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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTAFACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU
CONSELHO DE CURSO DE GRADUAÇÃO EMENFERMAGEM
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO CURSODE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU:REESTRUTURAÇÃO
BOTUCATU - 2003
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“O projeto pedagógico é um instrumento teórico-metodológico quevisa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que
de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e o queé essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que
possibilita resignificar a ação de todos os agentes da instituição(Vasconcelos, 1995).”
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1 – APRESENTANDO A TRAJETÓRIA E A JUSTIFICATIVA DA
REESTRUTURAÇÃO
Os estudos e as discussões acerca do Projeto Político-Pedagógico do Curso de
Graduação em Enfermagem sempre estiveram presentes entre os seus atores que,
inicialmente, foram assumidos por uma Comissão Curricular, designada pelo Conselho de
Curso.
Contudo, o dinamismo processual de sua reestruturação se iniciou em 2000 e
acelerou a partir de 2001, mediante as publicações do Parecer No CNE/CES 1.133/2001,
tratando das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem,
Medicina e Nutrição e da Resolução CNE/CES No 3, de 7 de novembro de 2001,
instituindo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem.
Esses fatos fizeram com que o Conselho de Curso optasse pelos Workshops como
estratégia de operacionalização da reestruturação do Projeto Político-Pedagógico do Curso
de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP.
Para se concretizar a proposta aqui apresentada, realizamos quatro edições, com a
finalidade de assegurar a execução das etapas de um processo coletivo de reestruturação e,
portanto constituíram-se em eventos de relevância para o ensino da graduação.
As etapas do processo se desencadeavam a partir de propostas trabalhadas por
grupos assessores do Conselho de Curso, formados por elementos oriundos do próprio
corpo docente e que por ocasião dos Workshops eram submetidas às discussões e às
reformulações, sendo os consensos o produto elaborado a partir de seus atores: docentes,
alunos e enfermeiros provenientes dos cenários práticos, onde os alunos têm realizado seus
estágios, bem como de representantes de outras Instituições que vêm partilhando de suas
experiências conosco.
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A trajetória da reconstrução do Projeto Político-Pedagógico do Curso de Graduação
em Enfermagem vem se processando da seguinte maneira.
I e II Workshops
Realizados em meados de 2000, quando se estabeleceram os critérios gerais a
serem seguidos no processo de sua reconstrução, sendo eles:
- promover mudança curricular gradual, flexível e contínua;
- integrar, precocemente, o aluno no campo de atuação profissional;
- investir na integração contínua com o ciclo básico;
- rever a “grade curricular” já existente, inserindo o estágio curricular supervisionado;
- investir na integração docente-assistencial para garantir os campos de estágios;
Na foto acima asCoordenadoras do Curso deEnfermagem Ilda de Godoy eEliana Mara Braga (gestão1.999-2001), Jurema, docentese alunos, durante o CoofeeBreak e na foto ao lado, umdos grupos de trabalho no I e IIWorkshops.
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- ampliar o leque de opções de disciplinas optativas;
- utilizar como base de organização curricular os seguintes princípios: cuidados
fundamentais, criança, mulher, adulto e cuidados especializados.
No II Workshop definiu-se o perfil do profissional que pretendemos formar, bem como
o histórico do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de
Botucatu, os quais serão apresentados no corpo deste processo.
III Workshop
Como produto do III Workshop, realizado em 15/08/2002, conseguimos a aprovação
dos Consensos referentes aos referenciais teóricos, estrutura curricular e instrumentos de
ra do III Workshop, da esquerda para a direita: Professor titular Joel Spadaro – Vice-Diretor daFaculdade de Medicina de Botucatu, Profa. Dra. Cristina Maria Garcia de Lima Parada – Chefe doDepartamento de Enfermagem e Profa. Dra. Silvia Cristina Mangini Bocchi – Coordenadora do Curso deGraduação em Enfermagem (gestão 2001-2003). compondo a mesa de abertura do III Workshop. Naplenária: Alunos, docentes e enfermeiros dos campos práticos.
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avaliação do Novo Projeto-Político Pedagógico do Curso de Graduação em Enfermagem
da Faculdade de Medicina que se apresentam, resumidamente, a seguir:
1. Consenso - referenciais teóricos pedagógicos: optou-se por referenciais norteadores
de caráter transformador, tendo como princípios metodológicos à aprendizagem
significativa e como metodologias de ensino às estratégias que trabalham,
preferencialmente, alicerçadas na pedagogia problematizadora: a problematização ou a
Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP);
2. Consenso - estrutura curricular: aprovou-se a redução da carga horária em 20% das
disciplinas profissionalizantes oferecidas pelo Projeto Pedagógico Atual, sendo que,
especificamente, para a disciplina Administração Aplicada à Enfermagem foi de 30%,
em razão da mesma já destinar parte de sua carga horária às aulas práticas, nos moldes
do Estágio Curricular Supervisionado, inserido neste projeto de reestruturação.
Decidiu-se pela manutenção das disciplinas oferecidas pelo Ciclo Básico, bem como
das disciplinas profissionalizantes com cargas horárias pequenas que, poderiam sofrer,
Na foto acima o grupo de docentes, alunos e enfermeiros dos campos práticos, discutindo aproposta de referencial teórico pedagógico a ser levada à plenária do III Workshop.
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posteriormente, alterações de acordo com o estudo da adequação de conteúdos. Foram
acatadas as propostas de divisão e da criação de disciplinas a serem oferecidas ao longo
do Curso, bem como de integração de outras, além de mudanças de nomenclaturas e do
período de oferecimento das mesmas. Estas alterações foram essenciais para que se
abrissem espaços para o Estágio Curricular, nos dois últimos semestres do Curso,
conforme preconizado pelas Diretrizes e de disciplinas optativas a serem, futuramente,
criadas. Vale ressaltar que essa modalidade de estágio, já vem acontecendo, mas como
parte do plano de ensino das disciplinas profissionalizantes e, portanto de forma
compartimentada. O que não atende ao objetivo do Estágio Curricular Supervisionado
que é: preparar o aluno para a transição acadêmica-profissional. Para que se efetuassem
as mudanças necessárias houve o consenso de:
Aprovar a estrutura curricular como transitória, à medida que o Conselho de
Curso viabilize o projeto de criação do Núcleo de Apoio Pedagógico do
Curso de Graduação em Enfermagem (NAPENF), a ser constituído, e ao
corpo docente, para atender aos princípios delineados no perfil e no
referencial teórico descritos no Consenso 1, ou seja, uma estrutura
curricular integrada;
Integração interdisciplinar: que se empreendesse trabalhos no sentido de
designar uma comissão para analisar os planos de ensino, antes da
aprovação no Conselho de Curso, já para 2003;
Procurar acatar as sugestões aprovados no Consenso 2;
Criar espaços para disciplinas eletivas;
Se ao estudar os conteúdos, constatasse que estes fossem desnecessários,
poder-se-ia ocorrer redução de carga horária, também, nas disciplinas pré-
profissionalizantes;
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Que fossem definidos os critérios para o desenvolvimento do estágio
curricular supervisionado no Conselho de Curso, visando sua
operacionalização em todas as instâncias;
Que fossem revistos os conteúdos das disciplinas com base em
estabelecimento de competências.
Dentre os itens relacionados houveram vários apontamentos contidos no documento
original.
3. Consenso instrumentos de avaliação: houve a aprovação de dois instrumentos de
avaliação, uma na perspectiva do aluno e o outro na do egresso. Sendo que o do
egresso já vinha sendo aplicado, em intervalos de cinco anos, enquanto o do aluno será
aplicado a partir de 2003, ao final de cada disciplina e sob a responsabilidade do
Conselho de Curso. Decidiu-se, também, pela continuidade da construção de
instrumentos de avaliação em outras perspectivas, como: do docente em relação ao
aluno, dos clientes institucionais e dos usuários.
Na foto acima, o grupo de docentes, alunos e enfermeiros dos campos práticos, discutindo aproposta de estrutura curricular a ser levada à plenária do III Workshop.
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IV Workshop
A partir dos consensos do III Workshop, o Conselho de Curso articulado com o
Departamento de Enfermagem compuseram quatro comissões assessoras, sendo elas:
1 – Estrutura Curricular do Novo Projeto-Político Pedagógico: visando reestruturar o
currículo, enfatizando os aspectos de integração entre as disciplinas, tanto das pré-
profissionalizantes quanto das profissionalizantes, a Comissão procurou readequar a carga
horária, de acordo com o Consenso, bem como de novas propostas que iam emergindo dos
grupos. A estratégia de trabalho se deu da seguinte maneira:
A – A comissão se reuniu para o planejamento do trabalho, a qual optou por trabalhar
com pequenos grupos de disciplinas com afinidades de conteúdos, solicitando aos
Chefes de Departamentos que enviassem um interlocutor da disciplina para
efetiva participação nos grupos, conforme relacionados e descritos a seguir:
Grupo I: Enfermagem Psiquiátrica, Enfermagem Pediátrica, Relacionamento
Enfermeiro-Paciente I, II e III, Personalidade e Ajustamento, Introdução
à Psicologia e Psicologia do Desenvolvimento.
Grupo II: Enfermagem Ginecológica, Obstétrica e Neonatal, Introdução à
Enfermagem, Fundamentos de Enfermagem, Enfermagem Médico-
A foto ao lado é do grupode docentes, alunos eenfermeiros de campo,discutindo propostas deavaliações a serem levadasà plenária do IIIWorkshop.
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Cirúrgica, Anatomia Humana, Genética Humana, Anatomia Patológica
Geral e Morfologia.
Grupo III: Fundamentos de Enfermagem, Enfermagem Médico-Cirúrgica,
Administração Aplicada à Enfermagem, Nutrição e Dietética Aplicada à
Enfermagem I, II e III, Bioquímica, Farmacologia, Fisiologia e
Biofísica.
Grupo IV: Enfermagem em Doenças Transmissíveis, Enfermagem em Centro
Cirúrgico, Enfermagem Pediátrica, Imunologia, Microbiologia e
Parasitologia Aplicada à Enfermagem.
Grupo V: História e Legislação de Enfermagem, Ética, Metodologia da Pesquisa,
Enfermagem Preventiva e Comunitária, Informática Aplicada à Saúde,
Ciências Sociais, Epidemiologia, Saneamento do Meio, Saúde da
Comunidade, Estatística Vital.
B – Para discussão nos grupos formados foi solicitado aos docentes das disciplinas
profissionalizantes que formulassem as competências a serem desenvolvidas
pelos alunos a partir da disciplina e a necessária integração com as disciplinas
pré-profissionalizantes, facilitando assim o processo de readequação.
C – Os grupos se reuniram, sempre com a presença de um membro da Comissão que
tinha a função de sistematizar os trabalhos e coordenar as discussões propostas.
Vale ressaltar que, especificamente, estas atividades foram avaliadas pelos grupos
como positivas em todo o processo de reestruturação.
D – A comissão sistematizou os trabalhos e propôs uma simulação,
operacionalizando do primeiro ao quarto ano, o Projeto Pedagógico para 2004,
incorporando as alterações propostas, a qual foi submetida durante o IV
Workshop, às discussões e às reformulações, obtendo-se a aprovação consensual
da plenária.
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2 – Comissão de estruturação do Estágio Curricular Supervisionado e do Trabalho de
Conclusão de Curso (T.C.C.): após discussões e modificações realizadas a partir da
proposta apresentada pela Comissão, houve o consenso da plenária quanto à aprovação das
diretrizes para o Estágio Curricular Supervisionado, bem como para o TCC, conforme
apresentadas a seguir:
O Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Graduação em Enfermagem tem
como objetivo desenvolver o conhecimento do trabalho de gerenciamento da assistência de
enfermagem, bem como referendar conhecimentos, habilidades e atitudes adquiridos na
formação básica do Curso de Graduação.
Considera-se estágio as atividades de aprendizagem social, profissional e cultural,
proporcionadas ao aluno pela participação em situações reais de vida e trabalho de seu
meio, sendo realizada na comunidade em geral ou junto às pessoas jurídicas de direito
público ou privado, sob responsabilidade e coordenação da Instituição de Ensino e
acompanhada por profissional habilitado.
O Estágio Curricular Supervisionado será oferecido nas Instituições de Assistência
à Saúde, nos níveis primário, secundário e terciário, contemplando as áreas de saúde do
adulto, saúde da criança, saúde da mulher, saúde mental, saúde da família e administração
dos serviços. O aluno indicará três opções de locais de estágio e a classificação será por
meio da análise do currículo.
O aluno deverá executar um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em relação a
sua área de atuação, a qual deverá estar definido o tema e objetivos no final do 6º semestre
e no início do 7º semestre entrar com a solicitação do projeto no Comitê de Ética e
Pesquisa. Esse TCC terá um docente orientador (o mesmo orientador do Estágio Curricular
Supervisionado), bem como ser apresentado ao final do Curso, seguindo as normas
estabelecidas pela Comissão de Estágio a ser instituída pela unidade. Trabalhos de
pesquisa em andamento e que tenham relação temática com o campo escolhido poderão ser
complementados para o TCC. O aluno poderá requerê-lo, desde que tenha anuência do
orientador e apreciação do Conselho de Curso.
O Estágio Curricular Supervisionado terá um docente responsável por aluno e a
colaboração do enfermeiro de campo de estágio, no qual o aluno irá desenvolver seu
trabalho. O enfermeiro de campo participará do TCC e receberá um certificado (elaborado
pelo Conselho de Curso) de colaboração em relação ao estágio curricular.
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O planejamento do estágio será em conjunto entre enfermeiro do serviço,
enfermeiro docente e aluno.
O Conselho de Curso em Graduação terá participação neste processo inicial.
Propomos que os alunos fiquem somente em uma área de atuação, pois não haveria
tempo hábil para o rodízio de área e comprometeria a realização do TCC, bem como o
objetivo do estágio que é preparar o aluno para a transição entre a vida acadêmica e
profissional. O estágio deverá ser realizado em Instituições de Assistência à Saúde de nível
primário, secundário e terciário que, apresentem condições de proporcionar experiências
práticas que permitam desenvolver competências que componham o perfil profissional de
conclusão e conveniadas com nossa Instituição.
De acordo com o manual de instruções e normas de graduação da UNESP,
“os estágios curriculares têm por objetivo articular a formação ministrada nocurso com a prática profissional respectiva, de modo a completar a formaçãodo aluno e qualificá-lo para o desempenho competente e ético das tarefasespecíficas de sua profissão”1
Deverá ser nomeada pelo Conselho de Curso uma Comissão de Estágio, composta
por docentes, enfermeiros de serviço e alunos. Essa Comissão proporá o regulamento para
o Estágio Curricular Supervisionado e terá a responsabilidade de coordenar a execução de
plano de ensino e acompanhamento do trabalho acadêmico. Este regulamento deverá
contemplar:
I – Definição dos tipos de estágios, locais de realização e o respectivo
número de vagas.
O Estágio Curricular Supervisionado deverá ser realizado a fim de se prestar a
assistência de enfermagem aos pacientes em hospitais, unidades básicas de saúde do
município de Botucatu, ou outras instituições que já possuam convênio com a UNESP,
sendo priorizada a região de Botucatu (com uma porcentagem de vaga a ser estabelecida);
No IV Workshop do projeto pedagógico realizado em 09 de abril de 2003, a
plenária aprovou que, respeitado o princípio geral de compromisso social com a região da
DIR XI Botucatu, deverá a Comissão de Estágio, em conjunto com o Conselho de Curso,
1 UNESP. Manual de instruções e normas de graduação. Pró-reitoria de graduação. Ed. revisada eampliada. UNESP: São Paulo, 2002.
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fixar, ano-a-ano, o número de vagas de Estágio Curricular a serem destinados às
Instituições de Saúde de outras regiões.
II – O período de duração do estágio.
Estágio Curricular Supervisionado deverá iniciar no 7º semestre do Curso de
Graduação em Enfermagem com a carga horária de aproximadamente 780 horas,
correspondendo a 20% da carga horária total do curso, conforme Resolução CNE/CES No
3, de 7 de novembro de 2001, instituindo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Enfermagem.
III – A forma de realização do estágio.
O Estágio será realizado nas grandes áreas de concentração, sendo que o aluno
deverá seguir um programa, previamente, proposto pelo orientador, conjuntamente, com o
Enfermeiro do serviço e aprovado pelo Conselho de Curso, ouvida a Comissão de
Estágios;
IV – A forma de divulgação das vagas.
As vagas serão divulgadas no 6º semestre do Curso de Graduação com os nomes
dos respectivos docentes e áreas;
V – Os critérios e procedimentos destinados à seleção adequada dos
candidatos;
Os candidatos ao Estágio Curricular Supervisionado serão os alunos,
regularmente, matriculados no Curso de Graduação em Enfermagem, que tiverem
cumprido os pré-requisitos para realização do mesmo.
VI – A forma de supervisão e avaliação do estágio.
A supervisão dos alunos será de forma indireta pelo docente responsável pela
área de estágio e o acompanhamento diário pelo enfermeiro do serviço. A avaliação do
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estágio será realizada por meio do desempenho do aluno no campo, realização do TCC e
apresentação final do trabalho. Os instrumentos de avaliação serão, previamente,
estabelecidos entre docente (professor orientador), enfermeiro e aluno;
VII – As atribuições do estagiário
As atribuições do estagiário deverão ser elaboradas por área, conjuntamente, pelos
enfermeiros e docentes na fase de planejamento do mesmo e devem compor o programa de
estágios.
3 – Comissão para a continuidade na elaboração de instrumentos destinados a
avaliação do Curso: a comissão trouxe para rediscussão o instrumento de avaliação na
perspectiva do egresso, já aprovado no III Workshop, em decurso da Institucionalização de
um novo instrumento para a mesma finalidade proposta pela Comissão Permanente de
Avaliação (CPA), visando concretizar o Projeto de Avaliação Institucional da UNESP, a
ser preenchido online pelos egressos de todos os cursos. Perante a situação, surgiram
questionamentos, como: - O instrumento proposto pela CPA atende às necessidades do
Curso? - Qual optaremos em utilizar? Após discussões resolveu-se em plenária que
utilizaríamos o proposto pela CPA, acrescentando-se itens entendidos como essenciais para
uma avaliação mais aprofundada. Foi aprovado, também, um instrumento de avaliação do
aluno na perspectiva do docente.
4 – Comissão para a elaboração de minuta para a criação do Núcleo de Apoio
Pedagógico do Curso de Graduação em Enfermagem (NAPENF): a comissão
apresentou de forma sistematizada os resultados relativos às expectativas do corpo docente
do Curso de Graduação em Enfermagem, levantadas por meio de questionário enviado aos
mesmos. A plenária entendeu como pertinente à criação do NAPENF, à medida que o
mesmo vêm atender a Resolução CNE/CES No 3, de 7 de novembro de 2001, instituindo as
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Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, apontando em
seu ...
“Art. 15. A implantação e desenvolvimento das diretrizescurriculares devem orientar e propiciar concepções curriculares aoCurso de Graduação em Enfermagem que deverão ser acompanhadase permanentemente avaliadas, a fim de permitir os ajustes que sefizerem necessárias ao seu aperfeiçoamento.§ 1o As avaliações dos alunos deverão basear-se nas competências,habilidades e conteúdos curriculares desenvolvidos, tendo comoreferência as Diretrizes Curriculares.§ 2o O Curso de Graduação em Enfermagem deverá utilizarmetodologias e critérios para acompanhamento e avaliação doprocesso ensino-aprendizagem e do próprio curso, em consonânciacom o sistema de avaliação e a dinâmica curricular definidos pelaIES à qual pertence.”2
Desta forma, aprovou-se as sugestões dos docentes como diretrizes na construção da
minuta de criação do NAPENF, que por sua vez deverá ser submetida, posteriormente, a
discussão e a aprovação em plenária. As diretrizes foram:
Objetivos: assessorar o Conselho de Curso na elaboração, implantação e avaliação
contínua de um Projeto Político-Pedagógico Integrado para o Curso de Graduação
em Enfermagem.
Ações: assessoramento técnico do Conselho de Curso da Graduação em
Enfermagem. Dentre as ações: - assumir o processo de avaliação do projeto
pedagógico; auxiliar na reestruturação curricular; promover a integração
interdisciplinar e intradisciplinar; auxiliar na implantação de novos projetos
pedagógicos; - promover a capacitação pedagógica do corpo docente, por meio de:
reuniões, orientações individuais e grupais e na disponibilização de bibliografias
específicas; - auxiliar nas pesquisas pedagógicas promovidas pelo Conselho de
Curso, bem como na elaboração de projetos, inclusive para a obtenção de recursos
para o ensino de graduação; - divulgar os resultados de avaliações, bem como de
2 Brasil. Ministério da Educação e Cultura. Conselho Nacional de Educação superior. Resolução CNE/CESNo 3, de 7 de novembro de 2001 {online} disponível na internet<http://www.mec.gov.br/sesu/ftp/resolucao/0301Enfermagem.d oc >14 maio 2003.
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atualizações pedagógicas à comunidade acadêmica; - oferecer suporte pedagógico
aos alunos, levantando e propondo soluções aos seus problemas, bem como do
acompanhamento do desempenho dos mesmos.
Grupos temáticos e seus objetivos:
Grupos temáticos ObjetivosAvaliação - Desenvolver o processo permanente de avaliação;
- Discutir, construir e avaliar instrumentos de avaliação;- Coletar e analisar os dados referentes às avaliações;- Divulgar ao Conselho de Curso os relatórios referentes às
avaliações;- Fazer propostas de mudanças no Projeto Pedagógico ao
Conselho de Curso;Estrutura curricular - Promover a integração interdisciplinar e intradisciplinar tanto
das disciplinas não profissionalizantes quanto dasprofissionalizantes;
- Assessorar o Conselho de Curso na reestruturação curricularde acordo com as leis vigentes, políticas de saúde e aomercado de trabalho;
- Promover a experiência de integração entre alunos de Cursona área da Saúde junto à comunidade;
- Discutir e propor referenciais teóricos e técnicas pedagógicas;Suportepedagógico aosalunos e docentes
- Discutir e implementar junto aos alunos técnicas produtivas deestudo
- Trabalhar junto aos alunos as técnicas de enfrentamento doluto, da depressão, da ansiedade e dos medos;
- Oferecer suporte pedagógico aos docentes por meio de gruposde discussões, orientações grupais ou individuais e referênciasbibliográficas de apoio;
- Oferecer condições para que os alunos desenvolvamcompetências e habilidades relativas a informática e línguas.
Organização do NAPENF: deverá ser composto de representante do Conselho de
Curso, representantes das diversas áreas temáticas e de discentes, bem como de
assessoria técnica.
Entende-se que a reestruturação do Projeto Político-Pedagógico do Curso de
Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu demonstra avanços em
relação ao atual, quando se definiu o perfil do enfermeiro a ser formado, bem como o
referencial teórico pedagógico adequado ao mesmo, além de introduzir o Estágio
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Curricular Supervisionado nos últimos dois semestres do Curso e a realização da TCC,
conforme preconizado pelas Diretrizes Curriculares.
Somam-se aos avanços, a forma de reorganização das disciplinas respeitando as
afinidades de conteúdos, bem como de competências a serem desenvolvidas ao longo do
Curso pelo aluno. Para isso, ocorreram desmembramentos, fusões e criação de disciplinas,
bem como a readequação de conteúdos de forma a se trabalhar a interdisciplinaridade.
Sabemos que as mudanças propostas não são ainda suficientes para garantir a
operacionalização do referencial teórico pedagógico escolhido para se alcançar o perfil do
egresso almejado. Contudo, tentamos neste primeiro momento uma aproximação do que se
entende por ideal e é por esta razão que denominamos esta proposta de intermediária e,
portanto transitória, em face da estrutura curricular integrada, futuramente, pretendida.
Diante do apresentado, esperamos o apoio Institucional na formação do Núcleo de
Apoio Pedagógico do Curso de Graduação em Enfermagem (NAPENF), visando o
assessoramento do Conselho de Curso na continuidade da reestruturação e implantação,
bem como na avaliação contínua de um Projeto Político-Pedagógico com estrutura
integrada e norteada por competências, além de garantir o processo continuado de
avaliação e capacitação pedagógica ao corpo docente. Uma vez que, são condições
essenciais para atender as necessidades levantadas pelo processo avaliativo de nosso
Curso, bem como a operacionalização das Diretrizes Curriculares em sua totalidade.
Para isso precisamos de investimentos em espaço físico, recursos humanos e materiais,
os quais estão discriminados nos itens 5.2 e 6.
Diante dos argumentos expostos, propomos a criação do NAPENF na estrutura
organizacional da Instituição.
Vale ressaltar que esta comissão tem ainda a missão de elaborar uma minuta de criação
do NAPENF, bem como de empreender esforços na elaboração do Projeto Político-
Pedagógico para a criação do Curso de Licenciatura em Enfermagem, de forma a atender o
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Art. 14, inciso IX, recomendando que: “A estrutura do Curso de Graduação em
Enfermagem deverá assegurar a articulação da Graduação em Enfermagem com a
Licenciatura em Enfermagem.”
Acredita-se que
“todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas parao futuro. Projetar significa tentar quebrar um estadoconfortável para arriscar-se, atravessar um período deinstabilidade e buscar uma estabilidade em função dapromessa que cada projeto contém de estado melhor do que opresente. Um projeto educativo pode ser tomado comopromessa frente determinadas rupturas. As promessas tornamvisíveis os campos de ação possível, comprometendo seusatores e autores”3
A Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem gostaria de dividir a
satisfação com, aproximadamente, uma centena de atores: docentes, discentes, enfermeiros
de campos, docentes de outras instituições, bem como com a Chefia do Departamento de
Enfermagem e seus funcionários, os funcionários da Seção de Graduação e a Diretoria da
FMB, de poder compilar os resultados de um processo, coletivamente, construído.
Não temos dúvidas de que, quando um grupo acredita na seriedade de um trabalho
compartilhado, com regras claras, os desafios ficam mais fáceis de serem vencidos.
Somam-se as forças das relações humanas, suplantando as adversidades impostas pela
escassez de recursos humanos e tecnológicos vivenciadas por nós.
Obrigada a todos que confiaram em nosso trabalho, uns doando mais de seu tempo
para as atividades e outros menos, alguns compilando decisões, outros digitando ou até
coordenando ou financiando as etapas do processo, mas todos direcionados perante a
necessidade premente de mudanças do Projeto Político-Pedagógico do Curso de Graduação
em Enfermagem.
3 VEIGA, I. P. A. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 23 ed. Campinas:Papirus, 2001.
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Deixamos aqui registrada a nossa experiência e agradecimentos a todos que fizeram
parte deste processo histórico, reservando o direito de mantê-los no anonimato, pois seriam
muitos e assim ficaríamos temerosas em nos esquecermos de algum deles.
Profa. Ass. Dra. Silvia Cristina Mangini BocchiProfa. Ass. Dra. Wilza Carla Spiri
Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem
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2 – RELATANDO O HISTÓRICO DO CURSO E OS RESULTADOS DE
AVALIAÇÕES DO PROJETO PEDAGÓGICO VIGENTE
2.1 – Histórico do Curso
Em 1985, a Faculdade de Medicina de Botucatu, ouvida a Congregação, decidiu
solicitar a abertura dos Cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional,
Ortóptica, Fonoaudiologia e Informática na Área de Saúde.
Para a sua organização contou-se com a assessoria e colaboração da Escola de
Enfermagem da Universidade de São Paulo e dos Cursos de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos.
Em 1989, iniciaram-se, exclusivamente, as atividades do Curso de Graduação em
Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu. Nesta mesma época, deu-se entrada
ao processo de solicitação da criação do Departamento de Enfermagem que, foi aprovado
somente em julho de 1999.
O reconhecimento do Curso de Graduação em Enfermagem pelo Ministério de
Educação e Cultura se deu por meio da Portaria 253 de 17/2/1994 do MEC, publicada no
DOU de 18/2/1994 e renovado pela Portaria CEEGP No 436 de 11/11/2002, publicada no
DOE de 12/11/2002.
Vale ressaltar que, as justificativas para a proposta de criação do Curso de
Graduação em Enfermagem foram: - dar cobertura a um distrito geo-educacional amplo,
onde não havia Escola de Enfermagem Pública, com ensino gratuito; - entre as instituições
de ensino médico oficiais, a Faculdade de Medicina de Botucatu era a única que não
possuía conexão com Escola de Enfermagem; - havia dificuldade comprovada de
preenchimento de vagas do quadro de enfermeiros do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina de Botucatu, face à pouca oferta desses profissionais no mercado de trabalho
regional.
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Desta forma, a criação do Curso de Graduação em Enfermagem pôde atender às
necessidades explicitadas, com o objetivo de formar o profissional enfermeiro capacitado
para desenvolver atividades inerentes às funções que lhe são conferidas por meio da Lei do
Exercício Profissional No 7498/86, além de exercer plenamente seu papel de cidadão de
forma crítica, consciente, como sujeito e agente de transformações, no sentido de melhoria
das condições de trabalho, saúde e vida na sociedade a que pertence.
O Curso tem a duração mínima de quatro anos, em período integral, passando a
oferecer 30 vagas por ano, a partir de 1999, sendo que, atualmente, encontra-se em trâmite
na Reitoria desta Universidade, o processo de criação da Faculdade de Enfermagem e,
portanto a sua ampliação para 60 vagas, bem como de recursos físicos e humanos.
O aluno ingressante cursa durante o primeiro ano, as disciplinas pré-
profissionalizantes, entendidas como a fundamentação teórica às disciplinas
profissionalizantes subseqüentes. Estas são ministradas por meio de aulas teóricas e
práticas, em salas de aulas e laboratório de habilidades específico para a Enfermagem. As
atividades práticas, também, são desenvolvidas numa diversidade de cenários de ensino,
como: Hospital das Clínicas e Ambulatórias do Campus da UNESP de Botucatu, Rede
Básica de Saúde do Município de Botucatu e outros serviços de excelência do Estado de
São Paulo, com os quais a Faculdade de Medicina de Botucatu está conveniada.
No decorrer do Curso, os alunos são incentivados a desenvolver projetos de
iniciação científica, podendo usufruir auxílios de órgãos fomentadores, como: CNPq-
PIBIC, FAPESP, PROEX, bem como de Monitoria e do Programa de Apoio ao Estudante
(PAE), além de comunicarem o conhecimento produzido, conjuntamente, com seus
docentes-orientadores.
Nos últimos anos temos verificado um crescimento da relação candidato/vaga para
o vestibular, sendo o de 2002 de 35,5 candidato/vaga.
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O corpo docente, especificamente, lotado no Departamento de Enfermagem é
constituído por 26 professores enfermeiros e 2 professores nutricionistas, perfazendo um
total de 28 docentes que atuam na área profissionalizante. A estes se somam,
aproximadamente, 62 docentes lotados em departamentos do Instituto de Biociências e
outros três da Faculdade de Medicina de Botucatu: Patologia, Saúde Pública, Neurologia e
Psiquiatria. Desta forma, aproximadamente, 90 docentes participam da formação do aluno
do Curso de Graduação em Enfermagem, dos quais, apenas 12,2% com título mínimo de
mestre e em sua maioria já envolvidos em programas de Pós-Graduação.
Os professores das disciplinas profissionalizantes estão lotados no Departamento de
Enfermagem da FMB e encontram-se envolvidos em projetos de pesquisa, assistência e
extensão.
O corpo de conhecimento produzido por eles está inserido nas linhas de pesquisas
aprovadas pelo Departamento de Enfermagem, descritas a seguir:
1. Assistência de Enfermagem. Estudos relacionados à Assistência de Enfermagem à
criança, ao adolescente, à mulher, à gestante, ao adulto, ao idoso, à família e ao
paciente terminal. Métodos de assistência. Procedimentos e técnicas utilizados na
assist6encia. Comunicação na prática assistencial;
2. Saúde Coletiva e Epidemiologia. Estudos ligados à Atenção Primária da Saúde, à
Representações Sociais sobre aspectos relacionados à saúde; à fatores de risco; políticas
de saúde e suas repercussões na assistência;
3. Comunicação em Saúde. Estudos sobre planejamento, organização, coordenação,
controle, supervisão e avaliação de serviços prestadores de assistência à saúde. Teorias
administrativas e sua aplicação;
20
4. Administração em Saúde. Estudos sobre planejamento, organização, coordenação,
controle, supervisão e avaliação de serviços prestadores de assistência à saúde. Teorias
administrativas e sua aplicação;
5. Infecção Hospitalar. Ações preventivas, epidemiologia. Medidas de biosegurança.
Procedimentos e técnicas utilizadas na assistência de enfermagem;
6. Ensino. Comunicação, ensino e aprendizagem e assistência em enfermagem, avaliação.
Tecnologia educacional.
7. Processo de Trabalho em Saúde. Trabalho em equipe. Saúde ocupacional. Risco
ocupacional;
8. Pesquisa em Enfermagem. Estudos sobre pesquisas na área de enfermagem.
Metodologias. Tendências. Marco teórico e filosófico.
A produção científica dos docentes do Departamento de Enfermagem tem crescido ano-
a-ano, assim como a motivação dos mesmos em orientar pesquisas de alunos de Graduação
e Pós-Graduação. Conseqüentemente, nossos professores e alunos têm divulgado seus
trabalhos em diversos periódicos e eventos científicos nacionais e internacionais.
Existem três grupos de pesquisas cadastrados no CNPq.
Os docentes, além das atividades de ensino e pesquisa, desenvolvem atividades
assistenciais e gerenciais em diversos serviços de saúde da Faculdade de Medicina de
Botucatu, Rede Básica do Município e outros serviços locais. Tais atividades têm o
objetivo de integrar a universidade aos serviços, promovendo uma constante inserção e
atualização do professor, bem como a manutenção do campo de estágio para os alunos.
Neste sentido, desenvolvem de forma efetiva e sistematizada, planos assistenciais nos
diversos serviços, o que tem enriquecido de forma significativa o ensino de Enfermagem.
21
Como possibilidades de Pós-Graduação Latu Sensu, o Departamento de
Enfermagem vem oferecendo a cada dois anos, Cursos de Especialização nas áreas de
Gerenciamento em Enfermagem e Enfermagem Psiquiátrica. A partir de 2002 e 2003,
respectivamente, iniciou-se os Cursos de Especialização e de Residência em Saúde da
Família, ambos oferecidos em parceria com outros Departamentos da Faculdade de
Medicina, com o financiamento do Ministério da Saúde.
Existe em julgamento junto ao Ministério da Saúde uma proposta de curso de Pós-
Graduação Stricto Sensu, modalidade Mestrado Profissionalizante em Recursos Humanos.
O Departamento de Enfermagem está participando de dois Projetos de
Profissionalização de Trabalhadores da Área de Enfermagem – PROFAE I e II. Tratam-se
de projetos de extensão, também, financiados pelo Ministério da Saúde, envolvendo o
ensino em nível de Pós-Graduação Latu Sensu à distância que, têm se somado aos outros já
realizados e aos em andamentos.
Vale ressaltar que no ano de 1994, os alunos da VII turma da Graduação em
Enfermagem sentiram a necessidade em aumentar a sua representatividade perante a
Faculdade de Medicina e Departamento de Enfermagem, organizando-se e formando o Pro-
CAENF que, veio a se transformar em CAENF alguns anos mais tarde. Hoje, chamado de
Centro Acadêmico de Enfermagem XII de Maio, com estatuto aprovado e registrado.
Vale ressaltar que, ao longo destes 14 anos, discutiu-se muito sobre mudanças
curriculares, no entanto, precisou haver um amadurecimento do grupo, bem como a
publicação das Diretrizes, para que conseguíssemos em 2003, entrar com o primeiro
processo de reestruturação do Projeto Político-Pedagógico do Curso de Graduação em
Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu.
2.2 – Adequação do Projeto Pedagógico vigente as necessidades regionais e
nacionais.
22
A reestruturação do Projeto Político-Pedagógico do Curso de Graduação em
Enfermagem se faz necessária, visando:
• atender a Resolução CNE/CES No 3, de 7 de novembro de 2001, instituindo as novas
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem; e
• responder às necessidades de readequações no perfil do enfermeiro formado, face aos
resultados de avaliações referentes ao Curso, nas perspectivas dos egressos, do corpo
discente e docente, tendo em vista às Políticas de Saúde, o perfil epidemiológico e o
contexto sócio-econômico do país.
Vale ressaltar que,
“as diretrizes curriculares constituem orientações para a elaboraçãodos currículos que devem ser necessariamente adotadas por todas asinstituições de ensino superior. Dentro da perspectiva de assegurar aflexibilidade, a diversidade e a qualidade da formação oferecida aosestudantes, as diretrizes devem estimular o abandono das concepçõesantigas e herméticas das grades (prisões) curriculares, de atuarem,muitas vezes, como meros instrumentos de transmissão deconhecimento e informações, e garantir uma sólida formação básica,preparando o futuro graduado para enfrentar os desafios das rápidastransformações da sociedade, do mercado de trabalho e dascondições de exercício profissional.”4
Ao se comparar o Projeto Pedagógico vigente às diretrizes propostas, evidencia-se a
necessidade de se realizar profundas mudanças no mesmo, o que implica em um desafio,
principalmente, ao Conselho de Curso e ao corpo docente, bem como às Universidades,
acerca de um redirecionamento do ensino da graduação.
Antevendo a necessidade de um movimento empreendedor e desafiante na
reconstrução coletiva, envolvendo os atores que compõem o cenário de ensino de nossos
alunos é que se propôs a realizar as mudanças no Projeto Pedagógico, partindo de
princípios norteadores às etapas do processo de mudança, deliberadas durante o I e II
Workshops que, podem ser delineadas da seguinte maneira:
4 Brasil. Ministério da Educação e Cultura. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior.Parecer No CNC/CES 1.133/2001 {online} disponível na internet<http://www.mec.gov/sesu/ftp/pareceres/113301EnfMedNutr.doc > 14 maio 2003.
23
• Empreender mudança curricular gradual, flexível e contínua, de forma a integrar o
aluno, precocemente, no campo de estágio, bem como implementar estratégias que
promovam a integração contínua entre os docentes das disciplinas profissionalizantes
com as pré-profissionalizantes;
• Optar por referenciais teóricos pedagógicos transformadores;
• Rever a estrutura curricular, visando inserir o estágio curricular nos últimos dois
semestres do Curso;
• Ampliar as opções de disciplinas optativas.
Seguindo esses princípios é que se buscou direcionar a reestruturação proposta neste
documento como transitória, a medida que o conteúdo da estrutura curricular está
organizado por disciplinas e não por eixos temáticos. No entanto, houveram avanços
quando se definiu o perfil do enfermeiro a ser formado, bem como o delineamento do
referencial teórico pedagógico a ser adotado, além de se promover a alocação ou mesmo a
fusão, o desmembramento ou mesmo a criação de disciplinas profissionalizantes, bem
como a formalização do estágio curricular supervisionado, de forma a aproximar o
oferecimento de seus conteúdos às etapas de desenvolvimento do aluno e adequando às
Novas Diretrizes.
A experiência proporcionou a oportunidade de se vivenciar a operacionalização de
estratégias de integração entre as disciplinas profissionalizantes e as pré-
profissionalizantes, por meio de grupos de discussões entre os docentes de disciplinas afins,
visando a readequação dos conteúdos, de acordo com as competências a serem
desenvolvidas no decorrer do Curso e, principalmente, do perfil pretendido. Houveram,
também, avanços nas propostas de avaliação.
Desta forma, o movimento empreendido de reestruturação curricular não só
promoveu avanços formais, mas também no estreitamento dos relacionamentos inter-
24
pessoais entre os docentes que ministram disciplinas ao Curso de Graduação em
Enfermagem.
Espera-se que a proposta aqui apresentada como transitória, seja um sub-processo de
um maior e almejado, o currículo integrado e flexível.
2.3 – Caracterização do alunado: diagnóstico das deficiências dos ingressantes
O Conselho de Curso ainda não possui uma avaliação sistematizada e contínua que
possam nos oferecer um diagnóstico preciso acerca das deficiências de nossos alunos
ingressantes, no entanto nos tem chamado atenção para algumas, como:
• Dificuldades em línguas: Portuguesa, Inglesa e Espanhola;
• Dificuldades em conhecimentos básicos das ciências exatas, como: matemática,
química, física, além das ciências humanas, como: ciências sociais e filosofia.
Vale ressaltar que, não dispomos no momento de dados referentes à relação
oferta/demanda e demanda/matrícula, bem como do desempenho no vestibular.
2.4 – Funcionamento do curso: desempenho do aluno; índice de evasão,
reprovação e análise das causas
O Conselho de Curso não possui ainda uma avaliação formal e sistemática das
causas que têm levado os alunos a reprova ou a necessidade de recuperação, porém
evidenciamos que existe um índice, provavelmente, considerado pequeno de alunos nessas
situações e, predominantemente, em disciplinas pré-profissionalizantes, porém pretende-se
realizar um estudo aprofundado para se descobrir quais são as verdadeiras causas que os
levam ao baixo rendimento em determinadas disciplinas, uma vez que, são raras as
reprovas em disciplinas profissionalizantes, bem como levantar o índice real de reprova por
disciplina.
25
O nosso índice de evasão no triênio 2000-2002 foi de 1,33% e está associado à
decisão do aluno em mudar de Curso ou às questões de ordem pessoal, as quais raramente
são expostas à Coordenação do Curso.
2.5 – Avaliações do Curso nas perspectivas dos alunos, dos egressos e do MEC.
2.5.1 –Na perspectiva dos alunos
LEVANTAMENTO DE PROBLEMAS EM RELAÇÃO AO CURRÍCULO
ESCOLAR E PROPOSTAS PARA A REFORMA CURRICULAR
INTRODUÇÃO
A disciplina de “Administração Aplicada à Enfermagem”, ministrada aos
graduandos do 4o ano, visando a construção do raciocínio crítico e organizado do aluno,
propôs em aula a discussão da estrutura curricular do Curso de Graduação em
Enfermagem, por meio da metodologia do Planejamento Estratégico. Essa atividade que,
realizou-se no mês de julho do ano de 2002, acabou por levantar questões pertinentes aos
debates em torno da reforma curricular, realizada em 15 de agosto de 2002. Portanto, aqui
apresentamos, brevemente, a metodologia utilizada pelos alunos, bem como os problemas
levantados segundo a vivência de quem cursa o último ano da graduação e já começa a
sentir as cobranças e as pressões do mercado de trabalho.
Nós, graduandos do 4o ano - 2002 e futuros enfermeiros, gostaríamos que a nossa
visão do currículo e do processo de ensino aqui apresentado venha a contribuir para a
construção de um ensino de qualidade e de referência, reforçando a nossa opção por esta
Instituição e reafirmando o seu status, constantemente, divulgado em território nacional e
internacional.
26
O MÉTODO: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Essa metodologia de trabalho é uma das opções que o enfermeiro dispõe para a
organização administrativa de suas atividades, seja em âmbito institucional ou assistencial.
O Planejamento Estratégico, através de um estudo sistemático de determinada
situação atual, procura organizar as ações futuras para a resolução dos problemas
percebidos e passíveis de transformação. Para tanto, ele estabelece os seguintes passos:
descrição do problema e dos atores envolvidos, delineamento das possíveis causas do
problema, percepção de pontos críticos do problema (nós críticos), delimitação do grau de
intervenção a que o problema está sujeito (governabilidade), descrição do cenário que
envolve o problema e elaboração das operações viáveis para a resolução do problema.
A seguir, apresentamos os grupos de problemas levantados através do Planejamento
Estratégico.
RESULTADOS
GRUPO 1: O CICLO BÁSICO
Descrição dos problemas: Determinadas disciplinas, como Microbiologia,
Imunologia, Patologia e Bioquímica apresentaram cargas horárias consideradas
insuficientes dada a importância destas ciências na formação de um enfermeiro
adequadamente habilitado para o exercício profissional. Além disso, percebe-se a falta de
coerência e integração entre as propostas e as metodologias de ensino entre o Ciclo Básico
(ministrado pelo Instituto de Biociências) e o Curso de Graduação em Enfermagem.
Muito do que é discorrido em algumas disciplinas básicas, no momento em que são
vivenciadas, é pouco absorvido devido à aparente falta de noção de onde aplicar as
informações e à falta de conexão entre estas e a prática de Enfermagem. Com o
desenvolvimento do curso de graduação, nós, alunos, percebemos a fragilidade de nossa
base científica diante das situações a que ficamos expostos nos campos de estágio.
Acreditamos que há uma desvalorização crescente à formação básica do
enfermeiro, o que causa estarrecimento já que o amplo conhecimento das ciências básicas é
o ponto diferencial entre nós, futuros enfermeiros, e os técnicos e auxiliares da equipe de
enfermagem. Uma formação básica defasada, também, empobrece a nossa capacidade de
discussão e inserção igualitária dentro de uma equipe interdisciplinar.
4o ano - 2002
27
Possíveis causas: Há uma deficiência de integração entre os corpos docentes do
Instituto de Biociências e do Departamento de Enfermagem. Também notamos a falta de
conhecimento na área médica e de enfermagem por parte da maioria dos docentes do Ciclo
Básico.
Operações viáveis: O despreparo dos docentes do Ciclo Básico poderia ser sanado
com cursos preparatórios, onde seriam debatidos aspectos importantes sobre o ensino na
área de Enfermagem, instrumentalizando os docentes não-enfermeiros para as discussões
de suas disciplinas dentro do contexto médico e de enfermagem com os alunos de
graduação. Estes cursos poderiam ser organizados e ministrados pelos docentes do
Departamento de Enfermagem, e deveria contar com a adesão dos docentes do Instituto de
Biociências.
Uma outra opção seria a contratação futura de docentes enfermeiros com
especialização nas áreas básicas, como forma de elevar o nível de formação dos
graduandos, além de possibilitar a ampliação do campo de trabalho do docente enfermeiro.
GRUPO 2: AS DISCIPLINAS DO DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
Descrição dos problemas: No decorrer do curso de graduação, somos colocados
em situações conflitantes, onde há incoerência de informações técnicas e teóricas entre as
diversas disciplinas ministradas pelo Departamento de Enfermagem. Além disso,
observamos situações constrangedoras onde observamos a desarticulação do grupo de
docentes, dificultando o nosso crescimento enquanto alunos e futuros profissionais dentro
do contexto do trabalho em equipe.
Possíveis causas: Há uma falta de integração entre alguns docentes do
Departamento de Enfermagem, com evidente limitação de trocas de informação quanto à
metodologia e à prática de ensino, e também em relação à vivência profissional. Também
observamos a dificuldade de priorizar o ensino de qualidade (integrado e contínuo) em
detrimento de atitudes e crenças individuais.
Operações viáveis: Atividades em grupo coordenadas por um profissional
capacitado e não envolvido ao Departamento de Enfermagem amenizariam as disfunções
do grupo de docentes. Além disso, reuniões periódicas com discussões e trocas de
experiências colaborariam para a concretização de um ensino superior de qualidade, além
de melhorar o ambiente de trabalho de todos (incluindo dos alunos em seus campos de
estágio). A elaboração de projetos de ensino e de trabalho interdisciplinares (dentro do
28
Departamento) contribuiria para uma proposta integral de atuação, além de concretizar as
teorias de trabalho em equipe.
GRUPO 3: A CARÊNCIA DE ALGUMAS DISCIPLINAS
Descrição dos problemas: Em nosso curso de graduação, notamos a falta de
disciplinas específicas nas áreas de Unidades de Tratamento Intensivo (adulto, pediátrico e
neonatal) e de Pronto Socorro. Nossa necessidade se torna urgente devido às exigências
crescentes do mercado de trabalho de profissionais capacitados nestas áreas. Mesmo
durante a graduação, quando nos deparamos com pacientes graves, sofremos com o nosso
despreparo para o cuidado (mesmo que mínimo) destes indivíduos que requerem uma
atenção diferenciada.
Possíveis causas: Acreditamos que o corpo docente ainda não está preparado na
sua totalidade para instrumentalizar seus alunos nas especialidades referidas. Também
notamos uma falta de informação aos alunos sobre os projetos encaminhados no sentido da
inserção dessas disciplinas em nosso currículo, de forma que ficamos sem retorno sobre as
solicitações feitas nesse sentido.
Operações viáveis: Inserção das disciplinas referidas em nosso currículo, com a
inclusão de plantões noturnos e aos finais de semana. Capacitação dos docentes
interessados em ministrar as aulas de Unidades de Tratamento Intensivo e Pronto Socorro,
ou contratar novos profissionais especializados na área e com formação para o ensino.
GRUPO 4: OS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E O MERCADO DE TRABALHO
Descrição dos problemas: Nossa instituição de ensino oferece poucas informações
e opções de cursos de pós-graduação. Além disso, sentimos um desamparo muito grande
em relação a nossa inserção no mercado de trabalho (em geral, os concursos da instituição
em que estudamos exige profissionais já formados e com experiência de trabalho).
Também nos deparamos com a falta de informação e interesse dos docentes em dar
continuidade no seu trabalho (que é a nossa formação profissional) após o término da
graduação. Acreditamos que um aluno formado pela Unesp com uma pós-graduação de
boa referência ou com uma boa colocação no mercado de trabalho traria conseqüências
benéficas não só a nós, recém-formados, mas também à instituição que teria seu status
reafirmado com o sucesso de seus orientados.
Possíveis causas: Acreditamos que a limitação de ofertas tanto de informações
como de opções de cursos e trabalho decorre da falta de recursos humanos e materiais,
29
envolvendo questões políticas e financeiras, bem como da relativa falta de interesse dos
docentes em dar continuidade a sua atividade de ensino dentro do mercado de trabalho
propriamente dito.
Operações viáveis: Estamos solicitando que as autoridades competentes possam
avaliar a necessidade de cursos de pós-graduação e de oportunidades de trabalho para os
recém-formados por esta instituição, como forma de dar continuidade ao nosso processo de
profissionalização e inserção no mercado de trabalho. Também sugerimos que o corpo
docente, juntamente com o Centro Acadêmico, busque e organize as informações inerentes
à pós-graduação e ao mercado de trabalho.
GRUPO 5: A INFORMÁTICA COMO RECURSO PARA OS ALUNOS
Descrição dos problemas: Nós, enquanto alunos, sentimos uma limitação muito
grande de acesso aos computadores e à rede de informações (Internet). A relevância de
nossa queixa é reforçada diante da necessidade de acesso a informações cada vez mais
amplas e de forma mais rápida, o que é facilmente realizado com um computador ligado à
rede. Trabalhos científicos e constante atualização da formação acadêmica e profissional
são cobrados incessantemente pelo curso de graduação, porém limitados pela falta de
recursos tecnológicos.
Possíveis causas: Dentro das dependências do Campus, há uma disponibilidade de
computadores reduzida diante do grande número de alunos usuários dos serviços de
informática (Departamento de Enfermagem, Biblioteca e Instituto de Biociências). Além
disso, dentro do Departamento de Enfermagem, o acesso às máquinas é restrito a alguns
alunos e estes ainda sofrem com a divergência de horários (disponibilidade de uso
coincidente com o período de aula).
Operações viáveis: A solução ideal seria a construção de uma sala de informática
com um número de computadores em rede suficientes para suprir a demanda dos alunos e
dos docentes, com disponibilidade de uso compatível com os horários de todos. Enquanto
não se inicia o processo de aquisição dessa sala (vale ressaltar, que se trata de uma
necessidade urgente), o horário de funcionamento daquela já existente poderia ser
prolongado até às 21:00 horas.
2.5.2 – Na perspectiva dos egressos
30
Esta etapa do processo de avaliação e acompanhamento do Curso já é uma realidade
desde a gestão da Coordenação 1999-2001, visando a reestruturação do Projeto-Político
Pedagógico do Curso de Graduação em Enfermagem.
Decidiu-se por uma avaliação que avaliasse variáveis, como: a formação, a atuação,
a atualização e a inserção dos nossos alunos no mercado de trabalho.
Assim, houve a formação de uma comissão destinada a elaborar um instrumento de
avaliação que foi enviado aos egressos que, culminou com a apresentação dos resultados,
em 2002, durante o III Workshop, partir dos dados dispostos a seguir.
A - Caracterização dos egressos
O número total de alunos formados no período é apresentado no Quadro 1,
comparando com o número de alunos que respondeu ao instrumento.
Quadro 1- Total de egressos no período de 1992 a 1999 e participantes do estudo.Botucatu, 2001.
ANO EGRESSOSNo
PARTICIPANTES No %
1992 10 4 40,01993 11 - -1994 15 1 6,71995 14 2 14,31996 16 4 25,01997 22 6 27,31998 19 6 31,61999 21 5 23,8
TOTAL 128 28 21,9No Quadro 1 é apresentado o número total de alunos formados, comparando com o
número de egressos que respondeu ao instrumento. Nota-se a dificuldade encontrada na
obtenção das respostas, decorrente não apenas da dificuldade de localização dos ex-alunos
nos endereços obtidos, mas também do não envio, pelos alunos localizados, do
questionário respondido.
Assim, apresentaremos os resultados deste trabalho contando com a participação de 28
egressos, o que representa 21,9% do total de formados. A grande maioria era do sexo
feminino (27 casos ou 96,4%) e o mais freqüente local de nascimento foi o estado de São
Paulo (25 casos, 89,2%). Entre os 2 ex-alunos (7,2%) nascidos fora do estado de São
Paulo, 1 (3,6%) era natural de Belo Horizonte e outro (3,6%) do Chile. Devemos ressaltar,
entretanto, que houve 1 caso (3,6%) onde não constava o local de nascimento.
O Quadro 2 apresenta o local de residência dos egressos.
31
Quadro 2- Local de residência dos participantes de estudo, segundo as Regiões
Administrativas de Governo e Municípios. Botucatu, 2001.
LOCAL DE RESIDÊNCIA5 No %REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO 11 39,2RA* SOROCABA RG* BOTUCATU
RG SOROCABA
RG ITAPETININGA
RG ITAPEVA
7 25,0
2 7,1
1 3,6
1 3,6RA CAMPINAS RG JUNDIAÍ
RG PIRACICABA
1 3,6
1 3,6RA BAURU RG BAURU 1 3,6RA MARÍLIA RG OURINHOS 1 3,6RA CENTRAL RG ARARAQUARA 1 3,6NÃO CONSTA 1 3,6TOTAL 28 100,0* RA = Região Administrativa; RG = Regional
No Quadro 2 é apresentado o local de residência dos participantes do estudo.
Destaca-se que todos residiam no estado de São Paulo, sendo que 78,4% residiam na
região metropolitana do estado e região administrativa de Sorocaba. As faixas etárias dos
egressos estão apresentadas na Tabela 1.
5 SEADE. Anuário estatístico do estado de São Paulo, 1999. Quadro político administrativo, judiciário e demicroregiões geográficas. Regiões administrativas de governo e município, 1999. {online} Disponível nainternet <http:\\www.seade.gob.br> 08 set 2001.
32
Tabela 1- Faixa etária dos participantes do estudo, no momento em que responderam
ao questionário e quando ingressaram na faculdade. Botucatu, 2001.
FAIXA ETÁRIA (anos) INGRESSO
No %
AO RESPONDER
No %< = 20 21 75,0 - -21 a 25 7 25,0 17 60,726 a 30 - - 8 28,631 a 35 - - 2 7,1
36 ou mais - - 1 3,6TOTAL 28 100,0 28 100,0
Na Tabela 1 estão apresentadas as faixas etárias dos egressos. No momento do
ingresso, 21 ex-alunos (75,0%) tinham vinte anos de idade ou menos e, quando
responderam ao instrumento, todos tinham 21 anos ou mais.
Finalizando a apresentação dos dados de caracterização dos egressos, a ocupação de
seus pais é apresentada no Quadro 3, segundo a proposta de Caldas6. Por sua análise,
podemos observar que entre os pais vivos, mais de um terço estava fora da força de
trabalho (38,5% dos pais e 38,5% das mães). Com relação aos pais que trabalhavam,
destacaram-se as atividades especializadas nas mais diferentes áreas (8 casos, 50,0%) e
entre as mães as atividades semi especializadas e não especializadas (10 casos, 62,5%).
6 CALDAS, MLNL. Perfil de produção e consumo de desempregados: estudo da clientela do posto deatendimento ao trabalhador em Botucatu, SP. 2001. 193p. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva)Faculdade de Medicina de Botucatu. Botucatu, 2001.
33
Quadro 3- Ocupação dos pais dos participantes do estudo. Botucatu, 2001.
OCUPAÇÃO PAI
No %
MÃE
No %Fora da força de trabalho (aposentados e do lar) 10 38,5 10 38,5Atividades predominantemente intelectuais (gestão,
liberais, planejamento, professor universitário)
1 3,8 - -
Atividades de gerência, direção, administração,
comércio e escritório
Especializada
Semi especializada
Não especializada
1 3,8
- -
3 11,5
- -
3 11,5
- -Atividades de prestação de serviços de diversão,
comunicação, educação, saúde e segurança
Especializada
Semi especializada
Não especializada
5 19,3
2 7,7
- -
6 23,1
2 7,7
2 7,7Atividades produtivas e/ou predominantemente
manuais
Especializada
Semi especializada
Não especializada
1 3,8
2 7,7
1 3,8
- -
- -
3 11,5TOTAL* 26 100,0 26 100,0
* Falecidos: 2 pais e 2 mães
A seguir, apresentamos as informações acerca da formação profissional dos
egressos.
B - Formação profissional dos egressos
A grande maioria dos egressos (22 casos, 78,6%) respondeu ter escolhido a
Enfermagem como primeira opção no vestibular; 5 alunos (17,8%) responderam que
Medicina havia sido sua primeira opção e 1 aluno (3,6%) não respondeu a essa pergunta.
Os motivos citados para justificar a escolha da Enfermagem são apresentados a seguir,
ressaltando que um mesmo aluno pode ter apresentado vários motivos.
• Por ser da área da saúde/ biológicas = 9
• Interesse em fazer algo pela população, em trabalhar com pessoas, com relacionamento
humano = 9
34
• Interesse no cuidado = 5
• Interesse anterior pela profissão, já trabalhava na área, sonho = 4
• Experiência em cuidar de familiares enfermos, influência de amigos e familiares = 4
• Orientação profissional, leituras = 3
• Bom mercado de trabalho = 3
• Interesse em anatomia humana e medicina = 2
• Para passar na faculdade, não passei em medicina = 2
• Facilidade de acesso, o curso era na minha cidade = 1
A análise dessas justificativas deixa transparecer questões humanísticas, como
interesse no relacionamento humano, em fazer algo pelas pessoas, no cuidado.
A influência dos estágios realizados nas disciplinas do Curso de Graduação na
escolha profissional foi apontada por 21 (75,0%) dos respondentes, justificando que os
estágios demonstram o grande campo de atuação do enfermeiro e permitem identificar
afinidades, aptidões, o que gostamos e o que não gostamos de fazer. Assim, a área de
futura especialização sofre influência dos estágios realizados na Graduação. Por outro lado,
7 egressos (25,0%) responderam que não perceberam tal influência, visto que começaram a
trabalhar na área em que se especializaram por indicação da chefia ou casualmente, no
momento da entrada no mercado de trabalho.
Com relação aos conhecimentos adquiridos na Graduação acerca dos diferentes
níveis de assistência, a opinião dos ex-alunos é apresentada no Quadro 4.
Quadro 4- Opinião dos participantes quanto aos conhecimentos adquiridos nosdiferentes níveis de atenção. Botucatu, 2001.
AvaliaçãoNívelAtenção
Bastante Suficiente/SuficienteNo %
Regularmente Su-ficiente/ Insuficiente
No %
Sem Informação
No %
Total
No %
Primário 22 78,6 6 21,4 - - 28 100,0Secundário 16 57,1 11 39,3 1 3,6 28 100,0Terciário 11 39,3 17 60,7 - - 28 100,0
Pode-se observar, pela análise do Quadro 4, que o nível pior avaliado foi o
terciário, visto que 17 alunos (60,7%), o consideraram regularmente suficiente ou
insuficiente. Por outro lado o nível primário foi o melhor avaliado, com 78,6% dos alunos
(22 casos) considerando-o bastante suficiente ou suficiente. As justificativas apresentadas
para a avaliação do nível terciário foram:
35
• O nível terciário não é bem explorado, faltam pesquisas, aprofundar as patologias,
integrar com a prática e explorar melhor o campo do Hospital das Clínicas,
principalmente nas áreas de UTI, exames diagnósticos e emergência = 7
Justificativas gerais, para os 3 níveis também foram apresentadas:
• Os campos de estágio são deficientes: faltam oportunidades, o enfoque é muito
hospitalar, as atividades são desenvolvidas sem considerar as reais necessidades da
população e apenas na própria UNESP = 5
• A parte teórica é boa, mas há deficiências na relação com a prática, no gerenciamento e
liderança = 3
• Tivemos dificuldades por sermos da primeira turma, eram poucos professores e
inexperientes no ensino = 2
• Falta integração entre os 3 níveis = 1
• Há bom treinamento para chefia, mas pouca prática = 1
Outras dificuldades citadas incluíram os problemas pessoais do respondente em
compreender o nível secundário de atenção, a inclusão de novos programas no Sistema de
Saúde e as dificuldades com algumas situações que só aparecem no dia a dia profissional.
A maior parte dos egressos começou a trabalhar como enfermeiro logo após a
formatura (19 casos, 67,8%), 8 deles (28,6%) continuaram estudando e 1 (3,6%) fez ambas
as coisas, continuou estudando e começou a trabalhar.
A grande maioria dos participantes do estudo considera-se generalista (20 casos,
71,5%). Em geral, a justificativa para tal foi:
• Consigo atuar bem em diferentes áreas, com diferentes patologias e pacientes = 13
• A graduação forma o enfermeiro com conhecimento em todas as áreas de atuação = 3
• Consigo atuar vendo o paciente como um todo = 3
Os 6 enfermeiros (21,4%) que não se consideram generalistas, ponderaram que:
• Apesar da graduação fornecer uma visão geral acerca dos campos de atuação do
enfermeiro, sempre trabalhei numa única área = 2
• Quando me formei era generalista, mas agora já fiz especialização ou mestrado = 2
• É difícil conciliar tanto conhecimento, tenho dificuldade de cuidar de pacientes com
patologias específicas e ser especialista traz sucesso = 2
• Assisto ao paciente individualmente, baseando-me em sua história e patologia = 1
Ressaltamos que 2 egressos (7,1%) não responderam a essa questão.
36
Facilidades e dificuldades proporcionadas pela Graduação também foram
investigadas. Aqui também um mesmo aluno pode ter feito mais de uma observação e
entre as facilidades, foram citadas:
• Currículo com sistematização da assistência, cuidado direto, preparo para provas e
concursos; boas referências bibliográficas das disciplinas; carga horária das disciplinas;
número de alunos por turma; visitas técnicas e cursos de extensão oferecidos; incentivo
a pesquisa e iniciação científica = 9
• Conhecimentos teóricos = 8
• Conhecimentos técnicos = 6
• Conhecimento básico em todas as áreas = 6
• Postura profissional, ética = 5
• Relacionamento com pacientes, profissionais e funcionários = 2
• Preparo para fazer as coisas bem feitas, tomar iniciativa, organizar serviços e propor
mudanças = 2
• Relação entre teoria e prática = 1
• Identificação da área de atuação = 1
Por outro lado, entre as deficiências na formação foram citadas:
• Deficiências em áreas específicas, como Administração, Ginecologia e Obstetrícia,
Farmacologia, Pronto Socorro, UTI, Pediatria, Vigilância Epidemiológica e em alguns
procedimentos = 11
• Parte prática = 9
• Pouco preparo para lidar com problemas de relacionamento, liderança, insegurança = 4
• Dificuldade em relacionar teoria e prática = 3
• Deficiência na definição do papel do enfermeiro = 3
• Pequena abordagem acerca das rotinas hospitalares e dinâmicas dos hospitais = 2
• Pequena cobrança dos professores = 1
• Professores só repetem os livros = 1
• Parte teórica = 1
• Muito tempo dedicado ao cuidado, que é o que menos fazemos após formados = 1
Foram dadas várias sugestões para o novo currículo, conforme pode ser observado
a seguir.
37
• Incluir áreas e/ou temas específicos, como geriatria, saúde da família, saúde do
trabalhador, saúde do adolescente, terapia antálgica, informática, pronto socorro, UTI,
unidade de cardiologia, hemodiálise e diálise peritoneal, gerenciamento de unidades e
técnicas de liderança, relacionamento enfermeiro-paciente, exame físico e diagnóstico
de enfermagem, vigilância epidemiológica, consulta de enfermagem em pediatria e
levantamento de necessidades da comunidade = 14
• Promover a integração entre os conteúdos básico e profissionalizante = 9
• Aumentar a carga horária prática e as discussões de caso e explorar mais a parte técnica
dos alunos nos estágios = 6
• Aproveitar melhor a carga horária de algumas disciplinas, como Administração
Aplicada a Enfermagem e Fundamentos de Enfermagem = 3
• Promover mudanças na grade horária, como Fundamentos de Enfermagem no primeiro
ano, Administração Aplicada à Enfermagem no terceiro ano e as disciplinas do ciclo
básico ao longo de toda Graduação = 3
• Quanto aos professores, mais preparados para o ensino e todos enfermeiros = 2
• Programar a disciplina de Administração Aplicada a Enfermagem com os enfermeiros
de serviço = 1
• Trabalhar mais próximo do enfermeiro, fazendo parte da equipe = 1
• Promover palestras sobre atuação na área hospitalar
A atuação profissional dos ex-alunos, também, foi investigada e os resultados
passamos a apresentar.
C - Atuação profissional dos egressos
Do total de entrevistados, apenas 1 (3,6%) referiu não trabalhar. Assim, o ano de
ingresso no emprego atual daqueles que estavam trabalhando variou de 1992 a 2001,
conforme apresentamos na Tabela 2.
38
Tabela 2- Ano de ingresso no emprego atual pelos participantes do estudo. Botucatu,2001.
ANO No %1992 e 1993 3 11,11994 e 1995 1 3,71996 e 1997 4 14,81998 e 1999 12 44,52000 e 2001 7 25,9TOTAL* 27 100,0
* 1 ex-aluno não trabalhava
A análise da Tabela 2 evidencia que 70,4% dos egressos que trabalhavam, haviam
iniciado naquele emprego nos últimos 4 anos. Isso é compreensível, já que conforme
apresentado no primeiro Quadro deste estudo, a grande maioria dos egressos (60,7%) havia
se formado entre os anos de 1997 e 1999.
O tipo de instituição onde os respondentes trabalhavam, também, foi variado: 13
(48,2%) trabalhavam em instituição pública, como Hospital de Clínicas de Universidade
Pública ou Prefeitura; 8 (29,6%) trabalhavam em instituições privadas, como Hospitais e
Maternidades e 6 (22,2%) em outros tipos de instituições, como Fundações e Organizações
não Governamentais. Devemos destacar, entretanto, que apenas metade dos respondentes
especificou o local de trabalho.
A forma de ingresso no local de trabalho foi: concurso (15 casos, 55,6%), indicação (3
casos, 11,1%) e outros, incluindo análise de currículo, prova interna e entrevista (9 casos,
33,3%).
A carga horária de trabalho semanal dos participantes deste estudo variou de 30 a 82
horas, visto que havia egressos com 2 empregos. Entretanto, a maioria deles trabalhava 40
horas semanais, já que tal jornada foi citada 15 vezes e o horário mais citado foi manhã e
tarde.
O emprego atual era o primeiro exercido por 14 egressos (51,9%), sendo que entre
aqueles que já haviam tido outro emprego anteriormente (13 casos, 48,1%) foram citados
hospitais geral e psiquiátrico e unidades básicas de saúde.
O cargo ou função exercida também foi variado, conforme apresentamos na Tabela 3.
39
Tabela 3- Cargo ou função exercida pelos participantes do estudo. Botucatu, 2001.CARGO OU FUNÇÃO No %
Enfermeira 14 50,0Enfermeira Chefe 6 21,4Enfermeira Supervisora 4 14,3Enfermeira Residente 2 7,1Coordenadora Municipal de Serviços de Enfermagem 1 3,6Secretária Municipal de Saúde 1 3,6TOTAL* 28 100,0
*1 ex-aluno não trabalhava, mas outro apontou 2 cargos distintos, em empregos diferentes
Assim, observando a Tabela 3, verificamos que metade dos egressos ocupava o cargo
de enfermeiro, tendo sido citadas, por alguns deles, áreas específicas de atuação, como
Enfermeiro de Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, Enfermeiro Perfusionista e de
Família.
Quanto ao rendimento mensal, 15 ex-alunos (55,6%) recebiam entre 10 e 20 salários
mínimos mensais, 11 (40,7%) recebiam entre 6 e 10 salários mínimos mensais e 1 (3,7%)
não respondeu a esta pergunta. Para 20 participantes (74,1%) o trabalho na área de
enfermagem constituía a única fonte de renda e outros 7 (25,9%) referiram outros ganhos,
como pensão alimentícia, venda de artesanatos ou outro emprego.
As principais atividades desenvolvidas pelos egressos em seus locais de trabalho
foram investigadas, tendo sido apontadas:
• Atividades assistenciais, como vacinas, visitas domiciliares, assistência integral e
sistematizada ao paciente, atuação no programa de gestantes e de recuperação de
crianças desnutridas, acompanhamento de pacientes terminais, curativos, assistência a
pacientes graves, procedimentos desde complexos e invasivos até banho, admissão de
pacientes, exame físico e visita diária, incentivo ao aleitamento materno, consulta de
enfermagem, perfusão de pacientes e instrumentação de cirurgia cardíaca, trabalhos na
área oncológica e coleta de exame de Papanicolaou, atividades grupais com pacientes
e/ou funcionários, assistência a crianças em creches e desenvolvimento de atividades
assistenciais que deveriam ser realizadas pelos auxiliares de enfermagem, sempre que
necessário = 37
• Atividades burocráticas e administrativas, como escalas, altas, controle de vagas e
equipamentos, supervisão de funcionários, pedido de material, facilitação no
agendamento de exames e consultas, chefia da equipe de enfermagem, recepção de
familiares de novos clientes, gerenciamento de sistema municipal de saúde ou de
unidade, acerto de contas = 25
40
• Atividades de ensino e educação continuada, como aulas para graduação, supervisão de
estágios e treinamento de pessoal novo = 5
Assim, a análise das principais atividades desenvolvidas pelos egressos não nos
causou surpresa, visto que a grande maioria delas foi relativa a assistência direta ao
paciente e administração de serviços.
Também buscamos informações acerca das facilidades e dificuldades encontradas no
trabalho e foram apresentados pelos ex-alunos vários aspectos, conforme relacionados a
seguir. As principais facilidades no trabalho foram:
• Planejamento adequado da assistência, realização de processo de enfermagem com
qualidade, realização de exame físico, desenvolvimento da consulta de enfermagem e
atuação em áreas específicas, como saúde coletiva e assistencialismo, desenvolvimento
de conhecimento específico e discussão de casos com a equipe técnica, vasto
conhecimento teórico, relação com os pacientes e desenvolvimento de cuidados básicos
= 11
• Ótimas equipes médica e de enfermagem, trabalho em equipe multiprofissional,
número de pessoal adequado e local de trabalho bem equipado e adequadamente
mantido = 5
• Postura frente à equipe, relação interpessoal, iniciativa para tomar decisões,
desenvolvimento de atividades burocráticas = 4
• Unidade e equipe pequenas, de fácil gerenciamento = 3
• Possibilidade de fazer mudanças sem muita objeção da chefia, adaptação pessoal ao
serviço e autonomia = 3
• Conhecimento acerca da área de saúde e administração = 2
Entre as dificuldades, destacamos:
• Dificuldades assistenciais, como falta de prática em geral, na realização de algumas
técnicas e manuseio de alguns equipamentos, atuação em parada cardiorespiratória,
consulta de enfermagem e exame físico em crianças, cuidado a pacientes graves ou
em situação de emergência = 8
• Dificuldade de relacionamento com o supervisor de área, integração com colegas,
falta de incentivo da chefia, competição = 5
• Materiais não tão bons, equipe de enfermagem sem experiência, falta de
profissionais na área, falta de recursos humanos = 5
• Falta de conhecimentos administrativos, dificuldades com a supervisão, exigências
burocráticas = 4
41
• Excesso de trabalho = 2
• Conciliar administração e assistência, deixar a prática só curativa = 2
• Trânsito, distância do lar ao trabalho = 1
• Cargo político = 1
A satisfação profissional foi mencionada por 22 respondentes (78,6%), que
apresentaram as seguintes justificativas:
• Faço o que gosto = 8
• Posso continuar estudando, fazendo especialização = 7
• Tenho reconhecimento, incentivo = 5
• O campo me permitiu crescer, tanto na teoria quanto na prática, estou mais segura e
com iniciativa = 3
• Trabalho com boa equipe, tenho apoio = 3
• Posso fazer assistência e educação para a saúde = 3
• As atividades são diversificadas = 1
• O salário é satisfatório = 1
• Não trabalho a noite nem nos finais de semana = 1
• Tenho autonomia = 1
Ressaltamos que 2 ex-alunos, embora tenham respondido que estavam satisfeitos
com sua atividade profissional, justificaram assim: “estou satisfeito, mas quero passar a me
dedicar ao Programa de Saúde da Família” e o outro “quero ir para um emprego que exija
de mim boa atuação em enfermagem e não habilidade para cobrar os procedimentos
realizados”.
Entre aqueles participantes que disseram não estarem satisfeitos, as justificativas
apresentadas foram:
• Preciso e estou fazendo especialização = 1
• O trabalho é pesado, há poucos funcionários, dificuldades de relacionamento e falta
de apoio da chefia = 1
• Quem determina a assistência de enfermagem é o médico = 1
• Trabalho com profissionais que têm pouco conhecimento = 1
• Até os profissionais fisioterapeuta e terapeuta ocupacional estão assumindo o papel
do enfermeiro = 1
42
A maioria dos respondentes disse que não percebiam preocupação, por parte da
empresa, com aspectos emocionais e humanos dos funcionários (18 casos, 66,7%),
justificando:
• A única preocupação é o trabalho, a cobrança profissional é grande = 3
• Não há preocupação, mas não impede que coloquemos em prática tais atividades,
por exemplo, em clubes = 2
• Há apenas lanches especiais em datas festivas = 1
• O gerenciamento da instituição é arcaico, punitivo e exigente = 1
• Há um interesse muito forte apenas na equipe médica = 1
• Muitas pessoas têm excesso de trabalho e cobrança, baixa remuneração e segundo
emprego = 1
Houveram 7 participantes (25,9%) que disseram que havia tal preocupação, pois a
empresa:
• Promove atividades de integração, como festas, jantares, campeonatos esportivos e
grupos de saúde mental = 6
• Possui projetos de recreação e alívio de tensão a serem iniciados = 1
Para dois ex-alunos, a resposta a esta questão foi “mais ou menos”. Um deles
justificou que a atual chefia limitou muito esse processo e o outro que na teoria há
preocupação, mas na prática os supervisores maltratam os funcionários.
A última questão do instrumento de coleta de dados foi relativa ao papel
desempenhado pela instituição quanto a atualização profissional de seus funcionários. A
maior parte dos ex-alunos (20 casos, 74,1%) respondeu que a empresa apóia a atualização
profissional porque:
• Há oportunidade ou facilidade de liberação ou troca de horário para participação
em cursos, congressos e outros = 12
• A própria instituição oferece cursos de capacitação e pós-graduação = 3
• A empresa fornece ajuda de custo para participação em cursos = 3
• Embora a instituição até exija a realização da atualização, nem sempre a viabiliza
= 2
• Embora haja apoio, no serviço ainda há atendentes de enfermagem = 1
• Tenho horário para estudar = 1
• O apoio é muito presente na instituição = 1
• Há estímulo a produção científica = 1
43
• Existe auxílio na solução de problemas para que o funcionário se atualize = 1
Entre os egressos que disseram que não há apoio (6 casos, 22,2%), as justificativas
apontadas ressaltavam:
• Que a empresa não divulga, não dá apoio financeiro, não libera do trabalho e não
facilita a troca de folgas = 3
• Raramente podemos fazer cursos = 1
• O estímulo é dado apenas por minha equipe de trabalho = 1
Houve, ainda, um egresso (3,7%) que respondeu haver apoio "relativo", pois não há
na empresa, plano de apoio profissional e nem sempre é possível fazer cursos.
Finalizando este estudo, indagamos acerca dos interesses, expectativas e
atualização profissional efetivamente realizada pelos egressos e os resultados são
apresentados a seguir.
D - Atualização profissional
A primeira questão formulada dizia respeito a necessidade de aprimoramento
sentida pelos egressos e todos eles disseram que a sentem. As justificativas foram:
• Todo profissional deve aprimorar seus conhecimentos, não pode se acomodar = 15
• Quero fazer pós-graduação = 4
• O conhecimento aumenta a segurança, o reconhecimento, dá confiança a equipe e
pacientes = 3
• Desejo aperfeiçoar-me na minha área, sanar dificuldades = 3
• A atualização é importante = 1
Apenas 1 egresso (3,6%) não respondeu se havia participado de cursos após
formado. Entre aqueles que participaram (96,4%), foram citadas diferentes modalidades:
cursos, jornadas, encontros e palestras, também em diferentes áreas:
• Terapia intensiva, trauma, reanimação = 9
• Saúde Pública, incluindo vigilância epidemiológica e raiva = 6
• Enfermagem em geral = 4
• Geriatria e gerontologia = 3
• Cardiologia = 3
• Infecção hospitalar e esterilização = 3
• Programa de Saúde da Família = 2
• Encontro de enfermagem neonatológica e pediatria = 2
44
• Técnicas de enfermagem, como medicação e curativos = 2
• Radioterapia = 1
• Centro cirúrgico = 1
• Serviço social = 1
Dentre os participantes do trabalho, 23 (82,1%) citaram alguma forma de pós-
graduação, nas modalidades e áreas apresentadas a seguir.
• Especialização: administração ou gerenciamento em enfermagem, pediatria,
obstetrícia, saúde pública, enfermagem do trabalho, geriatria e gerontologia, UTI,
cardiologia, moléstias infecciosas e gestão em saúde = 19
• Aprimoramento: recuperação pós-anestésica, pediatria, controle de infecção
hospitalar, enfermagem em cirurgia cardiológica = 4
• Residência: cardiologia, UTI, geriatria = 3
• Mestrado: pediatria, obstetrícia e farmacologia = 3
• Doutorado em ginecologia e obstetrícia = 1
Ainda acerca da pós graduação, indagamos o que motivava os egressos a buscá-la,
tendo sido apontado:
• Necessidade de especialização, de aprimorar conhecimentos teóricos e/ou práticos,
busca de aperfeiçoamento profissional, segurança no trabalho ou atualização
científica = 19
• Satisfação pessoal, necessidade particular = 3
• Oportunidade de pesquisar para melhorar o trabalho = 3
• Busca de autonomia, crescimento e valorização profissional = 3
• Desejo de seguir carreira acadêmica = 2
• Incentivo do serviço = 2
• Maior oportunidade de trabalho = 1
A maior parte dos egressos haviam desenvolvido algum trabalho de pesquisa após a
graduação ( 17 casos, 60,7%) e os motivos citados foram:
• Busca de conhecimento para melhorar a qualidade do trabalho e da atuação
profissional = 8
• Necessidade colocada pela pós-graduação = 4
• Concorrência do mercado de trabalho, busca de crescimento profissional = 2
• Interesse pela área acadêmica = 1
• Incentivo da instituição = 1
45
Já os temas pesquisados, conforme citados pelos egressos, incluíam:
• Técnicas de enfermagem: curativos, medicação, prevenção de infecção = 7
• Saúde pública: consulta de enfermagem, vigilância epidemiológica,
intersetorialidade e manipulação de alimentos = 4
• Aspectos emocionais de pacientes = 2
• Centro cirúrgico = 2
• Gerenciamento em enfermagem = 2
• UTI Neonatal = 1
• Geriatria = 1
• Cardiologia = 1
Quanto as mudanças observadas na vida profissional nos últimos 3 anos, investigamos
dados acerca da remuneração, jornada de trabalho, condições de trabalho, competência
e autonomia. Os resultados apresentamos no Quadro 5.
46
Quadro 5- Mudanças observadas na vida profissional dos participantes do estudo nosúltimos 3 anos. Botucatu, 2001.
Mudança
Área
Aumentou/Melhorou
No %
Diminuiu/Piorou
No %
Não Mudou
No %
NãoRespondeu
No %
Total
No %Remuneração 21 75,0 1 3,6 5 17,8 1 3,6 28 100,0Jornada deTrabalho
8 28,6 5 17,8 14 50,0 1 3,6 28 100,0
Condições deTrabalho
19 67,9 2 7,1 7 25,0 - - 28 100,0
Competência 26 92,9 - - 2 7,1 28 100,0Autonomia 23 82,2 1 3,6 2 7,1 2 7,1 28 100,0
Assim, através do Quadro 5 podemos observar que as mudanças profissionais
ocorridas nos últimos 3 anos para os egressos que participaram deste estudo foram
positivas, com melhora ou tendência de melhora em todas as áreas.
A participação em entidades de classe mostrou ser baixa: apenas 9 egressos (32,1%)
mencionaram participar de alguma entidade de classe, sendo citados Conselho Regional de
Enfermagem, Associação Brasileira de Enfermagem, Sindicatos e Sociedade de
Especialistas. Devemos destacar que a participação no Conselho Regional de Enfermagem
é compulsória.
A justificativa para tal participação também foi baixa. Assim, 1 egresso que participa
justificou que o faz porque essas entidades auxiliam no desenvolvimento de trabalho ético
e seguro e promovem atualização quanto aos direitos e deveres dos profissionais. Entre
aqueles que não participam, 2 egressos justificaram: o primeiro pela falta de interesse e o
segundo por considerar que esses órgãos não o representa.
A leitura de periódicos de enfermagem foi citada por 24 participantes (85,7%).
Aqueles que justificaram esse hábito destacaram a necessidade de contínuo estudo, o
interesse na atualização e o livre acesso que as universidades dão para a leitura. Um
respondente criticou a qualidade destes e um daqueles que não lêem habitualmente
justificou não ter tempo e outro não ter acesso. Entre os informativos lidos, foram citados
livros de enfermagem, revista Nursing, Informativo do COREN/SP e internet.
Finalizando o questionário, mantivemos um espaço para livres sugestões e críticas
dos egressos. As colocações finais realizadas foram:
• Necessidade de melhoria no ensino: professores mais compromissados, próximos dos
alunos e competentes, integração com o básico, melhor relação com os enfermeiros dos
serviços, métodos de ensino mais abertos e democráticos, uso de estudos de caso,
47
diminuição do número de alunos por turma, utilização do trabalho em equipe, instituir
mudanças no processo de avaliação e passar a privilegiar o cuidado = 16
• Necessidade de introdução ou melhoria de conteúdos específicos, como Pronto
Socorro, UTI, Saúde Pública (teste do pezinho, visita domiciliária, consulta de
enfermagem, aleitamento materno) e Administração (auditoria e administração de
materiais) = 10
• Necessidade de ampliar a carga horária dos estágios = 6
• Necessidade de estímulo a iniciação científica e participação em eventos = 2
• Alterações na grade curricular: aumento na carga horária de fisiologia e transferência
para o segundo ano = 1
• Necessidade de melhorar disciplinas específicas (Fundamentos de Enfermagem) = 1
Houve, ainda, um comentário geral que, consistia em afirmar que o conteúdo das
disciplinas é bom.
Conclui-se pela avaliação realizada pelos egressos neste estudo as fragilidades e
fortalezas de nosso currículo e, certamente, será de grande utilidade neste momento de sua
alteração, de forma a podermos aproximá-lo das reais necessidades dos alunos.
2.5.3 – Na perspectiva do MEC
Em 2002, os Cursos de Graduação em Enfermagem foram inseridos no Sistema de
Avaliação da Educação Superior, por meio do Exame Nacional de Cursos (ENC), sendo
que o Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu-Unesp
obteve o Conceito A, bem como a melhor média do país na área, relativa a aluno e a Curso.
A seguir, apresentamos alguns recortes do Relatório-2002, enviado pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), onde se pode comparar o
desempenho dos alunos de nosso Curso com o de outros, em níveis regional, estadual e
nacional.7
7 BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.Relatório de instituição: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho-Botucatu(SP)-Estadual-Enfermagem {online} disponível na internet <http://provao.inep.gov/relatorio/index.htm> 15 maio 2003.
48
49
50
3 – APRESENTANDO A REESTRUTURAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-
PEDAGÓGICO DO CURSO
3.1 – Objetivo geral do Curso e perfil profissional do Enfermeiro a ser formado
O Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu –
UNESP tem como objetivo formar o Enfermeiro, para que o mesmo seja capaz de ser um
cidadão crítico, consciente de seu papel profissional na sociedade, competente para o
exercício das atribuições regulamentadas em lei e compromissado a:
• Atuar nos diferentes campos de trabalho embasado numa formação generalista;
• Assistir ao indivíduo, a família e a comunidade, atuando em cenários
diversificados da prática profissional e nos diferentes níveis de atenção à saúde;
• Ter visão ética, política e crítica da realidade nacional, regional e local de
saúde, associada ao conhecimento técnico-científico;
• Integrar a equipe de saúde, comprometendo-se com o trabalho interdisciplinar
competente, com visão integral do ser humano;
• Planejar e implementar programas de formação e qualificação contínua dos
trabalhadores de Enfermagem e de saúde;
• Planejar e implementar programas de educação e promoção à saúde,
considerando especialidades dos diferentes grupos sociais e dos distintos
processos de vida, saúde, trabalho e adoecimento;
• Adotar os princípios de Universalização, Eqüidade e Integralidade da
assistência à saúde e os referenciais bioéticos de autonomia, beneficência e não
maleficência e justiça em todo o exercício profissional, promovendo a
humanização da assistência;
• Coordenar a equipe de enfermagem, responsabilizando-se pelo planejamento
sistemático de sua assistência;
• Assumir funções assistenciais, gerenciais, de ensino e de investigação científica,
aplicando conhecimentos na qualificação da prática profissional;
• Interferir na dinâmica do trabalho institucional, reconhecendo-se como agente
desse processo;
51
• Participar de entidades representativas da categoria e dos movimentos sociais na
área da saúde como perspectivas às transformações necessárias para uma
sociedade saudável.
3.2 – Estrutura curricular
3.2.1 – Integralização curricular
Quadro 6 – Integralização curricular: etapas, créditos e carga horária.1. Etapas Curriculares Créditos Carga Horáriadisciplinas optativas*
disciplinas obrigatóriasestágio curricular supervisionado
-272 54
-4.080 816
Total do Curso 326 4.896
2. prazo mínimo para integralização curricular = 4 anosprazo máximo para integralização curricular = 6 anos
3. limite máximo de carga horária semanal=54 horas aulalimite máximo de carga horária diária=9 horas aula* as disciplinas optativas serão criadas posteriormente
3.2.2 – Distribuição das disciplinas e créditos por departamento
Quadro 7 – Distribuição das disciplinas e do no de créditos por departamentoU.U. Faculdade de Medicina de BotucatuCurso: Curso de Graduação em Enfermagem
Departamentos Disciplinas CréditosEnfermagem Relacionamento Enfermeiro-Paciente I
Introdução à Enfermagem Incluindo Semiotécnica*
Enfermagem na Comunidade*
História e Legislação da EnfermagemMetodologia da Pesquisa INutrição BásicaFundamentos de Enfermagem: Semiotécnica*
Saúde do Adulto Clínico e Cirúrgico*
Relacionamento Enfermeiro-Paciente IIIntrodução à Administração em Enfermagem*
DietoterapiaEnfermagem Psiquiátrica*
Enfermagem em Centro Cirúrgico*
Enfermagem em Doenças Transmissíveis*
Relacionamento Enfermeiro-Paciente IIIEnfermagem Pediátrica*
Administração em Enfermagem*
Enfermagem Ginecológica, Obstétrica e Neonatal*
Nutrição Materno-Infantil e em Saúde Pública*
Enfermagem Materno-Infantil na Comunidade*
Enfermagem em Saúde Coletiva*
Metodologia da Pesquisa II
03030202030217200305031313130312071603050602
52
BioéticaGerência em Enfermagem*
Assistência de Enfermagem ao Paciente Crítico*
Estágio Curricular Supervisionado*
02101354
Química eBioquímica
Bioquímica 06
Parasitologia Parasitologia Aplicada à Enfermagem 04Morfologia Morfologia 08Microbiologia eImunologia
Microbiologia Aplicada à EnfermagemImunologia Aplicada à Enfermagem
0604
Genética Genética Humana 04Fisiologia Fisiologia Humana 08Física e Biofísica Biofísica 03Farmacologia Farmacologia 07Educação Didática Aplicada à Enfermagem 04Bioestatística Estatística Vital
Introdução à Informática Aplicada à Enfermagem0304
Anatomia Anatomia Aplicada à Enfermagem 08Saúde Pública Saúde e Meio Ambiente
Ciências Sociais: Sociologia e AntropologiaEpidemiologiaSaúde da Comunidade
03040202
Patologia Anatomia Patológica Geral 02Neurologia ePsiquiatria
Introdução à PsicologiaPsicologia do DesenvolvimentoPsicologia em Saúde
010404
TOTAL 326* disciplinas com aulas práticas em Serviços de Saúde
3.2.3 – Matrícula por disciplina: seqüência aconselhada por ano, segundo os pré e
co-requisitos
A seqüência aconselhada de matrícula se apresenta enumerada de 1 a 47 e divididas por
anos, bem como a carga horária, número de créditos, pré e co-requisitos, conforme
apresentadas nos Quadros 8, 9, 10 e 11.
53
Quadro 8 – Matrícula por disciplina: seqüência aconselhada para o 1o ano.
U.U. Faculdade de Medicina de BotucatuCurso:Curso de Graduação emEnfermagem Ano: 1o
NO deOrdem
Disciplina CargaHorária
Créditos Pré-Requisitos Co-requisitos
1 Biofísica 45 03 -------- --------2 Introdução à Psicologia 15 01 -------- --------3 Bioquímica 90 06 -------- --------4 Relacionamento
Enfermeiro-Paciente I45 03 -------- --------
5 Introdução à Enfermagemincluindo Semiotécnica
45 03 -------- --------
6 Morfologia 120 08 -------- --------7 Enfermagem na
Comunidade30 02 -------- --------
8 Anatomia Aplicada àEnfermagem
120 08 -------- --------
9 Estatística Vital 45 03 -------- --------10 Introdução à Informática
Aplicada à Enfermagem60 04 -------- --------
11 Microbiologia Aplicada àEnfermagem
90 06 -------- --------
12 História e Legislação daEnfermagem
30 02 -------- --------
13 Imunologia Aplicada àEnfermagem
60 04 -------- --------
14 Saúde e Meio Ambiente 45 03 -------- --------15 Metodologia da Pesquisa I 45 03 -------- --------16 Nutrição Básica 30 02 Bioquímica --------Total 915 61
54
Quadro 9 – Matrícula por disciplina: seqüência aconselhada para o 2o ano.
U.U. Faculdade de Medicina de BotucatuCurso:Curso de Graduação emEnfermagem
Ano: 2o
NO deOrdem
Disciplina CargaHorária
Créditos Pré-Requisitos Co-requisitos
17 Fisiologia Humana 120 08 -------- --------18 Saúde da Comunidade 30 02 -------- Epidemiolo
gia19 Epidemiologia 30 02 -------- --------20 Fundamentos de
Enfermagem: Semiotécnica255 17 Introdução em
EnfermagemincluindoSemiotécnica
--------
21 Parasitologia Aplicada àEnfermagem
60 04 -------- --------
22 Didática Aplicada àEnfermagem
60 04 -------- --------
23 Ciências Sociais: Sociologiae Antropologia
60 04 -------- --------
24 Saúde do Adulto Clínico eCirúrgico
300 20 Fundamentos deEnfermagem:Semiotécnica
Farmacologia
25 Psicologia doDesenvolvimento
60 04 -------- --------
26 RelacionamentoEnfermeiro-Paciente II
45 03 RelacionamentoEnfermeiro-PacienteI
--------
27 Introdução à Administraçãoem Enfermagem
75 05 -------- --------
28 Anatomia Patológica Geral 30 02 Morfologia --------29 Farmacologia 105 07 Fisiologia Humana --------30 Dietoterapia 45 03 Nutrição Básica --------Total 1.275 85
55
Quadro 10 – Matrícula por disciplina: seqüência aconselhada para o 3o ano.
U.U. Faculdade de Medicina de BotucatuCurso:Curso de Graduação emEnfermagem
Ano: 3o
NO deOrdem
Disciplina CargaHorária
Créditos Pré-Requisitos Co-requisitos
31 Enfermagem Psiquiátrica 195 13 -------- --------32 Enfermagem em Centro
Cirúrgico195 13 Saúde do Adulto
Clínico e Cirúrgico--------
33 Enfermagem em DoençasTransmissíveis
195 13 Saúde do AdultoClínico e Cirúrgico
--------
34 RelacionamentoEnfermeiro-Paciente III 45 03
RelacionamentoEnfermeiro PacienteII
--------
35 Genética Humana 60 04 -------- --------36 Psicologia em Saúde 60 04 -------- --------37 Enfermagem Pediátrica 180 12 Saúde do Adulto
Clínico e CirúrgicoEnfermagem emDoençasTransmissíveisPsicologia doDesenvolvimento
--------
38 Administração emEnfermagem
105 07 Introdução àAdministração emEnfermagem
--------
39 Enfermagem Ginecológica,Obstétrica e Neonatal
240 16 Enfermagem emCentro CirúrgicoEnfermagem emDoençasTransmissíveis
--------
40 Nutrição Materno-Infantil eem Saúde Pública
45 03 Nutrição Básica --------
41 Enfermagem Materno-Infantil na Comunidade
75 05 EpidemiologiaEnfermagem naComunidade
Enferma-gemPediátricaEnferma-gemGinecológica,Obstétrica eNeonatal
Total 1.395 93
56
Quadro 11 – Matrícula por disciplina: seqüência aconselhada para o 4o ano.
U.U. Faculdade de Medicina de BotucatuCurso:Curso de Graduação emEnfermagem
Ano: 4o
NO deOrdem
Disciplina CargaHorária
Créditos Pré-Requisitos Co-requisitos
42 Enfermagem em SaúdeColetiva
90 6 EnfermagemMaterno-Infantil naComunidade
--------
43 Metodologia da Pesquisa II 30 2 Metodologia daPesquisa I
--------
44 Bioética 30 2 -------- --------45 Gerência em Enfermagem 150 10 Administração em
EnfermagemEnfermagem emGinecológica,Obstétrica eNeonatalEnfermagemPediátrica
--------
46 Assistência de Enfermagemao Paciente Crítico
195 13 EnfermagemPediátricaEnfermagemGinecológica,Obstétrica eNeonatal
--------
47 Estágio CurricularSupervisionado
816 54 Todas as disciplinasobrigatórias
--------
1308 87
3.3 – Referenciais teóricos
Para a formação do profissional com perfil delineado e em consonância às Novas
Diretrizes Curriculares de Enfermagem, o Projeto Pedagógico implementará metodologias
centradas no processo ensinar-aprender, estimulando o aluno a refletir sobre a realidade
social e que seja capaz de aprender a aprender.
Diante do compromisso, faz-se necessária à definição por referenciais teóricos
pedagógicos que articulem o saber; o saber fazer e o saber conviver, visando desenvolver o
aprender a aprender, o aprender a ser, o aprender a fazer, o aprender a viver juntos e o
aprender a conhecer que constitui atributos indispensáveis à formação do Enfermeiro com o
perfil desejado.
57
Problematizar a demanda social colocada para a universidade significa interpretar
as necessidades da sociedade de forma a identificar nessas necessidades a origem e
qualidade social, história e concreta das mesmas. Qual a demanda a universidade deve
atender na perspectiva de construção de uma sociedade mais justa e mais igualitária, de uma
sociedade transformada?8
Com relação à formação profissional inicial dos alunos nos cursos de graduação e
formação profissional continuada dos alunos nos cursos de pós-graduação, em qualquer
nível, responsabilidade de formação profissional tem que ser problematizada, para
podermos pensar um Projeto de Universidade de Qualidade.
A universidade, responsável pela formação profissional dos indivíduos, não tem
escapado de sua função ideológica. Por outro lado, devido sua própria natureza, ela também
tem a possibilidade de desenvolver o pensamento crítico que se opõe ao pensamento
“adesista”. Como espaço de criação científica e cultural, ela apenas pode sobreviver com
liberdade de pensamento e de crítica, ou seja, para produzir conhecimento e formação
profissional que é solicitado por grupos com maior poder político e econômico, ela também
produz a crítica ao modelo que serve. Ela vive, portanto uma permanente tensão entre
demandas de natureza antagônicas que lhe são dirigidas.8
Quando destacamos a dimensão do ensino, o dilema vivido pela universidade
refere-se a que demanda atender: formar profissionais adequados às necessidades do
mercado e da reprodução da ordem econômica, ou formar cidadãos que, independentemente
de sua inserção profissional específica, estejam qualificados para a prática social autônoma e
transformadora. Demandas de formação segundo esses dois modelos são constantemente
endereçadas à universidade pública.8
8 REIS, J. R. T., REIS, M. F. C. T. A nova ordem mundial, a universidade e as demandas sociais.Botucatu:Faculdade de Medicina-Institututo de Biocências, 2002. 29 p.
58
Um referencial teórico pedagógico, geralmente, dá-nos a visão de homem, mundo,
sociedade-cultura, conhecimento, educação, escola, processo ensino-aprendizagem e da
relação professor-aluno, na perspectiva de cada abordagem.
Assim, precisamos buscar por uma abordagem que estimule às dinâmicas de
trabalho em grupos, por favorecerem a discussão coletiva e as relações interpessoais,
implementando processos ensino-aprendizagens condizentes com a valorização das
dimensões éticas e humanísticas, capazes de desenvolver no aluno e futuro Enfermeiro as
atitudes e valores orientados para a cidadania e para a solidariedade.
A formação profissional é subordinação da educação ao processo de produção ou
dimensão da formação humana plena de sujeitos-cidadãos conscientes, autônomos e atuantes
social e historicamente?
A subordinação da educação, em especial a educação superior, ao processo de
produção tem sido amplamente estudada ao longo do processo moderno de desenvolvimento
econômico social e político, e diz respeito às necessidades do processo de produção. Ou
seja, o que está em cena é a relação entre as instituições de ensino superior e a estrutura
econômica e social, o processo de produção: o desenvolvimento tecnológico, a organização
do trabalho e suas necessidades.8
O primeiro ponto, na definição dos referenciais teóricos de nosso projeto
pedagógico, diz respeito a problematizar a relação entre a universidade e as demandas
sociais. Vivemos em sociedades marcadas por relações sociais de desigualdade, portanto as
demandas sociais têm caráter também desigual. As universidades não podem se submeter às
expectativas de todos os grupos sociais, porque esses grupos têm demandas diferentes e,
muitas vezes, contraditórias. Problematizar as demandas sociais significa compreendê-las no
interior dos conflitos sociais identificando aqui interesses e ou necessidade de que grupo ou
classe social elas se referem, e fazer escolhas políticas para seu atendimento.8
59
O desemprego, a desigualdade e a dominação são conseqüências que se perpetuam
em nosso País com o processo da globalização neoliberal. Podemos sentir no Brasil a
agudização dos problemas sociais há décadas sem solução. Entre todos os fenômenos e
efeitos produzidos pelo neoliberalismo sentimos, cotidianamente, o agravamento da
desigualdade social com o empobrecimento de grande parte da população e o desemprego
em massa. Quanto às condições de vida da população é certo que, o Estado de bem-estar
nunca conseguiu se estabelecer no Brasil, mas o que se assiste agora, com a proposta
neoliberal em curso, é uma desobrigação ainda mais evidente do Estado com as políticas
sociais.8
Neste contexto como pensar a educação e, mais especificamente, a educação
superior?
3.3.1 - Teorias pedagógicas
As Ciências da Educação nos oferece como possibilidade de fundamentação teórica
para as ações educativas no ensino de Enfermagem as teorias pedagógicas.
Já é consenso entre nós a necessidade de superar propostas pedagógicas de caráter
tradicional e a necessidade de buscar alternativas de formação humana, mesmo que em sua
dimensão profissional, de caráter transformador.
3.3.2 - Princípios metodológicos
A tarefa de formação profissional entendida como formação humana plena exige
eleger princípios metodológicos, elementos norteadores das ações educativas concretas.
Dentre esses princípios destacamos o da aprendizagem significativa. O processo de
ensino-aprendizagem, para ser coerente com o exposto, exige como ponto de partida a
aprendizagem de conteúdos vivos, complexos e tratados por formas didático-pedagógicas
que levem os alunos, como sujeitos de sua própria aprendizagem, a elaborarem intelectual e
reflexivamente esses conteúdos. Como conteúdos de aprendizagem entendemos não só a
60
transmissão/apropriação de conhecimentos técnico-científicos, como também idéias, valores
éticos e estéticos, atitudes, comportamentos e compromissos sociais e políticos que
contribuam para que o profissional-cidadão construa uma prática social crítica e
transformadora. A seleção dos conteúdos deve estabelecer em critérios de síntese dos
conhecimentos produzidos pela área, constituindo-se em conteúdos nucleares – o que é mais
importante para a formação do profissional aqui estabelecido.
Um outro princípio metodológico fundamental para a construção de um Projeto
Pedagógico transformador é a busca intencional e constante da integração entre as
disciplinas de nosso curso, como etapa de construção gradual e concreta da
interdisciplinalidade como eixo organizativo do currículo. Desta forma, definimos também o
papel do professor como mediador entre os conteúdos amplos do processo ensino-
aprendizagem e os educandos. Isto significa dizer que, o professor "dirige" o processo de
ensino-aprendizagem, mas realiza uma direção democrática, sustentada, principalmente,
pelo princípio da participação efetiva dos alunos nesse processo.
3.3.3 - Metodologias de ensino
Após indicarmos um referencial teórico, precisamos pensar nas estratégias de
ensino que irão operacionalizá-lo. Entendemos metodologia de ensino não como um
conjunto fechado de estratégias e técnicas de ensino definidas a priori, mas como um
caminho a ser construído durante o processo educativo. Os referenciais teóricos e seus
conseqüentes princípios metodológicos são os balizadores fundamentais na construção
criativa e singular da concretização da prática pedagógica de cada instância do processo
educativo.
Algumas das opções seriam aquelas estratégias que trabalham alicerçadas na
pedagogia problematizadora: a problematização ou a Aprendizagem Baseada em Problemas
(ABP).
61
Ressaltamos que a educação problematizadora, por seu lado, parte das seguintes
idéias:9
- uma pessoa só conhece bem algo quando transforma, transformando-se ela também no
processo,
- a solução de problemas implica na participação ativa e no diálogo constante entre
alunos e professores. A aprendizagem é concebida como resposta natural do aluno ao
desafio de uma situação-problema,
- a aprendizagem torna-se uma pesquisa em que o aluno passa de uma visão “sincrética”
ou global do problema a uma visão “analítica” do mesmo – por meio de sua teorização –
para chegar a uma “síntese” provisória, que equivale à compreensão. Desta apreensão
ampla e profunda da estrutura do problema e de suas conseqüências nascem “hipóteses
de solução” que obrigam a uma seleção das soluções mais viáveis. A síntese tem
continuidade na práxis, isto é, na atividade transformadora da realidade.
9 BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino-aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1991.312 p.
62
3.4 – Acompanhamento e avaliação
3.4.1 – Do aluno
3.4.1.1 – Avaliação e Regime Especial de Recuperação
Deverá ser feita em cada disciplina, em função da freqüência e do rendimento
escolar, observados os artigos 77 a 80 do Regime Geral da UNESP.
A avaliação do rendimento será expressa mediante notas graduadas de zero a dez
com aproximação de décimos.
Não existe matrícula com dependência. Existe, entretanto, o Regime Especial de
Recuperação (R.E.R.). Por esse regime, o aluno reprovado em disciplina semestral que não
será oferecida no semestre subseqüente poderá na mesma matricular-se em R.E.R. O
benefício do R.E.R. será concedido quando atendidas as seguintes condições:
I – uma única vez na mesma disciplina e em apenas duas em cada período,
reservado ao aluno o direito de escolha quando ocorrerem reprovações em mais de duas
disciplinas;
II – ao aluno que tenha, além da freqüência mínima obrigatória, nota final de
aproveitamento entre 3 e 4,9. O aluno que se matricular em uma disciplina em R.E.R.
poderá matricular-se, também, na disciplina subseqüente da qual aquela é co-requisito e/ou
pré-requisito.
Os programas de atividades e de orientação, bem como as formas de avaliação
relativas ao R.E.R., deverão ser elaborados pelo professor responsável pela disciplina e
encaminhados ao Conselho de Curso para manifestação. O professor responsável deverá
acompanhar o aluno no processo de R.E.R. em disciplinas que não possuam aulas práticas
em Serviços de Saúde, orientando-o para as provas, trabalhos e/ou outros instrumentos de
avaliação a que será submetido.
63
3.4.1.2 – Reprovação
Ficará reprovado na disciplina o aluno que tiver freqüência inferior a 70% das
atividades escolares programas e/ou nota inferior a 5,0 (cinco).
Não terão direitos a R.E.R, os alunos reprovados em disciplinas que tenham aulas
práticas em Serviços de Saúde, conforme classificadas no Quadro 7, p. 49.
3.4.2 – Do Curso
O processo de acompanhamento e avaliação do Curso, no primeiro momento, será
feito nas perspectivas: dos alunos, dos egressos e dos docentes, até que sejam construídos
os outros dois instrumentos pretendidos: o dos clientes institucionais e o dos usuários.
Vale ressaltar que para a construção dos instrumentos de avaliação nas perspectivas
dos alunos e dos docentes, utilizou-se como modelo de construção o Students Evaluation of
Educational Quality (SEEQ) e o Vital Indicator of Teaching and Learning Success
(VITALS) com adaptações julgadas necessárias. Sendo assim, será feito o pré-teste destes
instrumentos em 2003.
O SEEQ foi desenvolvido pelo Departamento de Educação da Universidade de
Sydney, Austrália, em 1982, com a finalidade de avaliar cursos e disciplinas (Marsh, 1982).
É um instrumento e um programa de avaliação de ensino, administrado pela
primeira vez na Universidade da Califórnia (UCLA) - Los Angeles, bem como validado e
adotado por várias instituições.
O maior atributo deste instrumento é permitir o desenvolvimento da prática
reflexiva dos sujeitos durante o processo ensino-aprendizagem.
O "SEEQ" é composto de itens que se agrupam em áreas a serem avaliadas: ensino-
aprendizagem, entusiasmo do professor, organização da disciplina, interação da classe,
postura do professor em relação aos alunos, amplitude do conteúdo, avaliação do estudante
na disciplina, trabalhos desenvolvidos e dificuldade da disciplina comparada a outras do
curso.
Já o VITALS foi desenvolvido e validado pela Universidade de Illinois, Chicago e
tem a vantagem de possuir versões adaptadas para as disciplinas clínicas e de laboratório,
considerado um ótimo instrumento para ser utilizado em avaliação de cursos da área de
64
saúde. Com ele é possível avaliar a aprendizagem nos cenários de ensino, quando os
estudantes estão em cursos clínicos e o conhecimento teórico, anteriormente, adquirido e
que, realmente, é colocado na prática durante a parte profissionalizante do curso.
A maior vantagem deste instrumento, entretanto, é a forma de apresentação dos
resultados, em gráficos, para os seus primeiros quatorze itens. Para cada item perguntado,
solicita-se ao sujeito a avaliação de se a disciplina esteve muito boa, aceitável ou se
necessita mudanças, portanto sendo apenas três as alternativas colocadas. As freqüências
das respostas de todos os sujeitos para cada item são colocadas em um gráfico de barras
horizontal, onde somente são computadas as respostas dos extremos: disciplina muito boa
ou necessitando mudanças. Desta forma, ao olhar, num relance, é possível saber se a
disciplina está bem ou necessita reformulações, qual a magnitude do “bom” ou “ruim”
segundo a opinião dos estudantes e em que área ela está boa ou ruim, pois seus itens estão
agrupados e em seqüência.
Na figura 1 podemos vislumbrar um exemplo da apresentação do resultado dos
quatorze primeiros itens de dois cursos avaliados com o instrumento VITALS.
FIGURA 1
Exemplos de Avaliação de Cursos utilizando-se o instrumento VITALS.
87,5
75
100
100
87,5
75
100
100
100
100
100
87,5
75
100
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1lOs objetivos da disciplina ficaram claros para mims
2. A importância dos objetivos ficou clara para mim
3. A enfase da disciplina foi na aprendizagem
4. O conteudo foibem integrado
5. O material instrucional foi consistente com os objetivos
6. O metodo de avaliação foi consistente com os objetivoswere consistent with goals7. O curso foi bem organizado
8. Os professores estavam preparados
9. Os professores ensinaram efetivamente
10. Os professores cumpriram suas obrigações
11. Os professores se interessaram pelo meu desempenho
12. O tempo foi utilizado produtivamente
13 Tive oportunidade de empregar conhecimentosanteriores
14. Tive retroalimentação ao meu desempenho
020406080100120 0 20 40 60 80 100 120
Muito bom Necessitando mudanças
Curso 1
65
Na figura 1, observam-se os resultados da avaliação de um curso do qual os
estudantes gostaram muito. Já no segundo exemplo observamos um resultado mais
equilibrado onde vários estudantes disseram que os professores não cumpriram suas
obrigações e não sentiram retroalimentação ao seu desempenho.
14,3
39,3
25
42,9
39,3
28,6
46,4
32,1
28,6
21,4
28,6
17,9
17,9
25
14,3
10,7
21,4
3,6
10,7
14,3
3,6
21,4
3,6
46,4
14,3
28,6
42,9
17,9
1. Os objetivos do curso estiveram claros para mim
2. A importância dos objetivos fiacaram claras para mim
3. A ênfase da disciplina foi na aprendizagem
4. O conteúdo esteve bem integrado
5. O material instrucional foi consistente com os objetivos
6. O metodo de avaliação foi consistente com os objetivos
7. O curso foi bem organizado
8. Os professores estavam bem preparados
9. Os professores ensinaram efeetivamente
10. Os professores cumpriram suas obrigações
11Os professores se interessaram pelo meu desempenho
12. O tempo foi utilizado produtivamente
13. Tive oportunidade de empregar conhecimentos anteriores
14. Tive retroalimentação ao meu desempenho
020406080100 0 20 40 60 80 100
Muito bom Necessitando mudanças
Curso 2 66
3.4.2.1 – Instrumento de avaliação de disciplinas do Curso de Graduação emEnfermagem: perspectiva dos alunos.
Será aplicado pelo Conselho de Curso e uma das peculiaridades do instrumento é a
oportunidade que é dada ao aluno de avaliar os docentes que ministram a disciplina
de forma individual.
Disciplina__________________________________________________ Ano:_______Ano de referência da avaliação: ______
Mu
itoB
om
Satisfató-
rio
comp
roblem
a
não
seap
lica
ORGANIZAÇÃO DA DISCIPLINA1. O conteúdo da disciplina foi organizado de forma clara e objetiva2. Os objetivos da disciplina foram claros3. O material didático utilizado (livros, artigos, trabalhos, recursos
audiovisuais, etc...), contribuiu para o seu aprendizado4. O tempo foi utilizado produtivamente durante a disciplina5. Os métodos de avaliação foram claros6. Os métodos de avaliação contribuíram para sua formação7. Você teve oportunidade de aplicar na prática conceitos básicos,
teorias e métodos já aprendidos8. As práticas no laboratório reforçaram os conceitos ensinados na
disciplina9. Os recursos disponíveis, no laboratório, como materiais, horários de
estudo, monitoria..... contribuíram para seu aprendizado10. As atividades realizadas em grupos propiciaram oportunidades de
aprendizagem11. A disciplina foi estimulante e transformadora para você12. Seu interesse no assunto aumentou como conseqüência da disciplina13. A disciplina promoveu a integração interdisciplinar e
multiprofissional na realização das atividades teórico-práticasCAMPOS DE ESTÁGIO14 As oportunidades de realizar atividades práticas oferecidas pelos
campos foram suficientes e condizentes aos objetivos da disciplina15 Houve integração interdisciplinar e multiprofissional16 Relacionamento interpessoal alunos-docentes-equipe de trabalhoAUTO-AVALIAÇÃO17 Avalie seu interesse e dedicação à esta disciplina como um todo18 Avalie seu aprendizado nesta disciplina19 Avalie sua participação na disciplina
PROFESSORES: Professor A:20 O professor estava interessado em ministrar esta disciplina21 O estilo das apresentações do professor contribuiu para o meu
interesse durante as aulas
67
22 O professor coordenou as atividades de forma dinâmica23 As explicações do professor foram claras24 O professor estimulou os alunos a participarem das aulas25 O retorno do professor ao meu desempenho foi informativo e
construtivo26 O professor considerou as características individuais dos alunos no
relacionamento interpessoal
Professor B :-27 O professor estava interessado em ministrar esta disciplina28 O estilo das apresentações do professor contribuiu para o meu
interesse durante as aulas29 O professor coordenou as atividades de forma dinâmica30 As explicações do professor foram claras31 O professor estimulou os alunos a participarem das aulas32 O retorno do professor ao meu desempenho foi informativo e
construtivo33 O professor considerou as características individuais dos alunos no
relacionamento interpessoalProfessor C :-34 O professor estava interessado em ministrar esta disciplina35 O estilo das apresentações do professor contribuiu para o meu
interesse durante as aulas36 O professor coordenou as atividades de forma dinâmica37 As explicações do professor foram claras38 O professor estimulou os alunos a participarem das aulas39 O retorno do professor ao meu desempenho foi informativo e
construtivo40 O professor considerou as características individuais dos alunos no
relacionamento interpessoalProfessor D :-41 O professor estava interessado em ministrar esta disciplina42 O estilo das apresentações do professor contribuiu para o meu
interesse durante as aulas43 O professor coordenou as atividades de forma dinâmica44 As explicações do professor foram claras45 O professor estimulou os alunos a participarem das aulas46 O retorno do professor ao meu desempenho foi informativo e
construtivo47 O professor considerou as características individuais dos alunos no
relacionamento interpessoalProfessor E :-48 O professor estava interessado em ministrar esta disciplina49 O estilo das apresentações do professor contribuiu para o meu
interesse durante as aulas50 O professor coordenou as atividades de forma dinâmica51 As explicações do professor foram claras52 O professor estimulou os alunos a participarem das aulas53 O retorno do professor ao meu desempenho foi informativo e
construtivo
68
54 O professor considerou as características individuais dos alunos norelacionamento interpessoal
Professor F :-55 O professor estava interessado em ministrar esta disciplina56 O estilo das apresentações do professor contribuiu para o meu
interesse durante as aulas57 O professor coordenou as atividades de forma dinâmica58 As explicações do professor foram claras59 O professor estimulou os alunos a participarem das aulas60 O retorno do professor ao meu desempenho foi informativo e
construtivo61 O professor considerou as características individuais dos alunos no
relacionamento interpessoal
IMPRESSÕES GERAIS:
62. Cite três aspectos positivos desta disciplina:
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
63. Cite três aspectos que necessitam mudança ou poderiam ser melhorados:
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
64. Sugestões para a disciplina:
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
65. Sugestões da incorporação de itens a este instrumento que não foram avaliados pelo mesmo e entendidos como importantes.______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
69
3.4.2.2 – Instrumento de avaliação do Curso de Graduação em Enfermagem:perspectiva dos egressos
Embora tenhamos conhecimento de uma proposta da Comissão Permanente de
Avaliação (CPA) de um instrumento de avaliação de egressos online, optamos em manter a
proposta do Curso, concomitantemente, uma vez que a mesma se aprofunda em questões
específicas e entendidas pelo grupo como importantes para a profissão.
Decidiu-se, também, que o Conselho de Curso a realizará em intervalos de cinco
anos, mobilizando esforços para torná-la, também, disponível online.
O instrumento é composto por duas partes, conforme apresentadas a seguir:
Parte A – OfícioAosEnfermeiros
Você está recebendo um questionário (anexo) da pesquisa com os alunos egressos
do Curso de Graduação em Enfermagem da FMB-UNESP, com o objetivo de
contextualizar a formação acadêmica, sua influência no exercício profissional e a busca por
atualização.
Para realização desta pesquisa, necessitamos do apoio e colaboração de V. Sa., no
sentido de responder as questões contidas no questionário.
Tomamos a liberdade de solicitar a sua devolução, utilizando o envelope em anexo,
até 30 dias após o recebimento do mesmo.
Comprometemo-nos, outro sim, manter sigilo sobre a fonte de informação.
Contando com a colaboração de V. Sa. agradecemos.
Botucatu, ____/____/______
________________________________Conselho de Curso de Enfermagem
70
PARTE B– QUESTIONÁRIO
IDENTIFICAÇÃO
1 - Sexo: ( ) masculino
( ) feminino
2 - Endereço atual:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Endereço eletrônico/e-mail:_________________________________________________
3 - Nacionalidade: ______________________
4 - Naturalidade: _______________________
5 - Ano de Nascimento: __/__/____
6 - Profissão dos pais:
Pai: _______________________________________________________________
Mãe: ______________________________________________________________
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
1 - Graduação:
1 - A enfermagem foi sua primeira opção no vestibular?
( ) sim
( ) não Qual foi sua primeira opção?
2 – Por que optou pela enfermagem?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3 - Ano de ingresso na universidade:_________________
4 - Idade de ingresso na universidade: _______________
5 - Ano de conclusão do curso: ____________________
6- As atividades desenvolvidas durante os estágios nas diferentes áreas de atuação do curso
contribuíram ou influenciaram na sua escolha de área para atuação como profissional?
( ) sim
( ) não
71
Justifique:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
7 - Os conhecimentos adquiridos na graduação nos níveis de atenção primário, secundário e
terciário foram suficientes para sua prática profissional?
Nível Bastante
Suficientes
Suficientes Regularmente
Suficientes
Insuficientes
PrimárioSecundárioTerciárioJustifique:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
8 - Logo após graduado, você:
( ) começou a trabalhar como enfermeiro
( ) trabalhou em outra área
( ) não trabalhou
( ) continuou estudando
9 - Você se considera um enfermeiro generalista?
( ) sim
( ) não
Justifique em caso afirmativo e/ou negativo:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
10 - Quais as facilidades que a graduação proporcionou para sua atuação profissional?
72
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
11 - Quais as deficiências que você, ao trabalhar, identificou na sua formação profissional?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
12 - Considerando as respostas acima, você gostaria de colocar sugestões para compor o
currículo do “ciclo básico” e “específico” do Curso de Graduação em Enfermagem?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
ATUAÇÃO PROFISSIONAL
1 - Você trabalha? Data de ingresso: ______________
( ) sim Instituição
( ) pública
( ) privada
( ) outras
especifique: ____________________________
( ) não
2 - Qual seu cargo/função?____________________________________________________
3 - Quais as principais atividades que você desenvolve nesta função? Comente as
facilidades e/ou dificuldades:
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Facilidades:________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
73
Dificuldades:________________________________________________________________________________________________________________________________________
4 - Forma de ingresso: ( ) concurso
( ) indicação
( ) outros Especifique: ____________________________
5 - Este é seu primeiro emprego?
( ) sim
( ) não
Qual foi seu primeiro emprego?______________________________________
Data do início: ___________________________________________________
6 - Quantas horas semanais você trabalha? ___________
7 - Período
( ) manhã
( ) tarde
( ) noite
( ) horários não fixos
8 - Você está satisfeito com sua atividade profissional atual?
( ) sim
( ) não
Justifique em caso positivo e/ou negativo:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
9 - Qual sua renda mensal atual:
( ) de 01 a 05 salários mínimos
( ) de 06 a 10 salários mínimos
( ) de 10 a 20 salários mínimos
( ) acima de 20 salários mínimos
10 - Esta é a sua única fonte de renda?
( ) sim
( ) não
Justifique em caso positivo e/ou negativo:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
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11 - A instituição em que você trabalha proporciona atividades aliviadoras de tensão?
( ) sim
( ) não
Especifique:
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
12 - A instituição em que você trabalha apoia ou incentiva sua atualização profissional?
( ) sim
( ) não
Especifique:
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL
1 - Você sente necessidade de aprimorar seus conhecimentos profissionais?
( ) sim
( ) não
Justifique em caso afirmativo ou negativo:
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2 - Você participou de congressos ou similares, na sua área, após formado?
( ) sim
Especifique os que você considerou mais importantes:
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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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___________________________________________________________________
( ) não
3 – Você participou ou participa de cursos após a graduação:
Curso Área Ano de Ingresso Ano Conclusão Em andamentoEspecializaçãoAprimoramentoResidênciaMestradoDoutorado Outros
4 – O que o motivou a realizar estes cursos?
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__________________________________________________________________________
5 - Você realizou ou está realizando pesquisas em sua área de atuação profissional?
( ) sim
Especifique os temas:
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________________________________________________________________
( ) não
6 – O que o motivou a realizar estas pesquisas?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
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7 - Que alterações ocorreram na sua vida profissional nos últimos três anos?
- remuneração ( ) aumentou
( ) diminuiu
( ) não se alterou
- jornada de trabalho ( ) aumentou
( ) diminuiu
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( ) não se alterou
- condições de trabalho ( ) melhoraram
( ) pioraram
( ) não se alteraram
- competência técnica ( ) aumentou
( ) diminuiu
( ) não se alterou
- autonomia profissional ( ) aumentou
( ) diminuiu
( ) não se alterou
8 - Você é integrante de alguma entidade de classe profissional?
( ) sim
Quais?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
( ) não
Justifique:
________________________________________________________________
________________________________________________________________
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9 - Você lê informativos ou periódicos de enfermagem?
( ) sim
( ) não
Comente em caso afirmativo e/ou negativo:
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CRÍTICAS E SUGESTÕES
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Este espaço é para que você deixe suas críticas e sugestões que, certamente, irão
colaborar para a reformulação curricular do Curso de Graduação em Enfermagem da
UNESP- Botucatu, bem como para este instrumento de avaliação:
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Muito Obrigado !
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3.4.2.3 – Instrumento de avaliação do Curso de Graduação em Enfermagem:perspectiva dos docentes
Nome: __________________________________________________________________
Disciplina: _______________________________________________________________
Quantas vezes ministrou esta disciplina: ______________________________________
Data: ______/______/______
Ano de referência: ________________________________________________________
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Bom
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Não
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Ap
lica
I. A Disciplina no Contexto do Curso de Graduação A Estrutura Curricular promove:
1. Aprendizagem de conteúdos básicos e seqüenciais2. Interdisciplinaridade – interface de conteúdo3. Integração entre os docentes4. Flexibilidade5. Continuidade do ensino da sistematização de enfermagem6. Integração docente – assistencial
O Curso de Graduação:7. Possibilitou autonomia do docente8. Estimulou atualização e/ou aperfeiçoamento9. Promoveu eventos/ reuniões científicas periódicas10. Viabilizou recursos didáticos, e materiais11. Viabilizou recursos humanos
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II. A relação Docente - Disciplina1. O conteúdo foi organizado de forma clara e objetiva2. Os objetivos da disciplina foram claros3. O material didático utilizado contribuiu para a
aprendizagem4. O tempo foi utilizado produtivamente durante a disciplina5. Os métodos de avaliação foram claros6. Os métodos de avaliação contribuíram para a formação7. A relação teoria e prática foram coerentes8. O laboratório foi utilizado como recurso de aprendizagem9. As atividades realizadas em grupos propiciaram a
aprendizagem10. A disciplina foi estimulante e transformadora11. As sugestões dos alunos foram consideradas na
organização da disciplina
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III. A relação Aluno - Disciplina1. Os alunos apresentaram embasamento teórico para cursar
a disciplina2. Os alunos foram assíduos3. Os alunos participaram das aulas4. Os alunos demonstraram interesse na elaboração e
apresentação de trabalhos didáticos5. Os alunos participaram das atividades em grupo6. Os alunos tiveram habilidade no relacionamento
interpessoal com a equipe7. Os alunos tiveram habilidade no relacionamento
interpessoal com o paciente e familiares8. Os alunos demonstraram interesse nas atividades práticas9. Os alunos participaram com críticas e sugestões para a
disciplina
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IV. Auto – Avaliação1. Promovi a formação do aluno de acordo com as diretrizes
do Projeto Político Pedagógico2. Coordenei as atividades de forma clara dinâmica3. Orientei os alunos de forma clara e objetiva4. Estimulei os alunos a participarem das atividades teóricas
e práticas5. Forneci “Feedback” aos alunos6. Considerei as características individuais dos alunos7. Tive habilidade no relacionamento interpessoal com os
alunos8. Tive habilidade no relacionamento interpessoal com os
colegas da disciplina9. Tive habilidade no relacionamento interpessoal com a
equipe
Este espaço é para críticas e sugestões!
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3.5 – Implantação curricular
3.5.1 -Descrição da sistemática
A implantação desta proposta de reestruturação do Projeto Político-Pedagógico do
Curso de Graduação em Enfermagem ocorrerá a partir dos ingressantes-2004, sendo que o
Conselho de Curso da Graduação em Enfermagem deverá assegurar por meio de estudos de
casos, as adaptações que se fizerem necessárias aos alunos vinculados ao currículo vigente
que, por ventura forem reprovados ou que tenham que se submeter a R.E.R, bem como aos
transferidos de outras instituições, além de outras situações transitórias e decorrentes da
operacionalização de duas versões curriculares no calendário escolar que possam ocorrer.
3.5.2 - Equivalência de disciplinas
O quadro 11 apresenta a equivalência de disciplinas entre o projeto pedagógico
vigente e o proposto, bem como os créditos, os semestres e anos de oferecimento das
mesmas.
83
Quadro 12 – Equivalência de disciplinas entre os Projetos Pedagógicos Vigente e o Proposto: créditos, semestres e anos.
Disciplinas do Projeto Pedagógico Vigente Disciplinas do Projeto Pedagógico PropostoNome da disciplina Créditos Semestre/ano
aconselhadoNome da disciplina Créditos Semestre/ano
aconselhadoMorfologia (Histologia, Embriologia eCitologia) 06
1o/1o Morfologia 08 1o/1o
Anatomia Humana 08 1o/1o Anatomia Aplicada à Enfermagem 08 1o/1o
Biofísica 03 1o/1o Biofísica 03 1o/1o
Bioquímica 06 1o/1o Bioquímica 06 1o/1o
Fisiologia Humana 08 2o/1o Fisiologia Humana 08 1o/2o
Imunologia Aplicada à Enfermagem 04 2o/1o Imunologia Aplicada à Enfermagem 04 2o/1o
Microbiologia Aplicada à Enfermagem 06 2o/1o Microbiologia Aplicada à Enfermagem 06 2o/1o
Introdução à Psicologia 04 1o/1o Introdução à Psicologia 01 1o/1o
Psicologia do Desenvolvimento 03 2o/1o Psicologia do Desenvolvimento 04 2o/2o
Ciências Sociais (Sociologia eAntropologia) 04 1o/3o
Ciências Sociais: Sociologia eAntropologia 04
1o/2o
Relacionamento Enfermeiro-Paciente I 03 2o/1o Relacionamento Enfermeiro-Paciente I 03 1o/1o
Estatística Vital 04 1o/1o Estatística Vital 03 2o/1o
Saúde da Comunidade 04 1o/4o Saúde da Comunidade 02 1o/2o
Fundamentos de Saneamento do Meio 03 2o/1o Saúde e Meio Ambiente 03 2o/1o
Introdução à Enfermagem (Semiotécnica) 03 2o/1o Introdução à Enfermagem IncluindoSemiotécnica
03 1o/1o
Prática Desportiva I** 04** 1o e 2o/1o** ------------ -- --/--Prática Desportiva II** 04** 1o e 2o/2o** ------------ -- --/--Genética Humana (Genética e Evolução) 04 1o/2o Genética Humana 04 1o/3o
Farmacologia 07 1o/2o Farmacologia 07 2o/2o
Nutrição e Dietética Aplicada à EnfermagemI 03
1o/2o Nutrição Básica 02 2o/1o
Nutrição e Dietética Aplicada à EnfermagemII 03
2o/2o Dietoterapia 03 2o/2o
84
Parasitologia 03 1o/2o Parasitologia Aplicada à Enfermagem 04 1o/2o
Anatomia Patológica Geral 02 2o/2o Anatomia Patológica Geral 02 2o/2o
Personalidade e Ajustamento 04 1o/2o Psicologia em Saúde 04 1o/3o
Relacionamento Enfermeiro-Paciente II 03 2o/2o Relacionamento Enfermeiro-Paciente II 03 2o/2o
Fundamentos de Enfermagem(Semiotécnica) - Incluindo EstágiosSupervisionados* 22
1o/2o Fundamentos de Enfermagem:Semiotécnica
17 1o/2o
Enfermagem Médico-Cirúrgica – IncluindoEstágios Supervisionados*
32 2o/2o Saúde do Adulto Clínico e Cirúrgico 20 2o/2o
Relacionamento Enfermeiro-Paciente III 03 1o/3o Relacionamento Enfermeiro-Paciente III 03 1o/3o
Epidemiologia 02 1o/3o Epidemiologia 02 1o/2o
Enfermagem em Centro Cirúrgico(Enfermagem em Centro Cirúrgico -Assistência em Centro Cirúrgico 12 créditos;Assistência e Administração de Enfermagemem Centro Cirúrgico 4 créditos) IncluindoEstágios Supervisionados*
16 1o/3o Enfermagem em Centro Cirúrgico 13 1o/3o
Enfermagem Pediátrica – Incluindo EstágiosSupervisionados*
16 2o/3o Enfermagem Pediátrica 12 2o/3o
Enfermagem Ginecológica, Obstétrica eNeonatal – Incluindo EstágiosSupervisionados* 20
2o/3o Enfermagem Ginecológica, Obstétrica eNeonatal
16 2o/3o
Enfermagem em Doenças Transmissíveis –Incluindo Estágios Supervisionados* 16
1o/3o Enfermagem em Doenças Transmissíveis 13 1o/3o
Metodologia da Pesquisa 03 2o/2o Metodologia da Pesquisa I 03 2o/1o
Metodologia da Pesquisa II 02 1o/4o
Nutrição e Dietética Aplicada à EnfermagemIII 02
1o/4o Nutrição Materno-Infantil e em SaúdePública
03 2o/3o
Enfermagem Psiquiátrica (Semiologia) -Estágios Supervisionados* 16
1o/4o Enfermagem Psiquiátrica 13 1o/3o
Ética Profissional e Deontologia 02 1o/4o Bioética 02 1o/4o
História e Legislação da Enfermagem 02 2o/3o História e Legislação da Enfermagem 02 2o/1o
85
Didática Aplicada à Enfermagem –Incluindo Estágios Supervisionados*
04 2o/3o Didática Aplicada à Enfermagem 04 1o/2o
Administração Aplicada à Enfermagem –Incluindo Estágios Supervisionados*
32 2o/4o Introdução à Administração em Enfermagem
05 2o/2o
Administração em Enfermagem 07 2o/3o
Gerência em Enfermagem 10 1o/4o
Enfermagem e Preventiva e Comunitária –Incluindo Estágios Supervisionados*
16 1o/4o Enfermagem na Comunidade 02 1o/1o
Enfermagem Materno-Infantil na Comunidade
05 2o/3o
Enfermagem em Saúde Coletiva 06 1o/4o
Informática Aplicada à Enfermagem** 04** 1o/1o Introdução à Informática Aplicada à Enfermagem
04 2o/1o
------------ -- --/-- Assistência de Enfermagem ao Paciente Crítico
13 1o/4o
------------ -- --/-- Estágio Curricular Supervisionado 54 1o e 2o/4o
* Conjunto de disciplinas** Disciplinas optativas
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