fungo é polvilhado nos buracos da planta contaminando

a praga.

Fungo Beauveria bassiana Besouro "moleque-da-bananeira" O fungo é aplicado em forma de pasta em pedaços de bananeira que são colocados ao redor das

árvores servindo de isca.

Fungo Insectonrum sporothrix Percevejo "mosca-de-renda" O fungo é pulverizado e, em contato com o corpo do inseto,

causa doença.

Vírus Baculovírus anticarsia Lagarta da soja Pulverizado sobre a planta o vírus adoece a lagarta que se

alimenta das folhas.

Vírus Baculovírus spodoptera Lagarta do cartucho do milho Pulverizado sobre a planta, o vírus adoece a lagarta que se

alimenta da espiga em formação.

Vírus Granulose Mandorová da mandioca Pulverizado sobre a mandioca o víris é nocivo à praga.

Nematóide Deladendus siridicola Vespa-da-madeira Em forma de gelatina, o produto é injetado no tronco da árvore

esterelizando a vespa.

Bactéria Bacillus thuringiensis (Dipel)

Lagartas desfolhadoras Pulverizado sobre a planta o Dipel é nocivo às lagartas.

Controle com práticas agrícolas

• Rotação de culturas, seleção de áreas de plantio, plantio de culturas-armadilhas, ajuste do plantio e colheita na época menos favorável às infestações.

Controle físico e mecânico

• Barreiras físicas: como valas e coberturas plásticas, dificulta a locomoção dos insetos para a plantação.

• Armadilhas plásticas, fitas adesivas.

Natural

• População de inimigos naturais que ocorrem naturalmente no meio ambiente.

• Devem ser sempre preservados, (se possível, aumentados).

Clássico

• Importação e colonização de inimigos naturais (parasitóides, predadores, microrganismos) visando controle de pragas exóticas (eventualmente também pragas nativas).

Aplicado

• Liberações inundativas de parasitóides, predadores, patógenos e outros, após criação massal em laboratório.

INFESTAÇÃO

TEMPO

NÍVEL DE AÇÃO

DANO ECONÔMICO

Controle Biológico Natural

Controle Biológico Clássico(Cochonilha da mandioca na África)

Controle Biológico Aplicado

Percevejo (Podisus nigrispinus) - hemiptera

Cochonilha (Hiperaspis notata) predando pulgão

Larva de neuroptera predando pulgão

Neuroptera

• Famílias Chrysopidae e Hemerobiidae: mais importantes por se alimentarem de diversas pragas agrícolas.

• Alimentam-se de artrópodes praga: pulgões, cochonilhas, mosca branca, ovos e pequenas lagartas de lepidópteros e ácaros (AGNEW et al., 1981; FREITAS, 2001).

Neuroptera

Gênero: Leucochrysa

Crisópas

Formiga Leão Myrmeleonbrasiliensis

Joaninha sete pintas (Coccinella septempunctata) predando pulgões

Ácaros predadores

Vírus de granulose (Pseudoplusia includens) - VGPi

Tratamento de sementes

Vespa (Telenomus remus Nixon, 1937 – hymenoptera)

Adulto: 0,5 a 0,6 mm comprimento, corpo preto e brilhante. Ovo ao adulto: 10 dias. Machos emergem 24 horas antes das fêmeas. Alta especificidade para Spodoptera. frugiperda (fêmeas parasitam mais de 250 ovos durante período de vida).

Vespa (Campoletis flavicincta) e lagarta-do-cartucho (menor parasitada)

Vespa: 15 mm envergadura. Resto da lagarta fica agregado ao casulo do parasitóide, tornando facilmente identificável ocorrência desse inimigo natural.

(Foto: Ivan Cruz / Embrapa Milho e Sorgo)

Vespa (Exasticolus fuscicornis)

Larva parasitada por essa vespa reduz o consumo alimentar. Larva do parasitoide completamente desenvolvida, lagarta-do-cartucho abandona planta e dirige-se ao solo, à semelhança da lagarta parasitada por Chelonus insularis. Desenvolve pupa da vespa até aparecimento do novo adulto, (nova geração).

Tesourinha (Doru luteipes)

Trichogramma galoi parasitando ovos de Diatraea saccharalis

T. pretiosum Riley, 1879 (controle de ovos de espécies de Lepidoptera como Spodoptera frugiperda – lagarta-do-cartucho, Helicoverpa zea – lagarta-da-espiga e Diatraea saccharalis – broca da cana-de-açúcar), T. atopovirilia Oatman e Platner, 1983 (controle de S. frugiperda) e T. galloi (Zucchi, 1988) (controle de Diatraea saccharalis).

Baculovírus em lagarta da soja

Lagarta falsa medideira morta pelo fungo Nomuraea rileyi

Larva de percevejo do arroz morto pelo fungo Metarhizium sp

Larvas de Tiphia sp. predando larvas de

Diloboderus abderus

Predador: aranhas

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Autor: Prof. Luiz Henrique Batista SouzaDisponibilizados por Daniel Mota (www.danielmota.com.br) sob prévia autorização.