Post on 11-Nov-2018
Epí = em cima de, sobre
Demós = povo
Logos = palavra, discurso, estudo
“Ciência do que ocorre (se abate)
sobre o povo.”
Mil
ene
ZS
Vos
ger
au
Definição:
Ciência que estuda o processo saúde-doença na
sociedade, analisando a distribuição populacional e os
fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde
e eventos associados à saúde coletiva, propondo
medidas específicas de prevenção, controle de
erradicação de doenças e fornecendo indicadores que
sirvam de suporte ao:
Planejamento,
Administração
Avaliação das ações em Saúde
Mil
ene
ZS
Vos
ger
au
ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2006a
Objeto de estudo da Epidemiologia
População
Doentes
relação entre o conjunto da população
e o sub-conjunto de doentes
Não é um sistema binário
É um continuum - processo
saúde doença
Saúde Doença
„Saúde é a capacidade de adaptação e autogestão em face aos desafios sociais, físicos e emocionais‟.
Huber et al., 2011
Não são sinônimos!
Saúde Não estar doente
Bem Não fazer o mal
Paz Não fazer guerra
Amor Não ódio
Felicidade
Ausência de afetos negativos: ansiedade, depressão, agitação, aborrecimento, pessimismo, tensão
Vida Não estar morto
“Não me convide para nenhuma manifestação contra a Guerra, mas estarei em todas pela Paz.”
Madre Tereza
Denominação Conceito Objeto Indicador Fatores Clínica Áreas
Epidemiologia
da saúde
Epidemiologia
Positiva
Processo
complexo,
dinâmico
(multinível)
Saúde
Indicadores
positivos de
saúde
Fatores de
promoção
da saúde
Sinais e
sintomas
clínicos
“das
saúdes”
Como é o
nome da
ciência que
estuda a
saúde?
Epidemiologia
da doença
Epidemiologia
Positivista
Saúde como
ausência de
doença;
(grupo de
não-
doentes)
“Ponto cego”
Doença
Morte
Indicadores
de
morbidade e
mortalidade
Fatores de
risco
Fatores de
proteção da
doença
Sinais e
sintomas
clínicos
das
doenças
Anatomia,
Fisiologia,
Patologia,
Farmacologia
Situação de saúde
Autocuidado 1,19 – 3,94 0,012*
Sim 2,16
Não 1,00
Autopercepção de saúde 0,73 – 2,08 0,432
Ruim 1,23
Boa 1,00
Depressão 0,22 – 0,97 0,042*
Sim 0,47
Não 1,00
Hipertensão arterial 0,33 – 1,19 0,155
Sim 0,62
Não 1,00
Presença de dor crônica 0,25 – 0,82 0,009*
Sim 0,45
Não 1,00
Intensidade da dor crônica 0,24 – 1,51 0,286
Sem dor/Fraca/moderada 0,62
Forte/violenta/Insuportável 1,00
Consumo de medicamentos
Consumo contínuo de medicamentos 0,64 – 2,30 0,558
Sim 1,21
Não 1,00
EPIDEMIOLOGIA
Epidemiologia Social
LEITURA INTERESSANTE:BARATA, Rita Barradas. Epidemiologia social. Rev. bras. epidemiol. [online]. 2005, vol.8, n.1, pp. 7-17. ISSN 1415-790X.
“para produzir saúde devemos atuar
sobre os determinantes sociais, e
não apenas na cura das doenças”.
o Os determinantes sociais tem
um impacto direto na saúde
o Os determinantes sociais
estruturam outros
determinantes da saúde
o São as „causas das causas‟
Idéiaantiga!
o Allison → 1820
o Villermé → 1826
o Virchow → 1847
o investigando um surto,
chegou a conclusão de
que as causas da
epidemia eram tanto
sociais e econômicas
quanto eram físicas.
Índice de Gini para
concentração de
renda x 100
PNUD 2005
0 20 40 60 80
Paraguay
South Africa
Brazil
Guatemala
Swaziland
Central African Republic
Sierra Leone
Botswana
Lesotho
Namibia
Países
escandinavos
= 25
o Iniquidades na distribuição de renda
o Parcela da população vivendo na pobreza
o A renda dos 20% mais ricos é 26x maior
que a renda dos 20% mais população mais
pobre
o 24% da população economicamente ativa
possui rendimentos inferiores que U$
2/dia.
CARVALHO; BUSS, 2008
Sadio
Doença leve
Doença grave
Morte
Maior exposição às doenças e agravos
Menor cobertura com intervenções
preventivas
Maior probabilidade de adoecer
Menor resistência às doenças
Menor acesso a serviços de saúde
Pior qualidade da atenção recebida em
serviços de atenção primária
Menor probabilidade de receber
tratamentos essenciais
Menor acesso a serviços de nível
secundário e terciário
VICTORA, 2006
Sadio
Doença leve
Doença grave
Morte
Maior exposição às doenças e agravos
Menor cobertura com intervenções
preventivas
Maior probabilidade de adoecer
Menor resistência às doenças
Menor acesso a serviços de saúde
Pior qualidade da atenção recebida em
serviços de atenção primária
Menor probabilidade de receber
tratamentos essenciais
Menor acesso a serviços de nível
secundário e terciário
INIQUIDADES EM SAÚDE
VICTORA et al, Lancet 2003
0%
10%
20%
30%
0 a 3 4 a 7 8 ou +
Número de bens no domicílio
% i
nd
ivíd
uo
s
Fonte: Pesq Mundial Saúde / Brasil 2003
Sadio
Doença leve
Doença grave
Morte
Maior exposição às doenças e agravos
Menor cobertura com intervenções
preventivas
Maior probabilidade de adoecer
Menor resistência às doenças
Menor acesso a serviços de saúde
Pior qualidade da atenção recebida em
serviços de atenção primária
Menor probabilidade de receber
tratamentos essenciais
Menor acesso a serviços de nível
secundário e terciário
INIQUIDADES EM SAÚDE
VICTORA et al, Lancet 2003
0%
20%
40%
60%
80%
< 1 1 a 3 4 a 7 8 a 10 11 a 14 15 ou
mais
Escolaridade (anos)
% m
ulh
ere
s
Fonte: PNAD Saúde 2003
Sadio
Doença leve
Doença grave
Morte
Maior exposição às doenças e agravos
Menor cobertura com intervenções
preventivas
Maior probabilidade de adoecer
Menor resistência às doenças
Menor acesso a serviços de saúde
Pior qualidade da atenção recebida em
serviços de atenção primária
Menor probabilidade de receber
tratamentos essenciais
Menor acesso a serviços de nível
secundário e terciário
VICTORA et al, Lancet 2003
Fonte: Coorte de 1982 (Pelotas)
0%
5%
10%
15%
20%
25%
<1 1,1-3 3,1-6 6.1-10 >10
Renda familiar em salários mínimos
% a
do
les
ce
nte
s
0%
20%
40%
60%
80%
0 a 3 4 a 7 8 ou +
Número de bens no domicílio
% i
nd
ivíd
uo
s
Fonte: Pesq Mundial Saúde / Brasil 2003
Sadio
Doença leve
Doença grave
Morte
Maior exposição às doenças e agravos
Menor cobertura com intervenções
preventivas
Maior probabilidade de adoecer
Menor resistência às doenças
Menor acesso a serviços de saúde
Pior qualidade da atenção recebida em
serviços de atenção primária
Menor probabilidade de receber
tratamentos essenciais
Menor acesso a serviços de nível
secundário e terciário
VICTORA et al, Lancet 2003
Fonte: Epidemiologia da Desigualdade, 1988
0%
5%
10%
15%
<1 1,1-3 3,1-6 6.1-10 >10
Renda familiar em salários mínimos
% c
ria
nç
as
Sadio
Doença leve
Doença grave
Morte
Maior exposição às doenças e agravos
Menor cobertura com intervenções
preventivas
Maior probabilidade de adoecer
Menor resistência às doenças
Menor acesso a serviços de saúde
Pior qualidade da atenção recebida em
serviços de atenção primária
Menor probabilidade de receber
tratamentos essenciais
Menor acesso a serviços de nível
secundário e terciário
VICTORA et al, Lancet 2003
0%
20%
40%
60%
80%
0 <=1 1.1-2 2.1-3 3.1-5 5.1-10 10.1-20 >20
Renda familiar (salários mínimos)
% i
nd
ivíd
uo
s
Fonte: PNAD Saúde 2003
Sadio
Doença leve
Doença grave
Morte
Maior exposição às doenças e agravos
Menor cobertura com intervenções
preventivas
Maior probabilidade de adoecer
Menor resistência às doenças
Menor acesso a serviços de saúde
Pior qualidade da atenção recebida em
serviços de atenção primária
Menor probabilidade de receber
tratamentos essenciais
Menor acesso a serviços de nível
secundário e terciário
VICTORA et al, Lancet 2003
50%
60%
70%
80%
90%
Mais
pobres
Segundo Terceiro Quarto Mais
ricos
Renda familiar (quintis)
% g
es
tan
tes
Fonte: Pelotas, Coorte 2004
Sadio
Doença leve
Doença grave
Morte
Maior exposição às doenças e agravos
Menor cobertura com intervenções
preventivas
Maior probabilidade de adoecer
Menor resistência às doenças
Menor acesso a serviços de saúde
Pior qualidade da atenção recebida em
serviços de atenção primária
Menor probabilidade de receber
tratamentos essenciais
Menor acesso a serviços de nível
secundário e terciário
VICTORA et al, Lancet 2003
Fonte: Pesq Mundial Saúde / Brasil 2003
60%
80%
100%
0 a 3 4 a 7 8 ou +
Número de bens no domicílio
% i
nd
ivíd
uo
s
0%
5%
10%
15%
20%
0 a 3 4 a 7 8 ou +
Número de bens no domicílio
% i
nd
ivíd
uo
s
Fonte: Pesq Mundial Saúde / Brasil 2003
Sadio
Doença leve
Doença grave
Morte
Maior exposição às doenças e agravos
Menor cobertura com intervenções
preventivas
Maior probabilidade de adoecer
Menor resistência às doenças
VICTORA et al, Lancet 2003
Menor acesso a serviços de saúde
Pior qualidade da atenção recebida em
serviços de atenção primária
Menor probabilidade de receber
tratamentos essenciais
Menor acesso a serviços de nível
secundário e terciário
Primeiro estudo epidemiológico -1854 – John Snow– Cólera X Água de Abastecimento
Séc. XX - Estudos epidemiológicos das doenças Transmissíveis
Transição epidemiológica
Doenças não infecciosas, lesões por causas externas, desvios nutricionais
46
19816 idosos para cada 12 crianças até 5 anos
20046 idosos para cada 5 crianças até 5 anos
Painel de Indicadores do SUS, 2006
Sobreposição de modelos
Diminuição dos índices de doenças parasitárias
Reaparecimento de doenças seculares (Dengue, Tuberculose, Hanseníase, Cólera, dentre outras)
Doenças Emergentes: AIDS, Ébola
Aumento expressivo das causas externas →violência urbana
Aumento na prevalência das doenças Cardiovasculares
Aumento de doenças relacionadas com o estilo de vida
Análise da situação de saúde AIDS em Curitiba
Identificação de perfis e fatores de risco Homens tem 6 x mais chance de morrer em
acidente de trânsito do que mulheres
Avaliação dos serviços Antes PSF/PG → Mortalidade infantil: 25/ 1000
nascidos vivos (2001) Após PSF/PG → Mortalidade Infantil: 16/1000
nascidos vivos (2002)
Vigilância em saúde pública Casos de Meningite meningocócica em Curitiba
Mortalidade infantil e classes sociais.
Trombose venosa relacionada ao uso deanticoncepcionais.
Sedentarismo e doenças cardio-vasculares.
Hábito de fumar e câncer de pulmão.
Comportamento sexual transmissão da AIDS.
Cegueira em crianças subnutridas e sua relação comavitaminose A.
Leucemia na infância provocada pela exposição deraios X durante a gestação.
Dados:
Matéria prima da informação →Valores ainda não trabalhados
Ex: Morreu 100 crianças na Cidade X/2005
Informação:
Tradução dos dados após serem trabalhados
Ex: 10/1000 nascidos vivos na Cidade X (P = 10000 hab)
Indicadores:
Permite comparar níveis de saúde entre diferentes populações, ou ao longo do tempo 10/1000 nascidos vivos na Cidade X
100/1000 nascidos vivos na Cidade Y
Casos notificados de dengue por Regiões do Brasil,
janeiro a junho de 2011
Região Nº
Norte 110.711
Nordeste 157.297
Sudeste 338.307
Sul 56930
Centro Oeste 52421Fonte:Ministério da Saúde.Secretaria de Vigilância em Saúde.Balanço Dengue: Semana Epidemiológica 1 a 26 de 2011
Casos notificados de dengue por Regiões do Brasil,
janeiro a junho de 2011
Região Nº
Norte 110.711
Nordeste 157.297
Sudeste 338.307
Sul 56930
Centro Oeste 52421Fonte:Ministério da Saúde.Secretaria de Vigilância em Saúde.Balanço Dengue: Semana Epidemiológica 1 a 26 de 2011
Casos notificados de dengue e coeficientes de incidência por regiões do Brasil, janeiro a junho de 2011Região Nº casos População Coef. Incidência
Norte 110.711 15.864.454 69,79
Nordeste 157.297 53.081.950 29,63
Sudeste 338.307 80.364.410 42,10
Sul 56930 27.386.891 20,79
Centro Oeste 52421 14.058.094 37,29
Fonte:Ministério da Saúde.Secretaria de Vigilância em Saúde.Balanço Dengue: Semana Epidemiológica 1 a 26 de 2011Coeficientes por 10 mil habitantes
Casos notificados de dengue e coeficientes de incidência por regiões do Brasil, janeiro a junho de 2011Região Nº casos População Coef. Incidência
Norte 110.711 15.864.454 69,79
Nordeste 157.297 53.081.950 29,63
Sudeste 338.307 80.364.410 42,10
Sul 56930 27.386.891 20,79
Centro Oeste 52421 14.058.094 37,29
Fonte:Ministério da Saúde.Secretaria de Vigilância em Saúde.Balanço Dengue: Semana Epidemiológica 1 a 26 de 2011Coeficientes por 10 mil habitantes
Levantamentos contínuos
óbitos, nascimentos, doenças de notificação obrigatória
Levantamentos Periódicos
IBGE – 10 em 10 anos
Levantamentos ocasionais
Pesquisas de mestrados, investigação de surtos
Fonte primária
Levantados diretamente da população pesquisada
Exemplos: Pesquisar automedicação na população Pesquisar os padrões de consumo de medicamentos Pesquisar a quantidade de chumbo no leite materno
Fonte secundária
Quando os dados já são existentes
Dados arquivados, registrados, processados, publicados
Exemplo: Incidência de tuberculose com bases nos dados pelo
serviço de saúde
As formas de informações trabalhadas em Saúde Pública → Indicadores de morbi-mortalidade
Serve para comparar o observado em determinado local com o observado em outros locais ou com o observado em diferentes tempos e medir o risco.
Analisar a situação atual de saúde
Fazer comparações
Avaliar mudanças ao longo do tempo