Post on 08-Jul-2015
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNARCURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL: HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA
DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA, REDAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL IPROFESSOR REPONSÁVEL: GERSON LUÍS POMARI
Rodrigo Amaral da Silva
O BOM SELVAGEM NO ROMANTISMO BRASILEIROUma análise da figura do indígena na obra de José de Alencar
Monografia apresentada à Disciplina de Língua Portuguesa, Redação e Expressão Oral I, do Curso de Comunicação Social: Habilitação em Publicidade e Propaganda do Centro Universitário de Araras “Dr. Edmundo Ulson” UNAR.
ARARASMaio/2008
Dedico este trabalho a todos os alunos de Publicidade e Propaganda de
do Centro Universitário Edmundo Ulson UNAR
INTRODUÇÃO
Não é simples conhecer os motivos das desigualdades entre os homens e
as mulheres, pois ao longo dos séculos a esta se lhe atribuía a função reprodutora
juntamente com algumas tarefas relacionadas ao sistema produtivo como sustentáculo
da família. A estrutura familiar fazia com que a mulher sempre dependesse
economicamente do homem, dependência esta, que leva também seus matizes de ordem
psicológica. Este modelo de família se consolida no sistema capitalista, entretanto, com
o tempo, devido à necessidade crescente de mão de obra, a mulher começa a ser
integrada nos mercados de trabalho, fazendo com que esta ganhe - de certa forma - sua
independência econômica o que levaria, mais tarde ao aprofundamento na luta pela
igualdade dos sexos.
Em síntese, o sistema capitalista se adapta a luta das mulheres e as
integra neste sistema, apesar da reação da Grande Direita Norte Americana dos anos
oitenta e do próprio Vaticano, sendo a contra ofensiva da Igreja Católica muito
beligerante. Para esta, a mulher, na prática, é notavelmente inferior ao homem, assim,
atestando sua exclusão em muitos dos atos da liturgia católica. A Revolução Industrial
experimentada no século XVIII supôs um passo do sistema de produção familiar ao
sistema de mercado em cujo texto se consolidou a mão de obra masculina, além dos
períodos de guerra que provocaram significativas mudanças.
A luta das mulheres, segundo a hierarquia católica, não se dá devido à
violência exercida contra as mulheres dentro e fora do seio das famílias, senão como
conseqüência da manipulação levada a cabo pelos feministas. Esta era a posição de
Ratzinger antes de ser o bispo de Roma. Entretanto, como em qualquer processo social,
a luta pela igualdade de gênero será ampla e custosa. Assim, como superar estas
diferenças entre homens e mulheres? Sem duvida, a educação é um pilar básico para
reduzir as atuais desigualdades por razão de sexo.
As diferenças salariais entre homens e mulheres não são um fato isolado,
mas um fato mundial, conforme dados da OCDE, tanto nos países desenvolvidos como
nos países em desenvolvimento, tendo como média observada que a relação entre os
salários femininos e masculinos seria de 60 a 70% se o período de referência é mensal e
de 70 a 75% em se tratando de salário semanal e de 75 a 80% quando for por hora.
Está crescendo a porcentagem de mulheres casadas que integram a
População Economicamente Ativa. As mulheres casadas no mercado de trabalho
passaram de 20 para 38% entre 1980 e 1991. As mulheres chefes de famílias que
trabalham fora de casa passaram de 43 para 51%. As solteiras, de 27 para 36%.
Quanto maior o nível de escolaridade, maior a probabilidade de a mulher
casada ter trabalho remunerado. Entre as mulheres com escolaridade até 4 anos, a
porcentagem de trabalhadoras era inferior à porcentagem geral. Na faixa de 5 a 8 anos
de instrução, a taxa de 39% era idêntica à taxa geral. Com 9 e mais anos de instrução,
64% tinham trabalho remunerado.
Entre as mulheres chefes de famílias, 20% tinham 14 anos de
escolaridade. Mas eram exatamente as mulheres chefes de famílias que tinham maior
distância salarial em relação aos homens: seu salário era em média 47% menor,
enquanto as mulheres não-chefes e não-cônjuges do chefe ganhavam 16% menos que os
homens nas mesmas circunstâncias.