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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
PAULA FREITAS 2010
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SUMÁRIOPROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA...................................................................................4PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA ...................................................................................13PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA.............................................................................29PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA..................................................................................40PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA...........................................................63PROPOSTA PEDAGÓGICA – PROGRAMA VIVA À ESCOLA ..................................................94PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ......................................98PROPOSTA PEDAGÓGICA VIVA À ESCOLA .........................................................................117PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA........................................................................122PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE.........................................................................................135PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CIÊNCIAS............................................................149PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA............................................................................162PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA................................................................................186PROPOSTA CURRICULAR_LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA_INGLÊS.......................208PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO....................................226CALENDÁRIO 2011.......................................................................................................................233MATRIZ ENSINO FUNDAMENTAL ...........................................................................................234MATRIZ CURRICULAR ENSINO MÉDIO..................................................................................235
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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA
PAULA FREITAS2010
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PROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a história da filosofia traz
consigo o problema de seu ensino. Na filosofia de Platão a prática do ensino de filosofia
teria efeito nulo sobre os jovens, pensamento que hoje é descartado. Naquela época, a
filosofia favorecia posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do
conhecimento. Hoje a preocupação é a delimitação de metodologias para o ensino de
filosofia e garantir que os métodos de ensino não deturpem o conteúdo.
A ideia de que não existem verdades absolutas é defendida por muitos filósofos.
Por isso é inevitável a ausência de conclusões definitivas. Esta é uma das características
preliminares em qualquer conteúdo filosófico. Russell (2001) confirma essa polêmica
quando diz: “O valor da filosofia, em grande parte deve ser buscado na sua incerteza’’. O
que precisamos é garantir que os métodos não deturpem o conteúdo. Por isto o ensino de
filosofia por meio de conteúdos estruturantes não exclui as divisões cronológicas e
geográficas. Elas fazem uma ponte entre o que aconteceu e que relação esse
acontecimento ou pensamento tem com a nossa vida.
Abordar a filosofia é complexo, é um caminho cheio de percalços. Contudo não
podemos deixar que a filosofia perca a sua característica essencial que é a capacidade de
dialogar de forma crítica e mesmo provocativa com o presente. Ao pensar o ensino de
filosofia, é preciso definir o local onde ele é pensado e que alvo deve atingir. Trabalhar
com a realidade e para a realidade que o aluno vive é ponto fundamental.
A amplitude da filosofia é muito grande. Por isso a delimitação com os conteúdos
estruturantes (Mito e Filosofia; teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Estética e
Filosofia da Ciência), pois estes conteúdos estão presentes nos diversos períodos da
história da filosofia. É claro, que todo processo de escolha determina ausências que por
sua vez geram questionamentos. Não estamos abandonando a história da filosofia,
estamos optando por conteúdos estruturantes que possibilitam o trabalhado de textos
clássicos e a relação dos mesmos com a história da filosofia. Trata-se de garantir que o
ensino de filosofia não perca algumas de suas características, como por exemplo: a
capacidade de dialogar de forma crítica e mesmo provocativa com o presente.
No Brasil a filosofia (disciplina) acontece desde o ensino jesuítico, que entendia a
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filosofia como instrumento de formação moral e intelectual sob os cânones da igreja, da
elite colonial e do poder colonial local. Na época da Proclamação da República a filosofia
passou a fazer parte dos currículos oficiais como disciplina obrigatória.
Na verdade a filosofia no Brasil teve um caminho de idas e vindas dentro das
escolas. Na era Vargas, por exemplo, a política educacional privilegiou o desenvolvimento
da educação técnica e profissional dentro das escolas secundárias.
Na época da Ditadura Militar, a Filosofia, desaparece dos currículos escolares,
porque não servia aos interesses políticos, econômicos e ideológicos do período.
A partir da década de 80 com o processo de abertura política e redemocratização
do País, retornam as discussões pelo retorno da filosofia as escolas. Alguns estados
esboçaram a tentativa de implantação com algum êxito, mas como a lei em vigor na
época dizia que o aluno deveria ter domínio do conhecimento filosófico sem a exigência
de introdução efetiva da disciplina na matriz curricular. O que acabou gerando a perda do
seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da
disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar filosoficamente o
ensino da filosofia. Ainda vivemos um momento de afirmação. O ensino de filosofia é um
espaço para a criação unindo dois conceitos básicos da filosofia e do filosofar como
atitudes indissociáveis que dão vida ao ensino de filosofia.
A filosofia é uma disciplina, que se ocupa de questões cujas respostas estão longe
de serem obtidas pela ciência. Isso ocorre porque a busca do conhecimento é um
processo constante. Nesse sentido é importante destacar que a atitude filosófica desperta
a capacidade de indagação. Perguntar o que a coisa é; perguntar como a coisa é, e,
ainda, perguntar porque a coisa é assim, são questões que fazem parte dessa atitude.
A filosofia questiona o saber o saber instituído.
Através dos acontecimentos do cotidiano podemos levar o aluno há uma reflexão
filosófica, procurando tecer o seu pensar e construindo um pensamento reflexivo e
coerente com a sua vida.
Para que isto aconteça é preciso observar e objetivar especialmente os pontos a
seguir:
• Propiciar ao aluno o conhecimento e a busca do saber filosófico;
• Desenvolver a reflexão em torno de todos os assuntos tratados na sala de aula;
• Despertar nos estudantes atitudes filosóficas de questionar o Por quê? E o Para
quê?
• Buscar respostas para as questões e os problemas da sociedade como um todo,
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relacionando história e vivência;
• Examinar e comparar respostas, criando espaços para debates;
• Ampliar sua visão de mundo, levando em consideração muitas coisas, para,
perceber ao máximo a abrangência do tema;
• Cultivar o gosto pela diversidade, manter-se aberto a novas visões de mundo;
• Compreender as complexidades do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações e que se manifesta quase sempre de forma
fragmentada.
2 CONTEÚDOS DA DISCIPLINA
Conteúdos, são conhecimentos basilares de uma disciplina, que se constituíram
historicamente, em contextos e sociedades diferentes, mas que neste momento ganham
sentido político, social e educacional, tendo em vista o estudante do Ensino Médio.
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
1ª SÉRIE
Mito e Filosofia
História da Filosofia
Saber Místico
Saber filosófico
Campos de Investigação da filosofia
grega
Mito e razão filosófica
Senso Comum e Senso Crítico
O que é filosofia?
Filósofos modernos1ª SÉRIE
Teoria do Conhecimento
O Conhecimento humano
As concepções da verdade
O pensamento
A questão do método
Conhecimento e lógica2ª Série Ética e moral
Pluralidade ética
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Ética
Ética e violência
Razão, desejo e vontade
Liberdade: autonomia do sujeito e a
necessidade das normas.
Enfrentamento à Violência na Escola2ª SÉRIE
Filosofia Política
A Política
Relações entre comunidade e poder
Liberdade e igualdade política
Política, ideologia, alienação e violência
A democracia e o poder
Direitos Humanos e Políticos
Direitos das Crianças e dos Adolescentes
(Lei11.525/2007)
Soberania
Organização Política, Movimentos Sociais
e Cidadania
Cultura e Diversidade (Educação no
Campo)
Populações Indígenas no Estado do
Paraná
Cultura Afro-brasileira
Justiça
Esfera pública e privada
Cidadania formal e/ou participativa
Política e Violência
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3ª SÉRIE
Filosofia da Ciência
A Arte e o Corpo
Identidade de Gêneros
Direitos Sexuais e Reprodutivos da
Juventude
Filosofia da arte
Categorias estéticas: feio, belo, etc.
Estética e sociedade.
A atitude cientifica
As concepções da ciência
A questão do método científico
Contribuições e limites da ciência
Ciência e ideologia
Ciência e ética
O que é ciência
Revoluções cientificas
Bioética3ª Série
Estética
Natureza da Arte
Filosofia e arte
Categorias Estéticas
Sensibilidade
Imaginação
Intuição
Necessidade da Arte
O Belo como Conceito
Kant e o Sentimento do Belo.
3- METODOLOGIA
Na sociedade que vivemos a filosofia tem um espaço a ocupar e muito a contribuir.
Se um dos objetivos do ensino médio é a formação pluridimensional e democrática capaz
de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo
contemporâneo, e de agir de forma autônoma, visando uma sociedade que universalize
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os direitos políticos, os civis e os sociais. A filosofia pode viabilizar-se
interdisciplinariedade com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da
linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.
A abordagem dos temas contemporâneos tem seu espaço garantido dentro de todo
o processo. Serão trabalhados de forma contextualizada, estabelecendo relações
interdisciplinares que atendam igualmente aos sujeitos seja qual for a sua condição, pois
eles são necessários para a compreensão da totalidade. Não existe um momento
específico para se trabalhar os temas eles podem acontecer a qualquer momento dentro
da aula de filosofia
Assim, o estudo da filosofia desenvolver-se-á através da leitura de textos de
diferentes estruturas e registros, pesquisas bibliográficas (laboratório de informática),
músicas, poesias, literaturas e filmes. Os temas trabalhados na disciplina propõem que
em se pensando a vida e os seus problemas, com seus significados; pode-se mostrar a
importância da filosofia desde os seus primórdios até os dias de hoje. Essa relação é
constante, porque ajuda o aluno na formulação de conceitos e suas comparações.
Nesse contexto a filosofia se apresenta como exercício que possibilita ao
estudante desenvolver o próprio pensamento. Enquanto investigadora de problemas que
têm recorrência histórica e criação de conceitos que são significativos para a vida. Essa é
a nova filosofia. À medida que investiga, gera discussões promissoras e criativas,
desencadeia ações coletivas e individuais nos sujeitos do fazer filosófico.
A aula de filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida. Nossas
aulas serão espaços de estudo da filosofia e do filosofar, propiciando ao aluno a reflexão
e o desenvolvimento de um estilo próprio de pensamento.
O ensino de filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do
estudante com os problemas. Através dos textos filosóficos propicia a investigação no
trabalho direcionando a criação do conceito. A filosofia na escola pode significar o espaço
de experiência filosófica, espaço de provocação do pensamento original, da busca, da
compreensão, da imaginação, da investigação da análise e da criação de conceitos.
4- AVALIAÇÃO
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto com meio de
diagnóstico do processo ensino aprendizagem quanto como instrumento de investigação
da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse
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processo é a aprendizagem, ou a verificação dela. A avaliação em filosofia deve
considerar a capacidade do estudante em criar conceitos, analisando como esses
conceitos foram elaborados. A avaliação nesse sentido acontece no interior da própria
aula de filosofia.
“A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Art. 106, P.P.P. É direito do aluno a recuperação de
estudos independentes do nível de apropriação de conhecimento. Art 113, P.P.P.
A avaliação dentro da disciplina de filosofia utilizará métodos e instrumentos
diversificados (leitura de textos, aulas expositivas, debates, seminários, análise crítica de
filmes, documentários, músicas, propagandas, etc.). Para que isso se concretize é
necessário a aplicação de trabalhos de pesquisa, resenhas, provas, análise de textos de
forma individual e ou coletiva. A avaliação poderá ser somatória e ou aritmética, tendo
seu resultado acrescentando e explicado no livro de chamada da turma. A recuperação
concomitante deve ser aplicada aos alunos que não conseguiram produzir novas ideias a
partir das vivências sociais. A avaliação, é um direito assegurado em lei, além disto ela
permite ao professor reforçar os conteúdos e reavaliar a sua prática.
5. REFERÊNCIAS
CADERNOS TEMÁTICOS: História e cultura Afro-brasileira e africana. Curitiba: SEED –
Pr. 2005 – 110 p.
CADERNOS TEMÁTICOS. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED- PR, 2006- 88 p.
CHAUI, Marilena. Filosofia. São Paulo, Ática, 2003.
Diretriz Curricular da Educação Básica - Filosofia. Paraná 2008.
Diretriz Curricular. Filosofia. D.E.M. Semana Pedagógica 2008.
FILOSOFIA. Vários Autores. Curitiba:SEED-PR, 2006. 336 p. 2ª Ed.
MATOS, Arnaldo Moreira de. Filosofia. Curitiba: IESDE, 2004.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.
Filosofia. Curitiba: Seed, 2008. (Livro Didático Público).
PARANÁ: Secretária do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica
– Filosofia. Curitiba: 2008.
Revistas de circulação nacional: veja época, etc.
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TELES, Maria Luiza. Filosofia para Jovens. Petrópolis: Vozes, 1996.
TRICHES, Ivo José. Filosofia da Educação. Curitiba: IESDE, 2004.
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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRÍCULAR DE QUÍMICA
PAULA FREITAS
2010
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PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA
A Química esta ligada intimamente a todo o desenvolvimento das civilizações, a
partir das primeiras necessidades do homem pré-histórico, tais como as necessidades de
comunicação, de sobrevivência, de desenvolvimento de técnicas de domínio do fogo, é
compatível discorrer sobre a história da Química, porém de modo conciso.
O poder representado pela riqueza, e a cura de todas as doenças, sinônimo de
vida eterna, são buscas incessantes da humanidade, sendo assim, as primeiras citações
da química são provenientes da alquimia que buscava o elixir da vida eterna e a pedra
filosofal (transmutação de todos os metais em ouro).
Os alquimistas eram aqueles que se dedicavam à tarefa da experimentação, mas
agiam de modo hermético, em segredo, uma vez que a sociedade da época era contra
procedimentos experimentais, por acreditar tratar-se de bruxaria.
De tantos experimentos que realizaram os alquimistas descobriram a extração,
produção e tratamento de diversos metais, em especial, o cobre, o ferro e o ouro, além
das vidrarias, que com o passar do tempo foram sendo aperfeiçoadas e muitas delas
fazem parte dos laboratórios da atualidade. Apesar da fantasia e a realidade contida nos
textos alquímicos, permeados de escritos indecifráveis, eles foram, aos poucos, se
difundindo clandestinamente pela Europa.
No final do século XIV e início do século XV, o contexto histórico do fim do
feudalismo, das aglomerações nas cidades emergentes, das péssimas condições
sanitárias, da fome, das pestes (negra), geraram um desequilíbrio demográfico e,
conseqüente, falta a mão-de-obra para o trabalho que também se reestruturava.
Nesse conturbado momento histórico apareceu um homem, de pseudônimo
Paracelso, com muito interesse no estudo das ciências herméticas e com ideias
metafísicas, porém preocupado com o bem estar físico da sociedade. Esse homem
utilizava substâncias minerais para a cura de doenças e, com suas pesquisas nascia a
latroquímica, antecessora da Química.
Mais tarde dentro desta mesma linha Helmont, médico que viveu entre os séculos
XVI e XVII foi condenado várias vezes pela igreja, acusado de realizar tarefas satânicas,
uma vez que em seus estudos fazia um misto de ciência e religião.
No século XVII, a Europa fervilhava, particularmente, nas grandes cidades como:
Paris, Londres, Berlim, Florença e Bolonha, onde surgiram as primeiras universidades.
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Nesse contexto foi fundada, em Paris, a Academia des Sciences e outra similar em
Berlim, ao mesmo tempo, ocorria a expansão da indústria, do comércio, da navegação e
das técnicas militares.
Apesar desta “liberdade” de pesquisa a melhor estratégia ainda era manter-se em
silêncio, a exemplo de um dos seus integrantes, Robert Boyle que externou esses
saberes e recebeu muitas críticas dos filósofos naturais, que acreditavam ser a natureza
formada por um principio mecânico.
Sendo algumas delas, a superação da idéia do flogista e o esclarecimento da
combustão por Lavoisier, sobre a natureza das substâncias.
A necessidade de tratamento quantitativo dos fenômenos químicos passou a ser
exigência e balanças cada vez mais precisas tornaram-se instrumentos indispensáveis
em qualquer laboratório.
Na investigação Química houve um predomínio francês, devido à herança deixada
por Lavoisier e também pelos seus continuadores, Berthollet, Gay-Lussac, Chevreul, que
atraíram a seus laboratórios cientistas de vários países deram a Química um corpo
estruturado de conhecimento.
Foram estabelecidas as leis das combinações, destacando-se os trabalhos de
Benjamin Richter, Ernest Fischer, Joseph L. Proust, que passaram a definir as
possibilidades de determinação de compostos como a previsão de novas substâncias.
John Dalton, tentando explicar as propriedades dos gases, propôs os mesmos
deveriam ser formados por átomos (proposta por Leucipo e Demócrito). Dalton ganhou
adeptos e ocorreram avanços significativos com os trabalhos de Thompson, Jons
Berzelius e Amedeo Avogadro.
Lavoisier propôs uma nomenclatura universal para os componentes Químicos que
foi aceita internacionalmente. A Química ganhou não só uma linguagem universal quanto
à nomenclatura adotada, mas também quanto aos seus conceitos fundamentais, foi
estabelecida a classificação periódica dos elementos, por Dmitri Ivanovitch Mendeleev.
Notáveis avanços da eletricidade trouxeram significativas contribuições para a
Química, principalmente os conceitos de afinidade química e eletrólise, que esclareceram
a estrutura da matéria.
Houve um desenvolvimento notável da Química Orgânica, que teve seu primeiro
grande momento a partir da síntese da uréia, em 1828, por Friedrich Wöhler. Essa síntese
pôs fim à Teoria da Força Vital.
No final do século XVIII, ocorreu o advento da Revolução Industrial, o surgimento
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da máquina a vapor e mais tarde da eletricidade. A Revolução Industrial impulsionou, por
um lado o desenvolvimento das máquinas - vapor e a eletricidade que substituíram a força
humana.
A primeira contribuição da química para o setor produtivo/estratégico foi talvez a de
Lavoisier, produzindo explosivos de boa qualidade ao governo francês. Em seguida
Bertholet solucionou problemas das indústrias de tecido e de limpeza. Thénard preparou
cloreto de cal, necessário para diversos fins industriais.
A fabricação da soda cáustica também está entre as primeiras conquistas da
nascente indústria química, proporcionando inclusive um prêmio pelo governo francês, a
Nicolas Leblanc.
Posteriormente Ernest Solway desenvolveu outro método de obter soda cáustica.
Os derivados do alcatrão da hulha foram estudados pela escola de Liebig. Henry Perkins
continuou os estudos sobre corantes e modificou sensivelmente a indústria.
Após os corantes, alvos bem sucedidos pela indústria química alemã, os próximos
produtos a serem desenvolvidos foram os perfumes e medicamentos. Os explosivos
foram outra descoberta do campo da Química, cujo uso industrial e/ou bélico criou armas
a base de pólvora, nitroglicerina, cordita, até a dinamite, inventada por Alfred Nobel.
O primeiro plástico artificial, o celulóide foi descoberto em 1869, por John Hyatt.
Surgiu em 1884 o rayon, a primeira fibra artificial patenteada por Luis Marie Chardonnet.
Henry Besemer idealizou um conversor que permitiu a produção do aço a baixo custo.
William Siemens, criou recuperação do calor em altos fornos. A produção industrial de
alumínio, a partir de eletrólise do óxido de alumínio, foi idealizada independentemente por
Charles martin e pelo metalúrgico Louis Héroult. Outra contribuição significativa da
nascente da indústria química, foram os processos de fabricação de adubo, para um
melhor desempenho do solo.
Podemos dizer que o século XIX foi o período no qual a ciência se consolidou
realmente e passou a definir as marcas na caminhada da humanidade.
No século XX, a Química e todas as outras ciências naturais tiveram um grande
desenvolvimento. Com o esclarecimento da estrutura atômica, foi possível entender
melhor a constituição e formação das moléculas, em especial a do DNA.
As primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a Química no Brasil
surgiram a partir do início do século XIX, provenientes das transformações de ordem
política e econômica que ocorriam na Europa. A construção dos currículos de Química
antigos tiveram por base três documentos históricos que foram produzidos em Portugal,
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na França e no Brasil:
Normas do curso de filosofia contidas no Estatuto da Universidade de Coimbra;
O texto de Lavoisier: “Sobre a maneira de ensinar Química!;
Diretrizes para a cadeira de Química da Bahia do Conde da Barca.
As recomendações de Coimbra definiram o que seria o ensino em Portugal e
marcou fortemente todo período imperial brasileiro.
O texto do cientista Lavoisier (de grande importância mundial, pelo prestígio
cientifico da França), foi decisivo, por ser sua obra o livro texto das escolas militares
brasileiras, das escolas de engenharia e das escolas preparatórias para o ensino superior.
As recomendações do Conde da Barca, quando numa carta o rei de Portugal,
reconheceram a importância da Química e suas áreas aplicadas às artes e à farmácia.
Outras contribuições para o ensino da Química no Brasil vieram pelas mãos de
Francisco Ferreira da Abreu, que ministrou um curso livre no Museu nacional do Rio de
Janeiro e de Manuel Maria Moraes e Valle, autor de importantes compêndios de Química
e formação de diversos discípulos.
No final da década de 70 consolidou-se o método construtivista que perdurou nos
anos 80, o qual visa a construção de conhecimento pelo aluno através de estímulos,
atividades dirigidas de modo a conduzi-lo a relacionar as suas concepções ao conceito
cientifico já estabelecido.
Desde o início dos programas curriculares não ocorreram grandes mudanças,
apenas foram agregados outros conteúdos à medida que novas descobertas aconteciam
no mundo científico. Isso foi impulsionado, via de regra, por processos históricos
relevantes, como guerras por exemplo. Estes saberes/conteúdos permaneciam no
currículo de forma fragmentada, com pouca ou nenhuma preocupação em estabelecer
relações entre eles.
O livro didático considerado pela maioria dos professores como instrumento
essencial do trabalho em sala de aula é outro fator que contribui para a adoção de
propostas curriculares que não obedecem muitas vezes a pedagogia da construção do
conhecimento e sim a lógica imposta pelos programas dos concursos vestibulares, não
possibilitando a articulação entre o mundo do trabalho e a formação escolar democrática.
O carácter hegemônico que o livro didático assume no quadro do ensino de
Química no Brasil, colabora para que o professor não adote o livro didático e sim seja
adotado por ele (CHASSOT, 1995). Ele indica quais conteúdos, a sua sequência, a
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metodologia das aulas e os objetivos a serem alcançados pelos alunos.
Em geral, o material didático dessa natureza privilegia aspectos formais da
Química como memorização de fórmulas, classificações, nomenclatura em detrimento da
compreensão precisa de conceitos e do entendimento de suas relações com os diversos
campos do conhecimento.
A química como disciplina tem objetivo principal formar um aluno que se aproprie
dos conhecimentos químicos e também seja capaz de refletir criticamente sobre o período
histórico atual.
A importância da abordagem experimental está na caracterização do seu papel
investigativo e de sua função pedagógica em auxiliar o aluno na explicitação,
problematização, discussão, enfim, dar significação dos conceitos químicos, e não trocar
a prática pela prática sem um objetivo prévio para o aluno.
Os números, os resultados quantitativos, sem dúvida trazem subsídios para a
construção do conceito químico de concentração, não devendo ser menosprezados,
porém ele pode ser melhor compreendido por outras vias que não somente a dos cálculos
matemáticos.
2. CONTEÚDOS DA DISCIPLINA
De acordo com a concepção histórica da disciplina, apresentam-se os conteúdos
estruturantes: Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica e a Química Sintética que são
macro saberes que organizam e fornecem direcionamento aos conteúdos. Sendo assim,
baseado na proposta de Mortimer e Machado (2000), como objeto de estudo da química
Substâncias e Materiais sustentado pela tríade Composição, Propriedades e
Transformações.
1ª SÉRIE
Matéria, Energia e Transformações da
Matéria.
Propriedades da matériaMatéria e sua natureza
Transformações da MatériaQuímica Sintética
Fenômenos químicos e físicosBiogeoquímica
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Misturas Homogêneas e Heterogêneas Biogeoquímica
Separação de misturas: Catação; destilação; filtração; Matéria e sua natureza
Estudo histórico do átomo:
Histórico; Concepções filosóficas de átomo, Modelos de Leucipo e Demócrito, Dalton,
Thomson, Matéria e sua natureza
A descoberta da radiatividade e a formulação do modelo de Rutherford. Matéria e sua natureza
Modelo atômico Bohr; postulados de Bohr.
Matéria e sua natureza
Modelo Atual. Matéria e sua naturezaÁtomo Partículas fundamentais; caracterização de
um átomo; número atômico,
elemento químico e massa atomicaMatéria e sua natureza
Comparação entre átomos: isótopos; isotonos; isóbaros, isoeletrônicos Matéria e sua natureza
Distribuição Eletrônica (eletrosfera)
Níveis, subníveis e orbitais.Matéria e sua natureza
Números quânticos Principal, azimutal, angular e spin Matéria e sua naturezaEstudo do núcleo (radioatividade)
Natural e artificial; primeiras descobertas.
Matéria e sua natureza
Leis de desintegração radioativas Química Sintética
Radioterápicos e radiofármacosBiogeoquímica
Meia vida e vida médiaMatéria e sua natureza
Fissão e fusão nuclearMatéria e sua natureza
Efeitos e aplicaçõesQuímica sintética
Tabela Periódica Compreensão da Tabela PeriodicaClassificação periódica, Propriedades Matéria e sua natureza
Ligações Teoria do octeto.Valência. Matéria e sua natureza
Ligação covalente; (Forças inter-moleculares)
ligação metálica; ligação covalente dativa
Ligação Iônica
Biogeoquímica
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Funções Inorgânicas Ácidos: Conceitos; propriedades; classificação; nomenclatura; formulação;
indicadores; pH.Usos freqüentes no cotidiano
Matéria e sua natureza
Bases: Conceitos; propriedades; classificação; nomenclatura; formulação;
indicadores.Uso freqüente no cotidiano
Matéria e sua natureza
Antiácidos estomacais.Biogeoquímica
Produtos de limpeza; construção civil (argamassa), desodorante.
Química Sintética
Sais: Conceito; propriedades; classificação; formulação; nomenclatura; aplicação.
Matéria e sua natureza
Uso freqüente no cotidiano Uso na produção de vidros;
Produção de fertilizantes NaClO. Química Sintética
Óxidos: Conceito; propriedades; formulação; nomenclatura.
Aplicação Matéria e sua natureza
PeroxidosAnti-séptico H2O2;
preparação de Argamassa; Biogeoquímica
Reações Químicas Equações químicas: reação de neutralização. Matéria e sua natureza
Balanceamento das equações; Classificação. Biogeoquímica
2ª SÉRIE
Cálculos químicos Massa atômicaMatéria e sua natureza
Massa molecular; Massa molar;
número de Avogadro e mol.Química sintética
Estequiometria Estudo quantidades de substâncias envolvidas em reações químicas
Matéria e sua natureza
Análise de excessos de reagentes da combustão,
Biogeoquímica
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Cálculos de combustão de combustíveis fósseis, Química Sintética
Leis Ponderais e volumétricas Matéria e sua naturezaSoluções Composição das soluções
Matéria e sua natureza
Dispersão de colóides; Biogeoquímica
Solubilidade (coeficiente)Matéria e sua natureza
Meio ambiente; água potável, água do mar Biogeoquímica
Concentrações das soluçõesMatéria e sua natureza
Concentração comumMatéria e sua natureza
Determinação de excesso de algum íon no sangue que facilita diagnósticos prévios.
Biogeoquímica
Título em massa e volume (porcentagem em massa e volume).
Matéria e sua natureza
Partes por milhão (ppm)Matéria e sua natureza
Densidade; Molaridade; Titulometria; Volumetria. Matéria e sua natureza
Propriedades Coligativas Pressão de vaporMatéria e sua natureza
TonoscopiaMatéria e sua natureza
Ebulioscopia: Água pura e água saturada de sais; diferenciação de ponto de ebulição
Biogeoquímica
Crioscopia: abaixamento do ponto de solidificação da água saturada de sais
Biogeoquímica
Pressão osmótica: transfusão sanguínea, soro fisiológico, injeções intravenosas de
glicose.
Biogeoquímica
Osmose reversa, dessalinização da água do mar.
Biogeoquímica
Termoquímica Formas de energia, transformações de energia.
Biogeoquímica
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Entalpia; Equações termoquímicas; entalpia de formação.
Matéria e sua natureza
Função dos alimentos, Biogeoquímica
Cinética química (velocidades das
reações químicas)
Teoria das colisões; energia de ativação.Matéria e sua natureza
Uso do H3C-COOH, ácido acético como antioxidante atuando como inibidor.
Química sintética
Velocidade das reações (atuação de efervescentes, cápsulas ou comprimidos
como medicamentos, suas velocidades de atuação no organismo); cálculo de
velocidade de reação. Biogeoquímica
Lei de velocidade (conversores catalíticos dos automóveis, redução de poluição). Química Sintética
Equilíbrio Químico (transformações
químicas)
Reações reversíveis e irreversíveisMatéria e sua natureza
Constante de equilíbrio; grau de equilíbrio; deslocamento do equilíbrio Matéria e sua natureza
.Alteração do equilíbrio de hemoglobina e
oxigênio no sangue devido baixas pressões atmosféricas. Sintomas: náuseas, fadiga,
dores de cabeça.Biogeoquímica
Principio de Lê Chattelier; perturbação do equilíbrio químico
Matéria e sua natureza
Produto Iônico da águaMatéria e sua natureza
pH e pOH Biogeoquímica
Oxidação – Redução (reação com
transferência de elétrons)
Conceito; Número de oxidação (NOX).Matéria e sua natureza
Corrosão e chuvas ácidasBiogeoquímica
Equações com oxi-reduçãoMatéria e sua natureza
Eletroquímica Potencial normal de redução; cálculo do potencial de uma pilha; reações
de óxido-redução espontâneas; pilhas comerciais e baterias, reciclagem de
baterias.
Biogeoquímica
22
3ª SÉRIE
Química orgânica HistóricoMatéria e sua natureza
Estudo do carbonoQuímica Sintética
Classificação das cadeias carbônicas
Classificação dos átomos de carbonos em uma cadeia
Classificação quanto da cadeia carbônicaCadeia aberta fechada,
Cadeia normal, ramificada, saturada, insaturada, aromáticas.
Matéria e sua natureza
Funções orgânicas NomenclaturaQuímica Sintética
Hidrocarbonetos Alcanos, Alcenos, Alcinos, Alcadienos, Ciclanos, Ciclenos, Aromáticos.
Química Sintética
Adulteração da gasolina; pixe, GLP (gás liquefeito do Petróleo), querosene.
Matéria e sua natureza
Petróleo; gasolina; compostos orgânicos do organismo; combustíveis fósseis.
Biogeoquímica
Radicais ou cadeias ramificadasQuímica Sintética
Haletos Orgânicos Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética
CFC, desinfetantes; Dicloro-difenil-tricloroetano DDT. Biogeoquímica
Funções Oxigenadas; Álcoois.
Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética
Combustíveis; fermentação; doenças hepáticas; alcoolismo; vinho. Biogeoquímica
Fenóis Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética
Desinfetantes, DDT, indicadores pH.Biogeoquímica
Aldeídos Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética
Formol; conservação de cadáveres; remédio; secreção de aldeídos; Bile. Biogeoquímica
23
Cetonas Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química sintética
Solventes de tintas e vernizes; pólvora sem fumaça; produtos medicinais; sedas
artificiais.Biogeoquímica
Ácidos carboxílicos Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética
Corantes de tecidos, Biogeoquímica
Éster Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética
Aromas, sabores artificiais, Biodiesel, esterificação e transesterificação. Matéria e sua natureza
Éter Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética
Colódio, anestésico local, produtos inflamáveis. Biogeoquímica
Reações entre álcoois Matéria e sua naturezaFunções Nitrogenadas –
AminasNomenclatura (oficial e não oficial)
classificações Química Sintética
Corantes, Amônia, compostos da vida, alcalóides, drogas, fármacos.
Biogeoquímica
Amidas Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética
Uréia, ácido úrico, fertilizantes, testes antidoping. Biogeoquímica
Nitrocompostos Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética
Explosivos, TNT, Reações com HNO3. Biogeoquímica
Ácidos Sulfônicos Nomenclatura e ClassificaçãoQuímica Sintética
Detergentes; biodegradáveis.Biogeoquímica
Polaridade das moléculas Matéria e sua naturezaTiocompostos Nomenclatura
Química Sintética
Organometálicos NomenclaturaQuímica Sintética
Clorofila, captação da luz e transformação de energia, reações fotossensíveis. Matéria e sua natureza
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Reação de substituição Alcanos: halogenação, nitração, sulfonação; Aromática: alquilação, acilação.
Química Sintética
Bronzeamento, filtros solares.Biogeoquímica
Efeitos da radiação solar nas reações de substituição Matéria e sua natureza
Reação do Halogênio nos haletos
Reação base forte: Williamson, Grignard; cianetos; amônia; sódio.
Química Sintética
Substituição da oxidrila Álcoois, fenóis, ácidos. Química SintéticaCompostos orgânicos
naturaisGlicídios: Glicose, Frutose, Sacarose; amido; Celulose; lipídeos; glicerídeos;
Aminoácidos; Proteínas; Enzimas.Biogequímica, matéria e sua natureza, química sintética.
Polímeros Borracha, plásticos, PVC, náilon, garrafas PET.
Biogeoquímica; química sintética, matéria e sua natureza.
Com relação aos desafios educacionais contemporâneos (enfrentamento a
violência na escola; cidadania e direitos humanos; educação ambiental (lei 9795/99 –
política nacional de educação ambiental); Educação fiscal; prevenção ao uso indevido de
drogas) serão discutidos de forma contextualizada inseridos nos conteúdos.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
É importante que o processo ensino e aprendizagem em química parta do
conhecimento prévio dos estudantes onde se incluem as concepções alternativas ou
concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito científico.
Por sua vez, a concepção científica envolve um saber socialmente construído e
sistematizado, que requer metodologias específicas para ser disseminado no ambiente
escolar.
Quando os estudantes chegam na escola, eles não estão desprovidos de
conhecimentos, pois cada um trás consigo diferentes costumes, tradições, preconceitos e
idéias que dependem também de suas origens, com isso ocorre a troca de experiências
entre os alunos e fica impossível que o professor utilize uma única forma de ensinar, ou
seja, uma única metodologia para que a aprendizagem ocorra.
Os modelos utilizados no ensino de química servem para descrever o
25
comportamento microscópico, porém, não todos os fenômenos.
Entretanto, sabemos a importância da experimentação no ensino de química para
compreensão dos fenômenos químicos, e para que haja esta compreensão, não podemos
apenas transmiti-los como uma receita, pois dessa forma não há uma contribuição
significativa para a compreensão dos conceitos científicos. Uma aula experimental seja
ela com manipulação do material pelo aluno ou demonstrativa, não deve ser associada a
um aparato experimental sofisticado, mas sim, á sua organização, discussão e análise,
possibilitando interpretar os fenômenos químicos e a troca de informações entre o grupo
que participa da aula.
Esta importância na abordagem experimental está no seu papel investigativo e na
sua função pedagógica de auxiliar o aluno na explicitação, problematização, discussão,
enfim, não é preciso haver um laboratórios sofisticados, nem ênfase exagerada no
manuseio de instrumentos para a compreensão dos conceitos. O experimento deve ser
parte do contexto de sala de aula e seu encaminhamento não pode separar a teoria da
prática, num processo pedagógico em que os alunos se relacionem com os fenômenos
vinculados aos conceitos químicos a serem formados e significados na aula.
O texto científico não deve ser visto como se todo conteúdo estivesse ali presente,
mas sim como um instrumento de mediação na aula entre aluno-aluno e aluno-professor,
levando a novas questões e discussões. Ao utilizar textos científicos é preciso tomar
alguns cuidados como: a escolha do texto, pois o texto deve possuir linguagem e
conteúdo que o aluno conheça e possa interpretar para ter subsídio de aprendizagem não
apenas conhecimento vago.
Como recursos didáticos para assimilação do conteúdo podem ser: apostilas, livros
didáticos, retroprojetor, textos científicos, aulas expositivas com a tvpendrive, aulas
práticas dentro e fora da sala de aula, aulas no laboratório, revistas e periódicos da área
da química, vídeos e outros mecanismos de conhecimento.
4. AVALIAÇÃO
Em química o principal critério de avaliação é a formação dos conceitos científicos.
Trata-se de um processo de construção onde o aluno traz este conhecimento concebido
na sua prática do dia-a-dia e o professor reconstrói estes significados dos conceitos
26
científicos para com o aluno. Esta (re)construção acontecerá por meio de abordagens
histórica, sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos.
Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que considere os conhecimentos
químicos.
Isto se dará através de interpretação de textos, produção de textos, trabalhos em
grupos, elaboração de quadro, mural, experimentações em laboratório, avaliações
objetivas e subjetivas.
A avaliação dos conceitos pode ser feita pela solicitação da definição de
determinado conceito, expondo semelhanças e diferenças, da aplicação do conceito na
resolução de um problema ou ainda na identificação de exemplos relacionados ao
cotidiano do aluno.
A avaliação deverá verificar a aprendizagem, a partir daquilo que é básico e
essencial, e espera-se do aluno que ele entenda e questione os avanços científicos na
área de Química, construindo e reconstruindo os conceitos químicos em seu cotidiano.
27
5. REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Química. Curitiba, 2008.
PEREIRA, Paulo César e NORMANHA, Ary A. – CURSO DE QUÍMICA SARDELLA E MATEUS – Editora Ática S.A 1984 – São Paulo.
VANIN, J. A ALQUIMISTAS E QUÍMICOS – o passado, o presente e o futuro – São Paulo
– Editora Moderna, 2002.
NOVAIS, V – Química – 3ª Edição – Guanabara Dois, 1979.
ROSSI, P – O NASCIMENTO DA CIÊNCIA MODERNA NA EUROPA – Bauru: EDUSC,
2001.
PINTO, A CIÊNCIA E EXISTÊNCIA – São Paulo: Paz e Terra - 1969
SARDELLA, A, MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química – 3ª Edição: Editora Ática –
1992.
CHASSOT, A – Para Quem é útil o Ensino – Canoas - Editora Da Ulbra, 1995.
KUWABARA, E. F. e MACHADO, A H. Química para o Ensino Médio – Volume Único –
1ª Edição – São Paulo – Editora Scipione – 2002.
28
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA DE SOCIOLOGIA
PAULA FREITAS
2010
29
PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O estudo da sociedade sempre foi uma preocupação desde a Grécia antiga, no
entanto, o pensamento sociológico clássico ocorre entre os séculos XVIII e XIX no apogeu
do pensamento iluminista, que forjou todo o ideal da Revolução Francesa e da Revolução
Industrial, que serviram de base para a instalação definitiva da sociedade capitalista. As
modificações verificadas nas relações sociais, decorrentes de mudanças estruturais
impostas pela formação de um novo modo de produção econômica.
Para compreender as modificações da sociedade daquela época os pensadores
sociais começaram a observam que os fatos acontecidos tinham uma relação estreita
com os fatos históricos acontecidos no século XVIII. Essa foi preocupação maior dos
pensadores daquela época e tem sido até hoje o maior objetivo da sociologia. A
preocupação da sociologia é tentar explicar os mecanismos de produção, organização,
domínio controle e poder da sociedade como um todo, porque elas fazem parte das
relações sociais.
Como ciência, a Sociologia delineou-se no rastro do pensamento positivista,
identificando-se com o caráter científico, buscado e valorizado no Século XIX.
São representantes desse pensamento Augusto Comte (1798-1857), o primeiro a
usar o termo Sociologia, relacionando-a com a ciência da sociedade e Émile Durkheim
(1858-1917) seguidor das ideias de Comte, especialmente as de ordem social. Os dois
pensadores buscavam soluções para os graves problemas sociais gerados pelo modo de
produção capitalista. Esse modo de produção gerou desvios ou anomalias na sociedade.
Dentro deste contexto, a educação seria um dos mecanismos responsáveis para
adequar a sociedade levando os indivíduos a uma nova sociedade. Apesar de sua origem
conservadora, a Sociologia desenvolveu um olhar crítico e questionador sobre a
sociedade. E continua até hoje a desempenhar este papel, motivo maior pelo qual, a
disciplina, voltou a ser ministrada nas escolas, pois ela contribui para a formação de um
cidadão mais consciente.
Karl Marx (1818-1883) contribuiu à sociologia, porque desnudou as relações de
exploração que se estabeleceram a partir do momento em que uma determinada classe
30
social apropriou-se dos meios de produção e passou a conduzir os rumos da sociedade.
Segundo o teórico, a exploração das relações de trabalho só teria sentido se
transformada em práxis, capaz de transformar as estruturas de poder vigente e construir
novas relações sociais, fundadas na igualdade de condições para todos os indivíduos.
No Brasil, tanto as ideias conformistas, quanto as revolucionárias, exerceram forte
influência na formação do pensamento sociológico. Na busca de qual seria a identidade
cultural nacional e colocando a sociedade brasileira no contexto da chamada
modernização, definiu-se que a grande questão era construir, delinear e definir a
brasilidade.
Gilberto Freire, Fernando de Azevedo, Euclides da Cunha e Monteiro Lobato
representaram uma proposta sociológica significativa. Decorrente das mudanças
econômicas e políticas da sociedade, como os movimentos sociais agrários e urbanos, os
movimentos estudantis, as minorias entre outras, passaram a ter mais atenção, as
instituições sociais passaram a ser estudadas em sua dinâmica social e histórica.
Inventada nas universidades e centros de estudo, as discussões no campo da Sociologia
se consolidaram como importante perspectiva de compreensão das novas dimensões
constantes na sociedade brasileira.
O objeto de estudo da Sociologia é o conhecimento e a explicação da sociedade
pela compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem, das
relações que se estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como a
compreensão das consequências dessas relações para os indivíduos e para a
coletividade.
O estudo da disciplina de Sociologia, nas escolas, percorreu um caminho de idas e
vindas as grades curriculares demorando em se firmar como fundamental para a
formação humana e seu atrelamento foi vinculado a interesses e vontades políticas. A
trajetória do ensino da Sociologia, acarretou marcas que não podem ser ignoradas, mas
apesar disso as suas contribuições para a formação de sujeitos envolvidos tem sido de
fundamental importância. Dentro de todo um contexto histórico a sociologia continua até
hoje a desempenhar este papel ou seja a formação de sujeitos conscientes, pois ela
contribui para a formação do cidadão.
Os grandes problemas que vivemos hoje, provenientes do acirramento das
forças do capitalismo e do desenvolvimento industrial desenfreado, buscam sujeitos mais
atuantes na busca da contenção da destruição social e planetária. A Sociologia pode
ajudar os indivíduos a exercer a sua cidadania, atuando de forma concreta na construção
31
de uma sociedade melhor. É tarefa da escola e da sociedade como um todo a formação
de novos valores, de uma nova ética e de novas práticas que indiquem a possibilidade de
construção de novas relações sociais.
Conhecer diversas concepções é muito importante na construção do pensamento
sociológico, sobretudo no contexto escolar. Por meio de tais concepções, o professor
reflete e orienta criticamente sua ação pedagógica, e, por sua vez o aluno, terá acesso a
outros saberes, elaborados de forma rigorosa e crítica, acerca da realidade como um
todo. Na escola o pensamento sociológico se consolida na articulação entre experiências
e conhecimentos compreendidos como totalidades complexas.
A busca do conhecimento é um processo constante. A Sociologia procura aliar
conhecimento e comprometimento. Os homens só se humanizam através das relações
sociais, daí a importância do estudo da Sociologia. O conhecimento sociológico visa à
formação do cidadão e não do cientista social.
O conhecimento sociológico deve oportunizar ao aluno descobrir-se como agente
social, e exercer ativamente e de maneira construtiva a sua participação, através da
compreensão dos agrupamentos humanos e de seu funcionamento, contribuindo para a
formação de cidadãos mais críticos e participantes, mais aptos para lidar com as
diferenças e para serem sujeitos de sua própria história.
Tornar acessível e compreensível o estudo da Sociologia, de modo que a dialética
dos fenômenos sociais seja explicada e entendida para além do senso comum, porque
ela se relaciona intimamente com a vida dos indivíduos.
Organizar campos de estudos básicos para a construção de processos de
construção social. Essa organização norteia professor e aluno que são os sujeitos da
educação escolar e da prática social.
Consolidar dentro da escola o pensamento sociológico, atribuindo aos
conhecimentos fragmentados um embasamento social adequado para que se
transformem em conhecimentos compreendidos. Despertando no aluno curiosidades e
indagações necessárias a sua formação.
Desenvolver uma práxis pedagógica como construção histórica representando os
grandes campos do saber, da cultura e do conhecimento universal, criando assim
espaços de integração dentro do processo de ensino-aprendizagem.
Propiciar uma Sociologia crítica que possibilite o diálogo e o debate acerca das
transformações socioeconômicas, culturais e políticas do mundo contemporâneo.
Compreender que dentro do processo de socialização os indivíduos devem
32
conhecer e internalizar as expectativas de comportamentos estabelecidos por valores,
regras e normas nela presentes acontecendo dentro das instituições sociais.
Resgatar conteúdos da Sociologia crítica e moderna para que se esclareçam
questões acerca de desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais da sociedade
brasileira.
Conhecer as diversas concepções sociológicas para contribuir na construção do
pensamento sociológico, sobretudo no contexto escolar, possibilitando ao professor e ao
aluno, cada em seu nível de compreensão, alterar qualitativamente sua prática social.
Contextualizar os conteúdos estruturantes de modo que os temas trabalhados
estejam ligados diretamente, só assim vamos contemplar práticas distintas.
Desnaturalização das ações que se estabelecem na sociedade;
percepção de que a realidade social é histórica e socialmente construída;
explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,
desconstruindo pré-noções e pré-conceitos.
Proporcionar questionamentos quanto a existência de verdades absolutas, sejam
elas na compreensão do cotidiano, ou na constituição da ciência.
2- CONTEÚDOS DA DISCIPLINA
O ensino de Sociologia deve ser encaminhado de modo que a dialética dos
fenômenos sociais seja explicada e entendida para além do senso comum, para uma
síntese que favoreça a leitura das sociedades à luz do conhecimento científico. O ensino
da Sociologia requer que seja tratado em partes, a fim de torná-lo acessível e
compreensível a um maior número de pessoas.
1ª série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
1-O Surgimento da Sociologia e
Teorias Sociológicas
Formação e consolidação da sociedade capitalista
e o desenvolvimento do pensamento social;
Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim,
Engels e Marx, Weber.
O desenvolvimento da sociologia no Brasil.Processo de socialização;
33
2- O Processo de socialização e
as Instituições sociais
Instituições sociais: familiares; Escolares;
Religiosas;
Violência, abuso
Gênero e diversidade sexual;
Instituições de Reinserção (prisões, manicômios,
asilos, etc
3- Trabalho, Produção e Classes
Sociais
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes
sociedades;
Educação do campo( eixo temático: divisão social
e territorial; interdependência campo cidade,
questão agrária e desenvolvimento sustentável.
Desigualdades sociais: estamentos, castas,
classes sociais.
Organização do trabalho nas sociedades
capitalistas e suas contradições;
Globalização e neoliberalismo;
relações de trabalho;
Trabalho no brasil.
2ª Série
1-O Surgimento da Sociologia e
Teorias Sociológicas
Formação e consolidação da sociedade capitalista
e o desenvolvimento do pensamento social;
Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim,
Engels e Marx, Weber.
O desenvolvimento da sociologia no Brasil.2- Poder, Política e Ideologia Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo, totalitarismo; violência
simbólica;
Estado no Brasil;
Conceitos de poder;
Conceitos de Ideologia; (prevenção ao uso
34
indevido de drogas)
Conceitos de dominação e legitimidade;
As expressões da violência nas sociedades
contemporâneas. (enfrentamento à violência na
escola)3- Direito, Cidadania e
Movimentos Sociais
Direitos civis, políticos e sociais
Direitos humanos (direitos das crianças e dos
adolescentes)
Conceito de cidadania ( cidadania e direitos
humanos)
Movimentos sociais
Movimentos sociais no Brasil
A questão ambiental e os ambientalistas
A questão das Ong,s (educação ambiental)
3ª série
1-O Surgimento da Sociologia e
Teorias Sociológicas
Formação e consolidação da sociedade capitalista
e o desenvolvimento do pensamento social;
Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim,
Engels e Marx, Weber.
O desenvolvimento da sociologia no Brasil.2-Cultura e indústria cultural Desenvolvimento antropológico do conceito de
cultura e sua contribuição na análise das diferentes
sociedades;
Culturas Indígenas
Cultura afro-brasileiras e africanas
Diversidade cultural;
Identidade
Indústria Cultural; (educação Fiscal)
Prevenção ao uso indevido de drogas
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo;
Indústria cultural no Brasil;
Questões de gênero;
35
3. METODOLOGIA
No estudo da Sociologia faz-se necessário iniciar o processo de ensino através da
contextualização histórica para que o aluno situe-se dentro dos fatos acontecidos para aí
então formular uma análise didática e crítica dos problemas sociais. No ensino de
Sociologia, é fundamental a adoção de múltiplos instrumentos metodológicos, adequando-
os aos objetivos pretendidos.
Desde a sua constituição como conhecimento sistematizado, a Sociologia tem
contribuído para ampliar o conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida
e, fundamentalmente, para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um
saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos problemas
da vida social.
O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia, fundamenta-se e sustenta-
se em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma com seu
potencial explicativo. Como disciplina escolar, a Sociologia, deve acolher a particularidade
das diferentes tradições, e, ao mesmo tempo recusar qualquer espécie de síntese teórica,
assim como encaminhamentos pedagógicos de ocasião.
A metodologia da disciplina de sociologia deve ser dinâmica permitindo a
interação, o diálogo e uma postura reflexiva perante os conteúdos expostos durante as
aulas. Criar situações que possibilitam a exposição de diferentes pontos de vista; tal
princípio, ajuda a ver com clareza as concepções de sociedade que estão embutidas nas
diferentes visões presentes na sala de aula. Dar ao aluno condição de opinar nas
tomadas de decisões de ensino, cabendo ao professor a função de mediador das
interações práticas, o que possibilita o estabelecimento de uma democracia sólida. A sala
de aula é o espaço determinado para a aula, mas não é só ele. Usar de outros espaços
propicia a mudança e esta por sua vez ocasiona também a mudança de pensamento.
O conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação, descrição e
estabelecimento de correlações de fenômenos da realidade. O aluno precisa aprender a
pensar, a refletir, a pesquisar.
Aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições quando
possível;
Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;
Leituras de textos: clássicos-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos,
36
didáticos, literários, jornalísticos;
debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras pesquisas:
pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;
análise: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV;
análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade)
4. AVALIAÇÃO
A avaliação não é apenas um resultado, mas um processo contínuo e sistemático.
Ela não pode ter uma função apenas classificatória, é muito mais que isso. Deve-se
avaliar durante todo o ano letivo, para que se diagnostique os conhecimentos e para
descobrir os interesses dos diversos grupos.
Assim, o processo de avaliação serve para organizar, orientar e validar o
processo de ensino-aprendizagem. A avaliação deve ser essencialmente diagnóstica e
formativa. Quando diagnóstica, é um meio para se conhecer os alunos, seus problemas e
suas potencialidades. Para que a avaliação formativa se torne uma prática é necessário
abrir um leque de opções, usando a diversidade dos instrumentos de avaliação. Usando
para isso diferentes instrumentos: provas, testes, trabalhos, debates, seminários,análise
de filmes, exercícios, pesquisas, entrevistas, palestras, propagandas, documentários,
músicas, etc. A recuperação concomitante deve ser aplicada aos alunos que não
conseguiram produzir novas ideias a partir das vivências sociais. A avaliação, é um direito
assegurado em lei, além disto ela permite ao professor reforçar os conteúdos e reavaliar
a sua prática.
O caráter da avaliação na disciplina de sociologia parte do princípio de inclusão e
não exclusão.
A avaliação será percebida como instrumento formativo dialético da identificação
de novos conceitos na formação do aluno crítico, autônomo, analisando no seu
desenvolvimento escolar a capacidade de desnaturalizar conceito construídos
culturalmente.
Critérios de avaliação:
apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social;
a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente;
clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas;
37
a mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais.
38
5. REFERÊNCIAS
BOTTOMORE, T. B. Introdução à Sociologia. Rio de Janeiro. Zahar, 1970.
KRUPPA, Sonia M. P.. Sociologia da Educação, São Paulo, Ática, 1989.
MEKSENAS, Paulo. Sociologia da Educação, São Paulo, Loyola, 1988.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. São Paulo, Ática, 2001.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretriz Curricular da
Educação básica: Sociologia. Curitiba, PR, 2008.
PILETTI, Nelson. Sociologia da Educação. São Paulo, Àtica, 2000.
TELES, Maria Luiza Silveira. Sociologia para Jovens. Petrópolis, Vozes, 1993.
39
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA DE HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PAULA FREITAS
2010
40
PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A História tem como objeto de estudos os processos históricos, relativo às
ações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às
mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. A finalidade da História é expressa
no processo de produção do conhecimento humano sob a forma da consciência histórica
dos sujeitos. Devem-se considerar também como objetivo de estudos as relações dos
seres humanos com os fenômenos naturais, tais como as condições geográficas, físicas e
biológicas de uma determinada época e local, os quais também se conformam a partir das
ações humanas.
DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
A História no Brasil era baseada na História da Europa Ocidental, valorizando a
nacionalidade expressa nas raças branca, índia e negra, predominando a ideologia
branca, excluindo pessoas comuns como sujeitos históricos. Os conteúdos da disciplina
eram voltados a História Universal, e a História do Brasil era dificilmente tratada pelos
professores.
No governo de Getúlio Vargas o ensino de História retornou aos currículos
escolares, mas voltada para a elite. Desde o início dos anos 1930, o ensino de História foi
marcado pelos debates teóricos sobre a inclusão dos Estudos Sociais na escola.
Após a implantação do regime militar (1964), manteve seu caráter político, pautado
no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do ponto de vista factual. Mantiveram-se os
grandes heróis como sujeitos da História narrada, exemplos a serem seguidos.
A partir da Lei 5692/71, o ensino centrou-se numa formação tecnicista, voltada para
a preparação de mão de obra para o mercado de trabalho. As disciplinas das áreas
humanas perderam espaço nos currículos, as disciplinas de História e Geografia faziam
parte de Estudos Sociais, dividindo ainda a carga horária com Educação Moral e Cívica.
No segundo grau a carga horária de História foi reduzida e a disciplina de OSPB
(Organização Social e Política Brasileira) passou a compor o currículo.
41
Na segunda metade da década de 1980 e no início dos anos 1990, cresceram os
debates em torno das reformas democráticas na área educacional, repercutindo nas
novas propostas do ensino da História.
No Paraná foi criado o Currículo Básico fundamentado na pedagogia histórica-
crítica. Essa proposta de renovação do ensino da história tinha como pressupostos
teóricos a historiografia social, pautada no materialismo dialético indicando alguns
elementos da Nova História.
Após a redemocratização política do Brasil, valorizava as ações dos sujeitos em
relação às estruturas em mudança que demarcam o processo histórico das sociedades,
incluindo ente os conteúdos, o estudo da produção do conhecimento histórico, das fontes
e das temporalidades.
Para o 1º grau, o conteúdo foi dividido em dois blocos distintos – História do Brasil
e História Geral. A História do Paraná e da América Latina apareciam como estudos de
casa. O estudo de História, no ensino de 2º Grau no Paraná, embasado na pedagogia
histórica-crítica dos conteúdos, apresentava uma proposta curricular que apontava para a
organização dos conteúdos, a partir do estudo da formação do capitalismo no mundo
ocidental e a inserção do Brasil nesse quadro, de forma integrada, por meio da retomada
da historiografia social, ligada ao materialismo histórico dialético.
Essa forma de organização curricular demonstrava a dificuldade da proposta em
romper com uma visão eurocêntrica da história. Os documentos curriculares estudados
não superaram a história linear e cronológica como haviam proposto, uma vez que
enfatizavam exageradamente os fatos e acontecimentos políticos e econômicos da
história.
A implementação dessas novas propostas foi limitada devido à ausência prévia de
um processo de formação continuada dos professores. A implantação dos novos
currículos foi simultânea em todas as séries, sem a disponibilização de referenciais
teórico-metodológicos prévios para os professores, limitando a sua apropriação pelos
mesmos.
O ministério da Educação divulgou no final dos anos 90, os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino Fundamental e Médio, organizando o
currículo em áreas do conhecimento. Faziam parte da área de ciências humanas e suas
tecnologias: as disciplinas de Geografia, Sociologia, Filosofia e História. A História foi
integrada as demais pelos temas transversais.
A implementação dos PCNs no Paraná se deu de modo autoritário, apesar das
42
escolas terem autonomia para elaborar suas propostas curriculares.
O objetivo principal no currículo de História era formar cidadãos preparados para
exigências científico-tecnológicas da sociedade contemporânea. No Ensino Médio, a
articulação entre os conteúdos propostos e as competências apresentadas nos PCNs,
remetiam a uma abordagem funcionalista, pragmática e presentista dos conteúdos de
história.
No Estado Paraná, a partir de 2003, ocorreu um processo de elaboração das
Diretrizes Curriculares, envolvendo professores na construção desse novo documento
orientador e ainda atender as demandas dos movimentos sociais organizados.
A Lei nº 13.381/01 tornou obrigatório no Ensino Fundamental e Médio da rede
pública estadual de ensino os conteúdos de História do Paraná.
A Lei nº 10.639/03 torna obrigatório o estudo de História da Cultura Afro-Brasileira.
A organização do currículo para o Ensino Fundamental de História terá como
referência os conteúdos estruturantes, entendidos como os saberes que aproximam e
organizam os campos da história e seus objetivos.
Os conteúdos estruturantes estão compostos pelas dimensões política, econômica-
social e cultural, a partir de contribuições teóricas e metodológicas da Nova Esquerda
Inglesa e da Nova História Cultural. O referencial básico é a História do Brasil estudada a
partir das problemáticas levantadas pela realidade regional e nacional e suas relações
com o contexto mundial.
A dimensão política requer uma nova forma de romper com o ensino tradicional da
História até então centrado nos chamados “grandes homens”, batalhas, tratados, datas,
etc. Para que isso ocorra, ressaltava-se a importância de inserir o sujeito comum na
História a partir do estudo de espaços e de relações sociais pautadas pelas relações de
poder.
A dimensão econômica-social propõe incluir novas fontes para o estudo das
Histórias, visa dar voz aos excluídos, aos povos sem história; aos iletrados, valoriza os
vencidos, os marginais e as diversas minorias incluindo novas fontes para o estudo da
História.
A dimensão cultural permite conhecer os conjuntos de significados que os homens
conferiram à sua realidade para explicar o mundo. Objetiva-se construir junto aos alunos
uma consciência histórica que possibilite a compreensão da realidade contemporânea e
as implicações do passado em sua constituição.
Para a disciplina de História no Ensino Médio os conteúdos estruturantes são as
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relações de trabalho, relações de poder e as relações culturais. As ações e relações
humanas constituem o processo histórico, o qual é dinâmico. Os conteúdos estruturantes
são interligados entre si e permitem a busca do entendimento da totalidade das ações
humanas.
O trabalho expressa a relação que os seres humanos estabelecem entre si e a
natureza. Ao realizar as atividades de transformação de elementos da natureza, os
homens se relacionam entre si. Estas relações de trabalho permitem diversas formas de
organização do mundo do trabalho. Para entender caso se constituiu este modelo faz-se
necessário entender como as relações de trabalho foram construídas historicamente. O
estudo das relações de trabalho deve considerar as esferas: doméstica, a prática
comunitária, as manifestações artísticas e intelectuais, e a participação nas instâncias de
representações: políticas, trabalhistas e comunitárias.
O estudo das relações culturais deve considerar a especificidade de cada
sociedade e relações entre elas. O processo histórico constituído na relação entre as
diversas sociedades é o que pode ser chamado de cultura comum.
O conceito de cultura parte de Raymond Willians (2003) o qual afirmava que esta é
comum a todos os seres humanos, na medida em que existe uma estrutura comum de
modos de pensar, agir e perceber o mundo, que leva a constituição de organizações
sociais diferentes. As diferenças culturais existem devido às diversas interpretações
constituídas por sujeitos históricos que estão inseridos em grupos sociais distintos na
divisão social do trabalho.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICO
O objeto de estudo da História são as ações e as relações humanas praticadas no
tempo. As relações humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como
estruturas sócio-históricas, ou seja, são formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de
representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e
politicamente. Considerando ainda como objeto de estudo da área de relação dos homens
com os fenômenos naturais, condições geográficas, físicas e biológicas.
O objetivo da História é formar o processo de consciência crítica, formando
cidadãos atuantes, conhecedores de seus direitos e deveres, transformadores da
sociedade, que saibam relacionar-se com os demais, que sejam éticos, que saibam
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respeitar as diferenças, que sejam críticos e que sejam capazes de intervir e contribuir na
formação de um mundo mais justo.
As correntes historiográficas utilizadas como fundamento são a Nova História
Cultural, incluindo alguns historiadores da Nova História e a Nova Esquerda Inglesa.
A Nova História tem como sua principal expressão a História das mentalidades,
sendo influenciada pelos movimentos feministas, pelas lutas contra as desigualdades
raciais, entre outros. Os historiadores que se destacaram neste período foram – Jaques
Le Goff, Lucien Felvre, George Duby, Emmanuel Le Roy Ladurie, entre outros.
A Nova História Cultural se utiliza das categorias de representação e apropriação
para a produção do conhecimento histórico. Historiadores como Clifford Geertz, Mikhail,
Bakhtin, Norbert Elias, Michel Foucault e Pierre Bourdieu possibilitaram a abordagem de
propostas onde são valorizadas a micro-história. Através da observação do historiador,
utilizando a diversificação dos documentos, na construção do conhecimento histórico,
permitindo também relações interdisciplinares com outras áreas do conhecimento.
Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa procuraram analisar a concepção do
poder de forma a apresentar outros atores sociais e, outros espaços de poder, o que ficou
conhecida como a “história vista de baixo”. Destacando como personagem principal a
classe trabalhadora de seus estudos impérios.
Essa concepção de História possibilita novos questionamentos sobre o passado,
valorizando a possibilidade de luta e transformação social. Entende-se que a consciência
histórica é uma condição da existência do pensamento humano, pois sob esta perspectiva
os sujeitos se constituem a partir de suas relações sociais, em qualquer período e local do
processo histórico.
Os historiadores que influenciaram a historiografia britânica – Raymond Willians,
Eric Hobsbawn, Cristopher Hill, Perry Anderson, Maurice Dobb e Edward Thompson,
entre outros.
A disciplina de História tem como base as correntes historiográficas que percebem
a classe trabalhadora a partir do conceito de experiência, envolvendo o econômico, o
cultural e o social.
Ao optar pelas contribuições das correntes historiográficas identificadas como Nova
História Cultural e Nova Esquerda Inglesa como referencias teóricas das Diretrizes
Curriculares de História, objetiva-se propiciar aos alunos, ao longo da Educação Básica, a
formação da consciência histórica. Para que esse objetivo seja alcançado, a abordagem
dos conteúdos nessa perspectiva possibilita que o professor explore os novos métodos de
45
produção do conhecimento histórico e amplie as possibilidades: de recortes temporais, do
conceito do documento, de sujeitos e de suas experiências, de problematização em
relação ao passado. Além disso, permite que o aluno elabore conceitos que o permitam
pensar historicamente, superando também a idéia de História como algo dado, como
verdade absoluta.
OBJETIVOS GERAIS DE HISTÓRIA
• Ampliar o conhecimento que o aluno tem de seu próprio mundo, por meio do estudo do
passado da humanidade;
• Desenvolver a capacidade da compreensão e de atitudes de respeito com relação a outras
culturas e sociedades, em outros tempos e lugares;
• Oportunizar a formação de cidadãos críticos e participativos na vida social e da história do
seu tempo;
• Estudar o passado, articulando-o com o presente, ajudando-nos a refletir sobre as questões
,que englobam os desafios educacionais contemporâneos;
• Reconhecer a diversidade cultural como elemento importante para o entendimento da
história, promovendo um conhecimento mais plural do que o universal da história das
sociedades;
• Ampliar a compreensão da realidade e tornar-se capaz de estabelecer relações com outras
realidades históricas e de respeitar os valores culturais das diferentes sociedades.
• Praticar o exercício de reflexão, de pensar e refletir historicamente.
• Desenvolver no estudante uma visão crítica, espírito social e politicamente participativo,
capaz de avaliar a sua possibilidade de atuação no contexto histórico em que se insere.
• Resgatar a identidade das pessoas do campo, buscando romper com a ideologia que a cultura
e saberes do campo são ultrapassados e inferiores.
• Defender a ética e o respeito aos diferentes valores culturais.
• Considerar o aluno produtor de conhecimento e promover o exercício da cidadania.
• Interpretar um documento ou fonte histórica, estimulando a leitura, compreensão e crítica.
• Estimular o aluno a desenvolver argumentos próprios em textos que valorizem o
conhecimento científico, filosófico e artístico.
• Propiciar a discussão, o debate e a troca de experiências, que ajudarão na produção do saber
46
histórico.
• Estabelecer ligações entre o passado colonial dos povos e sua situação atual, bem como, se
houve benefícios e desenvolvimento nas relações do poder.
• Estudar as transformações históricas, construídas pelas ações e relações humanas
(experiências ou trabalhos humanos, entre outros aspectos),
• Construir o conhecimento por meio do diálogo, debate e pesquisa, compreendendo o mundo
no qual estão inseridos.
• Favorecer a formação do estudante como cidadão, para que assuma formas de participação
social e política e atitudes criticas diante da realidade atual, aprendendo a discernir os
limites e as possibilidades de sua atuação, na permanência ou na transformação da realidade
histórica na qual se insere.
C) CONTEÚDOS
CONTEÚDOS BÁSICOS HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL5ª SÉRIE - OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico Avaliação
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
1)A experiência humana no tempo: a memória local e memória da humanidade; o tempo (as temporalidades e as periodizações); o processo histórico (as relações humanas no tempo)
Os conteúdos básicos da 5ª série do Ensino Fundamental deverão ser problematizados por meio da
contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos
a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de
gerações. Deverão ser privilegiados os contextos ligados
à história local e do Brasil em relação à história da América Latina, da África, da Europa e
Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,
simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados
aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de
interpretações historiográficas e documentos históricos permitem
aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade analisar e
avaliar processualmente a formação do pensamento
histórico e cultural que orienta o agir dos sujeitos históricos
no tempo. Pretende fazer com que os jovens alunos
percebam que são sujeitos históricos e compreendam a formação de sua cultura local e das diversas culturas que
com ela se relacionam e que instituem um processo histórico distinto. Essa compreensão deve se
fundamentar em narrativas e documentos históricos que
demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos
eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de
trabalho e culturais.
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- o jovem aluno e suas percepções do tempo histórico (temporalidades e periodizações): memórias e documentos familiares e locais
2. - o jovem e suas relações com a sociedade no tempo (família, amizade, lazer, esporte,
escola, cidade, estado, país, mundo)
- a formação do pensamento histórico - os vestígios humanos: os documentos históricos
- o surgimento dos lugares de memórias: lembranças, mitos, museus, arquivos, monumentos espaços
públicos, privados, sagrados - as diversas temporalidades nas sociedades indígenas,
agrárias e industriais as formas de periodização: por dinastias, por eras, por
eventos significativos,etc.
2) Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo: as gerações e as etnias
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná: xetás, kaigangs, xoklengs e tupi-guaranis
- colonizadores portugueses e suas culturas na Amé rica e no território paranaense
- os povos africanos e suas culturas no Brasil e no Paraná
- os imigrantes europeus e asiáticos e suas culturas no Brasil e no Paraná
- a condição das crianças, dos jovens, dos idosos na história do Brasil e do Paraná
- o surgimento da humanidade na África e a diversidade cultural na sua expansão: as teorias
sobre seu aparecimento- as sociedades comunitárias
- as sociedades matriarcais – as sociedades patriarcais
- o significado das crianças, jovens e idosos nas sociedades históricas
3) A cultura local e a cultura comum: os mitos, lendas, a cultura popular, festas e religiosidades; a constituição do pensamento científico; as formas de representação humanas; a oralidade e a escrita; as
formas de se narrar a história
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas paranaenses
- as manifestações populares no Paraná: a congada, o fandango, cantos, lendas, rituais e as festividades
religiosas- pinturas rupestres e sambaquis no Paraná- a produção artística e científica paranaense
- pensamento científico: a antigüidade grega e Europa moderna
- a formação da arte moderna- as relações entre a cultura oral e a cultura
escrita: a narrativa histórica
6ª SÉRIE - A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DOS MUNDOS RURAL E URBANO E A FORMACAO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOSConteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico Avaliação
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
1) As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade pública; a propriedade privada; a terra Os conteúdos básicos da 6ª série do Ensino Fundamental deverão ser
problematizados como temas históricos por meio da
contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a
serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações.
Deverão ser privilegiados os contextos ligados à história local e do
Brasil em relação à história da América Latina, da África, da Europa
e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,
simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos
devem estar articulados aos conteúdos estruturantes.
Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e
documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias
históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar
processualmente os mundos do campo e da cidade suas
relações de propriedade. Em uma expectativa de fazer
com que os alunos compreendam que as
relações entre o mundo do campo e o mundo da cidade
e a constituição da propriedade foram instituídas
por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que
demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos
eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de
trabalho e culturais.
O local e o Brasil A relação com o Mundo
A propriedade coletiva entre os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhas, de ilhéus e faxinais no
Paranáa família e os espaço privado: a sociedade
patriarcal brasileiraa constituição do latifúndio na América
portuguesa e no Brasil imperial e republicanoas reservas naturais e indígenas no Brasil
a reforma agrária no Brasila propriedade da terra nos assentamentos
a constituição do espaço público da antigüidade na pólis grega e na sociedade romana
a reforma agrária na antigüidade greco-romanaa propriedade coletiva nas sociedades pré-
colombianas
2) O mundo do campo e o mundo da cidade
O local e o Brasil A relação com o Mundo
as primeiras cidades brasileiras: formação das vilas e das Câmaras
municipaiso engenho colonial
a conquista do sertãoas missões jesuíticas
a Belle Époque tropical modernização das cidades
cidades africanas e pré-colombianas
as cidades na antigüidade orientalas cidades nas sociedades antigas clássicas
a ruralização do Império Romano e a transição para o feudalismo europeu
a constituição dos feudos (Europa Ocidental, Japão e sociedades da África meridional) e glebas servis (Europa
Ocidental)as transformações no feudalismo europeu
o crescimento comercial e urbano na Europa
3) As relações entre o campo e a cidade
O local e o Brasil A relação com o Mundo
4) Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade
O local e o Brasil A relação com o Mundo
a relação entre senhores e escravos o sincretismo religioso(formas de resistê
ncia afro-brasileira) as cidades e as doenças a aquisição da terra e da casa
própria o MST e outros movimentos pela terra os movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil
republicano nos séculos XIX, XX e XXI
a peste negra e as revoltas camponesasas culturas teocêntrica e antropocêntrica
as manifestações culturais na América Latina África e Ásia
as resistências no campo e na cidades América Latina e continente africano
a história da mulheres orientais, africanas e outras
7ª SÉRIE - O MUNDO DO TRABALHO E A LUTA PELA CIDADANIA
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico Avaliação
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
1) História das relações da humanidade com o trabalho Os conteúdos básicos da 7ª série do Ensino Fundamental deverão ser problematizados por meio da
contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos
a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de
gerações. Deverão ser privilegiados os contextos ligados
à história local e do Brasil em relação à história da América Latina, da África, da Europa e
Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,
simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados
aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de
interpretações historiográficas e documentos históricos permitem
aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar
de modo processual as ações políticas, sociais, trabalhistas que
os sujeitos históricos promovem em relação ao mundo do trabalho e às lutas pela participação política. Tem como expectativa de aprendizagem
fazer com que os alunos compreendam a produção das
várias formações sociais, tais como o a escravidão, o feudalismo, o
capitalismo e as propostas socialistas que foram instituídas por
um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar
em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-
temporalmente,verifiquem e confrontem os vestígios dos
eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas
relações de poder, de trabalho e culturais.
O local e o Brasil A relação com o Mundo
-o trabalho nas sociedades indígenas
-Sociedade patriarcal e escravocrata
-Mocambos/Quilombos as resistências na colônia
-Remanescentes de quilombos
• - a história do trabalho nas primeiras sociedades
humanas
- o trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas: a
mita
• - o trabalho assalariado
2) O trabalho e a vida em sociedade
O local e o Brasil A relação com o Mundo
• A desvalorização do trabalho no Brasil Colônia e
Império• A busca pela
cidadania no Brasil Império• os saberes nas
sociedades indígenas: mitos e lendas que perpetuam as
tradições• Corpos dóceis: o
papel da escola no convencimento para um bom
• Os significados do trabalho na Antigüidade
Oriental e Antigüidade Clássica• As três ordens do
imaginário feudal• As corporações de
oficio• O entretenimento na
corte e nas feiras• O nascimento das fábricas e a vida cultural ao
redor
3) O mundo do trabalho
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- a desvalorização do trabalho
- o latifúndio no Paraná e no Brasil
- a sociedade oligárquico-latifundiária
- a vida cotidiana das classes trabalhadoras no
campo e as- contradições da
modernização
- a produção e a organização social
capitalista- a ética e moral capitalista
4) As resistências e as conquistas de direito
O local e o Brasil A relação com o Mundo
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
- o movimento sufragista feminino
- a discriminação racial e lingüística (o caipira no
contexto do capital)- As congadas como resistência cultural
- A consciência negra e o combate ao racismo
- Movimentos sociais e emancipacionistas
- os homens, as mulheres e os homossexuais no
Brasil e no Paraná
- o movimento sufragista feminino
- a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
- o Luddismo- a constituição dos
primeiros sindicatos de trabalhadores
os homens, as mulheres e os homossexuais no mundo
contemporâneo
8ª SÉRIE - RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico Avaliação
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
1) A formação das instituições sociais: as instituições políticas; as instituições econômicas; as instituições religiosas; as instituições culturais; as instituições civis
Os conteúdos básicos da 8ª série do Ensino Fundamental deverão ser problematizados por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade
étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser
privilegiados os contextos ligados à história local e do
Brasil em relação à história da América Latina, da África, da
Europa e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das
temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades
e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos
básicos devem estar articulados aos conteúdos
estruturantes. Metodologicamente o confronto
de interpretações historiográficas e documentos
históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-
las por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e
avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as ações
políticas que os sujeitos históricos promovem em relação
às lutas pela participação no poder. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação do Estado, das outras
instituições sociais e dos movimentos sociais que foram
instituídas por um processo histórico. Essa compreensão
deve se fundamentar em narrativas e documentos
históricos que demarquem espaço-temporalmente,
verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas
relações de poder, de trabalho e culturais.
O local e o Brasil A relação com o Mundo
a formação do cacicado nas sociedades indígenas do Brasil
a Igreja Católica e as reduções jesuíticas na América portuguesa
as irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América portuguesao surgimento dos cartórios, hospitais, prisões, bancos, bibliotecas, museus, arquivos, escolas e universidades no
Brasila formação dos sindicatos no Brasil
as associações e clubes esportivos no Brasil
a instituição da Igreja no Império Romanoas ordens religiosas católicas
as guildas e as corporações de ofício na Europa medieval
o surgimento dos bancos, escolas e universidades medievais
a organização do poder entre os povos africanos
a formação das associações de trabalhadores e dos sindicatos no
Ocidenteo surgimento das empresas transnacionais e instituições
internacionais (ONU, FMI, OMC, OPEP, FIFA, Olimpíadas)
2) A formação do Estado: a monarquia; a república (aristocracia, ditadura e democracia); os poderes do Estado
O local e o Brasil A relação com o Mundo
-as relações entre o poder local e o Governo Geral na América portuguesa-os quilombos na América portuguesa e
no Brasil Imperial -a formação do Estado-nação brasileiro
-as constituições do Brasil imperial e republicano
-a instituição da república no Brasil: as ditaduras e a democracia
-os poderes do Estado brasileiro: executivo, legislativo e judiciário
-as empresas públicas brasileiras-a constituição do Mercosul
-o surgimento da monarquia nas sociedades da antigüidade no Crescente
Fértil-a monarquia e a nobreza na Europa
medieval-a formação dos reinos africanos-o Estado Absolutismo europeu
-a constituição da república no Ocidente-o imperialismo no século XIX
-a formação dos Estados nacionais nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e as
democracias-a constituição dos dos Estados socialistas
e dos Estados de Bem- Estar Social-a formação dos blocos econômicos
3) Guerras e revoluções: os movimentos sociais: políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções sociais (políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais.
O local e o Brasil A relação com o Mundo
-as guerras e revoltas indígenas e quilombos na América portuguesa e no Brasil imperial-as revoltas republicanas na América portuguesa-as revoltas sociais no Brasil imperial e republicano-as guerras cisplatinas e a guerra do Paraguai-os movimentos republicano e abolicionista no Brasil imperial-o movimento anarquista, comunista e tenentista no Brasil-o Brasil nas Guerras Mundiais-os movimentos pela redemocratização do Brasil (carestia, feministas, etno-raciais e estudantis)
-as revoltas democráticas nas pólis gregas-as revoltas plebéias, escravas e camponesas na república romana-as heresias medievais-as guerras feudais na Europa Ocidental e as cruzadas-as revoltas religiosas na Europa moderna-A conquista e colonização da América pelos povos europeus-as revoluções modernas-os movimentos nacionalistas-as guerras mundiais-as revoluções socialistas no século XX-as guerras de independência das nações africanas e asiáticas-os movimentos camponeses latino-americanos e asiáticos
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
• Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre
O conceito de trabalho – livre e explorado O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho explorado
escravo e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas
Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado
O trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo: as primeiras sociedades humanas, as sociedades nômades e semi-nômades, as
etnias indígenas e africanas As experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a Comuna de
Paris, os sovietes russos, associações húngaras, os círculos bolivarianos
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser
problematizados como temas históricos por meio da
contextualização espaço-temporal das ações e relações
dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade
étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser
considerados os contextos ligados à história local, do
Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,
simultaneidades e recorrências) e das
periodizações. Os conteúdos básicos devem estar
articulados aos conteúdos estruturantes.
Metodologicamente o confronto de interpretações
historiográficas e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-
las por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos
históricos. Pretende fazer com que os estudantes
compreendam a formação dos mundos do trabalho que foram
instituídos por um processo histórico. Essa compreensão
deve se fundamentar em narrativas e documentos
históricos que demarquem espaço-temporalmente,
verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas
relações de poder, de trabalho e de cultura.
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
Urbanização e industrialização
As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da Europa medieval, pré-colombianas, africanas e
asiáticas Urbanização e industrialização no Brasil
Urbanização e industrialização nas
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser
problematizados como temas históricos por meio da
contextualização espaço-temporal das ações e relações
dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade
étnica, de gênero e de
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos
históricos. Pretende fazer com que os estudantes
compreendam a formação da urbanização e da
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
sociedades ocidentais, africanas e orientais Urbanização e industrialização no Paraná no
contexto da expansão do capitalismo A arquitetura das cidades brasileiras em
diferentes épocas e espaços
gerações. Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do
Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,
simultaneidades e recorrências) e das
periodizações. Os conteúdos básicos devem estar
articulados aos conteúdos estruturantes.
Metodologicamente o confronto de interpretações
historiográficas e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-
las por meio de narrativas históricas.
industrialização que foram instituídas por um processo
histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos
históricos que demarquem espaço-temporalmente,
verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas
relações de poder, de trabalho e de cultura.
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
3. O Estado e as relações de poder
Os Estados teocráticos Os Estados na Antiguidade Clássica
O Estado e a Igreja medievais A formação dos Estados Nacionais
As metrópoles européias, as relações de poder sobre as colônias e a expansão do
capitalismo O Paraná no contexto da sua emancipação
O Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, positivismo)
O nacionalismo nos Estados ocidentais O populismo e as ditaduras na América Latina
Os sistemas capitalista e socialista Estados da América Latina e o neoliberalismo
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser
problematizados como temas históricos por meio da
contextualização espaço-temporal das ações e relações
dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade
étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser
considerados os contextos ligados à história local, do
Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,
simultaneidades e recorrências) e das
periodizações. Os conteúdos básicos devem estar
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos
históricos. Pretende fazer com que os estudantes
compreendam a formação do Estado e suas relações de
poder que foram instituídos por um processo histórico. Essa
compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que
demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos
eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
articulados aos conteúdos estruturantes.
Metodologicamente o confronto de interpretações
historiográficas e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-
las por meio de narrativas históricas.
trabalho e de cultura.
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
4. Os sujeitos, as revoltas e as guerras
Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade
grega e romana: mulheres, crianças, estrangeiros e escravos
Guerras e Revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma
Relações de dominação e resistência na sociedade medieval: camponeses, artesãos,
mulheres, hereges e doentes Relações de resistência na sociedade
ocidental moderna As revoltas indígenas, africanas na América
portuguesa Os quilombos e comunidades quilombolas no
território brasileiro As revoltas sociais na América portuguesa
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser
problematizados como temas históricos por meio da
contextualização espaço-temporal das ações e relações
dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade
étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser
considerados os contextos ligados à história local, do
Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,
simultaneidades e recorrências) e das
periodizações. Os conteúdos básicos devem estar
articulados aos conteúdos estruturantes.
Metodologicamente o confronto de interpretações
historiográficas e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-
las por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos
históricos. Pretende fazer com que os estudantes
compreendam as ações dos sujeitos a partir das revoltas e
revoluções que foram instituídas por um processo
histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos
históricos que demarquem espaço-temporalmente,
verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas
relações de poder, de trabalho e de cultura.
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
5 . Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
As revoluções democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA)
Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX: o surgimento do
sindicalismo A América portuguesa e as revoltas pela
independência As revoltas federalistas no Brasil imperial e
republicano As guerras mundiais no século XX e a Guerra
Fria As revoluções socialistas na Ásia , África e
América Latina Os movimentos de resistência no contexto
das ditaduras da América Latina Os Estados africanos e as guerras étnicas
A luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do direito a terra
na América Latina A mulher e suas conquistas de direitos nas
sociedades contemporâneas
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser
problematizados como temas históricos por meio da
contextualização espaço-temporal das ações e relações
dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade
étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser
considerados os contextos ligados à história local, do
Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,
simultaneidades e recorrências) e das
periodizações. Os conteúdos básicos devem estar
articulados aos conteúdos estruturantes.
Metodologicamente o confronto de interpretações
historiográficas e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-
las por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos
históricos. Pretende fazer com que os estudantes
compreendam a formação dos movimentos sociais, guerras e revoluções contemporâneos que foram instituídos por um
processo histórico. Essa compreensão deve se
fundamentar em narrativas e documentos históricos que
demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos
eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de
trabalho e de cultura.
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
6. Cultura e religiosidade
A formação das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e europeus
neolíticos: xamanismo, totens, animismo os mitos e a arte greco-romanos e a formação
das grandes religiões: hinduísmo, budismo, confuncionismo, judaísmo, cristianismo,
islamismo
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser
problematizados como temas históricos por meio da
contextualização espaço-temporal das ações e relações
dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade
étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser
considerados os contextos
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos
históricos. Pretende fazer com que os estudantes
compreendam a formação dos movimentos culturais e
religiosos que foram instituídos por um processo histórico.
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista
Reforma e Contra-Reforma seus os desdobramentos culturais
O modernismo brasileiro Cultura e ideologia no governo Vargas Representação dos movimentos sociais,
políticos e culturais por meio da arte brasileira As etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e religiosas As manifestações populares: congadas,
cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de mamão, romaria de São Gonçalo
ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,
simultaneidades e recorrências) e das
periodizações. Os conteúdos básicos devem estar
articulados aos conteúdos estruturantes.
Metodologicamente o confronto de interpretações
historiográficas e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-
las por meio de narrativas históricas.
Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que
demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos
eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de
trabalho e de cultura.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
O conhecimento de dados históricos deve dar conta de superar os desafios, procurando
desenvolver o senso crítico, associando a produção da ciência histórica, passando da
reprodução do conhecimento a compreensão das formas de como se produz, formando assim,
um cidadão capaz de compreender a estrutura do mundo, da produção que nele se insere.
As dimensões da vida humana podem constituir enfoques historiográficos
significativos para o conhecimento da História, no Ensino Fundamental, são: a dimensão
política, a dimensão econômica-social e a dimensão cultural.
Tratar da História como representação é questionar a idéia de verdade e investigar
diferentes fontes sobre o tema em análise. Para o desenvolvimento dos conteúdos
relacionados utilizamos: livros didáticos, revistas periódicas, entrevistas, vídeos, DVD,
jornais, Revista Escola, CDRom, gravuras, sites da internet, filmes da época, Constituição,
Estatuto da Criança e do Adolescente, Bíblia, visitas a órgãos públicos, internet, globo
terrestre, planetário, enciclopédias, almanaque abril, coleção sobre o Paraná, entre outros.
No estudo de História priorizam-se os documentos primários, textos oficiais,
autobiográficos, cartas pessoais, depoimentos, obras literárias ou teatrais, letras de músicas,
cartazes, pinturas históricas, esculturas, peças arqueológicas, moedas, selos, caricaturas,
fotografias, objetos de uso cotidiano, entre outros. Esse novo olhar para o estudo da História
inclui novas fontes, valorizando os excluídos, pois os documentos oficiais privilegiam os
vencedores.
Nesta perspectiva, o resgate do passado pode ser realizado através das fontes orais.
Fazendo uso de documentos, propondo novos questionamentos, coletando informações,
comparando dados, produzindo uma narrativa histórica, problematizando o passado,
investigando o conteúdo, entre outros.
Possibilitar para que os alunos valorizem e contribuam para a preservação de
documentos, dos lugares de memória como museus, bibliotecas, acervos privados e públicos
de fotografias, de documentos escritos e audiovisuais, entre outros. Desenvolver o hábito de
problematizar a fim de contribuir para a formação da consciência histórica. Utilizar de modo
racional, crítico e problematizador os livros didáticos.
Através de questionamento levar os alunos a reflexão, desenvolvendo a criticidade,
mas principalmente à vontade de transformar sua realidade. Solicitar trabalhos em grupos,
lançando desafios que envolvam problemas presentes em seu dia a dia.
O professor deve estar esclarecido de que a produção do conhecimento histórico e
sua apropriação pelos alunos, é processual e, deste modo, é necessário que a
construção do conhecimento histórico em questão seja constantemente retomado.
Esta relação pressupõe o trabalho com o conhecimento histórico em sala
de aula sob dois aspectos: o conteúdo a ser desenvolvido em sala de aula deve
considerar a experiência cultural dos alunos e as idéias já construídas por eles,
assim como construir em sala de aula um ambiente de partilha entre professores e
alunos.
Para tanto, é importante problematizar o conteúdo a ser trabalhado.
Outro elemento a ser considerado na metodologia do ensino de História é
o uso de documentos e fontes históricas em sala de aula.
A intenção com o trabalho de documentos em sala de aula é de
desenvolver a autonomia intelectual adequada, que permita ao aluno realizar
análises críticas da sociedade por meio de uma consciência histórica.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO.
A Avaliação não é vista mais como um fim, um resultado, mas como um processo
contínuo e sistemático. Ela não pode estar restrita a alguns momentos do curso, simplesmente
com função classificatória, julgando os sucessos ou os fracassos dos alunos. Ela deve ocorrer
durante todo o ano letivo, como forma de diagnosticar os conhecimentos que os alunos têm
sobre determinado tema, de descobrir os interesses que diferentes temas suscitam no grupo e,
dessa forma, conduzir a abordagem dos assuntos. Assim, o processo de avaliação serve para
organizar, orientar e validar o processo de ensino-aprendizagem.
A avaliação deve ser essencialmente diagnóstica e formativa. Em seu papel
diagnóstico, ela é um dos meios pelos qual o professor pode conhecer seus alunos, seus
problemas e suas potencialidades e orientar sua trajetória para tornar coerente a sua prática e
atingir os objetivos estabelecidos.
Para que a avaliação formativa se torne uma prática na sala de aula, é necessário não
restringir o processo avaliativo às provas e aos testes. É preciso diversificar os instrumentos
de avaliação – utilizando diferentes códigos: oral, escrito, gráfico, pictórico, numérico, com
uma observação sistemática e controlada e uma análise da produção dos alunos. A variedade e
a sistematização do processo avaliativo permitem ao professor acompanhar a construção do
conhecimento pelos alunos e controlar o ritmo do curso. A cada etapa cumprida, o professor
deve verificar se o grupo está preparado para avançar. Caso não esteja, é preciso experimentar
novas estratégias para trabalhar o conteúdo.
Também é necessário que o professor considere o erro no processo de ensino-
aprendizagem um elemento fundamental para diagnosticar os problemas na construção do
conhecimento. O erro deve ter um papel construtivo, deve ser analisado sem que os alunos
sejam expostos de forma vexatória, mas com o intuito de compreender a lógica utilizada por
eles para descobrir que lacunas de compreensão provocaram esse erro e, assim, reconduzir o
processo para que o conceito seja efetivamente aprendido.
Propõe-se para o ensino de História uma avaliação formal, processual,
continuada e diagnóstica.
Ao longo do Ensino Médio o aluno deverá entender que as relações de trabalho, as
relações de poder e as relações culturais, as quais se articulam e constituem o processo
histórico. E compreender que o estudo do passado se realiza a partir de questionamentos feitos
no presente por meio da análise de diferentes documentos históricos.
O aluno deverá compreender como se encontram as relações de trabalho no mundo
contemporâneo, como estas se configuram e como o mundo do trabalho se constituiu em
diferentes períodos históricos, considerando os conflitos inerentes às relações de trabalho.
O aluno deverá compreender que a relação de poder encontra-se em todos os espaços
sociais e também deve identificar, localizar as arenas decisórias e os mecanismos que as
constituíram.
Quanto às relações culturais, o aluno deverá reconhecer a si e aos outros como
construtores de uma cultura comum, compreendendo a especificidade de cada sociedade e as
relações entre elas. O aluno deverá entender como se constituíram as experiências culturais
dos sujeitos ao longo do tempo e detectar as permanências e mudanças nas diversas tradições
e costumes sociais.
Para avaliar utilizaremos diferentes atividades como: leitura, interpretação e análise
de textos historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de narrativas, históricas,
pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos, apresentação de seminários. Avaliando
através de avaliações orais, escritas e com consulta, através dos trabalhos e atividades, da
recuperação paralela, através de exercícios feitos em casa, e ainda da participação em
trabalhos em grupos e da observação do aluno em sala de aula.
Alguns critérios a serem observados na avaliação dos alunos ao longo do Ensino
Fundamental:
• Se os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados;
• Se o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo
das diferentes dimensões e contextos históricos propostos para o
nível de ensino em questão;
• Se empregam conceitos históricos para analisar diferentes
contextos;
• Se compreendem a História como prática social, da qual participam
como sujeitos de seu tempo;
• Se analisam as diferentes conjunturas históricas a partir das
dimensões econômico-social, política e cultural no Ensino
Fundamental;
• Se compreendem que o conhecimento histórico é produzido com
base no método da problematização de distintas fontes
documentais, a partir das quais o pesquisador produz a narrativa
histórica;
• Se explicitam o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social
e econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos.
REFERÊNCIAS
Cadernos temáticos – seed.
Diretrizes Curriculares Estaduais de História, 2008.
Projeto Político Pedagógico, 2009.
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
PAULA FREITAS
2010
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A importância da disciplina de Língua Portuguesa no Ensino
Fundamental e Médio leva em conta o processo histórico percorrido pelo
ensino da língua no Brasil. Conforme LAJOLO (1997), o professor deve
estar familiarizado com a história do ensino da Língua Portuguesa no
Brasil, com a história da alfabetização, da leitura e da literatura, a fim de
perceber o caminho que precedeu a realidade de ensino que temos hoje,
bem como o que sucederá esse momento. Também precisa ter uma noção
ampla de linguagem que inclua aspectos sociais, psicológicos, biológicos,
antropológicos e políticos, ou seja, ser um usuário competente da língua.
Nos primeiros tempos da colonização no Brasil, poucos tinham
acesso à alfabetização que era baseada no latim, tinha caráter imitativo e
reprodutivista e acontecia exclusivamente por questões de organização e
controle político e social, buscando a perpetuação do poder.
A obrigatoriedade do ensino de Língua Portuguesa em Portugal e no
Brasil vem de meados do séc. XVIII. Em 1837, ela foi incluída no currículo
com a denominação de Gramática Retórica e Poética (abrangendo a
literatura). No século XIX, a gramática denominou-se Português e, em
1871, foi criado o cargo de professor de Português. Apesar disso, Língua
Portuguesa como parte integrante do currículo e a preocupação com a
formação de professores nessa disciplina são fatos que aconteceram
somente a partir das últimas décadas do século XIX.
Por longo tempo o ensino da língua continuou sendo elitista. Só em
1967, começou o processo de sua democratização, o que acarretou
profundas transformações no sistema e trouxe novas necessidades e
exigências: propostas adequadas à presença de registros lingüísticos e
padrões culturais diferentes. Com a industrialização o ensino passou a ter
como objetivo principal a qualificação para o mercado de trabalho. Assim o
ensino de Língua Portuguesa era baseado em teorias da comunicação,
mas tinha fins utilitários e a gramática era puramente normativa.
Com a ampliação de vagas no ensino, aumentou o número de
alunos, as condições de trabalho tornaram-se precárias e os salários mais
baixos. Com tudo isso, a formação docente ficou em segundo plano,
muitos profissionais tinham o livro didático como único referencial para o
“preparo” das aulas, não havia mais espaço para o senso crítico, a
experiência e a autonomia. O ensino da língua, desse modo, tornou-se
fragmentado, pautado em exercícios estruturais, fragmentos de textos que
não expandiam os sentidos da leitura. O ensino de Literatura também era
normativo e baseado em historiografias, ocasionando um esvaziamento da
complexidade da obra literária.
Em 1970, chegaram ao Brasil estudos lingüísticos que defendiam um
ensino centrado no texto e na interação social em sala de aula. Através de
Bakthin e os pensadores de seu círculo, esses estudos avançaram e a
língua passou a ser vista como algo que se constitui sobretudo pelo uso,
ou seja, pelos sujeitos que interagem. A partir daí, a formação de
professores começou a levar em conta a apropriação desses novos
conceitos, embora isso ainda não se refletisse na prática.
De 1980 para cá, os professores têm se mobilizado para repensar o
ensino da língua materna, discutindo ideias de estudiosos como Geraldi,
Faraco, Possenti, entre outros. Ideias essas que concebem o aluno como
sujeito que se constitui em meio à (e por meio de) atividades verbais.
Em 1990, o Currículo Básico do Paraná e os Parâmetros Curriculares
Nacionais já apresentavam pressupostos coerentes com as propostas
interacionistas ou discursivas. No entanto, os conteúdos gramaticais ainda
apareciam desvinculados de situações concretas de comunicação.
Percebe-se, então, que o ensino de Língua Portuguesa continua a
requerer constantes e críticas discussões, posicionamento e envolvimento
direto dos professores na elaboração de propostas e alternativas.
Nesse contexto, esta Proposta Curricular da disciplina de Língua
Portuguesa parte do pressuposto de que é através da interação entre
sujeitos em sala de aula que a aprendizagem acontece. As práticas
discursivas, dentro da concepção sociointeracionista, valorizarão o
repertório linguístico do aluno como caminho para ampliação de sua
competência comunicativa.
Para justificar a importância da disciplina no currículo recorre-se a
Bakhtin e os teóricos do seu círculo que apresentam o caráter dialógico da
linguagem:
Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. (...) O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana.
O trabalho realizado na disciplina pretende levar o aluno a ampliar o
domínio da língua adquirindo autonomia comunicativa para que possa
interagir eficazmente nas diversas situações cotidianas, tornando-se,
assim, um cidadão mais consciente, crítico e participativo, capaz de atuar
na realidade compreendendo-a e transformando-a, pois, de acordo com o
que afirma SOARES (2002), uma escola transformadora é aquela
consciente de seu papel político na luta contra as desigualdades sociais e
econômicas, assumindo a função de proporcionar a todos efetivas
condições de participação cultural e política e de reivindicação social.
Ainda sobre esse aspecto posicionam-se MEURER e MOTTA-ROTH
(2002): “A vida social contemporânea exige que cada um de nós
desenvolva habilidades comunicativas que possibilitem a interação
participativa e crítica no mundo de forma a interferir positivamente na
dinâmica social. ”Assim, torna-se indispensável um trabalho diversificado
que contemple atividades em que o dinamismo social da linguagem seja
exercitado.
Segundo FREIRE (1996), “a leitura do mundo precede sempre a
leitura da palavra”. Partindo, então da diversidade de gêneros presentes
no cotidiano do aluno, este será levado ao contato com outros gêneros
presentes na dinâmica social. A partir daí serão propostas atividades que
privilegiem a oralidade, a leitura, a escrita e a análise linguística, práticas
essenciais para que o cidadão possa efetivamente dominar o uso/
compreensão da língua nas diferentes interações sociais.
Quanto ao ensino de literatura, este tem fundamental importância
para a compreensão do processo histórico-cultural em que estamos
inseridos. Conforme Bakhtin (2003), “O processo literário é parte
inalienável do processo cultural”. Dessa forma, conhecendo literatura o
aluno poderá refletir sobre a realidade de outras épocas e a
contemporânea.
O mesmo autor ainda afirma que cada época, para cada corrente
literária e estilo artístico-literário, cada gênero literário no âmbito de uma
época e cada corrente têm como características suas concepções
específicas de destinatário da obra literária, a sensação especial e a
compreensão do seu leitor, ouvinte, público, povo, e que o estudo histórico
das mudanças dessas concepções é uma tarefa interessante e importante.
Dessa forma, o trabalho com a Literatura será fundamentado na
seleção de textos que estimulem conexões entre presente/passado,
questionamentos sobre relações com a realidade cotidiana, proliferação do
pensamento, argumentações e reflexões sobre o fazer literário. Através da
leitura e da interação serão invocados outros temas, outros gêneros,
outras linguagens, aprimorando no aluno suas habilidades de falante,
leitor e escritor.
Na disciplina de Língua Portuguesa as práticas de oralidade, leitura e
escrita são a base para um eficaz aprimoramento da competência
comunicativa. Desse modo, a linguagem é apresentada como algo
dinâmico em atividades que levem a uma efetiva interação entre professor
e alunos, a fim de possibilitar que os alunos se tornem sujeitos ativos na
sociedade, capazes de interagir, através da linguagem (leitura, oralidade e
escrita), em diferentes situações do seu cotidiano.
Só assim conseguiremos formar cidadão efetivamente letrados.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS POR SÉRIE
2.1 ENSINO FUNDAMENTAL
5ª série/60. ano
A) CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
B) CONTEÚDOS BÁSICOS:
• GÊNEROS DISCURSIVOS: história em quadrinho, piadas,
adivinhas, lendas, fábulas, contos de fadas, contos de origem
africana (entre outros gêneros: Lei 10639/03), mitos (indígenas, Lei
11645/08), poemas, trovas, trava-línguas, narrativa de enigma,
narrativa de aventura, estatuto e artigo de Lei (ECA, Lei
11.525/2007) notícia, classificados, e-mail, receita, convite, aviso,
bilhete, cartaz, carta do leitor, classificados, verbete, quadrinhas,
cantigas de roda, cartaz, fotos, mapas, aviso, horóscopo, regras de
jogo, anedotas, comentários, causos entre outros.
- LEITURA:
• Identificação do tema
• Interpretação textual, observando:
• Conteúdo temático
• Interlocutores
• Fonte
• Intertextualidade
• Informatividade
• Intencionalidade
• Marcas linguísticas
• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
• Inferências
- ORALIDADE
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Elementos composicionais
• Marcas linguísticas
• Variedades linguísticas
• Intencionalidade do texto
• Papel do locutor e do interlocutor:
• Participação e cooperação
• Particularidades de pronúncia de algumas palavras
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
- ESCRITA:
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Elementos composicionais
• Marcas linguísticas\
• Argumentação
• Paragrafação
• Clareza de ideias
• Refação textual
- ANÁLISE LINGUÍSTICA
• Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno
• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias
como elementos do texto
• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico,
• Acentuação gráfica
• Processo de formação de palavras
• Gírias
• Algumas figuras de pensamento (prosopopeia, ironia ...)
• Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal
• Particularidades de grafia de algumas palavras.
6ª série/ 70. ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS:
GÊNEROS DISCURSIVOS: contos fantásticos, provérbios, poemas,
fábula, contra-fábula, memórias, entrevista (oral e escrita), crônica
de ficção, música, notícia (e outros gêneros relacionados:
Enfrentamento da violência na escola), estatutos (e outros gêneros
relacionados: ECA, Lei 11.525/2007) e direito dos animais ( e outros
gêneros relacionados: Educ. Ambiental, Lei 9795/99), manual de
instrução, tiras, propaganda, exposição oral, mapas, paródia,
resenha, planfletos (e outros gêneros relacionados: Prevenção ao
uso indevido de drogas), folder, carta de reclamação, diário, carta ao
leitor, instruções de uso, cartum, história em quadrinhos, placas,
não-verbais, reportagem, notícia, manchete, lead , video, filme,
entre outros.
- LEITURA
•Interpretação textual, observando:
•Conteúdo temático
•Interlocutores
•Fonte
•Ideologia
•Papéis sociais representados
•Intertextualidade
•Intencionalidade
•Informatividade
•Marcas linguísticas
•Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
•As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro
formal e informal.
•Texto verbal e não-verbal
- ORALIDADE
Adequação ao gênero:
Conteúdo temático
Elementos composicionais
Marcas linguísticas
Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação
(entonação, repetições, pausas...)
Variedades linguísticas
Intencionalidade do texto
Papel do locutor e do interlocutor:
Participação e cooperação
Particularidades de pronúncia de algumas palavras
- ESCRITA
Adequação ao gênero:
Conteúdo temático
Elementos composicionais
Marcas linguísticas
Linguagem formal/informal
Argumentação
Coerência e coesão textual
Organização das ideias/parágrafos
Finalidade do texto
Refação
- ANÁLISE LINGUÍSTICA
Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes
que falam no texto
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias
como elementos do texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses,
hífen
Acentuação gráfica
Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais
Figuras de pensamento (hipérbole, ironia, eufemismo, antítese).
Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal
Linguagem digital
Semântica
Particularidades de grafia de algumas palavras
7ª série/8o. ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS:
GÊNEROS DISCURSIVOS: regimento, slogan (e outros gêneros
relacionados: Gênero e diversidade sexual, Prevenção ao uso indevido de
drogas), reportagem (oral e escrita), pesquisa (e outros gêneros
relacionados a: Lei 10639/03, Relações étnico-raciais e afrodescendência),
música, contos e provérbios (e outros gêneros relacionados: Educação
Indígena, Lei 11.645/08), narrativa de terror, charge, narrativa de humor,
crônica jornalística, paródia, resumo, anúncio publicitário, sinopse de
filme, poema, biografia, narrativa de ficção científica, video clip, relato
pessoal, outdoor, haicai, júri simulado, mesa redonda, paródia,
regulamentos, caricatura, escultura, blog, e-mail, texto de dramaturgia,
árvore genealógica, gráficos, fatura, nota fiscal (e outros gêneros
relacionados: Educação Fiscal), entre outros.
- LEITURA
Interpretação textual, observando:
estrutura do gênero
Conteúdo temático
Interlocutores
Fonte
Ideologia
Intencionalidade
Informatividade
Marcas linguísticas
caracterização da personagem;
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
As diferentes vozes sociais representadas no texto
Linguagem verbal, não-verbal, midiático, infográficos, etc.
Relações dialógicas entre textos
- ORALIDADE
Adequação ao gênero:
Conteúdo temático
Elementos composicionais
Marcas linguísticas
Coerência global do discurso oral
Variedades linguísticas
Papel do locutor e do interlocutor:
Participação e cooperação
Turnos de fala
Particularidades dos textos orais
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
Finalidade do texto oral
- ESCRITA
Adequação ao gênero:
Conteúdo temático
Elementos composicionais
Marcas linguísticas
Argumentação
Coerência e coesão textual
Paragrafação
Refacção textual
- ANÁLISE LINGUÍSTICA
Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral
Conotação e denotação
A função das conjunções na conexão de sentido do texto
Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes,
substantivos...)
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias
como elementos do texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico
Acentuação gráfica
Figuras de linguagem
Procedimentos de concordância verbal e nominal
A elipse na sequência do texto
Estrangeirismos
uso de siglas e abreviações
As irregularidades e regularidades da conjugação verbal
A função do advérbio: modificador e circunstanciador
Complementação do verbo e de outras palavras
8ª série/90. ano
• CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
• CONTEÚDOS BÁSICOS:
− GÊNEROS DISCURSIVOS: romance, fábulas contemporâneas, cordel,
crônica, artigo de opinião, artigo científico, entrevista, debate, notícia e
reportagem oral e escrita, manifesto, relatório infográfico (e outros
gêneros para: Lei 9795/99, Educ. Ambiental), seminário, relatório
científico, resenha crítica, narrativa fantástica, romance, histórias de
humor, contos, música, charges, cartum, editorial, leis, regimentos, ata,
curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembleia, agenda cultural,
reality show, novela fantástica, conferência, pesquisa, filmes (e outros
gêneros relacionados a Lei 10639/03), sinopse, teatro, clip (entre outros
gêneros, Língua Kaingang) palestra, fotoblog, depoimento, imagens ,
instruções, não-verbais, entre outros.
- LEITURA
• Interpretação textual, observando:
• estrutura do gênero
• Conteúdo temático
• Interlocutores
• Fonte
• Intencionalidade
• Intertextualidade
• Ideologia
• Informatividade
• Marcas linguísticas
• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.
• Informações implícitas em textos.
• As vozes sociais presentes no texto.
• Estética do texto literário.
- ESCRITA
Adequação ao gênero:
Conteúdo temático
Elementos composicionais
Marcas linguísticas
Argumentação
Resumo de textos
Paragrafação
Paráfrase
Intertextualidade
Refação textual
ORALIDADE
Adequação ao gênero:
Conteúdo temático
Elementos composicionais
Marcas linguísticas
Variedades linguísticas
Intencionalidade do texto oral
Argumentação
Papel do locutor e do interlocutor.
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
- ANÁLISE LINGUÍSTICA
Conotação e denotação
Coesão e coerência textual
Vícios de linguagem
Operadores argumentativos e os efeitos de sentido
Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em
relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente...)
Semântica
Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias
como elementos do texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico
Acentuação gráfica
Estrangeirismos, neologismos, gírias
Procedimentos de concordância verbal e nominal
Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais
A função das conjunções e preposições na conexão das partes do
texto
Coordenação e subordinação nas orações do texto.
2.2 ENSINO MÉDIO
1ª série
• CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
− DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
• CONTEÚDOS BÁSICOS:
GÊNEROS DISCURSIVOS: romance, novela fantástica, crônica, conto,
poema, pinturas, esculturas, cantigas (trovadorescas), fábulas,
biografia, relato de viagem, textos informativos e descritivos
(destacando, entre os gêneros acima, textos que levem em conta
alguns períodos literários, autores de destaque, tanto da literatura
portuguesa quanto do princípio da literatura brasileira, a ver: o
Trovadorismo, o Classicismo e o Barroco e o Arcadismo), artigos de
opinião, notícia, reportagem, documentário, filme (podendo incluir aqui
textos relacionados a Prevenção ao uso indevido de drogas, ex. )
entrevista, anúncio, resumo, resenha, relatório científico, seminário,
pesquisa, verbete de enciclopédia, ficha de leitura, mesa redonda,
instruções, outdoor, e-mail, blog, folder, fotos, pinturas, esculturas,
folhetos, ofício, requerimento, procuração.
- Leitura:
• Diferença entre gênero literário e discursivo
• Valor estético do texto literário
• Contexto de produção dos textos
• Interpretação textual
• Inferências
• Conteúdo temático
• Interlocutores
• Foco narrativo
• Caracterização da personagem
• Fonte
• Intencionalidade
• Ideologia
• Informatividade
• Situacionalidade
• Aceitabilidade
• Marcas linguísticas
• Aspectos semânticos
• Identificação informações principais e secundárias
• Relação entre partes do texto
• As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto
em registro formal e informal
• As vozes sociais presentes no texto
• Relações dialógicas entre textos
• Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.
• Polissemia
- Oralidade
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Variedades linguísticas
• Intencionalidade do texto
• Aceitabilidade
• Papel do locutor e do interlocutor:
• Participação e cooperação
• Turnos de fala
• Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação
(entonação, repetições, pausas...)
• Finalidade do texto oral
• Materialidade fônica dos textos poéticos.
• Adequação ao gênero
- Escrita
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Elementos composicionais
• Coesão e coerência
• Uso da variedade linguística apropriada (de acordo com o contexto
de produção)
• Argumentação (no caso de artigo e resenha)
• Paragrafação
• Uso correto de recursos lingüísticos: ortografia, pontuação,
acentuação, etc.
• Uso de conectores entre as partes do texto
• Busca de estilo próprio
- ANÁLISE LINGUÍSTICA
• Noções de variações linguísticas
• Figuras de linguagem
• Neologismo
• Ortografia e acentuação gráfica
• Estrutura e formação de palavras
• Classes gramaticais
• Coesão e coerência textual
• Vícios de linguagem
• Operadores argumentativos e os efeitos de sentido
• Termos modalizantes
• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico
• Estrangeirismos, neologismos, gírias
• Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre
• Procedimentos de concordância verbal e nominal
• A função das conjunções, preposições, pronomes, substantivos,
verbos, advérbios, etc. dentro do texto
2º Ano
• CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
− DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
• CONTEÚDOS BÁSICOS:
- GÊNEROS DISCURSIVOS: romance, conto contemporâneo (Dalton
Trevisan, Moacir Scliar, entre outros, trazendo temas como
sexualidade, Cidadania e Direitos Humanos) poema, pinturas,
esculturas, fábulas moderna, biografia, música, textos informativos e
descritivos (destacando, entre os gêneros acima, textos que levem
em conta alguns períodos literários, autores de destaque, tanto da
literatura portuguesa quanto do princípio da literatura brasileira, a
ver: o Romantismo, o Realismo e o Naturalismo, o Parnasianismo e o
Simbolismo, bem como autores de destaque, dentre eles: Machado
de Assis, Tomás Antonio Gonzaga, Castro Alves e Cruz e Souza,
incluindo, dentro do estudo acerca da obra dos dois últimos,
dependendo do direcionamento da abordagem, a Lei 11635/08,
História e cultura africana e afro-descendente), artigos de opinião,
notícia, reportagem, sinopse, filme, documentário (podendo
inclusive incluir aqui textos relacionados a Prevenção ao uso
indevido de drogas, ex. “Drogas, a família é o melhor remédio”,
entre outros) resenha, relatório científico, seminário, pesquisa, mesa
redonda, debate regrado, folder, fotos, pinturas, esculturas
- Leitura:
• Valor estético do texto literário e relação de diferentes estilos
• Contexto de produção dos textos
• Interpretação textual
• Informações explícitas e implícitas
• Conotação e denotação
• Inferências
• Conteúdo temático
• Interlocutores
• Foco narrativo
• Caracterização da personagem
• Fonte
• Intencionalidade
• Ideologia
• Informatividade
• Situacionalidade
• Aceitabilidade
• Marcas linguísticas
• Aspectos semânticos
• Estrutura mais ou menos estáveis nos gêneros
• Identificação informações principais e secundárias
• Relação entre partes do texto
• As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto
em registro formal e informal
• As vozes sociais presentes no texto
• Relações dialógicas entre textos
• Interpretação de textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.
- Oralidade
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Variedades linguísticas
• Intencionalidade do texto
• Aceitabilidade
• Papel do locutor e do interlocutor:
• Participação e cooperação
• Turnos de fala
• Objetividade e clareza
• Consistência argumentativa
• Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação
(entonação, repetições, pausas...)
• Finalidade do texto oral
• Materialidade fônica dos textos poéticos.
• Adequação ao gênero
- Escrita
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Elementos composicionais
• Coesão e coerência
• Uso da variedade linguística apropriada (de acordo com o contexto
de produção)
• Argumentação (no caso de artigo e resenha)
• Paragrafação
• Uso correto de recursos lingüísticos: ortografia, pontuação,
acentuação, etc.
• Uso de conectores entre as partes do texto
• Busca de estilo próprio
- ANÁLISE LINGUÍSTICA
• Noções de variações linguísticas
• Figuras de linguagem
• Neologismo
• Ortografia e acentuação gráfica
• Estrutura e formação de palavras
• Classes gramaticais
• Coesão e coerência textual
• Vícios de linguagem
• Operadores argumentativos e os efeitos de sentido
• Termos modalizantes
• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico
• Estrangeirismos, neologismos, gírias
• Procedimentos de concordância verbal e nominal
• A função das conjunções, preposições, pronomes, substantivos,
verbos, advérbios, etc. dentro do texto
3º ano
• CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
− DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
• CONTEÚDOS BÁSICOS:
- GÊNEROS DISCURSIVOS: romance, teatro, poema, pinturas,
esculturas, biografia, música, textos informativos e descritivos
(destacando, entre os gêneros acima, textos que levem em conta
alguns períodos literários, autores de destaque, tanto da literatura
portuguesa quanto do princípio da literatura brasileira, a ver: o Pré-
modernismo, as vanguardas artísticas européias, o Modernismo no
Brasil e a Semana de arte Moderna, o Modernismo em Portugal e a
poesia de Fernando Pessoa, as tendências contemporâneas da
literatura portuguesa e brasileira) artigos de opinião, notícia,
reportagem, editorial, carta ao leitor, leis (Estudo das Leis acerca
dos Direitos Humanos) documentário, vídeos, filme (entre outros
gêneros para abordar a Lei 10639/03), resenha, relatório científico,
seminário, pesquisa, debate regrado, folder(, slogan, fotos, pinturas,
esculturas, caricatura, charge, cartum, faturas, nota fiscal, contratos
de prestação de serviço (Educação fiscal), contrato de aluguel .
- Leitura:
• Valor estético do texto literário e relação de diferentes estilos
• Contexto de produção dos textos
• Interpretação textual
• Informações explícitas e implícitas
• Conotação e denotação
• Inferências
• Conteúdo temático
• Interlocutores
• Foco narrativo
• Caracterização da personagem
• Fonte
• Intencionalidade
• Ideologia
• Informatividade
• Situacionalidade
• Aceitabilidade
• Marcas linguísticas
• Aspectos semânticos
• Estrutura mais ou menos estáveis nos gêneros
• Identificação informações principais e secundárias
• Relação entre partes do texto
• As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto
em registro formal e informal
• As vozes sociais presentes no texto
• Relações dialógicas entre textos
• Interpretação de textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.
- Oralidade
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Variedades linguísticas
• Intencionalidade do texto
• Aceitabilidade
• Papel do locutor e do interlocutor:
• Participação e cooperação
• Turnos de fala
• Objetividade e clareza
• Consistência argumentativa
• Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação
(entonação, repetições, pausas...)
• Finalidade do texto oral
• Materialidade fônica dos textos poéticos.
• Adequação ao gênero
- Escrita
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Elementos composicionais
• Coesão e coerência
• Uso da variedade linguística apropriada (de acordo com o contexto
de produção)
• Argumentação (no caso de artigo e resenha)
• Paragrafação
• Uso correto de recursos lingüísticos: ortografia, pontuação,
acentuação, etc.
• Uso de conectores entre as partes do texto
• Busca de estilo próprio
- ANÁLISE LINGUÍSTICA
• Noções de variações linguísticas
• Figuras de linguagem
• A representação do sujeito no texto (expressivo/elíptico;
determinado/indeterminado; ativo/passivo)
• Neologismo
• Ortografia e acentuação gráfica
• Estrutura e formação de palavras
• Classes gramaticais
• Coesão e coerência textual
• Vícios de linguagem
• Operadores argumentativos e os efeitos de sentido
• Termos modalizantes
• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico
• Estrangeirismos, neologismos, gírias
• Procedimentos de concordância verbal e nominal
• Valor sintático dos modos e tempos verbais
• A função das conjunções, preposições, pronomes, substantivos,
verbos, advérbios, etc. dentro do texto
• Coordenação e subordinação nas orações.
• Regência
Observação: Ao elencar conteúdos relativos à disciplina, buscamos
incluir também sugestões de trabalho envolvendo os Desafios
Educacionais Contemporâneos e Leis vigentes. No entanto, os mesmos
poderão ser melhor veiculados e explicitados no Plano de Trabalho
Docente de cada professor, em cada série, de acordo com textos a serem
selecionados, a ver:
• Enfrentamento da violência na escola
• Cidadania e Direitos Humanos
• Educação Ambiental, Lei 9795/99
• Educação Fiscal
• Prevenção ao uso indevido de drogas
• Educação do Campo
• Educação Escolar Indígena, Lei 11.645/08
• Educação para as relações etnicorraciais e afrodescendência, Lei
10639/03 e 11645/08
• Gênero e diversidade sexual
• ECA, referente aos Direitos da criança e do adolescente, Lei 9.394
3. METODOLOGIA
No ensino de Língua Portuguesa o enfoque principal será dado
ao domínio da leitura, escrita e expressão oral como objetos significativos
que levem ao aprofundamento de conhecimentos e visão de mundo,
levando o aluno a valer-se de estratégias diversas que lhe estimulem o
uso da criticidade e a ampliação da competência comunicativa.
Para Perrenout, citado por MEURER E MOTTA-ROTH (2002), “A prática
reflexiva implicaria uma análise do contexto em que se está inserido, para
que a participação de cada sujeito possa ser crítica, com tomadas de
decisões conscientes e responsáveis. Para isso, é evidente tanto a
necessidade de conhecimento metodológico e teórico como atitudes e
capacidades específicas que sustentem a prática pedagógica.” Sustenta-
se, assim, a ideia de uma prática em que a interação entre professor-aluno
seja constante em sala de aula para que, de fato, este amplie seu saber
lingüístico.
O trabalho será desenvolvido a partir da diversidade de gêneros
textuais que possibilitem a interação em sala de aula e o contato com os
diferentes discursos presentes nas interações sociais. O uso de uma
abordagem baseada em gêneros textuais como ferramentas no processo
ensino-aprendizagem é defendida por inúmeros autores, entre eles
BAKHTIN (2003):
A riqueza e a diversidade dos gêneros do discurso são infinitas porque são inesgotáveis as possibilidades da multiforme atividade humana e porque em cada campo dessa atividade é integral o repertório de gêneros do discurso, que cresce e se diferencia (...).
O livro didático será utilizado como relevante material de apoio, pois
a diversidade de recursos e atividades que o mesmo propõe dá margem
ao desenvolvimento de um trabalho interdisciplinar produtivo e criativo,
inclusive no que diz respeito à importância de um trabalho que contemple
o contato do aluno com a diversidade de gêneros textuais.
A grande diversidade de assuntos pertinentes à vida em sociedade,
como diversidade sociocultural e étnica, valorização da cultura do campo,
inclusão e exclusão, preconceitos, sexualidade, educação ambiental,
enfrentamento à violência nas escolas, prevenção ao uso indevido de
drogas, educação fiscal, entre tantos outros, estarão sempre presentes
dando margem a leituras, discussões, debates, produções textuais. Assim,
FREIRE (1996) afirma que outro saber indispensável à prática docente é o
da “impossibilidade de desunir o ensino dos conteúdos da formação ética
dos educandos”. Desse modo, atividades como essas contribuirão para o
melhor domínio da palavra oral e escrita, bem como para a ampliação da
visão de mundo, da capacidade crítica e comunicativa do aluno.
Dessa forma, no âmbito da leitura, cabe ao professor propiciar
práticas de leitura de diversos gêneros diferentes, considerando vários
aspectos, entre eles, o conhecimento prévio dos alunos, seja a nível
linguístico/discursivo ou de mundo, em relação às temáticas abordadas.
Que estimule os alunos a buscarem informações explícitas, não explícitas
nos textos; que reconheçam o uso da linguagem não verbal em textos que
povoam o nosso cotidiano; que proporcione análises dos recursos
lingüísticos utilizados nos diversos tipos de gêneros; formule reflexões,
explore sentidos e que faça com que os alunos reconheçam o contexto de
produção que permeiam tais textos.
Em relação aos aspectos linguísticos dos textos (gramaticais), sua
abordagem será efetuada de acordo com os gêneros que estarão sendo
trabalhados e a necessidade, que surgirem naturalmente no decorrer do
processo ensino-aprendizagem, sempre partindo do texto e buscando
levar à reflexão de aspectos da língua.
Quanto à escrita, acontecerá a partir de propostas bem articuladas,
levando em conta situações reais de uso da língua (ou simulação destas),
com objetivos bem definidos, encaminhando atividades através das quais
onde o aluno possa colocar em prática o que aprendeu através do estudo
e reflexão sobre os mecanismos da língua, convenções ortográficas,
recursos coesivos, especificidades estruturais de cada gênero, coerência,
etc. Partindo de textos lidos e/ou produzidos serão discutidos aspectos
gramaticais e estruturais que possibilitem a compreensão e eficácia no
uso da língua, realizando, quando necessário, a reestruturação coletiva
e/ou individual dos textos produzidos.
Em relação à oralidade, caberá ao professor organizar sua aula de
forma a incentivar o uso da linguagem, com orientação acerca do contexto
de produção e uso da língua (formal/informal); também poderão ser
organizadas exposições orais a partir de: declamações de poesia, jograis,
debates, mesa redonda, dramatizações, apresentações de trabalhos, entre
outras formas. Outra forma bastante válida para o trabalho com a
oralidade em sala de aula é apresentar aos alunos textos oralizados de
diferentes gêneros, como: vídeos, filmes, músicas, documentários, afim de
que possam ser analizados diferentes aspectos do texto oral, inseridos em
diferentes contextos.
Por fim, em relação à literatura, esta deverá ser abordada a partir da
concepção do Método Recepção e da Teoria do Efeito, que buscam formar
no leitor subjetividades através da interação entre o leitor, a obra lida e o
autor da mesma. Em outras palavras, trata-se formar um leitor crítico,
capaz de reconhecer na literatura sua dimensão estética, social, cultural e
histórica, o que contribui também para a formação do leitor como um
todo. Dessa forma, tanto no Ensino Fundamental quanto no Médio, o
professor deverá partir da recepção dos alunos, ou seja, quais foram as
primeiras sensações, ideias, hipóteses produzidas por ele após o contato
com a obras; depois, promover encaminhamentos que levem em conta as
inferências, interpretações produzidas, contextos de produção, no caso do
Ensino Médioa, tendência ou escola a qual pertence; aspectos linguísticos
e estruturais, etc. Dessa forma, espera-se que os alunos aprimorem seu
conhecimento e seu pensamento, tornando-se leitores potenciais,
capazes, entre outras coisas, de perceber a importância da literatura para
a humanidade.
Ressaltamos ainda que no ato da seleção dos gêneros, tanto orais
como escritos, verbais ou não-verbais, e outros conteúdos específicos a
serem trabalhados, deveremos oportunizar dentro das aulas, momentos
para o trabalho efetivo e contextualizado sobre a História e cultura Afro-
brasileira e Africana, do Povos Indígenas, Educação Ambiental, referente
aos direitos das crianças e adolescêntes, Educação do Campo e os demais
Desafios Educacionais contemporâneos , como; Sexualidade, prevenção
ao uso indevido das Drogas, A educação Fiscal; Enfrentamento à violência
na Escola. E sendo ainda nossa escola considerada do campo, serão
abordadas não somente temáticas relacionadas ao assunto, mas também
adotadas posturas e estratégias em sala de aula que levem em
consideração essa condição, buscando a valorização do homem do campo,
de sua cultura, crenças, tradições, dialeto e costumes.
No caso da Cultura Afro-Brasileira e Africana, será efetivada a
formação de uma Equipe Multidisciplinar que terá como finalidade
organizar e orientar o trabalho nessa área, de acordo com as orientações a
serem repassadas pelo Núcleo Regional e pela SEED.
Ainda quanto a sexualidade, contará com auxílio da equipe formada
pela pedagoga, uma funcionária do município e professora da escola, que
terão a tarefa de organizar e também orientar os professores nesse
trabalho.
O PEP será operado de forma interdisciplinar, envolvendo inclusive
Direção e Equipe pedagógica e envolverá abordagem teórica, a ser
efetuada pelos professores em sala de aula, conscientizando os alunos,
inclusive, da sua importância; e prática, com simulações periódicas, com
todos os alunos da escola.
As demais temáticas (relativas às Leis) poderão ser contempladas de
acordo com o planejamento de cada professor, levando em conta os
conteúdos da disciplina que dão conta de sua abordagem e exteriorizados
por meio de atividades específicas em sala de aula e/ou eventos
relacionados para este fim, dentro ou fora da escola.
4. AVALIAÇÃO
Segundo a concepção de língua adotada e os objetivos propostos
para o ensino da língua portuguesa nas suas diretrizes e no PPP deste
colégio, a avaliação é entendida como um processo contínuo, cumulativo
e processual.
Nessa perspectiva o professor avalia seus alunos em todos os
momentos em vários aspectos, como: nas atividades orais e escritas,
observando a compreensão, produção de sentido, coerência e clareza;
valoriza o interesse e participação dos alunos em todas as atividades
desenvolvidas em sala de aula, observando as interações aluno/professor e
aluno/aluno. Respeitando a individualidade e limitações de cada indivíduo.
Promovendo, inclusive, adaptações de pequeno porte se necessários, para
alunos com dificuldades educacionais especiais e/ou defasagem de
aprendizagem.
Uma ferramenta essencial nesse processo é o Plano de Trabalho
Docente, que explicitará o critério ou critérios utilizados pelo professor em
cada atividade (pesquisas, testes, produções textuais e outras atividades
individuais e coletivas, orais ou escritas...) propostas em sala de aula, bem
como os objetivos a serem alcançados por meio deles.
Dessa forma, a avaliação deve ser compreendida como um conjunto
de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o
aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Funcionará, por um
lado, como instrumento que possibilite ao professor analisar criticamente
sua prática educativa, pois pensando criticamente a prática de hoje ou de
ontem é que se pode melhorar a próxima prática (FREIRE, 1996). E, por
outro, como instrumento que apresente ao aluno a oportunidade de refletir
sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades. Para isso, avaliar deve
ser um processo contínuo e não ocorrer apenas em momentos específicos.
Segundo LUCKESI (2005), a prática da avaliação da aprendizagem,
em seu sentido pleno, só será possível na medida em que se estiver
efetivamente interessado na aprendizagem do educando, ou seja, há que
se estar interessado em que o educando aprenda aquilo que está sendo
ensinado.
Nesse contexto, o erro será visto como parte do processo de
construção do conhecimento e importante elemento para que, através
dele, o professor possa selecionar conteúdos e orientar sua prática em
sala de aula. Pode-se perceber essa situação através de LUCKESI (2005),
que mostra que a ideia de erro só emerge no contexto da existência de
um padrão considerado correto, pois sem padrão, não há erro.
Ainda, conforme VASCONCELOS (2005), a avaliação é um
processo abrangente que implica uma reflexão crítica sobre a prática,
podendo assim levar a uma tomada de decisão a fim de superar os
obstáculos e evoluir na aprendizagem.
E evoluir na aprendizagem, significa:
- Na leitura:
• Efetuar leitura compreensiva, global e crítica acerca de textos
vetbais e não-verbais;
• Localizar informações explícitas e implícitas nos textos;
• Produzir inferências, levando em conta seu conhecimenyto prévio,
linguístico e de mundo;
• Ampliar seu léxico;
• Reconhecer o contexto de produção e recepção dos textos;
• Reconhecer o uso de expressões de sentido próprio e figurado nos
textos;
• Reconhecer as estruturas mais ou menos estáveis de cada gênero;
• Reconhecer o uso de termos conectivos entre as partes de um texto;
• Posicionar-se criticamente frente aos temas apresentados nos
textos;
• compreender textos a partir do estabelecimento de relações entre
diversos segmentos do próprio texto e entre o texto e outros
diretamente implicados por ele (intertextualidade);
• compreender as intenções do discurso do outro;
• selecionar procedimentos de leitura adequados a diferentes
objetivos e interesses (estudo, formação pessoal, entretenimento,
realização de tarefa) e às características do gênero e suporte;
- Na escrita:
• Expresse suas ideias com clareza;
• produzir textos orais e escritos nos diferentes gêneros, considerando
as especificidades e condições de produção, utilizando o discurso
formal/informal de acordo com a situação e apresentando clareza de
idéias;
• escrever textos coerentes e coesos, observando as condições
impostas pelo gênero;
• redigir textos utilizando recursos próprios do padrão escrito
relativos à paragrafação, pontuação e outros sinais gráficos, em
função da proposta textual;
• estabelecer relação entre a tese e os argumentos que a sustentam,
no caso dos argumentativos;
• Utilizar de forma correta os diversos recursos linguísticos
necessários;
• Revisar, com auxílio do professor, os próprios textos com o objetivo
de aprimorá-los;
- Na oralidade:
• Saiba se expressar de forma clara e objetiva durante apresentações
orais, como declamações, apresentação de trabalhos, etc,
observando o uso da norma culta padrão;
• Respeitar os turnos de fala nas diversas situações que envolvam a
oralidade em sala de aula;
• Propor reflexões, hipóteses e observações acerca dos textos lidos;
• Saiba contar o que leu utilizando elementos extralinguísticos como
entonação de voz, expressão gestual, facial, etc.
• Analisar e comparar diferentes recursos expressivos utilizados em
textos de diferentes gêneros produzidos através da oralidade;
• Argumentar e contra-argumentar ideias formulados pelos colegas no
âmbito das atividades desenvolvidas em sala de aula;
- Análise linguística:
• Saiba reconhecer nos textos estudados, tanto orais quanto escritos,
verbais ou não-verbais, aspectos lingüísticos relevantes, abordados
em sala de aula;
- Literatura:
• Saiba reconhecer o estilo que é próprio de cada gênero, suas
estruturas mais ou menos estáveis;
• Identificar o tema de cada obra;
• Reconheçer os efeitos de sentido produzidos pelo uso de recursos
semânticos, como: figuras de linguagem, uso do discurso direto,
indireto e indireto livre, etc.
• Saiba reconhecer o foco narrativo adotado pelo autor, em
determinados gêneros;
• Identificar nos textos literários aspectos lingüísticos relevantes;
• Reconhecer o contesto sócio-histórico de cada obra e seu valor
estético;
• No Ensino Médio, além dos itens acima:
• reconhecer o valor das Escolas Literárias em seus contextos;
• Reconhecer as relações entre obras de um mesmo
período literário;
• Promover relações de intertextualidade;
• Reconhecer os efeitos da polissemia nos textos literários e
não-literários;
Quanto a recuperação, caso seja necessário, deverá ocorrer de
forma concomitante ao processo de ensino e aprendizagem, a medida em
que o professor perceba que alguns alunos ou boa parte dos alunos
necessita de uma recuperação de conteúdos, sempre partindo do
pressuposto de que a recuperação é direito de todos os alunos. Portanto, a
melhor forma de se efetivar tal recuperação é retomar o conteúdo, com
nova abordagem e aplicar, se necessário, novo instrumento avaliativo
(não repeti-lo) que dê a todos os alunos a chance de explorar ao máximo
suas potencialidades. E em casos específicos, atender individualmente
alunos com maiores dificuldades.
Quanto a contabilização da nota bimestral, esta será obtida a
partir da soma e divisão entre, no mínimo, três instrumentos avaliativos de
peso dez (10). Quanto à recuperação de notas, poderá ser obtida através
da aplicação de novo instrumento avaliativo e mensuração de nova nota,
que poderá substituir a nota de uma das avaliações utilizada pelo
professor, ou então ser somada e dividida com a nota final do aluno,
resultante dos três primeiros instrumentos avaliativos. Cabe lembrar que
a recuperação é direito de todos os alunos, independente de seu grau de
desempenho. Dessa forma, todo aluno que não tenha alcançado a nota
máxima (dez), tem direito à recuperação.
5. REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M (Volochinov). Estética da criação verbal. São Paulo:
Martins Fontes, 2003.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo:
Hucitec, 1988.
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA, Projeto Político Pedagógico.
2010.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
MEURER, J. L. (Et all.). Gêneros textuais e práticas discursivas:
subsídios para o ensino da linguagem. São Paulo: EDUSC, 2002.
LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São
Paulo: Ática, 1997.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e
proposições. São Paulo: Cortez, 2005.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua
Portuguesa. SEED, 2008.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. SEED,
2006
SOARES, M. B. Aprender a escrever, ensinar a escrever. In:
Zaccur, E. (org.) A Magia da linguagem. Rio de Janeiro: DP&A Editora,
1999.
SOARES, M. B. Linguagem e escola: uma perspectiva social.
São Paulo: Ática, 2002.
VASCONCELOS, C. dos S. Avaliação: concepção dialético-
libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad,
2005.
PROPOSTA PEDAGÓGICA – PROGRAMA VIVA À ESCOLA
Projeto do jornal da escola (ético e responsável) e outras mídias.
JUSTIFICATIVAA informação é , sem dúvida, o meio mais rápido que o indivíduo dispõe
para inserir-se no mundo. Sem ela, não haveria contexto, história, clareza da realidade, sociedade organizada, etc.
Na era da informação, o desafio para os professores de Língua Portuguesa, passa a ser o de ensinar o aluno o além da leitura, levando-o a interpretar e, principalmente assimilar corretamente aquilo que lhe é transmitido nas linhas e nas entrelinhas, com imparcialidade e livres de dogmas e (pré) conceitos .
Em sala de aula, por várias vezes utilizamos reportagens impressas (jornal ou sítios), vídeos de reportagens com variadas formas e estilos de textos. Nosso papel tem sido o de auxiliar os alunos na identificação destes gêneros e suas características, marcas linguísticas, temas, etc. Entramos, também, na questão da intenção do texto, deixando assim os alunos cientes de todas as informações, mas essencialmente no contexto que gerou tal reportagem e que na imprensa oficial, é sabido, tem grande influência na forma como tal notícia é apresentada.
Outro fator encontrado para implantar um projeto de jornal da escola, acontece através do interesse de muitos alunos em terem seus textos (que sempre surpreendem) socializados para toda a comunidade escolar. Não são raras as oportunidades onde trabalhamos notícias, reportagens, entrevistas e notadamente muitos alunos se identificam com a forma utilizada para esta produção, o que ocasiona um maior interesse do aluno em produzir mais e melhor.
Para aproveitar este fato e concordar com o jornalista “Paulo Henrique Amorim” que em recente entrevista afirmou, ao ser questionado sobre a não obrigatoriedade de curso superior para exercer a profissão de jornalista, afirmou que ao invés de perder horas aprendendo como montar um cenário para uma entrevista, era mais importante aprender corretamente a Língua Portuguesa e, assim, poder usá-la de forma esclarecedora nos jornais e revistas, tendo citado uma em especial onde disse ocorrer um atentado à Língua Portuguesa.
Acredito que esta é a grande justificativa para a implantação deste projeto: Deixar ao alcance dos alunos a oportunidade (para os interessados) de aprender o que é, como é, como deve se portar uma mídia de comunicação.
Gostaria de salientar, também, que este projeto foi idealizado, primeiramente, por alunos que tem muita vontade de aprender como se trabalha a informação, em diferentes níveis e para diferentes mídias, aproveitando a pequena experiência que este professor tem sobre o assunto.
CONTEÚDOSTendo como base, a estrutura educacional que coloca o texto como uma
prática social, nada mais óbvio que trabalhar o texto de informação, de entretenimento, científico e cultural como eixo principal na interação do aluno com o mundo. Num primeiro momento lendo e entendendo como são e suas características para, assim, produzir informação, nas mais diferentes áreas.
Gêneros textuais( Editorial, manchete, notícia, reportagem, entrevista,
charge, cartum, tiras, poema, paródia, etc); Leitura e interpretação; Características e marcas linguísticas dos diferentes gêneros; Estruturação textual; Produção, restruturação e re-facção dos gêneros textuais trabalhados.
OBJETIVOS Incentivar à leitura (crítica) de informação como base para a cidadania;
Ensinar, na teoria a diferença entre informação e opinião (muito confundida na imprensa atual) e os riscos que trazem à sociedade; Ensinar na prática a informação com ética jornalística; Aproximar os alunos dos diferentes gêneros textuais que constituem a imprensa, para que eles também possam produzir , primeiramente um jornal da escola e posteriormente outras mídias (rádio, internet), já que este é uma iniciativa que partiu deles próprios.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Reunir os alunos que tiveram a ideia de montar um jornal para o colégio, no
primeiro momento eram cinco alunos. Convidar outros alunos que se interessam em levar adiante este projeto (Estas duas etapas já foram cumpridas).
Nos primeiros encontros, apresentar vídeos, leituras, entrevistas sobre o verdadeiro papel da imprensa na sociedade ( Trecho do livro “Plim-Plim” de Paulo Henrique Amorim; Paulo Markum, vídeo com trechos do programa “Observatório de Imprensa” (para mostrar aos alunos como é manipulada grande parte da imprensa atual); Assistir ao filme “O quarto poder” de uma forma crítica ao tipo de imprensa mostrada).
Em seguida trazer jornais e revistas para que os alunos possam aprender ou relembrar (já que são assuntos trabalhados em sala de aula) as várias seções que dividem estas mídias impressas, suas características, sua intencionalidade, sua estrutura, etc.
Ensinar como transformar um fato em notícia ou em uma reportagem, buscando informações imparciais e produzindo o texto informativo em sua estrutura formal.
Ensinar o que são e como são produzidos os textos de opinião (editoriais), de utilidade pública, de entretenimento, etc.
Escolher o nome do jornal da escola, as equipes e os assuntos que estarão em pauta, observando para que tenha um rodízio entre as equipes e as seções (para que todos os alunos possam produzir todos os gêneros presentes no jornal).
Montar a primeira reunião de pauta e colocar em prática a imprensa livre. A partir do segundo semestre, buscar outras mídias para produzir informação
e entretenimento (sítio e rádio comunitária).
INFRAESTRUTURA
As reuniões para as leituras, vídeos, debate sobre o papel da imprensa e reuniões de pauta serão em sala de aula cedida pela direção. Este espaço estará disposto com as carteiras em círculo (para propiciar o debate) e dividida em pequenos grupos após a escolha das seções. Será utilizada, também, a sala de informática para a digitação das notícias e reportagens e confecção do jornal e das pautas em geral.
RESULTADOS ESPERADOS
Ensinar a esse grupo de alunos interessados nos conteúdos a serem abordados e trabalhados durante a teoria e a prática do jornalismo: a ética, os valores morais e
a imprensa livre. Como resultado do sucesso desse projeto terá organizado no colégio o jornal da escola, com responsabilidade e capazes de informar com imparcialidade.
Além disso, teremos alunos que lerão, interpretarão e produzirão textos muito melhores dos que produzem hoje, e saliento que muitos já escrevem com qualidade, cabendo aí a otimização de seus textos.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
Alunos que estejam frequentando regularmente as aulas e que atendam as
especificidades exigidas pelo Projeto Viva a Escola; Alunos que apresentam
vulnerabilidade no convívio social e econômico; Alunos que gostam de produzir
diferentes gêneros textuais; Alunos pioneiros na ideia de produzir um jornal no
colégio; Alunos que se identificam com o jornalismo.
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
PAULA FREITAS2010
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação é a base para a transformação da sociedade, é um processo
ímpar para que um País passe do subdesenvolvimento para um estado de
desenvolvimento amplo e moderno. A Educação vive em constante evolução, pois o
mundo contemporâneo caminha por sua trajetória evolutiva a passos largos e por
isso nós profissionais da área educativa devemos estar atentos para suas mudanças
e é vendo a educação desta forma que destacamos a importância da Educação
Física dentro do processo educacional como atividade fundamental no
desenvolvimento neuro – motor, na formação de caráter, na aquisição de hábitos
higiênicos, na liberdade de movimento,, na formação da auto estima e valorização
do educando como cidadão, participante do processo evolutivo da sociedade,
alertando sempre para a igualdade de direitos e deveres que todos nós temos dentro
da sociedade.
A Educação Física ganhou status de disciplina curricular, no ano de 1882
através da reforma do ensino primário e instituições complementares da instrução
pública proposta por Rui Barbosa, então deputado geral do império, mas somente
em 1931 ela passa a ser obrigatória em todas as escolas do país, na época, o
objetivo era preparar corpos fortes e mecanicamente eficientes para suprir as
demandas de trabalho do momento e também para defender a pátria de possíveis
inimigos.
No ensino fundamental a Educação Física objetiva, enquanto componente
curricular, contemplar conhecimentos como: manifestações esportivas
contemporâneas, sua evolução histórica, enfatizando a sociedade que os construiu,
também deve desenvolver os elementos básicos de cada esporte, abordando suas
regras atuais e oportunizando aos educandos a possibilidade de adaptação das
mesmas a sua realidade. A ginástica como base do movimento humano mostrando
seus vários tipos e práticas de movimentos. Jogos e brincadeiras estabelecidos,
construção de atividades e adaptações, brinquedos cantados, jogos cooperativos e
pré-desportivos. A expressão corporal, a dança, o teatro e as lutas sensibilizando a
cultura local, regional e brasileira.
Na Educação Física, a cooperação é um canal que ajuda na formação de
valores significativos para o grupo. O jogo é a forma mais simples e natural para o
desenvolvimento de um sentimento grupal, é o elemento da cultura que contém
maiores possibilidades para socialização (tornar sociável) e também socializar
(entender vantagens particulares ao grupo).
A relação da Educação Física com o indivíduo e com a sociedade,
confere a esta, responsabilidades que extrapolam o “fazer ginástica” ou “jogar
futebol”, o professor não pode diante da sua missão, aprofundar-se unicamente nos
seus conhecimentos técnicos, o domínio da técnica é importante, mas como um
meio e não como um fim do processo de ensino aprendizagem. O professor de
Educação Física deve estabelecer um dialogo entre o seu conhecimento e do
educando preocupando-se em dar qualidade ao ato educativo e não de repetir
técnicas ou regras, ou mesmo de ter que ser um atleta.
É fundamental para uma perspectiva da prática pedagógica da Educação
Física. O desenvolvimento da noção de historicidade da cultura corporal. É preciso
que o aluno entenda que o homem não nasceu assim e que o atual estágio da
humanidade é fruto de transformações construídas em determinadas épocas
históricas como respostas a determinados, estímulos, desafios ou necessidades
humanas. E que os sujeitos que ajudaram a construir nossa sociedade foram
manipulados a serviço da ideologia dominante seja estética – hábitos, vestuário e
comportamentos ou através dos interesses do capital que desejava corpos fortes e
produtivos que estivessem sempre a serviço da produção. Sendo assim, não se
pode esquecer da mão de obra escrava que alavancou a economia deste país as
custas de muitas humilhações e privação de direitos básicos como saúde, moradia e
remuneração, mas é inegável que toda esta atmosfera de opressão desenvolveu
nestas pessoas um sentimento de superação desta realidade, onde o folclore e a
arte trazidas do continente africano através das danças populares, onde todo este
cenário fez surgir a capoeira que servia como válvula de escape para os negros
aliviarem o stress do dia a dia, tornando-a um componente importante da cultura
corporal e uma referencia de resistência aos interesses dominantes da época.
A educação vista como um componente da formação humana deve estar
acompanhada das evoluções e os desenvolvimento sejam eles tecnológicos, sociais,
físicos e biológicos. Hoje a internet revoluciona o acesso ao conhecimento, traz para
dentro da sala de aula um mundo de informações a cerca dos mais variados temas,
sejam eles históricos, atuais ou contemporâneos, mas todo esse conhecimento
exige uma formação atualizada dos profissionais da educação para servirem como
um filtro separando o que realmente é significativo para a formação acadêmica do
aluno. O uso das novas tecnologias propicia aulas mais dinâmicas e comprova de
forma indelegável que o papel do professor é insubstituível dentro do contexto
educacional e que elas se justificam como um meio e não como o fim da atividade
curricular das escolas.
Os conteúdos da cultura corporal a serem aprendidos na escola devem
emergir da realidade dinâmica e concreta do mundo do aluno. Os conhecimento
selecionados organizados e sistematizados devem promover uma concepção
científica de mundo, a formação de interesses e a manifestação de possibilidades e
aptidões para conhecer o meio e a sociedade a qual eles pertencem. (Brach ET
´ALL).
Berman (1976) citado por Tafarel ET´ALL coloca que “a criatividade
envolve a pessoa em sua totalidade. No ato de criar se entrelaçam as emoções, as
capacidades cognitivas e os processos corporais, que são inseparáveis e se
manifestam durante a realização de algo significativo”.
Quando a criança joga ela opera com o significado de suas ações o que a
faz desenvolver-se e ao mesmo tempo, tornar-se consciente das suas escolhas e
decisões. Por isso, o jogo apresenta-se como elemento básico para a mudança das
necessidades e da sua consciência.
A educação física, enquanto ciência tematiza o corpo humano o qual não
pode ser avaliado e exclusivamente por suas propriedades físicas e biomédicas pois
há nele toda uma historicidade que o levou a chegar até aqui. Sendo assim, a ação
educativa deve ser um instrumento que prepara o homem para reivindicar seu direito
de opinar, discutir, criticar, alterar a ordem social e ter acesso a cultura e a historia
de seu tempo.
A educação física busca formas de representação do mundo que o
homem tem produzido no decorrer da historia, sob esta ótica podemos representá-la
através da ginástica, dança, jogos e brincadeiras, lutas e do esporte.
• A ginástica: deve dar condições ao aluno de reconhecer as
possibilidades de seu corpo, fornecendo os subsídios para questionar
os apelos da mídia no que se refere à apologia do culto ao corpo, aos
padrões estéticos e aos cenários e materiais que afirmam ser
essenciais a sua prática.
• Dança: considerada a mais antiga das artes, criadas pelo homem, ela
exprime a alma do povo, as características de sua formação étnica,
seus hábitos a tradição de seus costumes, um ritmo próprio expresso
no compasso de suas músicas.
• Jogo e brincadeiras: são abordados conforme a realidade regional e
cultural do grupo, tendo como ponto de partida à valorização das
manifestações culturais próprias desse ambiente cultural, aceitando-
se as adaptações que atendam os interesses dos participantes e
ampliando suas possibilidades como seres humanos.
• Esporte: é entendido como uma atividade teórico-prática e um
fenômeno social que, em suas várias manifestações e abordagens,
pode ser uma ferramenta de aprendizado para o lazer, para o
aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos em suas relações
sociais.
• Lutas: fazem parte do contexto escolar, pois constituem-se das mais
variadas formas de conhecimento da cultura humana, historicamente
produzidas e repletas de simbologias, identificam valores culturais
conforme o tempo e o lugar onde as lutas foram ou são praticadas
(diretrizes curriculares do Paraná, 2008 -
O ser humano desempenha um papel importante no desenvolvimento de
seu próprio conhecimento, que se da pelas relações que ela estabelece com o meio
a qual ela faz parte, sendo que a primeira forma de relação com este, é o
movimento, pois quando o bebê formula seus primeiros gestos ele provoca reações
adversas nas pessoas que o cercam, estabelecendo suas primeiras relações com o
meio. É a partir deste prisma que embasamos esta proposta, pois acreditamos que
só iremos transformar a realidade educacional se propiciarmos aos educandos
atividades que facilitem a sua interação e o seu relacionamento com meio, sendo
que é desta ligação que emergirão os mecanismos para a transformação da nossa
sociedade.
OBJETIVOS GERAIS PARA O ENSINO FUNDAMENTALE MÉDIO
Espera-se que, ao final do ensino fundamental, os alunos sejam capazes de:
• Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e
construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características
físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por
características pessoais, físicas, sexuais ou sociais;
• Repudiar qualquer espécie de violência, adotando atitudes de respeito mútuo,
dignidade e solidariedade nas práticas da cultura corporal de movimentos;
• Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de
cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso
para a integração entre as pessoas e entre diferentes grupos sociais e
étnicos;
• Reconhecer condições de trabalho que comprometam os processos de
crescimento e desenvolvimento, não as aceitando para si nem para os outros,
reivindicando condições de vida digna;
• Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos, regulando
e dosando o esforço em um nível compatível com as possibilidades,
considerando que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento corporal decorrem
de perseverança e regularidade e que devem ocorrer de modo saudável e
equilibrado;
• Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos
saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os
com os efeitos sobre a própria saúde e de melhoria da saúde coletiva,
• Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e desempenho que
existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro
da cultura em que são produzidos, analisando criticamente esses padrões;
CONTEÚDOS PROPOSTOS
ENSINO FUNDAMENTAL
5ª SÉRIE:
ESPORTES:
Futsal, handebol,voleibol,basquetebol,atletismo,futebol,tênis de mesa, xadrez:• Histórico do jogo;
• Fundamentos básicos do esporte;• Movimento e posicionamento nos espaços da quadra.
• Desenvolvimento de regras adaptadas;• Trabalhos com jogos pré-desportivos;
• Diferença entre esporte e jogo;• Como as drogas prejudicam a motivação e o desempenho dentro esporte;
• Desafios educacionais;• A relação do ambiente com a prática da atividade física (Lei 9795/99).
JOGOS E BRINCADEIRAS:
• Brincadeiras de rua populares;• Brincadeiras de roda;
• Jogos indígenas (Lei 10645/08);• Jogos de tabuleiro (damas, trilha, dominó, ludo, etc);
• Jogos de estafetas ( de velocidade, com bastão e bolas);• Jogos dramáticos e de interpretação;
• Xadrez – o tabuleiro, as peças e seus movimentos, o histórico do jogo;• Jogos com duplas mistas enfatizando a sexualidade e suas diferenças;
• Jogos e regras, sua importância no enfrentamento da violência na escola;• Descoberta de brincadeiras indígenas (Lei 11645/08).
DANÇA:
• Resgate de danças folclóricas: pau de fita, menina tão galante, peixe vivo;• Atividades de expressão corporal: movimentos ao ritmo da música, noção de tempos
rítmicos, pequenas seqüências;• A influência da cultura afro na música e na dança do Brasil (Lei 10639/03);
• Paralelo entre a dança, direitos humanos e preconceitos (desafios contemporâneos).
GINÁSTICA:
• Ginástica natural: saltos, rolamentos e elevações;• Atividades de circo: equilíbrio, destrezas e habilidades;
• Ginástica artística: origem e movimentos básicos;
•
LUTAS:
• Judô, capoeira, karate e taekwondo;• Origem e histórico das lutas;• As lutas e a noção de ritmo;• Movimentos básicos de cada luta;• Musicalização.
6ª SÉRIE:
ESPORTES:
Futsal, handebol, voleibol, basquetebol, atletismo, futebol, tênis de mesa:• Origem dos esportes e a influência das sociedades que os produziram;
• Pratica dos fundamentos básicos de cada esporte;• Movimento e posicionamento nos espaços da quadra;
• Noções de regras oficiais;• Trabalhos com jogos pré-desportivos;
• O esporte usado como cortina dos problemas sociais do país (desafios contemporâneos);
• Como as drogas prejudicam a motivação e o desempenho dentro esporte (desafios contemporâneos).
JOGOS E BRINCADEIRAS:
• Brincadeiras de rua populares;• Jogos indígenas (Lei 10645/08);
• Jogos de raquete e peteca;• Jogos de tabuleiro (damas, trilha, dominó e ludo, etc);• Jogos de estafetas( de velocidade, com bastão e bolas);
• Jogos dramáticos e de interpretação;• Xadrez : xeque, xeque-mate e rei afogado, ataque duplo, peça cravada e xeque encoberto,
resoluções de problemas;• O meio ambiente e sua influência nos jogos e brincadeiras das últimas gerações,
retrospectiva (desafios contemporâneos Lei 9795/99);• Jogos de cooperação, análise e debate (desafios contemporâneos).
DANÇA:
• Resgate de danças folclóricas do Paraná (Lei 11645/08);• Atividades de expressão corporal: movimentos ao ritmo da música, noção de tempos
rítmico e pequenas seqüências;• Interpretação de músicas através do movimento;
• Noções de Hip Hop: Break (desafios contemporâneos).
GINÁSTICA:
• Ginástica natural: saltos, rolamentos e elevações; (Lei 9795/99);• Atividades de circo: equilíbrio, destrezas e habilidades;
• Ginástica artística: movimentos básicos;• Ginástica rítmica: seu histórico e elementos básicos: saltos, piruetas e equilíbrio;• A sexualidade e a ginástica, apelos e contradições (desafios contemporâneos).
•
LUTAS:
• Judô, capoeira, karate e taekwondo (Lei 10639/03);• resgate histórico das lutas (Lei 10639/03);• As lutas e a noção de ritmo, espaço e tempo;• Movimentos básicos de cada luta: ginga, esquiva, rolamentos e quedas;• As lutas como equilíbrio e harmonia e escape de energias negativas, sua importância
no enfrentamento da violência dentro da escola (desafios contemporâneos).
7ª SÉRIE:
ESPORTES:
Futsal, handebol, voleibol, basquetebol, atletismo, futebol e tênis de mesa:• Realizar recortes de períodos históricos de cada esporte através de debates sobre a
ideologia dominante nestes momentos;• Pratica dos fundamentos básicos do esporte;
• Noções táticas de defesa;• Reflexões sobre as regras dos esportes;• Trabalhos com jogos pré-desportivos;
• Como a ética se apresenta nos eventos esportivos (desafios contemporâneos);• O uso de doping nos esportes (desafios contemporâneos);
• Sexualidade ,esporte e adolescência (desafios contemporâneos);• O esporte dentro da realidade indígena (Lei 11645/08).
JOGOS E BRINCADEIRAS:
• Brincadeiras de rua populares (resgate com os pais);• Jogos indígenas (Lei 10645/08);
• Desenvolvimento de jogos intelectivos e culturais;• Jogos de tabuleiro (damas, trilha, dominó e ludo, etc);
• Jogos de estafetas ( de dificuldade, de coordenação e de agilidade);• Jogos de raquete e peteca ( pratica e regras básicas);
• Xadrez : tipos de cravada, raio X, desvio, atração, peça sobrecarregada, sacrifício e falso sacrifício;
• Elaboração de gincanas;
• A ética do jogo e a sua relação com os direitos humanos e a vida em sociedade (desafios contemporâneos);
DANÇA:
• Resgate de danças folclóricas do Paraná (Lei 11645/08);• Atividades de expressão corporal: movimentos ao ritmo da música, noção de tempos
rítmicos, pequenas seqüências;• A influência da cultura afro na música e na dança do Brasil (Lei 10639/03);
• Noções sobre dança de rua; Rap, Break;• Noções sobre danças de salão: Gaúcho, Samba e Pop.
GINÁSTICA:
• Ginástica natural: saltos, rolamentos e elevações (Lei 9795/99);• Noções de postura e desvios posturais;
• Atividades de circo: equilíbrio, destrezas e habilidades;• Ginástica artística: trabalho com seqüências rítmicas;
• A ginástica olímpica: elementos básicos;• A ginástica na prevenção ao uso de drogas na escola (desafios contemporâneos).
LUTAS:
• Judô, capoeira, karate e taekwndo; • Desenvolvimento de jogos de oposição;• Trabalho com seqüências de movimento de cada luta;• Formação de roda de capoeira (Lei 10639/03);• Como a capoeira acompanhou a evolução histórica das senzalas para o mundo (Lei
10639/03).
8ª SÉRIE:
ESPORTES:
Futsal, handebol, voleibol, basquetebol, atletismo, futebol e tênis de mesa:• Realizar recortes de períodos históricos dos esportes, destacando momentos
marcantes;• O poder da mídia e dos grandes patrocinadores no desenvolvimento dos esportes no
mundo atual (desafios contemporâneos); • Desenvolvimento das noções de defesa de ataque;
• Os grandes eventos do esporte; copa do mundo, olimpíada e campeonato mundial e a sua relação com o meio ambiente (desafios contemporâneos);
• Reflexões sobre as regras oficiais dos esportes;• Como a ética se apresenta nos eventos esportivos (desafios contemporâneos);
• O uso de doping nos esportes, principais casos, do auge até a decadência (desafios
contemporâneos);• Sexualidade , esporte, adolescência e seus mitos; gravidez e menstruação (desafios
contemporâneos).
JOGOS E BRINCADEIRAS:
• Jogos cooperativos;• Jogos indígenas (Lei 10645/08);
• Desenvolvimento de jogos intelectivos e culturais;• Jogos de tabuleiro (damas, trilha e dominó);
• Xadrez: anotação algébrica de lances, fases da partida, abertura, meio do jogo e o final, finais elementares;
• Participação de gincanas e festivais com jogos adaptados (Lei 9795/99);• Análise sobre as diferenças entre jogos cooperativos e competitivos.
DANÇA:
• Noções sobre dança de rua: Rap, Break (Desafios contemporâneos);• Passos básicos de dança salão: elementos estruturantes, harmonia, desenvoltura e
sincronismo;• Elaboração de festivais de danças;
• O papel da dança na melhoria da auto-estima e aceitação de si próprio (Desafios contemporâneos);
• A sexualidade exacerbada em alguns tipos de dança atual em comparação com a dança de salão e outros ritmos (Desafios contemporâneos).
GINÁSTICA:
• Noções de postura e desvios posturais;• A ginástica como fonte de saúde, combate aos modismos (Desafios contemporâneos);
• Atividades de circo: equilíbrio, destreza e habilidades, malabares e acrobacias;• Ginástica artística: trabalho com seqüências rítmicas;
• A ginástica olímpica: elementos básicos, sua evolução ao longo dos anos, destaques nacionais;
• A ginástica na prevenção ao uso de drogas na escola (desafios contemporâneos).
LUTAS:• Judô, capoeira. karate e taekwndo;• Desenvolvimento de jogos de oposição;• Trabalho com seqüências de movimento de cada luta;• Formação de roda de capoeira (Lei 10639/03);• A exploração das lutas pela indústria do cinema, análise crítica;• As lutas e a sua relação com a natureza e o meio ambiente (desafios contemporâneos).
CONTEÚDOS PROPOSTOS
ENSINO MÉDIO
1ª SÉRIE
ESPORTES:
Futebol; Futsal, handebol, voleibol, basquetebol, atletismo e Tênis de mesa:
• Realizar recortes de períodos históricos dos esportes, destacando momentos marcantes;
• Os interesses comerciais por traz dos grandes eventos esportivos e o poder da mídia e dos grandes patrocinadores no desenvolvimento dos esportes no mundo atual (Desafios
contemporâneos);• Desenvolvimento das noções de defesa de ataque;
• Desenvolvimento de noções táticas do jogo; • Os grandes eventos do esporte; copa do mundo, olimpíada e campeonato mundial e a
sua relação com o meio ambiente (Lei 9795/99);• Reflexões sobre as regras oficiais dos esportes;
• Como a ética se apresenta nos eventos esportivos (Desafios contemporâneos);• O uso de doping nos esportes, as verdades e os mitos (Desafios contemporâneos);
• Sexualidade e esporte de alto nível – as mudanças corporais (hormonais) rendimento físico e sua relação com a performance física nas mulheres e seus mitos; gravidez e
menstruação. (Desafios contemporâneos);• A função social do esporte, seus mitos e preconceitos.
JOGOS E BRINCADEIRAS:
• Jogos cooperativos;• Jogos sensoriais;
• Jogos pré-desportivos;• Jogos adaptados;
• Pesquisa de jogos indígenas (Lei 10645/08);• Jogos de tabuleiro (damas, trilha e dominó);
• Xadrez: Estudo de aberturas de jogo, meio do jogo e finais elementares;• Participação de gincanas e festivais com jogos adaptados (Lei 9795/99);
DANÇA:
• Noções sobre dança de rua: Rap, Break (Desafios contemporâneos);• Passos básicos de dança salão: elementos estruturantes, harmonia, desenvoltura e
sincronismo;• Elaboração de festivais de danças;
• O papel da dança na melhoria da auto-estima e aceitação de si próprio (Desafios contemporâneos);
• A sexualidade exacerbada em alguns tipos de dança atual em comparação com a dança de salão e outros ritmos (Desafios contemporâneos).
GINÁSTICA:
• A importância de uma boa postura e as conseqüências nos desvios posturais;• A ginástica como fonte de saúde, combate aos modismos (Desafios contemporâneos);
• Fisiologia do exercício: Sistemas cardíaco, respiratório e circulatório; • Atividades de circo: equilíbrio, destreza e habilidades, malabares e acrobacias;
• Ginástica artística: trabalho com seqüências rítmicas;• Ginástica laboral;
• A ginástica olímpica: elementos básicos, sua evolução ao longo dos anos, destaques nacionais e referências mundiais;
• A ginástica na prevenção ao uso de drogas na escola (desafios contemporâneos).
LUTAS:
• Judô, capoeira. karate e taekwndo;• Desenvolvimento de jogos de oposição;• Trabalho com seqüências de movimento de cada luta;• Formação de roda de capoeira (Lei 10639/03);• A exploração das lutas pela indústria do cinema, análise crítica;• As lutas e a sua relação com a natureza e o meio ambiente (desafios contemporâneos).
2ª SÉRIE
ESPORTES:
Futebol; Futsal, handebol, voleibol, basquetebol, atletismo e Tênis de mesa:
• Comparação histórica das modalidades e sua evolução ao longo do tempo;• Os interesses comerciais por traz dos grandes eventos esportivos e o poder da mídia e
dos grandes patrocinadores no desenvolvimento dos esportes no mundo atual (Desafios contemporâneos);
• Perceber que a constituição física nem sempre implica limitações atléticas;• Desenvolvimento das noções de defesa de ataque, contra ataque e re-contrataque;
• Aprimoramento das noções táticas do jogo;• Tipos de sistemas de jogo;
• Noções básicas de organização de competições esportivas; • Nutrição e esporte;
• O esporte como válvula de escape para os grandes problemas psicológicos;• Os grandes eventos do esporte; copa do mundo, olimpíada e campeonato mundial e a
sua relação com o meio ambiente (Lei 9795/99);• Relação ética entre a mídia e atletas (Desafios contemporâneos);
• O uso de doping nos esportes, principais casos, do auge até a decadência (Desafios contemporâneos);
• Sexualidade e esporte de alto nível – as mudanças corporais (hormonais) rendimento físico e sua relação com a performance física nas mulheres e seus mitos; gravidez e
menstruação. (Desafios contemporâneos);• A função social do esporte, todo atleta profissional tem status e reconhecimento?
JOGOS E BRINCADEIRAS:
• Jogos cooperativos;• Jogos sensoriais;
• Jogos pré-desportivos;• Confecção de jogos adaptados;
• Reconhecer a importância dos jogos lúdicos nas relações sociais;• Pesquisa de jogos indígenas (Lei 10645/08);• Jogos de tabuleiro (damas, trilha e dominó);
• Xadrez: Aprofundamento das aberturas de jogo, meio do jogo, casos de empate e combinações para ganhar vantagem material.
• Elaboração de gincanas e festivais com jogos adaptados (Lei 9795/99);
DANÇA:
• Noções sobre dança de rua: Rap, Break (Desafios contemporâneos);• Passos básicos de dança salão: elementos estruturantes, harmonia, desenvoltura e
sincronismo;• Elaboração de festivais de danças;
• O papel da dança na melhoria da auto-estima e aceitação de si próprio (Desafios contemporâneos);
• A sexualidade exacerbada em alguns tipos de dança atual em comparação com a dança de salão e outros ritmos (Desafios contemporâneos).
GINÁSTICA:
• A importância de uma boa postura e as conseqüências nos desvios posturais;• Reeducação postural;
• Prática da atividade física saudável sem risco de lesões;• Estimular os alunos a fazerem atividades físicas rápidas, divertidas e eficientes;
• A ginástica como fonte de saúde, combate aos modismos (Desafios contemporâneos);
• Fisiologia do exercício: sistemas energéticos do movimento, frequência cardíaca, pressão arterial, controle do peso e fatores de risco coronarianos;
• Atividades de circo: equilíbrio, destreza e habilidades, malabares e acrobacias;• Ginástica artística: trabalho com seqüências rítmicas;
• Ginástica laboral;• Ginástica geral;
• A ginástica olímpica: elementos básicos, sua evolução ao longo dos anos, destaques nacionais e referências mundiais;
• A ginástica na prevenção ao uso de drogas na escola (desafios contemporâneos).
LUTAS:• Judô, capoeira. karate e taekwndo;• Vale tudo e a mídia;• Desenvolvimento de jogos de oposição;• Esgrima adaptada;• Trabalho com seqüências de movimento de cada luta;• Formação de roda de capoeira (Lei 10639/03);• A exploração das lutas pela indústria do cinema, análise crítica;• As lutas e a sua relação com a natureza e o meio ambiente (desafios contemporâneos).
3ª SÉRIE
ESPORTES:
Futebol; Futsal, handebol, voleibol, basquetebol, atletismo e Tênis de mesa:
• Comparação histórica das modalidades e sua evolução ao longo do tempo;• Os interesses comerciais por traz dos grandes eventos esportivos e o poder da mídia e
dos grandes patrocinadores no desenvolvimento dos esportes no mundo atual (Desafios contemporâneos);
• Aprimoramento dos movimentos de defesa, ataque, contra ataque e re-contrataque;• Aprimoramento das noções táticas do jogo;
• Tipos de sistemas de jogo;• Organização de competições esportivas;
• Nutrição e esporte;• Participação de eventos esportivos e a relação com a auto-estima;
• Competitividade e a lealdade dentro do esporte;• Os grandes eventos do esporte; copa do mundo, olimpíada e campeonato mundial e a
sua relação com o meio ambiente (Lei 9795/99);• Relação ética entre a mídia e atletas (Desafios contemporâneos);
• O uso de doping nos esportes, principais casos, do auge até a decadência (Desafios contemporâneos);
• Sexualidade e esporte de alto nível – as mudanças corporais (hormonais) rendimento físico e sua relação com a performance física nas mulheres e seus mitos; gravidez e
menstruação. (Desafios contemporâneos);• A função social do esporte, todo atleta profissional tem status e reconhecimento?
• Diferenças entre esporte escolar e esporte de rendimento.
JOGOS E BRINCADEIRAS:
• Jogos cooperativos;• Jogos sensoriais;
• Jogos pré-desportivos;• Reconhecer a importância dos jogos lúdicos nas relações sociais;
• Confecção de jogos adaptados;• Pesquisa de jogos indígenas (Lei 10645/08);• Jogos de tabuleiro (damas, trilha e dominó);
• Xadrez: estudo de partidas, estratégias de jogo e sacrifício de peças;• Elaboração de gincanas e festivais com jogos adaptados (Lei 9795/99);
DANÇA:
• Noções sobre dança de rua: Rap, Break (Desafios contemporâneos);• Passos básicos de dança salão: elementos estruturantes, harmonia, desenvoltura e
sincronismo;• expressão pelo movimento;
• Elaboração de festivais de danças;• O papel da dança na melhoria da auto-estima e aceitação de si próprio (Desafios
contemporâneos);• A sexualidade exacerbada em alguns tipos de dança atual em comparação com a
dança de salão e outros ritmos (Desafios contemporâneos).
GINÁSTICA:
• Reeducação postural;• Fisiologia do exercício: sistemas energéticos do movimento, frequência cardíaca,
pressão arterial, controle do peso e fatores de risco coronarianos e sedentarismo; • Atividades de circo: equilíbrio, destreza e habilidades, malabares e acrobacias;
• Ginástica artística: trabalho com seqüências rítmicas;• Atividades físicas nos grandes centros e a poluição, incentivo a preservação ambiental,
(Lei 9795/99);• Ginástica laboral;• Ginástica geral;
• A ginástica olímpica: elementos básicos, sua evolução ao longo dos anos, destaques nacionais e referências mundiais;
• A ginástica na prevenção ao uso de drogas na escola (desafios contemporâneos).
LUTAS:
• Judô, capoeira. karate e taekwndo;• Esgrima adaptada;
• As lutas como forma de defesa pessoal e não como uma arma;• Desenvolvimento de jogos de oposição;
• Trabalho com seqüências de movimento de cada luta;• Formação de roda de capoeira (Lei 10639/03);
• A exploração das lutas pela indústria do cinema, análise crítica;• As lutas e a sua relação com a natureza e o meio ambiente (desafios
contemporâneos).
METODOLOGIA
Educação Física como as demais disciplinas necessita de métodos e
técnicas adequadas que possibilitem ao professor alcançar os objetivos propostos.
Estes métodos adequados constituem-se na maneira de como o educador irá
organizar o processo de ensino-aprendizagem que por consequência terá como
resultado, um aprendizado fácil e acessível a realidade de educando.
A disciplina será conduzida no decorrer do ano, baseado em métodos que
irão se utilizar de aulas teóricas, aulas práticas, TV multimídia, uso de pesquisas em
bibliotecas e no projeto Paraná Digital, palestras e debates sobre temas variados e
organizações de gincanas e atividades pré-desportivas ao grande número de
alunos.
O professor irá sequenciar os conhecimentos de acordo com a evolução
da turma, estando ele sempre preocupando com a qualidade de aprendizagem e
não com a quantidade.
Essa sequência estará baseada na realidade do educando e do colégio, a
fim de que os conteúdos e as experiências absorvidas possam ser aplicadas no dia
a dia de sua vida.
Os métodos utilizados levarão em consideração a realidade trazidas pelos
educandos e aprendizagem sugerida respeitará a individualidade de cada um,
portanto,os conteúdos propostos não serão o centro do processo, mas um dos
meios que o professor utilizará para a construção de um novo saber.
AVALIAÇÃO
A avaliação é uma preocupação constante do educador dentro do
processo de ensino-aprendizagem. A avaliação a ser executada estará voltada para
auxiliar o educando, servindo de apoio para que este possa realmente atingir o seu
objetivo maior, que é o amadurecimento como ser humano participante da
sociedade.
O processo de avaliação dentro da disciplina de Educação Física buscará
valorizar a participação das aulas práticas, o interesse dos conteúdos propostos,
bem como, a sua vontade de evoluir e ultrapassar os seus próprios limites em
relação aos obstáculos que forem surgindo. De maneira nenhuma as avaliações
desta disciplina irão quantificar a performance, aptidão e habilidade física, a
preocupação primordial ficará por conta da superação pessoal e da sua participação
e envolvimento nas atividades do planejamento proposto. Para materializar e
quantificar a proposta avaliativa descrita o professor irá utilizar dos seguintes
instrumentos de avaliação: sínteses escritas de atividades desenvolvidas, debates e
seminários, trabalhos práticos e teóricos com apresentações aos colegas, reflexões
com a oportunidade de auto avaliação – análise da participação prática nas
atividades propostas, provas teóricas e práticas de xadrez.
A sociedade de hoje busca uma educação dinâmica e a Educação Física
inserida neste processo também sofreu mudanças e na atualidade deixou de ser
atividade de adestramento físico preocupada com o aspecto estético, para se tornar
uma ciência do movimento humano que vê o homem na sua amplitude total,
fisiológica e física a partir destes três aspectos busca auxiliar o homem na
conscientização e transformação da realidade contribuindo para uma sociedade
mais justa e mais humana e para a formação de um cidadão consciente e agente de
seu próprio desenvolvimento.
REFERÊNCIAS
CALLADO, Carlos Velázquez. Educação Física para a paz: promovendo valores
humanos na escola através da educação física e dos jogos cooperativos. Santos:
Ed. Projeto Cooperação, 2004.
CALLADO, Carlos Velázquez. Educação para a paz. Santos, SP Projeto
cooperação, 2004.
Cury Augusto Jorge, Professores fascinantes – Rio de Janeiro, 2003.
MCARDLE, William D, Katch, Frank I, KATCH, Victor L. Filosofia do exercício. Rio
de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan S. A. 1992.
SANTOS FILHO, José Laudier A . dos Manual de futsal. Rio de Janeiro: Ed. Sprint,
1998.
GUEDES, Dartagnan Pinto, GUEDES, Joana Elizabete Ribeiro Pinto. Exercício
físico na promoção da saúde. Londrina: Ed. Midiograf, 1995.
GRATTY, Bryant J. Psicologia no Esporte. Rio de Janeiro; Ed. Prentice-hall do
Brasil, 1984.
LE BOULC, Jean. O desenvolvimento psicomotor. Do nascimento aos seis anos.
Porto Alegre, Artes Médicas, 1982.
COLETIVO DE AUTORES, Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo:
Cortez, 1992.
FREIRE, João Batista. Educação do Corpo Inteiro. São Paulo: Scipione, 19992.
COLETIVO DE AUTORES, recreação jogos. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
MATSUDO, V. K. Testes em Ciências do Esporte. São Caetano do Sul: Centro de
estudos do laboratório de aptidão física, 1987.
MAGILL, R. A . Aprendizagem Motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard
Blücher, 1993.
FERNANDES, José Luís. Atletismo: Arremessos: técnica, iniciação. São Paulo: EPU, 1978.
MARINHO, Inzel Penha. Educação Física, Recreação e Jogos. São Paulo: Cia Brasil Editora, 1981.
MEDINA, João P. S. O Brasileiro e o seu corpo – 2ª ed. Campinas: Papirus, 1990.
LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1995.
FERNANDES, José Luís. Atletismo: Os saltos: técnica, iniciação. São Paulo: EPU, 1978.
TIRADO,Augusto C.S.B., Meu primeiro livro de xadrez.Curitiba: Expoente,1995.
LIMA, GM Darci e LAPERTOSA, Júlio, A estratégia no xadrez: Santa Clara, 2004.
FERNANDES, José Luís. Atletismo: Corridas. São Paulo: EPU, 1979
NOLTE Dorothy e Rachel Harrij. As crianças aprendem o que vivenciam – Rio de Janeiro: sextante 2003.
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Educação Física – Secretaria de Estado da Educação – SEED; Curitiba 2009.
PROPOSTA PEDAGÓGICA VIVA À ESCOLA
ESPORTE EDUCAÇÃO, ESPORTE CIDADÃO
JUSTIFICATIVA
A educação é um processo contínuo e gradativo que vai permeando a
personalidade das pessoas e alterando a realidade da sociedade. A escola sendo o
local onde esta relação se efetiva na pratica deve estar compromissada com as reais
necessidades da comunidade a qual ela pertence, respeitando a individualidade de
cada um, mas também as suas diferenças de ideias, valores, raças e crenças. É
neste contexto que vislumbramos a educação, onde o professor não é um mero
transmissor de conhecimentos, mas um agente ativo dentro desta realidade, que
interage com a mesma e usa o conhecimento elaborado como um meio de
transformação social.
Esta proposta visa ofertar aos educandos das comunidades atendidas pelo
colégio atividades esportivas na modalidade de futsal , buscando a melhoria nos
fundamentos básicos do esporte mas acima de tudo ,estabelecer uma ligação entre
o trabalho esportivo e a vida em sociedade , sua contribuição na formação do
caráter, personalidade e nos valores pessoais que cada um busca para si , valores
que lhe acompanharão pelo resto de suas vidas embasando a suas decisões mais
importantes, pretendemos ainda com desenvolvimento do esporte dentro colégio
canalizar a atenção dos adolescentes para uma vida saudável e ativa, servindo
como uma proposta prática na prevenção ao consumo de drogas lícitas e ilícitas e
no combate ao sedentarismo e seus males, que de acordo com a organização
mundial da saúde correspondem a mais de 70% das doenças que afligem a
sociedade moderna, pois acreditamos que o desenvolvimento e a aquisição de
hábitos saudáveis na infância e adolescência responderão por uma vida adulta mais
ativa com muito mais qualidade e menos propensa as doenças congênitas do
envelhecimento humano.
CONTEÚDOS A Educação Física dentro do processo educacional configura-se como
atividade fundamental no desenvolvimento neuro – motor, na formação de caráter,
na aquisição de hábitos saudáveis, na liberdade de movimento, na formação da auto
estima e valorização do educando como cidadão, participante do processo evolutivo
da sociedade, alertando sempre para a igualdade de direitos e deveres que todos
nós temos dentro da sociedade.
Na Educação Física, a cooperação é um canal que ajuda na formação
de valores significativos para o grupo. O jogo é a forma mais simples e natural para
o desenvolvimento de um sentimento grupal, é o elemento da cultura que contém
maiores possibilidades para socialização (tornar sociável) e também socializar
(entender vantagens particulares ao grupo).
A relação da Educação Física com o indivíduo e com a sociedade,
confere a esta, responsabilidades que extrapolam o “fazer ginástica” ou “jogar
futebol”, o professor não pode diante da sua missão, aprofundar-se unicamente nos
seus conhecimentos técnicos, o domínio da técnica é importante, mas como um
meio e não como um fim do processo de ensino aprendizagem. O professor de
Educação Física deve estabelecer um diálogo entre o seu conhecimento e do
educando preocupando-se em dar qualidade ao ato educativo e não de repetir
técnicas ou regras, ou mesmo de ter que ser um atleta.
Conteúdos a serem trabalhados: * O esporte como fenômeno de
inclusão social. *Fundamentos do jogo de futsal ( passe, recepção de bola, drible,
chute ao gol, goleiro). *Regras básicas do futsal, Noção de espaço na quadra:
posições de defesa e ataque.
*Desenvolvimento de movimentos na quadra - deslocamentos com e sem a
bola.
*Atividade esportiva e a saúde: benefícios e prevenção de problemas de
saúde.
*Atividade esportiva como prazer e não como obrigação e stress.
*A importância da ocupação do tempo ocioso com atividades físicas.
OBJETIVOS
Proporcionar a integração dos alunos entre as várias séries do ensino
fundamental.
• Quebrar a rotina do processo de ensino-aprendizagem, através de
atividades práticas e lúdicas;
• Oportunizar aos educandos momentos para expressar a sua
criatividade e o seu talento fora do âmbito das quatro paredes da sala de aula;
• Trabalhar valores como; ética, respeito e cooperação, através do
esporte.
• Oferecer aos alunos através das atividades, momentos para a
superação de seus próprios limites, melhoria da sua auto-estima .
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Educação Física como as demais disciplinas necessita de métodos e
técnicas adequadas que possibilitem ao professor alcançar os objetivos propostos.
Estes métodos adequados constituem-se na maneira de como o educador irá
organizar o processo de ensino-aprendizagem que por conseqüência terá como
resultado, um aprendizado fácil e acessível a realidade de educando.
O projeto será conduzido no decorrer do ano, baseado em métodos
que irão se utilizar de aulas teóricas, aulas práticas, TV pen driwe, e no projeto
Paraná Digital , desenvolvimento de atividades pré-desportivas e a participação em
competições da modalidade em nossa região.
O professor irá seqüênciar os conhecimentos de acordo com a
evolução da grupo, estando ele sempre preocupando com a qualidade de
aprendizagem e não com a quantidade.
Essa seqüência estará baseada na realidade do educando e do colégio, a fim
de que os conteúdos e as experiências absorvidas possam ser aplicadas no dia a
dia de sua vida.
Sendo estes não o centro do processo, mas um dos meios que o professor
utilizará para a construção de novos saberes.
INFRA-ESTRUTURA
Para o desenvolvimento da proposta será utilizada a quadra esportiva
do Colégio e para complementação das atividades serão usadas a sala do
laboratório de infomática e uma sala que possua TV Multimídia.
Recursos Materiais: 10 bolas de futsal, materiais pedagógicos ( bolas
de borracha, bamboles, cordas, coletes, bastões, cones de sinalização) traves de gol
com redes, materiais de apoio: livros, cd rom e revistas).
RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se com realização da proposta, que os educandos possam se
sentir mais motivados a participar do dia a dia do colégio, melhorando o seu
interesse e envolvimento dentro das disciplinas que compõem a grade curricular de
ensino ,pois terão mais um momento de frequência e familiarização com o ambiente
escolar , o que certamente contribuirá para a valorização e a confirmação da escola
como um espaço democrático onde o seus freqüentadores podem externar a sua
criatividade e assiduidade seja através do esporte, das ciências , das artes literárias
ou de qualquer outra forma de conhecimento e expressão humana.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
Alunos que estejam frequentando regularmente das atividades letivas
do ano de 2010 e que atendam as especificações do programa Viva Escola.
Alunos que demonstrem interesse nas atividades propostas no projeto;
Alunos que apresentam dificuldades de relações inter pessoais; com
vulnerabilidade econômica e social;
Alunos que necessitam de apoio pedagógico e de incentivo para prosseguir
nos estudos ( atividades diferenciadas e prazerosas)
121
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
PAULA FREITAS 2010
122
PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A história da Matemática revela que os povos das antigas civilizações conseguiram
desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a
matemática que conhecemos hoje. A literatura menciona registros que datam de 2000
a .C .
Para Ribnikov (1987), esse período demarcou o nascimento da Matemática.
Porém, como a ciência, a Matemática emergiu com os gregos nos séculos VI e V a . C.
Com a civilização grega foram registradas regras, princípios lógicos e exatidão de
resultados.
Com os platônicos, buscava-se instigar o pensamento do homem através da
aritmética. Esta concepção arquitetou as interpretações, pensamento matemático e o
ensino de matemática.
As primeiras propostas de ensino de Matemática baseadas em prática pedagógicas
ocorreram no século V a . C., com os sofistas, considerados profissionais do ensino.
Por volta dos séculos IV a II a . C., a educação foi ministrada de forma clássica. O
ensino de Matemática desse período estava reduzido a contar números inteiros, cardinais
e ordinais. Era um ensino fundamentado na memorização e na repetição.
No século V d. C., início da Idade Média, o ensino teve caráter estritamente religioso.
A matemática era ensinada para entender os cálculos do calendário litúrgico e determinar
as datas religiosas. Porém no Oriente, ocorreram produções matemáticas entre os hindus,
árabes, persas e chineses. Tais produções foram importantes avanços relativos ao
conhecimento algébrico.
Entre os séculos VIII e IV, com o surgimento das escolas e a organização dos
sistemas de ensino, privilegiou-se o aspecto empírico da Matemática.
Após o século XV, O avanço das navegações e as atividades comerciais e industriais
marcaram o início da Idade Moderna e possibilitaram novas descobertas na Matemática,
cujo desenvolvimento e ensino foram influenciados pelas escolas voltados as atividades
práticas. Enfatizou-se um ensino de Matemática experimental. Que contribuiu para a
descoberta de novos conhecimentos e se colocou em oposição à concepção do ensino
humanista que até então predominava.
As produções matemáticas do século XVI, a geometria analítica e a geometria
123
projetiva, o cálculo diferencial e integral, a teoria das séries e a teoria das adequações
diferenciais fizeram o conhecimento matemático alcançar um novo período de
sistematização. Ribnikov (1987) denominou esse período de matemáticas de grandes
variáveis. Nesse período, o ensino de matemática, servia para preparar os jovens ao
exercício de atividades ligadas ao comércio, arquitetura, música, geografia, astronomia,
artes de navegação, da medicina e da guerra.
No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos com
uma educação de caráter clássico-humanista. A educação jesuítica contribuiu para o
processo pelo qual a Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos da
escola brasileira.
No século XVII, a Matemática desempenhou papel fundamental para a comprovação e
generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa que levou ao conceito
de função e do cálculo infinitesimal.
O século XVIII, foi marcado pelas Revoluções Francesa e Industrial e pelo início da
intervenção estatal na educação. Com os novos moldes de economia e de política
capitalista, a pesquisa Matemática se direcionou a atender aos processos de
industrialização.
No Brasil, ministrava-se um ensino de matemática de caráter técnico, a fim de
preparar os estudantes para as academias militares, influenciado pelos fatos políticos que
ocorriam na Europa. Do final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da
Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, destinava-se
ao domínio de técnicas com o objetivo de formar engenheiros, geógrafos e topógrafos
para trabalhar em minas, abertura de estradas, construções de portos, canais, pontes,
fontes, calçadas e preparar jovens para a prática da guerra. As mudanças ocorreram nos
fundamentos da Matemática, no sistema de teorias e problemas históricos, lógicos e
filosóficos.
No final do século XIX e início do século XX, levantaram-se preocupações relativas
ao ensino da Matemática, resultantes de discussões realizadas em encontros
internacionais de matemáticos, os quais já elaboravam propostas com uma preocupação
pedagógica. Essas discussões contribuíram para a caracterização da Matemática com a
disciplina escolar e deram início à tarefa de transferir para a prática docente os ideais e
exigências advindas das revoluções do século anterior.
Surgiram então as primeiras discussões sobre Educação Matemática, a qual deveria
se orientar pela eliminação da organização excessivamente sistemática e lógica dos
124
conteúdos específicos.
As ideias reformadoras do ensino da Matemática estavam alinhadas às discussões
do movimento da Escola Nova. A proposta básica da tendência escola novista era o
desenvolvimento da criatividade e das potencialidades e interesses individuais. O
estudante era considerado o centro do processo e o professor, o orientador da
aprendizagem.
Até o final da década de 50, a tendência que prevaleceu no ensino da Matemática
no Brasil foi a formalista clássica na qual a aprendizagem era centralizada no professor e
no seu papel de transmissor e expositor de conteúdo, pelo desenvolvimento teórico em
sala de aula.
Após a década de 50, observou-se a tendência formalista moderna. O ensino era
centrado no professor que demonstrava os conteúdos em sala de aula. Enfatizavam-se o
uso preciso da linguagem matemática, rigor e as justificativas das transformações
algébricas por meio das propriedades estruturais.
Instaurado em 1964, o regime militar brasileiro oficializou a tendência pedagógica
tecnicista, onde a aprendizagem era centrada nos objetivos instrucionais, nos recursos e
nas técnicas de ensino.
A tendência construtivista surgiu no Brasil a partir das décadas de 1960 e 1970. A
Matemática era vista como uma construção constituída por estruturas e relações
abstratas entre formas e grandezas. A interação entre os estudantes e o professor era
valorizada e o espaço de produção individual se traduzia como um momento de
interiorização das ações e reflexões realizadas coletivamente.
A tendência pedagógica socioetnocultural surgiu a partir da discussão sobre a
ineficiência do Movimento Modernista. Valorizou os aspectos socioculturais da Educação
Matemática e tinha sua base teórica e pratica na Etnomatematica.
A tendência historico-critica, por sua vez, concebe a Matemática como saber vivo,
dinâmico, construído historicamente para atender às necessidades sociais e teóricas.
Orientados pelas Diretrizes, vemos que o objeto de estudo da Educação
Matemática está centrado na pratica pedagógica, de forma a envolver-se com as relações
entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático. Assim os objetivos
básicos da Educação Matemática buscam desenvolve-la como campo de investigação e
de produção de conhecimento, em sua natureza científica e a melhoria da qualidade de
ensino em sua natureza pragmática.
A Educação Matemática proposta pelas Diretrizes prevê a formação de um
125
estudante critico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais.
Para o Ensino Fundamental da Rede Estadual, os conteúdos estruturantes são:
números e álgebra;grandezas e medidas; geometria; e tratamento da informação. Sendo
que para o Ensino Médio, são números e álgebra; grandezas e medidas; funções;
geometria; e tratamento da informação.
1.1 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Contribuir para a integração do aluno na sociedade em que vive, proporcionando-
lhe conhecimentos básicos de teoria e prática da matemática,vindas de várias
culturas , como afro-brasileiras, africana e indígena.
• Estimular a curiosidade, o interesse e a criatividade do aluno, para que ele explore
novas idéias e descubra novos caminhos na aplicação dos conceitos adquiridos e
na resolução dos problemas.
• Desenvolver o nível cultural e crítico do aluno, contribuindo para um melhor e mais
rápido aprendizado dos desafios educacionais contemporâneo .
• Desenvolver no aluno hábitos de estudo, iniciativa, raciocínio, perseverança,
responsabilidade, cooperação, crítica, discussão e uso correto da linguagem.
• Desenvolver no aluno capacidade de seriar, relacionar, reunir, representar,
analisar, sintetizar, conceituar, deduzir, provar e julgar.
• Possibilitar ao aluno o uso da Internet relação entre vários campos da Matemática
e desta com outras áreas.
• Desenvolver no aluno o uso do pensamento, a capacidade de elaborar hipóteses,
descobrir soluções, estabelecer relações e tirar conclusões.
• Proporcionar ao aluno atividades lúdicas e desafiadoras, incentivando o gosto pela
Matemática e o de desenvolvimento do raciocínio.
CONTEÚDOS DA DISCIPLINA
2.1 CONTEÚDOS DA 5ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Sistema de numeração;
126
• Números naturais;
• Múltiplos e divisores;
• Potenciação e radiciação;
• Números fracionários:
• Números decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de comprimento;
• Medidas de massa;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de tempo;
• Medidas de ângulos;
• Sistema monetário.
GEOMETRIAS
• Geometria plana;
• Geometria espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Dados , tabelas e gráficos;
• Porcentagem.
2.2 CONTEÚDOS DA 6ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números inteiros;
• Números racionais;
• Equação e inequação do 1º grau;
• Razão e proporção;
• Regra de três simples.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de temperatura;
• Ângulos.
127
GEOMETRIAS
• Geometria plana;
• Geometria espacial;
• Geometria não-euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Pesquisa estatística;
• Média aritmética;
• Moda e mediana;
• Juros simples.
2.3 CONTEÚDOS DA 7ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
3. Números Irracionais;
4. Sistema de equação do 1º grau;
5. Potências ;
6. Monômios e polinômios;
7. Produtos notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de comprimento;
• Medida de área;
• Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
• Geometria plana;
• Geometria espacial;
• Geometria analítica;
• Geometrias Não-euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Gráficos e informação;
- População e amostra.
128
2.4 CONTEÚDOS DA 8ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Reais;
• Propriedades dos radicais;
• Equação do 2º grau;
• Teorema de Pitágoras;
• Equações irracionais e biquadradas;
• Regra de três composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Relações métricas no triângulo retângulo;
• Trigonometria no triângulo retângulo .
FUNÇÕES
- Noção intuitiva de função afim;
- Noção intuitiva de função quadrática.
GEOMETRIAS
• Geometria plana, espacial, analítica e não- euclidiana .
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Noção de análise combinatória;
• Noção de probabilidade;
• Estatística;
• Juros composto.
ENSINO MÉDIO
2.5 CONTEÚDO DA 1ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números reais;
- Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares;
129
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
- Medidas de grandeza vetorial;
- Medidas de informática;
FUNÇÕES
- Função afim, quadrática, polinomial, exponencial, logarítmica, modular e
trigonométrica;
- Progressão aritmética;
- Progressão geométrica.
GEOMETRIAS
- Geometria plana e espacial ;
TRATAMENTO DA INFOMAÇÃO
- Matemática financeira.
2.6 CONTEÚDO DA 2ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Matrizes;
- Determinante;
- Sistema lineares.
FUNÇÕES - - Funções
trigonométrica.
GEOMETRIAS
- Geometria não-eclidiana;
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Análise combinatória;
- Binômio de Newton;
- Probabilidades.
130
2.7 CONTEÚDO DA 3ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Conjunto dos números complexos;
- Polinômios.
GEOMETRIAS
- Geometrias plana, espacial e analítica.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Estatística.
3. METODOLOGIA
A forma de trabalhar os conteúdos deve sempre agregar um valor formativo no que
diz respeito ao desenvolvimento do pensamento matemático. Isso significa colocar os
alunos em um processo de aprendizagem que valorize o raciocínio matemático nos
aspectos de formular questões, perguntar-se sobre a existência de solução, estabelecer
hipóteses e tirar conclusões, apresentar exemplos e contra-exemplos, generalizar
situações, abstrair regularidades, criar modelos, argumentar com fundamentação lógico-
dedutiva. Também significa um processo de ensino que valorize tanto a apresentação de
propriedades matemáticas acompanhadas de explicação quanto à de fórmulas
acompanhadas de dedução, e que valorize o uso da Matemática para a resolução de
problemas interessantes, quer sejam de aplicação ou de natureza simplesmente teórica.
A articulação entre os conhecimentos presentes em cada conteúdo estruturante
pode ocorrer em diferentes momentos e quando novas situações de aprendizagem
possibilitarem essa retomada.
131
As tendências metodológicas que compõe o campo de estudo da matemática são:
resolução de problemas, etnomatemática, modelagem matemática, mídias tecnológicas,
investigação matemática e historia da matemática.
Na medida do possível estará sendo trabalhado a cultura afro-brasileira, africana,
indígena e a educação no campo.
4. AVALIAÇÃO
Historicamente o exercício pedagógico escolar e mais especificamente as práticas
avaliativas encontram-se atravessadas mais por uma pedagogia do exame que por uma
pedagogia do ensino e da aprendizagem, sendo assim, a atenção se volta para a
realização de provas e dados que vão compor os quadros estatísticos de avaliação.
Com vistas à superação dessa concepção, avaliar deve ter um papel de mediação
no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação
devem ser vistos integrados na prática docente. Cabe ao professor considerar no contexto
das práticas de avaliação encaminhamentos diversos como observação, a intervenção, a
revisão de noções e subjetividades, isto é, buscar diversos métodos avaliativos (formas
escritas, orais e de demonstração), incluindo o uso de materiais manipuláveis,
computador e/ou calculadora. Desta forma, rompe-se com a linearidade e a limitação que
tem marcado as práticas avaliativas.
Devendo a avaliação ser essencialmente diagnóstica e formativa. Em seu papel
diagnóstico, ele é um dos meios pelo qual o professor pode conhecer seus alunos, seus
problemas e potencialidades e orientar sua trajetória para tornar coerente a sua prática e
atingir os objetivos estabelecidos.
Para que a avaliação formativa se torne uma prática na sala de aula, é necessário
não restringir o processo avaliativo às provas e aos testes. É preciso diversificar os
instrumentos de avaliação possibilitando ao aluno observar, perceber, descrever,
argumentar, analisar criticamente, interpretar e formular hipóteses. A variedade e
sistematização do processo avaliativo permite ao professor acompanhar a construção do
conhecimento pelos alunos.
Uma prática avaliativa precisa de encaminhamentos metodológicos que per
passem uma aula, que abram espaço para a interpretação e a discussão, dando
significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão por parte do aluno, ou seja, a
avaliação deve ser uma orientação para o professor na condução de sua prática docente
132
e jamais um instrumento para reprovar ou reter um aluno na construção de seus
esquemas de conhecimento.
Na recuperação de estudos o professor usará todas as estratégias e
recursos possíveis para que o aluno aprenda, voltar o conteúdo, modificar os
encaminhamentos metodológicos para assegurar a possibilidade de aprendizagem.
Nesse sentido a recuperação da nota será simples decorrência da recuperação de
conteúdos.
133
5. REFERÊNCIAS
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do Paraná. Curitiba, 2008
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FILHO, Benigno Barreto, 1952 – Matemática aula por aula. Volume único:
Ensino Médio / Benigno Barreto Filho, Cláudia Xavier Barreto. - São Paulo. FTD,
2000.
BIANCHINI, Edivaldo, 1935 – Matemática, volume um: versão beta /
Edivaldo Bianchini, Herval Paccola. – 2ª. Edição revisada e ampliada. – São Paulo.
Moderna, 1995.
GIOVANNI, José Ruy, Matemática, volume único.segundo grau / Bonjorno,
José Roberto, Giovanni Jr., Jose Ruy – São Paulo. FTD 1987.
Ribnikov, K. História de Lãs Matemáticas. Moscou. Mir, 1987.
134
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE
PAULA FREITAS2010
135
PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Os primeiros registros de arte na educação surgiram durante o período colonial
nas vilas e reduções jesuíticas, cultivando tradições portuguesas, africana e indígena
com ensinamentos de artes e ofícios, por meio da música, dança, teatro, pintura,
escultura e artes manuais. Cultivando as formas artísticas da alta idade média e
renascentista, bem como assimilando as culturas locais, formando a cultura brasileira.
Sendo uma área do conhecimento humano, tem como a função contribuir para o
desenvolvimento do sujeito dentro do contexto de uma sociedade. Por ser uma escola do
campo, podemos dizer que não é estática, buscando sempre uma concepção
progressista, crítica, libertadora e emancipadora.
O ensino de Arte sofreu consequências dos momentos históricos e se
desenvolveu, através das relações socioculturais, econômicas e políticas destes
momentos. É no espaço da sala de aula, que o ensino de Arte assume um papel
auxiliador para a aquisição do conhecimento, tendo como objeto de estudo a Arte-
Educação, criação, produção e apreciação, percepção, significação e compreensão da
cultura, considerando os seguintes campos conceituais:
• Arte como representação:
• Arte como expressão;
• Arte como técnica (formalismo).
Para isso é importante observar a diversidade existente dentro da sala de aula.
Interpretar a arte é construção argumentativa na elaboração do sentido, porque propicia
vivências significativas. O teatro, a música, as artes visuais contribuem para que todo
esse processo aconteça.
A sala de aula então transforma-se num espaço fundamental para a exposição e
assimilação dos conteúdos estruturantes da disciplina:
136
No Ensino Fundamental e Ensino Médio:
8. elementos formais;
9. composição;
10.movimentos e períodos.
Portanto os conteúdos estruturantes no encaminhamento metodológico,
organizam os conteúdos específicos em cada área de arte, buscando contemplar os três
momentos da organização pedagógica o sentir e perceber, o trabalho artístico, e o
conhecimento em arte, possibilitando a criação, a produção, a apreciação, percepção, a
significação e o reforço cultural. Para isso é importante observar a diversidade existente
dentro da sala de aula. A aquisição cognitiva de conteúdos é processo que requer do
aluno além do conhecimento científico da arte dentro e fora da escola.
Será dado enfoque nesta série para a estrutura e organização da Arte em suas
origens e outros períodos históricos. A cultura afro-brasileira, africano e indígena será
tratado nos conteúdos resgatando a temática, a exemplo dos movimentos e períodos.
5ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaEscalas: diatônica, pentatônicacromática Improvisação
Greco-RomanaOrientalOcidentalAfricana
5ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAIS
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
137
PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalFigurativaGeométrica, simetriaTécnicas: Pintura, escultura, arquitetura...Gêneros: cenas da mitologia
Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalArte Pré-Histórica
5ª SÉRIE – ÁREA TEATRO
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Enredo, roteiro.espaço Cênico, adereços
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto
improvisação, manipulação, máscara...
Gênero: Tragédia, Comédia, Circo.
Greco-RomanaTeatro OrientalTeatro MedievalRenascimento
5ª SÉRIE – ÁREA DANÇA
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Movimento CorporalTempoEspaço
KinesferaEixoPonto de ApoioMovimentos articularesFluxo (livre, interrompido)Rápido e lentoFormaçãoNíveis (alto, médio e baixo)Deslocamento (direto e indireto)Dimensões (pequeno e grande)Técnica: ImprovisaçãoGênero: Circular
Pré-históriaGreco-RomanaRenascimentoDança Clássica
6ª SÉRIE
Será dado enfoque nesta série para a importância de relacionar o conhecimento
com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. A cultura afro-brasileira, africana
138
e indígena será tratado nos conteúdos resgatando a temática, a exemplo dos
movimentos e períodos.
6ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaEscalasGêneros: folclórico, indígena, popular e étnicoTécnicas: vocal, instrumental, mistaImprovisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
6ª SÉRIE - ÁREA ARTE VISUAIS
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
ProporçãoTridimensionalFigura e fundoAbstrataPerspectivaTécnicas: Pintura, escultura,
modelagem, gravura...Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
Arte indígenaArte Popular Brasileira e
ParanaenseRenascimentoBarroco
6ª SÉRIE - ÁREA TEATRO
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Representação,Leitura dramática,Cenografia.
Técnicas: jogos teatrais,
Comédia dell' arteTeatro Popular Brasileiro e ParanaenseTeatro Africano
139
EspaçoMímica, improvisação,
formas animadas...
Gêneros: Rua, arena,Caracterização.
6ª SÉRIE - ÁREA DANÇA
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Movimento CorporalTempo
Espaço
Ponto de ApoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso (leve, pesado)Fluxo (livre, interrompido e conduzido)Lento, rápido e moderadoNíveis (alto, médio e baixo)FormaçãoDireçãoGênero: Folclórica, popular, étnica
AfricanaIndígena
7ª SÉRIE
Nesta série, o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade
contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na
arte. A cultura afro-brasileira, africana e indígena será tratada nos conteúdos que
resgatando a temática, a exemplo dos movimentos e períodos.
7ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmonia
Tonal, modal e a fusão de ambos.
Técnicas: vocal, instrumental e mista
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno ...
140
7ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
SemelhançasContrastesRitmo VisualEstilizaçãoDeformaçãoTécnicas: desenho, fotografia, audio-visual, mista...
IIndústria CulturalArte no Séc. XXArte Contemporânea
7ª SÉRIE - ÁREA TEATRO
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Representação no Cinema e Mídias
Texto dramáticoMaquiagemSonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Indústria CulturalRealismoExpressionismoCinema Novo
7ª SÉRIE - ÁREA DANÇA
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Movimento CorporalTempoEspaço
GiroRolamentoSaltos
Hip HopMusicaisExpressionismo
141
Aceleração e desaceleraçãoDireções (frente, lado, atrás, direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria Cultural e espetáculo
Indústria Cultural Dança Moderna
8ª SÉRIE
Será dado enfoque nesta série o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como
ideologia e fator de transformação social. A cultura afro-brasileira, africana e indígena
será tratada nos conteúdo resgatando a exemplo dos movimentos e períodos.
8ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico.
Música EngajadaMúsica Popular Brasileira.
Música contemporânea
8ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigura-fundo Ritmo Visual
Técnica: Pintura, grafitte, performance...
Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
RealismoVanguardasMuralismo e Arte Latino-americanaHip Hop
142
8ª SÉRIE - ÁREA TEATRO
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio,
Teatro-Fórum... DramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurino
Teatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do AbsurdoVanguardas
8ª SÉRIE - ÁREA DANÇA
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
KinesferaPonto de ApoioPesoFluxoQuedasSaltosGirosRolamentosExtensão (perto e longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: Performance, moderna
VanguardasDança ModernaDança Contemporânea
ENSINO MÉDIO
No Ensino Médio é proposto uma retomada dos conteúdos de 5° a 8° série e
aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e
cultural dos alunos do Ensino Médio, priorizando o estudo da estética e da ideologia nas
artes.
Área de Música
CONTEÚDOS ESTRURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
143
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaEscalasModal, Tonal e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ...
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mistaImprovisação
Música Popular BrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-Americano
Área de Artes Visuais
CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
BidimensionalTridimensionalFigura e fundoFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualSimetriaDeformaçãoEstilização
Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em Quadrinhos...Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...
Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte Contemporânea
Arte Latino-Americana
Área de Teatro
144
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-FórumRoteiro
Encenação, leitura dramática
Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e ÉpicoDramaturgia
Representação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia,
sonoplastia, figurino, iluminação DireçãoProdução
Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro Renascentista
Teatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista
Área de Dança
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
KinesferaFluxoPesoEixoSalto e QuedaGiroRolamentoMovimentos articularesLento, rápido e moderadoAceleração e desaceleraçãoNíveisDeslocamentoDireçõesPlanosImprovisaçãoCoreografia
Gêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica,
populares, salão
Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopIndústria Cultural Dança ModernaVanguardasDança Contemporânea
145
2. METODOLOGIA
Os métodos de apreciação e produção de objetos artísticos integram a Arte na
perspectiva de recuperar, pelo seu estudo, a construção do imaginário.
Tendo o conhecimento como objetivo de trabalho, os métodos a serem adotados
devem, impreterivelmente, levar ao aluno não apenas vê, mas apropriar-se de uma obra
de arte, através de sua percepção e sentido. Para este sucesso, no entanto, o aluno
deverá num primeiro momento conhecer arte em toda a sua plenitude, liberto de
conceitos, preconceitos e tabus.
Será realizado uma abordagem teórica nos conteúdos de música,teatro, dança e
artes visuais, objetivando à apropriação do conhecimento produzido historicamente.
A aquisição cognitiva de conteúdos é processo que requer do aluno atenção,
observação, produção e estudo, enquanto que, para os conteúdos quaisquer que seja
hajam as experiências vividas dentro do processo de construção da vida da própria
pessoa. Educar esteticamente é ensinar a ver o mundo sobre todos os seus aspectos, o
aluno só consegue isso à medida que aplica o fazer da escola ao fazer da sua vida.
Ao final o aluno já será capaz de, realmente, produzir arte, com sua própria visão
do mundo, técnica e estilo.
3. AVALIAÇÃO
Toda a avaliação deve ser compreendida como um todo, o aluno é o maior
instrumento de avaliação, porque é ele que faz e reproduz o conhecimento para outras
pessoas. Por isso a avaliação não poderia ser outra se não diagnóstica e processual. A
nós professores cabem o direcionamento das propostas de trabalho, mas ao aluno cabe a
parte mais importante, a criação. Muitas vezes é na escola que descobrimos os maiores
prazeres de nossas vidas, por isso essa avaliação precisa privilegiar a criação do aluno,
pois ele é o autor deste ou daquele trabalho e precisa ser respeitado nessa criação.
Na avaliação da área música, será relacionada uma compreensão de elementos
com diferentes formas musicais tendo como função social e ideológica de vinculação e
consumo, relacionada com a produção musical.
Na avaliação da área de artes visuais, será relacionada a compreensão de
146
elementos formais que se estruturam a relação com o movimento artístico, com a prática
e com os modos de composição visual.
Na área de teatro, será identificado como diferentes métodos de apresentação e
organização do teatro e suas relações com o movimento artístico e a composição teatral.
Na área de dança,será identificada a dimensão da dança na produção de fator de
transformação social. Partindo de uma relação com a produção de sua função em
métodos de composição musical visando uma atuação singular e social.
147
4 REFERÊNCIA
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte. São Paulo. Ática, 1991.
HERLING, André; YAJIMA, Eiji. Desenho. São Paulo, Editora IBEP, 2000.
OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. Rio de Janeiro. Campus, 1993.
VALADARES, Solange. Arte no Cotidiano Escolar. São Paulo, FAPI, 2003.
PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte, 2008.
148
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
CIÊNCIAS
PAULA FREITAS 2010
149
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Numa perspectiva a ciência como construção humana, falível e intencional ( a
história da Ciência se constrói). A descoberta do fogo foi um marco importante na história
da humanidade, sendo que a partir dela, o ser humano apresentou outras necessidades.
Há aproximadamente dez mil anos, o homem que caçava e coletava, passou a cultivar a
terra e criar animais, interferindo diretamente na natureza, tornando-se um observador
ainda mais atento da natureza, estabelecendo relações, com o objetivo de tirar melhor
proveito da natureza para sua subsistência.
Do século XI ao XIII, as cruzadas foram importantes na disseminação da cultura e
da ciência entre o Oriente e o Ocidente.
Uma mudança na sua forma de entender o mundo e transmitir conhecimento.
Dentre estes, destacam-se as grandes navegações e a invenção da imprensa ( século
XIV e XV).
Na renascença, século XV e XVI, a partir da imprensa, algumas ciências buscam
explicar o mundo através de novas teorias, a navegação do período anterior e suas
explicações teológicas do mundo. Por meio da botânica e da zoologia, a ciência hoje
denominada Biologia, se destacou através das ilustrações detalhadas. Nessa mesma
época, a ciência atualmente conhecida como química colaborou com a mineração e a
metalúrgica e, com a produção de pólvora. Já na ciência hoje denominada de Física, os
estudos referentes ao magnetismo, a mecânica e a óptica.
Dentre eles, Leonardo da Vinci, grande conhecedor da anatomia, hidráulica,
óptica, botânica, geologia, arquitetura, matemática, engenharia e filosofia.
No século XVII, Nicolau Copérnico 1473 – 1543, que provou uma grande mudança na
150
forma de ver o mundo e, Galileu Galilei 1564 – 1662, cujas teorias eram contrarias a visão
tradicional do cristianismo sobre o universo, pois defendia que a Terra movia-se, como
Copérnico já havia anunciado, dando origem ao heliocentrismo. Galileu precisou retratar-
se perante a igreja, mas sendo condenado, não parou seus estudos. Francis Bacon, ao
criar a ciência experimental através do método cientifico. René Descartes, que além de
uma importante obra, “Discurso do Método”, colaborou significativamente com a
matemática através do sistema de coordenadas cartesianas. Isaac Newton colaborou
sobremaneira com a ciência, não só do seu tempo, mas ainda hoje com influência, pois,
por meio das suas leis do movimento, mostrou a natureza como algo regular e previsível.
No século XVIII, foi o período chamado Iluminismo que, além de filosófico, é um
movimento artístico, literário e político. O racionalismo e o empirismo constituem a base
filosófica para a reflexão do Iluminismo. Galileu e Newton e, a partir desse século, a
ciência torna-se cada vez mais independente das diversas religiões.
É organizada, com a colaboração de diversos pensadores, a “Enciclopédia” que
apesar de ser considerada importante hoje, enfrentou muitos problemas para ser
divulgada na época, recebendo a classificação de antieclesiastica, anticristã, teísta e
herética, entrando para uma “lista negra”, semelhante às do período da Inquisição. O
mérito de toda organização e publicação da Enciclopédia deve-se, principalmente, a um
escritor e filósofo francês, Denis Diderote o filósofo e cientista também francês Jean
Baptiste d’Alembert.
Ainda merece destaque na história da ciência, a transição definitiva da alquimia
para a química. Nessa transição, a química passa a ser considerada ciência quando o
químico francês Antoine Laurent Lavoisier, publica o “Tratado Elementar de Química”.
Ainda no século XVIII, a Revolução Industrial, se constitui num processo longo,
que interferiu diretamente no pensamento cientifico e nas relações sociais. A ciência se
desenvolveu através da industrialização ou a industrialização se desenvolveu por meio da
ciência? Pode-se compreender que os avanços científicos determinaram o
desenvolvimento e o crescimento da indústria que, por sua vez, exigiu que a ciência
ascendesse para aperfeiçoar as técnicas e, com isso, desenvolver novas tecnologias para
as indústrias.
Em decorrência desse processo, aumenta a exploração do ambiente para a
produção de energia uma vez que são criadas, nessa época, as máquinas a vapor e a
151
siderúrgica.
A busca pela energia necessária ao processo de produção aumentou a procura
por combustíveis com a madeira e o carvão, intensificando os grandes desmatamentos e
o aperfeiçoamento de extração de carvão mineral. É fundamental considerar a descoberta
de energia elétrica como propulsora do desenvolvimento de novas tecnologias.
Na história da ciência, Charles Darwin foi um nome polêmico que mudou a visão
do homem em relação ao passado, quando lançou o livro “A Origem das Espécies” a
evolução através da seleção natural.
Outro cientista importante foi o monge agostiniano e botânico austríaco Gregor
Johann Mendel que descobriu os princípios da hereditariedade, os quais constituem a
base da genética.
A disciplina de ciências foi inserida no currículo a partir da Reforma Francisco
Campos, através do Decreto 19.890/31. A partir daí o Estado passou a organizar o
Sistema de Educação Nacional propondo o ensino de Ciências Físicas Naturais, nas duas
primeiras séries do ensino comum e fundamental e nas três ultimas as disciplinas de
Física, Química e História Natural.
Gustavo Capanema em 1942, por meio das Leis Orgânicas do ensino ressaltou o
mérito da Legislação de 1931 onde o acesso ao ensino foi facilitado, passou a partir daí a
ser denominado de Ciências Naturais onde abordavam na 7a série do Ensino
Fundamental os seguintes conteúdos: Água, Ar e Solo, Noções de Botânica e de
Zoologia e Corpo Humano e na 8a série: Noções de Química e Física.
O Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná veio, no início dos anos 90,
responder às necessidades sociais e históricas, que caracterizavam a sociedade
brasileira da época, propondo a integração dos conteúdos a partir de três eixos
norteadores: Noções de Astronomia, Transformações e Interação da Matéria e Energia e
Saúde com a melhoria da Qualidade de Vida. As discussões sobre Meio Ambiente,
iniciadas na década de 1970 e aprofundadas na década de 1880, não apareceram de
forma clara, na proposta do Currículo Básico apresentando-se implícitas na relação
homem - homem e homem, natureza.
Em 1998, a Câmara de Educação Básica, do Conselho Nacional de Educação,
institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
152
As Diretrizes Curriculares para o ensino e a aprendizagem de Ciências, estão
organizadas a partir da concepção de ciência como processo de construção humana,
provisória, falível e intencional e, dos conteúdos específicos da disciplina, serão
abordados de forma consistente, critica, histórica, considerando as relações entre ciência,
à tecnologia e a sociedade. Propiciando condições para que os sujeitos do processo
educativo discutam, analisem, argumentem e avancem na compreensão do seu papel
frente às demandas sociais, uma vez que questões relacionadas á saúde, sexualidade e
meio ambiente, dentre outras, são tradicionalmente incorporadas aos conteúdos
específicos e, portanto, imprescindíveis à disciplina de Ciências.
Os conteúdos estruturantes são entendidos como saberes fundamentais, capazes
de organizar teoricamente os campos de estudo da disciplina, essenciais para a
compreensão de seu objeto de estudo e suas áreas afins.
Dessa forma, essas diretrizes propõem como conteúdos estruturantes:
11.Astronomia;
12.Matéria;
13.Sistemas Biológicos;
14.Energia;
15.Biodiversidade.
Os quais foram definidos tendo em vista as relações existentes entre os campos
de estudo, tradicionalmente tratados ao longo do ensino de Ciências, e a relevância no
processo de escolarização atual.
Ao desmembrar os conteúdos estruturantes em conteúdos específicos, no
currículo, é importante considerar a concepção de ciência adotada nestas diretrizes, os
conhecimentos físicos, químicos e biológicos e os elementos do Movimento Ciência,
Tecnologia e Sociedade (CTS), visando um processo não fragmentado de ensino e
aprendizagem.
A disciplina de Ciências assume alguns objetivos importantes para melhor
compreensão dos temas relevantes em todo contexto disciplinar como inter-relacionar os
fenômenos da natureza com a teoria na sala de aula; transformar o conhecimento
153
empírico em conhecimento científico, desmistificando crendices, simpatias e superstições;
identificar nomenclatura cientifica para designar componentes da biosfera; despertar o
senso crítico para que o aluno crie segurança no momento de discussão e possa
transformar o meio em que vive; adequar o conhecimento cientifico da anatomia e filosofia
humana para formar bons hábitos alimentares, postura, práticas de esportes,
comportamento sexual, entre outros; compreender a natureza como um todo dinâmico e o
ser humano, em sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive, em
relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
compreender a natureza como um processo de produção de conhecimento e uma
atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e
cultural,compreendendo as diversas culturas existentes como a Afro-brasileira, Africana e
Indígena ; identificar relações entre conhecimento cientifico, produção de
tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica e
compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo
elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas cientifico-tecnologicas; compreender
a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser
promovidos pela ação de diferentes agentes; formular questões, diagnosticar e propor
soluções problemas reais de elementos das ciências naturais, colocando em pratica
conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidas no aprendizado escolar; utilizar
experimentação, visto que ela é parte fundamental do aprendizado, se fazendo
necessário para que o aluno possa entender melhor o mundo que o cerca, as suas
transformações e descobertas; demonstrar que em ciências não é só necessário entender
as transformações, mas como elas se processam, o que consome e como fazemos isso,
são pequenas descobertas, muito importantes para nossa sobrevivência, como funciona
nosso corpo e como ele é. Precisamos envolver o aluno, para que esta sendo feito em
termos de educação e preservação ambiental, salientando que esta deve ser uma
preocupação constante e crescente.
O ensino contextualizado no cotidiano dos alunos, parte principal no processo
ensino-aprendizagem, torna mais fácil o entendimento.
154
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA E BIODIVERSIDADE
5a Série
• Universo
• Sistema Solar
• Movimentos Terrestres
• Movimentos Celestes
• Constituição da Matéria
• Níveis de Organização
• Formas de Energia
Conversão de Energia
• Transmissão de Energia
• Organização dos Seres Vivos
• Ecossistema
• Evolução dos Seres Vivos
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA E BIODIVERSIDADE
6a Série
• Astros
• Movimentos Celestes
155
• Movimentos Terrestres
• Constituição da Matéria
• Célula
• Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
• Formas de energia
• Transmissão de Energia
• Origem da Vida
• Organização dos Seres Vivos
• Sistemática
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA E BIODIVERSIDADE
7a Série
• Origem e Evolução do Universo
• Constituição da Matéria
• Célula
• Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
• Evolução dos Seres Vivos
156
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA E BIODIVERSIDADE
8a Série
C) Astros
D) Gravitação Universal
E) Propriedades da Matéria
F) Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
G) Mecanismos da Herança Genética
H) Formas de Energia
I) Conservação de Energia
J) Interações Ecológicas
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Atualmente, considera-se que o ensino de Ciências proporciona condições para
que o estudante seja capaz de identificar problemas, elaborar hipóteses para explicá-los,
planejar e executar ações para investigá-los, analisar e interpretar os dados e propor e
criticar as soluções, dessa forma, o seu próprio conhecimento.
Piaget e Hunt (in Bethlem, 1970) escreveram que somente por meio da prática e
da observação das coisas da Ciência o ser humano “se desenvolve integralmente, do
mesmo modo que só os indivíduos integralmente desenvolvidos poderão trabalhar pelo
bem estar da sociedade à qual pertencem. Conscientes, então, dos problemas do mundo
moderno, poderão agir positivamente como simples cidadãos ou como lideres”.
Ao ensinarmos Ciências, transferimos a todo e qualquer individuo, e
compartilhamos com ele, a responsabilidade pelo meio onde vivemos e a necessidade de
157
contribuir para o bem estar da sociedade por meio do seu -conhecimento da Ciência e da
tecnologia e por meio da tomada de decisões. Nossos jovens já são cidadãos;
pretendemos que se tornem mais conhecedores e mais participativos da nossa
sociedade.
A Ciência pode dar sua contribuição à formação do cidadão ao desenvolver
metodologias, a comprovação e justificativa da realidade, a criatividade, a iniciativa
pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda da confiança na própria capacidade
para enfrentar desafios.
Para exercer cidadania é importante salientar que a compreensão e a tomada de
decisões diante de questões políticas e sociais dependem da leitura critica e interpretação
de informações muitas vezes contraditórias, advindas do sucesso comum, que incluem
todas as estatísticas e índices divulgados pelos meios comuns.
A preocupação de desenvolver atividades práticas passou a dar condições para o
aluno vivenciar o que de denominava método cientifico que parta de observações,
levantamento de hipóteses, testá-los, refutá-los e abandoná-los fosse o caso, trabalhando
de forma a descobrir conhecimentos.
O ensino de Ciências deve ser um meio para que os professores e alunos
compreendam criticamente as inter-relações, fenômenos e objetos da ciência, isto deve
ser concretizado.
Sendo os recursos utilizados, livros didáticos, texto de jornal, revista científica,
figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas
biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula,
desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, telescópio, televisor,
computador, retroprojetor, organogramas, mapas conceituais, mapas de relações,
diagramas de V, gráficos, tabelas, confecção de cartazes, murais, aula prática,
entrevistas, debates, exposição oral e escrita.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser integrante do processo ensino-aprendizagem, em que o
objetivo não é apenas verificar a quantidade de informações retidas pelo aluno ao longo
158
de um determinado período, mas também analisar a qualidade de informações que foram
adquiridas por estes.
A avaliação deve servir como um instrumento de diagnostico de processo ensino-
aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os
componentes desse processo (aluno – professor – conteúdo – metodologia – instrumento
de avaliação).
A avaliação deverá superar a concepção de uma avaliação classificatória e
excludente. A avaliação será diagnostica, formativa e processual, será de forma continua,
se caracterizando como um processo que objetiva explicitar o grau de compreensão na
construção do conceito.
Isto se dará através de confronto de textos, produções de textos, trabalhos em
grupos, elaboração de quadro/mural, experimentações, avaliações objetivas e subjetivas.
As formas de avaliação também contemplarão as explicações, justificativas e
argumentações orais, uma vez que estas revelam aspectos do raciocínio que muitas
vezes não ficam evidentes nas avaliações escritas.
A observação do trabalho individual do aluno permitirá a analise de erros. Na
aprendizagem escolar o erro é inevitável e pode ser considerado como um caminho para
se buscar o acerto. Ao procurar identificar, mediante a observação e o diálogo, como o
aluno está pensando, o professor obterá pistas do que ele não está compreendendo e
pode planejar a intervenção adequada para auxiliar o aluno a refazer o caminho.
Embora a avaliação esteja relacionada aos objetivos visados, estes nem sempre
se realizam plenamente em todos os alunos. Deve-se levar em conta a progressão de
desempenho de cada aluno, as características particulares da classe em que o aluno se
encontra e as condições em que esse processo de ensino e aprendizagem acontecem.
Educandos com necessidades especiais estão presentes nas escolas, sendo
assim, as avaliações devem ocorrer de acordo com o nível de aprendizagem dos
mesmos, não podendo ser comparado aos de aprendizagem regular, ocorrendo muitas
vezes avaliações diferenciadas para que esse educando sinta-se estimulado em sala de
aula.
A avaliação, cujos instrumentos serão definidos pelo professor (provas, debates,
trabalhos individuais, trabalhos em grupos, participação ativa nas atividades propostas e,
159
principalmente o desenvolvimento do aluno), servirá como um diagnóstico do processo
ensino-aprendizagem, que irá nortear os novos rumos do trabalho.
A recuperação será concomitante ao processo de ensino aprendizagem. Esta não
constituirá na repetição de provas ou trabalhos, mas na organização de experiências
educativas subsequentes que desafiem o estudante a avançar em termos de
conhecimento.
160
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei № 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Editora do Brasil
GEWANDSZNAJDER,Fernando. Ciências Matéria e Energia. 8a Série – 2a Edição – São
Paulo 2005 – Editora Ática
LUZ,Maria de La – SANTOS, Magaly Terezinha. Vivendo Ciencias. 7ª Série - 3ª edição
– São Paulo 2006 – Editora FTD
SARIEGO, Ayrton. Ciências – 5a Série – Editora Scipione – 1998 – 2a Edição
GOW, Demetrio – MARTINS, Eduardo. Ciências Novo Pensar – 6a Série – São Paulo 2002
– 1a Edição
DCEs – Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – Versão 2008
161
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
PAULA FREITAS
2010
162
PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
1. APRESENTAÇÃO HISTÓRICA DE GEOGRAFIA
As relações com a natureza e o espaço geográfico fazem parte das estratégias de
sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização.
Observar a dinâmica das estações do ano, conhecer o ciclo reprodutivo da natureza, a
direção e dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas, bem
como as variações climáticas e a alternância entre período seco e período chuvoso foi
essencial para os primeiros povos agricultores, esses conhecimentos permitiram as
sociedades se relacionarem com a natureza e modifica-la em beneficio próprio.
Foi nesse contexto que se desenvolveram outros conhecimentos como os
relativos à elaboração de mapas, discussões a respeito da forma e do tamanho da Terra,
da distribuição de terras e águas, bem como a defesa da tese da esfericidade da Terra, o
cálculo do diâmetro do planeta, cálculos sobre latitude e definições climáticas, entre
outros.
A cartografia era necessária para representar o espaço com detalhes para
registrar as rotas marítimas, a localização e distâncias dos continentes, a distribuição das
terras e das águas.
A partir do Século XVI, as expedições terrestres passaram a descrever e
representar o espaço com detalhes: os rios, lagos, montanhas, desertos, planícies.
Nos processos históricos as discussões filosóficas passaram a ser evidenciadas,
a economia e política, buscaram explicar questões referentes ao espaço e à sociedade.
Temas como comércio, formas de poder, organização do estado, produtividade
natural do solo, recursos minerais, crescimento populacional, formas de representação de
territórios, extensões de territórios eram preocupações dos grandes impérios coloniais.
As primeiras sociedades colonizadas foram à Inglaterra, França, Rússia,
Alemanha. Estas sociedades organizaram expedições científicas para a África, Ásia e
América do Sul, procurando conhecer as condições naturais destes continentes, riquezas,
o que acabou servindo de interesses das classes dominantes. Os principais precursores
alemães foram HITLER (1779 – 1859), HUMBOLDT (1769 – 1859), RATZEL (1844 –
1904) que foi destaque como fundador da geografia sistematizada, institucionalizada e
163
considerada científica.
Para RATZEL e a escola alemã, a relação sociedade-natureza influenciava o que
ela dominava “conquistas cultas” de um povo, ou seja, as condições naturais do meio,
onde vivia determinado povo, estabeleciam uma relação direta com seu nível de vida, seu
domínio técnico, sua forma de organização social, etc. Quanto mais culto um povo, maior
domínio sobre a natureza, o que proporcionaria melhores condições de vida, consequente
aumento da população e necessidade de mais espaço (território) para continuar seu
processo evolutivo.
Vários pontos da superfície terrestre, em cada lugar se adaptaram ao meio que o
envolvia, criando no relacionamento constante e cumulativo com a natureza, um acervo
de técnicas, hábitos, usos e costumes, que lhe permitiram utilizar os recursos disponíveis.
Este conjunto de técnicas e costumes, construído e passado socialmente, exprimiria uma
relação entre a população e os recursos, uma situação de equilíbrio, construída
historicamente pelas sociedades. A diversidade dos meios explicaria a diversidade dos
gêneros de vida.
Para VIDAL DE LA BLACHE o contato entre diferentes gêneros de vida seria um
elemento fundamental para o progresso humano e oportunizará verdadeiras oficinas de
civilização.
As transformações históricas relacionadas aos modos de produção, após a 2ª
Guerra Mundial. Trouxeram mudanças políticas, econômicas. Sociais e culturais na
Ordem Mundial que interferiram no pensamento geográfico sob diversos aspectos. Essas
transformações ocorreram mais intensamente ao longo da segunda metade do século XX
e originaram novos enfoques para a análise do espaço geográfico, além de reformulações
no campo temático da Geografia.
No setor econômico e político, a internacionalização da economia e a instalação
das empresas multinacionais em vários países do mundo, alteraram as relações de
produção e consumo, trazendo para as discussões geográficas assuntos ligados:
• A degradação da natureza em relação à intensa exploração dos recursos
naturais e suas conseqüências para o equilíbrio ambiental no planeta.
• Às desigualdades e injustiças da produção e organização do espaço geográfico
no modo capitalista de produção em relação à experiência de organização
sócio-espacial do socialismo como uma das realidades geográficas do mundo bi
polarizado.
• As questões culturais e demográficas mundiais afetadas pela
164
internacionalização da economia e pelas relações econômica e política de
dependência materializada, cada vez mais, nos espaços geográficos dos
diferentes países.
A geografia do Brasil a partir de 1930 buscava compreender e descrever o
ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado na
perspectiva do nacionalismo econômico.
Em 1964 período do Regime Militar onde surgem as disciplinas de Educação
Moral e Cívica e OSPB.
Na década de 1980 houve a redemocratização, volta da Geografia Humana
Econômica, Política e Social, dentro de uma visão marxista, de materialismo histórico
dialético, rompendo com a Geografia Tradicional.
A proposta da geografia crítica era uma análise social, política e econômica sobre
o espaço geográfico, entendeu que a superação da dicotomia natureza-sociedade e das e
das fragmentações das abordagens dos conteúdos dar-se-iam pelo abandono das
pesquisas e do ensino sobre a dinâmica da natureza.
Os objetos que interessam a geografia não são apenas objetos móveis, mas
também os imóveis como: cidade, barragem, estrada de rodagem, um porto, floresta,
plantação. A ação é o próprio homem, só ele tem a ação porque só ele tem objetivo,
finalidade. As ações humanas não se restringem aos indivíduos, incluindo também, as
empresas, instituições. As ações resultam de necessidades naturais ou criadas, tais
como, materiais, econômicos, sociais, culturais, morais, afetivos é que conduzem os
homens a agir e levam a funções que vão desembocar nos objetos.
O objeto de estudo de Geografia é o espaço geográfico a compreensão e a
transformação do ambiente pela ação do homem, e os conceitos básicos de Geografia
como paisagem, lugar, território estarão presentes em todos os conteúdos abordados na
disciplina,fazendo com que os conhecimentos contribuam para critica das contradições
sociais, econômicas, e políticas presentes na sociedade contemporânea.
A partir de 1990, as reformas políticas e econômicas vinculadas do pensamento
neoliberal e efetivação dos PCNs, encontros e conferências mundiais priorizaram a
educação como alvo de reformas necessárias para a formação do novo perfil do
trabalhador, necessário para o capitalismo no período histórico atual.
Em 2003 ocorreu as discussões de elaboração das Diretrizes Curriculares no
estado do Paraná, para nortear a prática pedagógica das disciplinas. Textos ,teorias e
metodologias com o objetivo de estimular reflexões ao ensino de Geografia,
165
problematizando e abrangendo os conteúdos deste campo do conhecimento necessário
para compreender o espaço geográfico no atual período histórico.
Devido às transformações do mundo atual a sociedade está exigindo da escola
novos enfrentamentos com relação aos temas da História e Cultura afro-brasileira e
africana, e os demais desafios educacionais contemporâneos. Com os temas Educação
Fiscal, enfrentamento a violência na escola, educação ambiental que serão abordados
juntamente com os demais conteúdos de Geografia para desenvolver um cidadão critico
reflexivo e transformador do meio em que vive,compreendendo as estruturas sociais,
políticas e econômicas da sociedade.
1.1 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
• A Geografia, deve desenvolver no aluno a capacidade de observar, interpretar,
analisar e pensar criticamente na realidade, para melhor compreendê-la e identificar
as possibilidades de transformação, de comparar e representar as características do
lugar onde vive e de diferentes espaços geográficos.
• Buscar e valorizar as atitudes e procedimentos do aluno, para adquirir conhecimentos
do seu cotidiano como paisagem, espaço,lugar,território.
• Observar, descrever, a multiplicidade de paisagens e lugares, compreendendo seu
papel, de transformador e responsável do seu meio ambiente.
• Entender o processo simultâneo de mundialização e fragmentação em que vive a
humanidade, diante das diversidades culturais existentes no globo, quer sejam em
países de dimensões continentais ou não, em que a distribuição dos bens é
equilibrada ou extremamente desigual.
• Conhecer a história e a cultura Afro- brasileira e africana, o movimento do povo
africano no tempo e espaço, para o aluno repensar em todos os aspectos e em todos
os lugares.
• Conhecer a organização do espaço agrário, os meios de produção valorizando a
cultura do homem do campo.
166
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DE GEOGRAFIA
Dimensão econômica do espaço geográfico.
Dimensão política do espaço geográfico.
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
CONTEÙDOS – 5ª SÉRIE
1- Dimensão política do espaço geográfico.
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais
Reconhecer as diferentes paisagens: natural, humanizada.
Espaço geográfico(localidade, município,estado)localização, divisão política,
pontos extremos.
Cidadania e política: Os três poderes
2- A dimensão socioambiental do espaço geográfico
Os movimentos da Terra e suas consequências;
Movimentos de rotação e translação
coordenadas geográficas
orientação, pontos cardeais
fusos horários estações do anol
A relação homem natureza e sua importância para sobrevivênciaClima, relevo,
hidrografia, vegetação
Extrativismo
A cultura indígena e o respeito a natureza.
Interdependência campo- cidade.
Desenvolvimento sustentável
Geografia do Paraná
3-Dimensão econômica do espaço geográfico
• A terra como mercadoria: industrialização, capitalismo, comércio
• A exploração da raça negra no mundo capitalista
167
OBJETIVOS
K) Reconhecer, no seu cotidiano, os referenciais espaciais de localização, orientação
e distância, de modo que se desloquem com autonomia e representem os lugares
onde vivem e se relacionam.
L) Reconhecer o campo e a cidade como formações sócio espaciais.
M) Identificar a cartografia como instrumento da aproximação dos lugares e do
mundo.
N) Identificar os diferentes tipos de mapas em leitura e interpretação.
O) Utilizar a escala, para identificar distâncias entre as cidades
P) Perceber na paisagem local e no lugar em que vive as diferentes manifestações da
natureza, sua apropriação e transformação pela ação da coletividade, de seu grupo
social
Q) Posicionar-se sobre a responsabilidade do homem quanto aos impactos ambientais
e abusos, identificando os tipos de relevo e clima facilitando ou dificultando as
atividades
R) Identificar os tipos de clima regional e sua influencia na vida humana.
S) Localizar o seu estado politicamente, lendo, confeccionando mapas do Paraná.
T) Reconhecer os três poderes de um país democrático.
U) Respeitar a diversidade cultural do mundo, e do local onde vive.
CONTEÚDOS 6ª SÉRIE
1- Dimensão política do espaço Geográfico
A história dos lugares. A expansão do espaço geográfico;(país e mundo)
Brasil; localização geográfica
Os países vizinhos do Brasil.
Regionalização brasileira do IBGE (Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul)
Cidadania e política: Organização do Estado e dos Poderes
2- Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
População brasileira: miscigenação
168
Crescimento e distribuição da população brasileira.
A contribuição do negro na construção da nação brasileira.
A distribuição espacial da população afro descendente no Brasil.
A cultura regional do povo brasileiro.
A população indígena brasileira.
A administração publica
3- Dimensão econômica do espaço geográfico
Industrialização nas regiões geoeconômicas do Brasil. As cidades e o meio ambiente. Urbanização e regiões metropolitanas População e trabalho: agricultura, indústria e exportação em todas as regiões brasileiras. A produção de alimentos no Brasil. A cultura de produção de alimento indígena.
4- Dimensão socioambiental do espaço geográfico
O planeta em movimento, (movimento de rotação e translação). usos horários do Brasil. A natureza e as questões sócio- ambientais brasileiras: a floresta tropical, as reservas
extrativas, o lixo. O relevo, clima e vegetação do Brasil. As bacias hidrográficas; os principais rios brasileiros. Regiões brasileiras (norte, nordeste, centro- oeste, sudeste e sul), nos aspectos físicos- clima,
relevo, vegetação, hidrografia. Geografia do Paraná: O relevo, unidades do relevo , o litoral, região de escarpas. Principais
rios paranaenses. OBJETIVOS
• Compreender os diferentes grupos sociais, bem como as diferentes tarefas e trabalhos históricos e suas transformações.
• Identificar-se no espaço geográfico como parte integrante da natureza, atuando de forma responsável e respeitosa com o meio ambiente.
• Desenvolver uma linguagem comunicativa e gráfica, nas representações cartográficas do Brasil e do mundo.
• Identificar as regiões brasileiras , a sua cultura, economia e localização.• Compreender o comportamento da sociedade, com relação ao espaço, migrações e
densidade demográfica. • Verificar o papel do estado, das classes sociais urbanas e rurais.
• Identificar as cidades que possuem características comuns, dentro da
atualidade.
• Desenvolver a importância da atividade industrial, e a transformação dos
elementos que a natureza oferece.
169
• Desenvolver a importância da preservação do meio ambiente,atuando de
forma responsável.
• Ler, interpretar, e comparar mapas e gráficos.
• Reconhecer os diferentes tipos de relevo, clima e vegetação do Brasil.
Especialmente do Paraná.
• Identificar e analisar o crescimento e a distribuição populacional no mundo e
no Brasil.
• Reconhecer as bacias hidrográficas brasileiras, valorizando sua importância
para a sobrevivência de animais e vegetais.
CONTEÚDOS - 7ª SÉRIE
1- Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Deriva continental
A formação dos continentes e oceanos.
Geografia do Paraná: regiões climáticas, vegetação.
Clima, vegetação, relevo e hidrografia dos continentes
A cultura Indígena e o respeito a natureza.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista
O espaço rural e a modernização da agricultura.
2-Dimensão Política do Espaço Geográfico
A formação mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
O mundo em transformação,
Guerra Fria- Globalização- Neoliberalismo.
Desenvolvimento e subdesenvolvimento.
Estado Democrático de Direito e Cidadania
indice de Desenvolvimento humano.
O estado e os Tributos
170
3- A Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
A diversidades e contrastes da América, divisões da América.
América do sul ( América Latina )
América Anglo- Saxônica (Canadá, EUA )
A formação das cidades. Os movimentos migratórios e suas motivações.
A migração forçada africana no Brasil. Densidade demográfica.
A cultura dos indígenas americanos.
Análise de dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por cor,
renda e escolaridade no país.
Oceania (quadro natural,população e economia )
As regiões polares
OBJETIVOS
01- Relacionar as múltiplas interações entre sociedade e natureza.
-Propiciar o desenvolvimento de atitudes de preservação do meio ambiente.
02-Compreender a espacialidade e a temporalidade dos fenômenos
geográficos, estudados em suas dinâmicas e interações.
03 - Reconhecer a divisão histórica e política do Brasil e dos continentes e sua
dinâmica.
04- Analisar o desenvolvimento da indústria para garantia de emprego .
05 - Compreender os sistema de transporte é uma variável fundamental na
estruturação da rede urbana
06-Perceber que a sociedade e a natureza possui princípios e leis próprias e que o
espaço resulta de interações entre elas, historicamente definidas .
07-Compreender as relações existentes entre local , o regional , o nacional e o
mundo valorizado a pluralidade cultural existente .
08-Compreender que o problema sócio econômico do Brasil tem raízes históricas.
09- Valorização da busca de ações conjuntas visando melhores perspectivas para
as economias dos países
10- Reconhecer a divisão regional da América.
11- Compreensão do cotidiano das pessoas que ocupam as regiões polares.
12- Identificar as regiões polares sendo as mais frias do planeta.
171
13- Respeitar as diferenças culturais dos povos da Oceania no mundo globalizado.
14-Reconhecer os blocos econômicos da América com tentativa de
desenvolvimento econômico.
15- Identificar os recursos naturais da América e reconhecer sua importância na
economia dos países.
CONTEÙDOS - 8ª SÉRIE
1- Dimensão política do espaço geográfico
Os elementos políticos –econômicos como critério para a divisão do mundo atual:
globalização.
-A industrialização e o processo de urbanização nos países capitalista.
As cidades globais, e suas influencias culturais e econômicas.
A revolução técnico- científica informacional e os novos arranjos no espaço a
produção.
O espaço em rede: produção e, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
A educação fiscal.
Blocos econômicos regionais .
Desenvolvimento e subdesenvolvimento.
A Organização das Nações Unidas.
A estrutura da ONU
As Organizações não governamentais,ONGs.
Estado capital e trabalho
Tipos de impostos e sonegação fiscal.
172
2-Dimensão socioambiental do espaço geográfico
• Impactos ambientais(Efeito estufa, O Buraco na camada de ozônio,escassez de água
doce)
• A formação e e localização dos recursos naturais dos continentes estudados.
• Desenvolvimento sustentável na proteção dos recursos naturais do planeta.
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
3- A Dimensão cultural demográfica do espaço geográfica
− A colonização da África pelos europeus;
− África atual (descolonização )
− A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores
estatísticos.
− A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.
− Os movimentos migratórios e suas motivações.
− A relação da cultura africana com a cultura do Brasil.
− Cidadania e política: o direito e a importância do voto consciente. O papel do vereado.
OBJETIVOS
• Compreender que melhorias das condições de vida em geral são decorrentes de
conflitos e acordos que seguem ritmo desigual entre os diversos povos do mundo.
• Compreender que há mudanças atuais nas relações políticas internacional e na
nova ordem mundial.
• Analisar as transformações que se verificam no espaço europeu em outros
espaços, originados pelo processo da industrialização.
• Identificar a distribuição espacial das mega cidades e das cidades globais.
• Analisar as relações de troca no mercado mundial e nos países industrializados.
• Compreender que com o fim da guerra Fria e a emergência da globalização ,
formaram –se blocos econômico para a expansão dos fluxos comerciais.
173
• Reconhecer que a divisão dos países é dinâmica ao longo da história com
fragmentações e unificações.
• Reconhecer os indicadores econômicos e sociais da riqueza e da pobreza e
exclusão nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
• Reconhecer o processo de industrialização como transformação na relação cidade-
campo onde se vive.
• Valorizar as ações conjuntas na busca de melhores perspectivas para as
economias dos países.
• Valorizar e respeitar a diversidade étnica, no Brasil e no mundo.
• Reconhecer a indústria como um dos agentes poluidores e transformador do meio
ambiente.
• Reconhecer as divisões regionais dos continentes da Europa , África, e Ásia e sua
importância econômica e cultural .
• Identificar a ONU como a maior organização do mundo globalizado.
• Valorização da busca de ações conjuntas visando melhores perspectivas para as
economias dos países
16-Valorização da busca de ações conjuntas visando melhores perspectivas para as
economias dos países
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DE GEOGRAFIA - ENSINO MÉDIO
1- Dimensão econômica do espaço geográfico.
2-Dimensão política do espaço geográfico.
3-Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
4-Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
1ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO
1- Dimensão política do espaço geográfico
- Geografia como ciência- Conceito,- Histórico e evolução.
- Divisão da Geografia e sua importância
174
- Noções de cartografia -
- Orientações e Coordenadas geográficas.
2- Dimensão socioambiental do espaço geográfico
- Interpretação de diferentes tipos de mapas.
- Projeções cartográficas.
- Representações do relevo terrestre, hipsométrico, curvas de nível.
- Fotografias aéreas, sensoriamento remoto.
- Os domínios naturais
- Grandes paisagens naturais da Terra ( aspectos , físicos, humanos, sociais,
políticos e econômicos. Desenvolvimento sustentável, ( educação ambiental)
- os movimentos migratórios e suas motivações.
- os movimentos sociais, cultura afro-brasileira e indígena.
- Regiões Polares, temperadas, tropicais, desérticas, montanhosas
- Dinâmica climática
- Orçamento público, exercendo a cidadania
- Elementos e fatores do clima; massas de ar; classificações climáticas; El niño
- Geografia do Paraná
- Localização geográfica do Paraná.
- Relevo; litoral; clima;vegetação; hidrografia.
- Aspectos humanos( população, organização política
- Aspectos econômicos ( agricultura, pecuária, indústria e turismo
- Orçamento público, exercendo a cidadania
Objetivos
Reconhecer os conceitos de região, lugar, território, paisagem, natureza.
2- Compreender o uso de tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas
atividades produtivas.
3-Ler o espaço através dos instrumentos da cartografia, mapas, tabelas, gráficos e
imagens.
4 - Analisar a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas.
175
5 -Identificar os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e uso
dos recursos naturais.
6 -Reconhecer a importância das atividades extrativas para a produção de matérias-
primas e a organização espacial.
7 -Reconhecer as influencias das manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos
no processo de configuração do espaço geográfico.
8- Compreender a importância da tecnologia na produção econômica,nas comunicações,
nas relações de relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico.
9- Compreendera importância da revolução técnico- cientifica informacional em sua
relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias, e nas formas de
consumo em diferentes países.
10-Estabelecer a relação entre os impactos culturais e demográficos e o processo de
expansão das fronteiras.
11-Compreender o conceito de lugar e do processos de identidade que os grupos
estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e
produtivas.
12-Identificar a relação entre a produção industrial e a agropecuária e os problemas
sociais e ambientais.
176
2ª SÈRIE - ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS
1-A dimensão econômica e socioambiental do espaço geográfico
- Política agrícola e mercado no mundo desenvolvido.- Atividades agrícolas no mundo subdesenvolvido.
- A modernização da agricultura e o êxodo rural. Trabalho assalariado e o não assalariado.
- A reforma agrícola,e agrária. Agroindústria.
- Indústria
- Tipologia de indústrias, e de matéria- prima.
- Indústria, cidade e planejamento urbano.
Modernização e dependência
Movimentos operários. A especialização da mão de obra.
As Revoluções Industriais. Industrializações brasileiras.
A globalização e a industrialização. Localização Industrial.
A industrialização e os impactos socioambientais no espaço urbano e rural.
O comércio mundial
Os transportes, aéreos, terrestres, e aquáticos
Educação fiscal.
177
2- A Dimensão política do espaço geográfico
A integração Espacial cidade- campo O processo de urbanização no Brasil e Paraná. Populações urbanas e rurais. Cultura indígena e afro-brasileira. Questões da Habitação na cidade e no campo. A valorização do espaço. As metrópoles brasileiras.
3- A infra-estrutura energética no mundo
Energia, desenvolvimento econômico e condições sociais.
O petróleo. Gás natural. O carvão mineral. Energia nuclear.
Energia hidrelétrica. As fontes alternativas.
A estrutura energética no Brasil. Racionamento e privatização.
.
178
Objetivos
1-Estabelecer relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de
energia na sociedade industrializada.
2- Compreender o uso da tecnologia na alternação da dinâmica da natureza e nas
atividades produtivas.
3-Identificar os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e uso
dos recursos naturais
4-Compreender as ações internacionais da proteção aos recursos naturais frente a sua
importância estratégica.
5-Compreender o processo dos recursos minerais e sua importância política, estratégica e
econômica.
6- Entender como as guerras fiscais atuam na reorganização espacial das regiões onde
as industrias se estalam.
7- Analisar as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária como fator de
transformação do espaço.
8- Identificar a relação entre a produção industrial e agropecuária e aos problemas
sociais e ambientais.
9- Reconhecer as interdependência, econômicas e culturais entre o campo e a cidade.
10- Compreender a relação de trabalho presente nos espaços produtivos rural e urbano.
11-Discutir a ação dos movimentos sociais na disputa do espaço urbano e rural.
12-Reconhecer as influencias das manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos
no processo de configuração do espaço geográfica.
13- Compreender a importância da revolução técnico- cientifica informacional em sua
179
relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias, e nas formas de
consumo.
14- Compreender o conceito de lugar e do processos de identidade que os grupos
estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e
produtivas.
15-Estabelecer a relação entre os impactos culturais e demográficos e o processo de
expansão das fronteiras.
3ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS
1- Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
População e a produção do espaço Geográfico
• Dinâmica populacional e urbanização. Teoria de Malthus e o Neomalthusianismo.
• Explosão demográfica. Noção de Ética.
180
Fatores determinantes da distribuição populacional, Tipos , causas, consequências das migrações.
Globalização e migrações. Migrações internacionais. As fronteiras dos países desenvolvidos.
O Brasil e as migrações internacionais. As migrações no espaço brasileiro. A imigração no Sul do Brasil As migrações e o desemprego. Migração africana na construção da história brasileira.
2- Dimensão política do espaço geográfico
• organização do espaço no capitalismo e a globalização.• Etapas do Capitalismo, globalização e neoliberalismo. • O estado na economia globalizada A nova ordem mundial e os blocos econômicos
regionais.• A produção do espaço geográfico no capitalismo..Empresas globais.• Questões territoriais indígenas e sua cultura• os conflitos mundiais, étnicos e nacionalistas- enfrentamento da violência na escola• cidadania: direitos e deveres, participação na comunidade escolar,familiar e social.
Educação fiscal.• organização política de seu município, estado , e pais. O papel dos 3
poderes( legislativo, executivo e judiciário)
4- A dimensão socioambiental do espaço geográfico
• Meio ambiente- educação ambiental.• Destruição da natureza através das atividades humanas, erosão, poluição do solo.
Lixo urbano.• Poluição das águas, do ar. Lixo urbano. Desenvolvimento sustentável.• Biodiversidade. Reciclagem.
Objetivos
1- Compreendera importância da revolução técnico- cientifica informacional em sua
relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias, e nas formas de
consumo.
2-Entender a importância das redes de comunicação e de informação a formação de
cidades mundiais.
Identificar o processo de crescimento urbano e as implicações socioambientais.
Compreender que os espaços de lazer são também espaços de trabalho, consumo
e de produção.
181
Compreender a espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos
indicadores sociais.
Reconhecer as relações entre os índices demográficos e as políticas de
planejamento familiar.
Entender a dinâmica populacional em diferentes países.
Estabelecer a relação entre os impactos culturais e demográficos e o processo de
expansão das fronteiras.
Reconhecer o caráter das políticas migratórios internacionais referentes aos fatores
de estímulo dos deslocamentos populacionais.
Entender o papel da ONU na mediação de conflitos internacionais.
Compreender a regionalização do espaço mundial e a importância das relações de
poder na configuração das fronteiras e territórios.
Analisar a formação dos territórios supranacionais decorrentes das relações de
poder na nova ordem mundial.
Diferenciar as formas de regionalização do espaço mundial, considerando a divisão
norte-sul e a formação dos blocos econômicos.
Identificar os conflitos étnicos e religiosos existente e sua repercusão na
configuração do espaço mundial.
Compreender as ações adotadas pelas organizações econômicas internacionais,
FMI,BANCO MUNDIAL, em suas implicações na organização do espaço geográfico
mundial.
Compreender o conceito de lugar e do processos de identidade que os grupos
estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e
produtivas.
3. METODOLOGIA
O ensino de geografia nas séries finais do ensino Fundamental e do Ensino
Médio deverá permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais da
Geografia e compreendam o processo de produção e transformação do espaço
geográfico
As práticas docentes deverão envolver procedimentos de problematização
contextualização e interdisciplinariedade para mobilizar o aluno para o conhecimento,que
estimulem o raciocínio, a reflexão,e a critica tornando-se o sujeito do processo de
182
aprendizagem, situando-o historicamente e nas relações
políticas,sociais,econômicas,culturais, em manifestações espaciais concretas, nas
diversas escalas geográficas.
O estudo da Geografia desenvolver-se-á através aulas de campo devidamente
planejada com antecedência, pesquisas bibliográficas com temas referentes ao conteúdo
estudado. Os recursos audiovisuais ( filmes, fotografias), serão utilizados para
problematização dos conceitos da Geografia. O estudo cartográfico será gradativamente
explorado na compreensão do local ao mundial,na construção de mapas, maquetes,
plantas, leitura e interpretação de cartas e mapas. Leitura e interpretação de poesias,
letras de músicas, obras de arte para enriquecer de emoção e reflexão e análise de outros
contextos históricos.
Pesquisa e descrição de observações do dia-a-dia;analisando assim as
transformações ocorridas no seu meio, através do trabalho do homem, levando na
contribuição para a formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira
consciente e critica.
183
4 AVALIAÇÃO
A avaliação do processo ensino aprendizagem nos anos finais do ensino
fundamental seja diagnóstica, formativa, e processual deve respeitar os diferentes ritmos
de aprendizagem e uma continua ação reflexiva sobre o fazer pedagógico
A avaliação deve ser planejada de forma que o aluno possa compreender o meio
em que vive sendo capaz de identificar os diferentes fenômenos geográficos e as
paisagens que expressam diferentes temporalidades da sociedade e da natureza,
procurando adaptar-se as diferentes e constantes transformações que ocorrem no
meio .Esta proposta avaliativa deve estar bem clara para o aluno para que estes saibam
como serão avaliados em cada atividade proposta.
As técnicas e instrumentos de avaliação serão diversificados que possibilitem
varias formas de expressão dos alunos, tais como: participação do educando em
palestras, Exposição de temas, dramatizações, leitura e interpretação de textos e mapas,
produção de mapas e maquetes, leitura e interpretação de diferentes tipos de tabelas e
gráficos e avaliações. Quando o educando não atingir o resultado esperado será feito a
revisão dos conteúdos após cada avaliação, ou atividade e refazer as atividades levando
o educando a analisar e refletir o conhecimento.
184
5 REFERÊNCIAS
ALMANAQUE ABRIL.A enciclopédia da atualidade.
ATLAS Geográfico. Edição 2008
Diretrizes curriculares da Educação básica- Geografia 2008- SEED-Paraná.
CARRARO,Fernando. Atividades com mapas. FTD.VOL.2 e 4.
Programa Nacional de Educação Fiscal. Brasília. 2005. Vol.1,2,3,4
Mundo Jovem. Um jornal de idéias.Porto Alegre.RS.
Portal Dia-a dia do Professor.www seed.pr.gov.Br.portal
Secretária de Estado da Educação Superintendência da Educação.-Diretrizes
Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental.2008.
Caderno de apoio da cultura afro- brasileira e indígena ( SEED )
185
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRÍCULAR DE BIOLOGIA
PAULA FREITAS2010
186
PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da
história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre esse fenômeno,
numa tentativa de explicá-lo, mesmo tempo, compreendê-lo.
O conhecimento apresentado pela disciplina de Biologia no Ensino Médio implica
nos modelos teóricos elaborados pelo homem, que evidenciam o esforço de entender,
explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Como elemento da construção científica, a Biologia deve ser entendida e
compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento (ANDERY, 1988).
Onde, o pensamento biológico no contexto histórico, social, político e cultural em que
emergiram, os quais revolucionaram a ciência e ora compõem os conteúdos estruturantes
e os conteúdos básicos, valorizando assim a socialização dos conhecimentos da Biologia.
(Pedagogia histórica - crítica).
A tentativa de definir a VIDA tem origem desde a antiguidade, quem muito
contribuiu para o desenvolvimento da Biologia foram os Filósofos Platão (428/27 a . c. –
347 a . c.) e Aristóteles (384 a. c. – 322 a . c.).
Na História da Ciência, na Renascença (séculos XV E XVI), realizaram-se estudos
botânicos sob o enfoque descritivo, com observação direta de fontes originais, sem
preocupação em estabelecer relações entre as plantas e sua distribuição geográfica. Na
zoologia, a descrição dos animais também se desenvolveu.
Carl Von Linné (1707 – 1778), classificou os seres vivos, mas, manteve o princípio
da criação divina.
Sob a concepção descritiva, a vida era conceituada como “expressão da natureza
idealizada pelo sujeito racional” (Russ, 1994, pág 360-363).
O pensamento do Filósofo, Francis Bacon (1561 a 1626), contribuiu para uma
nova visão de Ciências, pois recuperou o domínio do homem sobre a natureza, por meio
da investigação cooperativa. Seu pensamento filosófico surgiu para se contrapor à
filosofia aristotélica, a qual influenciou por séculos o modo de entender e explicar o
mundo.
Para entender o funcionamento da vida, a Biologia fracionou os organismos vivos
187
em partes cada vez mais especializados e menores, para compreender as relações de
causa e efeito no funcionamento de cada uma delas
Na segunda metade do século XVIII: conceitos consagrados, tais como a posição
central da Terra no Universo foram desafiadas. Newton, Descartes e outros
desenvolveram teorias estritamente mecanicistas dos fenômenos físicos. Ao final do
século XVIII, o conceito de um mundo mutável foi aplicado à astronomia por Kant e
Laplace, que desenvolveram noções sobre evolução estelar; à geologia, quando vierem à
luz evidências de mudanças na crosta terrestre e da extinção das espécies; aos assuntos
humanos quando o Iluminismo introduziu idéias de progresso e aperfeiçoamentos
humanos (FUTUYMA, 1993, p.3).
No final do século XVIII e início do século XIX a imutabilidade da VIDA foi
questionada com evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Quem muito
contribuiu para isso foram Erasmus Darwin (1731 – 1802) e Jean Baptiste de Monet
(1744-1829).
No século, o britânico Charles Darwin (1809 – 1882) apresentou suas idéias sobre
a evolução das espécies, e foi o primeiro a aplicar o método hipotético-dedutivo
A abordagem evolutiva foi mais do que uma reelaboração estritamente científica
de um vasto problema, porque constituiu uma corrente de pensamento filosófico que
influenciou o contexto social, político, econômico e cultural.
Em 1865, Mendel apresentou sua pesquisa sobre transmissão de características
entre os seres vivos, baseando-se em conhecimentos desenvolvidos por outros
pesquisadores acrescidos de sua formação matemática e de cuidados especiais no
planejamento e na sua execução das experiências, realizou diversos cruzamentos entre
ervilhas para observar como as características eram transmitidas.
Houve no século XIV um grande avanço teoria celular, a partir das descrições feitas
pelo alemão Matthias Schleiden (1804 – 1881) e por Theodor Schwmann (1810 – 1882),
afirmaram que todas as coisas vivas eram compostas por células.
No Século XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel,
onde marcou a influência do pensamento biológico evolutivo.
Com os estudos de Thomas Hunt Morgan (1866 – 1945), a genética se
desenvolveu como Ciências e, aliadas aos movimentos políticos e artísticos decorrentes
das grandes guerras, promoveu uma ressignificação do darwinismo e deu força ao
processo de unificação das Ciências Biológicas.
No Brasil, a primeira tentativa de organização de ensino correspondente ao atual
188
Ensino Médio a criação do Colégio D. Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1838, com poucas
atividades didáticas nas ciências.
Na década de 1930 foi criado cursos de ciências naturais. Entretanto, o ensino de
manteve descritivo, livresco, teórico e memorístico.
Em 1950, as aulas práticas tinham como meta ilustrar as aulas teóricas.
No Brasil, criou-se o Instituto Brasileiro de Educação, Ciências e Cultura (IBECC),
em 1946, pretendendo assim melhorar a qualidade do ensino.
Na década de 1960, conforme Krasílchick (2004)..., três fatores provocaram
alterações no Ensino de Ciências no Brasil:
• O progresso da Biologia;
• A constatação internacional e nacional do Ensino da Ciência como fator de
desenvolvimento, e;
• A Lei de Diretrizes e Base da Educação nº 4.024, de dezembro de 1961.
Em 1970, sob o impacto da revolução científica-técnica, as questões ambientais
decorrentes da Industrialização desencadearam uma nova concepção sobre o ensino das
Ciências, de modo que se passou a discutir as implicações sociais do desenvolvimento.
O sistema de ensino brasileiro sofreu mudanças significativas com a promulgação
da segunda LDB, Lei 5692/71, que fixava Diretrizes e Bases do Ensino de 1º e 2º Graus.
Em 1998, foram promulgadas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio (DCNEM) - Resolução CNE/CEB 03/98 para normatizar a LDB 9394/96. O ensino
passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta na área
de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias.
Surgiu os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), enfatizaram o
desenvolvimento de competências e habilidades o que prejudicou uma abordagem mais
aprofundada dos conteúdos, provocando um esvaziamento dos conteúdos formais nas
disciplinas, o que também ocorreu no Ensino de Biologia.
No ano de 2003, percebeu-se a descaracterização do objeto de estudo da
disciplina de Biologia e a necessidade de sua retomada.
Estas Diretrizes Curriculares consideram a concepção histórica da Ciência
articulada aos princípios da Filosofia da Ciência. Ao partir da dimensão histórica da
disciplina de Biologia, foram identificados os marcos conceituais da construção do
pensamento biológico. Esses marcos foram adotados como critérios para escolha dos
conteúdos estruturantes e conteúdos básicos dos encaminhamentos metodológicos.
189
Os Conteúdos Estruturantes foram assim definidos:
• Organização dos Seres Vivos;
• Mecanismos Biológicos;
• Biodiversidade;
• Manipulação Genética.
1.1 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Consolidar e aprofundar o aprendizado iniciado no Ensino Fundamental.
Propiciar um aprendizado útil à vida e ao trabalho, no qual as informações e os
conhecimentos transmitidos se transformem em instrumentos de compreensão,
interpretação, julgamento, mudança e previsão da realidade.
Preparar o educando para a cidadania no sentido universal e não apenas
profissionalizante, aprimorando-o como ser humano sensível, solidário e consciente.
Relacionar a degradação ambiental com agravos à saúde humana, entendida esta
última como bem-estar físico, social e psicológico e não apenas como ausência de
doença.
Compreender a vida, do ponto de vista biológico, como fenômeno que se manifesta
de formas diversas, mas sempre como sistema organizado e integrado, que interage com
o meio físico-químico por meio de um ciclo de matéria e de um fluxo de energia.
Compreender a diversificação das espécies como resultado evolutivo, que inclui
dimensões temporais e espaciais.
O estudo dos sistemas biológicos, a compreensão das propriedades e do papel dos
elementos que compõem a natureza.
Discutir métodos e diferentes enfoques da pesquisa.
Destacar a necessidade de solução de problemas concretos em pesquisa,
enfatizando a importância de aplicações e utilização dos resultados no cotidiano.
Valorizar a biologia como parte da vida de cada um e entendê-la como fazendo
parte da formação do cidadão.
Através de trabalhos de campo, levar o aluno a entender que existe evolução da
espécie quando o ser humano é conseqüente e o desenvolvimento caminha junto com a
preservação do meio ambiente.
Compreender que o universo é composto por elementos que agem interativamente,
190
o que configura a natureza como algo dinâmico e o corpo como um todo.
Dar significado a conceitos científicos básicos em Biologia, como energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio dinâmico, hereditariedade e vida.
Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de
elementos da Biologia, colocando em prática, conceitos, procedimentos e atitudes
desenvolvidas no aprendizado escolar.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes de Biologia agrupam as diferentes áreas de
Biologia, e ao mesmo tempo proporcionam um novo pensar sobre a forma de relacioná-
los sem que se perca de vista o objetivo do ensino da disciplina no Ensino Médio,
procurando uma lógica que leve o professor a integrá-los e relacioná-los de maneira que o
aluno tenha uma visão mais abrangente da Biologia e não apenas de forma fragmentada
e com pouco relacionamento dos conteúdos entre si.
2.1 ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
O estudo acerca da organização dos seres vivos iniciou-se com as observações
macroscópicas dos animais e plantas ocorridas já nos primórdios de nossa civilização.
A descoberta do mundo microscópico colocou em xeque várias teorias sobre o
surgimento da vida e proporcionou estudos específicos sobre as estruturas celulares,
anatomia das células e também o aperfeiçoamento de Teorias Evolucionistas a partir do
século XVII. E no século XIX, graças a estes conhecimentos e teorias desenvolveram-se
estudos sobre embriologia que estabeleceram as bases para o estudo da Teoria Celular.
Justifica-se este conteúdo estruturante por ser a base do pensamento biológico
sobre a organização celular do ser vivo, relacionando-a com a distribuição dos seres vivos
na natureza, o que proporcionará ao aluno compreender a organização e o funcionamento
dos fenômenos vitais e estabelecer conexões com os demais conteúdos estruturantes da
disciplina.
2.2 BIODIVERSIDADE
191
A curiosidade humana sobre os fenômenos naturais e a necessidade de caçar para
se alimentar e vestir, tentar curar doenças, entre outras atividades vitais, fizeram com que
o ser humano passasse a estudar e observar a natureza. Percebe-se que as primeiras
áreas de Biologia foram à Zoologia e a Botânica, não só pela curiosidade e necessidade,
mas também pela facilidade de observação.
Justifica-se estudá-las pelos mesmos motivos dos povos antigos, que seria
conhecer a diversidade de plantas e animais que habitavam a Terra, qual sua utilidade
para nossa sobrevivência e a sobrevivência de todos os seres vivos.
Há a necessidade de se estudar outras implicações decorrentes da história da
humanidade que permeiam hoje as atividades agrícolas, de manejo de florestas, o mau
uso dos recursos naturais, a destruição das espécies de animais e vegetais, a construção
de cidades em lugares impróprios para habitação, como também a influência da
tecnologia em nosso cotidiano. É importante salientar que ao estudar biodiversidade
estaremos diante de grandes desafios frente ao progresso científico.
2.3 MECANISMOS BIOLÓGICOS
A partir do século XVII com o desenvolvimento do microscópio, a biologia celular e
molecular teve um significado avanço em suas descobertas observando uma grande
quantidade de tecidos animais e vegetais, a estrutura celular e os microorganismos.
Houve vários avanços tecnológicos decorrentes deste desenvolvimento inclusive a
formação de novas teorias sobre a origem da vida, diferentes idéias transformistas foram
se consolidando entre os cientistas, sendo o grande marco para o mundo científico e
biológico a publicação do livro “Origens das Espécies” de Charles Darwin no século XIX,
foi também nesta época que entendeu-se o papel desempenhado pelos microorganismos
no desenvolvimento de doenças infecciosas.
No século XX a descoberta do DNA foram desenvolvidas técnicas de manipulação
do material genético que permitem modificar espécies, produzir substâncias e a aplicação
de terapias gênicas para o tratamento e eliminação de doenças.
O acelerado desenvolvimento científico e tecnológico nos deixa perplexos, sem
saber exatamente até onde podemos chegar e do que realmente podemos nos apropiar,
mas por outro lado, proporcionam um enorme conhecimento sobre a natureza. O estudo
da biotecnologia, dos avanços científicos e das implicações éticas e morais na sociedade
significam oportunidade para os estudantes possam discutir questões como nutrição,
192
saúde, emprego e preservação do ambiente, que indiretamente influenciam suas vidas.
A Biologia ajuda a compreender melhor essas e outras técnicas que com certeza
vão transformar nossa vida e aprofundar o conhecimento que temos de nós mesmos e de
outras espécies, daí a importância de seu estudo, dar o mínimo de conhecimento a todas
as pessoas, para que possam opinar e criticar a utilização dessas técnicas, uma vez que
o controle delas e a aplicação destas descobertas científicas são função importante da
própria sociedade.
2.4 MANIPULAÇÃO GENÉTICA
Quanto às questões éticas, a atual discussão sobre a manipulação genética do ser
humano provoca inúmeras controvérsias sobre o uso da tecnologia e as perspectivas de
mudanças de valores morais, e devemos ser capazes de questionar, de nos manifestar
contra ou a favor de determinadas atitudes para procurar esclarecer ou resolver
problemas.
2.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia;
Mecanismos de desenvolvimento embriológico;
Teoria celular;
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
Teorias evolutivas;
Transmissão das características hereditárias;
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência
com o ambiente;
Organismos Geneticamente Modificados.
193
3. ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA
Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia, a abordagem dos
conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de modo que,
ao introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e compreender a
diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os, seja possível, também, discutir o
mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o
surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a abordagem do
conteúdo classificação dos seres vivos não restringe a um único conteúdo estruturante.
Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do trabalho poderia ser o conteúdo
específico organismos geneticamente modificados, partindo-se da compreensão das
técnicas de manipulação do DNA, comparando-as com os processos naturais que
determinam a diversidade biológica, chegando à classificação dos Seres Vivos.
Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro
conteúdos estruturantes.
Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos Sistemas que constituem os
diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos
Biológicos, incluindo-se o estruturante Organização dos Seres Vivos, mecanismos
bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das células; que permitirá estabelecer a
comparação entre os sistemas, envolvendo, inclusive a célula, seus componentes e
respectivas funções. Neste contexto, é importante que se perceba que a célula tanto pode
ser compreendida como elemento da estrutura dos seres vivos quanto um elemento que
permite observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a
abordagem do copnteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da
existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade,
envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o
meio ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres aplicação/utilização.
194
4. CONTEÚDOS DA DISCIPLINA
A partir dos conteúdos da disciplina de biologia, sugerida pela equipe disciplinar do
Departamento de Educação Básica (DEB). Nele estão presentes os conteúdos
programáticos, divididos em conteúdos estruturantes, conteúdos básicos e conteúdos
específicos por série. Entendem-se como Desafios Educacionais Contemporâneos as
demandas que possuem uma historicidade, por vezes oriundas dos anseios dos
movimentos sociais, outras vezes fruto das contradições da sociedade Capitalista e, por
isso, presentes na sociedade contemporânea. São de relevância para a comunidade
escolar, pois estão presentes nas experiências práticas, representações e identidades de
educandos e educadores.
Conteúdos Estruturantes são saberes, conhecimentos de grande amplitude, que
identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados
fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino e, quando for o caso,
de suas áreas de estudo. Para o ensino da disciplina de Biologia, constituída como
conhecimento, os conteúdos estruturantes propostos evidenciam de que modo a ciência
biológica tem influenciado a construção e a apropriação de uma concepção de mundo em
suas implicações sociais, políticas, econômicas, culturais e ambientais. Os conteúdos
estruturantes de Biologia estão relacionados à sua historicidade para que se perceba a
não-neutralidade da construção do pensamento científico e o caráter transitório do
conhecimento elaborado.
Os conteúdos básicos são9 os conhecimentos fundamentais e necessários para
cada série do Ensino Médio. O acesso a esses conhecimentos em suas respectivas
séries é direito do aluno na etapa de escolarização em que se encontra e imprescindível
para a sua formação. O trabalho pedagógico com tais conteúdos é dever do professor que
poderá acrescentar, mais jamais reduzi-los ou suprimi-los, pois eles são básicos e, por
isso9, não podem ser menos do que se apresentam.
4.1 CONTEÚDOS DA 1ª SÉRIE
02 – Aulas Semanais
Conteúdos Estruturantes
Organização dos Seres Vivos
195
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
4.1.1 Conteúdos Básicos:
Classificação dos seres vivos critérios taxonômicos e filogenéticos;
Teoria Celular,Mecanismos Celulares Biofísicos e Bioquímicos;
Mecanismos de Desenvolvimento Embriológico;
Transmissão das Características Hereditárias;
Organismos Geneticamente Modificados
4.1.2 Conteúdos Específicos
1. Composição química dos seres vivos;
2. Reprodução;
3. Evolução;
4. Metabolismo;
5. Irritabilidade;
6. Ciclo vital;
7. Níveis de organização dos seres vivos;
8. Estudo da Célula;
9. Estrutura e Composição Celular;
10. O Citoplasma;
11. Retículo Endoplasmático;
12. Ribossomos;
13. Complexo de Golgi;
14. Lisossomos;
15. Vacúolos;
16. Plastos;
17. Fotossíntese;
18. Mitocôndrias;
19. Respiração Celular: Anaeróbia e Aeróbia;
20. Núcleo Celular;
196
21. Cromatina;
22. Cromossomos;
23. Divisão Celular;
24. Mitose;
25. Meiose;
26. Cromossomos, genes e DNA;
27. Duplicação do DNA;
28. Síntese do RNA: Transcrição genética;
29. O Código Genético;
30. Síntese de proteínas: Tradução
31. Histologia; Conceito de Tecido;
32. Tecidos Animais;
33. Tecidos: Epitelial; Conjuntivo; Muscular e Nervoso;
34. Tecidos Vegetais
35. Trangênia em Plantas;
36. Gametogênese;
37. Reprodução Assexuada e Sexuada;
38. Reprodução Humana;
39. Aparelho Reprodutor Masculino e Feminino;
40. Embriologia;
41. O que é Biologia;
42. Principais divisões da Biologia;
43. Origem do Universo;
44. Teoria do Big-Bang;
45. Origem da Terra;
46. Origem da Vida;
47. Evolução Pré-Biológica;
48. Abiogênese;
49. Biogênese
4.2 CONTEÚDOS – 2ª SÉRIE
02 Aulas - Semanais
197
4.2.1 Conteúdos Estruturantes:
1. Organização dos seres vivos;
2. Mecanismos biológicos;
3. Biodiversidade;
4. Implicação dos avanços Biológicos.
4.2.2 Conteúdos Básicos:
1. Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;
2. Organismos Geneticamente Modificados;
3. Sistemas Biológicos; Anatomia, Morfologia, Fisiologia
4.2.3 Conteúdos Específicos:
1. Critérios Básicos;
2. Grupos Taxonômicos;
3. Regras de Nomenclaturas;
4. Vírus;
5. Reino Monera;
6. Reino Protista;
7. Algas;
8. Reino Fungi;
9. Reino Plantae;
10. Briófitas;
11. Pteridófitas;
12. Espermatófitos;
13. Reino Animália;
14. Caracterização e Fisiologia dos Grandes Grupos de Animais;
15. Poríferos;
16. Cnidários;
17. Platelmintos;
18. Nematelmintos;
19. Anelídeos;
20. Moluscos;
21. Artrópodes; Insetos ; Crustáceos; Aracnídeos;
198
22. Diplópodes e Quilópodes;
23. Equinodermos;
24. Cordados;
25. Protocordados;
26. Vertebrados;
27. Peixes;
28. Anfíbios;
29. Répteis;
30. Aves;
31. Mamíferos;
32. Trangênia em Animais;
33. Digestão;
34. Respiração;
35. Circulação;
36. Excreção;
37. Locomoção;
38. Órgãos dos Sentidos;
39. Sistema Endócrino;
40. Sistema Nervoso
CONTEÚDOS – 3ª SÉRIE
02 – Aulas Semanais
4.3.1 Conteúdos Estruturantes:
1. Mecanismos biológicos;
2. Biodiversidade;
3. Manipulação Gênica
4.3.2 Conteúdos Básicos:
1. Transmissão das Características Hereditárias;
2. Teorias Evolutivas;
3. Dinâmica dos Ecossistemas: Relações entre os Seres Vivos e a Interdependência
199
com o Ambiente;
4. Organismos Geneticamente Modificados
4.3.3 Conteúdos Específicos
1. Núcleo Celular; Mitose e Meiose;
2. Ácidos Nucléicos;
3. Estrutura do DNA;
4. Duplicação do DNA;
5. Tipos de RNA;
6. Síntese de Proteínas;
7. Códons e Anticódons;
8. Introdução á Genética;
9. Conceitos da Genética;
10. Histórico da Genética;
11. Terminologia Genética;
12. Alelos Dominantes e Recessivos;
13. A Primeira Lei de Mendel;
14. Codominância;
15. Cruzamentos testes em Genética;
16. Dihibridismo;
17. A Segunda Lei de Mendel;
18. Interação Gênica;
19. Teoria Cromossômica da Herança;
20. Genética do Sistema ABO;
21. Genética do Sistema Rh;
22. Herança ligada ao sexo;
23. Daltonismo;
24. Hemofilia;
25. Herança restrita e influenciada ao sexo;
26. Aberrações Cromossômicas;
27. Histórico das Idéias Evolucionistas;
28. Teoria Evolucionista de Lamark;
29. Teoria Evolucionista de Darwin e Wallace;
200
30. Moderna Teoria da Evolução;
31. Evolução Humana;
32. De acordo com a Lei 10639/03 e Lei 11645/08, História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana e História e Cultura dos Povos Indígenas;
33. Importância da Ecologia;
34. Os Componentes Estruturais de um ecossistema;
35. Cadeia e Rede Alimentar;
36. Os Níveis Tróficos;
37. Habitat e Nicho Ecológico;
38. Fluxo de Energia e Ciclo da Matéria;
39. Relações Intra-Específicas;
40. Relações Interespecíficas;
41. A Dinâmica das Comunidades;
42. Ecossistemas Aquáticos;
43. Biomas Terrestres;
44. De acordo com a Lei 9795/99: Política Nacional da Educação Ambiental;
45. Transgênicos.
Obs. Os conteúdos sobre a implicação dos avanços biológicos no fenômeno VIDA,
serão trabalhados de forma integrada com o conteúdo específico.
Neste contexto poderão ser estudados os avanços biotecnológicos como a
fertilização in vitro, células - tronco, clonagem, eutanásia, transgênicos entre outros
201
5. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A construção de uma nova sociedade passa por uma nova visão de saber, neste
final de milênio não há espaço na sociedade para homem que não possui uma visão
científica do mundo. Não se pode construir o saber de modo secionado, mas buscar a
compreensão do total conhecimento através de uma educação interdisciplinar. O currículo
deve partir da realidade do aluno, pois cada um já traz sua bagagem de aprendizado
científico e metodológico. É necessário observar as necessidades, interesses e histórias
da vivência aluno/professor e assim chegar a compreensão crítica dos problemas,
buscando meios para solucioná-los. É fundamental a metodologia variada, onde os
conteúdos teóricos devem ter uma investigação ativa do meio natural ou social, visando
com isto a vantagem do aprendizado significativo, através de visitas de campo,
entrevistas, visitas industriais, excursões ambientais para um rápido conhecimento,
levando assim o aluno a uma aproximação do mundo real, deixando de lado o
conhecimento abstrato.
As experiências realizadas por alunos devem ter valor fundamental como base
para novas descobertas, originando assim debates, discussões e argumentações. Através
dessa formação é possível iniciar a construção de novos cientistas, que terão condições
de elaborar projetos para melhoria de condições de vida na sociedade. Esses
conhecimentos levam o aluno a desenvolver o saber matemático, científico e tecnológico
como condição de cidadania e não como prerrogativa de especialistas.
202
6 AVALIAÇÃO
A avaliação é uma atividade vinculada ao processo de ensino-aprendizagem sendo
constante na vida das pessoas, somos avaliados a todo instante por nossos semelhantes,
seja através de nossas ações, comportamentos, atitudes, etc.
Na escola o processo de avaliação é também imprescindível para que o aluno e o
professor possam quantificar e analisar se esta ou não ocorrendo o aprendizado. A
avaliação muitas vezes está sendo usada meramente como um instrumento para
classificar os alunos, aferir resultados e tentar quantificar os conhecimentos assimilados
pelos alunos, o que muitas vezes mostra-se ineficiente, uma vez que as avaliações
usadas tendem a não contemplarem todos os aspectos necessários de serem avaliados.
Assim, é necessário estabelecer parâmetros para uma avaliação mais competente
e que realmente demonstre o grau de sucesso que tanto o professor como o aluno está
alcançando. Assim a avaliação deve ser um processo contínuo, sistemático que forneça
um diagnóstico da aprendizagem do aluno, em que este se identifique, compreenda e
formule conceitos através de textos e objetivos; a avaliação deve ser orientada, pois deve
permitir ao aluno conhecer os erros e corrigi-los, priorizando assim a retomada de
conceitos pendentes de forma diferenciada de modo a suprir dificuldades, tornando o
aluno parte efetiva do processo ensino e aprendizagem.
6.1 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
1ª SÉRIE
Espera-se que o aluno:
Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e plurecelular),
tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia
(autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);
Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,
reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;
Diferencie os tipos de divisão celular: Mitose e Meiose;
Conheça a composição química dos ácidos nucléicos;
Compreenda os processos de duplicação, transcrição e tradução9;
203
Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais
freqüentes nos sistemas biológicos (histologia);
Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida;
Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os
seres vivos;
Compreenda os processos de gametogênese, fecundação, organogênese,
embriogênese. Além de anatomia e fisiologia dos sistemas reprodutores masculinos e
femininos, regulação hormonal, métodos anticoncepcionais.
2ª SÉRIE
Espera-se que o aluno:
Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
Estabeleça as características específicas dos microrganismos, dos organismos
vegetais e animais e dos vírus;
Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelulares e
pluricelulares), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção
de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);
Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e
molecular) dos seres vivos;
Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas
biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,
esquelético, excretor, sensorial e nervoso).
3ª SÉRIE
Espera-se que o aluno:
Diferencie os tipos de divisão celular: Mitose e Meiose;
Conheça a composição química dos ácidos nucléicos;
Compreenda os processos de duplicação, transcrição e tradução;
Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das
espécies;
Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade
204
dos seres vivos;
Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os
seres vivos;
Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as
relações existentes entre estes;
Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do
equilíbrio dos ecossistemas;
Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes como
meio em que vivem;
Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e dos seus
resultados decorrentes;
Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos
biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de
problemas sócio-ambientais;
Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem
na diversidade biológica;
Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da
pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.
6.2 Instrumentos de Avaliação
Também, obedecendo às normas vigentes, é preciso que haja uma quantificação
através de atribuições de notas aos resultados demonstrados com as avaliações, portanto
esta quantificação da avaliação será executada através da realização de provas escritas,
trabalhos de pesquisas, tarefas realizadas em classe, trabalho em grupo. Enfim, a
avaliação como instrumento analítico prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas
e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que os professores e alunos se tornam
observadores dos avanços e dificuldades, a fim de superarem os obstáculos existentes,
sendo o uso dos seguintes instrumentos de avaliação:
Provas orais e escritas;
Debates;
Pesquisas Orientadas Individuais;
Pesquisas Orientadas em Grupo;
Testes;
205
Atividades Avaliativas;
Seminários e Conferências;
Produção e apresentação de cartazes, maquetes ou outras produções que
demonstrem a apreensão do aluno sobre o conteúdo trabalhado e em campanhas de
saúde cujos temas estejam relacionados à saúde, ao meio ambiente ou qualquer outro
Desafio Contemporâneo;
Produção de textos individuais e coletivos;
Trabalhos realizados em Feiras de Ciências e Culturais;
Produção e apresentação de mini projetos;
Elaboração de relatórios a partir de aulas práticas em laboratórios de informática e
de Ciências;
Documentários e filmes na TV Pendrive, DVDs, com temas direcionados .
Enfim, a avaliação será um instrumento refletivo onde prevê um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Onde o
professor se torna um observador dos avanços e dificuldades de superar os obstáculos.
206
7. REFERÊNCIAS
LOPES, Sônia, Biologia Essencial. São Paulo: Editora Saraiva.
PAULINO, Biologia. São Paulo: Editora Ática.
Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio - Versão preliminar – julho-2008.
PPP – Projeto Político Pedagógico – COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA .
CARVALHO, Wanderley. Biologia em foco. Vol. Único. São Paulo FTD 2002.
DIAS, Paschoarelli Diarone, Biologia Viva. vol. Único. São Paulo: Moderna, 1996.
207
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR_LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA_INGLÊS
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Paula Freitas – PR2010
208
PROPOSTA CURRICULAR_LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA_INGLÊS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O processo de ensino/aprendizagem no Brasil sofre constantes mudanças
cotidianamente para atender as expectativas e necessidades da sociedade. Já no início
da colonização houve a preocupação do Estado português em promover a educação para
facilitar a dominação e expandir o catolicismo. Assim coube aos jesuítas a função de
ensinar o latim aos gentios. Com a chegada da família real ao Brasil, passou a ser
valorizado o ensino de línguas. Surgindo então os primeiros professores de Inglês e
Francês com o objetivo de melhorar a instrução pública e atender às necessidades do
comércio. Esse ensino era voltado para a Abordagem Tradicional privilegiando a escrita e
o estudo da gramática. A partir do século XIX, Saussure estabelece a oposição entre
“langue” e “parole”, surgindo então elementos possíveis para a análise da língua.
Fundamentando assim o estruturalismo. Devido a várias questões sociais, econômicas e
políticas, muitos imigrantes vieram para o Brasil em busca de melhores condições de
vida. Essas colônias que se formaram no Brasil, tentavam preservar suas culturas,
organizando-se muitas vezes até para manter as escolas de seus filhos, uma vez que o
Estado brasileiro não ofertava atendimento escolar a todos. Devido a isso, o currículo era
centrado no ensino de língua e da cultura dos ascendentes das crianças.
No Paraná, as colônias que prevaleciam eram de italianos, alemães, ucranianos,
russos e japoneses, muitas vezes, o ensino da Língua Portuguesa era tido como língua
estrangeira. Em 1917, com a concepção nacionalista, a educação passou a ser
solidificada valorizando o espírito nacional, assim as escolas estrangeiras ou de
imigrantes foram fechadas e então foram criadas primárias sob a responsabilidade dos
estados. Neste contexto, em 1931, foi iniciada a reforma do sistema de ensino para
encaminhar o país ao crescimento econômico, surgindo assim o Método Direto, vindo de
encontro aos novos anseios sociais, impulsionando as habilidades orais. Perdendo aqui a
língua materna seu papel de mediadora, e todo o processo passou a ser voltado para o
acesso direto da língua, sem intervenção da tradução.
Desta forma, o MEC passou a privilegiar, nos currículos oficiais, conteúdos que
fortaleciam e valorizavam a identidade nacional. Resultando assim na aversão ao
209
estrangeirismo, onde muitas escolas foram fechadas ou perderam sua autonomia. Com a
Reforma Capanema de 1942, o currículo oficial solidifica ideais nacionalistas. Com a
divisão do curso secundário em ginasial e colegial, o prestígio das línguas estrangeiras foi
mantido apenas no ginásio. Sendo que o MEC era responsável por indicar aos
estabelecimentos de ensino o idioma a ser ensinado nas escolas.
Após a Segunda Guerra Mundial, intensificou-se a necessidade de se aprender
inglês, quando o ensino ganhou, cada vez mais, espaço no currículo, em detrimento do
francês. Nos anos 50, com o desenvolvimento da linguística, surgiram mudanças
significativas quanto aos métodos de ensino. Quando os linguistas Bloomfield, Fries,
Lado, dentre outros, baseados nos estudos da escola Behaviorista, trabalhavam a língua
a partir da forma para se chegar ao significado. Surgindo assim os métodos audiovisual e
áudio-oral, com o intuito de formar rapidamente falantes de uma segunda língua.
A partir da década de 60, com base na psicologia cognitiva, a validade da teoria
Behaviorista passou a ser questionada. Então, sob as idéias de Chomsky (1965), surge a
Gramática Gerativa Transformacional que reestruturou a visão da língua e de sua
aquisição. Nos anos 70, Piaget desenvolveu a abordagem cognitiva construtivista, na qual
a aquisição da língua resulta na interação entre o organismo e o ambiente, através do
desenvolvimento da inteligência. Desde a década de 50, o sistema educacional brasileiro
era voltado ao mercado de trabalho (ensino técnico), com o intuito de formar profissionais
capazes de trazer mudanças ao país. Acarretando assim a diminuição da carga horária
das línguas estrangeiras. A LDB – 4.024 de 1961 – determinou a retirada da
obrigatoriedade do ensino de LE. Mesmo assim, a língua inglesa não perdeu a sua
valorização devido às demandas do mercado de trabalho. Com a reforma da LDB –
através da Lei 5692/71 – houve a desobrigação da inclusão de línguas estrangeiras no
currículo de 1º e 2º Graus. Tornando-se, desta forma, o ensino de LE um privilégio das
classes abastadas.
Em 1976, o ensino da LE volta a ser valorizado desde que em condições favoráveis
na escola. Isso fez com que muitas escolas suprimissem a língua estrangeira ou
reduzissem seu ensino para uma hora semanal. Ofertando apenas um único idioma.
No Paraná, iniciou-se um movimento de professores de LE pelo retorno da
pluralidade da oferta de línguas estrangeiras nas escolas públicas. Surgindo assim, a
partir de 1986, os Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEMS).
Com as constantes necessidades de mudanças metodológicas, surgiram novas
abordagens, baseadas no conceito de competência comunicativa, englobando as quatro
210
habilidades: leitura, escrita, fala e audição. A partir das idéias de Paulo Freire de 1990, a
abordagem comunicativa passou a ser criticada, dando vazão ao campo da pedagogia
crítica, com a análise do discurso, onde o foco até então, centrado na gramática, passou
para o texto.
Em 1996, a LDB – Lei de nº 9.394/96 – determinou a oferta obrigatória de pelo
menos uma língua estrangeira moderna, no ensino Fundamental partir da 5.ª série, onde
a escolha do idioma fica a cargo da comunidade escolar. Já no Ensino Médio, a lei
determina a inclusão de uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória,
também escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro
das disponibilidades da instituição.
Observando todo o processo histórico do ensino da língua estrangeira, em nosso
país, desde a implantação até os dias de hoje, deparamo-nos frente a novos enfoques
teóricos, que se interessam pela análise do discurso a partir da perspectiva de interação
social. Como afirma Paulo Freire: - “não há cultura nem história imóveis”.
Dessa forma, o ensino de LE voltar-se-á para o desenvolvimento dos conteúdos
estruturantes, como prática social, favorecendo, desta forma, o uso da língua nessa
perspectiva interativa. Esses conhecimentos de maior amplitude, do ponto de vista do
processo dialógico, dialogam e relacionam-se continuamente uns com os outros, o que
vai possibilitar uma abordagem do discurso na sua totalidade, garantindo assim a
compreensão e expressão do aluno, através das seguintes práticas: leitura, escrita e
oralidade. Recaindo, desta forma, o foco do trabalho dirigido para a necessidade dos
sujeitos interagirem ativamente dentro de diferentes formas discursivas.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O inglês é um idioma de fundamental importância no mundo globalizado de hoje.
Cada vez mais pessoas estudam e falam inglês em todo o mundo.
Já há algum tempo, o inglês tornou-se um dos principais veículos de comunicação
nos meios diplomáticos, no comércio mundial, nas competições esportivas, no turismo,
nos encontros de líderes políticos mundiais, nos congressos sobre ciência, tecnologia,
arte, etc. Por isso é de suma importância o aluno conhecer a Língua Inglesa para não se
sentir isolado, fazendo-o integrar-se no mundo atual, caracterizado pelo avanço
tecnológico e pelo grande intercãmbio entre os povos.
211
As aulas de L.E. M (Língua Estrangeira Moderna) configuram-se como espaços
nas quais identidades são construídas pela forma como as interações entre professores e
alunos são organizadas pelas representações e visões de mundo, que vão sendo
reveladas no dia a dia. Objetiva-se que os alunos possam analisar de tudo, e
desenvolvam sua consciência crítica a respeito do papel das L.E.M na sociedade
contemporânea. Por esse motivo e de grande relevância| que o aluno esteja inteirado com
a L.E. M, sendo função do professor desenvolver a autoconfiança dos mesmos para que
acreditem na capacidade de aprender, vindo a demonstrar, através de práticas diversas, o
domínio da língua oral, da escrita e da leitura. Para que ocorram estes domínios torna-se
fundamental a mediação do professor em todo esse percurso de aprendizagem, que
abrange ainda o desenvolvimento de atitudes que refletirão na vida social do aluno.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
Os conteúdos específicos serão desdobrados a partir do conteúdo estruturante
com referência de diferentes textos discursivos, contemplando uma análise dialógica dos
elementos do texto, sendo observada e respeitada a diversidade textual, bem como o
princípio da continuidade. Nesta seleção de textos não serão levados em conta os
objetivos linguísticos, mas sim, com fins educativos, contemplando as necessidades e os
interesses dos alunos. Possibilitando, desta forma, relações coletivas e individuais na
construção do conhecimento.
O texto, desta forma, será uma unidade de comunicação verbal que pode ser
escrita, oral ou visual; como ponto de partida da aula de língua estrangeira. Tendo em
vista a concepção discursiva da língua, não segmentada em habilidades, consideram-se
que tais práticas não se separam em situações concretas de comunicação e, logicamente,
naquelas efetivadas em sala de aula.
Os conceitos propostos poderão ser trabalhados em todas as séries, devendo-se
apenas observar o nível/maturidade, bem como, os conhecimentos de mundo dos alunos
e a necessidade de aprofundamento em determinados temas/assuntos.
• Prática de leitura, escrita e oralidade.
• Identificação de diferentes gêneros textuais, informativos, narrativos, descritivos,
poesias, tiras humorísticas, correspondência, receitas, bula de remédios, manuais,
folders, outdoors, placas de sinalização, etc.
• Identificação de elementos coesivos e marcadores do discurso como responsáveis
212
pela progressão textual, encadeamento das idéias e coerência do texto.
• Reconhecimento de variedades linguísticas,: diferentes registros e graus de
formalidade.
• Identificação da idéia principal dos textos (skimming).
• Identificação de idéias específicas em textos (scanning).
• Identificação de informações expressas em diferentes formas de linguagem (verbal
e não-verbal).
• Interferência de significados a partir de um contexto.
• Trabalho com cognatos / falsos cognatos, afixos, grupos nominais.
• Textos (escritos, orais, visuais, dentre outros).
• Os conhecimentos linguísticos poderão estar presentes em qualquer momento do
processo de aprendizagem independente de série, desde que seja respeitado o critério de
continuidade, necessidade e aprofundamento dialógico.
• Reconhecer a diversidade cultural: interna e externa, ou seja, entre comunidades
de língua estrangeira e/ou as de língua materna e, ainda, dentro de uma mesma
comunidade.
Ensino Fundamental5ª Série:
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos Abordagem Teórico/ metodológica
Avaliação
Discurso como prática
social
Leitura• Identificação do tema, do
argumento principal.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade
e intertextualidade do texto.
• Linguagem não verbal.
Práticas de leitura de textos de diferentes
gêneros.
Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos,
quadrinhos...) para interpretação de textos.
Análise dos textos levando em consideração a
complexidade dos mesmos.
Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto.
Leitura de outros textos para a observação das
relações dialógicas.
Realizar leitura compreensiva do texto,
levando em consideração a sua condição de
produção.
Localizar informações explícitas no texto.
Emitir opiniões a respeito do que leu.
Conhecer e utilizar a língua estudada como
instrumento de acesso a informações de outras
culturas e de outros grupos sociais.
Oralidade Apresentação de pequenos Utilizar seu discurso de
213
Variedades lingüísticas.
Intencionalidade do texto.
Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada
em diferentes países.
textos produzidos pelos alunos.
Seleção de discursos de outros como: entrevista,
cenas de desenhos, reportagem.
Análise dos recursos próprios da oralidade.
Dramatização de pequenos diálogos.
acordo com a situação de produção.(formal e
informal)
Apresentar clareza nas ideias.
EscritaV) Adequação ao gênero:
elementos composicionais,
elementos formais e marcas linguísticas.
W) Clareza de ideias.
Discussão sobre o tema a ser produzido.
Leitura de textos sobre o tema.
Produção textual.
Revisão textual.
Reestrutura e reescrita textual.
Produzir textos atendendo as
circunstâncias de produção proposta.
Diferenciar a linguagem formal da informal.
Análise LingüísticaCoesão e coerência.
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas, substantivos,
preposições,verbos, concordância verbal e nominal e outras
categorias como elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Vocabulário.
Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:
- de gêneros selecionados
para leitura ou
escrita. - de textos
produzidos pelos alunos
- - das dificuldades apresentadas
pela turma.
Leitura de textos diversos que permitam ampliar o
domínio da língua.
Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos,
como o uso da pontuação, o uso do
artigo, dos pronomes,etc.
Conhecer e ampliar o vocabulário.
Sugestões de gêneros discursivos para a 5ª série: história em quadrinho, piada, poemas, exposição oral ( diálogos), comercial de TV, diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, horóscopo, carta, textos midiáticos, e-mail,
cartaz, lista de compras, avisos, música, etc.
6ª série
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos Abordagem teórico/ metodológica
Avaliação
Discurso como prática social
LeituraIdentificação do tema, do
argumento principal.
Interpretação observando:
Práticas de leitura de textos de diferentes
gêneros.
Inferências de informações
Realizar leitura compreensiva do texto,
levando em consideração a sua condição de
produção.
214
conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade
e intertextualidade do texto.
Linguagem não verbal.
implícitas.
Utilização de materiais diversos ( fotos, gráficos,
quadrinhos...)para interpretação de
textos.
Análise dos textos, levando em consideração o grau de
complexidade dos mesmos.
Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto.
Leitura de outros textos para a observação das
relações dialógicas.
Localizar informações explícitas no texto.
Emitir opiniões a respeito do que leu.
Conhecer e utilizar a língua estudada como
instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros
grupos sociais.
Refletir e transformar o seu conhecimento,
relacionando as novas informações aos saberes
já adquiridos.
Oralidade
Variedades lingüísticas.
Intencionalidade do texto.
Exemplos de pronúncias e de uso de vocábulos da língua
estudada em diferentes países.
Apresentação de textos produzidos pelos alunos.
Seleção de discursos de outros como: entrevista,
cenas de desenhos, reportagem.
Análise dos recursos próprios da oralidade.
Dramatização .
Utilizar seu discurso de acordo com a situação de
produção. (formal e informal).
Apresentar clareza nas idéias.
EscritaAdequação ao gênero:
elementos composicionais, elementos formais e marcas
lingüísticas.
Clareza de idéias.
Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Discussão sobre o tema a ser produzido.
Leitura de textos sobre o tema.
Produção textual.
Revisão textual.
Reestrutura e reescrita textual.
Produzir textos atendendo as
circunstâncias de produção proposta.
Diferenciar a linguagem formal da informal.
Testes objetivos e subjetivos referentes aos textos ou sobre noções
gramaticais e vocabulários
.
Análise LinguísticaCoesão e coerência.
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos,
palavras interrogativas, advérbios, preposições,
verbos, substantivos, substantivos contáveis e
incontáveis, concordância
Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:
- de gêneros selecionados
para leitura ou
escrita. - de textos
produzidos pelos alunos.
Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos,
como o uso da pontuação, do artigo, dos
pronomes, etc.
Ampliar o vocabulário.
Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de
215
verbal e nominal e outras categorias como elementos
do texto.
Vocabulário.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
- das dificuldades apresentadas
pela turma.
Leitura de textos diversos que permitam ampliar o
domínio da língua.
tempo e modo.
Sugestões de gêneros para a 6ª série: entrevista, notícia, música, tiras,textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios, diário, cartoon, narrativa, música, etc.
7ª série
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos Abordagem teórico/ metodológica
Avaliação
Discurso como prática social
LeituraIdentificação do tema, do argumento principal e dos
secundários.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte,
intencionalidade e intertextualidade do texto.
Linguagem não-verbal.
Práticas de leitura de textos de diferentes
gêneros.
Inferências de informações implícitas.
Utilização de materiais diversos ( fotos, gráficos,
quadrinhos...) para interpretação de textos.
Análise dos textos visando reflexão e
transformação.
Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto.
Leitura de outros textos para a observação das
relações dialógicas.
Realizar leitura compreensiva do texto,
levando em consideração a sua condição de
produção.
Localizar informações explícitas e implícitas no
texto.
Emitir opiniões a respeito do que leu.
Ampliar,no indivíduo, o seu horizonte de
expectativas.
Conhecer e utilizar a língua estudada como
instrumento de acesso a informações de outras
culturas e de outros grupos sociais.
Refletir e transformar o seu conhecimento,
relacionando as novas informações aos saberes
já adquiridos.
Oralidade
Variedades lingüísticas.
Intencionalidade do texto.
Exemplos de pronúncias e de vocábulos da
língua estudada em diferentes
Apresentação de textos produzidos pelos alunos.
Seleção de discursos de outros, como: entrevista,
cenas de desenhos, recortes de filmes,
reportagem.
Utilizar seu discurso de acordo com a situação de
produção(formal, informal).
Apresentar clareza nas idéias.
216
países. Análise dos recursos próprios da oralidade.
Dramatização.
Desenvolver a oralidade através da sua prática.
EscritaAdequação ao gênero:
elementos composicionais, elementos formais e marcas
lingüísticas.
Clareza de idéias.
Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Coerência com o tipo de situação.
Unidade temática.
Discussão sobre o tema a ser produzido.
Leitura de textos sobre o tema.
Produção textual.
Revisão textual.
Reestrutura e reescrita textual.
Produzir textos atendendo as
circunstâncias de produção proposta.
Diferenciar a linguagem formal da informal.
Testes baseados nos conteúdos
estruturantes de cada unidade.
Análise LinguísticaCoesão e coerência.
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições, advérbios,
locuções adverbiais, palavras interrogativas,substantivos,
substantivos contáveis e incontáveis, question tags,
falsos cognatos, conjunções, e outras categorias como
elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Vocabulário.
Estudo dos conhecimentos
lingüísticos a partir: -de gêneros selecionados
para leitura ou
escrita. - de textos
produzidos pelos alunos.
- das dificuldades
apresentadas pela
turma.
Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da
língua.
Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos,
como o uso da pontuação, do artigo, dos
pronomes, etc.
Ampliar o léxico através de exercícios propostos.
Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de
tempo e modo.
Distinguir os graus do adjetivo, bem como seu
uso.
Identificar gêneros textuais.
Identificar verbos irregulares no passado e
futuro.
Sugestões de Gêneros discursivos para a 7ª série: reportagem, slogan,sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio publicitário, outdoor, blog, etc.
8ª Série:
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos Abordagem teórico/ metodológica
Avaliação
217
Discurso como prática social
LeituraIdentificação do tema, do argumento principal e dos
secundários.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte,
intencionalidade e intertextualidade do texto.
Linguagem não-verbal.
Realização de leitura não linear dos diversos textos.
Práticas de leitura de textos de diferentes
gêneros.
Inferências de informações implícitas.
Utilização de materiais diversos ( fotos, gráficos,
quadrinhos...)para interpretação de textos.
Análise dos textos, levando em consideração o grau de complexidade
dos mesmos.
Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto.
Leitura de outros textos, através de pesquisas, para a observação das relações
dialógicas.
Realizar leitura compreensiva do texto,
levando em consideração a sua
condição de produção.
Localizar informações explícitas e implícitas
no texto.
Emitir opiniões a respeito do que leu.
Ampliar, no individuo, o seu horizonte de
expectativas.
Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso
a informações de outras culturas e de outros
grupos sociais.
OralidadeVariedades lingüísticas.
Intencionalidade do texto.
Exemplos de pronúncias e de vocábulos da língua estudada
em países diversos.
Finalidade do texto oral.
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Apresentação de textos produzidos pelos alunos.
Seleção de discursos de outros, como: entrevista,
cenas de desenhos, recortes de filmes,
documentários, reportagem,etc.
Análise dos recursos próprios da oralidade.
Dramatização de textos.
Reconhecer as variantes lexicais.
Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal,
informal).
Apresentar clareza nas idéias.
Desenvolver a oralidade através de
sua prática.
EscritaAdequação ao gênero:
elementos composicionais, elementos formais e marcas
lingüísticas.
Paragrafação.
Clareza de idéias.
Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Discussão sobre o tema a ser produzido.
Leitura de textos sobre o tema.
Produção textual.
Revisão textual.
Reestrutura e reescrita textual.
Produzir textos atendendo as
circunstâncias de produção proposta.
Diferenciar a linguagem formal da informal.
Estabelecer relações entre partes do texto,
identificando repetições ou substituições.
218
Análise LinguísticaCoesão e coerência.
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições, advérbios,
locuções adverbiais, palavras interrogativas,substantivos, su-
bstantivos contáveis e incontáveis, question tags,
falsos cognatos, conjunções, e outras categorias como
elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Vocabulário.
Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:
- de gêneros selecionados
para leitura ou
escrita. - de textos
produzidos pelos alunos.
- das dificuldades apresentadas
pela turma.
Leitura de textos diversos que permitam ampliar o
domínio da língua.
Utilizar, adequadamente
recursos lingüísticos, como o uso da
pontuação, do artigo, dos pronomes, etc.
Ampliar o vocabulário.
Utilizar as flexões verbais para
indicar diferenças de
tempo e modo.
Sugestões de gêneros discursivos para a 8ª série: reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas, charges, entrevistas, depoimentos, narrativa, imagens,etc.
Ensino Médio
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos Abordagem teórico/ metodológica
Avaliação
Discurso como prática social
LeituraIdentificação do tema, do argumento principal e dos
secundários.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte,
intencionalidadee intertextualidade do texto.
Linguagem não-verbal.
As particularidades do texto em registro formal e informal.
Finalidades do texto.
Estética do texto literário.
Realização de leitura não lineardos diversos textos.
Práticas de leitura de textos de diferentes
gêneros.
Relevância dos conhecimentos prévio dos
alunos.
Inferências de informações implícitas.
Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos,
quadrinhos...)para interpretação de textos.
Análise dos textos, levando em consideração o grau de
complexidade dos mesmos.
Questões que levam o aluno a interpretar ,
compreender e refletir sobre o texto.
Leitura de outros textos, através de pesquisa, para
Realizar leitura compreensiva do texto,
considerando a construção de
significados possíveis e a sua condição de
produção.
Perceber informações explícitas e implícitas no
texto.
Argumentar a respeito do que leu.
Ampliar, no indivíduo, o seu horizonte de
expectativas.
Estabelecer relações dialógicas entre os diferentes textos.
Conhecer e utilizar a
língua estudada como instrumento de acesso a informações de outras
culturas e de outros
219
a observação das relações dialógicas.
grupos sociais.
Oralidade
Variedades linguísticas.
Intencionalidade do texto.
Particularidade de pronúncias da língua estudada em
diferentes países.
Finalidade do texto oral.
Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos.
Apresentação de textos produzidos pelos alunos.
Seleção de discursos de outros como: entrevista,
cenas de desenhos, reportagens, recortes de
filmes, documentários, etc.
Análise dos recursos próprios da oralidade.
Dramatização de textos.
Reconhecer as variantes lexicais.
Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal ,
informal).
Apresentar clareza nas idéias.
Desenvolver a oralidade através da sua prática.
Escrita
Adequação ao gênero: elementos composicionais,
elementos formais e marcas linguísticas.
Paragrafação.
Clareza de ideias.
Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Discussão sobre o tema a ser produzido.
Leitura de textos sobre o tema.
Produção textual.
Revisão textual.
Reestrutura e reescrita textual.
Produzir e demonstrar na produção textual, a
construção de significados.
Produzir textos atendendo as
circunstâncias de produção proposta.
Diferenciar a linguagem formal da informal.
Estabelecer relações entre partes do texto,
identificando repetições ou substituições.
Análise Linguística
Coesão e coerência.
Função dos pronomes, artigos,adjetivos, numerais
preposições, advérbios,locuções adverbiais,
conjunções, verbos, palavras interrogativas,
substantivos, substantivos contáveis e
incontáveis, falsos cognatos, discurso direto e indireto, vozes
verbais, verbos modais, concordância verbal e nominal, orações condicionais, phrasal
verbs e outras categorias como
Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:
- de gêneros selecionados
para leitura ou
escrita. - de textos
produzidos pelos alunos.
- das dificuldades apresentadas
pela turma.
Leitura de textos diversos que permitam ampliar o
domínio da língua.
Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos,
como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes, etc.
Ampliar o vocabulário.
Utilizar as flexões verbais para indicar
diferenças de tempo e modo.
220
elementos do texto.
Vocabulário.
Sugestões de gêneros discursivos para o Ensino Médio: crônica, lendas, contos,poemas,fábulas, biografias, classificados, notícias, reportagem, entrevistas, cartas, artigos de opinião, resumo, textos midiáticos, palestra, piadas, debates, folhetos, horóscopo, provérbios, charges, tiras,etc.
A diversidade de gêneros discursivos deve estar contemplada em todas as séries do Ensino Fundamental e do Médio. Ressalta-se que a diferença significativa entre as séries está no grau de complexidade dos textos e de sua abordagem.
A partir do texto escolhido para desenvolver as práticas discursivas, definem-se os conteúdos específicos a serem estudados, norteados pelo gênero do texto. A cultura Afro-brasileira e Africana e a Cultura Indígena devem ser contempladas em diversos momentos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O Ensino de língua estrangeira, na escola, tem um papel importante à medida que
permite aos alunos entrarem em contato com outras culturas, assim promovendo o
interesse deles pelo idioma. Portanto, é fundamental que o professor desenvolva com os
alunos um trabalho que lhes possibilite confiar na própria capacidade de aprender, dentro
de uma atmosfera de interação, motivação e afetividade. Os temas abordados devem
auxiliar os alunos a desenvolver suas habilidades, ou seja, leitura, escrita e oralidade.
O professor deve utilizar todos os materiais disponíveis, tais como: livros, figuras,
áudios, vídeos, revistas, a fim de desenvolver processos que venham contribuir para um
contexto interativo, visando atividades em grupo ou atividades individuais que
desenvolvam o processo dialógico do conhecimento.
A gramática, assim, deve ser reconhecida como um elemento de ligação entre
fenômenos que se interpenetram, dando conta da interação que ocorre entre os discursos
e também entre os fatores psicológicos e sociais, levando o aluno a refletir sobre o
processo, devendo o conhecimento do mundo interagir com provável falta de competência
lexical, compensando este. Pois, segundo Benites (11) – “Todo discurso se constrói pela
relação com os outros, que dessa forma, se estabelecem com seu exterior constitutivo”,
sem levar-se em conta análises desconectadas de elementos gramaticais, extrapolando o
domínio linguístico que o aluno possa vir a ter através da diversidade cultural
apresentada.
221
Ao interagir com textos provenientes de vários gêneros, o aluno perceberá que as
formas linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado,
mas são flexíveis e variam, dependendo do contexto e da situação em que a prática social
do uso da linguagem ocorre. Esse processo de aprendizagem e interação envolve, deste
modo, um tipo e negociação constante, observando:
1. O conhecimento de mundo dos envolvidos.
2. Sua interação com os elementos do processo.
3. Fatores que envolvem o processo em si.
Pode-se concluir que há uma constante busca pela relação entre a LE e a
pedagogia crítica, num contexto global educativo, em que a sala de aula passa a ser um
espaço de produção de discurso marcado de significação que levem a reflexões e que
observem que os seus discursos cruzam-se e se fundem com muitos outros. Tal processo
variará, observando o nível em que o aluno está inserido, ressaltando assim a importância
da complexidade e aprofundamento de conteúdo.
Assim, o professor deve buscar constante atualização, para ser capaz de provocar
mudanças necessárias no processo e adequá-las a sua realidade; proporcionando
subsídios, para que os alunos sejam capazes de inferir e colaborar com o processo, para
partilhar com estratégias de aprendizagem.
AVALIAÇÃO
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e, portanto,
deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. A relevância e
adequação de um conteúdo estão atrelados a diversos fatores, entre eles as
características psicossociais dos alunos, seu grau de desenvolvimento intelectual, a
aplicabilidade dos objetos de conhecimentos ensinados, a capacidade de o aluno
estabelecer relações entre os conteúdos, as necessidades de seu dia-a-dia e o contexto
cultural dos alunos.
222
Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar a
avaliação diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva. O registro e observação do
desempenho do aluno devem ser feitos de forma contínua e reflexiva, tendo em vista as
aprendizagens previstas.
Ressalta-se a necessidade de um envolvimento por parte de toda a comunidade
escolar, sendo que o professor avaliará o desempenho do aluno – seu progresso – e
verificará se a sua metodologia está sendo adequada. Enquanto isso, o aluno, necessita
saber como está progredindo – como está sua evolução cultural – e sua aquisição de
conhecimentos. Os pais também devem estar envolvidos no processo, já que se trata da
educação de seus filhos. E devem acompanhar os degraus avançados e as dificuldades
apresentadas por eles na escola. E, finalmente, a sociedade, esta a quem a educação
deve comprovar a sua eficiência no papel de sujeito crítico e participativo no meio que o
cerca.
A língua, avaliada oralmente ou por escrito, permite-nos observar as limitações e
os avanços dos aprendizes, bem como o reflexo do ambiente sócio-cultural, no qual estão
envolvidos. As práticas: escrita, leitura e oralidade – realizam a abordagem do discurso
em sua totalidade, enquanto interagem entre si, constituindo uma prática sócio-cultural.
Os critérios, utilizados na avaliação, deverão ser flexíveis, levando em conta a
progressão de desempenho de cada aluno, as características particulares da classe em
que o aluno se encontra e as condições em que o processo de ensino e aprendizagem se
concretize. A nota é um registro formal, sendo importante o professor considerar todo o
processo avaliativo, desde o desenvolvimento do trabalho até o esforço para sua
efetivação, observando os critérios pré-estabelecidos pelo próprio docente. Tais critérios
podem abranger desde a participação do aluno em sala de aula, sua atenção e motivação
em aprender, bem como, seu desempenho avaliado em provas e trabalhos.
Na avaliação, observar-se-á se o aluno consegue realizar leitura compreensiva do
texto, levando em consideração a sua condição de produção, localizar informações
explícitas no texto, emitir opiniões a respeito de que leu, conhecer e utilizar a língua como
instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais, refletir
e transformar o seu conhecimento, relacionando as novas informações aos saberes já
adquiridos.
Portanto, o professor deve adaptar o uso de materiais disponíveis como figuras,
áudio, vídeo, trabalhar de forma que possam ser usadas as seguintes atividades:
223
- Atividades em grupo: que contribuem significativamente para que os alunos
compreendam e respeitem atitudes e opiniões;
- Atividades Orais: São usadas como forma de ampliar a consciência dos alunos
sobre os sons da L.E. M, por meio do uso de exercícios de dicção, leitura expressiva;
- Produção Escrita: com a finalidade de desenvolver sua proficiência linguística;
- Atividades Auditivas: para fazer generalizações e aprimorar as possibilidades de
comunicação, utilizando-se de todos os áudios e recursos possíveis;
- Leitura: Uso de livros, artigos de revistas e jornais, textos argumentativos, informativos e
literários, outdoors, vestuários, alimentação;
- Dentro dos conteúdos serão trabalhados jogos, filmes, teatros, músicas e outras
atividades que venham a desenvolver a língua em sala de aula, todos os temas
gramaticais serão trabalhados inseridos dentro de um contexto que leve a uma reflexão e
assimilação dos mesmos.
Podemos concluir que a finalidade da avaliação é verificar não somente a
deficiência de aprendizagem, mas uma forma do professor verificar se está havendo
progresso e se os seus métodos estão sendo válidos. É uma atividade do processo
ensino-aprendizagem, pois nos dá informações a todo instante de como está o
desenvolvimento do aluno, o que é preciso ser melhorado para que o mesmo adquira o
sucesso esperado. A avaliação do rendimento do trabalho escolar do aluno poderá ser
feita através de:
- Análise da resolução dos exercícios;
- Observação do aluno do desenvolvimento do curso;
- Testes baseados nos conteúdos estruturantes de cada unidade;
- Traduções, versões objetivando o uso do vocabulário aprendido;
-Testes objetivos e subjetivos referentes aos textos, ou sobre noções gramaticais e vocabulário;
Testes orais tais como:
224
- Análise de músicas;
- Diálogo e conversação;
- Cantos;
-Apresentações de Teatro;
REFERÊNCIAS
FREIRE, P. Pedagogia da Indignação. São Paulo: Editora Unesp, 2000.
LEFFA, V. (org.) A interação na aprendizagem das línguas. Pelotas – R.S. EDUCAT
_Editora da Universidade Católica de Pelotas, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da Educação Básica:
Língua Estrangeira, Curitiba, 2008
PPP – Projeto Político-Pedagógico Pedagógico
225
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
PAULA FREITAS
2009
226
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
No espaço Escolar, o Ensino Religioso era, tradicionalmente, o Ensino da Religião
Católica Apostólica Romana, determinação oficial do Império, conforme a Constituição de
1824. Após a Proclamação da República, o ensino passou a ser laico, público, gratuito e
obrigatório.
A partir da constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser admitido como
disciplina na escola pública, com matrícula facultativa.
Por meio de muitas discussões o Ensino Religioso passou a ser parte integrante
da formação básica do cidadão e constituiu disciplina dos horários normais das escolas
públicas de Educação básica assegurando o respeito à diversidade cultural religiosa do
Brasil.
A disciplina de Ensino Religioso pretende contribuir para o reconhecimento e
respeito as diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, e
possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.
O Ensino Religioso busca propiciar oportunidade de identificação, de entendimento
, de conhecimento e de aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas
presentes na sociedade, de modo que tenham a amplitude da própria cultura em que se
insere. Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em
suas relações étnicas e sociais.
Ao compreender tais elementos, o educando passa a elaborar o seu saber e
entender a diversidade de nossa cultura marcada também pela religiosidade.
Por meio do Ensino Religioso, faz-se necessário superar modelos lineares e
fragmentados de compreensão da realidade e buscar outros referenciais que permitam
uma análise mais complexa da sociedade, sendo um desafio para a escola e, mais
especificamente, para o Ensino Religioso.
Assim, o processo de ensino e de aprendizagem proposto nestas Diretrizes
Curriculares, visa à construção e a produção do conhecimento que se caracteriza pela
promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida, real ou metódica, do confronto
227
de idéias, de informações discordantes e ainda, da exposição competente de conteúdos
formalizados. Opõem-se a um modelo educacional que centra o ensino tão somente na
transmissão dos conteúdos pelo professor, sem possibilidade de participação do aluno e
não respeitando a diversidade religiosa.
O Ensino Religioso expressa a necessária reflexão em torno dos modelos de
ensino e do processo de escolarização, diante das demandas sociais contemporâneas
que exigem a compreensão ampla da diversidade cultural, postas também no âmbito
religioso entre os países e de forma mais restrita, no interior de diferentes comunidades.
Podemos tratar todas as religiões como conteúdos nas aulas de Ensino Religioso,
uma vez que o sagrado compõe o universo cultural humano e faz parte do modelo de
organização de diferentes sociedades.
É instituído na escola a fim de promover uma oportunidade para que os educandos
se tornem capazes de entender os movimentos específicos das diversas culturas, e para
que o substantivo religioso represente um elemento de colaboração na constituição do
sujeito humano.
Os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os conhecimentos de grande
amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos a
serem contemplados no Ensino Religioso.
Apropriados das instâncias que contribuem para compreender o sagrado os
conteúdos estruturantes propostos para o Ensino Religioso são:
a paisagem religiosa;
o símbolo;
o texto sagrado.
Os objetivos propostos para o Ensino Religioso buscam :
Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas,
bem como possibilitar o acesso às diferentes fontes de informações sobre o fenômeno
religioso.
Favorecer o respeito à diversidade cultural para superar a desigualdade étnico-
religiosa, garantindo o direito constitucional de liberdade de crença e expressão.
Promover aos educandos a oportunidade no processo de escolarização entender
os movimentos religiosos específicos de cada cultura, colaborando com a formação
humana.
Levar os educandos a entender as relações culturais, sociais, políticos e
econômicos que norteiam as diferenças religiosas e que fazem parte do processo
228
histórico das tradições religiosas.
Formar para o exercício da cidadania e convívio social baseado no respeito às
diferenças.
Superar e desfazer toda forma de preconceitos.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS
Os conteúdos específicos de Ensino Religioso têm como referência os conteúdos
estruturantes, com a finalidade de promover e oportunizar os educandos para que se
tornem capazes de entender os movimentos religiosos.
5ª SÉRIE:
Respeito à diversidade religiosa.
Declaração dos direitos humanos; respeito a liberdade religiosa.
Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão.
Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas,
Direitos humanos e sua vinculação com o sagrado.
A presença de Deus entre os homens.
O valor do diálogo.
Ética e moral.
Compreensão e respeito ao próximo.
O sistema de valores- Valor do diálogo
Lugares Sagrados.
Lugares na Natureza- rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras.
Lugares construídos: templos, cidades sagrados.
Textos sagrados orais e escritos.
A religião na pré- história.
As religiões Antigas.
O significado do transcendente na vida.
Textos, cantos, narrativas, poemas e orações.
229
Organizações religiosas
Os fundadores, líderes religiosos.
Estruturas hierárquicas.
6ª SÉRIE
1- Universo simbólico religioso:
Ritos;
Mitos;
Cotidiano;
2- Ritos:
Ritos de passagem;
Mortuários;
A morte vista sob as várias religiões;
Propiciatórios;
3- Festas Religiosas:
Peregrinações;
Festas familiares;
Festas nos templos;
Datas comemorativas;
Cultura afro-brasileira;
4- Vida e morte:
- O sentido da vida nas tradições e manifestações religiões;
Reencarnação
Ressurreição- ação de voltar à vida;
Além morte – ancestralidade, vida dos antepassados, espíritos dos antepassados
que se tornam presentes;
5- Perseguições religiosas:
230
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O processo de ensino e de aprendizagem visa a construção/ produção do
conhecimento e que, por consequência, se caracteriza pela promoção do debate, da
hipótese, da dúvida, do confronto de ideias, de informações discordantes e , também, da
exposição de conteúdos formalizados.
Todas as religiões podem ser tratadas como conteúdos nas aulas de Ensino
Religioso, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural humano, fazendo parte do
modelo de organização de diferentes sociedades.
Assim, propõe-se à subsidiar os alunos, por meio dos conteúdos, à
compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado, com
vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. A disciplina de Ensino Religioso
subsidiará os educandos na compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na
forma como a sociedade sofre interferências das tradições religiosas, ou mesmo da
afirmação ou negação do sagrado.
A metodologia do ensino religioso deve ser dinâmica permitindo a interação, o
diálogo de uma postura reflexiva perante à vida e o fomento religioso.
Sugere-se iniciar a aula realizando uma breve atividade de sensibilização para
criar um clima harmonioso, favorável ao diálogo entre os educandos, possibilitando a
vivência da afetividade e humanização.
A reflexão é o espaço para o diálogo, oportunidade para o educando manifestar o
seu pensamento e a sua opinião sobre o conteúdo em estudo.
Os esclarecimentos do educador, a troca de experiências entre os alunos, a
pesquisa, a leitura de textos, os filmes, são algumas fontes de informações que subsidiam
o processo de construção e reconstrução do conhecimento.
AVALIAÇÃO
Espera-se que o educando entenda a formação histórica da ideia do
transcendente e que nas diferentes mudanças culturais perceba que as ideologias
religiosas chegam a determinar as verdades.
Pelo conhecimento das narrativas sagradas, espera-se que o educando entenda
as verdades nela contidas e possa ir construindo seu entendimento do fenômeno
231
religioso.
O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não
terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo
caráter facultativo da matrícula na disciplina.
O aproveitamento do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser observado em
diferentes situações de ensino e aprendizagem. Pode-se avaliar em que medida o aluno
expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm opções religiosas
diferentes da sua. Adotar instrumentos que permitam à escola, aos alunos, aos seus pais
ou responsáveis, identificarem os progressos obtidos na disciplina.
O caráter da avaliação na educação Religiosa parte do princípio de inclusão e não
exclusão. O aluno se auto avalia e é avaliado para tomar consciência sobre o que já
aprendeu.
Ao professor a avaliação permite conhecer o progresso do aluno e objetiva rever,
reorganizar e recriar a sua prática e seus instrumentos utilizados no trabalho pedagógico.
A Avaliação na Educação Religiosa é processual e permeia toda a prática no
cotidiano da sala de aula.
Numa primeira etapa tem o caráter investigativo, o que o aluno já sabe, serve
para encaminhar a construção e reconstrução do conhecimento.
Num segundo momento podem ser efetivados através de registros em tabelas,
gráficos, listas, análises de produção, atividades, onde se pretende avaliar a
aprendizagem de conteúdos específicos.
232
REFERÊNCIAS
Cadernos de Ensino Religioso – Capacitação para um novo milênio.
Coleção de Mãos Dadas – Educação Religiosa.
Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental.
Diversidade Religiosa e Direitos Humanos.
Livro de dinâmicas, crescimento e integração, Giovana Leal Borges.
Projeto Político Pedagógico.
Semana de Estudos Pedagógicos Descentralizados.
233
CALENDÁRIO 2011
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOAnexo da Resolução N º 3979/2010 – GS/SEED
Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 52 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 18 6 7 8 9 10 11 12 209 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias
16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 2623 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 3130 31
Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 18 1 2 3 4 5 6 7 22 5 6 7 8 9 10 11 20
10 11 12 13 14 15 16 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias17 18 19 20 21 22 23 15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 30
29 30 31
Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 1 2 3 4 5 6 1 2 33 4 5 6 7 8 9 dias 7 8 9 10 11 12 13 23 4 5 6 7 8 9 10 21
10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias17 18 19 20 21 22 23 8 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2424 25 26 27 28 29 30 dias 28 29 30 31 25 26 27 28 29 3031
Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 1 2 3 4 5 1 2 32 3 4 5 6 7 8 19 6 7 8 9 10 11 12 17 4 5 6 7 8 9 10 119 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias
16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 3130 31
Férias Discentes Férias/Recesso/DocentesFeriado Municipal 1 dia janeiro 31 janeiro/férias 30
Conselho de Classe 4 dias fevereiro 7 jan/julho/recesso 14
Reun.ou C.de Clas. 1 dia julho 18 dez/recesso 13
Dias letivos 200 dezembro 13 outros recessos 3Total 69 Total 60
Início/TérminoPlanejamento e Replanejamento Dia Nacional da Consciência NegraFérias Jogos EscolaresRecesso Formatura
Conselho de Classe / Reunião PedagógicaFeriado Municipal Complementação de Carga Horária
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA - CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011
1 Dia Mundial da Paz 7 e 8 Carnaval
21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho 23 Corpus Christi
7 Independência
12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR
15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal
20 Dia Nacional da Consciência Negra
Formação Continuada/Reunião Pedagógica
234
MATRIZ ENSINO FUNDAMENTAL
ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃONÚCLEO: 29 - UNIÃO DA VITÓRIA MUNICÍPIO: PAULA FREITAS
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA ENT. MANTEN. - GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 E. FUNDAMENTAL TURNO: MANHÃ ANO IMPLANT. - 2010 SIMULTANEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS SÉRIES
BNC
5ª 6ª 7ª 8ªARTE 2 2 2 2CIÊNCIA 3 3 3 3EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3ENSINO RELIGIOSO * 1 1GEOGRAFIA 3 3 3 3HISTÓRIA 3 3 3 3LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4
SUB - TOTAL 23 23 23 23PD L.E.M. INGLÊS 2 2 3 3
TOTAL 25 25 25 25
DATA DE EMISSÃO: 12 DE NOVEMBRO DE 2009
235
MATRIZ CURRICULAR ENSINO MÉDIOMATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
MUNICÍPIO: 1880 – Paula Freitas
FONE: (42) 35622030
CURSO: 0009-ENSINO MÉDIO TURNO: Manhã
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
DISCIPLINASSÉRIES
1ª 2ª 3ªARTE - - 2BIOLOGIA 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2FILOSOFIA 2 2 2FÍSICA 2 2 2GEOGRAFIA 2 2 2HISTÓRIA 2 2 -LÍNGUA PORTUGUESA 3 4 4MATEMÁTICA 4 3 3QUÍMICA 2 2 2SOCIOLOGIA 2 2 2SUB-TOTAL 23 23 23
LEM – Inglês 2 2 2
LEM – Espanhol * 4 4 4
SUB-TOTAL 6 6 6
TOTAL GERAL 29 29 29
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
Observações: *Disciplina de matrícula facultativa ao aluno ofertada em turno contrário, no CELEM.
NRE: 29 – União da Vitória
ESTABELECIMENTO: 00010 – Colégio Estadual João de Lara
ENDEREÇO: BR 476, Nº 480 Km 208 – Rondinha
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
FORMA: Simultânea MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE NACIONAL COMUM
PARTE DIVERSIFICADA