Post on 25-Mar-2021
Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial •
PCDRS
Desenvolvimento Tecnológico Regional •
DTR
Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio Tijucas, Costa Esmeralda e Itajaí-Mirim
• ADRVALE
Revi
são
06
– O
utub
ro/2
004
Florianópolis, 2004DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO REGIONAL
DIRETORIA
Presidente José Fernando Xavier Faraco
Diretoria Executiva
Diretor Superintendente Jaime Oltramari
Diretor Técnico Jaime Oltramari
Diretor Administrativo e Financeiro Carlos Henrique Ramos Fonseca
DIRETORIA
Presidente do Conselho Deliberativo Antônio Edmundo Pacheco
Diretoria Executiva
Diretor Superintendente Carlos Guilherme Ziggelli
Diretor Técnico Anacleto Angelo Ortigara
Diretor Administrativo Financeiro José Alaor Bernardes
AADDRRVVAALLEE AAggêênncciiaa ddee DDeesseennvvoollvviimmeennttoo
Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tijucas, Costa Esmeralda e Itajaí-Mirim
ADRVALE
DIRETORIA
Presidente Pedro Micheluzzi
Vice-Presidente Francisco de Assis Mafezzolli
CORPO TÉCNICO
Superintendente Sérgio Zanella Júnior
CONSELHO FISCAL
Titulares Antônio Cotrim – APHB Moises Costa – ACEVALE
Fabio Soares Flor – Soares Flor Training
Suplentes Gilson J. Oliveira – ACIT
Alcides Cláudio Sgrott Filho – SEBRAE/SC
AADDRRVVAALLEE AAggêênncciiaa ddee DDeesseennvvoollvviimmeennttoo
Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tijucas, Costa Esmeralda e Itajaí-Mirim
ADRVALE
Colaboradores Fundadores e Patrocinadores ACIT – Associação Comercial e Industrial de Tijucas
ACIPB – Associação Comercial e Industrial de Porto Belo ACITA – Associação Comercial e Industrial de Itapema
Sistema FIESC/IEL – Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
CDL – Câmara dos Dirigentes Lojistas de Itapema SEBRAE/SC – Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas de SC
UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí – Campi Tijucas SINCASJB – Sindicato das Indústrias do Calçado de São João Batista
CONVENTION BUREAU – Costa Esmeralda Convention e Visitors Bureau APHB – Associação de Pousadas e Hotéis de Bombinhas
ACEVALE – Associação das Cerâmicas do Vale do Rio Tijucas e Camboriú SOARES FLOR TRAINING
FAMPESC – Federação dos Micros e Pequenas Empresas INTELECTUS – Instituto de Desenvolvimento
CASAN – Companhia Catarinense de Águas e Saneamento SANTUÁRIO MADRE PAULINA
Municípios da região de abrangência da ADRVALE Prefeitura Municipal de São João Batista – Prefeito Jair Sebastião Amorim
Prefeitura Municipal de Brusque – Prefeito Ciro Marcial Roza Prefeitura Municipal de Nova Trento – Prefeito Godofredo Luiz Tonini Prefeitura Municipal de Major Gercino – Prefeito Lourival dos Santos
Prefeitura Municipal de Botuverá – Prefeito Nilo Barni Prefeitura Municipal de Tijucas – Prefeito Uilson Sgrott
Prefeitura Municipal de Canelinha – Prefeito Moacir Montibeller Prefeitura Municipal de Guabiruba – Prefeito Guido Antônio Kormann
Prefeitura Municipal de Itapema – Prefeito Clóvis José da Rocha Prefeitura Municipal de Porto Belo – Prefeito Sérgio Biehler
Prefeitura Municipal de Bombinhas – Prefeito Claudionor Carlos Pinheiro Prefeitura Municipal de Governador Celso Ramos – Prefeito Samuel Silva
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI
Reitor Roberto Provesi
Vice-Reitor Antonio Scatolin Pinheiro
Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação, Extensão e Cultura Amândia Maria de Borba
Pró-reitoria de Ensino Valdir Cechinel Filho
EQUIPE TÉCNICA
Gerência de Projetos Regionais e Setoriais do SEBRAE/SC Marcondes da Silva Cândido
Coordenador da Unidade de Desenvolvimento Regional e Setorial do IEL/SC Osny Taborda Ribas Junior
Gestor da ADR/DTR – SEBRAE/SC Wilson Sanches Rodrigues
Agente de Articulação do SEBRAE/SC Alcides Cláudio Sgrott Filho – Brusque Sérgio Fernandes Cardoso – Tijucas
Colaboradores do IEL/SC Adriano de Medeiros Caldas
Ana Rúbia Dela Justina Becker André Arthur Dutra
Daniel Bloemer Evandro Minuce Mazo
Everaldo I. Levartoski de Araújo Fábio Miguel de Souza
Fátima Maria Franz Hermes Fausto Ricardo Keske Cassemiro
Jorge Alberto Saldanha Nasser Younes
Rafael Ernesto Kieckbusch Ronaldo Cimetta Sandra Grellmann
Sandro Wojcikiewicz da Silveira
Estagiários do IEL/SC Carolina Pereira Laurindo Fernando Machado Pereira
Herlon Fernandes Marcelo Santos Barboza Rodrigo Nicola Sehbe
Professores Envolvidos da UNIVALI – Campus Tijucas Profa. Isabela Regina F. Müller Prof. Homero Gustavo Calatzis
SSSuuummmááárrriiiooo
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................XVIII
CAPÍTULO 1 – Caracterização Regional .................................................................. 01
1.1 Introdução ........................................................................................................... 03
1.2 Raízes Históricas .............................................................................................. 05
1.2.1 Botuverá ............................................................................................................. 05
1.2.2 Brusque ............................................................................................................ 07
1.2.3 Bombinhas ........................................................................................................ 09
1.2.4 Canelinha .......................................................................................................... 11
1.2.5 Governador Celso Ramos ................................................................................. 13
1.2.6 Guabiruba .......................................................................................................... 15
1.2.7 Itapema................................................................................................................ 17
1.2.8 Major Gercino .................................................................................................... 19
1.2.9 Nova Trento ...................................................................................................... 21
1.2.10 Porto belo ....................................................................................................... 23
1.2.11 São João Batista .............................................................................................. 25
1.2.12 Tijucas ............................................................................................................ 27
1.3 População Residente ........................................................................................ 29
1.4 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal .............................................. 39
1.5 Instituições de Cultura ........................................................................................ 49
1.6 Infra Estrutura ..................................................................................................... 51
1.6.1 Transporte Rodoviário ........................................................................................ 54
1.6.2 Transporte Ferroviário ....................................................................................... 57
1.6.3 Transporte Hidroviário ........................................................................................ 61
1.6.4 Transporte Aéreo ................................................................................................ 65
1.6.5 Energia Elétrica .................................................................................................. 67
1.6.6 Gás Natural ......................................................................................................... 71
1.6.7 Telecomunicações............................................................................................... 74
1.6.8 Água e Saneamento ........................................................................................... 76
1. 7 Atividade Econômica ..........................................................................................78
1.7.1 Produto Interno Bruto – PIB .................................................................................78
1.7.2 Valor Adicionado .................................................................................................81
1.7.3 Recolhimento do ICMS ........................................................................................84
1.7.4 Empregados e Estabelecimentos.........................................................................85
1.8 Mapa de Conhecimento .......................................................................................93
1.8.1 Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI ...........................................................94
1.8.2 Associação Educacional do Vale do Itajaí -Mirim ................................................95
1.8.3 Centro Universitário de Brusque – Unifebe..........................................................95
1.8.4 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI de Tijucas ....................97
1.8.5 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI de Brusque ..................99
1.8.6 Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio – SENAC de Brusque .........102
CAPÍTULO 2 – Segmentos Econômicos Estratégicos...........................................105
2.1 Introdução............................................................................................................107
2.2 Metodologia de Identificação de Segmentos Econômicos Estratégicos ......108
2.3 Segmentos Econômicos Estratégicos Identificados.......................................111
2.3.1 Alojamento, Alimentação, Aluguel e Atividades Imobiliárias..............................113
2.3.2 Confecção e Fabricação de Produtos Têxteis ..................................................123
2.3.3 Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos .........................................136
2.3.4 Fabricação de Máquinas e Equipamentos ........................................................143
2.3.5 Fabricação de Artefatos de Couro e Calçados ..................................................159
CAPÍTULO 3 – Capacitações, Painéis Temáticos e Oficinas ................................105
3.1 Introdução............................................................................................................161
3.2 Capacitações ......................................................................................................162
3.2.1 Liderança & Motivação para o Desenvolvimento Regional................................162
3.2.2 Gerenciamento do Ciclo de Projetos..................................................................163
3.2.3 Oficina de Projetos .............................................................................................163
3.3 Painéis Temáticos ...............................................................................................164
3.3.1 Painel Temático de Turismo...............................................................................164
3.3.2 Painel Temático de Agricultura Familiar.............................................................168
3.3.3 Painel Temático de Confecções.........................................................................174
3.4 Oficinas de Projetos............................................................................................177
3.4.1 Oficina de Projetos de Agronegócio .................................................................. 177
3.4.2 Oficina de Projetos de Confecções. .................................................................. 180
CAPÍTULO 4 – Plano de Ação de Turismo ............................................................. 187
4.1 Apresentação...................................................................................................... 190
4.2 Justificativa......................................................................................................... 192
4.3 Objetivos do Plano de Ação .............................................................................. 193
4.3.1 Objetivo Geral.................................................................................................... 193
4.3.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 193
4.4 Metodologia......................................................................................................... 194
4.5 Discussão dos Resultados ................................................................................ 197
4.5.1 Iniciativas de Organização entre os Empresários ............................................. 197
4.5.2 Relacionamento com o Poder Público............................................................... 198
4.5.3 Potenciais Turísticos da Região ........................................................................ 198
4.5.4 Relacionamento com Instituições de Ensino Superior e Técnico...................... 199
4.5.5 Árvore de Problemas......................................................................................... 199
4.6 Análise do Perfil das Pequenas Propriedades Rurais .................................... 202
4.7 Marco Lógico: Objetivos e Atividades.............................................................. 202
4.8 Nivelamento de Informações............................................................................. 204
4.8.1 SENAC/SC–Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Santa Catarina205
4.8.2 SEBRAE/SC – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de SC ........ 205
4.8.3 SANTUR – Órgão Oficial de Turismo do Estado de Santa Catarina................. 206
4. 9 Bibliografia ......................................................................................................... 206
4.10 ANEXO I – Análise do Perfil das Pequenas Propriedades Rurais ............... 206
4.10.1 Nova Trento ..................................................................................................... 206
4.10.2 São João Batista.............................................................................................. 207
4.10.3 Botuverá .......................................................................................................... 207
4.10.4 Canelinha......................................................................................................... 208
4.10.5 Guabiruba........................................................................................................ 208
4.10.6 Major Gercino .................................................................................................. 209
4.10.7 Porto Belo ........................................................................................................ 209
4.10.8 Tijucas ............................................................................................................. 209
APRESENTAÇÃO • ADRVALE
XVII
AAAppprrreeessseeennntttaaaçççãããooo
Nos últimos anos ocorreram importantes mudanças no cenário mundial, principalmente
em países em desenvolvimento como o Brasil. Isto requer novas diretrizes
metodológicas e técnicas que sejam capazes de responder efetivamente às questões
relacionadas ao desenvolvimento em âmbito regional. O processo de crescimento
econômico deve ser promovido além do contexto puramente econômico, atentando para
os inevitáveis reflexos sociais, ambientais e políticos, para que se obtenha, efetivamente,
um desenvolvimento integrado na região. Para alcançá-lo, sustentavelmente, faz-se
necessário à existência de empresas bem sucedidas e comprometidas com a qualidade
de vida da população local. Entretanto, essas organizações devem buscar
constantemente a inovação e as maneiras de aumentar sua competitividade. Dessa
forma, é necessária uma nova forma de entender o desenvolvimento regional.
Através da aplicação da metodologia do Desenvolvimento Tecnológico Regional – DTR
criou-se a Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tijucas, Costa Esmeralda e
Itajaí-Mirim – ADRVALE com abrangência em doze municípios. Os trabalhos tiveram
início em maio de 2003 sob a coordenação do Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina. A
figura 1 apresenta um mapa temático com o território de abrangência da agência.
Com o intuito de intervir no foco do desenvolvimento regional, o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina – SEBRAE/SC, em conjunto
com o Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina – IEL/SC, desenvolvem o Programa
Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial – PCDRS. Deste programa, fazem
parte algumas metodologias, entre as quais, o Desenvolvimento Tecnológico Regional –
DTR e a Estruturação de Agência de Desenvolvimento Regional – ADR.
APRESENTAÇÃO • ADRVALE
XVIII
Guabiruba Itapema
Brusque
Bombinhas Porto Belo
Botuverá CanelinhaTijucas
Nova Trento São João Batista
Governador Celso Ramos Major Gercino
Figura 1 - Mapa indicando a região da ADRVALE no território catarinense
Fonte: Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, 2004.
CARACT L
CAPÍTULO 1
•
ERIZAÇÃO REGIONA
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 2004 • ADRVALE 3
1.1 Introdução
A região de abrangência da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio
Tijucas, Costa Esmeralda e Itajaí-Mirim é composta por doze municípios, que
corresponde a um percentual de 2,96% da área total do Estado de Santa Catarina,
constituindo-se num total de 2.827,1 km2. A população da região é de 210.026 habitantes,
segundo o Censo 2000 do IBGE, sendo 74,58% dos quais residentes na área urbana. O
PIB per capita foi de aproximadamente R$ 6.617,00 em 2000. Possuía 53.817 empregos
diretos formais em 2002 para 14.371 estabelecimentos.
Municípios que fazem parte da região da ADRVALE:
Bombinhas
Botuverá
Brusque
Canelinha
Governador Celso Ramos
Guabiruba
Itapema
Major Gercino
Nova Trento
Porto Belo
São João Batista
Tijucas
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 2004 • ADRVALE 4
Tabela 1 - Dados gerais sobre os municípios da região da ADRVALE
Dados Gerais
Área (km2) 2.827,1
População (2000) 210.026
% urbano 74,58%
% rural 25,42%
Crescimento % populacional 1996/2000 16,94%
Crescimento % urbano 1996/2000 29,06%
Crescimento % rural 1996/2000 -27,74%
Postos de empregos (2002) 53.817
Valor adicionado R$ (2001) 926.427,14
Número de Empresas (2002) 14.371
PIB per capita R$ (2000) 6.617,00
Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
5
1.2 Raízes Históricas
A raiz histórica dos doze municípios da região de abrangência da ADRVALE é descrita a
seguir.
1.2.1 Botuverá
O município de Botuverá foi colonizado a partir de 1876,
quando 30 famílias de italianos fundaram o povoado de Porto
Franco. Na década de 1940, com a notícia de que havia ouro
na região, muito gente mudou-se para o então, distrito de
Brusque, instalando-se junto ao leito do rio Itajaí-Mirim. Com a
escassez de pepitas, muitas dessas pessoas acabaram
abandonando a região, que, quase 100 anos depois de sua
fundação, tornou-se o município de Botuverá. O principal
atrativo em Botuverá é a Caverna de Ourinhos. Seus salões,
vãos e galerias atraem turistas todos os anos, em busca de
aventura e conhecimento.
Data de fundação - 09 de junho de 1962.
Data festiva - 09 de junho (aniversário da cidade).
Principais atividades econômicas - Extração mineral, indústria têxtil e turismo.
Colonização - Italiana.
Principais etnias - Italiana.
Localização - Vale do Itajaí, a 19km de Brusque e a 125km de Florianópolis.
Clima - Temperado, com temperatura média de 20ºC.
Altitude - 85m acima do nível do mar.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
6
Cidades próximas - Brusque, Nova Trento, Gaspar, Presidente Nereu.
Como Chegar - Botuverá fica a 19km a oeste de Brusque, nas margens da rodovia BR-
486.
Tabela 2 - Dados Gerais sobre o Município de Botuverá
Área (km²) 317,2
População (2000) / Porcentagem região (%) 3.756 / 1,79%
% urbano 21,38
% rural 78,62
Crescimento % populacional 1996/2000 -6,85
Crescimento % urbano 1996/2000 30,36
Crescimento % rural 1996/2000 -13,55
PIB per capita (2000) R$ / Posição região 6.839 / 5°
Crescimento % PIB per capita 1996/2000 61,47
Postos de emprego (2002) / Posição região 808 / 11°
IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,795 / 11° / 148°
Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 10.748.683,00 / 8°
Número de empresas (2002)/ Posição região 172 / 11°
Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
7
1.2.2 Brusque
Em 1860, liderados pelo barão austríaco Maximilian von Schnéeburg, 55 alemães
chegam à região e fundam Itajahy. Nos anos seguintes chega outros imigrantes, na maior
parte originários do sul da Alemanha. Em
1881 a colônia torna-se o município de São
Luiz Gonzaga e, em 1890, recebe o nome
de Brusque. Anos depois chegam os
poloneses, trazendo seus teares manuais e
inaugurando o ramo das indústrias têxteis,
até hoje presentes na cidade e uma das
bases da economia local. Situada no Vale
do Itajaí e um dos locais de visitação religiosa mais procurados do Estado.
Data de fundação - 04 de agosto de 1860.
Data festiva - Terceiro final de semana de agosto (Festa de Nossa Senhora do
Azambuja).
Principais atividades econômicas - A indústria é a base da economia local,
especialmente o setor têxtil e metal-mecânico, mas o comércio de vestuário, cama, mesa
e banho, e o turismo religioso e de compras também se destacam, na geração de renda
da cidade.
Colonização - Alemã.
Principais etnias - Alemã, polonesa e italiana.
Localização - Vale do Itajaí-Mirim, a 40km de Blumenau e a 108km de Florianópolis.
Clima - Temperado quente, com temperatura média entre 16ºC e 27ºC.
Altitude - 36m acima do nível do mar.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
8
Cidades próximas - Blumenau, Nova Trento, Botuverá, Itajaí, Camboriú, Gaspar,
Balneário Camboriú, Guabiruba.
Tabela 3 - Dados Gerais sobre o município de Brusque
Área (km²) 280,2
População (2000) / Porcentagem região (%) 76.058 / 36,21%
% urbano 96,32
% rural 3,68
Crescimento % populacional 1996/2000 14,27
Crescimento % urbano 1996/2000 20,68
Crescimento % rural 1996/2000 -52,14
PIB per capita (2000) R$ / Posição região 12.966 / 1°
Crescimento % PIB per capita 1996/2000 4,29
Postos de emprego (2002) / Posição região 28.602 / 1°
IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,842 / 1° / 21°
Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 563.145.080,00 / 1°
Número de empresas (2002)/ Posição região 6.268 / 1°
Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
9
1.2.3 Bombinhas
Os portugueses açorianos, fugindo das freqüentes invasões piratas no Arquipélago de
Açores, chegaram à região no início do século XVIII e fundaram o povoado de Vila Nova
Ericeira, hoje Porto Belo. Os colonos
surpreenderam-se com a beleza do lugar e
com o barulho das ondas quebrando na
praia - a origem do nome atual de
Bombinhas. Mas, foi apenas na década de
1960, que a região foi "descoberta" pelos
turistas. Atraídos pelas belezas naturais do
município, eles passaram a freqüentar as
praias, ainda que os acessos fossem ruins. Os padres salesianos construíram o Retiro
dos Padres, hoje transformado em pousada.
A Reserva Marinha do Arvoredo, uma das três existentes no País e a única no sul do
Brasil, é o grande destaque de Bombinhas. É formada pelas Ilhas da Galé, Macuco,
Deserta (refúgio para alimentação e procriação de pássaros entre maio e junho) e
Arvoredo, a maior e mais atraente de todas, com fauna rica e variada, além do Calhau de
São Pedro - formação rochosa no meio do mar, sem vegetação. Nestas águas
transparentes e nas ilhas há espécimes raros da fauna e flora típicas da região. A reserva
situa-se a 3km da costa e, nos dias claros, a visibilidade alcança até 40m.
Data de fundação - 1º de abril de 1992.
Data festiva - 02 de fevereiro (Dia de Nossa Senhora dos Navegantes).
Principais atividades econômicas - Turismo, pesca e maricultura.
Colonização - Açoriana.
Principais etnias - Açoriana.
Localização - Litoral norte, a 60km de Florianópolis.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
10
Clima - Temperado quente, com temperatura média entre 16ºC e 27ºC.
Altitude - 568m acima do nível do mar.
Cidades próximas - Porto Belo, Itapema, Tijucas, Balneário Camboriú, Governador
Celso Ramos, Florianópolis.
Tabela 4 - Dados Gerais sobre o Município de Bombinhas
Área (km²) 36,6
População (2000) / Porcentagem região (%) 8.716 / 4,15%
% urbano 100,00
% rural 0,00
Crescimento % populacional 1996/2000 48,31
Crescimento % urbano 1996/2000 48,31
Crescimento % rural 1996/2000 0,00
PIB per capita (2000) R$ / Posição região 7.666 / 3°
Crescimento % PIB per capita 1996/2000 446,57
Postos de emprego (2002) / Posição região 1.870 / 7°
IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,810 / 7° / 92°
Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 3.489.008,00 / 10°
Número de empresas (2002) / Posição região 767 / 5°
Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2001 e DIEF 2001.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
11
1.2.4 Canelinha
No final do Século XVIII, a Coroa
Portuguesa decidiu expandir a distribuição
de sesmarias do litoral para o Interior. Foi
criado um porto onde fica hoje o município
de São João Batista. Ali, colonos açorianos
cultivavam a terra e extraíam madeira. Em
1875 chegaram os primeiros imigrantes
italianos, completando a característica
étnica da população local. O nome Canelinha vem de uma árvore abundante na região.
Data de fundação - 03 de dezembro de 1962.
Data festiva - Julho (Festa do Colono e Festa de Sant’Ana, padroeira do município).
Principais atividades econômicas - Indústria cerâmica.
Colonização - Italiana e açoriana.
Principais etnias - Italiana e açoriana.
Localização - Grande Florianópolis, na microrregião de Tijucas, a 67km da capital.
Clima - Mesotérmico úmido, com verão quente e temperatura média de 20°C.
Altitude - 10m acima do nível do mar.
Cidades próximas - Brusque, Nova Trento, São João Batista, Tijucas.
Como Chegar - O acesso é pela BR-101 até Tijucas, quando se toma a SC-411.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
12
Tabela 5 - Dados gerais sobre o município de Canelinha
Área (km²) 151
População (2000) / Porcentagem região (%) 9.004 / 4,29%
% urbano 47,67
% rural 52,33
Crescimento % populacional 1996/2000 9,68
Crescimento % urbano 1996/2000 7,22
Crescimento % rural 1996/2000 12,03
PIB per capita (2000) R$ / Posição região 4.310 / 11°
Crescimento % PIB per capita 1996/2000 60,26
Postos de emprego (2002) / Posição região 1.455 / 9°
IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,796 / 10° / 143°
Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 9.926.742,00 / 9°
Número de empresas (2002)/ Posição região 404 / 9°
Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
13
1.2.5 Governador Celso Ramos
A colonização de Governador Celso Ramos começou há mais de 200 anos, com a vinda
de portugueses atraídos pela pesca da baleia. Especializada em extração de moluscos, a
cidade é considerada uma das maiores produtoras de
marisco de cultivo de Santa Catarina e um importante
centro pesqueiro. Os mesmos açorianos que fundaram a
vizinha São Miguel, iniciaram o povoamento de
Governador Celso Ramos, que pertenceu a Biguaçu até
1963. As igrejas sempre foram ponto de encontro da
comunidade que, além do culto, discutia formas de se
defender dos índios. Como Armação da Piedade não
oferecia condições para o desenvolvimento do lugar, seus
fundadores se transferiram para a localidade de Ganchos,
onde hoje está a sede do município. Belas praias, baías e
penínsulas, reservas ecológicas. Destaque para as praias, de onde é possível avistar
baleias e golfinhos. Além disso, as duas reservas naturais do município - Arvoredo e
Anhatomirim.
Data de fundação - 06 de novembro de 1963.
Data festiva - 02 de fevereiro, dia de Nossa Senhora dos Navegantes.
Principais atividades econômicas - A principal fonte de renda do município são os
frutos-do-mar, com destaque também para o turismo.
Colonização - Açoriana.
Principais etnias - Açoriana.
Localização - No litoral, a 41km de Florianópolis por via rodoviária. A distância marítima
é de cerca de 15km.
Clima - Mesotérmico úmido, com temperatura média de 18ºC.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
14
Altitude - 35m acima do nível do mar.
Cidades próximas - Porto Belo, Bombinhas, Florianópolis, Tijucas, Biguaçu.
Tabela 6 - Dados gerais sobre o município de Governador Celso Ramos
Área (km²) 82
População (2000) / Porcentagem região (%) 11.598 / 5,52%
% urbano 93,48
% rural 6,52
Crescimento % populacional 1996/2000 6,76
Crescimento % urbano 1996/2000 37,78
Crescimento % rural 1996/2000 -74,76
PIB per capita (2000) R$ / Posição região 3.716 / 12º
Crescimento % PIB per capita 1996/2000 545,34
Postos de emprego (2002) / Posição região 943 / 10°
IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,791 / 12° / 170°
Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 3.252.932,00 / 11°
Número de empresas (2002)/ Posição região 318 / 10°
Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
15
1.2.6 Guabiruba
O município de Guabiruba foi colonizada por alemães a partir de 1862. Eram imigrantes
oriundos do Grão-Ducado de Baden e que enfrentaram no município catarinense o
mesmo problema que os levou a deixarem a terra
natal – era costume em Baden dividir as propriedades
para distribuí-las entre os descendentes, o que tornava
os lotes pequenos demais para qualquer produção
agrícola expressiva. Desde que os alemães, com
vocação essencialmente agrícola chegaram no local,
as terras em Guabiruba foram minguando, o que
obrigou os habitantes e a buscarem novas alternativas
de subsistência. A crise agrícola coincidiu com o
desenvolvimento industrial de Brusque e de Blumenau, o que atraiu muitos agricultores
para as fábricas. Durante a instalação das primeiras indústrias têxteis de Brusque, em
1892, a mão-de-obra guabirubense estava presente. Guabiruba foi distrito de Brusque
por quase um século, sendo emancipada em 1962. A indústria de confecções é o
principal pilar econômico do município, que vende toda sua produção para as lojas de
Brusque.
Data de fundação - 10 de junho de 1962.
Data festiva - 10 de junho (aniversário da cidade), julho (Festa do Colono), agosto (Festa
dos Motoristas) e setembro (Koloniefest).
Principais atividades econômicas - Indústria de confecções.
Colonização - Alemã e italiana.
Principais etnias - Alemã e italiana.
Localização - Médio Vale do Itajaí, na microrregião de Blumenau, a 116km de
Florianópolis.
Clima - Mesotérmico úmido, com verão quente e temperatura média de 20°C.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
16
Altitude - 21m acima do nível do mar.
Cidades próximas - Brusque, Gaspar, Blumenau, Botuverá.
Como Chegar - O acesso pode ser feito pelas rodovias SC-411 ou SC-486 até a entrada
para Brusque. Depois, seguir pela rodovia SC-420.
Tabela 7 - Dados gerais sobre o município de Guabiruba
Área (km²) 173
População (2000) / Porcentagem região (%) 12.978 / 6,18%
% urbano 92,85
% rural 7,15
Crescimento % populacional 1996/2000 12,45
Crescimento % urbano 1996/2000 78,86
Crescimento % rural 1996/2000 -80,68
PIB per capita (2000) R$ / Posição região 5.954 / 7°
Crescimento % PIB per capita 1996/2000 54,52
Postos de emprego (2002) / Posição região 2.183 / 5°
IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,829 / 4° / 36°
Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 31.946.658,00 / 4°
Número de empresas (2002)/ Posição região 496 / 8°
Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
17
1.2.7 Itapema
O povoamento de Itapema iniciou-se em 1748, com a vinda de 461 imigrantes açorianos,
dos quais a cidade herdou o linguajar, as
crenças, o gosto pela música, o folclore e a
conduta ordeira e pacífica. Itapema
pertenceu a Camboriú e a Porto Belo até
ser emancipada, em 1962. Situada num dos
trechos mais bonitos do litoral catarinense,
Itapema é famosa por suas belas praias e
pela infra-estrutura hoteleira de primeiro
mundo. Destaque para a Meia Praia, a maior e mais bem equipada praia da cidade, e
para a Praia de Itapema, que oferece a melhor infra-estrutura turística e onde são
realizados eventos esportivos.
Data de fundação - 21 de abril de 1962.
Data festiva - 21 de abril (aniversário da cidade).
Principais atividades econômicas - O turismo é a principal atividade econômica do
município.
Colonização - Açoriana.
Principais etnias - Açoriana.
Localização - Litoral, a 60km de Florianópolis.
Clima - Mesotérmico úmido, com temperatura média entre 20ºC e 25ºC.
Altitude - 15m acima do nível do mar.
Cidades próximas - Itajaí, Florianópolis, Balneário Camboriú, Porto Belo.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
18
Tabela 8 - Dados gerais sobre o município de Itapema
Área (km²) 586
População (2000) / Porcentagem região (%) 25.869 / 12,32%
% urbano 95,79
% rural 4,21
Crescimento % populacional 1996/2000 41,97
Crescimento % urbano 1996/2000 43,92
Crescimento % rural 1996/2000 8,47
PIB per capita (2000) R$ / Posição região 7.466 / 4°
Crescimento % PIB per capita 1996/2000 272,49
Postos de emprego (2002) / Posição região 4.950 / 3°
IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,836 / 2° / 26°
Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 19.941.079,00 / 6°
Número de empresas (2002)/ Posição região 2.784 / 2°
Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
19
1.2.8 Major Gercino
Os primeiros colonizadores da região onde se localiza o município de Major Gercino
chegaram entre 1870 e 1890. Eram luso-brasileiros, italianos, alemães e poloneses que
se instalaram próximo ao litoral. Quando foi elevada a distrito,
a localidade recebeu o nome de Major Alves Rodrigues, em
homenagem ao único homem com certa instrução no lugar e
a quem todos consultavam. Mais tarde, um dos moradores,
Gercino Gerson Gomes – que, além de major do Exército, era
também professor da Faculdade de Farmácia de
Florianópolis, trabalhou sem descanso pelo desenvolvimento
e pela emancipação do município, ocorrida em 1961, e foi
homenageado dando seu nome à cidade.
Data de fundação - 03 de novembro de 1961.
Data festiva - 03 de novembro (aniversário da cidade) e 06 de agosto (Festa do Senhor
Bom Jesus).
Principais atividades econômicas - Fruticultura.
Colonização - Alemã, portuguesa, italiana e polonesa.
Principais etnias - Alemã, portuguesa, italiana e polonesa.
Localização - Litoral, a 100km de Florianópolis.
Clima - Mesotérmico úmido, com verão quente e temperatura média de 20°C.
Altitude - 80m acima do nível do mar.
Cidades próximas - São João Batista, Nova Trento, Antônio Carlos, São Pedro de
Alcântara, Angelina. O principal acesso é pela SC-408, estrada de chão, a partir da
rodovia BR-101.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
20
Tabela 9 - Dados sobre o município de Major Gercino
Área (km²) 278,1
População (2000) / Porcentagem região (%) 3.143 / 1,50%
% urbano 31,08
% rural 68,92
Crescimento % populacional 1996/2000 -11,06
Crescimento % urbano 1996/2000 -4,22
Crescimento % rural 1996/2000 -13,84
PIB per capita (2000) R$ / Posição região 5.385 / 8°
Crescimento % PIB per capita 1996/2000 168,91
Postos de emprego (2002) / Posição região 232 / 12°
IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,799 / 9° / 127°
Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 1.471.176,00 / 12°
Número de empresas (2002)/ Posição região 90 / 12°
Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
21
1.2.9 Nova Trento
Nova Trento começou a ser povoada a partir de 1875, com a chegada de 102 famílias de
imigrantes italianos, vindas, na sua maioria, de Vígolo
Vattaro, na região do Trento Italiano - daí os nomes de
Nova Trento e Vígolo. Foi emancipada em 1892. Terra
adotada por Santa Paulina, a primeira Santa do Brasil, Nova
Trento também tem natureza preservada, cultura italiana e
gastronomia.
Data de fundação - 08 de agosto de 1892.
Data festiva - 08 de agosto (aniversário da cidade) e 09 de
julho (Dia de Santa Paulina).
Principais atividades econômicas - A agricultura ainda é a principal atividade
econômica de Nova Trento, com predominância para o cultivo da uva, utilizada na
fabricação do vinho colonial neotrentino, vendido nas cantinas da cidade. Também o
turismo tem lugar de destaque.
Colonização - Italiana.
Principais etnias - Italiana.
Localização - Vale do Rio Tijucas a 75km de Florianópolis.
Clima - Temperado, com temperatura média entre 18ºC a 29ºC.
Altitude - 30m acima do nível do mar.
Cidades próximas - Tijucas, Brusque, Florianópolis, São João Batista, Canelinha.
Como Chegar - Acesso pela rodovia BR-101/SC-411, passando por Tijucas, Canelinha e
São João Batista. Para quem vem do oeste, o acesso é pela BR-470/SC-411, passando
por Brusque. O aeroporto mais próximo fica em Florianópolis, a 75km de distância.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
22
Tabela 10 - Dados gerais sobre o município de Nova Trento
Área (km²) 398
População (2000) / Porcentagem região (%) 9.852 / 4,69%
% urbano 67,73
% rural 32,27
Crescimento % populacional 1996/2000 5,16
Crescimento % urbano 1996/2000 14,66
Crescimento % rural 1996/2000 -10,43
PIB per capita (2000) R$ / Posição região 4.985 / 9°
Crescimento % PIB per capita 1996/2000 129,24
Postos de emprego (2002) / Posição região 2.144 / 6°
IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,815 / 6° / 69°
Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 15.792.117,00 / 7°
Número de empresas (2002)/ Posição região 508 / 7°
Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
23
1.2.10 Porto Belo
Apesar das incursões anteriores de marinheiros portugueses, espanhóis, franceses e
holandeses, foi só em 1753 que começou a
colonização de Porto Belo: a Coroa
Portuguesa, fundou ali um povoado e fixou
nele alguns casais de imigrantes açorianos.
Em 1818, o povoado – batizado de Enseada
das Garoupas – foi elevado à condição de
Colônia, com o nome de Nova Ericeira
(mais de 100 moradores tinham vindo da
localidade de Ericeira, em Portugal). Finalmente, em 13 de outubro de 1832, Nova
Ericeira passou a chamar-se Vila de Porto Belo, devido à beleza natural do lugar. O
grande atrativo de Porto Belo é a beleza de suas praias, que têm características únicas e
encantam os milhares de turistas que visitam a cidade todos os anos. Destaque para a
Ilha de Porto Belo, onde a Família Schürmann criou o seu "porto seguro", um lugar que
reúne as lembranças de suas viagens pelo mundo e para onde os Schürmann retornam
ao final de cada aventura.
Data de fundação - 13 de outubro de 1832.
Data festiva - 13 de outubro (aniversário da cidade), a segunda sexta-feira de junho
(Sagrado Coração de Jesus), 29 de junho (Consagração a São Pedro) e 06 de agosto
(Dia de Bom Jesus dos Aflitos, padroeiro da cidade).
Principais atividades econômicas - Pesca e turismo.
Colonização - Açoriana.
Principais etnias - Açoriana.
Localização - Litoral Norte, a 65km de Florianópolis.
Clima - Mesotérmico semi-úmido, com temperatura média de 18ºC.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
24
Altitude - 01m acima do nível do mar.
Cidades próximas - Itajaí, Bombinhas, Penha, Itapema, Florianópolis.
Tabela 11 - Dados gerais sobre o município de Porto Belo
Área (km²) 95
População (2000) / Porcentagem região (%) 10.704 / 6,83%
% urbano 93,17
% rural 6,83
Crescimento % populacional 1996/2000 40,73
Crescimento % urbano 1996/2000 43,70
Crescimento % rural 1996/2000 9,76
PIB per capita (2000) R$ / Posição região 6.561 / 6°
Crescimento % PIB per capita 1996/2000 86,95
Postos de emprego (2002) / Posição região 1667 / 8°
IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,803 / 8° / 114°
Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 20.687525,00 / 5°
Número de empresas (2002)/ Posição região 659 / 6°
Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
25
1.2.11 São João Batista
São João do Sul foi fundada em 1834, com a chegada do capitão João de Amorim
Pereira. Em 1836, chega o primeiro grupo de imigrantes - 132
colonos vindos da Sardenha, Itália, trazidos por uma sociedade
particular de colonização. São João Batista tornou-se município
em julho de 1958, quando se desmembrou de Tijucas.
Data de fundação - 19 de julho de 1958.
Data festiva - 19 de julho (aniversário da cidade) e 24 de junho
(Dia de São João Batista, padroeiro da cidade).
Principais atividades econômicas - Indústria calçadista e
comércio de calçados.
Colonização - Açoriana e italiana.
Principais etnias - Açoriana e italiana.
Localização - Grande Florianópolis, a 70km da capital.
Clima - Temperado, com temperatura média entre 15ºC e 25ºC.
Altitude - 30m acima do nível do mar.
Cidades próximas - Tijucas, Nova Trento, Canelinha, Florianópolis.
Como Chegar - Acesso pela SC-411, que liga a BR-101 a Gaspar, passando por
Brusque. A entrada fica 24km depois de Tijucas, passando por Canelinha.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
26
Tabela 12 - Dados gerais sobre o município de São João Batista
Área (km²) 204
População (2000) / Porcentagem região (%) 14.861 / 7,08%
% urbano 75,83
% rural 24,17
Crescimento % populacional 1996/2000 8,98
Crescimento % urbano 1996/2000 26,14
Crescimento % rural 1996/2000 -23,66
PIB per capita (2000) R$ / Posição região 4.332 / 10°
Crescimento % PIB per capita 1996/2000 2,31
Postos de emprego (2002) / Posição região 3.717 / 4°
IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,820 / 5° / 55°
Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 35.782.279,00 / 3°
Número de empresas (2002)/ Posição região 790 / 4°
Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
27
1.2.12 Tijucas
A história de Tijucas começa em 1530, com a passagem do navegador europeu
Sebastião Caboto pela costa de Santa Catarina, a serviço da
Espanha. O povoamento da região, só se inicia de fato a
partir de 1788, quando um grupo de colonizadores decidiu
subir o rio Tijucas à procura de pinheiros. Localizada na
Grande Florianópolis, Tijucas é rica em História, diversidade
cultural e belezas naturais.
Data de fundação - 13 de junho de 1860.
Data festiva - Maio/junho (Festa do Divino Espírito Santo).
Principais atividades econômicas - Pesca e agricultura.
Colonização - Açoriana.
Principais etnias - Açoriana.
Localização - Grande Florianópolis, a 45km da capital.
Clima - Temperado quente, com temperatura média entre 18ºC e 29ºC.
Altitude - 2m acima do nível do mar.
Cidades próximas - Biguaçu, Itajaí, Florianópolis, Nova Trento.
Como Chegar - Acesso pela BR-101, 45km ao norte de Florianópolis.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE
28
Tabela 13 - Dados gerais sobre o município de Tijucas
Área (km²) 278
População (2000) / Porcentagem região (%) 23.499 / 20,38%
% urbano 79,62
% rural 20,38
Crescimento % populacional 1996/2000 16,56
Crescimento % urbano 1996/2000 20,39
Crescimento % rural 1996/2000 3,68
PIB per capita (2000) R$ / Posição região 9.223 / 2°
Crescimento % PIB per capita 1996/2000 -34,86
Postos de emprego (2002) / Posição região 5.246 / 2°
IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,836 / 3° / 27°
Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 210.243.862,00 / 2°
Número de empresas (2002)/ Posição região 1.115 / 3°
Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE
29
1.3 População Residente
A região da ADRVALE teve um crescimento populacional de 16.94 % de 2000 em relação
a 1996, atingindo um total de 210.036 habitantes. Desta população, 182.345 (74,58%)
encontram-se no meio urbano e 27.691 (25,42%) no rural em 2000.
A figura 2 apresenta um gráfico comparativo da população total de 1996 e 2000 da região
da ADRVALE a partir da tabela 14.
Figura 2 - Gráfico da população total em 1996 e 2000.
010.00020.00030.00040.00050.00060.00070.00080.000
Major G
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Brusqu
e
1996 2000
Fonte: Adaptado de IBGE – Contagem Populacional de 1996, IBGE - Censo Demográfico de 2000.
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE
30
Tabela 14 - Populações Residentes Total, Urbanas, Rurais e Participação Relativa em 1996 e 2000.
População 1996 População 2000
Urbana Rural Urbana Rural Municípios Total
Hab % s/ total Hab % s/
total Total
Hab % s/ total Hab % s/
total
Bombinhas 5.877 5.877 100,00 0 0,00 8.716 8.716 100,00% 0 0,00%
Botuverá 4.032 616 15,28 3.416 84,72 3.756 803 21,38% 2.953 78,62%
Brusque 66.558 60.703 91,20 5.855 8,80 76.058 73.256 96,32% 2.802 3,68%
Canelinha 8.209 4.003 48,76 4.206 51,24 9.004 4.292 47,67% 4.712 52,33%
Governador Celso Ramos
10.864 7.869 72,43 2.995 27,57 11.598 10.842 93,48% 756 6,52%
Guabiruba 11.539 6.736 58,38 4.803 41,62 12.976 12.048 92,85% 928 7,15%
Itapema 18.222 17.219 94,50 1.003 5,50 25.869 24.781 95,79% 1.088 4,21%
Major Gercino 3.534 1.020 28,86 2.514 71,14 3.143 977 31,08% 2.166 68,92%
Nova Trento 9.369 5.820 62,12 3.549 37,88 9.852 6.673 67,73% 3.179 32,27%
Porto Belo 7.606 6.940 91,24 666 8,76 10.704 9.973 93,17% 731 6,83%
São João Batista 13.637 8.937 65,53 4.700 34,47 14.861 11.273 75,86% 3.588 24,14%
Tijucas 20.160 15.542 77,09 4.618 22,91 23.499 18.711 79,62% 4.788 20,38%
Total ADRVALE 179.607 141.282 67,12 38.325 32,88 210 036 182 345 74,58% 27 691 25,42%
Total SC 4.875.244 3.565.130 73,13 1.310.267 26,87 5.356.360 4.217.931 78,75% 1.138.429 21,25%
%ADRVALE sobre SC 3,68% 3,96% 2,92% 3,92% 4,32% 2,43%
Fonte: Adaptado de IBGE – Contagem Populacional de 1996 e IBGE - Censo Demográfico de 2000.
A tabela 14 apresenta a população residente total, urbana, rural e participação relativa da
região da ADRVALE de 1996 e 2000. Os municípios mais populosos em 2000 são
Brusque (76.058), Itapema (25.869) e Tijucas (23.499), e os menos populosos são Major
Gercino (3.146), Botuverá (3.756) e Bombinhas (8.716). Os municípios mais urbanizados
em 2000 são Bombinhas (100,00%), Brusque (96,32%) e Itapema (95,79%) e o município
que apresentou a maior porcentagem no meio rural foi Botuverá (78,62%), sendo que dez
dos outros onze apresentaram um decréscimo no meio rural.
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE
31
Tabela 15 - Dinâmica populacional da ADRVALE de 1996 e 2000
Dinâmica Populacional
Municípios Total
%
Urbano
%
Rural
%
Bombinhas 48,31% 48,31% -
Botuverá -6,85% 30,36% -13,55%
Brusque 14,27% 20,68% -52,14%
Canelinha 9,68% 7,22% 12,03%
Governador Celso Ramos 6,76% 37,78% -74,76%
Guabiruba 12,45% 78,86% -80,68%
Itapema 41,97% 43,92% 8,47%
Major Gercino -11,06% -4,22% -13,84%
Nova Trento 5,16% 14,66% -10,43%
Porto Belo 40,73% 43,70% 9,76%
São João Batista 8,98% 26,14% -23,66%
Tijucas 16,56% 20,39% 3,68%
Total ADRVALE 16,94% 29,06% -27,74%
Total SC 9,86% 18,31% -13.11%
Fonte: Adaptado de IBGE – Contagem Populacional de 1996 e IBGE - Censo Demográfico de 2000.
A tabela 15 apresenta a dinâmica populacional da região da ADRVALE, ou seja,
apresenta a evolução da população residente total, urbana e rural de 2000 em relação a
1996. Os municípios que apresentaram os maiores crescimentos da população residente
total são Bombinhas (48,31%), Itapema (41,97%) e Porto Belo (40,73), os municípios de
Guabiruba (78,86%), Bombinhas (48,31%) e Itapema (43,92%) apresentam os maiores
crescimentos da participação urbana e os municípios de Guabiruba (-80,68%),
Governador Celso Ramos (-74,76%) e Brusque (-52,14%) apresentaram os maiores
decréscimos da participação rural.
3
A
2
1
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE
2
BombinhasBotuverá
BrusqueCanelinha
Governador Celso Ramos
GuabirubaItapema
Major Gercino
Nova Trento
Porto Belo
São João Batista
Tijucas
De 0 Até 10.000 (5)
De 10.000 Até 50.000 (6)
De 50.000 Até 80.000 (1)
Figura 3 - Mapa Temático da População Residente Total da ADRVALE em 2000.
Fonte: Adaptado de Censo Demográfico de 2000.
figura 3 apresenta o mapa temático da população residente total da ADRVALE em
000. Destaca que nove municípios encontram-se a baixo de 10.000, quatro entre
0.000 e 20.000 e cinco acima de 20.000 habitantes.
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE
33
A figura 4 apresenta a participação relativa da população residente total dos municípios
da região da ADRVALE em 2000. Destacam-se os municípios de Brusque (36,21%),
Itapema (12,32%) e Tijucas (11,19%).
4,15%
36,21%
4,29%5,52%6,18%
5,10%7,08%
11,19% 1,79%
12,32%
1,50%
4,69%
Bombinhas BotuveráBrusque CanelinhaGovernador Celso Ramos GuabirubaItapema Major GercinoNova Trento Porto BeloSão João Batista Tijucas
Figura 4 - Gráfico da participação relativa da população residente total dos municípios da ADRVALE em 2000.
Fonte: IBGE – Contagem Populacional de 1996, IBGE - Censo Demográfico de 2000 e dados primários
A tabela 16 apresenta a população residente total e por sexo para os municípios da
região da ADRVALE em 2000. Comparando-se a porcentagem da participação masculina
e feminina da região com o Estado de Santa Catarina. Percebe-se que há mais homens
do que mulheres na região, diferente do que ocorre no estado, onde existe maior
participação feminina na população, embora essa diferença seja pouco significativa.
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE
34
Tabela 16 - População Residente Total e por Sexo para os municípios da ADRVALE em 2000.
Homens Mulheres Municípios Total Geral
Total % Total %
Bombinhas 8.716 4.470 51,28% 4.246 48,72%
Botuverá 3.756 1.944 51,76% 1.812 48,24%
Brusque 76.058 37.386 49,15% 38.672 50,85%
Canelinha 9.004 4.554 50,58% 4.450 49,42%
Governador Celso Ramos 11.598 6.015 51,86% 5.583 48,14%
Guabiruba 12.976 6.613 50,96% 6.363 49,04%
Itapema 25.869 12.822 49,57% 13.047 50,43%
Major Gercino 3.143 1.629 51,83% 1.514 48,17%
Nova Trento 9.852 5.047 51,23% 4.805 48,77%
Porto Belo 10.704 5.387 50,33% 5.317 49,67%
São João Batista 14.861 7.481 50,34% 7.380 49,66%
Tijucas 23.499 11.744 49,98% 11.755 50,02%
Total ADRVALE 210.036 105.092 50.03% 104.944 49.96%
Total SC 5.356.360 2.669.311 49.83% 2.687.049 50.16%
Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2000.
Dos doze municípios da região, três apresentaram mais mulheres do que homens, com
destaque para os municípios de Governador Celso Ramos (51,86%) e Major Gercino
(51,83%).
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE
35
50,04%49,96%
Homens Mulheres
Figura 5 - Gráfica da participação relativa por sexo da população residente total da ADRVALE em 2000.
Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2000 e Dados primários
A figura 5 apresenta a participação relativa por sexo da população residente total da
ADRVALE em 2000. Percebe-se que os homens representam 50,04% da população e as
mulheres 49,96% do total, mostrando um relativo equilíbrio entre homens e mulheres na
região.
A tabela 17 apresenta a população residente por grupos de idade segundo os municípios
da ADRVALE em 2000. A divisão por grupos de idade da região, acompanha
percentualmente a divisão por grupos do Estado de Santa Catarina. A faixa de 60 anos
ou mais representam a maior participação (3,44%) e, a faixa de 20 a 29 anos possui a
menor participação com 2,48% cada.
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE
36
Tabela 17 - População Residente, por grupos de idade, segundo os municípios da ADRVALE em 2000.
População residente
Grupos de Idade Municípios Total 0 a 4
anos 5 a 9 anos
10 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 59 anos
60 anos ou mais
Bombinhas 8.716 819 897 1.678 1.589 1.434 1.108 594 597
Botuverá 3.756 244 326 689 566 680 492 353 406
Brusque 76.058 5.634 6.492 14.363 13.497 13.821 10.354 5.648 6.249
Canelinha 9.004 821 913 1.765 1.598 1.444 1.000 695 768
Governador Celso Ramos 11.598 999 1.120 2.157 2.085 2.009 1.430 852 946
Guabiruba 12.976 1.012 1.200 2.408 2.246 2.407 1.763 879 1.061
Itapema 25.869 2.421 2.517 5.259 4.400 4.244 3.272 1.886 1.870
Major Gercino 3.143 222 278 623 479 448 380 287 426
Nova Trento 9.852 725 820 1.881 1.563 1.696 1.291 797 1.079
Porto Belo 10.704 985 1.049 2.154 1.791 1.799 1.287 715 924
São João Batista 14.861 1.188 1.351 2.967 2.610 2.553 1.737 1.147 1.308
Tijucas 23.499 1.971 2.361 4.758 4.051 3.815 2.845 1.665 2.033
Total ADRVALE 210.036 17.041 19.324 40.702 36.475 36.350 26.959 15.518 17.667
% Total Grupo de Idade sobre Total ADRVALE
100% 8,11% 9,20% 19,37% 17,36% 17,30% 12,83% 7,38% 8,41%
Fonte: IBGE – Censo Demográfico, 2000.
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE
37
394714
344620
355016
394516
374816
364915
394615
364223
354619
394615
374617
394616
Faixa Etáriaanos
0 a 1920 a 4950 ou mais
Figura 6 - Mapa Temático percentual por faixas etárias da população residente total da região do ADRVALE.
Fonte: Adaptado de IBGE – Censo Demográfico, 2000.
A figura 6 apresenta o mapa temático percentual por faixas etárias da população
residente total da ADRVALE. O município de Tijucas, Bombinhas e Canelinha são os
municípios que apresentam o maior número de jovens, com 39% de sua população
abaixo dos 19 anos, o município de Brusque apresenta 50% da sua população entre 20 e
49 anos, e o município de Major Gercino apresenta 23% de sua população acima dos 50
anos de idade.
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE
38
A figura 7 apresenta a participação relativa dos grupos de idade da ADRVALE em 2000.
Analisando a figura, percebe-se que 39,43% da população encontram-se entre 0 e 19
anos e 47.46% encontram-se entre 20 e 49 anos.
8,11%9,20%
19,38%
17,37%17,31%
12,84%
7,39%8,41% 0 a 4 anos
5 a 9 anos10 a 19 anos20 a 29 anos30 a 39 anos40 a 49 anos50 a 59 anos60 anos ou mais
Figura 7 - Gráfico da participação relativa da população residente dos grupos de idade dos municípios da ADRVALE em 2000
Fonte: IBGE – Censo Demográfico, 2000.
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE
39
1.4 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
A educação e a qualificação não são apenas necessidades econômicas, constituem-se
em direitos fundamentais e inalienáveis do ser humano. Este direito pode ser garantido
pela educação formal e informal, em todos os níveis de ensino, com base nos princípios
éticos de liberdade, igualdade, diversidade, participação, tolerância e solidariedade. Para
isso é necessário formar e capacitar professores, ter escolas em boas condições para
todos, criar uma didática de alta qualidade, ter materiais adequados para os alunos,
construir uma abordagem contemporânea para a educação na visão de sustentabilidade,
ter um currículo conectado aos desafios dos novos tempos, estabelecer uma conexão
adequada entre a escola e a vida e que assegure o acesso de todas as pessoas1.
São apresentados a seguir os Índices de Desenvolvimento Humano Municipal – IDH-M2,
Índice de Longevidade – IDHM-L3, Índice de Educação – IDHM-E4 e Índice de Renda –
IDHM-R, além da Esperança de Vida ao Nascer5, Taxa de Alfabetização de Adultos6,
Taxa Bruta de Freqüência Escolar7 e a Renda per capita8 para os anos de 1991 e 2000.
Esses índices foram preparados pelo Programa das Nações Unidas para
Desenvolvimento – PNUD9, e retratam, em parte, a realidade da educação para a região
dos municípios da ADRVALE.
1 Agenda 21 Catarinense, Documento Preliminar, Outubro de 2002. 2 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M): É obtido pela média aritmética simples de três índices, referentes às dimensões Longevidade (IDHM-Longevidade), Educação (IDHM-Educação) e Renda (IDHM-Renda). 3 Índice do IDHM relativo à dimensão Longevidade: É obtida a partir do indicador esperança de vida ao nascer, através da fórmula: (valor observado do indicador - limite inferior) / (limite superior - limite inferior), onde os limites inferiores e superior são. 4 Índice do IDHM relativo à Educação: Obtido a partir da taxa de alfabetização e da taxa bruta de freqüência à escola, convertidas em índices por: (valor observado - limite inferior) / (limite superior - limite inferior), com limites inferior e superior. 5 Esperança de vida ao nascer (em anos): Número médio de anos que as pessoas viveriam a partir do nascimento. 6 Taxa de alfabetização de adultos (%): Percentual de pessoas acima de 15 anos de idade que sabem ler e escrever. 7 Taxa bruta de freqüência escolar (%): Proporção entre o número total de pessoas em todas as faixas etárias que freqüentam os cursos fundamentais, segundo grau ou superior em relação ao total de pessoas na faixa etária de 7 a 22 anos. 8 Renda per capitã (em R$ de 2000): Razão entre o somatório da renda de todos os indivíduos (incluindo aqueles com renda nula) e a população total. 9 Para maiores informações, acesse http://www.pnud.org.br/ e/ou http://www.undp.org
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE
40
O Brasil melhorou sua posição no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M)
nos últimos nove anos, passando de 0,709 em 1991, para 0,764 em 2000. A mudança
demonstra avanços brasileiros nas três variáveis que compõe o IDH-M: renda,
longevidade e educação. Em comparação com 1991, o índice aumentou em todos os
estados e em quase todos os municípios brasileiros. No ano 2000 do total de 5.507
municípios, 23 foram classificados de baixo desenvolvimento, 4.910 de médio e 574 de
alto desenvolvimento humano. Na classificação internacional, o Brasil continua sendo um
país de médio desenvolvimento humano10.
O Índice de Desenvolvimento Humano foi criado originalmente para medir o nível de
desenvolvimento humano dos países a partir de indicadores de educação (alfabetização
e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita).
O índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano
total). Países com IDH até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo; os
países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento
humano; países com IDH maior que 0,800 têm desenvolvimento humano considerado
alto. Para aferir o nível de desenvolvimento humano de municípios as dimensões são as
mesmas – educação, longevidade e renda -, mas alguns dos indicadores usados são
diferentes. Embora meçam os mesmos fenômenos, os indicadores levados em conta no
IDH municipal (IDHM) são mais adequados para avaliar as condições de núcleos sociais
menores11.
A tabela 18 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) em 1991
e 2000 para a região da ADRVALE. Em 1991 todos os municípios são classificados, de
acordo com o PNUD, como sendo de médio desenvolvimento humano. No ano 2000,
80% dos municípios da região passaram a um bom desenvolvimento regional, com
destaque para Brusque (0,842) e Itapema (0,836) que possuem os melhores índices da
região.
10 Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, disponível em http://www.undp.org.br, acesso em 27/06/2003. 11 Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Entenda o cálculo do IDH Municipal, disponível em http://www.undp.org.br, acesso em 27/06/2003.
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE
41
Tabela 18 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) em 1991 e 2000 dos municípios da ADRVALE.
1991 2000 Variações
Municípios C
lass
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ção
UF
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VALE
IDH
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DR
VALE
IDH
-M
% 9
1/00
IDH
-M
Posi
ções
Bombinhas 68 6 0,737 92 7 0,810 9,91% -1
Botuverá 72 7 0,735 148 11 0,795 8,13% -4
Brusque 14 1 0,774 21 1 0,842 8,75% 0
Canelinha 94 8 0,728 143 10 0,796 9,27% -2
Governador Celso Ramos 137 10 0,716 170 12 0,791 10,50% -2
Guabiruba 27 2 0,761 36 4 0,829 9,04% -2
Itapema 98 9 0,725 26 2 0,836 15,31% 7
Major Gercino 187 12 0,697 127 9 0,799 14,59% 3
Nova Trento 40 3 0,750 69 6 0,815 8,66% -3
Porto Belo 138 11 0,715 114 8 0,803 12,30% 3
São João Batista 42 5 0,748 55 5 0,820 9,57% 0
Tijucas 41 4 0,748 27 3 0,836 11,73% 1
SC 0,785 0,806 2,67%
Região SUL 0.737 0.808 9,63%
BRASIL
0,742
0,764 2,96%
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
O município de Itapema foi o que mais ganhou posições, sete no total, de 2000 em
relação a 1991, e o município de Nova Trento perdeu três posições de 2000 em relação a
1991. Em 1991, nenhum município estava acima da média do Estado (0,785), e em 2000,
os municípios Brusque (0,842), Tijucas (0,838), Itapema (0,836), Guabiruba (0,829), São
João Batista (0,820), Nova Trento (0,815) e Bombinhas (0,810) encontravam-se acima da
média estadual (0,806).
4
A
n
Q
m
A
2
P
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE
2
BombinhasBotuverá
BrusqueCanelinha
Governador Celso Ramos
GuabirubaItapema
Major Gercino
Nova Trento
Porto Belo
São João Batista
Tijucas
IDH-M
De 0 Até0,499 (0)
De 0,499 Até0,799 (4)De 0.799 Até 1 (8)
BombinhasBotuverá
BrusqueCanelinha
Governador Celso Ramos
GuabirubaItapema
Major Gercino
Nova Trento
Porto Belo
São João Batista
Tijucas
IDH-M
De 0 Até0,499 (0)
De 0,499 Até0,799 (4)De 0.799 Até 1 (8)
Figura 8 - Mapa Temático do IDH-M da ADRVALE em 2000.
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
figura 8 apresenta o mapa temático do IDH-M da região da em 2000. Destaca-se que
enhum município encontra-se abaixo do 0,499, ou seja, de desenvolvimento baixo.
uatro municípios encontram-se entre 0,499 e 0,799, ou seja, de desenvolvimento
édio, e acima de 0,799 são oito municípios, ou seja, de desenvolvimento alto.
figura 9 apresenta o crescimento percentual dos municípios da ADRVALE no IDH-M de
000 em relação a 1991. Os municípios de Itapema (15,31%), Major Gercino (14,59%) e
orto Belo (12,30%) obtiveram os maiores crescimentos percentuais.
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE
43
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
14,00%
16,00%
Botu
verá
Nov
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Brus
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Porto
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Itape
ma
Figura 9 - Gráfico do crescimento percentual do IDH-M de 2000 em relação a 1991 dos municípios da ADRVALE.
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
A tabela 19 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Longevidade
(IDHM-L) em 1991 e 2000 para os municípios da ADRVALE. Os municípios de
Canelinha, Nova Trento e Major Gercino apresentam o mesmo índice (0,851) em 2000.
Todos os municípios da região melhoraram o IDHM-L, sendo Itapema o que teve o maior
crescimento percentual com 14,23%, porém não ganhou nenhuma posição. Destaca-se
negativamente que os municípios de Botuverá e Bombinhas caíram, respectivamente,
sete e cinco posições de 2000 em relação a 1991.
Destaca-se que nenhum dos municípios da região do Vale do Rio Tijucas apresentaram o
índice IDHM-L menor que a média do Estado e do Brasil em 1991 e 2000.
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE
44
Tabela 19 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Longevidade (IDHM-L) em 1991 e 2000 dos municípios da ADRVALE.
1991 2000 Variações
Municípios C
lass
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A
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M-L
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scer
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% 9
1/00
Posi
ções
Guabiruba 1 0,822 74,30 4 0,850 76,03 3,50% -3
Botuverá 2 0,818 74,08 9 0,825 74,50 0,85% -7
Canelinha 3 0,815 73,91 2 0,851 76,09 4,46% 1
São João Batista 4 0,815 73,91 5 0,846 75,78 3,83% -1
Nova Trento 5 0,815 73,91 1 0,851 76,09 4,46% 4
Bombinhas 6 0,787 72,23 11 0,809 73,55 2,78% -5
Governador Celso Ramos 7 0,786 72,15 8 0,831 74,84 5,71% -1
Tijucas 8 0,770 71,21 6 0,846 75,78 9,89% 2
Major Gercino 9 0,770 71,21 3 0,851 76,09 10,56% 6
Brusque 10 0,758 70,47 7 0,834 75,01 10,00% 3
Porto Belo 11 0,725 68,51 10 0,817 74,04 12,71% 1
Itapema 12 0,697 66,79 12 0,796 72,74 14,23% 0
SC 0,691 66,46 0,762 71,34 10,27%
Região SUL 0,720 68,20 0,781 71,88 8,47%
BRASIL
0,638 64,73
0,670 68,61 5,02%
Fonte: Novo Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br e Secretaria do Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente – SDM.
A figura 10 apresenta o gráfico do crescimento percentual do IDHM-L dos municípios da
região do Vale do Rio Tijucas de 2000 em relação a 1991. Os municípios de Itapema
(14,23%), Porto Belo (12,71%) e Major Gercino (10,56%) tiveram os maiores
crescimentos percentuais.
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE
45
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
14,00%
16,00%
Botu
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Porto
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o
Itape
ma
Figura 10 - Gráfico do crescimento percentual do IDHM-L de 2000 em relação a 1991 dos municípios da ADRVALE.
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
A tabela 20 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano – Educação (IDHM-E) em
1991 e 2000 para os municípios da ADRVALE. Comparando-se o IDHM-E de 1991 da
região com o Estado de Santa Catarina, nenhum município encontrava-se abaixo de
0,722. Com relação a 2000, dois municípios encontram-se acima de 0,906. Com
destaque para o município de Brusque (0,912). Isso demonstra que o Estado melhorou
muito mais que os municípios da região nesse índice.
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE
46
Tabela 20 - Índice de Desenvolvimento Humano – Educação (IDHM-E) em 1991 e 2000 dos municípios da ADRVALE.
1991 2000 Variações
Municípios
Cla
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(IDH
M-E
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bru
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eqüê
ncia
es
cola
r (%
)
Taxa
de
alfa
betiz
ação
de
adu
ltos
(%)
% 9
1/00
Posi
ções
Brusque 1 0,835 63,69 93,46 1 0,912 81,40 96,07 9,14% 0
Itapema 2 0,797 58,37 90,37 2 0,906 81,59 95,13 13,70% 0
Guabiruba 3 0,792 50,17 93,64 3 0,897 78,40 95,41 13,32% 0
Bombinhas 4 0,788 58,98 88,75 5 0,889 78,82 93,95 12,78% -1
São João Batista 5 0,779 55,01 89,37 6 0,887 76,99 94,59 13,87% -1
Nova Trento 6 0,775 53,38 89,51 7 0,877 76,00 93,61 13,26% -1
Tijucas 7 0,770 61,41 84,84 4 0,892 83,51 91,97 15,74% 3
Porto Belo 8 0,766 56,90 86,45 10 0,859 73,75 92,04 12,19% -2
Major Gercino 9 0,750 50,52 87,31 11 0,850 75,58 89,64 13,20% -2
Botuverá 10 0,750 48,69 88,12 8 0,866 74,66 92,56 15,49% 2
Canelinha 11 0,734 53,87 83,12 12 0,834 73,83 88,21 13,70% -1
Governador Celso Ramos 12 0,734 54,99 82,54 9 0,860 78,12 89,97 17,26% 3
SC 0,722 62.16 90.09 0,906 84.36 93.67 12.12%
Região SUL 0.804 64.49 83.94 0,896 88.37 92.49 11.43%
BRASIL
0,745 63,62 79,93
0,849 81,89 86,37 13,95%
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE
47
A figura 11 apresenta o gráfico do crescimento percentual do IDHM-E de 2000 em
relação a 1991 dos municípios da região da ADRVALE. Os municípios de Governador
Celso Ramos (17,26%), Tijucas (15,74%) e Botuverá (15,49%) foram os que mais
cresceram percentualmente.
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
14,00%
16,00%
18,00%
Brus
que
Porto
Bel
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Bom
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biru
ba
Maj
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Tiju
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Gov
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dor
Cel
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amos
Figura 11 - Gráfico do crescimento percentual do IDHM-E de 2000 em relação a 1991 dos municípios da região da ADRVALE.
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
A tabela 21 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano – Renda (IDHM-R) em 1991
e 2000 dos municípios da ADRVALE. Os municípios de Itapema (0,806), Brusque (0,780)
e Tijucas (0,769) possuem os melhores índices em 2000. O município de Major Gercino
(21,87) teve o maior crescimento percentual e subiu doze posições comparando 2000 em
relação a 1991. Na segunda série histórica três municípios tiveram um índice superior a
média do Estado de Santa Catarina. O índice do Brasil, assim como o Estado de Snata
Catarina, tiveram um acréscimo de (9,97%) e (6,16%), respectivamente, na renda per
capita, de 2000 em relação a 1991.
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE
48
Tabela 21 - Índice de Desenvolvimento Humano – Renda (IDHM-R) em 1991 e 2000 dos municípios da ADRVALE.
1991 2000 Variações
Municípios C
lass
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ção
AD
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LE
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(IDH
M-R
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Ren
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apita
(e
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$ de
200
0)
% 9
1/00
Posi
ções
Brusque 1 0,729 306,86 2 0,780 416,42 6,99% -1
Tijucas 2 0,703 263,99 3 0,769 391,48 9,35% -1
Itapema 3 0,681 230,53 1 0,806 486,66 18,32% 2
Guabiruba 4 0,669 214,21 4 0,741 329,97 10,79% 0
Nova Trento 5 0,660 203,15 8 0,715 283,63 8,44% -3
Porto Belo 6 0,655 197,61 5 0,733 316,01 11,96% 1
São João Batista 7 0,650 191,18 7 0,725 300,33 11,60% 0
Botuverá 8 0,638 178,74 11 0,695 250,29 8,80% -3
Canelinha 9 0,636 175,75 9 0,701 260,27 10,31% 0
Bombinhas 10 0,635 174,84 6 0,731 311,56 15,19% 4
Governador Celso Ramos 11 0,627 167,34 12 0,681 231,23 8,60% -1
Major Gercino 12 0,571 119,30 10 0,696 252,06 21,87% 2
SC 0,682 232,26 0,750 348,72 9,97%
Região SUL 0,687 239,95 0,746 342,61 8,58%
BRASIL
0,681 230,30
0,723 297,23 6,16%
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
A figura 12 apresenta o gráfico do crescimento percentual do IDHM-R de 2000 em
relação a 1991 dos municípios da ADRVALE. Os municípios de Major Gercino (21,87%),
Itapema (18,32%) e Bombinhas (15,19%) obtiveram os maiores crescimentos
percentuais.
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE
49
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
Brus
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Gov
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Figura 12 - Gráfico do crescimento percentual do IDHM-R de 2000 em relação a 1991 dos municípios da ADRVALE.
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
1.5 Instituições de Cultura
Para a cultura, a premissa básica é a de inserir - através do diálogo entre os saberes
populares, os saberes tradicionais e os saberes científicos - os movimentos, atividades e
ações da cultura popular, num contexto mais amplo, onde se possa obter apoio para a
sua valorização como postura identificatória de grupos tradicionais. O maior obstáculo é a
falta de investimento e de reconhecimento do valor de suas manifestações para ajudar na
solução de problemas sociais12.
A tabela 22 apresenta as instituições ligadas à cultura segundo os municípios da
ADRVALE em 1999. O município de Brusque é o que apresenta o maior número de
instituições ligadas a cultura. Com um grande apoio à cultura, Brusque oferece aos seus
moradores e visitantes uma biblioteca pública, dois museus, três teatros e um cinema.
12 Agenda 21 Catarinense, Documento Preliminar, Outubro de 2002.
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE
50
Tabela 22 - Instituições ligadas à cultura, por tipo de instituições, segundo os municípios da ADRVALE em 1999.
Tipo de Instituições
Municípios Total Bibliotecas Públicas Museus
Teatros/ Casa de
Espetáculos Cinemas
Bombinhas 2 1 1 -
Botuverá 1 1 - - -
Brusque 7 1 2 3 1
Canelinha - - - - -
Governador Celso Ramos 1 1 - - -
Guabiruba 1 1 - - -
Itapema 2 1 1 - -
Major Gercino 1 1 - - -
Nova Trento - - - - -
Porto Belo 2 1 - - 1
São João Batista 1 1 - - -
Tijucas 1 1 - - -
Total ADRVALE 19 10 4 3 2
Total SC 540 345 109 37 49
% ADRVALE sobre SC 3,51% 2,89% 3,66% 8,10% 4,08%
Fonte: Anuário Estatístico de Santa Catarina, 2000.
C
1.6 Infra-Estrutura
Um dos fatores externos que influenciam a competitividade das empresas é a infra-
estrutura pública. A deterioração da base física e da qualidade dessa infra-estrutura no
Brasil, após mais de uma década de instabilidade macroeconômica, colapso do
financiamento e do investimento públicos, constitui um grande entrave ao esforço de
reestruturação competitiva da indústria3.
3 P
APÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
51
Figura 13 - Mapa de Santa Catarina com as principais rodovias, aeroportos e portos.
Fonte: Ministério dos Transportes. Acesso em 18 de junho de 2003. http://www.transportes.gov.br
COUTINHO, Luciano; FERRAZ, João Carlos. Estudo da Competitividade da Indústria Brasileira. Campinas, SP: apirus, 1994. P. 145.
5
São apresentadas a seguir informações sobre o sistema rodoviário, ferroviário, hidroviário
e aeroviário da região dos municípios da ADRVALE. A figura 13 mostra o Estado de
Santa Catarina e as principais rodovias federais e estaduais, aeroportos e portos.
A
D
c
C
p
d
C
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d
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
2
Figura 14 - Mapa das Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina.
Fonte: ONDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.
figura 14 apresenta o mapa com as Oportunidades de Negócios para o
esenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina – ONDEE-SC, elaborado
om suporte técnico e a co-supervisão da Federação das Indústrias do Estado de Santa
atarina (FIESC), por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). O ONDEE-SC foi preparado
ela ADTP – Agência de Desenvolvimento Tietê Paraná. Vale ressaltar que o conteúdo
o ONDEE-SC não representa, necessariamente, a visão do governo do Estado de Santa
atarina, da FIESC, do IEL ou dos patrocinadores. É uma visão integrada e orientada,
epresentando o contexto atual e os projetos de infra-estrutura para o mercado de uma
eterminada região.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
53
Trata-se de um processo de identificação de oportunidades para investimento em
projetos estruturantes de infra-estrutura, aqueles empreendimentos-chave que permitam
promover ou estimular o desenvolvimento, particularmente nos setores em que Santa
Catarina goza de vantagens naturais. Busca oferecer visão prospectiva e dentro dela
levantar os projetos essenciais para sua efetiva realização. Entre os projetos âncoras
são:
Gasoduto TransCatarinense: construção de um gasoduto com aproximadamente
650 quilômetros, 32 polegadas, capacidade para transportar 30 milhões de m3/dia,
que, entrando pela região Oeste do Estado conecta-se com a região de Joinville. Com
intuito de formar um importante elo estratégico na emergente rede brasileira de
gasodutos. Entre os benefícios para o Estado está um forte estímulo ao
desenvolvimento econômico e social no interior do Estado; aumento de
competitividade para segmentos industriais importantes; aumento da segurança
energética no Estado inteiro. O valor aproximado é de R$ 1,25 bilhão.
Ferrovia TransCatarinense: ligação ferroviária do interior até o litoral de Santa
Catarina. A Ferrovia TransCatarinense será, potencialmente, trecho integrante da
Ferrovia Bioceânica.
Complexo Portuário de Babitonga: ampliação do complexo do porto de São
Francisco do Sul.
Reflorestamento em Escala Comercial: proposta ousada, que visa transformar o
Estado de Santa Catarina em um dos principais pólos nacionais que fornecem
matéria-prima florestal, com possibilidade para atender todos os integrantes da cadeia
produtiva do setor madeireiro. Estima-se reflorestar um milhão de hectares com
espécies do gênero pinus em regiões apropriadas do território catarinense,
eliminando o déficit de madeira para uso industrial, além de contribuir para elevação
da renda rural e para preservação do meio ambiente no Estado. Ampliação da renda,
dos empregos e da arrecadação de impostos para o governo estadual e municipal;
fixação do proprietário rural e sua família no campo; uso de terras inaptas à
agricultura; segurança no fornecimento de matéria-prima, garantindo a ampliação da
cadeia produtiva do setor madeireiro. Valor aproximado de R$ 1,5 bilhão ao longo de
20 anos.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
54
1.6.1 Transporte Rodoviário
A região da ADRVALE é servida pelas rodovias estaduais: SC 413, SC 470, SC 412,
além da rodovia federal BR-101, BR 470 e BR 486 (pavimentadas).
Tabela 23 - Principais distâncias (em km)
Município Florianópolis Curitiba Porto Alegre
Brusque 108 250 585
Tijucas 90 230 566
Itapema 110 190 586
Fonte: www.dnit.gov.br. DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre. Distâncias entre as cidades.
A duplicação do trecho sul da BR-101, de Palhoça (SC) a Osório (RS) representa 288,9
quilômetros, a fim de solucionar o gargalo rodoviário do sul do país. O trecho foi projetado
para um fluxo de 4,6 mil veículos/dia quando atualmente, o fluxo é de 18.000
veículos/dia. Este trecho representa um importante eixo de ligação do sul do Brasil e dos
países do MERCOSUL com o restante do país e vice e versa, além de ser a ligação da
região sul com os principais portos e aeroportos do país. O seu custo é estimado em US$
800 milhões. A figura 15 apresenta o mapa com os pontos mais perigosos do trecho sul
da BR-101, de Palhoça/SC até Osório/RS.
C
A
APÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
55
Figura 15 - Pontos mais perigosos da BR-101 Sul – Palhoça/SC a Osório/RS.
Fonte: ClicRBS. Especial 101. Internet: http://www.clicrbs.com.br/br101
figura 16 apresenta o mapa da região do ADRVALE, com as principais rodovias.
CAP
ÍTU
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gov.
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cess
o em
: 15/
out/2
003
C
1.6.2 Transporte Ferroviário
O transporte ferroviário do Estado de Santa Catarina é operado através da empresa
concessionária América Latina Logística – ALL. A ALL foi fundada em março de 1997,
quando a Ferrovia Sul Atlântico venceu o processo de privatização da malha sul da Rede
Ferroviária Federal, passando a operar a malha nos estados do Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul. A figura 17 apresenta o mapa das linhas férreas que a América Latina
Logística tem concessão, o qual duas de suas linhas cortam o Estado de Santa Catarina.
São as ferrovias Mafra-Lages a leste, e Porto União-União da Vitória-Uruguai a oeste.
O
u
E
APÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
57
Figura 17 - Mapa Geral das linhas férreas da América Latina Logística – ALL
Fonte: Ministério dos Transportes – Internet: http://www.transportes.gov.br/bit/ferro/all/mapa-all.jpg acesso em 30/06/03
mapa da Ferrovia TransCatarinense, figura 18, apresenta a construção e operação de
ma ferrovia destinada ao transporte de carga, principalmente entre o centro e oeste do
stado e os portos. Uma nova ferrovia que, certamente, vai oferecer condições
58
interessantes de operação. Pode ser construída como projeto privado, público ou misto,
dependendo do resultado de um estudo de viabilidade econômica. Grande potencial para
promover o crescimento econômico e a melhoria das condições sociais no interior do
Estado, com impacto significativo nos setores de aves, suínos, madeira reflorestada e
seus derivados. O valor aproximado é de R$ 1 bilhão.
Fon
A fig
cons
cata
Inclu
dese
inter
por
obra
proje
cruz
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
Figura 18 - Mapa da Ferrovia TransCatarinense.
te: ONDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.
ura 19 apresenta o mapa com o projeto da ferrovia litorânea, com o objetivo da
trução e/ou operação de uma ferrovia de carga, com 235,6km, percorrendo o litoral
rinense e interligando os principais portos às grandes cidades da faixa litorânea.
i conexões com a rede ferroviária existente. Com grande potencial para promover o
nvolvimento, não somente na faixa litorânea, mas também em regiões produtoras do
ior. Potencial para aumentar as cargas de outros Estados, exportadas ou importadas
meio dos portos catarinenses, aumentando, desta forma, a receita fiscal do Estado. A
tem valor aproximado de R$ 415 milhões. A figura 20 apresenta o mapa com o
to em estado embrionário visando à construção e a operação de uma ferrovia que
a o continente sul-americano, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. Poderá
CAPÍTULO
aproveitar os trechos ferroviários existentes, conforme for apropriado. Deve ser analisada
conjuntamente com o projeto Ferrovia TransCatarinense. Pode ser construída como
projeto privado, público ou misto, dependendo do resultado de estudo de viabilidade
econômica.
Fonte: O
Embora
Bioceân
regiões
condiçõ
de aves
compet
cerâmic
1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
59
Figura 19 - Mapa da Ferrovia Litorânea.
NDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.
não se trate de um projeto catarinense, em termos geográficos, a Ferrovia
ica teria, potencialmente, enorme impacto para a economia do Estado e para as
Sul e Sudeste do Brasil. Estimularia o crescimento econômico e melhoraria as
es sociais no interior de Santa Catarina, com impacto, principalmente, nos setores
, suínos, madeira reflorestada e seus derivados. Poderia melhorar também a
itividade dos setores de manufaturados do leste catarinense, principalmente
a e metal-mecânico, nos mercados asiáticos.
60
Fonte: OND
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
Figura 20 - Mapa da Ferrovia Bioceânica.
EE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.
CAPÍTULO 1 – INFRA-EST
1.6.3 Transporte Hidroviário
Fonte: S
A região dos mun
Santa Catarina:
Porto de ImbituDesembarque de f
acostagem estão d
extensão:
Cais velho ou
compreendend
1.600m2 e capa
Cais novo, com
É atendido po
25.000m2, perm
Cais ro-ro, de 2
retaguarda, de
RUTURA 2004 • ADRVALE
61
Figura 21 - Portos Catarinenses
ANTUR. Internet: http://www.santur.sc.gov.br Acesso em: 04/set/2003.
icípios da ADRVALE tem a sua disposição três portos no Estado de
ba – As principais atividades desempenhadas pelo porto são:
ertilizante e soda cáustica e embarque de açúcar. As instalações de
istribuídas em quatro trechos distintos de cais, totalizando 582m de
cais de carvão, com 160m de comprimento e 9,5m de profundidade,
o um berço, servido por um pátio descoberto, para coque, com
cidade de 5.000t, e dois berços para carga geral.
250m de comprimento, contendo três berços e 10m de profundidade.
r um pátio descoberto, para contêineres e carvão, com área de
itindo a estocagem de 90.000t.
4m, com profundidade de 7,5m, servido por um pátio descoberto, de
5.000m2.
62
O porto possui, ainda, dois tanques para soda cáustica, com capacidade de 8.760t. Os
armazéns junto à Indústria Carboquímica Catarinense S.A. (ICC), com 19 módulos, estão
arrendados a Biogran Produtos Agrícolas e Naturais Ltda. e são utilizados para salitre.
Porto de São Fprodutos movime
serrada, milho, fr
motocompressore
Joinville, a maio
regiões economi
Mafra. Podendo
Paraná, bem com
infra-estrutura de
76.500 m3, numa
sólido da Comp
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
Figura 22 - Porto de Imbituba
Fonte: Porto de Imbituba.http://www.cdiport.com.br
rancisco do Sul – essencialmente exportador tem como principais
ntados em seu cais a soja (grãos, farelo e óleo), azulejos, madeira
angos congelados, papel Kraft, motores elétricos, móveis de madeira,
s, autopeças e têxteis, entre outros. O porto está situado a 40 Km de
r cidade do Estado. A malha ferroviária conecta o porto com várias
camente importantes através da estrada de ferro 485, na cidade de
deste ponto ser acessada com São Paulo, Porto Alegre e o oeste do
o todo o Mercosul, interligando os oceanos Pacíficos e Atlântico. Sua
armazenagem conta com três armazéns internos com capacidade de
área total de 13.500m2. Existem na retaguarda os armazéns de granel
anhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (CIDASC), que tem
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTU
capacidade estática total de 120 mil toneladas, e tanque para óleo vegetal com
capacidade nominal para 9 mil m³. 4
Figu
Fonte:
Porto de Itajaí – Os
madeiras, móveis, fran
papel, entre outros. S
estocagem de produt
contêineres. Os usuá
equipamentos, com ca
suas mercadorias. A
informatizadas. O Port
(porto seco), totalment
armazenagem coberta
m² de área. Esse por
igualando-se aos princi
4 SANTA CATARINA. Adminhttp://www.apsfs.sc.gov.br/ 5 PORTO DE ITAJAÍ. Instalaç
http://www.portoitajai.com.br/
RA 2004 • ADRVALE
63
ra 23 - Foto do Porto São Francisco do Sul
Porto de São Francisco do Sul. http://www1.apsfs.sc.gov.br
principais produtos movimentados são têxteis, motores elétricos,
gos congelados, azulejos e pisos, açúcar e derivados de petróleo,
uas instalações têm mais de 15.000 m² de área coberta para
os e 38.000 m² de área descoberta para armazenagem de
rios do Porto de Itajaí têm a sua disposição mais de 70
pacidade de 1 a 37 toneladas para auxílio na carga e descarga de
s unidades operacionais do Porto de Itajaí são totalmente
o de Itajaí conta ainda com uma Estação Aduaneira de Interior
e alfandegada e sincronizada com o Porto, com 31.500 m² para
e pátios de armazenagem de contêineres com mais de 120.000
to chega a movimentar uma média de 10 contêineres por hora,
pais portos do mundo.5
istração do Porto de São Francisco do Sul. Acesso em 20 de junho de 2003.
ões e Maquinários. Capturado em 13 de outubro. 2000. On-line. Disponível na Internet instal.htm
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
64
Figura 24 - Foto do Porto de Itajaí
Fonte: Porto de Itajaí. http://www.transportes.gov.br/bit/portos/itajai/poitajai.htm
Tabela 24 - Distância Rodoviária em Km, dos municípios da região da ADRVALE, aos municípios onde estão localizados os portos de Itajaí e São Francisco do Sul.
Município Imbituba Itajaí São Francisco do Sul
Brusque 183 39 136
Tijucas 126 24 230
Itapema 140 38 244
Fonte: SANTA CATARINA. Departamento de Infra-Estrutura. Distâncias entre as cidades.
PORTO DE ITAJAÍ. Sobre o Porto. Capturado em 20 de junho. 2003. On-line. Disponível na Internet http://www.portoitajai.com.br/institucional/sobre.php
CAPÍTULO 1 – INFRA-E
1.6.4 Transporte Aeroviário
O estado de Santa Catarina dispõe de 32 aeroportos. Dentre os públicos, 16 têm pistas
pavimentadas, sendo que seis estão capacitados para operações de pousos e
decolagens por instrumento e noturna.
Fonte
A região da ADR
Navegantes e Flo
Aeroporto Apistas asfalta
grandes pólo
Jaraguá do S
Aeroporto dpossui pistas
aeroporto de
cidades situa
Tijucas, Pom
Balneário Ca
STRUTURA 2004 • ADRVALE
65
Figura 25 - Aeroportos Catarinenses
: SANTUR. Internet: http://www.santur.sc.gov.br Acesso em: 04/set/2003.
VALE tem a sua disposição os aeroportos polarizadores de Joinville,
rianópolis.
fonso Pena – localizado no município de Joinville, este aeroporto possui
das, dimensões de 1.640m x 45m e uma altitude de 4 metros. Atende a
s regionais, como a região de Joinville, Blumenau e à própria região de
ul.
e Navegantes – Localiza-se no município de Navegantes. O aeroporto
asfaltadas, dimensões de 1.700m x 45m e altitude de 5 metros. O
Navegantes foi inaugurado em 19/10/1978. Atende principalmente, as
das no vale do Itajaí, como Blumenau, Brusque, Gaspar, Porto Belo,
erode, Penha e Piçarras e as cidades turísticas litorâneas, como
mboriu, Itajaí e o parque do Beto Carrero World em Penha. O acesso ao
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
66
aeroporto pela cidade de Blumenau é por meio da BR 101 e BR 470; por Itajaí o
acesso deverá ser feito pelo ferry boat, na travessia do rio Itajaí-Açu, que separa as
duas cidades.
Aeroporto Internacional Hercílio Luz – Localiza-se no município de Florianópolis. É
um aeroporto internacional compartilhado, com dimensões de 2.300m x 45m e
1.500m x 45m e altitude de 6 metros. Atende principalmente à demanda do turismo,
em especial no verão, de pessoas vindas da Argentina.
Tabela 25 - Distância Rodoviária em Km, dos municípios da região da ADRVALE, aos municípios onde estão localizados os aeroportos.
Município Joinville Navegantes Florianópolis
Brusque 120 59 108
Tijucas 101 44 90
Itapema 87 58 110
Fonte: SANTA CATARINA. Departamento de Estradas e Rodagens. Distâncias entre as cidades.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
67
1.6.5 Energia Elétrica
Conforme a figura 26 o maior consumo de energia elétrica encontram-se no setor
industrial com 58,47% e o residencial, com 25,99%.
25,99%
58,47%
13,33% 2,21%
Residencial
Industrial
Comercial
Rural
Figura 26 - Consumo Anual de Energia Elétrica (mercado CELESC), por classe de consumidores, da ADRVALE em 2001.
Fonte: CELESC, 2001 apud Anuário Estatístico de Santa Catarina, 2001.
A tabela 26 apresenta o consumo de energia elétrica por classes de consumidores e
municípios da ADRVALE em 2001. Os municípios de Laguna e Tubarão são os maiores
consumidores de energia elétrica da ADRVALE.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
68
Tabela 26 - Consumo de Energia Elétrica por municípios da região e classe de consumidores da ADRVALE em 2001
Classe de Consumidores (kw/h) Municípios Total
Residencial Industrial Comercial Rural
Bombinhas 23.937.115 14.005.622 2.036.081 5.793.954 9.665
Botuverá 17.301.328 1.494.632 13.459.062 464.452 1.522.621
Brusque 381.331.661 65.076.180 255.928.723 47.719.091 1.364.359
Canelinha 16.040.416 4.516.937 8.277.701 1.051.292 1.160.762
Governador Celso Ramos 14.515.891 8.646.324 1.175.233 2.030.576 952.658
Guabiruba 33.046.747 9.914.659 16.327.502 4.714.700 780.267
Itapema 59.692.684 34.882.733 4.517.839 15.259.012 448.215
Major Gercino 4.052.915 520.768 43.998 213.520 3.040.386
Nova Trento 15.405.602 4.493.106 5.644.669 1.768.758 2.021.848
Porto Belo 26.998.816 10.346.119 8.254.682 3.980.323 125.355
São João Batista 24.536.092 9.078.321 8.833.386 2.411.054 2.239.140
Tijucas 106.173.739 16.036.024 78.187.322 6.373.645 1.554.664
Total ADRVALE 723.033.006 179.011.425 402.686.198 91.780.377 15.219.940
Total SC 12.633.300.853 2.976.195.291 5.652.084.908 1.652.457.119 1.288.636.687
% ADRVALE sobre SC 5,72% 6,01% 7,12% 5,55% 1,18%
Fonte: CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina.
A tabela 27 apresenta o consumo de energia elétrica por municípios da classe industrial
da ADRVALE de 1999 a 2001. Os municípios de Brusque e Tijucas são os principais
consumidores da região. A média de crescimento da região de 2000 em relação a 1999
foi de 9,03%. O município de Nova Trento teve um crescimento de 36,53% no consumo
de 2000 em relação a 1999.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
69
Tabela 27 - Consumo de Energia Elétrica por municípios da região da classe industrial da ADRVALE em 1999 a 2001
Industrial (kWh) Municípios
1999 2000 Variação 99/00 2001 Variação
00/01
Bombinhas 1.401.243 1.645.505 17,43% 2.036.081 23,74%
Botuverá 9.155.058 11.330.001 23,76% 13.459.062 18,79%
Brusque 222.980.941 237.427.917 6,48% 255.928.723 7,79%
Canelinha 7.206.553 7.466.460 3,61% 8.277.701 10,87%
Governador Celso Ramos 771.088 996.472 29,23% 1.175.233 17,94%
Guabiruba 14.144.695 16.011.879 13,20% 16.327.502 1,97%
Itapema 3.501.465 3.665.968 4,70% 4.517.839 23,24%
Major Gercino 36.873 46.824 26,99% 43.998 -6,04%
Nova Trento 3.843.341 5.247.165 36,53% 5.644.669 7,58%
Porto Belo 7.071.766 7.324.636 3,58% 8.254.682 12,70%
São João Batista 6.324.757 7.842.948 24,00% 8.833.386 12,63%
Tijucas 62.513.912 70.548.160 12,85% 78.187.322 10,83%
Total ADRVALE 338.951.692 369.553.935 9,03% 402.686.198 8,97%
Total SC 4.974.569.138 5.405.468.541 8,66% 5.652.084.908 4,56%
% ADRVALE sobre SC 6,81% 6,83% 7,12%
Fonte: CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina.
A tabela 28 apresenta o consumo de energia elétrica por municípios da região da classe
rural da ADRVALE de 1999 a 2001. A média de crescimento de 2000 em relação a 1999
foi de 7,73%. Os municípios de Major Gercino, e São João Batista são os maiores
consumidores da região. O município de Bombinhas teve um crescimento de 31,55% de
2000 em relação a 2001.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
70
Tabela 28 - Consumo de Energia Elétrica por municípios da região da classe rural da ADRVALE em 1999 a 2001
Rural (kWh) Municípios
1999 2000 Variação 99/00 2001 Variação
00/01
Bombinhas - 7.347 - 9.665 31,55%
Botuverá 1.558.057 1.652.163 6,04% 1.522.621 -7,84%
Brusque 1.197.791 1.324.442 10,57% 1.364.359 3,01%
Canelinha 918.168 925.800 0,83% 1.160.762 25,38%
Governador Celso Ramos 831.113 878.793 5,74% 952.658 8,41%
Guabiruba 753.011 783.581 4,06% 780.267 -0,42%
Itapema 367.298 417.022 13,54% 448.215 7,48%
Major Gercino 2.656.628 2.767.224 4,16% 3.040.386 9,87%
Nova Trento 1.946.051 2.007.132 3,14% 2.021.848 0,73%
Porto Belo 88.003 115.546 31,30% 125.355 8,49%
São João Batista 1.567.147 1.941.166 23,87% 2.239.140 15,35%
Tijucas 1.221.306 1.297.011 6,20% 1.554.664 19,87%
Total ADRVALE 13.104.573 14.117.227 7,73% 15.219.940 7,81%
Total SC 1.152.294.307 1.241.001.426 7,69% 1.288.636.687 3,83%
% ADRVALE sobre SC 1,13% 1,13% 1,18%
Fonte: CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina.
CAPÍTULO 1 – INFR
1.6.6 Gás Natural
O Gasoduto Bolívia-Brasil transporta para o Brasil o gás natural proveniente da Bolívia.
Em Santa Catarina (ver figura 27), o gasoduto cruza o estado a partir de Guaruva, divisa
com o Paraná, até a cidade de Timbó do Sul, na divisa com o Rio Grande do Sul,
passando a leste de Blumenau.
O gás natura
modernização
Entre as princi
Menor cus
Maior vida
Inexistênci
A-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
71
Figura 27 - Mapa da rede de distribuição da SCGás.
Fonte: SCGás. Internet: http://www.scgas.com.br Acesso em: 11/jul/2003.
l deve contribuir para o aumento da produtividade, competitividade e
da indústria local, substituindo o carvão, a lenha e o óleo combustível.
pais vantagens do gás natural estão:
to de manutenção;
útil dos equipamentos;
a de custo de estocagem;
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
72
Melhoria dos padrões ambientais, pois a combustão completa evita impurezas e
resíduos poluentes, além disso, não necessita de frete rodoviário.
Figura 28 - Mapa de distribuição da SCGás na região da ADRVALE próximo ao município de Brusque.
Fonte: SCGás. Internet: http://www.scgas.com.br Acesso em: 27/abr/2004.
A rede de distribuição é a forma como a SCGÁS transporta o gás natural até o
consumidor. Atravessa todo o Estado de Santa Catarina, com 480 km de extensão e
atendendo 25 municípios do Estado. Dessa forma, entre as 23 distribuidoras de gás
natural, a SCGÁS é a 2ª distribuidora do país em número de municípios atendidos e a 3ª
em extensão de rede de distribuição. Os segmentos industriais que já estão consumindo
o Gás Natural são Têxtil, Metal-mecânico, Cerâmica Vermelha, Vidros, Cristais e
Cerâmico.
A disseminação do uso do gás natural pressupõe a necessidade da divulgação de seus
benefícios (inclusive para médias e pequenas empresas) e a existência de profissionais e
equipamentos adequados aos seus diferentes contextos de utilização.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
73
Figura 29 - Mapa de distribuição da SCGás na região da ADRVALE próximo ao município de Tijucas.
Fonte: SCGás. Internet: http://www.scgas.com.br Acesso em: 27/abr/2004.
A figura 29 apresenta o mapa do Gasoduto da Integração – GASIN com
aproximadamente 5.250 quilômetros em seu traçado total — ver detalhamento abaixo —
e capacidade para transportar cerca de 60 milhões de m3/dia de gás natural, ligando os
campos produtores da Argentina e Bolívia com os mercados consumidores das Regiões
Sul, Sudoeste e Centro-Oeste do Brasil, constituindo-se em mais um elo da emergente
rede brasileira gasodutos — conhecer também o projeto Gasoduto TransCatarinense no
ONDEE-SC. Viabilizando o desenvolvimento de usinas termelétricas próximas a centros
consumidores e em locais estratégicos do sistema de transmissão; diversificar as
potencialidades da matriz energética do Estado; promover o desenvolvimento econômico
e social nos municípios da área de influência do traçado do gasoduto; incrementar a
receita fiscal. Com valor aproximado de US$ 5 bilhões.
74
Fonte: ONDEE-S
1.6.7 Teleco
O Estado de
eficiente, que
som e imagem
marítimo, perm
planeta.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
Figura 30 - Mapa do Gasoduto da Integração – GASIN
C. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.
municações
Santa Catarina dispõe de um sistema de comunicações relativamente
permite contatos com qualquer localidade do país e do exterior por meio de
, texto, dados e voz. Além disso, o estado está interligado ao serviço móvel
itindo contato por telefone ou envio de mensagem para qualquer ponto do
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
75
Tabela 29 - Linhas telefônicas instaladas na ADRVALE em 2000.
Municípios Domicílios Totais Linhas telefônicas Instaladas
Part % no total de domicílios
Bombinhas 2.470 677 27,41%
Botuverá 1.091 302 27,68%
Brusque 22.017 10.813 49,11%
Canelinha 2.481 789 31,80%
Governador Celso Ramos 3.340 1.190 35,63%
Guabiruba 3.648 792 21,71%
Itapema 7.533 1.633 21,68%
Major Gercino 904 138 15,27%
Nova Trento 2.775 775 27,93%
Porto Belo 3.096 878 28,36%
São João Batista 4.296 1.468 34,17%
Tijucas 6.596 2.570 38,96%
Total 60.247 22.025 36,56% Fonte: SDE – Anuários Estatística de Santa Catarina – 2001.
A principal concessionária dos serviços de telecomunicações de SC, TELESC Brasil
Telecom S.A., atende aos 293 municípios do estado. No âmbito nacional, o atendimento
é feito através da Embratel – Empresa Brasileira de Telecomunicações S.A., da Intelig
Telecomunicações Ltda. e da GVT – Global Village Telecom.
A tabela 29 apresenta o número de linhas telefônicas instaladas em 2000. A média da
participação percentual de residências com linhas telefônicas é de 36,56 % em 2000. Os
municípios de Brusque (49,11%), Tijucas (38,96%) e Governador Celso Ramos (35,63%)
possuem as maiores participações relativas de linhas instaladas. O município de Major
Gercino possui a menor participação com 11,50%.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
76
1.6.8 Água e Saneamento
Em Santa Catarina os Sistemas de Abastecimento de Água, operados pela Casan,
beneficiam 322 localidades e um Município do Estado do Paraná. Além do abastecimento
de água, os 27 sistemas de Esgotos Sanitários operados pela Casan, atendem a 16
Municípios e 2 Distritos.6
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente de
Santa Catarina, “com relação ao abastecimento de água o Estado possui uma cobertura
de aproximadamente 90% da população urbana em água tratada, não se podendo
garantir, no entanto, que a quantidade de água oferecida à população possua um
controle da qualidade adequado”. Em termos de esgotamento sanitário no estado,
apenas 6,85% da população urbana possui coleta de esgoto e apenas parte desse
volume coletado consegue ter tratamento satisfatório. De acordo com estudos realizados,
Santa Catarina, a fim de resgatar o déficit sanitário em coleta e tratamento de esgoto
sanitário, necessitaria investir em média 0,37% de seu PIB por ano para atingir uma meta
de atendimento de 41% da população urbana do estado em 10 anos.7
De acordo com dados da Secretaria do Desenvolvimento Municipal – SDM, referente ao
lançamento de esgotos industriais, tem-se que:
27,47% lançam na rede pública com tratamento e 72,53% sem tratamento; e.
26,08% lançam diretamente em cursos d’água com tratamento e 73,92% sem
tratamento.
Em nível estadual, são disponibilizadas pela SDM as seguintes informações:
aproximadamente 50% dos municípios utilizam o sistema individual de tratamento;
28,11% dos municípios utilizam o sistema de coleta de águas pluviais com um
sistema unitário de coleta;
6 SANTA CATARINA. Companhia Catarinense de Águas e Saneamento. Capturado em 18 de junho de 2003. On-line. Disponível na Internet http://www.casan.com.br 7 SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente. Capturado em 18 de junho de 2003. On-line. Disponível na Internet: http://www.sds.sc.gov.br/
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE
77
25,91% utilizam vala negra8 para dispor os dejetos; e.
22,72% lança diretamente nos cursos d’água a carga orgânica proveniente do
esgotamento sanitário doméstico.
A população atendida na região da ADRVALE por serviços de coleta de resíduos sólidos
corresponde a 82,58% da população urbana da Região (173.448 habitantes), ficando
sem atendimento 17,42% da população (36.558 habitantes). Tomando como referência a
média per capita de resíduos sólidos gerados de 1,00 kg/habitantes/dia, estima-se que
são gerados na Região 210,9 ton/dia. Na área urbana são produzidas 178 ton/dia
(88,40% do total).
Tabela 30 - Resíduos sólidos por municípios da ADRVALE em 1999
Municípios
Popu
laçã
o co
m
cole
ta
% A
tend
ido
Qda
de p
er c
apita
(K
g/ha
bxdi
a)
Ger
ado
Pop
Tota
l To
n/di
a
Ger
ado
Pop
Urb
ana
Ton/
dia
Tipo
Adm
Col
eta
Sele
tiva
Des
tino
Dom
éstic
o
Bombinhas - - - - - - - -
Botuverá 357 44,44 - - - Adm. Direta Não possui Lixão
Brusque 73.167 100,00 1,14 86.824 83.619 Adm. Direta Não possui Ater. Sanit.
Canelinha 5.997 66,57 1,18 10.629 5.063 Adm. Direta Não possui Lixão
Governador Celso Ramos 8.118 70,00 2,11 24.491 22.896 Adm. Direta Não possui Ater. Sanit.
Guabiruba 12.058 - - - - - - Lixão
Itapema 24.769 100,00 0,5 12.929 12.385 Adm. Direta Não possui Lixão
Major Gercino 790 25,14 0,59 1.845 574 Adm. Direta Não possui Lixão
Nova Trento 5.899 59,87 4,45 43.893 29.731 Adm. Direta Não possui Lixão
Porto Belo 8.458 85,00 - - - - - Ater. Sanit.
São João Batista 8.915 60,00 1 14.858 11.269 Adm. Direta Não possui Lixão
Tijucas 16.222 69,23 0,44 10.284 8.184 Adm Indireta Possui Ater. Sanit.
Total ADRVALE 173.448 210.972
Fonte: Diagnóstico do levantamento de dados dos resíduos sólidos nos municípios do Estado, com revisão das diretrizes para a formulação da política estadual dos resíduos sólidos. Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente – SDM, Florianópolis, Outubro de 2001.
8 A vala negra é uma solução sanitária condenável para a disposição de dejetos.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE
78
1.7 Atividade Econômica
O perfil da estrutura industrial de Santa Catarina é marcado pela forte presença de
setores tradicionais têxtil-vestuário e alimentos, mas com um setor eletro-metal-mecânico
ganhando importância e contribuindo, em grande parte, para o crescimento do produto
industrial do estado nos anos recentes.
Os principais setores industriais do estado encontram-se concentrados em regiões
específicas, registrando-se evidentes especializações regionais, resultado de um
processo histórico e descentralizado de formação industrial. Essa caracterização regional
alia-se, em cada indústria, a uma estrutura constituída por algumas grandes empresas,
muitas delas líderes nacionais, e por uma infinidade de empresas de pequeno e médio
porte, de origem tipicamente familiar.
É na região do litoral, na qual se insere a ADRVALE, que estão localizadas as empresas
de venda e produção de cerâmica, calçados, vestuário-têxtil e maricultura.
A primeira parte deste item apresenta o PIB dos municípios da região da ADRVALE,
seguido do valor adicionado, recolhimento de ICMS, empregado e estabelecimento e por
último, as exportações da região.
1.7.1 Produto Interno Bruto – PIB
O PIB per capita municipal é o valor aproximado do produto interno bruto, originado do
valor adicionado. Compreende o valor global que as unidades econômicas de produção
industrial, da agropecuária, do comércio e dos serviços agregam aos seus produtos.
Desde o setor primário até os consumidores finais.
A tabela 31 apresenta o PIB per capita para a região da ADRVALE de 1996 a 2000, ela
se encontra classificada em ordem decrescente do PIB per capita para o ano 2000. A
região apresenta um PIB per capita inferior à média do Estado de Santa Catarina,
apresentando uma média de R$ 6.617,00 contra R$ 7.406,60 (no período compreendido
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE
79
entre os anos de 1996 a 2000). O Estado de Santa Catarina apresentou uma queda de
2,10% neste indicador no período analisado contra um crescimento de 50,39% da região.
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
Gov
erna
dor C
elso
Ram
os
Can
elin
ha
São
Joã
o B
atis
ta
Nov
a Tr
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Gua
biru
ba
Por
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elo
Botu
verá
Itape
ma
Bom
binh
as
Tiju
cas
Bru
sque
19962000
Figura 31 - Gráfico comparativo do PIB per capita de 1996 em relação a 2000.
Fonte: DURB/SDM – SC
A figura 31 apresenta um gráfico comparativo do PIB per capita de 1996 em relação a
2000. Dos doze municípios, onze apresentaram um acréscimo do PIB per capita e
apenas um decréscimo. Os municípios de Governador Celso Ramos (545,34%),
Bombinhas (446,57%) e Itapema (272,49%) apresentaram os maiores crescimentos.
Apenas o município de Tijucas apresentou decréscimo (-34,86%).
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE
80
Tabela 31 - Estimativa do PIB per Capita, Segundo Valor Adicionado Fiscal a Preços de 1999 (IGP/DI FGV) - 1996-2000.
PIB per capita - R$ por Hab Classificação (Base 2000)
Municípios 1996 1997 1998 1999 2000 Crescimento do PIB 96/00
268 Governador Celso Ramos 576 540 680 576 3.716 545,34%
236 Canelinha 2.689 2.279 2.389 2.492 4.310 60,26%
234 São João Batista 4.234 4.497 3.782 4.182 4.332 2,31%
190 Nova Trento 2.175 2.393 2.220 2.269 4.985 129,24%
163 Major Gercino 2.003 2.049 1.624 2.021 5.385 168,91%
116 GUABIRUBA 3.853 4.020 3.812 3.746 5.954 54,52%
85 Porto Belo 3.510 3.642 4.218 3.622 6.561 86,95%
70 Botuverá 4.236 4.572 4.059 4.665 6.839 61,47%
55 Itapema 2.004 2.300 2.676 2.240 7.466 272,49%
49 Bombinhas 1.403 1.667 2.087 1.647 7.666 446,57%
26 Tijucas 14.160 12.878 13.196 13.428 9.223 -34,86%
3 Brusque 12.432 12.973 13.773 12.542 12.966 4,29%
Média ADRVALE 4.439 4.484 4.543 4.452 6.616 50,39% Média SC 7.540 7.378 7.364 7.370 7.381 -2,10%
Fonte: Elaboração: DURB/SDM – SC OBS: O PIB de 1996 a 1998 foi calculado a partir do valor adicionado; O PIB de 1999 foi calculado levando-se em consideração a média aritmética do Valor Adicionado dos anos de 1996 a 1998. (PIP PER CAPITA = VALOR ADICIONADO MUNICIPAL X PIB SC / VALOR ADICIONADO SC / POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO)
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE
81
1.7.2 Valor Adicionado
A tabela 32 apresenta o valor adicionado10 por municípios da região da ADRVALE de
1999 a 2001. Os municípios de Brusque, Tijucas e São João Batista são os principais
arrecadadores do valor adicionado das regiões em 2001, responsáveis, respectivamente
por 60,8%, 22,7% e 3,82% do total da arrecadação. A região obteve um aumento de
arrecadação de 4,42% de 1999 para 2000 e um aumento ainda mais significativo de 2000
para 2001, atingindo 20,50%.
-
100.000.000,00
200.000.000,00
300.000.000,00
400.000.000,00
500.000.000,00
600.000.000,00
1999 2000 2001
Brusque Tijucas São João Batista
Figura 32 - Valor Adicionado de 1999, 2000 e 2001 dos municípios de Brusque, Tijucas e São João Batista.
Fonte: Valor Adicionado (DIEF) 1999 a 2001.
10 Valor Adicionado corresponde, para cada Município, ao valor das mercadorias saídas acrescido do valor das prestações de serviços (da incidência do ICMS), no seu território, deduzido o valor das mercadorias entradas, em cada ano civil, computando-se, inclusive: a) as operações e prestações que constituam fato gerador do imposto, mesmo quando o pagamento for antecipado ou diferido, ou quando o crédito tributário for diferido, reduzido ou excluído em virtude de isenção ou outros benefícios, incentivos ou favores fiscais; b) as operações imunes do imposto.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE
82
A figura 32 apresenta o valor adicionado de 1999 a 2001 dos municípios de Brusque,
Tijucas e São João Batista da região do Vale do Rio Tijucas. Percebe-se que o município
de Brusque vem aumentando a arrecadação e se mantendo como uma potência regional.
Tabela 32 - Valor Adicionado por municípios da região da ADRVALE de 1999 a 2001 (1000,00 R$)
1999 2000 2001 Municípios
Total R$ %
Total R$ %
% 99/00 Total R$ % %
00/01
Bombinhas 3.805,03 0,52% 5.377,29 0,70% 41,32% 3.489,01 0,38% -35,12%
Botuverá 5.069,50 0,69% 8.883,86 1,16% 75,24% 10.748,68 1,16% 20,99%
Brusque 486.440,67 66,07% 498.972,01 64,90% 2,58% 563.145,08 60,79% 12,86%
Canelinha 8.004,11 1,09% 7.060,61 0,92% -11,79% 9.926,74 1,07% 40,59%
Governador Celso Ramos 2.333,59 0,32% 2.836,39 0,37% 21,55% 3.252,93 0,35% 14,69%
Guabiruba 20.432,21 2,77% 24.382,91 3,17% 19,34% 31.946,66 3,45% 31,02%
Itapema 9.646,74 1,31% 11.911,16 1,55% 23,47% 19.941,08 2,15% 67,42%
Major Gercino 570,92 0,08% 791,38 0,10% 38,62% 1.471,18 0,16% 85,90%
Nova Trento 10.984,55 1,49% 11.677,96 1,52% 6,31% 15.792,12 1,70% 35,23%
Porto Belo 14.145,38 1,92% 16.008,21 2,08% 13,17% 20.687,53 2,23% 29,23%
São João Batista 26.170,15 3,55% 37.514,81 4,88% 43,35% 35.782,28 3,86% -4,62%
Tijucas 148.700,89 20,20% 143.424,87 18,65% -3,55% 210.243,86 22,69% 46,59%
Total ADR Vale 736.303,73 100% 768.841,45 100% 4,42% 926.427,14 100% 20,50%
Total SC 15.612.567,01 18.287.574,23 17,13% 21.644.699,50 18,36%
% ADR Vale sobre SC 4,72% 4,20% 4,28%
Fonte: Valor Adicionado (DIEF) 1999 a 2001 e dados primários.
A região apresentou um crescimento percentual maior em 2000/2001 e menor de
1999/2000, comparando-se com o Estado de Santa Catarina. O município de Brusque
que em 1999 e 2000 vinha sendo o principal arrecadador se manteve em primeiro lugar
com uma arrecadação de mais de 60% do total arrecadado pela região.
C
A
A
e
a
APÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE
83
BombinhasBotuverá
BrusqueCanelinha
Governador Celso Ramos
GuabirubaItapema
Major Gercino
Nova Trento
Porto Belo
São João Batista
Tijucas
Valor AdicionadoR$ 1.000,00
De 0 Até 5.000 (3)
De 5.000 Até 25.000 (5)
De 25.000 Até100.000 (2)
De 100.000 Até600.000 (2)
Figura 33 - Mapa Temático do Valor Adicionado por municípios da região da ADRVALE em 2001 (R$ 1.000,00).
Fonte: adaptado de DIEF em 2001.
figura 33 apresenta o mapa temático do Valor Adicionado por municípios da região da
DRVALE em 2001 (R$ 1.000,00). Percebe-se que há uma grande distorção financeira
ntre os municípios, destacando-se o município de Brusque com 60,79% do montante
rrecadado.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE
84
1.7.3 Recolhimento do ICMS
Embora o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) seja considerado
na determinação do valor adicionado, demonstrado anteriormente, ele constitui-se num
importante instrumento para a observação do volume da atividade econômica
desenvolvida. Na tabela 33 consta o valor da contribuição sobre as mercadorias e
serviços dos municípios da região do Vale do Rio Tijucas, Costa Esmeralda e Itajaí-Mirim,
onde se constata o município de Brusque, seguido por Tijucas em arrecadação.
Tabela 33 - Contribuição do ICMS - 1995 a 2002
Município 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Bombinhas 50.254 71.655 80.287 75.426 71.810 121.855 169.936 197.333
Botuverá 377.778 298.970 282.111 285.355 522.064 779.291 676.156 835.200
Brusque 30.743.658 33.736.170 38.454.439 40.721.708 42.248.322 44.488.547 42.866.730 44.276.285
Canelinha 312.647 463.259 526.996 399.643 359.025 498.754 792.044 921.161
Governador Celso Ramos 25.273 52.542 90.722 153.328 184.589 148.000 176.040 285.848
Guabiruba 890.236 1.186.864 1.389.505 1.361.642 1.810.114 2.604.687 2.954.253 2.857.963
Itapema 602.489 1.141.247 1.178.008 1.504.267 1.477.437 1.925.398 2.456.743 2.500.992
Major Gercino 34.771 62.667 30.830 8.709 55.041 31.103 159.267 176.939
Nova Trento 411.415 558.436 719.138 719.781 684.741 642.769 756.484 776.611
Porto Belo 208.793 149.847 163.019 173.665 257.947 414.481 565.394 694.776
São João Batista 824.647 1.286.531 1.541.838 1.010.343 1.067.879 1.688.878 2.110.062 2.239.797
Tijucas 7.757.272 9.265.739 8.207.752 13.422.167 13.304.694 12.741.246 11.805.181 10.531.397
Total ADRVALE 42.239.233 48.273.927 52.664.645 59.836.034 62.043.663 66.085.009 65.488.290 66.294.302
Total SC (R$ 1.000) 1.420.409 1.629.289 1.762.384 1.607.844 1.850.502 2.213.992 2.616.521 3.217.492
% ADRVALE sobre SC 2,97% 2,96% 2,98% 3,72% 3,35% 2,98% 2,50% 2,06%
Fonte: Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE
85
1.7.4 Empregados e Estabelecimentos
Esse tópico apresenta informações sobre o número de empregados, número de
estabelecimento, grau de instrução e o tamanho dos estabelecimentos dos municípios
que compõem a região da ADRVALE. Essas informações foram extraídas da RAIS11 e
são baseadas apenas em dados formais. Isto é, não estão computados profissionais que
trabalham em setores informais.
3,47%
53,15%4,06%
9,20%
6,91%9,75% 1,50%
3,10%
0,43%
3,98%
1,75%2,70%
Bombinhas Botuvera BrusqueCanelinha Governador Celso Ramos GuabirubaItapema Major Gercino Nova TrentoPorto Belo Sao Joao Batista Tijucas
Figura 34 - Gráfico da participação relativa do número de empregados dos municípios da região da ADRVALE em 2002.
Fonte: RAIS 2002.
O número de empregados registrados na região aumentou em 10,14% no período de
2001 a 2002 e o número de empresas cresceu na importância de 7,32% no mesmo
período.
11 RAIS (Relatório Anual de Informações Sociais) - tem por objetivo o suprimento às necessidades de controle da atividade trabalhista no País, e ainda, o provimento de dados para a elaboração de estatísticas do trabalho e a disponibilização de informações do mercado de trabalho às entidades governamentais. As informações são repassadas pelas empresas para o Ministério do Trabalho e Emprego. Internet: http://www.mte.gov.br Acesso em: 01/07/03.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE
86
Conforme a figura 34, os municípios de Brusque (53%), Tijucas (10%) e Itapema (9%)
têm as maiores participações no número de empregos formais da região da ADRVALE. A
tabela 34 apresenta o número de empregados por municípios da região do Vale do rio
Tijucas de 1999 a 2001.
Tabela 34 - Número de Empregados por municípios da região do ADRVALE 2000-2002.
Municípios 2000 2001 % 01/00 2002 % 02/01
Bombinhas 841 1.668 98,34 1.870 12,11
Botuverá 620 726 17,10 808 11,29
Brusque 24.666 26.746 8,43 28.602 6,94
Canelinha 1.236 1.329 7,52 1.455 9,48
Governador Celso Ramos 585 897 53,33 943 5,13
Guabiruba 1.702 2.009 18,04 2.183 8,66
Itapema 3.697 4.152 12,31 4.950 19,22
Major Gercino 255 205 -19,61 232 13,17
Nova Trento 2.095 2.094 -0,05 2.144 2,39
Porto Belo 1.251 1.356 8,39 1.667 22,94
São João Batista 2.704 3.038 12,35 3.717 22,35
Tijucas 3.842 4.644 20,87 5.246 12,96
Total ADRVALE 43.494 48.864 12,35 53.817 10,14
Total SC 1.077.877 1.155.712 7,22% 1.235.612 6,91%
% ADRVALE sobre SC 4,03% 4,22% 4,35%
Fonte: RAIS 2000, 2001 e 2002.
A tabela 35 apresenta o número de empregados por setores econômicos e municípios da
região da ADRVALE em 2002. O município de Brusque possui o maior número de
empregados registrados na indústria, construção civil, serviços, agropecuária e comércio
nos três anos analisados, no entanto o município de Bombinhas foi o que apresentou
maior taxa porcentual de crescimento do número de empregados de 2000 para 2001,
atingindo a marca de 98,34%, caindo novamente para 12,11% em 2002.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE
87
Tabela 35 - Número de empregados por setores econômicos e municípios d ADRVALE em 2002.
Municípios Industria Construção Civil Comércio Serviços Agropecuária Total
Bombinhas 41 61 482 1.232 54 1.870
Botuverá 593 3 51 161 0 808
Brusque 16.489 625 5.488 5.964 36 28.602
Canelinha 895 0 215 337 8 1.455
Governador Celso Ramos 132 8 226 554 23 943
Guabiruba 1.423 86 235 417 22 2.183
Itapema 388 666 1.506 2.380 10 4.950
Major Gercino 20 0 20 190 2 232
Nova Trento 795 589 228 521 11 2.144
Porto Belo 540 14 381 624 108 1.667
São João Batista 2.471 8 542 687 9 3.717
Tijucas 2.393 179 896 1.662 116 5.246
Total ADRVALE 26.180 2.239 10.270 14.729 399 53.817
Total SC 435.385 42.779 214.045 507.298 36.105 1.235.612
% ADRVALE sobre SC 6,01% 5,23% 4,79% 2,90% 1,10% 4,35%
Fonte: RAIS 2002.
A tabela 36 apresenta o número de empregados por setores nos municípios da região do
Vale do Rio Tijucas, costa Esmeralda e Itajaí-Mirim em 2002. O município de Brusque
apresenta o maior número de empregos da região, destacando-se nos setores industrial,
de comércio e serviços, perdendo, significativamente, apenas no setor agropecuário para
o município de Porto Belo.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE
88
Tabela 36 - Número de Estabelecimentos por municípios da região da ADRVALE 2000/2002.
Municípios 2000 2001 %00/01 2002 %02/01
Bombinhas 636 723 13,68 767 6,09
Botuverá 147 167 13,61 172 2,99
Brusque 5.584 6.013 7,68 6.268 4,24
Canelinha 351 360 2,56 404 12,22
Governador Celso Ramos 271 256 -5,54 318 24,22
Guabiruba 453 474 4,64 496 4,64
Itapema 2.080 2.498 20,10 2.784 11,45
Major Gercino 93 74 -20,43 90 21,62
Nova Trento 403 458 13,65 508 10,92
Porto Belo 558 627 12,37 659 5,10
São João Batista 599 686 14,52 790 15,16
Tijucas 969 1.055 8,88 1.115 5,69
Total ADRVALE 12.144 13.391 10,27 14.371 7,32
Total SC 263.474 284.228 7,87% 299.295 5,30%
% ADRVALE sobre SC 4,60% 4,71% 4,80%
Fonte: RAIS 2000, 2001 e 2002.
5,34%
43,62%19,37%
4,59%7,76%5,50%
0,63%
3,53%
3,45% 2,21% 2,81%
1,20%
Bombinhas BotuveraBrusque CanelinhaGovernador Celso Ramos GuabirubaItapema Major GercinoNova Trento Porto BeloSao Joao Batista Tijucas
Figura 35 - Gráfico da participação relativa do número de estabelecimentos dos municípios da região da ADRVALE em 2002.
Fonte: RAIS 2002.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE
89
A figura 35 apresenta o gráfico da participação relativa do número de estabelecimentos
dos municípios da região da ADRVALE em 2002. Os municípios de Brusque (44%),
Itapema (19%) possuem as maiores participações relativas ao número de
estabelecimentos da região.
A tabela 37 apresenta o número de estabelecimentos por setores econômicos e
municípios da região da ADRVALE em 2002. Dos cinco setores analisados o município
de Brusque só não possui o maior número de estabelecimentos no Agropecuário, onde
estão empatados Porto Belo e Tijucas com 18 estabelecimentos, contra 15 de Brusque.
Tabela 37 - Número de estabelecimentos por setores econômicos e municípios da região da ADRVALE em 2002.
Municípios Indústria Construção Civil Comércio Serviços Agropecuária Total
Bombinhas 36 25 283 411 12 767
Botuverá 63 3 45 60 1 172
Brusque 1.810 183 2.524 1.736 15 6.268
Canelinha 215 2 109 75 3 404
Governador Celso Ramos 18 14 162 111 13 318
Guabiruba 203 18 152 119 4 496
Itapema 221 186 1.157 1.216 4 2.784
Major Gercino 14 1 31 40 4 90
Nova Trento 112 65 149 174 8 508
Porto Belo 82 14 304 241 18 659
São João Batista 346 13 251 174 6 790
Tijucas 182 20 517 378 18 1.115
Total ADRVALE 3.302 544 5.684 4.735 106 14.371
Total SC 42.679 9.366 121.801 117.774 7.675 299.295
% ADRVALE sobre SC 7,73% 5,80% 4,66% 4,02% 1,38 4,80%
Fonte: RAIS 2002
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE
90
A tabela 38 apresenta a média salarial (em R$) de 2000 a 2002 por municípios da região
do ADRVALE. O município de Tijucas possui a maior média registrada na região nos três
anos analisados. A maior taxa de crescimento de 2001 a 2002 verificou-se em
Canelinha.
Tabela 38 - Média Salarial de 2000 a 2002 por municípios da região da ADRVALE em R$.
Municípios 2000 2001 % 00/01 2002 % 01/02
Bombinhas 365,74 419,20 14,62% 483,79 15,41%
Botuverá 464,71 488,75 5,17% 518,37 6,06%
Brusque 629,74 651,53 3,46% 676,93 3,90%
Canelinha 356,21 367,19 3,08% 426,50 16,15%
Governador Celso Ramos 325,38 361,74 11,17% 411,10 13,65%
Guabiruba 484,89 480,66 -0,87% 539,24 12,19%
Itapema 495,54 504,28 1,76% 527,33 4,57%
Major Gercino 518,44 414,93 -19,97% 449,13 8,24%
Nova Trento 352,07 379,41 7,76% 407,23 7,33%
Porto Belo 421,67 415,20 -1,53% 462,46 11,38%
São João Batista 388,62 369,57 -4,90% 398,24 7,76%
Tijucas 700,71 709,54 1,26% 768,48 8,31%
Média ADRVALE 561,85 577,36 2,76% 608,37 5,37%
Média SC 644,51 702,90 9,05% 765,77 8,94%
Fonte: RAIS 2000, 2001, 2002.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE
91
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00 600,00
700,00 800,00
Bom
binh
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cas
2001 2002
Figura 36 - Gráfico comparativo da média salarial de 2001 e 2002 da região da ADRVALE.
Fonte: RAIS 2000, 2001 e 2002.
A figura 36 apresenta um gráfico comparativo da média salarial do período de 2001 e
2002. Os municípios de Tijucas e Brusque tiveram as maiores médias salariais da região,
os municípios de São João Batista e Nova Trento tiveram os menores índices de média
salarial no período analisado.
A tabela 39 apresenta o grau de instrução por municípios da região do Vale do Rio
Tijucas em 2002. Os municípios de Brusque e Tijucas possuem o maior número de
empregados que concluíram ou estão cursando o ensino superior. Os municípios de
Brusque, Itapema e Guabiruba possuem a maior número de empregados com até a
quarta série completa.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE
92
Tabela 39 - Grau de instrução por municípios da região da ADRVALE 2002. M
unic
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Tota
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Bombinhas 25 77 184 129 427 563 300 61 104 1.870
Botuverá 2 11 312 144 191 32 86 8 22 808
Brusque 83 469 4.164 3.997 8.884 3.506 5.202 772 1.525 28.602
Canelinha 8 344 284 165 303 98 172 34 47 1.455
Governador Celso Ramos 12 55 123 90 280 74 264 13 32 943
Guabiruba 10 20 553 292 496 366 317 48 81 2.183
Itapema 48 79 564 748 1.438 695 970 125 283 4.950
Major Gercino 11 50 50 34 37 8 31 1 10 232
Nova Trento 3 15 292 149 554 748 272 31 80 2.144
Porto Belo 43 57 140 426 492 127 301 32 49 1.667
São João Batista 16 124 403 640 1.460 425 439 88 122 3.717
Tijucas 54 187 308 758 945 398 1.882 290 424 5.246
Total 315 1.488 7.377 7.572 15.507 7.040 10.236 1.503 2.779 53.817
Fonte: RAIS 2002.
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE
93
1.8 Mapa de Oferta Tecnológica
A eficiência da aprendizagem tecnológica depende do nível de inteligência social
resultante do esforço educacional e da formação profissional dos trabalhadores. Assim
sendo, o sistema precisa formar profissionais polivalentes, com capacidade de aprender
continuamente. Não basta apenas o mero domínio da leitura e da escrita, “a capacidade
de entendimento de informações mais complexas e de comunicação é essencial. No
processo de apropriação de tecnologia, são necessários profissionais, em todos os
níveis, com capacidade de aprender e de tomar decisões”. 1
A análise da quantidade de estabelecimentos de ensino, de cursos técnicos,
profissionalizantes e de universidades em cada região, revela o cenário de possíveis
potencialidades e deficiências em relação ao desenvolvimento tecnológico, quando
analisado juntamente com outros dados, como índice de desenvolvimento humano,
número de empresas que essa mão-de-obra qualificada tem que atender, etc. Outro
ponto fundamental para avaliação deste item é a percepção que as lideranças
empresariais locais têm sobre a qualidade desta mão-de-obra.
Há três universidades na região da ADRVALE: a Universidade do Vale do Itajaí –
UNIVALI – com um campus no município de Tijucas, o Centro Universitário de Brusque –
UNIFEBE e a Associação Educacional do Vale do Itajaí-Mirim. Além disso, apresenta as
unidades do SENAI em Tijucas e Brusque e do SENAC.
1 SEBRAE; CNPq; IEL; EMBRAPA. Agropolo: uma proposta metodológica. Brasília: ABIPTI, 1999. 364 p. P. 36.
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE
94
1.8.1 Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI
Com uma estrutura multicampi, a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) com os seus
seis campi, localizados nas cidades de Itajaí (sede), Balneário Camboriu, Biguaçu,
Piçarras, São José e Tijucas. Entre as modalidades de ingresso aos cursos de
graduação, a Univali oferece o Vestibular Acafe, o Seletivo Especial, o Exame Nacional
do Ensino Médio. O endereço Internet pode ser acesso por: http://www.tj.univali.br/
Os cursos de graduação oferecidos pelo campus de Tijucas são:
Ciências Sociais:
Administração;
Direito.
Ciências Humanas:
Licenciatura de Graduação Plena em Ciências Agrícolas.
Ciências Tecnológicas:
Tecnológico em Manutenção Industrial.
Atualmente, o Centro de Educação da Univali em Tijucas oferece o seguinte curso de
especialização:
Administração de Vendas;
Psicopedagogia;
Educação, Comunicação e Tecnologia.
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE
95
1.8.2 Associação Educacional do Vale do Itajaí-Mirim
A região de Brusque tem a Associação Educacional do Vale do Itajaí-Mirim – ASSEVIM
que oferece cursos de graduação, especialização e MBA através do Instituto Catarinense
de Pós-Graduação – ICPG. O endereço Internet pode ser acesso em:
http://www.assevim.com.br/
Os cursos de graduação oferecidos:
Administração;
Ciências Contábeis;
Design – Moda;
Turismo;
Sistemas de Informação.
O curso de pós-graduação oferecido:
Gestão Estratégica de Recursos Humanos.
1.8.3 Centro Universitário de Brusque – Unifebe
A Fundação Educacional de Brusque – FEBE - foi criada pela Lei Municipal Nº 527, de 15
de janeiro de 1973, tendo como idealizador o Prof. Pe. Orlando Maria Murphy que foi o
seu primeiro presidente. No ano da criação da FEBE foi instituída a Escola Superior de
Estudos Sociais (ESES) que habilitava professores para o ensino de Educação Moral e
Cívica através do Curso de Estudos Sociais. Em 1975, a ESES implantou o Curso de
Ciências, que habilitava professores de Ciências e Matemática para o Ensino
Fundamental. Em 1985, foi eleito Presidente da FEBE e o Diretor da Escola Superior de
Estudos Sociais, o Padre Pedro Canísio Rauber, que permaneceu no cargo até o ano de
1990. Nesta gestão, a Instituição ampliou significativamente os seus cursos. Em 1986 foi
criado o Curso de Filosofia e em 1987, na forma de convênios com a Universidade
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE
96
Regional de Blumenau (FURB), a FEBE passou a oferecer dois novos cursos:
Administração e Pedagogia. Em 27 de outubro de 1990 foi eleito o terceiro Presidente da
FEBE e Diretor da Escola Superior de Estudos Sociais, Padre João Hülse, que exerceu
seu mandato até o ano de 1998. Neste período, dois novos convênios foram assinados
com a FURB, trazendo para Brusque, os Cursos de Ciências Contábeis e Direito, que
passaram a funcionar a partir do ano de 1992. Além disso, a FEBE passou a investir
também no campo da pós-graduação nas áreas de Administração, Pedagogia, Ciências,
Direito e Filosofia. A sucessora de Pe. João Hülse, Professora Maria de Lourdes
Busnardo Tridapalli, foi eleita em 1998. Ainda neste ano , através da Lei Complementar
Estadual nº 170/98, os quatro cursos conveniados com a FURB (Administração,
Pedagogia, Ciências Contábeis e Direito) foram transformados em cursos próprios da
FEBE.
No ano de 1999, visando adaptar a instituição aos novos cursos e a sua nova realidade,
nasceu o CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE BRUSQUE - CESBE, aprovado pelo
Parecer nº 75/99 do Conselho Estadual de Educação de Santa Catarina (CEE/SC), em
abril de 1999. Nesse mesmo ano, dois novos cursos foram criados no CESBE/FEBE: o
Curso de História (aprovado pelo Parecer do Conselho Estadual de Educação de Santa
Catarina nº 341/99 de 16/11/99) e o Curso de Tecnologia em Processos Industriais –
Eletromecânica (aprovado pelo parecer do Conselho Estadual de Educação de Santa
Catarina nº 013/2000 de 15/02/2000) - em Convênio com a Federação das Indústrias do
Estado de Santa Catarina através do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial –
SENAI - de Brusque. No ano 2000, foram ampliados os Cursos de Administração,
Ciências Contábeis e Pedagogia com mais uma entrada anual no segundo semestre
letivo. Foi autorizado também, o funcionamento do primeiro curso fora da sede: o Curso
de Pedagogia, em Nova Trento/SC.
No ano 2001, a Fundação Educacional de Brusque construiu o novo Campus
Universitário, buscando melhorar as condições físicas e estruturais para o ensino
oferecido pela instituição. Dessa forma, busca desenvolver as ações necessárias à
consolidação e ampliação de seus cursos, visando sua transformação jurídica e
institucional em “Centro Universitário”.
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE
97
Os cursos de graduação oferecidos pela Unifebe são:
Administração;
Ciências contábeis;
Design de Moda;
Direito;
Educação Física;
Filosofia;
História;
Letras;
Pedagogia;
Sistemas de Informação;
Tecnologia em Cerâmica;
Tecnologia em Processos
Empresariais;
Tecnologia em Turismo.
Os cursos de pós-graduação:
Engenharia de processos industriais;
Gestão de Projetos e Obras de Edificação;
Agentes de Inovação de Difusão Tecnológica;
Gestão Estratégica de Empreendimentos Turísticos.
1.8.4 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI de Tijucas
O SENAI Tijucas iniciou seu trabalho na Região do Vale do Rio Tijucas em Santa
Catarina no ano de 1988. Desde então, desenvolve suas atividades em programas de
Educação e Serviços Técnicos e Tecnológicos, nas áreas de cerâmica, construção
civil, gases naturais, calçados, eletromecânicos e gestão empresarial.
A Unidade de Calçados de São João Batista foi fundada em 1º de abril de 1986 como
uma unidade móvel, e em 1º de setembro de 1993 passou a ser uma Unidade fixa,
integrante do SENAI Tijucas.
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE
98
O SENAI Tijucas atua com destaque em Educação Profissional, sendo uma das
principais instituições da região. Sua visão é ser uma instituição de excelência em
Educação Profissional até 2005.
O SENAI Tijucas atua nos três níveis da Educação Profissional: básico, técnico e
tecnológico, oferecendo os seguintes cursos:
Nível Básico: cursos de aprendizagem e qualificação (listados no Mix de Produtos da
Unidade);
Nível Técnico:
Curso Técnico em Cerâmica;
Curso Técnico em Eletromecânica;
Curso Técnico de Revestimento Cerâmico.
Nível Tecnológico:
Curso Superior de Tecnologia em Cerâmica, desenvolvido em parceria com a
Fundação Educacional de Brusque – FEBE;
Curso Superior de Tecnologia em Manutenção Industrial, desenvolvido em parceria
com a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI com início previsto para fevereiro
de 2003.
O SENAI Tijucas também possui outras ações em Educação, como por exemplo:
Curso de Pós-Graduação em Gestão Estratégica de Organizações, realizado em
parceria com a FEBE (em andamento);
Curso de Pós-Graduação em Tecnologia em Gás, desenvolvido em parceria com a
UNIVALI (início previsto para abril de 2003).
Além de Educação, o SENAI Tijucas presta Serviços Técnicos e Tecnológicos às
empresas, praticando e interagindo de forma real com as atividades internas da
escola.
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE
99
Os Serviços Técnicos e Tecnológicos abrangem a Assessoria Técnica e Tecnológica,
o Desenvolvimento Tecnológico, os Serviços Técnicos Especializados e a Informação
Tecnológica. Estes serviços estão relacionados com atividades de orientação e
solução de problemas técnicos, consultoria a empresas em assuntos ligados
diretamente ao processo produtivo e de gestão, difusão de informação de forma a
contribuir para o desenvolvimento industrial e a realização de pesquisa e
desenvolvimento de novos produtos.
1.8.5 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI de Brusque
O Centro de Educação e Tecnologia Carlos Cid Renaux de Brusque tem suas
atividades voltadas para as áreas têxtil, confecção e eletromecânica. Foi inaugurado
em 02 de agosto de 1971 e, desde então tem participado ativamente do processo de
desenvolvimento econômico e social, através da educação profissional e atividades de
assessoria técnica e tecnológica. Possui as Certificações ISO 9001 e CEMEP, além do
Credenciamento pelo INMETRO dos Laboratórios de Ensaios Físicos e Químicos
Têxteis
Os cursos oferecidos em nível superior de tecnologia:
Curso Superior Tecnologia em Processos de Produção Mecânica;
Superior de Tecnologia em Processos Industriais – Eletromecânica.
Técnico:
Técnico em Eletrônica;
Técnico em Mecânica.
A listagem completa de cursos oferecidos é:
Análise de Tecido em Malha
Circular;
Aprendizagem Industrial Têxtil;
Assistente Técnico em Fiação;
CAD - para Confecção;
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE
100
CNC – Fresamento;
Capacitação de Empreendedores
na Área de Serviços de
Eletricidade;
Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes – CIPA;
Comunicação;
Costura Industrial;
Cronometragem Básica;
Desenho Assistido pelo
Computador (Auto CAD);
Desenho de moda;
Desenvolvimento Atráves do
Comprometimento;
Desenvolvimento Inter e
Intrapessoal;
Eletricista Geral – Aprendizagem;
Eletricista Geral – Qualificação;
Eletricista Instalador Predial;
Eletricista Reparador de
Eletrodomésticos;
Eletricista de Automóveis;
Eletricista instalador industrial;
Eletrônica Básica;
Equipes de Qualidade e
Produtividade – EPQ;
Especialização para Supervisores
de Confecção do Vestuário;
Excelência no Atendimento;
Formação de Equipes;
Hidráulica Básica;
Legislação de Trânsito e Direção
Defensiva;
Leitura e interpretação de desenho;
Liderança;
MOPP - Movimentação de Produtos
Perigosos;
Mecânica Geral (Operacional);
Mecânica Geral - Usinagem –
Aprendizagem;
Mecânica de Automóveis;
Mecânica de Manutenção de
Cardas;
Mecânica de Manutenção de
Filatório;
Mecânica de Manutenção de
Macaroqueira;
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE
101
Mecânica de Manutenção de
Máquina de Costura;
Mecânica de Manutenção de
Máquina de Costura Industrial para
Costureira;
Mecânica de Manutenção de
Passador;
Mecânica de Manutenção de
Retorcedeira;
Mecânica de Máquina Jacquard;
Mecânica de Tear Ribeiro;
Mecânica de Tear de Pinca M3 e
M5;
Metrologia Básica;
Modelagem Avançada de Malha;
Modelagem Avançada de Tecido
Plano;
Modelagem Básica de Tecido
Plano;
Modelagem Básica em Malha;
Modelagem Sólida no Computador
(Sólid Works) Específico;
Operador de Caldeiras;
Operador de Empilhadeira;
Operador de Telemarketing;
Padronagem Básica;
Padronagem em Felpa;
Planejamento de Risco e Corte;
Planejamento e desenvolvimento
de coleções;
Pneumática Básica;
Programa 5S's gerencial;
Programador e Operador de CNC -
Centro de Usinagem;
Qualidade no Atendimento ao
Cliente;
Relações Humanas no Trabalho;
Retificador de Precisão;
Sensibilização para Qualidade;
Superior de Tecnologia em
Processos Industriais - Habilitação
em Eletromecânica;
TVC - Tecnologia de Vendas
Centrada no Cliente;
Tecelão para Malharia Circular;
Tecnologia em Soldagem;
Tintureiro;
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE
102
Torneiro Mecânico; Técnico Industrial com Habilitação
em Mecânica; Treinamento Específico de
Condutores de Veículos
Rodoviários Transportadores de
Produtos Perigosos - Técnico
Industrial com Habilitação em
Eletromecânica;
Técnico Industrial com Habilitação
em Têxtil;
Técnico em Vestuário;
Urdidor.
1.8.6 Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio – SENAC de
Brusque
Nas décadas de 70 e 80, o SENAC não possuía estrutura física na cidade, sendo que
as ações educacionais realizadas, especialmente as de curta duração, eram
coordenadas diretamente pelo SENAC de Itajaí.
Na década de 90, com o apoio dos empresários do comércio, foi instalado em
Brusque, a Agência de Formação Profissional do SENAC, desenvolvendo cursos de
curta duração, mas, também, iniciando Ações de Qualificação Profissional. Nesta fase,
o SENAC estava sediado numa sala no prédio onde funcionava a Rádio Araguaia.
Já no ano de 1995, com a reforma do prédio onde funcionava o fórum de Brusque, a
Prefeitura Municipal buscou parceria com o SENAC com o objetivo de se dinamizar,
ainda mais, Ações Educacionais voltadas a preparar a comunidade para o comércio e
serviços.
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE
103
O SENAC de Brusque oferece vários cursos, cursos técnicos e de pós-graduação. Os
cursos técnicos oferecidos são:
Técnico em Comércio Habilitação Vendas no Varejo;
Técnico em Design - Habilitação em Design de Interiores;
Suporte de redes;
Especialização de Nível Técnico em Enfermagem no Trabalho.
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE
104
SEGMENTOS E
CAPÍTULO 2
•
CONÔMICOS ESTRATÉGICOS
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
107
2.1 Introdução
Este capítulo apresenta os Segmentos Econômicos Estratégicos da região da
ADRVALE. A identificação e análise dos segmentos serão realizadas através de uma
metodologia específica, explanada no próximo tópico, identificando as principais
vocações econômicas existentes na região.
A execução desta metodologia ocorre em várias etapas, observando-se a relevância
de duas variáveis (número de empregados e número de estabelecimentos) em
comparação a média encontrada no Estado de Santa Catarina. Em seguida, verifica-
se a abrangência desses segmentos na região, levando-se em consideração os
segmentos integrantes e correlatos. Isto é, agrupam-se os segmentos econômicos de
maneira a formarem possíveis cadeias produtivas, ou seja, possíveis aglomerações
econômicas, baseados nos elos principais das mesmas. A próxima etapa, diz respeito,
aos possíveis elos das cadeias produtivas, com enfoque em outras variáveis (número
de empregados, número de estabelecimentos, média salarial, valor adicionado e
tamanho dos estabelecimentos).
Através da aplicação da metodologia verificou-se uma predominância econômica da
região da ADRVALE para as atividades de confecção e fabricação de produtos têxteis,
abordando a confecção de artigos de vestuário; fabricação de acessórios do vestuário
e de segurança profissional; beneficiamento de fibras têxteis naturais; fabricação de
artefatos têxteis a partir de tecidos – exclusive vestuário – e de outros artigos têxteis;
fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem; fabricação de tecidos e artigos de
malha; fiação; serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis; tecelagem –
inclusive fiação e tecelagem. O setor cerâmico, abordando a fabricação de produtos
de minerais e não metálicos também apresenta um relativo destaque, principalmente
se considerarmos o valor adicionado pelos setores econômicos. As atividades de
alojamento, alimentação, aluguel e atividades imobiliárias também apresentam uma
participação expressiva.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
108
2.2 Metodologia de Identificação de Segmentos Econômicos
Estratégicos
A metodologia de Identificação de Segmentos Econômicos Estratégicos1 utiliza-se do
Quociente Locacional para identificar os segmentos econômicos mais relevantes na
região em comparação ao Estado de Santa Catarina e, do Gini Locacional para
apresentar a distribuição espacial das mesmas na região de aplicação da metodologia.
Primeiramente será apresentada uma breve classificação dos cinco segmentos
analisados, considerando, com base em dados secundários, os setores que mais
contribuem com o Valor Adicionado para a região, bem como o número de
empregados e de estabelecimentos, caracterizando, dessa forma a relevância de cada
um deles na região da ADRVALE.
Na etapa seguinte, calcula-se o Quociente Locacional – QL para as variáveis número
de empregados e número de estabelecimentos para três séries históricas da região de
aplicação em comparação ao Estado de Santa Catarina. Neste caso, utilizou-se a
base de informações da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) fornecida pelo
Ministério de Trabalho e Emprego para os anos de 1999 a 2001 no terceiro nível do
CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Como resultado têm-se os
segmentos econômicos que apresentam maior relevância em comparação ao Estado
de Santa Catarina.
O Quociente Locacional compara a participação percentual de uma região em um
setor particular com a participação percentual da mesma região no total da variável-
base da economia nacional (HADDAD, 1989, p. 232).
1 A metodologia utilizada é uma variação da proposta na dissertação de mestrado “Metodologia
de Identificação de Atividades Econômicas Potenciais” Florianópolis: PPGEP/UFSC, 2004, de
Rafael Ernesto Kieckbusch. Maiores informações sobre o Quociente Locacional e Gini
Locacional ver a referida dissertação.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
109
Quociente locacional do setor i na região j é dada pela seguinte fórmula:
..
.
.
EEEE
QLj
i
ij
ij =
Onde:
ijE Variável-base do setor i da região j.
.iE Somatório da variável-base dos setores da região j.
jE. Somatório da variável-base dos setores i da economia nacional.
..E Somatório da variável-base dos setores da economia nacional.
Se o valor do quociente locacional for maior do que 1 isto significa que a região é
relativamente mais importante, no contexto nacional, em termos de setor, do que em
termos gerais de todos os setores.
Em seguida, será apresentado o calculo do Gini Locacional – GL para a variável
número de empregados na região de aplicação numa três séries de três anos. Neste
caso, utilizou-se a base da RAIS como mencionado no QL.
Além do método gráfico, outra alternativa de se calcular o gini locacional é através de
uma fórmula, conforme (Traistaru & Iara, 2002, p. 7-8), é dada por::
⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡−= ∑
=
m
jjj
Ci CC
CmGINI
12
2D
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
110
Onde:
j
Cij
j ss
C = ∑
=
=m
jjCm
C1
1
Além disso, entende-se:
j Região de aplicação da fórmula.
m Número de sub-regiões da região de aplicação da
fórmula.
jD Indica a posição da região em ordem decrescente de
, Calculado a partir da participação relativa de Cj
no total de Cj .
Cj
∑==
j
Cij Eij
EijEiEijS
Como a distribuição da variável-base do setor i na
região j no total da variável-base do setor i.
∑ ∑∑==i j
ijj Eij
EijEE
S Como a distribuição do total da variável-base da
região j no total da variável base.
A partir da equação do coeficiente de concentração industrial a partir do Gini é
possível calcular o Gini Locacional sem a necessidade do uso do gráfico. Isto é, esta
equação calcula o α. Desta forma, a aplicação da fórmula torna-se mais prática e
rápida, ou seja, basta multiplicar por dois o valor do α que se tem o Gini Locacional.
Os valores variam entre zero e um. Estando mais próximo de zero, menos
concentrado é aquele setor no território e, mais próximo de um, mais concentrado esta
atividade será. Após o calculo do Gini Locacional, fez-se o agrupamento dos
segmentos econômicos em setores, de forma a se ter uma análise por possível
aglomeração ou cadeia produtiva, utilizando-se um conjunto de variáveis (número de
empregados, número de estabelecimentos, valor adicionado e tamanho dos
estabelecimentos) em tabelas para os segmentos econômicos.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
111
Na última etapa, fez-se uma análise das informações obtidas de dados secundários e,
em alguns casos, utilizaram-se outras bases de dados para complementar as
informações identificadas.
Na tabela de tamanho dos estabelecimentos, adotou-se a seguinte divisão:
Micro: até quatro empregados;
Pequeno: de cinco a quarenta e nove empregados;
Médio: de cinqüenta e quatrocentos e noventa e nove empregados;
Grande: mais de quinhentos empregados.
2.3 Segmentos Econômicos Estratégicos Identificados
A partir da metodologia utilizada, identificaram-se os segmentos econômicos
estratégicos para a região da ADRVALE. Os segmentos econômicos de maior
relevância foram agrupados em cinco setores. Isto não significa que a totalidade dos
segmentos econômicos da região da ADRVALE foi identificada e analisada. Cabe
ressaltar que este capítulo faz parte metodologia de Desenvolvimento Tecnológico
Regional – DTR, com objetivo de contribuir como fonte de informações para a
realização de painéis temáticos e na análise tecnológica da cadeia produtiva
estratégica.
Os segmentos econômicos estratégicos identificados são apresentados a seguir:
Alojamento, Alimentação, Aluguel e Atividades Imobiliárias;
Confecção e Fabricação de Produtos Têxteis;
Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos
Fabricação de Máquinas e Equipamentos;
Fabricação de Artefatos de Couro e Calçado.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
112
Tabela 40 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos dos Segmentos Econômicos da ADRVALE em 2001.
Atividades Econômicas Valor Adicionado (R$) Empregados Estabelecimentos
Alojamento, Alimentação, Aluguel e Atividades Imobiliárias; 8.698.724,00 4.046 423
Confecção e Fabricação de Produtos Têxteis; 361.156.524,00 18.393 843
Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos 178.804.778,00 3.693 185
Fabricação de Máquinas e Equipamentos; 80.433.144,00 1.426 24
Fabricação de Artefatos de Couro e Calçados 27.402.956,00 3.151 140
Fonte: elaborado a partir do próprio documento.
Com base nos dados formais de emprego, estabelecimentos e valor adicionado
apresentado na tabela 40, pode-se considerar o setor de confecção e fabricação de
produtos têxteis o mais significativo na região, pelo montante de valor adicionado
gerado em cada um dos setores analisadas, que serão expostos no decorrer deste
trabalho. Esse setor incorpora 33% dos empregados e o maior número de
estabelecimentos da região da ADRVALE. A fabricação de minerais não metálicos
também é relevante para a região, principalmente se considerarmos a quantia de valor
adicionado em relação ao número de empregados e estabelecimentos, que são pouco
numerosos.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
113
2.3.1 Alojamento, Alimentação, Aluguel e Atividades Imobiliárias.
Em 1999, segundo a EMBRATUR, em relação à geração de postos de trabalho, a
atividade representou cerca de 1,6 milhões de empregos, responsável por cerca 2,3%
da população empregada em todo o Brasil. Em relação aos maiores percentuais de
gastos por segmento na atividade turística, estavam distribuídos 23% para
Alimentação, 18% para transporte 13% para hotelaria e 8% para recreação, cultura e
lazer. O percentual restante estava distribuído em outras atividades de suporte a esta
estrutura.
O Estado Santa Catarina no ano de 2003, segundo pesquisa de demanda turística,
apresentada pelo Governo do Estado, recebeu cerca de 2,5 milhões de visitantes,
movimentando cerca de 243 milhões de reais.
Tabela 41 - Quociente Locacional de Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Quociente Locacional de Empregados
Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas
1999 2000 2001 1999 2000 2001
Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporário
1,9377 1,9889 2,0610 3,2210 3,4715 3,3508
Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação
0,9547 1,0501 1,0500 1,7111 1,6880 1,7454
Aluguel de automóveis 0,2075 0,0951 0,0419 0,5874 0,4697 0,5164
Aluguel de outros meios de transporte 2,9777 1,2892 - 7,9001 3,6181 -
Atividades de agências de viagens e organizadores de viagem 1,0716 0,9974 0,9206 2,1866 2,0575 1,8127
Aluguel de imóveis 2,8809 3,0229 2,7911 3,3304 3,3961 3,2881
Atividades imobiliárias por conta de terceiros 1,2027 0,9363 1,2048 1,7272 1,6781 2,2278
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.
Na região da ADRVALE, verifica-se uma diversidade de atrativos, caracterizados
principalmente pelo turismo de balneário, turismo cultural, religioso, ecológico, de
compras e um potencial para o agroturismo. Possuem destaque nessas atividades os
municípios de Bombinhas, Brusque, Governador Celso Ramos e Nova Trento.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
114
Com base nos índices de Quociente Locacional, como se observa na tabela 41, pode-
se notar a relevância das atividades turísticas na região, apresentando uma
concentração que supera em mais de três vezes a média estadual. Os restaurantes e
demais serviços de alimentação da região, são os que geram maior valor adicionado
do segmento e são as que mais empregam, dentre as atividades ligadas ao turismo na
região.
Figura 37 - Gráfico do QL de Empregados, por atividades econômicas, da região da ADRVALE de 1999 a 2001.
0
1
2
3
4
1999 2000 2001
Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporárioRestaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentaçãoAluguel de automóveisAluguel de outros meios de transporteAtividades de agências de viagens e organizadores de viagemAluguel de imóveisAtividades imobiliárias por conta de terceiros
Fonte: IEL/SC.
De acordo com o gráfico da figura 37, o aluguel de imóveis é uma atividade forte na
região, acompanhado de perto pelas atividades de hotelaria e afins. O aluguel de
outros meios de transporte vem decrescendo significativamente, tanto em relação aos
empregados ocupados quanto ao número de estabelecimentos presentes na região. A
atividade de aluguel de outros meios de transporte, embora tenha declinado
sensivelmente na região, como indica a figura 38, é a que apresenta maior
concentração de atuação na região, em relação ao Estado como um todo, como se
observa na tabela 42. As demais atividades estão distribuídas uniformemente.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
115
Figura 38 - Gráfico do QL de Estabelecimentos, por atividades econômicas, da região da ADRVALE de 1999 a 2001.
02468
10
1999 2000 2001
Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporárioRestaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentaçãoAluguel de automóveisAluguel de outros meios de transporteAtividades de agências de viagens e organizadores de viagemAluguel de imóveisAtividades imobiliárias por conta de terceiros
Fonte: IEL/SC.
A figura 39 apresenta o mapa temático com as sete atividades que compõe o
segmento em questão: Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento
temporário; Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação;
Aluguel de automóveis; Aluguel de outros meios de transporte; Atividades de agências
de viagens e organizadores de viagem; Aluguel de imóveis; Atividades imobiliárias por
conta de terceiros. Pode-se constatar que as atividades relacionadas ao turismo na
região da ADRVALE se concentram mais nas áreas litorâneas, especialmente
Bombinhas, que apresentam um grande número de estabelecimentos hoteleiros e
outras acomodações, bem como restaurantes e aluguel de imóveis, devido à posição
de destaque na prática de mergulho em âmbito nacional. O município de Governador
Celso Ramos também apresenta um número elevado desses estabelecimentos. O
procedimento de obtenção do mapa baseou-se na atividade e no número de
empregados para o ano de 2001.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
116
Tabela 42 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Gini Locacional Atividades Econômicas
1999 2000 2001 Distribuição Espacial
Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporário 0,1035 0,1200 0,0750 Baixa concentração
Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação 0,0497 0,0580 0,0413 Regular
Aluguel de automóveis - - -
Aluguel de outros meios de transporte 0,3459 0,8709 0,4786 Concentrado
Atividades de agências de viagens e organizadores de viagem 0,0980 0,0722 0,1503 Baixa concentração
Aluguel de imóveis 0,0382 0,1634 0,1632 Baixa concentração
Atividades imobiliárias por conta de terceiros 0,1920 0,2100 0,2035 Baixa concentração
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.
A faixas do mapa temático seguem o seguinte princípio:
Zero: nenhum emprego registro;
Super baixo: até 1% de empregados do município;
Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;
Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;
Alto: de 5% a 10% de empregados do município
Super alto: acima de 10% de empregados do município.
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119
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE
120
Considerando a dificuldade de obtenção do valor adicionado de algumas atividades
deste segmento, pode-se afirmar, através dos dados levantados e expostos na tabela
43, que os restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação são as
atividades que mais contribuem com o valor adicionado. Esta atividade também é a
que apresenta o maior número de estabelecimentos, bem como a que apresenta um
crescimento mais acentuado entre 1999 a 2001.
Tabela 43 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Valor Adicionado Empregados
Atividades Econômicas
2001
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Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporário 1.473.197,00 0,16 -1,90 1.775 2,40 1,049 107
Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação 7.159.969,00 0,77 58,85 1.987 2,68 164,93 260
Aluguel de automóveis - - - 1 0,00 -50 1,00
Aluguel de outros meios de transporte - - - - - - -
Atividades de agências de viagens e organizadores de viagem 65.576,00 0,01 82,36 64 0,09 52,38 17
Aluguel de imóveis - - - 128 0,17 52,38 21
Atividades imobiliárias por conta de terceiros - - - 91 0,12 106,82 17
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
A tabela 44 nos mostra a diferença entre as médias salariais das diferentes atividades
que compõe o segmento turístico da região da ADRVALE, bem como o valor
adicionado per capita, onde se nota que os estabelecimentos hoteleiros e outros tipos
de alojamentos temporários possuem as maiores médias salariais da região, sendo as
atividades ligadas à alimentação as que geram o maior valor adicionado per capita.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
121
Tabela 44 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da ADRVALE em 2001.
Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)
Média Salarial
Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporário 829,97 352,18
Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação 3.603,41 191,46
Aluguel de automóveis - 258,02
Aluguel de outros meios de transporte -
Atividades de agências de viagens e organizadores de viagem 1.024,63 316,09
Aluguel de imóveis - -
Atividades imobiliárias por conta de terceiros - -
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
A tabela 45 apresenta o tamanho dos estabelecimentos por empregados e
estabelecimentos, das atividades econômicas da região da ADRVALE. Verifica-se que
a atividade de estabelecimentos hoteleiros e outros tipos possui 42,48% dos
empregados em 17,96% dos estabelecimentos de pequeno porte, ou seja, de cinco a
quarenta e nove empregados. Dos 95,15% dos estabelecimentos de agências de
viagem que são de micro empresas, empregam 54,38% dos trabalhadores. A quase
totalidade dos empregados das atividades do referido setor encontra-se em micro e
pequenas empresas, ou seja, em estabelecimentos que empregam até quarenta e
nove funcionários. Apenas o setor hoteleiro possui empresas com mais de cinqüenta
empregados.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE
122
Tabela 45 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Empregados (%) Estabelecimentos (%)
Atividades Econômicas
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Mic
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Pequ
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Méd
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Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporário 19,94 42,48 37,58 0,00 80,24 17,96 1,80 0,00
Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação 40,26 59,74 0,00 0,00 91,41 8,59 0,00 0,00
Aluguel de automóveis 100 0,00 0,00 0,00 100,00 0,00 0,00 0,00
Aluguel de outros meios de transporte - - - - - - - -
Atividades de agências de viagens e organizadores de viagem 54,38 40,63 0,00 0,00 95,15 4,55 0,00 0,00
Aluguel de imóveis 14,84 85,16 0,00 0,00 89,83 10,17 0,00 0,00
Atividades imobiliárias por conta de terceiros 39,56 60,44 0,00 0,00 91,67 8,33 0,00 0,00
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2001.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
123
2.3.2 Confecção e Fabricação de Produtos Têxteis
O município de Brusque concentra em sua grande maioria as atividades de Fiação,
fiação e tecelagem e Tecelagem, apresentando um grande número de empresas.
Brusque possui dez empresas de médio porte, com número de empregados variando
entre 50 e 499. O município de Botuverá apresenta apenas duas pequenas empresas,
também relacionadas às atividades supra citadas. No município de Guabiruba
encontra-se uma empresa de porte médio, a Willrich Ind. e Com. Têxtil Ltda,
exercendo atividades de fabricação de tecidos e artigos de malha. Esses municípios
são os mais significativos no setor têxtil, sendo que as quatro grandes empresas da
região, que possuem mais de quinhentos funcionários, encontram-se em Brusque, são
elas:
Buettner S/A Indústria e Comércio: Confecções felpudas; tecido felpudo; outros
tecidos de malha de algodão
Cia Industrial Schlosser S/A: Tecido plano de Liovel 100%; tecido plano de
algodão 100%; tecido plano de algodão e outras fibras; outros tecidos de malha de
algodão
Fábrica de Tecidos Carlos Renaux S/A: Fio De Algodão
Têxtil Renaux S/A: Tecido de camisaria; outros tecidos de malha de algodão; fio
de algodão; flanela; sarja
O segmento de Confecção e Fabricação de Produtos Têxteis é o de maior relevância
na região da ADRVALE, é o que apresenta maior número de empregados, bem como
o de estabelecimentos. Este segmento também é o que mais contribui com o valor
adicionado, apresentando, no conjunto das atividades um total de R$ 361.156.524,00
reais, o que corresponde a 45% do total dos cinco segmentos analisados. A atividade
de Tecelagem – inclusive fiação e tecelagem é, dentro da região analisada, a que
possui maior valor adicionado, totalizando aproximadamente 50% do total do
segmento e a que apresenta maior média salarial (R$ 737,31), embora não seja a
atividade com mais empregados e estabelecimentos da região.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE
124
Tabela 46 - Quociente Locacional de Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Quociente Locacional de Empregados
Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas
1999 2000 2001 1999 2000 2001
Confecção de artigos do vestuário 1,6236 1,7664 1,7767 4,8449 4,7403 4,6382
Fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional
0,8373 0,9854 1,2003 6,4561 3,8533 4,0927
Beneficiamento de fibras têxteis naturais 3,3731 4,1907 1,9624 6,6710 10,2627 7,2265
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis
1,5857 0,9535 1,0277 6,7938 6,5466 5,2824
Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem 3,8011 3,9351 3,5999 10,7379 11,4525 10,9506
Fabricação de tecidos e artigos de malha 1,7165 1,9072 1,5184 7,2792 7,3654 7,5992
Fiação 4,5120 4,0528 4,8278 12,5531 11,3106 10,5229
Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis 3,3956 3,4598 3,6488 5,5789 5,5042 5,6627
Tecelagem - inclusive fiação e tecelagem 7,8957 8,2593 7,8896 15,9507 16,5490 15,3548
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.
Em contrapartida, a atividade de confecção de artigos do vestuário é a de maior
número de empregados e possui aproximadamente 65% dos estabelecimentos do
setor, embora seja o de menor média salarial (R$ 276,59) e apenas o terceiro em valor
adicionado.
As atividades que compõe esse segmento apresentam uma concentração alta em
relação ao restante do Estado, como identifica o Quociente Locacional expresso na
figura 40, com destaque para as atividades de tecelagem – inclusive fiação e
tecelagem, tanto em relação aos empregados, que se apresenta oito vezes mais
intensa que no resto do Estado, como sobretudo em relação aos estabelecimentos,
que se apresentam dezesseis vezes mais concentrados na região em relação à Santa
Catarina como um todo.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
125
Figura 40 - Gráfico do QL de Empregados, por atividades econômicas, da região da ADRVALE de 1999 a 2001.
0123456789
1999 2000 2001
Confecção de artigos do vestuário
Fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional
Beneficiamento de f ibras têxteis naturais
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis
Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem
Fabricação de tecidos e artigos de malha
Fiação
Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis
Tecelagem - inclusive f iação e tecelagem
Fonte: IEL/SC.
As atividades de Tecelagem – inclusive fiação e tecelagem apresentam, na região,
uma concentração muito maior do que no Estado como um todo, tanto em relação ao
número de estabelecimentos quanto ao número de empregos gerados, segundo o
gráfico da figura 41. Cabe salientar que as quatro grandes empresas do setor têxtil na
região se dedicam a essa atividade.
Conforme indica o índice de Gini Locacional expresso na tabela 47, o segmento de
Confecção e Fabricação de produtos têxteis encontra-se concentrado na região,
especialmente a atividade de Fiação, que segundo a classificação do índice de Gini
Locacional adotada na metodologia, classifica-se em super concentrada na região da
ADRVALE.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE
126
Figura 41 - Gráfico do QL de Empregados, por atividades econômicas, da região da ADRVALE de 1999 a 2001.
0
5
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15
20
1999 2000 2001Confecção de artigos do vestuário
Fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional
Beneficiamento de fibras têxteis naturais
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis
Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem
Fabricação de tecidos e artigos de malha
Fiação
Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis
Tecelagem - inclusive fiação e tecelagem
Fonte: IEL/SC.
A figura 42 apresenta o mapa temático com as nove atividades que compõem o setor
de confecção e fabricação de produtos têxteis segmentos econômicos, que são:
(Confecção de artigos do vestuário; Fabricação de acessórios do vestuário e de
segurança profissional; Beneficiamento de fibras têxteis naturais; Fabricação de
artefatos têxteis a partir de tecidos - exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis;
Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem; Fabricação de tecidos e artigos
de malha; Fiação; Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis;
Tecelagem - inclusive fiação e tecelagem). A confecção de artigos de vestuário é
muito forte na região noroeste da ADRVALE, que inclui os municípios de Guabiruba,
Brusque e Botuverá. O município de Brusque destaca-se na atividade de tecelagem,
Botuverá é expressivo nas atividades de fiação. Nota-se também a escassez das
atividades de beneficiamento de fibras naturais na região como um todo. O
procedimento de obtenção do mapa baseou-se na atividade e no número de
empregados para o ano de 2001.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
127
A faixas seguem o seguinte princípio:
Zero: nenhum emprego registro;
Super baixo: até 1% de empregados do município;
Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;
Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;
Alto: de 5% a 10% de empregados do município
Super alto: acima de 10% de empregados do município.
Tabela 47 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Gini Locacional Atividades Econômicas
1999 2000 2001 Distribuição Espacial
Confecção de artigos do vestuário 0,0304 0,0376 0,0469 Regular
Fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional 0,1748 0,3773 0,1720 Baixa
concentração
Beneficiamento de fibras têxteis naturais - - - -
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis 0,2871 0,2703 0,3700 Concentrado
Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem 0,4170 0,1805 0,1622 Baixa concentração
Fabricação de tecidos e artigos de malha 0,7494 0,5001 0,3487 Concentrado
Fiação 0,4689 0,8017 0,5871 Super concentrado
Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis 0,1018 0,0605 0,0679 Baixa
concentração
Tecelagem - inclusive fiação e tecelagem 0,6564 0,2418 0,3775 Concentrado
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.
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132
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
133
Conforme indica a tabela 48, o valor adicionado gerado pelas atividades de tecelagem
– inclusive fiação e tecelagem é o que possui a maior participação na região (R$
179.248.145,00). No entanto, as atividades que mais cresceram no segmento têxtil
são as ligadas ao beneficiamento de fibras têxteis naturais, apresentando, de 1999 a
2001 a taxa de 367,67% de crescimento. Essas atividades se concentram mais no
município de Brusque. A principal empresa desse ramo de atividade é a Indústria e
Comércio de Malhas Mh Ltda e a Juritex Ind. e Com. Ltda, que atuam no
beneficiamento de fibras têxteis vegetais, artificiais e sintéticas, e de matérias têxteis
de origem animal, fabricação de estopa, de materiais para estofos, e recuperação de
resíduos têxteis.
Tabela 48 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Valor Adicionado Empregados
Atividades Econômicas
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Confecção de artigos do vestuário 75.968.266,00 8,15 34,41 7.195 9,72 113,69 547
Fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional
Beneficiamento de fibras têxteis naturais 1.945.315,00 0,21 367,67 61 0,08 -54,14 4
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis
83.344.877,00 8,94 24,89 588 0,79 59.35 46
Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem 2.675 3,61 53.91 55
Fabricação de tecidos e artigos de malha 1.871.590,00 0,20 -23,37 1.069 1,44 31,49 79
Fiação 1.243.855,00 0,13 -34,88 1.382 1,87 89,32 13
Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis 17.534.476,00 1,88 40,93 1.208 1,63 141,60 28
Tecelagem - inclusive fiação e tecelagem 179.248.145,00 19,23 14,92 4.215 5,69 41,63 71
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE
134
A fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional é a atividade que
apresenta o maior valor adicionado per capita do segmento, conforme indica a tabela
49. Essa atividade possui a segunda maior média salarial (R$ 527,04), ficando atrás
apenas das atividades de Tecelagem, que apresentam a média salarial de (R$
737,31).
Tabela 49 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da ADRVALE em 2001.
Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)
Média Salarial
Confecção de artigos do vestuário 10.558,48 276,59
Fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional
Beneficiamento de fibras têxteis naturais 31.890,41 527,04
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos – exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis 141.742,99 411,99
Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem
Fabricação de tecidos e artigos de malha 1.750,79 443,43
Fiação 900,04 437,20
Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis 14.515,29 463,95
Tecelagem - inclusive fiação e tecelagem 42.526,25 737,31
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 200
Em todas as atividades relacionadas ao segmento têxtil da região da ADRVALE há um
predomínio de micro empresas e com exceção das atividades de Serviços de
acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, Tecelagem – inclusive fiação e
tecelagem e Fiação, que possuem maior parcela de empregados nos
estabelecimentos de médio porte, em todas as outras há o predomínio de
trabalhadores nas pequenas empresas.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
135
Tabela 50 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Empregados (%) Estabelecimentos (%)
Atividades Econômicas
Mic
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Pequ
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Méd
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Gra
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Mic
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Pequ
eno
Méd
io
Gra
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Confecção de artigos do vestuário 15,23 52,45 32,31 0,00 81,55 17,37 1,08 0,00
Fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional 25,27 74,73 0,00 0,00 87,50 12,50 0,00 0,00
Beneficiamento de fibras têxteis naturais 6,56 93,44 0,00 0,00 57,14 42,86 0,00 0,00
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis
10,20 70,75 19,05 0,00 65,33 33,33 1,33 0,000
Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem 2,69 12,45 23,78 61,08 78,63 16,24 4,27 0,85
Fabricação de tecidos e artigos de malha 14,13 62,58 23,29 0,00 71,30 26,96 1,74 0,00
Fiação 20,84 17,66 61,51 0,00 54,55 22,73 22,73 0,00
Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis 1,99 32,20 65,81 0,00 47,37 31,58 21,05 0,00
Tecelagem - inclusive fiação e tecelagem 2,28 17,41 30,01 50,30 53,85 32,97 9,89 3,30
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2001.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE
136
2.3.3 Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos
A fabricação de produtos cerâmicos possui um destaque na região da ADRVALE, o
município de Tijucas possui seis empresas desse setor, com destaque para a
Portobello, que atua na área de revestimentos cerâmicos e conta com 700
funcionários. No município de Canelinha concentram-se dez empresas de pequeno
porte neste segmento, sendo a maior delas a Cerâmica Aurora, com 99 empregados,
atuando na fabricação de telhas, tijolos e outros artigos de barro cozido - exclusive
cerâmica.
Tabela 51 - Quociente Locacional de Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Quociente Locacional de Empregados
Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas
1999 2000 2001 1999 2000 2001
Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque
0,7083 0,8481 1,0671 1,7430 1,7368 2,3146
Fabricação de produtos cerâmicos 2,9355 3,1963 3,0732 5,5904 6,0600 5,9274
Fabricação de vidro e de produtos do vidro 0,0857 - 0,1160 1,3707 - 1,2540
Extração de pedra, areia e argila 1,0430 1,5326 1,6151 4,2473 4,5658 3,9276
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.
A tabela 52 mostra que o segmento de fabricação de produtos minerais e não-
metálicos, a atividade de fabricação de produtos cerâmicos é quase seis vezes mais
intensa na região do que no restante do Estado. A extração de pedra, areia e argila é
super concentrado, segundo o índice de Gini Locacional. A extração de pedras, areia e
argila, segundo o cálculo do índice de Gini Locacional, super concentrada na região,
apresentando ainda um crescimento das atividades entre os anos de 1999 a 2001.
Observando a figura 43, pode-se observar que a fabricação de produtos cerâmicos é,
em média, três vezes mais intensa na região do que no restante do Estado, em
relação ao número de empregados ocupados em cada atividade que compõe o
segmento. É a atividade que mais contribui com o valor adicionado no segmento,
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
137
sendo também a atividade que possui maior número de trabalhadores, bem como de
estabelecimentos, além de apresentar a maior média salarial (R$ 710,64).
Tabela 52 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Gini Locacional Atividades Econômicas
1999 2000 2001 Distribuição Espacial
Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque 0,0821 0,1096 0,0765 Baixa
concentração
Fabricação de produtos cerâmicos 0,2162 0,2323 0,2558 Concentrado
Extração de pedra, areia e argila 1,0430 1,5326 1,6151 Super concentrado
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.
Figura 43 - Gráfico do QL de Empregados, por atividades econômicas, da região da ADRVALE de 1999 a 2001.
00,5
11,5
22,5
33,5
1999 2000 2001
Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque
Fabricação de produtos cerâmicos
Fabricação de vidro e de produtos do vidro
Extração de pedra, areia e argila
Fonte: IEL/SC.
A figura 45 apresenta o mapa temático com as quatro atividades que formam o
segmento de fabricação de minerais e não-metálicos: (Fabricação de artefatos de
concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque; Fabricação de produtos cerâmicos;
Fabricação de vidro e de produtos do vidro; Extração de pedra, areia e argila). O
procedimento de obtenção do mapa baseou-se na atividade e no número de
empregados para o ano de 2001.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE
138
Figura 44 - Gráfico do QL de Estabelecimentos, por atividades econômicas, da região de ADRVALE de 1999 a 2001.
0
1
2
3
4
5
6
7
1999 2000 2001
Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque
Fabricação de produtos cerâmicos
Fabricação de vidro e de produtos do vidro
Extração de pedra, areia e argila
Fonte: IEL/SC.
Segundo os mapas temáticos gerados para o setor de fabricação de produtos minerais
e não-metálicos, observa-se que as atividades de fabricação de produtos cerâmicos
concentram-se fortemente nos municípios de Tijucas e Canelinha e há escassez de
atividades relacionadas à fabricação de vidros e produtos de vidro na região.
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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
141
As atividades que mais contribuem com a formação do valor adicionado no segmento
de fabricação de produtos de minerais não-metálicos são as ligadas à fabricação de
produtos cerâmicos, que compõe aproximadamente 90 % do valor adicionado desse
segmento, é a atividade que mais emprega do setor, no entanto e a que apresenta
menor crescimento no período analisado, tanto em relação ao número de empregados
quanto ao de estabelecimentos.
Tabela 53 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Valor Adicionado Empregados
Atividades Econômicas
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Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque
982.671,00 0,11 162,20 294 0,40 162,50 35
Fabricação de produtos cerâmicos 162.678.688,00 17,45 27,15 3.202 4,33 53,13 121
Fabricação de vidro e de produtos do vidro 82.271,00 0,01 184,41 7 0,01 133,33 1
Extração de pedra, areia e argila 15.061.148,00 1,62 70,13 190 0,26 167,61 28
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
Há na região, conforme indica a tabela 55, um predomínio de micro e pequenas
empresas. Com a exceção das atividades de fabricação de produtos cerâmicos, onde
a maioria dos trabalhadores concentra-se em grandes empresas, nas outras três
atividades mencionadas há um predomínio de trabalhadores em pequenas empresas.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE
142
Tabela 54 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da ADRVALE em 2001.
Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)
Média Salarial
Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque 3.342,42 296,40
Fabricação de produtos cerâmicos 50.805,34 710,64
Fabricação de vidro e de produtos do vidro 11.753,00 638,27
Extração de pedra, areia e argila 79.269,20 407,99
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
Tabela 55 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Empregados (%) Estabelecimentos (%)
Atividades Econômicas
Mic
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Pequ
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Mic
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Pequ
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Méd
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Gra
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Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque 32,99 67,01 0,00 0,00 83,64 16,36 0,00 0,00
Fabricação de produtos cerâmicos 6,37 33,85 8,90 50,87 61,33 37,02 1,10 0,55
Fabricação de vidro e de produtos do vidro 0,00 100,00 0,00 0,00 0,00 100,00 0,00 0,00
Extração de pedra, areia e argila 22,11 77,89 0,00 0,00 80,00 20,00 0,00 0,00
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2001.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
143
2.3.4 Fabricação de Máquinas e Equipamentos
Dentre as atividades que compõe o setor de fabricação de máquinas e equipamentos,
as relacionadas à fabricação de peças e acessórios para veículos automotores são as
que apresentam maior destaque na região, em relação ao restante do Estado,
classificando-se em super concentrados, conforme a distribuição espacial calculada
pelo índice de Gini Locacional. O município de Brusque possui três empresas de
médio porte deste setor na região da ADRVALE, que serão expostas a seguir.
Irmãos Fischer S/A Indústria e Comércio: esta empresa exerce suas atividades
a partir das atividades de fabricação de máquinas e equipamentos, conforme a
segmentação utilizada neste trabalho, mais detalhadamente atuando na fabricação
de máquinas, aparelhos para uso doméstico equipados ou não com motor elétrico,
máquinas de costura, refrigeradores, conservadoras e semelhantes, máquinas de
lavar e secar roupa. Entre eles estão: forno elétrico; revestimentos para
pavimentos e capachos; de borracha vulcanizada não endurecida; carrinho de
tração manual; betoneiras; bicicletas; churrasqueira elétrica.
Metalúrgica Siemsen Ltda: esta empresa atua na fabricação de máquinas e
equipamentos de uso específico, como a fabricação de máquinas, aparelhos e
equipamentos para instalações industriais e comerciais inclusive elevadores. Entre
eles: fatiador de carne; outros aparelhos eletromecânicos; com motor elétrico; de
uso doméstico; fritadeira elétrica; serra para cortar ossos; outros centrifugadores;
descascador de batatas; liquidificador industrial; outras preparações alimentícias;
máquinas e aparelhos para misturar; amassar; moer; separar.
Metalúrgica Visa Ltda: esta empresa se situa, conforme a segmentação utilizada,
nas atividades de fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a
agricultura, avicultura e obtenção de recursos naturais, especificamente a
fabricação de máquinas, aparelhos e materiais para agricultura, avicultura,
cunicultura, criação de outros pequenos animais e obtenção de produtos de origem
animal, e para beneficiamento ou preparação de produtos agrícolas inclusive
peças e acessórios. Entre eles: máquina para preparar carnes; máquina para
preparar frutas; máquina para indústria de cacau; máquinas e aparelhos para
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE
144
preparação de carnes; trituradores e misturadores de alimentos; espremedores de
frutas ou produtos hortículas.
Tabela 56 - Quociente Locacional de Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Quociente Locacional de Empregados
Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas
1999 2000 2001 1999 2000 2001
Fabricação de máquinas-ferramenta - 0,2177 0,1787 - 0,6068 0,4620
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 1,8188 1,7425 1,5294 1,9004 1,6175 1,8686
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais
0,1757 0,0163 0,0391 0,7078 0,3796 0,6320
Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores 5,2453 5,5564 4,9607 4,8747 4,2542 3,8188
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.
Essa atividade é responsável por 65% do total do valor adicionado gerado pelo
segmento, possuindo também o maior número de empregados e a maior média
salarial do setor. Merece destaque, entretanto, as atividades de fabricação de tratores
e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos
animais, que apresentaram um crescimento de 238.42% de 1991 a 2001, possuindo
apenas dois estabelecimentos e possuindo um valor adicionado per capita de (R$
1.319.164,50), muito superior ao alcançado pela atividade de fabricação de peças
acessórios para veículos automotores, que apresentam a segunda melhor condição
neste item (R$ 57.503,97).
A figura 46 ilustra claramente o destaque para a fabricação de peças e acessórios
para veículos automotores na região, que se apresenta aproximadamente cinco vezes
mais intensa do que no restante do Estado de Santa Catarina, conforme indica o
Quociente Locacional de empregados na região da ADRVALE.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
145
Figura 46 - Gráfico do QL de Empregados, por atividades econômicas, da região da ADRVALE de 1999 a 2001.
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1999 2000 2001
Fabricação de máquinas-ferramenta
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtosanimaisFabricação de peças e acessórios para veículos automotores
Fonte: IEL/SC.
A concentração de estabelecimentos, como indica a figura 47, se apresenta mais
concentrada na região do que no estado de Santa Catarina como um todo, no entanto
essa atividade vem decrescendo, como se pode observar no gráfico, de 1999 a 2001.
As demais atividades apresentam certa regularidade no decorrer dos anos analisados.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE
146
Figura 47 - Gráfico do QL de Estabelecimentos, por atividades econômicas, da região de ADRVALE de 1999 a 2001.
0
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1999 2000 2001
Fabricação de máquinas-ferramenta
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtosanimaisFabricação de peças e acessórios para veículos automotores
Fonte: IEL/SC.
A tabela 57 apresenta a distribuição espacial, obtida a partir do cálculo do índice de
Gini Locacional onde podemos observar a alta concentração das atividades de
fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico e a fabricação de
peças e acessórios para veículos automotores.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
147
Tabela 57 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Gini Locacional Atividades Econômicas
1999 2000 2001 Distribuição Espacial
Fabricação de máquinas-ferramenta - 0,2177 0,1787 Baixa concentração
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 1,8188 1,7425 1,5294 Super
concentrado
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais
0,1757 0,0163 0,0391 Regular
Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores 5,2453 5,2564 4,9607 Super
concentrado
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.
A figura 48 apresenta o mapa temático com as quatro atividades do segmento de
fabricação de máquinas e equipamentos, que são: Fabricação de máquinas-
ferramenta; Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico;
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e
obtenção de produtos animais; Fabricação de peças e acessórios para veículos
automotores. O procedimento de obtenção do mapa baseou-se na atividade e no
número de empregados para o ano de 2001. A faixas seguem o seguinte princípio:
Zero: nenhum emprego registro;
Super baixo: até 1% de empregados do município;
Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;
Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;
Alto: de 5% a 10% de empregados do município
Super alto: acima de 10% de empregados do município.
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149
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE
150
A tabela 58 indica que as atividades de fabricação de peças acessórias para veículos
automotores são as que geram o maior valor adicionado do segmento. Entretanto,
apesar de apresentar apenas duas empresas, a fabricação de tratores e de máquinas
e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais é a
atividade que mais cresceu de 1999 a 2001, apresentando uma taxa de 238,42% de
crescimento no período,
Tabela 58 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Valor Adicionado Empregados
Atividades Econômicas
2001
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2001
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Fabricação de máquinas-ferramenta 287.440,00 0,03 22,73 10 0,01 1
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 22.022.898,00 2,36 -28,67 493 0,67 65,99 14
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais
5.276.658,00 0,57 238,42 4 0,01 -63,64 2
Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores
52.846.148,00 5,67 21,14 919 1,24 45,87 7
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
A fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e
obtenção de produtos animais apresentam maior valor adicionado per capita do
segmento de fabricação de máquinas e equipamentos (R$ 1.319.164,50),
apresentando o valor que corresponde a mais que o dobro do valor referente às
atividades de fabricação de peças e acessórios para veículos automotores (R$
57.503,97). Essas duas atividades apresentam, segundo a tabela 58, praticamente a
mesma média salarial do segmento, apresentando uma pequena diferença, favorável
à fabricação de peças e acessórios para veículos automotores.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
151
Tabela 59 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da ADRVALE em 2001.
Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)
Média Salarial
Fabricação de máquinas-ferramenta 28.744,00 221,40
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 44.671,19 561,88
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais 1.319.164,50 882,06
Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores 57.503,97 894,97
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
A partir da tabela 60, nota-se um predomínio de micro empresas no setor para todas
as atividades. Já em relação à distribuição dos empregados nos estabelecimentos,
notamos que em cada atividade se observa o predomínio de empregados em
estabelecimentos de tamanhos distintos, de acordo com a tabela a seguir:
Tabela 60 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Empregados (%) Estabelecimentos (%)
Atividades Econômicas
Mic
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Mic
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Fabricação de máquinas-ferramenta 0,00 100 0,00 0,00 75 25 0,00 0,00
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 3,85 21,50 74,65 0,00 50 33,33 16,67 0,00
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais
100,00 0,00 0,00 0,00 100 0,00 0,00 0,00
Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores
1,63 14,15 0,00 84,22 60 30,00 0,00 10
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2001.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE
152
2.3.5 Fabricação de Artefatos de Couro e Calçados
Esse segmento engloba o setor calçadista e a fabricação de artefatos de couro. As
atividades calçadistas se concentram nos municípios de Nova Trento, que apresenta
duas empresas, uma pequena e uma de grande porte. O município de São João
Batista possui 28 empresas nesta atividade, sendo duas delas de médio porte, ou
seja, que apresentam o número de empregados variando entre 100 e 499. Em nova
Trento, possui destaque a:
Indústria e Comércio de Calçados Irmãos Soares Ltda: Sapatos femininos
Em São João Batista, as empresas mais significativas são:
Dirley Ind. e Com. de Calçados Ltda: calçados femininos; outros calçados de
borracha ou plástico; cobrindo o tornozelo; tênis
Indústria e Comércio de Calçados Tânia Ltda: outros calçados de borracha ou
plástico; cobrindo o tornozelo.
Verificou-se uma dificuldade na obtenção dos dados das atividades de curtimento e
outras preparações de couro, entretanto, pode-se concluir que a fabricação de
calçados são os que mais contribuem com o valor adicionado, registrando este (R$
27.402.956,00), extremamente superior aos (R$ 349.228,00) registrado na fabricação
de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro.
Tabela 61 - Quociente Locacional de Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Quociente Locacional de Empregados
Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas
1999 2000 2001 1999 2000 2001
Curtimento e outras preparações de couro 1,0504 0,8288 0,7969 1,6933 2,6829 3,4382
Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro
2,2009 1,9582 1,8427 5,4602 3,8533 3,7997
Fabricação de calçados 7,5596 7,4335 7,3135 13,9159 13,9038 14,7668
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
153
Conforme indica o gráfico da figura 49, a região da ADRVALE, especialmente Nova
Trento e São João Batista é o principal pólo calçadista do Estado de Santa Catarina,
apresentando uma intensidade sete vezes mais intensa do que no restante do Estado.
Figura 49 - Gráfico do QL de Empregados, por atividades econômicas, da região da ADRVALE de 1999 a 2001.
024
68
1999 2000 2001
Curtimento e outras preparações de couro
Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro
Fabricação de calçados
Fonte: IEL/SC.
A figura 50 a seguir mostra a intensidade desse segmento na região, por atividades
econômicas e mais uma vez destaca-se a fabricação de calçados, quatorze vezes
mais intensa do que no conjunto do Estado. O curtimento e outras preparações de
couro apresentaram um crescimento considerando os anos analisados.
Figura 50 - Gráfico do QL de Estabelecimentos, por atividades econômicas, da região de ADRVALE de 1999 a 2001.
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1999 2000 2001
Curtimento e outras preparações de couro
Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro
Fabricação de calçados
Fonte: IEL/SC.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE
154
O setor de fabricação de Artefatos de Couro e Calçados possui uma relevância muito
grande para a região como um todo, destacando-se a fabricação de calçados, que em
2001 era quatorze vezes mais intensa na região do que no estado de Santa Catarina.
Essas atividades apresentam-se muito concentradas na região, conforme o índice de
Gini Locacional utilizados na análise.
Tabela 62 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Gini Locacional Atividades Econômicas
1999 2000 2001 Distribuição Espacial
Curtimento e outras preparações de couro 1,0504 0,8288 0,7969 Baixa concentração
Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro 2,2009 1,9582 1,8427 Super concentrado
Fabricação de calçados 7,5596 7,4335 7,3135 Super concentrado
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.
A figura 51 apresenta o mapa temático com as três atividades que formam o
segmento de artefatos de couro e calçados: Curtimento e outras preparações de
couro; Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro; Fabricação
de calçados. O procedimento de obtenção do mapa baseou-se na atividade e no
número de empregados para o ano de 2001. As atividades de fabricação de calçados
destacam-se nos municípios de Nova Trento e São João Batista, possuindo uma alta
participação de empregados na atividade. A faixas seguem o seguinte princípio:
Zero: nenhum emprego registro;
Super baixo: até 1% de empregados do município;
Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;
Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;
Alto: de 5% a 10% de empregados do município
Super alto: acima de 10% de empregados do município.
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156
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE
157
As atividades de fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro
apresentaram um crescimento de 413,56% de 1999 a 2001 e a fabricação de calçados
geram o maior valor adicionado do segmento (R$ 27.053.728,00).
Tabela 63 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Valor Adicionado Empregados
Atividades Econômicas
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Curtimento e outras preparações de couro - - - 72 0,10 38,46 3
Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro 349.228,00 0,04 413,56 131 0,18 77,03 11
Fabricação de calçados 27.053.728,00 2,90 18,93 2,948 3,98 114,71 126
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
Tabela 64 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da ADRVALE em 2001.
Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)
Média Salarial
Curtimento e outras preparações de couro - -
Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro 2.665,86 233,93
Fabricação de calçados 9.176,98 199,39
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
A tabela 65 apresenta o tamanho dos estabelecimentos por empregados e
estabelecimentos. Verifica-se que a atividade de fabricação de calçados possui
71,83% dos estabelecimentos de micro empresas (até quatro funcionários), que
respondem por 15,06% dos empregos.
CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE
158
Tabela 65 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.
Empregados (%) Estabelecimentos (%)
Atividades Econômicas
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Pequ
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Curtimento e outras preparações de couro 13,90 86,10 0,00 0,00 33,33 66,67 0,00 0,00
Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro 15,06 47,22 37,72 0,00 71,83 25,35 2,82 0,00
Fabricação de calçados 15,06 47,22 37,72 0,00 71,83 25,35 2,82 0,00
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2001.
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁ
CAPACITAÇÕES, PA
CAPÍTULO 3
•
INÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE
PROJETOS
TICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
159
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
161
3.1 Introdução
Este capítulo aborda as capacitações, painéis temáticos e oficinas de projetos
realizados pela equipe técnica do IEL/SC na região da ADRVALE. Verifica-se que
essas ações fazem parte das metodologias de Estruturação de Agências de
Desenvolvimento Regional (ADR) e Desenvolvimento Tecnológico Regional (DTR).
São oferecidas, de acordo com a metodologia da ADR, as capacitações em Liderança
& Motivação para o Desenvolvimento Regional, Gerenciamento do Ciclo de Projetos
(que aborda a elaboração e gestão) e as Oficinas de Projetos. As três capacitações
são detalhadas mais adiante. Sendo que, a oficina de projetos é uma capacitação que
utiliza as informações geradas pelos respectivos painéis temáticos (agricultura familiar
e confecções). O painel temático tem como objetivo subsidiar o processo como um
todo através da análise parcial de determinados segmentos da economia que não
foram contemplados no estudo principal da cadeia produtiva estratégica, mas que são
de interesse da região.
A seqüência metodológica consiste na identificação, análise da situação atual e
propostas de projetos para determinados segmentos da economia regional, onde as
escolhas dos segmentos se dão através da indicação dos próprios atores regionais,
baseado na análise dos segmentos econômicos estratégicos.
A análise da situação atual e as propostas de projetos ocorrem em um evento
denominado “oficina de trabalho” na própria região, num período de 8 horas
consecutivas, com a participação de representantes dos principais grupos envolvidos
(produtores, fornecedores, distribuidores e fabricantes), conforme o nível de
abrangência exigido. Participam também desse evento representantes do grupo
técnico da ADRVALE, que acompanham o encaminhamento das propostas de projetos
que servirão como base para a realização da “Oficina de Projetos”.
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
162
3.2 Capacitações
O objetivo das capacitações é instrumentalizar o grupo técnico da ADRVALE na
liderança e motivação regionais, na elaboração e na gestão de projetos. A metodologia
é composta por quatro capacitações vinculadas à estruturação da Agência, são elas:
Liderança & Motivação, Elaboração de Projetos, Gestão de Projetos e Oficina de
Projetos. Essas capacitações visam preparar seus participantes para identificar
necessidades, estruturar, executar e acompanhar projetos em seus ambientes de
trabalho. Entre os objetivos específicos estão:
Dominar técnicas de moderação de processos participativos no contexto de
programas e projetos;
Desenvolver habilidades para a análise de situações e o desenho de alternativas
de intervenção junto a pontos carentes de ação;
Dominar processos de estruturação de projetos – estratégico, operacional e
orçamentário;
Deter conhecimentos sobre os métodos e instrumentos adaptados para a monitoria
e avaliação dos impactos de programas e projetos.
3.2.1 Liderança & Motivação para o Desenvolvimento Regional
A oficina de Liderança e Motivação para o Desenvolvimento Regional, ministrado pelo
consultor Ronaldo Cimetta, apresentou ao corpo técnico da ADRVALE os principais
conceitos e os instrumentos e as informações sobre a liderança e a motivação, com
foco no desenvolvimento do relacionamento interpessoal para aprimorar as
competências adquiridas. Estiveram presente vinte e quatro pessoas na oficina que se
realizou de 11 a 12 de fevereiro de 2003 com uma carga horária de 16 horas na
UNIVALI de Tijucas.
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
163
3.2.2 Gerenciamento do Ciclo de Projetos
O curso de Gerenciamento do Ciclo de Projetos foi oferecido de 15 a 19 de março de
2003 com uma carga de 40 horas a dezoito integrantes do grupo técnico da
ADRVALE. O curso foi ministrado pela consultora do IEL/SC Jucélia Cardoso Caetano,
no município de Itapema. O curso capacitou os integrantes em enfoque participativo
no trabalho e grupos, além de técnicas e instrumentos de planejamento. Entre eles:
• Moderação de processos participativos;
• Visualização móvel;
• Problematização;
• Coleta e estruturação de idéias;
• Planejamento participativo – princípios e elementos (Ciclo de Planejamento e de
Execução de um Projeto);
• Técnicas e instrumentos de planejamento participativo;
• Definição de objetivos;
• Elaboração de um planejamento operacional.
3.2.3 Oficina de Projetos
A oficina de projetos tem o propósito de exercitar os conceitos aprendidos durante as
capacitações em elaboração e gestão de projetos. A capacitação é voltada à equipe
técnica da ADRVALE, objetivando a elaboração de um pré-projeto que,
posteriormente, será adequado a um edital. A oficina de projetos terá como ponto de
partida os resultados do Painel Temático, os quais proporcionarão um levantamento
dos principais problemas enfrentados pelo segmento sob análise e, durante a
realização da oficina de projetos, serão planejadas ações que venham potencializar o
desenvolvimento do segmento sob análise. Foram realizadas duas oficinas de projetos
que estão detalhados em um tópico mais adiante.
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
164
3.3 Painéis Temáticos
Na região da ADRVALE foram realizados três painéis temáticos com os temas:
turismo, agricultura familiar com foco em produtos coloniais e confecções com foco em
facções. Sendo que o primeiro foi realizado em 15 de agosto de 2003, o segundo em
25 de março de 2004 e o último, no dia 28 de junho de 2004.
O tema de Turismo foi escolhido e definido pelo comitê gestor da ADRVALE e pela
equipe técnica do IEL/SC como sendo o mais estratégico com o intuito de atender os
interesses dos mesmos. No decorrer do processo de estruturação da ADR e da
execução do DTR, acabou sendo o tema priorizado para o estudo da cadeia produtiva,
previsto na metodologia do DTR.
Os temas de agricultura familiar como foco em produtos coloniais e confecções com
foco em facções foram definidos a partir de uma reunião ocorrida na sede do IEL/SC,
no dia 11 de março de 2004, com a participação do Srs. Túlio Tavares Santos
(Secretário Adjunto da Secretaria de Estado do Desenvolvimento de Regional de
Brusque), Sérgio Zanella Jr (Superintendente da ADRVALE), Alcides Cláudio S. Filho
(Agente de articulação do SEBRAE/Brusque), Wilson Sanches Rodrigues (Gestor do
ADR/DTR do SEBRAE/SC) e Osny Taborda Ribas Jr. (Coordenador da Unidade de
Desenvolvimento Regional e Setorial do IEL/SC).
3.3.1 Painel Temático de Turismo
O painel temático do turismo foi definido pelo seu potencial econômico que representa
e pela abrangência que envolve os municípios da ADRVALE. É caracterizado por
vários tipos de turismo: o religioso, o de compras, sol & mar, o agro-turismo, entre
outros.
A região oferece inúmeros atrativos, dos quais pode-se citar a qualidade e diversidade
de atrativos naturais, como praias, cavernas, trilhas, e infra-estrutura turística,
principalmente na região de Bombinhas. O comércio de confecções e calçados. A
gastronomia diversificada. O turismo religioso. Enfim, há uma gama de características
em cada município.
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
165
Durante a realização da oficina, os integrantes foram indagados sobre quais são os
principais fatores que interferem de forma a impulsionar e a dificultar o
desenvolvimento do turismo regional na região da ADRVALE. Foram considerandos os
seguintes itens:
Recursos Naturais;
Planejamento / Organização;
Produtos e Serviços;
Relacionamento entre Empresas e Entidades de Representação;
Políticas Públicas;
Cultura;
Educação;
Infra-Estrutura Turística;
Segurança.
Os fatores impulsionadores mencionados pelos participantes foram:
Existência de uma política de segurança;
As organizações públicas e privadas / Planejamento e organização do turismo;
Fortes tradições culturais;
Conhecimento da importância turística;
Produtos da área rural disponíveis;
Grande produção calçadista, vestuária e cerâmica, representativa no país;
Baixo índice de violência na região;
Turismo religioso;
Pontos turísticos em geral;
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
166
Existência de 6 faculdades com curso de Turismo;
Diferenças de etnias e tradições;
Pólo calçadista, têxtil e cerâmico;
Existência de associações e sindicatos;
Leis de incentivo municipais, estaduais e federais;
Existência de linhas de crédito;
Rede de alimentação variada e abundante;
Festas tradicionais;
Igrejas, artesanatos e cerâmica;
Esportes radicais;
Passeios náuticos de boa qualidade;
Recursos naturais abundantes (praias, rios, grutas, morros, Mata Atlântica);
COMTUR e Secretarias de Turismo;
Disponibilidade de rede hoteleira.
Entre os fatores dificultadores foram mencionados:
Forte influência da política partidária;
Não há conscientização turística;
Não possui infra-estrutura de vendas;
Falta de disciplina “Turismo” no currículo escolar;
Deficiências na infra-estrutura (telecomunicações, etc);
Falta de infra-estrutura na segurança;
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
167
Cultura e folclore pouco explorados;
Aumento da criminalidade;
Falta de sinalização / educação de trânsito;
Existência de borrachudo (vigolo);
Resistência às mudanças;
Amadorismo /falta de qualidade no atendimento;
Sazonalidade;
Visão imediatista;
Falta de educação ambiental;
Não implementação das políticas existentes;
Desmatamento e poluição;
Deficiência no saneamento básico;
Inexistência e não aplicação de um plano diretor;
Falta de mão-de-obra especializada;
A comunicação é individualizada;
Deficiência na malha viária;
Pouco resgate das tradições;
Falta de incentivo mais amplo;
Falta de conhecimento das leis existentes;
Desconhecimento da comunidade dos produtos turísticos e de sua potencialidade;
Organização dos COMTUR (Integração entre o público e o privado);
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
168
Falta de integração entre os municípios da região;
Poucas alternativas de hospedagem (exceto hotéis);
Carência de roteiros integrados;
Proibição do mergulho contemplativo na região do Arvoredo;
Desconhecimento e não exploração dos recursos naturais;
Falta de conscientização sobre a necessidade de preservação dos recursos
naturais;
Falta formatação dos produtos;
Falta infra-estrutura para o aproveitamento dos potenciais dos rios.
3.3.2 Painel Temático de Agricultura Familiar
O painel temático da agricultura familiar com foco em produtos coloniais (geléia, mel,
queijos, embutidos, cachaça, conservas, artesanato, vinho, entre outros) foi realizado
no dia 25 de março de 2004, no período das 14h15 e 20h00, na Pousada Museu e
Arte no município de Nova Trento. O objetivo deste painel é de resgatar projetos
correlacionados, existentes e em execução nas instituições, entidades e empresas da
região, bem como identificar e analisar o segmento de Agricultura Familiar
(agronegócio) para a posterior realização da Oficina de Projetos na região da
ADRVALE.
A participação da região neste painel acabou por restringir, principalmente, a técnicos
da EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
S.A) em virtude do baixo comparecimento dos produtos rurais convidados e
representantes da administração pública na área rural de alguns municípios.
Efetivamente, participaram cinco pessoas ligadas diretamente à área de interesse do
painel. Apesar disso, o painel identificou 18 ações prioritárias para melhoria na
dinâmica de agronegócio na região.
Após abertura realizada pelo Sr. Sérgio Zanella Jr, o Sr. Otto Schmidt, palestrante
convidado, iniciou sua explanação sobre os desafios do desenvolvimento do
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agronegócio nas pequenas propriedades rurais. O assunto serviu como provocação
para discussão que seguiria. Foram constituídas quatro equipes e em seguida foi feito
o questionamento: Quais são os principais fatores que interferem de forma a
impulsionar e a dificultar o desenvolvimento do agronegócio na região da ADRVALE?
O
P
APÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
169
Figura 52 - Participantes do painel temático da agricultura familiar.
foco desse questionamento foi direcionado para as seguintes áreas:
rodução:
Produção animal e vegetal;
Suporte Tecnológico;
Assistência Técnica / Consultorias;
Equipamentos;
Localização Geográfica;
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
170
Condições do Solo e Clima;
Resgate dos produtos culturais;
Segurança Alimentar.
Transformação / Processamento:
Disponibilidade produtiva / oferta;
Produtos de origem animal e vegetal;
Qualidade na produção;
Inovação tecnológica;
Aproveitamento de matérias-primas.
Distribuição / Comercialização:
Sustentabilidade do produtor;
Concorrência;
Rede de distribuidores;
Consumidor final / clientes;
Política de preços;
Legislação.
Com base na técnica METAPLAN (Visualização Móvel), as equipes produziram as
tarjetas contendo os fatores que impulsionavam e dificultavam o desenvolvimento da
atividade na região. Após a discussão, passaram a indicar ações alternativas para
minimizar os fatores dificultadores.
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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
173
Tabela 68 - Objetivos e Ações Alternativas a partir dos fatores impulsionadores e dificultadores
Fator Considerado Objetivo (Onde se Quer Chegar) Alternativa (Como Chegar)
1 B Manter mão-de-obra no campo Qualificar e valorizar a mão-de-obra
Vínculo empregatício permanente
2,3,4 B Sensibilizar o produtor para a cooperação
Criar núcleos associativos cooperativos
Promover excursões, palestras, visitas e debates
5 B Melhorar e manter boas condições das estradas Criar C.M.D.R e F.M.D.R. atuantes
6 B Assistir Tecnicamente Buscar parcerias
Ampliar e melhorar o quadro func. Técnico S.M.A.
7 B Motivar e sensibilizar produtores Subsidiar cursos / traçar parcerias
Articular com sindicatos e prefeituras
8 B Educar os jovens e crianças Promover palestras p/ APP´s
Ações com s S.M. Educação
9 B Captar recursos com juros baixos Elaborar projetos técnicos
Elaborar viabilidade econômica
10 B Rede eficiente Articular SRDR / Celesc,/Cooperativas e prefeitos
11 B Diminuir carga tributária Leis de incentivos fiscais
12 B Baixar preços Pesquisa de preços
Compras através de cooperativa
13 B Legislação diferencial Organizar produtores
Articular com representantes políticos, deputados, etc
14,15B Viabilizar meios de transporte Cooperativismo
Viabilizar linhas de crédito baratas
16 B Baratear custos nas embalagens Pesquisa, licitação
Compra em grupo c/ CNPJ
17 B Colocar produtos diferenciados no mercado a preços competitivos
Comercializar em grupo
Produtos diferenciados /escala de produção
18 B Manter agricultor informado
Criar central de informações nos municípios (sindicatos, prefeitura)
Agilização de informações
Criação de jornais rurais semanal
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
174
Fator Considerado Objetivo (Onde se Quer Chegar) Alternativa (Como Chegar)
19 B Aprimorar controle de qualidade Contratar e treinar fiscais
Criar condições de trabalho
20 B Aumentar a produção
Variedades mais produtivas
Fomentar assistência técnica
Aumento da área plantada
22 B Desenvolver organizações de produtores
Estímulo ao associativismo
Estabelecer mais parcerias
Contratação de técnicos
3.3.3 Painel Temático de Confecções
O painel temático de confecções da ADRVALE foi realizado no dia 28 de junho de
2004, no município de Brusque, com a presença do Sr. Sérgio Zanella, e dos
representantes da IEL/SC Daniel Bloemer, Evandro Minuce Mazo, Fábio Miguel de
Souza, além do Sr. Wilson Sanches representando o SEBRAE/SC e empresários do
ramo de confecções da região.
Após uma breve apresentação do projeto ADR/DTR, o consultor Evandro Minuce
Mazo fez uma sucinta explanação sobre o Segmento Econômico Estratégico de
Confecções e a metodologia de trabalho adotada. Foi feita uma avaliação do cenário
em que o segmento está inserido, dos Fatores Críticos de Sucesso e dos principais
problemas enfrentados pelos empresários da região. A seguir, organizados em grupos,
os participantes realizaram uma Coleta de Idéias, respondendo à pergunta: Quais as
principais dificuldades encontradas no negócio de confecções?
As respostas obtidas foram alocadas em 7 grupos afins, como se segue:
Acesso ao crédito: capital de giro a juros altos; escassez de recursos para
aumentar o capital de giro; faltam linhas de crédito para investimento em
tecnologia de produção.
Qualificação da mão de obra: falta de mão de obra qualificada (confecção); alto
custo de treinamento; falta de mão de obra especializada; falta qualificação de
pessoal (costura, talhação e no Audacis); a mão de obra é ineficiente; faltam
costureiras para tecido plano; falta promover cursos para organização dos
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
175
processos produtivos; falta treinamento / organizar central de treinamento; há uma
dependência de uma só pessoa para uma só função; falta modelista / molde / peça
piloto; há desconhecimento da composição dos custos das empresas; falta
treinamento de pessoal.
Altos custos: a mão de obra é muito cara; alto custo de produção em relação à
mão de obra; alto custo da matéria-prima; faltam cooperativas para compra de MP;
falta de compra conjunta de MP; alto custo de produção (em geral).
Marketing: baixo volume de vendas; falta a oportunidade de vendas em novos
mercados; deve-se mudar a visão que os compradores têm da nossa moda (preço
baixo e baixa qualidade).
Organização: demora na entrega aos clientes finais; demora de entrega do
produto que vem da facção; problemas com a organização da produção;
produtividade baixa. 6) FORNECEDORES Parcerias não fiéis; falta de
fornecedores (aviamentos em geral); Melhorar a qualidade dos terceirizados
(estamparias, bordados, costura).
Adequação de cursos e projetos às necessidades: baixa qualidade e eficácia
de cursos e instrutores; falta aplicação prática dos cursos fornecidos; falta botar em
prática os projetos já elaborados; faltam profissionais para ensinar costura e
modelagem; faltam cursos adequados à realidade específica (custos com a
realidade do mercado).
A seguir, os grupos elaboraram um conjunto de possíveis soluções para os problemas
supracitados, divididos da mesma forma:
Acesso ao crédito: facilitar o acesso às instituições com redução da burocracia;
formar uma cooperativa de crédito sem fins lucrativos; articular uma linha de
crédito específica para confecção a nível Estadual ou Federal.
Qualificação da mão de obra: formação de centros de treinamento
descentralizados; buscar maior envolvimento dos estagiários dos cursos de moda;
formar instrutores para acompanhar o desenvolvimento do trabalhador recém-
formado; Buscar maior qualificação dos instrutores; desenvolver um plano de
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
176
carreira (para empresas, costureiras / terceirizados); conscientizar o jovem da
importância da profissão da área têxtil; foco dos cursos mais voltado para a prática.
Altos custos: aumentar a oferta de costureiras avançadas; central de compras na
AMPE (tipo rodada); utilizar o sistema de compras em rede do SEBRAE (pregão).
Marketing: divulgação da cidade de Brusque a nível nacional (apoio político); abrir
novas regiões de vendas; exportação.
Organização: capacitação em 5S; utilizar PCP - Planejamento e Controle da
Produção.
Fornecedores: organizar um Núcleo de parceria verticalizada; constituir uma
cooperativa de compras (coopercompras).
Adequação de curtos e projetos às necessidades: buscar cursos adequados à
necessidade da região; fornecer treinamento e qualificação aos instrutores; buscar
estágio com acompanhamento.
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
177
3.4 Oficinas de Projetos
Com o objetivo de exercitar os conhecimentos de elaboração e gestão de projetos
advindos da capacitação oferecida anteriormente à equipe técnica da ADRVALE e,
utilizar as informações obtidas pelos painéis temáticos, são feitos as “Oficinas de
Projetos”. Isto é, a partir das informações e dos conhecimentos recebidos a equipe
técnica elabora proposta de projetos com o acompanhamento da equipe técnica do
IEL/SC. Foram realizadas duas oficinas: agronegócio e confecções que são
detalhados a seguir.
3.4.1 Oficina de Projetos de Agronegócio
Baseado nos resultados obtidos com a realização do painel temático da agricultura
familiar realizado no município de Nova Trento no dia 25 de março de 2004, realizou-
se a Oficina de Projetos sobre Agronegócio nos dias 6 e 7 de abril de 2004. Através da
metodologia utilizada durante a realização do painel temático, foram levantados, junto
aos participantes, quais os objetivos necessários para o aumento da competitividade
do agronegócio na região. Entre eles destacam-se:
Legislação Adequada a Realidade da Pequena Propriedade Rural;
Mão de Obra Qualificada;
Êxodo Rural Diminuído;
Cooperação Entre Produtores Rurais Aumentada;
Assistência Técnica Adequada;
Aumentar a Disponibilidade de Microcrédito para os Pequenos Produtores Rurais;
Infra-estrutura Melhorada;
Produção Diversificada com Valor Agregado;
Custos de Produção das Pequenas Propriedades Diminuídos;
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
178
Estes objetivos foram organizados segundo uma relação de causa-efeito, dando
origem à árvore de objetivos.
Objetivos Específicos
Objetivo do Projeto
Objetivo Superior
ÊXODO RURAL DIMINUÍDO
QUALIDADE DE VIDA NO CAMPO
LEGISLAÇÃO ADEQUADA A REALIDADE DA PEQUENA
PROPRIEDADE RURAL
CUSTOS DIMINUÍDOS
PRODUÇÃO DIVERSIFICADA
COM VALOR
INFRAESTRUTURA MELHORADA
Disponibilidade de microcrédito
para aos pequenos
produtores rurais aumentados
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
ADEQUADA
Mão de obra qualificada
Custos de produção das
pequenas propriedades diminuídos
Cooperação entre
produtores rurais
aumentada
ÁRVORE DE OBJETIVOS
Figura 53 - Árvore de problemas da Oficina de Projetos de Agronegócios da região da ADRVALE
O módulo de Oficina de Projetos tem como objetivo a estruturação de pré-projetos,
auxiliando especificamente no exercício de:
Princípios do planejamento participativo;
Princípios da moderação móvel;
Conceitos aprendidos no módulo de capacitação em gerenciamento do ciclo de
projetos;
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
179
Construção da árvore de objetivos;
Construção do Quadro Lógico.
De posse da árvore de objetivos, foi formado dois grupos de trabalho com propósito de
exercitar a construção do quadro lógico, ou seja, identificar quais as atividades
deverão ser realizadas para o alcance dos objetivos específicos contidos na árvore de
objetivos.
O grupo 1 formado pela Fernanda Dias e a Lívia da Silva trabalharam os temas:
infra-estrutura melhorada e produção diversificada com valor agregado;
O grupo 2, formado por Fabio Roberto Flor, Renata Simas Silva e Murilo Machado
trabalharam os temas: legislação adequada à realidade da pequena propriedade
rural e custos diminuídos.
Ao final do segundo dia da oficina, o quadro lógico resultante foi apresentado a um
grupo de empresários, Srs Alécio Batisti, Ivan C. Dalri e João Luiz Simão Filho. Os
empresários aprovaram os trabalhos realizados até então, no entanto solicitaram que
um outro objetivo fosse levado em consideração, que viabilizasse a disponibilidade de
mudas de uva, sendo estas uvas de uma espécie característica da região, pois
atualmente a oferta de tais mudas não atende a demanda dos produtores. O
diferencial desta espécie de uva é o excelente índice de produtividade, as condições
endafoclimáticas da região e algumas características proporcionadas ao produto final,
viabilizando a comercialização de produtos com características regionais.
Como os projetos estão em fase de elaboração, ficou sob a responsabilidade do grupo
técnico a finalização do mesmo, com o acompanhamento e assistência de consultores
do IEL/SC.
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
180
3.4.2 Oficina de Projetos de Confecções
Foi realizada nos dias 18 a 19 de julho de 2004 a Oficina de Projeto sobre o tema -
Desenvolvimento da Mão de Obra e Melhoria da Gestão do Processo Produtivo para
Melhor Atender as Expectativas dos Clientes, focando o setor de Confecções. A
Oficina foi baseada nos resultados obtidos com a realização do Painel Temático,
realizado na cidade de Brusque, dia 28 de junho de 2004.
Tabela 69 - Metodologia utilizada para realização da Oficina de Projetos
Horário Atividades - 1o. dia Atividades - 2o. dia
08:30 – 09:30 Revisar conceitos de
planejamento e gestão de projetos
09:30 – 10:30 Revisar os resultados do
Painel Temático e/ou Seminário
10:30 – 10:45 café
10:45 – 12:00
Formar os grupos temáticos para discutirem entre si os
problemas e então apresentarem os objetivos que
deverão ser alcançados.
Redigir Objetivo geral, objetivos específicos. Bem
como definir as estratégias de ação, como por exemplo, os
resultados necessários para o alcance dos objetivos
desejados.
12:00 – 13:30 Almoço Almoço
13:30 – 15:15
Apresentação dos resultados 1: O grupo deverá apresentar
e justificar os objetivos elencados.
Trabalhar a justificativa do projeto, ou seja, porque o
projeto é importante para o desenvolvimento da região.
15:15 – 15:30 café café
15:30 – 17:30
Apresentação dos resultados 2: O grupo deverá apresentar uma pré-estruturação para o projeto Titulo do projeto, objetivo geral e objetivos
específicos.
Apresentar os resultados do trabalho desenvolvido até então para todo o grupo.
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
181
O módulo Oficina de Projetos teve como objetivos:
Objetivo geral: Estruturar pré-projetos para aumentar a conpetitividade das
empresas do setor de confecções da região de abrangência da ADRVALE.
Objetivos específicos: Exercitar princípios do planejamento participativo;
Exercitar princípios da moderação móvel; Exercitar conceitos aprendidos no
módulo de capacitação em gerenciamento do ciclo de projetos.
A metodologia seguida para a execução da Oficina de Projetos está descrita na tabela
69. A partir dela, chegou-se a ante-projetos a serem concluídos pela equipe técnica da
ADRVALE. Elaboram-se quatro pré-projetos, a saber:
Pré Projeto 1 - ABORDAR
Justificativa: Incrementar as vendas a partir de uma nova abordagem, onde o atual
conceito de pronta entrega, seja ampliado para a moda, gerando a valorização da
profissional de costura e melhorando sua renda; bem como, criar novos desafios,
mercados e oportunidades dentro da própria profissão, visando crescimento sócio-
econômico.
Objetivo Principal: Melhorar a imagem dos produtos das confecções locais.
Objetivos Específicos:
1 Campanha de marketing elaborada (nova abordagem – polo têxtil p/polo de moda).
1.a Identificar agência de publicidade.
1.b Selecionar agência de publicidade.
1.c Contratar agência de publicidade.
1.d Definir calendário para lançamento de novos produtos.
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
182
2 Coleção de moda diferenciada desenvolvida.
2.a Contratar estilistas/modelistas.
3 Novos mercados desenvolvidos.
3.a Identificar mercados potenciais através de pesquisa.
3.b Realizar campanhas institucionais.
3.c Constituir representações comerciais locais.
4 Eventos existentes fortalecidos.
4.a Intensificar divulgação dos eventos existentes.
4.c Utilizar ferramentas a partir da nova abordagem.
5 Vendas locais incrementadas.
5.a Campanhas institucionais compartilhadas entre poderes públicos.
5.b Distribuição de material promocional em local de concentração turística.
5.c Mídia.
Pré Projeto 2. - ACREDITAR
Objetivo Principal: Capital de giro a juros baixos viabilizado
Objetivos Específicos
1. Avaliar a capacidade de endividamento individual
1.a Identificar as garantias disponíveis
2. Viabilizar parcerias com Sebrae / IEL
3. Disponibilizar linhas de créditos especiais
4. Eleger (identificar) um representante (lobista) para o pólo de confecções para
viabilizar junto as entidades financeiras capital de giro a juros baixo.
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
183
Pré Projeto 3 – A SER DEFINIDO
Justificativa: O setor empresarial tem buscado aumentar a competitividade por meio
da melhoria de seus produtos, para tanto há necessidade de mão-de-obra qualificada,
que não é encontrada suficientemente na região, com isso a um deslocamento da
produção para outras regiões como Criciúma, Lages e até para cidades do interior do
estado do Paraná. Esta situação em um futuro próximo pode causar queda na renda e
até mesmo extinção de postos de trabalho, principalmente de mulheres chefes de
família. Outro agravante é a baixa valorização da profissão que gera desinteresse pelo
ingresso de novas costureiras. Devido a falta de qualificação dos serviços. A região
tem dificuldade em produzir seus produtos com maior qualidade, sendo a região
apenas conhecida como produtora de confecção de preço baixo.
Objetivo Principal: Mão de obra do setor de confecção qualificada.
Objetivos Específicos 1. Sensibilizar os parceiros do projetos (empresários e funcionários)
1.a Identificar públicos alvo do projeto
1.b Realizar divulgação dos cursos em rádios/jornais
1.c Realizar palestras em escolas
1.d Realizar palestras em empresas (motivação de costureiras)
1.e Realizar palestras sobre o objetivo do projeto aos empresários (na
AMPE/sindicatos).
2. Buscar parceiros para a realização da capacitação
2.a Identificar possíveis parceiros
2.b Identificar centros de formação para parceria
2.c Formalizar parcerias com centro de formação.
3. Realizar capacitações
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
184
3.a Levantar as necessidades de qualificação para mão-de-obra por parte dos
empresários
3.b Definir estrutura dos cursos
3.c Definir corpo docente
3.d Divulgar o curso
3.e Realizar matrículas
3.f Realizar capacitação
Pré Projeto 4 - COSTURANDO PARCERIAS
Justificativa A ADRVALE abrange 12 municípios que fazem parte das microrregiões Vale do Rio
Tijucas, Costa esmeralda e Itajaí mirim situadas no litoral centro de Santa Catarina
com uma população de aprox 180.000 em uma área de XXXXKm . A região é
reconhecida como o berço da confecção tendo o apogeu na década de 80 com o setor
têxtil. Hoje passa por um período de retomada com os pequenos negócios do
segmento de confecções, alguns fatores como a logística de produção, compra
individualizada, e mão de obra volátil, tem como conseqüência direta o aumento do
custo de produção. O projeto visa implementar ações que reduzam estes custos, o
pólo é formado por micro e pequenas empresas, sendo a maioria formada por
pequenas associações de mulheres que trabalham com facções e confecções com
baixo valor de produto e qualidade. A cadeia é presente de forma espontânea em
cinco municípios chaves em ordem de representatividade seguem, Brusque,
Guabiruba, Canelinha, Nove Trento e Tijucas. Este visa organizar o setor para ações
como: Criar uma central de compras, realizarem capacitações e busquem certificações
de qualidade com o objetivo de aumentarem sua competitividade com a melhoria de
produto, redução dos seus custos para que a renda do trabalhador seja incrementada.
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
185
Tabela 70 - Quadro Lógico do Projeto Costurando Parcerias
Lógica de Intervenção Indicadores Objetivamente Comprováveis
Objetivo Geral: Competitividade do projeto melhorada mediante redução dos custos de
produção e melhoria da qualidade.
Relatórios de produção comprovam uma queda de 15% nos custos.
Objetivo Especifico 1: Custos de compra das matérias-primas reduzido mediante a compra
conjunta.
Relatório da central de compras mostram uma economia de 20% na aquisição de
matéria prima.
Atividade 1: Sensibilizar os empresários do segmento para a formação de uma central de
compras.
Atividade 2: Realizar pesquisa de fornecedores.
Atividade 3: Formalizar juridicamente uma central de compras.
Atividade 4: Contratar RHs para trabalhar na central.
Sub-atividade 1: Capacitar os RHs contratados.
Objetivo Especifico 2: Ações para melhoria tecnologia da produção do setor implementadas
Certificados de qualidade adquiridos pelas empresas.
Atividade 1: Sensibilizar os empresários para importância da realização de consultoras e
treinamentos para melhoria da qualidade dos produtos
Atividade 2: Identificar necessidade de treinamentos e consultorias programas /
ferramentas necessárias para reduzir custos de produção.
Atividade 3: Contratar consultoria de PCP – Planejamento e Controle da Produção.
Atividade 4: Contratar consultoria para implantar programas de qualidade
Atividade 5: Contratar consultoria para organizar o chão de fábrica.
Atividade 6: Contratar consultoria para otimizar o fluxo de produção.
Objetivo Especifico 3: Segmento da confecção capacitados nas áreas afetas a melhoria do
produto.
Certificados de capacitação, listas de presenças.
Atividade 1: identificar as necessidades de treinamento
Atividade 2: Capacitar em costura industrial
Atividade 3: Capacitar em corte industrial
Atividade 4: Capacitar em Designe e desenvolvimento de marca
CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE
186
Lógica de Intervenção Indicadores Objetivamente Comprováveis
Objetivo Geral: Competitividade do projeto melhorada mediante redução dos custos de
produção e melhoria da qualidade.
Relatórios de produção comprovam uma queda de 15% nos custos.
Atividade 5: Capacitar na área de criação de padronagens.
Objetivo Especifico 4: Pesquisa e Desenvolvimento para o setor da confecção
realizados
Relatórios e publicações das pesquisas realizadas.
Atividade 1: Pesquisar novas ferramentas para o desenvolvimento do produto
Atividade 2: Pesquisar novas tecnologias em tecido e novas tendências do mercado para o
setor de confecções
Atividade 3: Participar em eventos do setor nacionais e internacionais
Atividade 4: Divulgar o resultado das pesquisas realizadas.
CAPÍTULO 4
•
PLANO DE AÇÃO DE TURISMO
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
189
4.1 Apresentação
O presente documento apresenta o plano de ação do setor de turismo, como parte
integrante da metodologia de Desenvolvimento Tecnológico Regional – DTR, e vem de
encontro aos anseios das lideranças locais, participantes do Comitê Executivo da
Agência de Desenvolvimento do Vale do Tijucas, Costa Esmeralda e Itajaí-mirim –
ADRVALE, que priorizaram o turismo como a atividade econômica com maior
potencial de crescimento e de maior abrangência regional. Outrossim, o turismo
apresenta uma excelente oportunidade de integrar os municípios da região. O Estado
de Santa Catarina tem hoje o potencial de desenvolver vários circuitos turísticos:
Caminho da Fé ou Circuito Religioso;
Circuito de Cultura Açoriana, Alemã, Italiana, Austríaca, Japonesa e Polonesa;
Circuito Litorâneo;
Circuito Ferroviário;
Eco-turismo;
Agro-turismo ou Turismo Rural;
Circuito da Neve;
Circuito das Águas Termais;
Circuito de Compras;
Aventuras;
Museus;
Circuito das Festas.
Ainda, o Estado apresenta famosas rotas turísticas elaboradas pela SANTUR1:
Capital da Natureza (Litoral Centro);
Rota do Sol (Litoral Norte);
1 Fonte: BRDE, 1998 - Análise Sistêmica da Competitividade do Setor de Turismo, em Santa
Catarina.
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
190
Caminho dos Príncipes (Região Norte);
República Juliana (Região Sul);
Vale Europeu (Vale do Itajaí);
Serras Catarinenses (Região Serrana);
Contestado (Vale do Rio do Peixe);
Nova Rota das Termas (Região Oeste).
De posse destas informações e do anseio da comunidade local, entende-se que o
turismo organizado possui grande força impulsionadora no desenvolvimento social e
econômico de qualquer sociedade, na medida em que abrange os setores primários,
secundários e terciários, gerando emprego e renda para a região.
Os grupos técnicos do IEL/SC e do SEBRAE/SC elaboraram este plano de ação, a
partir de entrevistas realizadas junto às lideranças empresariais e o poder público.
Posteriormente, acordado e validado em oficinas de trabalho, com o propósito de
estabelecerem diretrizes, para que a região siga o caminho do desenvolvimento
contínuo, integrado e sustentável na área do turismo.
As estratégias das ações, advindas das diretrizes validadas pela comunidade local,
têm o objetivo de fomentar a cooperação e, conseqüentemente, a integração dos
empresários locais e dos municípios, visando unir esforços para o desenvolvimento
contínuo, integrado e sustentável. Podem-se citar exemplos de sucessos, as regiões
de Gramado, Canela, Nova Petrópolis e São Francisco de Paula (RS), Campos do
Jordão (SP), bem como as experiências da AGRECO2 – do projeto empreender, dos
consórcios de exportação e de produção do norte da Itália e outros, cuja cooperação e
a união dos empresários são os focos principais para o desenvolvimento contínuo e
integrado (Jornal do PNMT).
2 A Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral – AGRECO é uma
organização solidária que atualmente conta com mais de 200 famílias filiadas em 11 municípios
e 15 agroindústrias comunitárias. A sede é em Santa Rosa de Lima e o objetivo é incentivar a
produção de alimentos sem o uso de agrotóxicos, bem como organizar a comercialização
desses produtos junto aos mercados da região, fomentando o desenvolvimento do agro-
turismo.
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
191
O exemplo do desenvolvimento da região das Hortências, da qual pertencem as
cidades de Gramado, Canela, Nova Petrópolis e São Francisco de Paula é
significativo, porque com um pouco de conhecimento e entendimento da história
daquela região, verifica-se que o município de Caxias do Sul teve, na década de 60, a
mesma oportunidade que Gramado na década de 80, mas não soube aproveitá-la
corretamente, desconsiderando a possibilidade de planejar o seu futuro de forma
participativa, envolvendo a classe empresarial e instituições de apoio, almejando um
desenvolvimento regional integrado, equilibrado e permanente. Inclusive, partindo
deste enfoque, pode-se inferir que as cidades de Nova Petrópolis, Canela, São
Francisco de Paula e Gramado imitaram Caxias do Sul que já promovia a Festa da
Uva, tomando a iniciativa de estruturar uma festa popular anual importante – a Festa
das Hortências – de onde derivaram todas as outras belas festas que ocorrem em
Gramado atualmente – o Festival de Cinema, a Festa do Colono, o Natal Luz, dentre
outras – atraindo mais de 2,5 milhões de turistas por ano. Este exemplo mostra que os
planejamentos integrados, participativos, sob a direção da classe empresarial e com a
participação do poder público é um dos melhores e mais rápidos caminhos para o
desenvolvimento regional. Assim, no início dos anos 70, a maioria dos empresários
líderes já havia concluído que o turismo representava a vocação da região e que todos
os estabelecimentos comerciais e industriais deveriam estar voltados e integrados, de
forma direta ou indireta, ao negócio turismo. Logo, o sucesso da experiência da região
das Hortências ocorreu pelo fato dos empresários se organizarem de forma integrada
e cooperada, buscando a definição de uma visão comum para o desenvolvimento da
região, bem como o estabelecimento das estratégias que alcancem tal visão.
O resultado concreto das parcerias e envolvimento das principais lideranças
empresariais da Região das Hortências foi à constituição da Visão – Agência de
Desenvolvimento da Região das Hortências, criada para pensar o futuro da região. A
característica mais marcante desta entidade encontra-se no fato de que nas reuniões
participam somente as pessoas que efetivamente decidem pelas empresas
associadas, qualificando de sobremaneira o poder de decisão do grupo e a
importância da presença nas discussões dos assuntos de pauta. A partir das
estratégias definidas, são elaborados planos e projetos, com o intuito de induzir a
atitude dos líderes políticos – candidatos a prefeito, vereadores, deputados,
independente de partido – na direção traçada pelo grupo de investidores regionais.
Dentro deste contexto, faz-se importante salientar que a cooperação e a organização
das principais lideranças regionais é a principal estratégia do Plano de Ação para o
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
192
Desenvolvimento do Turismo na Região do Vale do Tijucas, Itajaí-Mirim e Costa
Esmeralda.
4.2 Justificativa
A área circunscrita no Vale do Tijucas, Costa Esmeralda e Itajaí Mirim apresenta
condição ímpar para trabalhar a Cadeia Produtiva do Turismo de forma profissional,
ordenada e integrada por um ou mais grupos de empresários líderes das diferentes
modalidades de turismo existentes na região – religioso, compras, aventura, esportes
radicais e náuticos, veraneio de férias, ecoturimos, agroturismos, etc..
O turismo vem assumindo uma posição de destaque depois da Segunda Guerra
Mundial, com a evolução do transporte aéreo de passageiros e dos meios de
comunicação em níveis globais. O turismo internacional em 1993 registrou 500
milhões de chegadas, o que gerou uma receita de 303 bilhões de dólares, colocando-o
à frente das receitas com exportação de setores tradicionais como petróleo,
automóveis e equipamentos eletrônicos. Considerando a produção bruta do turismo
em 1991, obtém-se uma receita de US$ 2,9 trilhões. A estimativa para 2005 é de 7,9
trilhões. Os números representam a realidade e o potencial do setor como sendo a
mais importante indústria deste final de século.3
Portanto, planejar e incrementar a atividade turística nas regiões do Vale do Tijucas,
Costa Esmeralda e Itajaí Mirim é necessário, tendo em vista, o grande potencial
apresentado por estas regiões. No entanto, é tarefa ousada e trabalhosa que requer a
colaboração e engajamento de líderes empresariais, de entidades de classe e do
poder público.
Atualmente o estado dispõe de organizações, instrumentos e técnicos suficientemente
experientes e capacitados que já projetaram, sugeriram e apontaram soluções,
inclusive indicando fontes de recursos financeiros para suportar a implantação e
montagem de equipamentos turísticos, roteiros especiais, organização de festas
anuais, dentre outros. Entretanto, todo este esforço tem resultado num
desenvolvimento econômico de pouca significância.
3 Fonte: BRDE, 1998 - Análise Sistêmica da Competitividade do Setor de Turismo, em Santa
Catarina.
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
193
Os fatores que potencializam a realização dos trabalhos na região, é uma
característica regional extraordinária:
A qualidade e diversificação das atrações naturais – cavernas, praias, rios;
Diversos aparatos turísticos construídos por empreendedores locais;
Fabricação e venda de sapatos tipo exportação;
Fabricação e comércio de confecção;
Gastronomia diversificada;
Esportes radicais;
Introspecção religiosa;
Receptivo de grandes navios transoceânicos.
4.3 Objetivos do Plano de Ação
Entre os objetivos do plano de ação proposta estão o objetivo geral e os específicos.
4.3.1 Objetivo Geral
Planejar e incrementar a atividade econômica do turismo, de forma integrada e
sustentável.
4.3.2 Objetivos Específicos
Orientar, tecnicamente, o poder público para a importância do turismo como
alternativa econômica;
Identificar iniciativas de organização entre os empresários, relacionamento com o
Poder Público, potenciais turísticos da região, relacionamento com instituições de
ensino superior e técnico;
Sugerir e validar estratégias de ação para potencializar o desenvolvimento
integrado e sustentável da atividade econômica do turismo na região;
Sugerir roteiros turísticos integrados, visando promover a integração entre os
municípios e empresários;
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
194
Contribuir para o aumento do fluxo de turistas para região e também aumentar o
fluxo interno do turista, principalmente entre os municípios da região.
4.4 Metodologia
Como metodologia de trabalho foram realizados entrevistas semi-estruturadas com as
lideranças empresariais e poder público dos municípios sob abrangência da
ADRVALE. Os principais objetivos destas entrevistas foram avaliar as iniciativas de
organização entre os empresários, o relacionamento com o Poder Público, os
potenciais turísticos da região, relacionamento com instituições de ensino superior e
técnico e o levantamento da árvore de problemas. Para a concepção destas
entrevistas foi utilizado o referencial teórico que será apresentado sucintamente nesta
etapa do presente trabalho. Utilizou-se o conceito de cluster para avaliar o
relacionamento dos vários atores locais. Segundo Casarotto, 1999, Cluster
(Aglomeração competitiva) é um pólo consolidado onde haja forte interação entre as
empresas, estendendo-se verticalmente a jusante e a montante; e lateralmente
comportando entidades de suporte privadas e governamentais.
Desta forma, consideram-se as atividades do cluster (figura 54) segundo os seguintes
níveis de aproximação ao foco – o visitante:
Conjunto de atividades características que oferecem bens e/ou serviços que
deixariam de existir em quantidades significativas se não houvesse consumo
turístico – núcleo ou “Forte do Cluster” – como: o restaurante, a hospedagem, os
transportes, as agências de viagem e os operadores turísticos;
Conjunto de atividades correlatas que oferecem serviços ou produtos que são
afetados significativamente pelo turismo, ou são importantes para o turismo,
independentemente do nível de utilização do produto;
Atividades econômicas, não diretamente turísticas, notadamente, a construção civil
e outras de forte conteúdo local, potencializadas pelo turismo;
Outras atividades que influenciam o desenvolvimento do turismo.
Após a realização das entrevistas, os dados foram tabulados e serviu de subsídio para
a construção do Quadro Lógico, instrumento que tem ampla aceitação entre as
instituições internacionais de desenvolvimento e, que, na maioria delas, serve como
ferramenta de análise de propostas de projetos. Ainda, o Quadro Lógico, é o mapa
geral do projeto, servindo de ponto de partida para o planejamento operacional e
C
oferecendo uma base prática para o estabelecimento do sistema de monitoramento e
avaliação do projeto.4
FOCO • Transportes
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APÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
195
Potencializadas
• Comércio • Construção
Visitante
Forte do Cluster
• Restaurante • Alojamento • Agências Viagens • Operadores turísticos
Correlatas • Atividades culturais/recreativas • Aluguel de veículos • Atividades esportivas
Organização do Território
Financiamento
Promoção
Ensino/Formação
Preservação Ambiental
Figura 54 - Atividades do cluster do turismo e suas relações com o visitante
Fonte: GEPE, Revista Economia & Prospectiva, “Turismo uma Atividade Estratégica”, 1998.
Quadro Lógico elaborado foi apresentado para a liderança empresarial e poder
úblico, em entrevistas individuais, para que validassem e priorizassem as estratégias
ugeridas e, se necessário, apontassem outras que não haviam sido citadas. Após a
alidação e priorização das estratégias necessárias para promover o desenvolvimento
ustentável e integrado do turismo na região, foram realizados seminários, com o
ropósito de divulgar para a comunidade local, os resultados do trabalho e as ações
alidadas pelos líderes empresariais. O foco principal dos seminários foi obter
onsenso e engajamento dos atores locais para a implementação do Plano de Ação
esultante do trabalho. A figura 55 representa o fluxo metodológico utilizado para a
ealização do trabalho.
Fonte: Cardoso, 2002.
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
196
Planejamento das atividades a serem realizadas pelo IEL/SC e SEBRAE/SC para a elaboração do Plano de Ação visando o desenvolvimento, integração e sustentabilidade do turismo na região.
Entrevistas para levantamento de dados primários realizadas com lideranças dos municípios
de GRAMADO, NOVA TRENTO, BOMBINHAS, PORTO BELO, ITAPEMA, BRUSQUE,
TIJUCAS, BOTUVERÁ.
Plano de Ação Preliminar
Iniciativas de Organização entre
os Empresários
Relacionamento com o Poder
Público
Potenciais Turísticos da
Região
Relacionamento com Instituições
de Ensino Superior e Técnico
Oficinas de trabalho para consenso do
Plano de Ação
PLANO DE AÇÃO CONSENSADO
Figura 55 - Fluxograma das atividades realizadas e apresentação dos resultados
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
197
4.5 Discussão dos Resultados
Nesta etapa do trabalho serão apresentados os resultados das entrevistas realizadas
com as principais lideranças da Cadeia Produtiva do Turismo, na região de
abrangência da ADRVALE. Estas entrevistas tiveram duração aproximada de uma
hora e objetivaram conhecer o estágio evolutivo atual da referida cadeia, através da
identificação de iniciativas de cooperação entre os líderes empresariais, do nível de
relacionamento com o poder público, do conhecimento dos potenciais turísticos da
região e da situação do capital social da região. Por fim, com os resultados das
entrevistas, foi elaborada a árvore de problemas (figura 56), ilustrando as principais
deficiências diagnosticadas. A escolha das lideranças visitadas partiu da identificação
dos atores locais que possuem negócios voltados ao turismo, nas cidades de
Bombinhas, Botuverá, Brusque, Itapema, Nova Trento, Porto Belo e Tijucas.
4.5.1 Iniciativas de Organização entre os Empresários
Como citado no presente trabalho, o desenvolvimento regional passa,
indiscutivelmente, pela organização da classe empresarial. Partindo desta premissa,
buscou-se, no decorrer das entrevistas, identificar as iniciativas de cooperação que
lograram êxito, bem como as que fracassaram.
É possível perceber que as iniciativas de organização empresarial da região estão em
fase embrionária, ainda obtendo poucos resultados. Entretanto, a maioria absoluta dos
entrevistados assegurou que há possibilidade efetiva de cooperação entre as
empresas, acenando, positivamente, em prol dos objetivos do Plano de Ação que está
sendo proposto.
Dentre as iniciativas existentes na região, destaca-se a Associação Neotrentina do
Turismo – NEOTUR, com quase dois anos de formação, composta por 32
empreendedores do município de Nova Trento. Como principais atividades da
NEOTUR estão: o cadastramento dos estabelecimentos da cidade, a campanha para
aumentar a segurança para os turistas e a elaboração de material para divulgação dos
produtos turísticos.
Na região de Bombinhas, há duas associações de empresários do turismo com pouco
relacionamento, existindo a possibilidade de se unirem para traçarem objetivos
comuns. Ainda, cabe ressaltar que os empresários não buscam desenvolver parcerias
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
198
com operadores de turismo, trabalhando de forma isolada. Outrossim, no mesmo
município há um Convention & Visitors Bureau que não consegue agregar os
empresários. Outra boa iniciativa regional é o núcleo de turismo da Associação
Comercial e Industrial de Porto Belo com 15 empresários, que consegue articulação
em âmbito municipal, realizando promoções e eventos.
4.5.2 Relacionamento com o Poder Público
Em todos os municípios visitados, foi perceptível o distanciamento entre os
empresários e o poder público. Existem algumas iniciativas de aproximação nas
cidades onde o turismo de sol e mar é o principal, mas apenas para planejamento e
execução das poucas ações pontuais para o período de veraneio. A explicação para
este quadro está na desorganização da classe empresarial, que não estrutura sua
demanda por serviços públicos.
Quando os empresários se organizarem, certamente estruturar-se-ão as demandas
por políticas públicas que potencializem o turismo como principal atividade econômica,
gerando mais emprego e renda regionalmente.
No município de Botuverá, há uma comissão que discute o futuro do Parque Municipal
das Grutas de Botuverá (cavernas), reunindo-se raras vezes, sendo, portanto, pouco
atuante.
4.5.3 Potenciais Turísticos da Região
Um dos objetivos mais importantes das entrevistas era obter informações dos
potenciais turísticos da região, considerando o ponto de vista dos atores locais e
identificando a propensão para o desenvolvimento de produtos turísticos regionais.
O resultado deste tópico foi extremamente positivo, encontrando o fato de que todas
as lideranças sentem a necessidade da integração dos vários tipos de turismo
encontrados na região, com o desenvolvimento de rotas que integrem, por exemplo, o
turismo de compras com o religioso, o agroturismo com o ecológico, etc. Outro ponto
destacável está no imenso potencial de desenvolvimento dos atrativos turísticos que
até o momento foram pouco explorados.
Os principais potenciais turísticos podem ser assim nomeados: ecológico, religioso, sol
e mar, cultural, compras e agroturismos, podendo ser explorados, juntando à venda de
artesanato local e produtos coloniais.
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
199
4.5.4 Relacionamento com Instituições de Ensino Superior e Técnico
Faz-se importante salientar da necessidade de efetivação de uma parceria com três
vértices: iniciativas privada e pública e as universidades que acumulam uma reflexão
crítica sobre o turismo, enquanto atividade econômica. Atualmente, em função da
situação do turismo na região, a atividade sofre os efeitos da sazonalidade,
impossibilitando qualquer iniciativa de profissionalizar a mão-de-obra. O problema não
se encontra na oferta de profissionais capacitados, mas na demanda, pois no
município de Balneário Camboriú (muito próximo da região), está um centro de
referência na formação de profissionais do turismo.
4.5.5 Árvore de Problemas
• Problema Central
Turismo na região de abrangência da ADRVALE desenvolvido de forma desarticulada
entre as empresas e demais instituições.
• Causas
A. Organização da Classe Empresarial
Baixa integração dos empresários (nos municípios e região);
Desinteresse dos empresários em participar nos principais processos
decisórios relativos a atividade turística da região.
B. Serviços Básicos e Infra-estrutura Turística - Sinalizações precárias dos
produtos turísticos
Acessos precários para alguns produtos turísticos;
Muitas regiões com sombras na comunicação móvel;
Precariedade da coleta e destino final dos resíduos sólidos em alguns
municípios.
C. Gestão Integrada do Turismo
Pouco investimento em educação turística;
Conselhos Municipais de Turismo inoperantes;
Inexistência de planejamento do turismo;
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
200
Não há comprometimento do poder público para com o turismo;
Cluster turístico desarticulado.
D. Promoção do Turismo
Inexistência de Plano de Marketing Integrado
Marketing realizado de forma individualizada pelos municípios ou empresas
E. Formatação do Produto Turístico
Não há profissionalização do turismo;
Inexistência de roteiros integrados;
Atrativos Turísticos e Entretenimentos;
Deficiência de lazer para os turistas;
Pouca visão empreendedora dos proprietários;
Alguns atrativos pouco conservados (lixo, insegurança, etc.).
F. Equipamentos e Serviços Turísticos
Inexistência de informações turísticas em alguns municípios;
Empresário pouco qualificado.
• Efeitos
Baixo IDH.
Baixa geração de emprego e renda
Baixa arrecadação de tributos
Redução do fluxo de turistas
Queda de investimento no ramo turístico
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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
202
4.6 Análise do Perfil das Pequenas Propriedades Rurais
Ainda, como resultado dos trabalhos realizados pelos consultores do IEL/SC, é
apresentado no anexo I um sucinto diagnóstico das pequenas propriedades rurais dos
municípios de abrangência da ADRVALE e uma descrição preliminar dos produtos
coloniais comercializados por estas, objetivando avaliar o potencial do agroturismo na
região.
4.7 Marco Lógico: Objetivos e Atividades
Neste item serão definidos os conjuntos de atividades necessários para o alcance de
cada objetivo estratégico, validados pelos empresários da região nos seminários de
validação do Plano de Ação. Os objetivos estratégicos foram traçados com base nas
entrevistas realizadas com as principais lideranças regionais ligadas ao turismo. Deve-
se observar, porém, que na etapa subseqüente do trabalho, as atividades deverão ser
desmembradas em sub-atividades, possibilitando o alcance dos objetivos.
Objetivo Geral: Turismo planejado e realizado de forma integrada pelas principais lideranças empresariais e públicas na região de abrangência da ADRVALE.
Objetivo 1. Produtos turísticos competitivos, diversificados e com qualidade.
1.1 Impulsionar a exploração do produto turístico com a qualidade desejada aos níveis de
competitividade do mercado.
1.2 Fomentar a prática do ecoturismo de forma qualificada nas pequenas propriedades.
1.3 Criar roteiros regionais de forma a agregar a viabilidade para a exploração de todo o produto
turístico existente.
1.4 Criar roteiros turísticos diversificados e integrados capazes de atingirem as quatro estações.
1.5 Estimular a implantação, pelas operadoras, de roteiros turísticos com valores agregados.
1.6 Desenvolver programa de especialização para a gastronomia típica da região.
1.7 Desenvolver novos produtos.
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
203
Objetivo 2. “Trade” turístico atuando de forma integrada.
2.1 Criar um conselho regional de turismo com a participação dos agentes envolvidos.
2.2 Consolidar / Reestruturar a entidades que trabalham com o turismo na região
2.3 Promover programas de sensibilização sobre a importância do turismo.
2.4 Criar / adequar Planos Diretores municipais compatíveis com as diretrizes do turismo da região.
2.5 Atualizar o Plano de Turismo da região com o Plano Diretor de cada município.
2.6 Fortalecer a integração do turismo regional.
2.7 Fortalecer o Convention & Visitors Bureau.
Objetivo 3. Plano de Marketing regional (integrado) desenvolvido.
3.1 Identificar mercados para os produtos atuais e para novos produtos (atrativos culturais e
históricos e observação de pássaros).
3.2 Desenvolver plano de marketing integrado da região – Costa Esmeralda, Itajaí Mirim e Vale do
Rio Tijucas.
3.3 Participar, de maneira cooperada, em eventos turísticos e outros para divulgar a região.
3.4 Elaborar calendário com eventos da região.
3.5 Elaborar material promocional (folder, revista, catálogo, CDs, e outros) com todos os produtos da
região.
3.6 Disponibilizar informações às operadoras, agências de turismo e transportadoras, envolvendo-as
no processo de vendas.
Objetivo 4. Recursos humanos capacitados e sensibilizados para a importância do turismo.
4.1 Implementar na grade curricular das escolas municipais, disciplinas sobre o turismo.
4.2 Capacitar 70% das pessoas envolvidas diretamente com o turista, em cursos básico de inglês e
espanhol.
4.3 Capacitar os funcionários do comércio, em boas práticas de atendimento ao turista.
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
204
4.4 Promover a formação de guias especializados para exploração da trilhas existentes na região.
4.5 Promover cursos, sobre quais e como disponibilizar informações para os turistas, direcionados
para toda comunidade.
Objetivo 5. Infra-estrutura básica, turística e apoio técnico-financeiro adequados ao desenvolvimento da atividade turística.
5.1 Implantar os portais da região com equipamentos de apoio.
5.2 Incrementar o sistema de informações turísticas.
5.3 Implantar sistema de sinalização turística regional.
5.4 Criar e melhorar vias de acesso aos municípios e aos atrativos turísticos.
5.5 Estimular a criação de linha de créditos.
5.6 Criar centros de eventos multiuso na região
Objetivo 6. Atividade Turística respeita o meio ambiente, conserva a memória histórico-cultural e gera oportunidades de emprego e de renda.
6.1 Propor a elaboração de um diagnóstico da conjuntura sócio econômica, ambiental e histórico
cultural da região.
6.2 Propor a criação de um programa de educação direcionado a sustentabilidade sócio cultural,
ambiental e econômica direcionada ao turismo.
6.3 Melhorar o programa de valorização, qualificação, produção, distribuição e comercialização do
artesanato regional.
6.4 Realizar estudo de capacidade de carga da região com a intenção de evitar a degradação
decorrente da atividade turística.
6.5 Implementar ações visando valorizar, resgatar e preservar a cultura regional, tornando-a um
componente turístico efetivo.
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
205
4.8 Nivelamento de Informações
Após a elaboração do Plano de Ação, a equipe técnica do IEL buscou formar parcerias
com as entidades que trabalham e apóiam a atividade turística no Estado de Santa
Catarina. Em decorrência, foram realizados algumas reuniões com o SEBRAE/SC –
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina, com a SANTUR
– Órgão Oficial de Turismo do Estado de Santa Catarina e com o SENAC – Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial, discutindo a concepção e os conceitos que
geraram o Plano de Ação. Como resultado, ficaram explícitos no decorrer destes
encontros os apoios decididos destes parceiros, no que tange ao seu respectivo foco
de atuação. A seguir será explicitado em quais objetivos do plano de ação cada
entidade poderá apoiar.
4.8.1 SENAC/SC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Santa
Catarina
O SENAC/SC atua na qualificação de mão-de-obra empregada em atividades
turísticas, e mais especificamente, na região de abrangência do presente trabalho
possui algumas ações em andamento, como: um curso de capacitação de guias
turísticos na cidade de Nova Trento. Portanto, ficou evidente que a entidade poderá
apoiar a execução do quarto objetivo do Plano de Ação – Recursos Humanos
Capacitados e Sensibilizados para a Importância do Turismo.
4.8.2 SEBRAE/SC – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de
Santa Catarina
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas poderá dar suporte a qualquer
tipo de atividade ligada à melhoria de gestão das empresas, pois tem seu foco
principal no implemento e aprimoramento do nível gerencial das micros e pequenas
empresas catarinenses. Atualmente, a entidade possui dois programas ligados ao
turismo: Arranjo Produtivo Local – APL e Serviço de Apoio Tecnológico –
SEBRAETEC, que poderiam apoiar o primeiro objetivo – Produtos Turísticos
Competitivos, Diversificados e com Qualidade, o segundo objetivo – “Trade” Turístico
Atuando de Forma Integrada e o sexto objetivo – Atividade Turística Respeita o Meio
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
206
Ambiente, Conserva a memória Histórico-cultural e Gera Oportunidades de Emprego e
de Renda.
4.8.3 SANTUR – Órgão Oficial de Turismo do Estado de Santa Catarina
A SANTUR está articulando alguns projetos na região. O principal é o
desenvolvimento de um projeto piloto para o desenvolvimento do agro-turismo em
Nova Trento e Major Gercino em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento
Regional de Brusque, o qual poderia ser ampliado para toda região. Outro projeto, já
tradicional, é a divulgação dos produtos turísticos formatados da região – turismo de
sol e mar, em Bombinhas, Porto Belo e Governador Celso Ramos.
Dentro do escopo do presente plano, a SANTUR poderia apoiar a realização do
terceiro objetivo – Plano de Marketing Regional (Integrado) Desenvolvido, bem como
do quinto objetivo – Infra-estrutura Básica, Turística e Apoio Técnico-financeiro
Adequado ao Desenvolvimento da Atividade Turística.
4.9 Bibliografia
CASAROTTO FILHO N., PIRES L. H., Redes de Pequenas e Médias Empresas e
Desenvolvimento Local – Estratégia para Conquista da Competitividade Global com
base na experiência Italiana. São Paulo: Atlas, 1999.
CAETANO Jucélia C., Gerenciamento do Ciclo de Projetos. Florianópolis, 2002.
4.10 ANEXO I – Análise do Perfil das Pequenas Propriedades
Rurais
4.10.1 Nova Trento
O município de Nova Trento tem conhecida tradição italiana mantida por seus
descendentes. A principal atividade ainda está ligada à vitivinicultura, ou seja, da
plantação da uva à produção do vinho. Em razão de ser uma atividade passada de pai
para filho, mantêm o modo artesanal de realização, sem qualquer tipo de controle mais
apurado na qualidade.
Segundo diagnósticos realizados pelo SEBRAE/SC, cerca de 70% destes produtores,
possuem a produção de vinho operacionalizada de modo artesanal, sem qualquer
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
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tecnologia, formalização, rotulagem ou inspeção de produto por parte dos órgãos
competentes.
A produção de conservas de hortaliças e legumes é uma atividade bastante comum
entre as pequenas propriedades rurais. Também foram diagnosticadas algumas
propriedades que trabalham com agro-turismo, pesque e pague, produtores de pães e
bolos caseiros, bem como geléias e compotas de frutas.
Fatores como comercialização é um dos principais entraves do processo de
desenvolvimento da atividade rural na região. Isto devido à falta de um canal de
vendas estruturado e também pela deficiente política de marketing relacionada ao
agronegócio, tendo como objetivo aumentar o fluxo de turistas nas pequenas
propriedades rurais, fomentando o desenvolvimento do agro-turismo.
4.10.2 São João Batista
Esta localidade tem a produção focada, principalmente, na plantação e colheita de
fumo. A produção tem se destacado em razão da compra antecipada da safra por
parte dos beneficiadores da planta. A grande maioria das famílias produz o fumo em
grandes extensões de terra. Alguns produtores de fumo têm diversificado sua
produção, especialmente plantando gengibre, que tem um preço de venda mais
atraente que o fumo.
4.10.3 Botuverá
Esta cidade se destaca pela produção de mel. A grande maioria dos produtores é
filiada à Associação de Apicultores, abrangendo toda a região até Brusque. É
importante ressaltar que a produção de mel de Botuverá é exportada ou enviada à
Casa Colonial da Cidade, local onde os produtores da região comercializam os
produtos com apoio do município. Um fator a destacar é que o mel obteve um maior
impulso depois que muitos produtores deixaram de plantar o fumo.
Alguns produtores ainda produzem vinho colonial nos mesmos moldes realizados
pelos pequenos vitivinicultores de Nova Trento. No município encontramos também
uma empresa de produção de conservas, já formalizada juridicamente, que realiza o
plantio, colheita e beneficiamento da produção, bem como a transformação da matéria
prima em conservas. Possui rótulos e certificado da entidade fiscalizadora.
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
208
Um aspecto no município a ressaltar é o surgimento de uma empresa produtora de
polpa de frutas, constituída por dois produtores rurais, ao qual sua produção é
comercializada em mercados e lanchonetes do município e região, e com matéria
prima da própria propriedade. Possuem ainda maquinário especifico para o processo
produtivo, sendo a empresa formalizada e regularizada no que diz respeito a aspectos
legais.
Também há propriedades que trabalham com agro-turismo, fornecendo alimentação e
hospedagem.
A atividade de ecoturismo apresenta um grande potencial de desenvolvimento na
região, devido às cachoeiras, ideais para prática do rapel, florestas, ideais para a
prática do arborismo e a existência de grutas localizadas no parque municipal de
Botuverá.
4.10.4 Canelinha
Em Canelinha não há uma característica específica. Destaque para o Sr. João Orides,
que cultiva palmeira real em grande escala, vendendo seu produto in-natura. A Sra.
Cecília Osaida, da Harmonia Natural que cultiva plantas bioativas, tem perfil
empreendedor e divulga seu trabalho através de eventos e parcerias. Existe ainda, na
região uma produtora de peixes “Catfish”
4.10.5 Guabiruba
O destaque deste Município são os produtores de nata e “queijinho”, todos de
pequeno porte.
Estes produtores são, na maioria, informais e suas propriedades apresentam
condições físicas de precárias a razoáveis. Devido ao baixo valor agregado aos
produtos e o baixo volume de produção, estes produtores rurais têm dificuldade de se
relacionar com o mercado.
É uma oportunidade de melhoria para que estes produtores se organizem através de
uma cooperativa, para poderem melhor se relacionar com o mercado, oferecendo
produtos em maior quantidade, e logo obtendo maior poder de barganha nas
negociações.
CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE
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Destaque para o “Restaurante e Pesque Pague Vicentini”, com uma área de 135
hectares, num local estratégico, que atende eventos de diversos tipos e que tem
planos de transformá-lo num hotel fazenda.
4.10.6 Major Gercino
Não há nas propriedades locais um foco de atuação, ou seja, os tipos de produtos
oferecidos são bastante diversificados, havendo produção de uva, vinho, leite, queijo,
conservas, laranja, entre outros.
Um dos fatores que impede o desenvolvimento da região é o difícil acesso a outras
localidades, todas com estradas de chão batido. No momento se encontra em obras
de ligação ao município de São João Batista.
Destaque para esta região, no que se refere à produção de produtos coloniais, é dado
para as Conservas Santos, que tem o palmito como principal produto e um grande
potencial de crescimento, pois o empreendedor está organizado e formalizou os seus
produtos nos organismos especializados.
4.10.7 Porto Belo
Neste município foi realizado o diagnóstico, por técnicos do IEL/SC, em apenas quatro
propriedades, havendo um produtor de leite e queijo, dois produtores de verduras e
um produtor cachaça.
Este último possui um alambique tradicional chamado “Pedro Alemão”, herdado de
seu pai. Atualmente, busca viabilizar sua estratégia de agregação de valor, através da
reformulação do rótulo, produção de licores e desenvolvimento de uma marca, que
está em processo de registro junto ao ministério da agricultura.
4.10.8 Tijucas
Neste município não há destaque quanto às atividades econômicas relacionadas ao
agronegócio. Na localidade de Timbé, destaca-se a produção de doces e biscoitos
(broas, queijadinhas, cocadas, cuscuz, etc.) que apesar da informalidade, tem uma
produção considerável e atende atravessadores, feiras e mercados informais da região
(Costa Esmeralda e inclusive Florianópolis).
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Existe ainda uma fábrica de conservas chamada Saddai, que vem aumentando a
produção, pois, inclusive, está em andamento uma ampliação e reforma na sua
estrutura física com o objetivo de começar a comercializar o palmito. Esta empresa
também apresenta interesse em industrializar a couve-flor, no entanto, tem dificuldade
de encontrarem produtores.
Tabela 70 - Fatores que impulsionam a agricultura familiar da região da ADRVALE.
Atividades Nº de propriedades
Uva e vinho 19
Leite e derivados 15
Apicultura 12
Conservas 11
Equipam. Alimentação / hospedagem 7
Hortaliças / frutas in natura 7
Piscicultura 7
Fumo 5
Reflorestamento 3
Cachaça 3
Farinha 2
Gengibre 1
Polpa de frutas 1
Plantas bioativas 1
Doces e geléias 1