Post on 28-Feb-2018
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
1/48
See discussions, stats, and author profiles for this publication at:
https://www.researchgate.net/publication/261995451
Reagentes depressores de
carbonatos: uma reviso
Article January 2011
READS
30
2 authors, including:
Aline Pereira Leite Nunes
7PUBLICATIONS 19CITATIONS
SEE PROFILE
Available from: Aline Pereira Leite Nunes
Retrieved on: 06 June 2016
https://www.researchgate.net/profile/Aline_Nunes2?enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng%3D%3D&el=1_x_4https://www.researchgate.net/profile/Aline_Nunes2?enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng%3D%3D&el=1_x_4https://www.researchgate.net/publication/261995451_Reagentes_depressores_de_carbonatos_uma_revisao?enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng%3D%3D&el=1_x_3https://www.researchgate.net/?enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng%3D%3D&el=1_x_1https://www.researchgate.net/profile/Aline_Nunes2?enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng%3D%3D&el=1_x_7https://www.researchgate.net/profile/Aline_Nunes2?enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng%3D%3D&el=1_x_5https://www.researchgate.net/profile/Aline_Nunes2?enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng%3D%3D&el=1_x_4https://www.researchgate.net/?enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng%3D%3D&el=1_x_1https://www.researchgate.net/publication/261995451_Reagentes_depressores_de_carbonatos_uma_revisao?enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng%3D%3D&el=1_x_3https://www.researchgate.net/publication/261995451_Reagentes_depressores_de_carbonatos_uma_revisao?enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng%3D%3D&el=1_x_27/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
2/48
SRIE TECNOLOGIA MINERAL
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
3/48
PRESIDNCIA DA REPBLICA
Dilma Vana Rousseff
Michel Miguel Elias Temer LuliaVice-Presidente
MINISTRIO DA CINCIA E TECNOLOGIA
Aloizio Mercadante Oliva
Ministro da Cincia e Tecnologia
Luiz Antonio Rodrigues Elias
Secretrio-Executivo
Arquimedes Digenes Ciloni
Subsecretrio de Coordenao das Unidades de Pesquisa
CETEM CENTRO DE TECNOLOGIA MINERAL
Jos Farias de Oliveira
Diretor
Carlos Csar Peiter
Coordenador de Apoio Tecnolgico Micro e Pequena Empresa
Arnaldo Alcover Neto
Coordenador de Anlises Minerais
Claudio Luiz Schneider
Coordenador de Processos Minerais
Cosme Antnio de Moraes Regly
Coordenador de Administrao
Ronaldo Luiz Correa dos Santos
Coordenador de Processos Metalrgicos e Ambientais
Andra Camardel la de Lima Rizzo
Coordenadora de Planejamento, Acompanhamento e Avaliao
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
4/48
SRIE TECNOLOGIA MINERALISSN 0103-7382 ISBN 978-85-61121-72-3
STM - 89
Reagentes depressores de carbonatos:uma reviso
Aline Pereira Leite NunesEngenheira de Minas (2006) e M.Sc. (2009) pela UFMG(Universidade Federal de Minas Gerais). Foi professorasubstituta do Departamento de Engenharia de Minas da
UFMG em 2008 e 2009. Atualmente, aluna de doutoradoe bolsista do CNPq no Curso de Ps-Graduao emEngenharia Metalrgica e de Minas da UFMG.
Antnio Eduardo Clark PeresEngenheiro Metalurgista pela UFMG (1968), M.Sc. pelaCNEN/UFMG (1973) e Ph.D. pela UBC, Canad (1979).Atualmente, professor associado do Departamento deEngenharia Metalrgica da UFMG.
CETEM/MCT2011
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
5/48
SRIE TECNOLOGIA MINERAL
Marisa Bezerra de Mello Monte
EditoraClaudio Schneider
Subeditor
CONSELHO EDITORIALArnaldo Alcover Neto (CETEM), Fernando Freitas Lins (CETEM),Regina Carrisso (CETEM), Reiner Neumann (CETEM), Ronaldo LuizCorreia dos Santos (CETEM), Achilles Junqueira Bourdot Dutra (UFRJ),
Antonio E. Clark Peres (UFMG), Jos Aury de Aquino (CDTN), JosFarias de Oliveira (UFRJ), Lino Rodrigues de Freitas (CVRD), LucianoTadeu da Silva Ramos (CVRD), Mrio Rui Machado Leite (IGM-Portugal), Maurcio Leonardo Torem (PUC-Rio).
A Srie Tecnologia Mineral publica trabalhos na rea mnero-metalrgica. Tem como objetivo principal difundir os resultados dasinvestigaes tcnico-cientficas decorrentes dos projetos desenvolvi-dos no CETEM.
Thatyana Pimentel Rodrigo de Freitas
Coordenao Editorial
Vera Lcia Esprito Santo Souza
Programao Visual
Andrezza Milheiro da Si lva
Reviso
Nunes, Aline Pereira LeiteReagentes depressores de carbonatos: uma reviso /
Aline Pereira L. Nunes, Antonio Eduardo Clark Peres. __Rio deJaneiro: CETEM/MCT, 2011.
47p.: il (Srie Tecnologia Mineral, 89)
1. Carbonatos. 2. Flotao. 3. Depressores. I. Centro deTecnologia Mineral. II. Peres, Antonio E. Clark . III. Ttulo. IV.Srie.
CDD 622.7
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
6/48
SUMRIO
RESUMO _____________________________________________ 7
ABSTRACT ___________________________________________ 8
1 | INTRODUO ______________________________________ 9
2 | OCORRNCIA DOS CARBONATOS COMO GANGA NOS
DEPSITOS MINERAIS ________________________________ 11
3 | REAGENTES USADOS COMO DEPRESSORES DE
CARBONATOS _______________________________________ 13
3.1 | Pol issacardeos ________________________________ 14
3.2 | Outros compostos orgnicos pol imricos __________ 27
3.3 | Reagentes inorgnicos __________________________ 32
3.4 | Reagentes complexantes ________________________ 35
4 | CONCLUSES _____________________________________ 39
5 | AGRADECIMENTOS ________________________________ 41
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS _______________________ 42
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
7/48
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
8/48
RESUMO
Os carbonatos ocorrem frequentemente como minerais de
ganga em depsitos de fosfato. Vrios mtodos tm sido pro-postos para a remoo de carbonatos de minrios fosfticos,
mas a flotao o mais promissor. A obteno de seletividade
entre os fosfatos e os carbonatos prejudicada pelas proprie-
dades fsico-qumicas semelhantes, mas a utilizao de rea-
gentes depressores seletivos pode facilitar o beneficiamento de
minrios fosfticos com altos teores em carbonatos.
O presente trabalho apresenta uma reviso sobre os principaisreagentes utilizados como depressores de carbonatos, abor-
dando os possveis mecanismos envolvidos na adsoro desses
reagentes nos minerais.
Palavras-chave
Carbonatos, fosfatos, depressores, flotao.
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
9/48
ABSTRACT
The presence of carbonates is frequent in phosphate deposits.
Several methods have been proposed to remove carbonates
from phosphate ores, but froth flotation is the most promising
one. Achieving selectivity between phosphates and carbonates is
hampered by the similarity in physical and chemical properties,
but the use of selective depressants may facilitate the processing
of phosphate ores with high contents in carbonates.
This paper presents an overview of the main reagents used as
carbonate depressants and the possible mechanisms involved in
the adsorption of these reagents onto the minerals are outlined.
Keywords
Carbonates, phosphates, depressants, froth flotation.
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
10/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 9
1 | INTRODUOOs carbonatos ocorrem em muitos tipos de depsitos como
minerais de ganga, principalmente sob a forma de calcita e
dolomita. Alm de ocorrerem nos depsitos de fosfatos gneos e
sedimentares, os carbonatos tambm so comuns em depsitos
de sulfetos.
Na fabricao de fertilizantes, o fosfato passa por um processo
de dissoluo com cido sulfrico, formando cido fosfrico.Fosfatos com altos teores em carbonatos levam formao de
sulfato de clcio (gesso), diminuindo o rendimento do processo e
elevando excessivamente o consumo de cido sulfrico
(TANAKA et al., 1988). O beneficiamento de minrios fosfticos
com ganga dolomtica complicado e os altos teores de MgO
tambm elevam excessivamente o consumo de cido sulfrico
durante a produo de fertilizantes. A obteno de concentradosfosfticos contendo teores de MgO abaixo de 1% e com
recuperao aceitvel o maior desafio encontrado atualmente
em concentradores de fosfatos que apresentam a dolomita como
principal mineral de ganga (ZHENG e SMITH, 1997).
Vrios mtodos de concentrao tm sido propostos para a
remoo de carbonatos de minrios fosfticos, como a sepa-
rao em meio denso, separao gravtica, separao magn-tica e a calcinao, porm esses mtodos apresentam vrias
limitaes, como baixa eficincia e custo elevado. A flotao o
mtodo mais promissor, porm vrios fatores dificultam a
obteno de seletividade, como a semelhante composio
qumica superficial entre os fosfatos e os carbonatos, a alta
atividade superficial dos coletores utilizados, interaes entre
espcies inicas dissolvidas de um mineral sobre outro e inte-
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
11/48
10 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
raes entre espcies inicas dissolvidas e reagentes (HANNA eSOMASUNDARAN, 1976).
Calcita e apatita apresentam propriedades fsico-qumicas muito
similares, j que ambos so portadores de clcio. Os ons
provenientes da rede de uma e da outra modificam o com-
portamento original para igual-la ao exibido pela fornecedora
das espcies qumicas dissolvidas (LEAL FILHO, 1988;
SOMASUNDARAN et al., 1985; SOMASUNDARAN e EL-MOFTY,2002).
Nos depsitos de fosfatos gneos, os minerais apresentam
superfcies bem cristalizadas, o que favorece a adsoro dos
reagentes e a obteno de seletividade, mesmo quando os
carbonatos ocorrem como ganga. No caso de fosfatos sedi-
mentares, a apatita apresenta-se com alto grau de substituio
de ons em sua rede cristalina e as partculas normalmentepossuem alta superfcie especfica, elevando o consumo de
reagentes e reduzindo seletividade da adsoro. O beneficia-
mento de fosfatos de origem sedimentar com ganga carbontica
um problema mundial e no existe at o momento nenhuma
tecnologia de concentrao em escala industrial para esses
minrios (PRASAD et al., 2000; SIS e CHANDER, 2003). Vrias
pesquisas tm sido realizadas com o objetivo de se encontrar
depressores que adsorvam preferencialmente nos carbonatosdurante a flotao aninica direta de fosfatos.
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
12/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 11
2 | OCORRNCIA DOS CARBONATOS COMO GANGANOS DEPSITOS MINERAIS
O carbono ocorre na natureza no estado nativo (grafita, dia-
mante e carvo) em estruturas orgnicas, na constituio do gs
carbnico e na forma do radical carbonato. Os minerais
pertencentes classe dos carbonatos como a calcita e a dolo-
mita so encontrados abundantemente em toda a crosta terres-
tre. Esses minerais possuem o nion (CO3)
2-
como unidadebsica em sua estrutura, onde o carbono est ligado a trs
oxignios, formando um arranjo triangular achatado. Quando o
nion carbonato combina com ctions bivalentes, como o clcio
na calcita, cada ction ficar coordenado em relao a seis
oxignios e cada oxignio se coordenar a dois ctions. Podem
ocorrer substituies dos ctions nos minerais do grupo da
calcita, que produz sries de minerais com propriedades fsicas
variando de acordo com a quantidade de substituies. A es-trutura da dolomita semelhante da calcita, porm as cama-
das de ons carbonato se alternam com camadas de clcio e
com camadas de magnsio (KLEIN e HURLBUT, 1993).
A calcita ocorre em rochas gneas como produto de alterao de
silicatos clcicos, por ao da gua contendo dixido de carbono
dissolvido. Nas rochas sedimentares e metamrficas, a calcita
se apresenta tanto distribuda como partculas finas oucimentando outros minerais quanto em abundncia como cons-
tituinte, ocorrendo como enormes massas rochosas (FERNANDES,
2007).
A dolomita forma espessas camadas superficialmente extensas
em sries de rochas sedimentares e metamrficas e est comu-
mente associada calcita em calcrios e mrmores. A dolomita
ocorre tambm como mineral de origem hidrotermal principal-
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
13/48
12 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
mente em veios de chumbo e zinco associada com fluorita,calcita, barita e siderita. A ankerita um carbonato comum em
formaes ferrferas pr-cambrianas (FERNANDES, 2007; KLEIN
e HURLBUT, 1993).
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
14/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 13
3 | REAGENTES USADOS COMO DEPRESSORES DECARBONATOS
Os reagentes usados como depressores na flotao so rea-
gentes capazes de proporcionar um carter hidroflico acentuado
a determinadas superfcies minerais e de inibir a ao de
coletores sobre essas superfcies. Os compostos que possuem
essas caractersticas devem apresentar maior capacidade de
interao com os stios superficiais do que os reagentes coleto-res. No caso de depressores orgnicos, para que ocorra essa
forte interao, o depressor deve possuir em sua estrutura um
nmero suficiente de grupos polares altamente hidroflicos que
se orientem em direo fase aquosa, tornando hidroflico o
adsorvato. Essas propriedades so fortemente apresentadas
pelos amidos, taninos, quebrachos, dextrinas, poliacrilamidas,
poliacrilatos, protenas, derivados da celulose etc. Essas mes-mas caractersticas tambm podem ser encontradas nos agen-
tes complexantes como o cido ctrico e em outros polmeros
orgnicos, tais como polifosfatos e poliacrilatos (BADALF e
SHUBERT, 1980; LIN e BURDICK, 1988).
Vrios compostos inorgnicos tambm tm sido utilizados como
depressores de carbonatos na flotao em diversos sistemas
minerais como silicatos, cromatos, dicromatos, fosfatos, polifos-fatos, fluoretos e vrios cidos inorgnicos. Os polissacardeos
utilizados como depressores apresentam vrias vantagens em
relao aos reagentes inorgnicos por serem mais estveis,
mais baratos, biodegradveis e no-txicos (HANNA e
SOMASUNDARAN, 1976; LIU et al., 2000).
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
15/48
14 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
3.1 | Polissacardeos
Os polissacardeos so polmeros orgnicos formados pela con-
densao, atravs do processo de fotossntese, de molculas de
glicose (Figura 3.1) que se ligam de diferentes maneiras, dando
origem a macromolculas ou polmeros. O amido e a celulose
so os polissacardeos naturais mais importantes e ambos so
constitudos por vrios monmeros de glicose. A -D-glicose e a
-D-glicose so os dois tipos de monmeros de glicose existen-
tes e diferem entre si pela orientao dos grupos hidroxila liga-
dos aos tomos de carbono C1.
Figura 3.1.Estruturas cclicas da molcula de glicose.
3.1.1 | Carboximetil celuloseA celulose um polmero linear formado pela ligao de vrios
monmeros -D-glicose atravs dos carbonos C1 e C4. A car-
boximetil celulose (CMC) um derivado altamente solvel em
gua e pode ser obtida pelo tratamento da celulose com
hidrxido de sdio, seguido pela reao com cloroacetato de
sdio. A carboximetil celulose apresenta vrios grupos carboxli-
cos em sua estrutura, o que lhe confere um poder de hidrofili-zao expressivo. A Figura 3.2 mostra a estrutura de uma uni-
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
16/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 15
dade dimrica que constitui a carboximetil celulose e seus res-pectivos grupos carboxlicos.
Figura 3.2.Estrutura do dmero que constitui a carboximetil celulose.
A carboximetil celulose amplamente utilizada na flotao de
minrios polimetlicos, como cobre-zinco, cobre-nquel, metais
do grupo da platina, cobre-chumbo-zinco. Nesses sistemas, a
carboximetil celulose tem a funo de deprimir silicatos ativados
inadvertidamente e minerais portadores de magnsio, como o
talco (BULATOVIC, 1999).
Zheng e Smith (1997) estudaram vrios compostos qumicos
para deprimir dolomita, entre eles a carboximetil celulose (CMC)
e a hidroxietil celulose. De acordo com os resultados obtidos, a
CMC mostrou-se como o melhor depressor para a dolomita,
apresentando resultados superiores aos outros reagentes.Utilizando oleato de sdio na concentrao de 60mg/l, o efeito
depressor da CMC sobre a dolomita parece ser independente do
pH (Figura 3.3). Segundo os autores, o efeito depressor sobre a
dolomita pode ser explicado pelo grande tamanho da molcula e
a presena de vrios grupos carboxila, proporcionando fortes
ligaes com os stios metlicos ativos superficiais. A hidroxietil
celulose no se mostrou um depressor efetivo para a dolomita.
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
17/48
16 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
Fonte: Modificado de Zheng e Smith, 1997.
Figura 3.3.Flotabilidade da dolomita em funo do pH na ausncia e
na presena de CMC.
Em estudo sobre as propriedades eletrocinticas e flotabilidade
da huntita (Mg3Ca(CO3)4) com coletores aninicos, Kangal et al.(2004) avaliaram tambm o efeito depressor da CMC sobre o
mineral. O ponto isoeltrico encontrado foi prximo de pH 8 e a
flotabilidade da huntita com oleato de potssio foi superior a 60%
em toda faixa de pH estudada. A flotabilidade mxima de aproxi-
madamente 80% foi obtida com o uso de oleato de potssio em
pH 9 na concentrao de 200mg/l. Sob essas condies foi
avaliado o efeito da concentrao de CMC na flotabilidade dehuntita, cujos resultados so apresentados na Figura 3.4. A
flotabilidade foi reduzida de 80 para 25% em concentraes
acima de 600mg/l. Segundo os autores, a adsoro da CMC
sobre os stios superficiais Mg2+pode ser considerada como um
dos principais mecanismos envolvidos na interao entre o
depressor e o mineral.
0
20
40
60
80
100
6 7 8 9 10 11
pH
%Flotada
Sem depressor CMC - 20mg/l
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
18/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 17
Fonte: Modificado de Kangal et al., 2004.
Figura 3.4. Flotabilidade da huntita em funo da concentrao de
CMC.
Os mecanismos de adsoro da CMC em minerais ainda no
so bem conhecidos. Segundo Leja (1962), a carboximetil celu-
lose totalmente ionizada em soluo alcalina e capaz de ser
atrada eletrostaticamente para stios da interface mineral/soluo
opostamente carregados. Essa interao resultaria na depres-
so seletiva de alguns minerais atravs do encobrimento dos
stios positivos por vrios grupos OH, tornando o slido
altamente hidroflico.
A formao de complexos entre os grupos carboxila da CMC e
os stios superficiais MgOH de minerais portadores de magnsio
tem sido considerada como principal mecanismo de adsoro
para a CMC sobre estes minerais (CUBA-CHIEM et al., 2008).
No entanto, alguns autores consideram a formao de ligaes
de hidrognio e as interaes de natureza hidrofbica e ele-
trosttica como os mecanismos responsveis pela adsoro de
0
20
40
60
80
100
0 200 400 600 800 1000 1200
Concentrao de CMC, mg/l
%F
lotada
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
19/48
18 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
CMC em talco (WANG e SOMASUNDARAN, 2005; MORRIS etal., 2002).
Cuba-Chiem et al. (2008) avaliaram os provveis mecanismos
de adsoro de CMC em talco atravs de espectrometria no
infravermelho por transformada de Fourier e reflectncia total
atenuada (ATR-FTIR). Segundo os autores, a superfcie do talco
encontra-se desprotonada em pH 11 e, portanto, a quantidade
de stios MgOH superficiais muito pequena e no favorece aformao de ligaes de hidrognio com os grupos carboxila da
CMC. Nesse valor de pH, os espectros obtidos indicaram a inte-
rao da CMC com o talco atravs da formao de quelatos
bidentados com os stios magnsio superficiais, mostrados na
Figura 3.5. O outro mecanismo proposto pelos autores so as
interaes de natureza hidrofbica entre o plano basal do talco,
que hidrofbico, e a CMC. A formao de quelatos bidentados
ocorre nas extremidades das partculas, onde ficam expostos osstios polares ativos devido ao rompimento de fortes ligaes
covalentes transversais ao plano basal.
As ligaes de hidrognio foram consideradas por Wang e
Somasundaran (2005) como principal mecanismo de interao
entre CMC e talco. Atravs de isotermas de adsoro, foi
possvel observar que a adio de ureia reduziu a adsoro de
CMC em talco. Como a ureia um forte aceptor de ligaes dehidrognio, as ligaes entre o mineral e o polissacardeo seriam
reduzidas como consequncia da formao preferencial de li-
gaes de hidrognio entre a ureia e o polissacardeo. A adsor-
o da CMC em talco tambm foi significativamente afetada pela
variao do pH e da fora inica da soluo, o que, juntamente
com os resultados de ensaios eletrocinticos, indicaram que as
interaes por mecanismos eletrostticos tambm desempenhamimportante papel na adsoro de CMC em talco.
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
20/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 19
Fonte: Modificado de Cuba-Chiem et al., 2008.
Figura 3.5.Esquema da adsoro de CMC em talco.
3.1.2 | Amido
O amido um dos principais polissacardeos utilizados como
modificadores no processo de flotao, sendo utilizado em di-
versos sistemas como depressor de xidos de ferro, ganga car-
bontica, argilo-minerais e hiperstnio. O amido constitudo
principalmente por molculas de amilose e de amilopectina, que
so polmeros de glicose. Apesar da semelhante composio
qumica, a amilose um polmero linear e insolvel, enquanto a
amilopectina um polmero ramificado e apresenta elevada so-lubilidade. As estruturas da amilose e da amilopectina so ilus-
tradas na Figura 3.6.
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
21/48
20 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
Figura 3.6.Estruturas da amilose e da amilopectina.
Devido presena de vrios grupos OH e do alto peso mole-
cular da amilose e da amilopectina, esses componentes so os
principais responsveis pela ao de depresso do amido. Osconstituintes acessrios so as protenas, leos, fibras, minerais
e umidade e a contribuio desses constituintes no papel de-
pressor do amido no bem conhecida. A relao amilopec-
tina/amilose, que nos amidos de milho amarelo cerca de 3:1,
geralmente no influencia no desempenho e, portanto, na esco-
lha do tipo de amido como depressor. Esse fator influenciado
pelas modificaes e impurezas introduzidas durante os proces-sos de fabricao do amido (GUIMARES et al., 2005;BULATOVIC,
1999; PERES e CORREA, 1996;LIU et al., 2000).
As macromolculas formadoras do amido so extremamente
hidroflicas devido presena de muitos grupos OH nos mo-
nmeros de glicose e tambm so capazes de atuar como pon-
tes entre as partculas, formando grandes agregados. Os amidos
convencionais no so solveis em gua fria. A adio de hidr-
https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/222207700_Depression_of_iron_oxides_with_corn_starches?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/222207700_Depression_of_iron_oxides_with_corn_starches?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
22/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 21
xido de sdio ou aumento da temperatura so os processosutilizados para a solubilizao do amido.
No Brasil, o amido o depressor de ganga mais utilizado na
flotao de fosfatos de origem gnea. Alm do custo relativa-
mente baixo, os amidos apresentam performance superior aos
outros polissacardeos (GUIMARES et al., 2005). Leal Filho
(1988) utilizou diferentes tipos de amido, carboximetil celulose,
goma guar, taninos e tripolifosfato de sdio em ensaios de flota-o em bancada com amostras de minrio fosftico de origem
gnea e com alto teor de carbonatos. Utilizando cidos graxos
como coletores, o desempenho do amido foi superior ao dos
demais reagentes. Porm, ao utilizar tripolifosfato de sdio jun-
tamente com o amido, ocorreu um aumento na recuperao de
P2O5no concentrado final. Segundo o autor, pode-se supor que
o tripolifosfato promove um efeito de limpeza por remoo de
ctions Ca2+inadvertidamente adsorvidos na apatita. Esse efeitopromove a retomada das caractersticas anteriores adsoro
dos ons, impossibilitando a adsoro do amido nesse mineral.
Ensaios de microflotao com calcita, dolomita, piroxnio e ver-
miculita realizados por Barros et al. (2008) confirmaram a adsor-
o preferencial do amido sobre a calcita. A flotabilidade dos
minerais foi avaliada em pH 10 utilizando-se oleato de sdio na
dosagem de 50g/l. Os resultados mostraram a rpida queda naflotabilidade da calcita, indicando a necessidade de apenas pe-
quenas dosagens de amido para deprimir o mineral (Figura 3.7).
Por outro lado, altas dosagens de amido so necessrias para
se obter relativa depresso da dolomita.
https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
23/48
22 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
Fonte: Modificado de Barros et al., 2008.
Figura 3.7. Flotabilidade da calcita e da dolomita em funo da
dosagem de amido.
O efeito depressor do amido sobre a calcita parece estar asso-ciado formao de complexos entre o amido e os ons clcio
na superfcie do mineral. A queda na concentrao de espcies
como Ca2+e CaOH+com o aumento do pH (Figura 3.8), poderia
explicar a diminuio da adsoro do amido sobre a calcita em
valores elevados de pH (HANNA E SOMASUNDARAN, 1976;
SOMASUNDARAN et al., 1985).
De fato, o baixo desempenho do amido como depressor de cal-cita em valores elevados de pH foi constatado por Irannajad et
al. (2009)em ensaios de microflotao, utilizando a amina pri-
mria Armac C em pH 11 e cido oleico em pH 9 como coleto-
res. Os testes de microflotao foram realizados com calcita,
quartzo e smithsonita. Alm do amido, o silicato de sdio e o
hexametafosfato de sdio tambm foram avaliados. Como pode
ser observado na Figura 3.9, o hexametafosfato de sdio apre-sentou melhor efeito depressor, enquanto a flotabilidade da cal-
0
20
40
60
80
100
0 20 40 60 80 100Dosagem de amido (mg/l)
%Flotada
Calcita Dolomita
https://www.researchgate.net/publication/236165711_The_effect_of_reagents_on_selective_flotation_of_smithsonite-calcite-quartz?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/236165711_The_effect_of_reagents_on_selective_flotation_of_smithsonite-calcite-quartz?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/236165711_The_effect_of_reagents_on_selective_flotation_of_smithsonite-calcite-quartz?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/236165711_The_effect_of_reagents_on_selective_flotation_of_smithsonite-calcite-quartz?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/236165711_The_effect_of_reagents_on_selective_flotation_of_smithsonite-calcite-quartz?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/236165711_The_effect_of_reagents_on_selective_flotation_of_smithsonite-calcite-quartz?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
24/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 23
cita permaneceu acima de 75% com o uso de amido e cidooleico 500g/t em pH 9. Nestas mesmas condies, o hexameta-
fosfato de sdio tambm foi o melhor depressor para a smithso-
nita, cuja flotabilidade caiu de aproximadamente 89% para 10%.
Com o uso de Armac C na dosagem de 400g/t, em pH 11, o
amido tambm no mostrou bom desempenho pois o menor
valor de flotabilidade alcanado para a calcita foi de aproxima-
damente 50% na dosagem de 2000g/t de amido.
Fonte: Modificado de Somasundaran et al., 1985.
Figura 3.8. Diagrama de distribuio de espcies do sistema calcita/
gua aberto para a atmosfera.
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
25/48
24 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
Fonte: Modificado de Irannajad et al., 2009.
Figura 3.9. Flotabilidade da calcita em funo da concentrao do
depressor.
Os resultados obtidos por Irannajad et al. (2009) para a calcita
poderiam ser explicados tanto pela baixa concentrao de ons
Ca2+e CaOH+na faixa de pH estudada, impedindo a formao
de complexos superficiais com o amido, quanto pela carga su-
perficial negativa j em torno de pH 9.
A adsoro eletrosttica do amido em stios superficiais positivos
da calcita abaixo de seu ponto isoeltrico (pH 9,5-10,8) tambm
possvel. Pode-se observar pelo grfico de potencial zeta da
Figura 3.10 que existe, de fato, uma contribuio de natureza
eletrosttica para a adsoro do amido sobre os stios positivos
da calcita (HANNA E SOMASUNDARAN, 1976).
0
20
40
60
80
100
0 250 500 750 1000 1250 1500 1750 2000 2250
Concentrao (g/t)
%F
lotada
Calcita - amido Calcita - silicato de sdio Calcita - hexametafosfato de sdio
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
26/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 25
Fonte: Modificado de Somasundaran, s/d apud Hanna e Somasundaran, 1976.
Figura 3.10.Potencial zeta da calcita em funo do pH e da concentra-
o de amido.
Fatores de compatibilidade estrica entre a calcita e o amidotambm favorecem a adsoro, uma vez que a posio dos
tomos na estrutura molecular do amido compatvel com a
posio dos tomos da estrutura cristalina da calcita. Correia et
al. (2002) utilizaram tcnicas de modelagem molecular para es-
tudo das estruturas do amido e da etilcelulose e, juntamente com
estudos cristaloqumicos da calcita e apatita, determinaram pa-
rmetros de compatibilidade estrica entre os polmeros e osminerais utilizados. Atravs de um software foram determinadas
as distncias entre os grupos hidroxila da estrutura dos polme-
ros e as distncias entre os stios Ca2+existentes em diversos
planos cristalogrficos da calcita e da apatita. A compatibilidade
entre as distncias obtidas para o polmero e o mineral podem
ser calculadas pelo parmetro Fitting Number Ft, que varia de
0 a 100. Quando maior o parmetro, maior ser a compatibili-
dade estrica entre o polmero e determinada orientao crista-
-20
-12
-4
4
12
20
6 7 8 9 10 11 12pH
PotencialZeta(mV)
Amido 0 ppm Amido 5 ppm Amido 10 ppm Amido 25 ppm
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
27/48
26 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
logrfica. Os valores obtidos para o amido e diversos planoscristalogrficos da calcita variaram entre 20,1 a 51,5, enquanto
para a apatita, o maior valor obtido foi 25,7. Para a etilcelulose e
calcita, o maior valor obtido para o parmetro Ft foi 18,1, mos-
trando que o amido apresenta maior afinidade estereoqumica
para a calcita que a etilcelulose (CORREIA et al.,2002).
Outros mecanismos propostos para a adsoro de polissacar-
deos em minerais so as ligaes de hidrognio, as interaesde natureza eletrosttica e as interaes hidrofbicas. Liu et al.
(2000) propem uma interao cido/base entre os polissacar-
deos e as superfcies minerais. Segundo os autores, os grupos
metal-hidroxila (MeOH) superficiais em contato com o meio
aquoso podem doar ou receber prtons, se comportando como
um cido ou uma base de Brnsted. Na interao com polissa-
cardeos, os grupos superficiais MeOH liberariam as hidroxilas,
enquanto os grupos hidroxila do polissacardeo liberariam osprtons H+:
Neste caso, os grupos MeOH se comportam como uma base de
Brsted, uma vez que o cido (ou doador de prtons) o polis-
sacardeo. Quanto maior a basicidade dos grupos MeOH, maior
ser a fora de interao com o polissacardeo.
Ainda segundo Liu et al. (2000), a acidez/basicidade de um xido
est diretamente relacionada ao seu ponto isoeltrico. Uma su-
perfcie que apresenta um ponto isoeltrico elevado conside-
rada como bsica, enquanto um valor baixo de ponto isoeltrico
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
28/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 27
indica uma superfcie cida. Os autores consideram que a hip-tese da interao cido/base pode explicar a seletividade obtida
na concentrao de xidos de ferro utilizando o amido como
depressor. O quartzo apresenta um ponto isoeltrico em torno
de pH 2, indicando uma superfcie fortemente cida e pouco
apta a adsorver o polissacardeo. Os xidos de ferro, por outro
lado, apresentam ponto isoeltrico entre pH 6-7. Portanto, so
menos cidos e adsorvem os polissacardeos mais facilmente
que o quartzo.
3.2 | Outros compostos orgnicos polimricos
Alm do amido, outros reagentes orgnicos modificados como
taninos, quebracho, goma guar e dextrina tm sido amplamente
empregados ao longo dos anos na flotao seletiva de minerais
levemente solveis (HANNA e SOMASUNDARAN, 1976).As dextrinas so polissacardeos solveis em gua fria e so
produto resultante da quebra hidroltica do amido, que acontece
devido degradao trmica sob condies cidas. As molcu-
las de dextrina resultantes so menores, porm apresentam um
maior nmero de ramificaes, como pode ser visto na Figura
3.11. A relao amilopectina/amilose preservada, porm as
molculas originais sofrem reduo no nmero de unidades deglicose. Apesar da massa molecular e do tamanho das molcu-
las serem muito menores, as dextrinas apresentam a mesma
capacidade de hidrofilizao que amido (PERES e CORREA,
1996;GUIMARES et al., 2005;BULATOVIC, 1999; LIU et al.,
2000).
https://www.researchgate.net/publication/222207700_Depression_of_iron_oxides_with_corn_starches?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/222207700_Depression_of_iron_oxides_with_corn_starches?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
29/48
28 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
Figura 3.11.Estrutura da dextrina.
Liu et al. (1994) verificaram o aumento da densidade de ad-
soro de dextrina nos minerais calcita, fluorita e apatita com o
aumento do pH. Os valores mximos obtidos para adsoro
situaram-se entre pH 11 e 12, coincidentes com o valor de pontoisoeltrico prximo de pH 12, obtido experimentalmente para os
trs minerais. Considerando que as propriedades eletrocinticas
de minerais em meio aquoso (inclusive minerais levemente
solveis) so controladas pela atividade dos ons H+ e OH-,
pode-se concluir que os grupos -OH prevaleceram nas su-
perfcies em torno do ponto isoeltrico, e a interao da dextrina
com os grupos superficiais metal-hidroxila (MeOH) pode serconsiderada como o principal mecanismo envolvido na ad-
soro. Os ensaios de microflotao com 1,19x10-4M de oleato
sdio na presena de 66ppm de dextrina mostraram que a cal-
cita fortemente deprimida entre pH 8 e 12 (Figura 3.12).
https://www.researchgate.net/publication/223183249_Synergistic_effect_of_mineral_surface_constituents_in_dextrin_adsorption?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/223183249_Synergistic_effect_of_mineral_surface_constituents_in_dextrin_adsorption?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/223183249_Synergistic_effect_of_mineral_surface_constituents_in_dextrin_adsorption?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/223183249_Synergistic_effect_of_mineral_surface_constituents_in_dextrin_adsorption?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
30/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 29
Fonte: Modificado de Liu et al., 1994.
Figura 3.12. Flotabilidade de calcita na ausncia e na presena de
dextrina.
Os taninos (ou polifenis) so compostos fenlicos de alto pesomolecular que podem ser extrados de rvores nativas de dife-
rentes regies do planeta. O quebracho, a casca de accia e a
lignina so os taninos mais utilizados na tecnologia mineral. O
quebracho e a casca de accia tm sido empregados como de-
pressores de calcita, dolomita e siderita na flotao de fluorita
com cidos graxos e tambm na flotao de galena como de-
pressores de esfarelita e ganga carbonatada (PEARSE, 2005;
LEJA, 1982).
O quebracho extrado do cerne de rvores do gnero Shinopsis
balansaee Shinopsis lorentzii, nativas da regio sul do Brasil, do
oeste do Paraguai e do noroeste da Argentina. O quebracho
extrado da madeira em temperaturas acima de 100C, seguida
pela evaporao em vcuo para a obteno de slido em p,
que solvel em gua para valores acima de pH 8. O pr-
tratamento do quebracho com bissulfato de sdio (NaHSO4)
0
20
40
60
80
100
7 8 9 10 11 12 13
pH
%Flotada
dextrina - 0ppm dextrina - 66ppm
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
31/48
30 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
permite a obteno de quebracho solvel em gua fria paraqualquer valor de pH. A estrutura aproximada do quebracho
apresentada na Figura 3.13. O quebracho pode ser comerciali-
zado sob trs formas: o extrato proveniente diretamente do
tratamento com gua quente; o quebracho sulfitado, no qual
grupos do cido sulfnico foram introduzidos na estrutura; e o
quebracho anfotrico, que consiste no quebracho com grupos
amina em sua estrutura (LEJA, 1982; BULATOVIC, 1999).
Fonte: Bulatovic, 1999.
Figura 3.13.Estrutura aproximada do quebracho.
Castro e Hoces (1993) avaliaram a influncia de quebracho e
silicato de sdio na flotao de calcita e celestita com oleato de
sdio. Foram realizados ensaios de flotao em bancada com
minerais puros na razo mineral/gua igual a 200g/300g. O
efeito depressor do quebracho e do silicato foi avaliado em dife-rentes valores de pH para vrias concentraes de coletor. O
quebracho foi mais eficiente na depresso da calcita do que na
da celestita. J o silicato de sdio deprimiu mais fortemente a
celestita do que a calcita. Com o uso de 600g/tm de oleato de
sdio, a recuperao de calcita caiu de cerca de 90% na
ausncia de quebracho para cerca de 5% na presena de 1,2g/l
de depressor, como pode ser observado na Figura 3.14.
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
32/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 31
Fonte: Modificado de Castro e Hoces, 1993.
Figura 3.14.Flotao de calcita com oleato de sdio em funo do pH
para vrias concentraes de quebracho.
Hanna e Somasundaran (1976) consideraram que a forte natu-
reza hidroflica dos grupos fenol existentes na estrutura do que-bracho responsvel pela sua ao depressora. A formao de
complexos fenolato (tanato) de clcio, interaes eletrostticas e
ligaes de hidrognio foram consideradas como os principais
mecanismos envolvidos na adsoro de tanino em calcita.
Ribeiro et al. (2003)testaram a goma de caju como depressor de
um minrio calcreo e tambm como depressor de calcita.
Testes de microflotao de calcita com goma de caju e com ooleato de sdio como coletor mostraram resultados iguais e/ou
superiores aos testes realizados com amido nas mesmas con-
centraes (Figura 3.15). Os testes de flotao em bancada
mostraram uma recuperao de 82% de carbonatos no afun-
dado para o minrio calcreo em pH 8. Uma anlise por espec-
trometria no infravermelho mostrou uma grande semelhana nas
estruturas composicionais do amido e da goma de caju.
0
20
40
60
80
100
6 7 8 9 10 11pH
Recuperao
(%)
0 g/l 0,0012 g/l 0,0120 g/l 0,120 g/l 1,2 g/l
https://www.researchgate.net/publication/238376112_Cashew_gum_A_new_depressor_for_limestone_in_the_phosphate_minerals_flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/238376112_Cashew_gum_A_new_depressor_for_limestone_in_the_phosphate_minerals_flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/238376112_Cashew_gum_A_new_depressor_for_limestone_in_the_phosphate_minerals_flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/238376112_Cashew_gum_A_new_depressor_for_limestone_in_the_phosphate_minerals_flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
33/48
32 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
Fonte: Modificado de Ribeiro et al., 2003.
Figura 3.15. Flotabilidade da calcita em funo da concentrao de
amido e goma de caju.
3.3 | Reagentes inorgnicos
O silicato de sdio um dos compostos inorgnicos mais utiliza-
dos como depressor de no sulfetos. Outros reagentes inorgni-
cos usados frequentemente como depressores so os cromatos,
dicromatos, fosfatos, polifosfatos e alguns cidos inorgnicos
(HANNA e SOMASUNDARAN, 1976).
Segundo Shin e Choi (1985), a complexidade do processo dedissociao do silicato de sdio impede que o mecanismo de
adsoro desse reagente seja definido claramente. Alm disso,
a dissociao em espcies inicas e coloidais depende da razo
entre as espcies Na2O e SiO2do silicato, da concentrao e do
pH do sistema (FUERSTENAU et al., 1968). As principais esp-
cies dissociadas a partir do silicato de sdio em meio aquoso
entre pH 6 e 11 so SiO32-e HSiO3
-.
0
20
40
60
80
100
0 200 400 600 800 1000 1200
Concentrao (mg/l)
%F
lotada
amido goma de caju
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
34/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 33
As isotermas de adsoro de silicato de sdio na scheelita, cal-cita e fluorita em pH 8 obtidas por Shin e Choi (1985) indicam
adsoro inicial de natureza qumica seguida pela formao de
multicamadas ou o preenchimento total da prpria monocamada,
como mostra a Figura 3.16.
Fonte: Modificado de Shin e Choi, 1985.
Figura 3.16.Isotermas de adsoro de silicato de sdio em pH 8.
Na Figura 3.17 so apresentadas as isotermas de adsoro em
funo do pH. Pode ser observado um aumento significativo da
adsoro de silicato nos trs minerais at pH 9,8, caindo
rapidamente a partir desse valor. Os autores atribuem essaqueda ao excesso de ons HSiO3-, que seriam os ons ativos na
adsoro do silicato em minerais contendo clcio. A quantidade
de ons HSiO3- aumentam com o aumento do pH, enquanto a
quantidade de espcies H2SiO3 independente do pH (SHIN e
CHOI, 1985; FUERSTENAU et al., 1968; MISHRA, 1982).
0
10
20
30
40
50
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Concentrao de equilbrio (mol/l) x 10-5
Silica
todes
dioad
sorv
ido
(mo
l/g
)x
10-7
Scheelita Fluorita Calcita
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
35/48
34 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
Fonte: Modificado de Shin e Choi, 1985.
Figura 3.17.Isotermas de adsoro de silicato de sdio em funo do
pH.
Fuerstenau et al.(1968) avaliaram o efeito da variao do pH edo mdulo SiO2/Na2O do silicato de sdio na depresso de cal-
cita, fluorita e apatita. Na presena de 5x10-4M de oleato de po-
tssio e 5x10-4M de silicato de sdio com mdulo SiO2/Na2O
igual a 3,22, a calcita apresentou flotabilidade nula entre pH 7 e
10 (Figura 3.18). Segundo os autores, o efeito depressor acen-
tuado do silicato de sdio em valores de pH relativamente baixos
devido presena de slica coloidal em silicatos com mdulo
superior a 2. Possivelmente, as partculas coloidais estaro car-
regadas negativamente, uma vez que o ponto isoeltrico do
quartzo est em torno de pH 3, e podem adsorver na calcita
(ponto isoeltrico entre pH 9-10,8) por mecanismos eletrostti-
cos. A alta flotabilidade da calcita com oleato de sdio acima de
pH 11 pode ser explicada pela formao preferencial de oleato
de clcio na superfcie em relao ao silicato de clcio.
0
10
20
30
40
50
60
7 8 9 10 11 12pH
Silicatodesdioadsorvido
(mol/g)x10-7
Scheelita Fluorita Calcita
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
36/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 35
Fonte: Modificado de Fuerstenau et al., 1968.
Figura 3.18. Flotabilidade da calcita com oleato de potssio na presena
de silicato de silicato de sdio em funo do pH.
3.4 | Reagentes complexantesOs reagentes formadores de complexos so compostos orgni-
cos que contm vrios grupos doadores de eltrons, os quais
formam mltiplas ligaes covalentes com ctions metlicos.
Esses reagentes formam compostos relativamente estveis - os
quelatos -, e so seletivos. Um quelato produzido quando um
ction metlico coordena-se com dois ou mais grupos doadores
de um nico ligante para formar um anel heterocclico de cincoou seis membros. Os principais tomos doadores so os ele-
mentos no metlicos da 5 e da 6 colunas da tabela peridica,
especialmente o nitrognio, o enxofre e o oxignio. Os principais
ctions capazes de formar complexos so os metais alcalinos
terrosos como o Ca2+ e Mg2+, que so receptores de eltrons.
Apesar do fato de que os ctions metlicos superficiais no es-
to livres e sim ligados estrutura do slido, um agente comple-
xante que forma quelatos com ctions em soluo apresentar
0
20
40
60
80
100
6 7 8 9 10 11 12 13
pH
%Flotada
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
37/48
36 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
uma tendncia similar de interao com ctions do mesmo tipoem superfcie. O impedimento estrico causado pela superfcie
quantitativamente importante para o balano energtico (SKOOG et
al., 2008; BADAULF E SCHUBERT, 1980).
Segundo Leja (1982), os polifosfatos so altamente indicados
para a depresso de carbonatos pelo fato de serem entidades
qumicas capazes de formar fortes ligaes covalentes com nu-
merosos ctions metlicos. Um ou dois oxignios reagem cova-lentemente com ctions metlicos da superfcie e os outros gru-
pos que no participaram da ligao ficam com cargas negativas
em excesso. Os polifosfatos podem tambm remover os ctions
previamente adsorvidos e formar precipitados dispersos no l-
quido, permitindo que a superfcie readquira a carga superficial
original. Essa propriedade faz com que esses compostos sejam
largamente utilizados para diminuir dureza da gua. Segundo
Rashchi e Finch (2000), o complexo metal-polifosfato possivel-mente formado em superfcie previne a adsoro do coletor,
bloqueando a interao com a superfcie.
Badaulf e Schubert (1980) afirmaram que um composto qumico
ser um depressor eficiente se possuir grupos polares que inte-
rajam mais fortemente com a superfcie mineral que o coletor,
possuir outros grupos polares que sejam capazes de tornar a
superfcie mineral hidroflica e apresentar seletividade. A adsor-o de um reagente orgnico hidroflico favorecida apenas se
as ligaes dos grupos polares esto arranjadas na molcula na
posio que favorece a formao do quelato. Essa formao
tambm favorecida com aumento do potencial inico do on
metlico (principalmente os metais alcalinos terrosos). A parte
da molcula que desempenha o efeito hidroflico extrema-
mente importante em termos de tipo e estrutura. Alm de pren-der e formar um composto estvel na superfcie mineral, os
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
38/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 37
agentes quelatos devem ser tambm capazes de promover hi-drofilicidade. Compostos orgnicos hidroflicos podem mudar a
carga de superfcie e sua composio com a adio de coleto-
res, que formam ligaes com o depressor, e esse passa a ser
um reagente ativador (BADAULF e SCHUBERT,1980).
Alm da CMC e da hidroxietil celulose, Zheng e Smith (1997)
avaliaram o efeito depressor de vrios outros compostos como o
cido ctrico, o EDTA, sais de cido sulfnico, dissulfnico etrissulfnico sobre a dolomita. O EDTA mostrou-se como ativa-
dor da dolomita, uma vez que a flotabilidade desse mineral foi
superior a 93% entre pH 7,7 e 9,1 com o uso de oleato de sdio
como coletor. Sem o uso de EDTA, a flotabilidade cai para cerca
de 80%. Segundo os autores, a alta flotabilidade da dolomita
com EDTA pode ser explicada pelo efeito de limpeza da superf-
cie, que seria causado pela formao de complexos solveis
com ons clcio e magnsio, removendo-os da superfcie domineral e favorecendo a adsoro do oleato de sdio. O menor
nmero de grupos carboxila presentes na estrutura do cido
ctrico faz com que as ligaes entre esse cido e os stios su-
perficiais sejam mais fracas do que aquelas apresentadas pelo
EDTA. Dessa forma, o cido ctrico incapaz de remover os
ons da superfcie, onde ocorre a formao do complexo citrato,
que insolvel, atravs da fixao dos grupos carboxila, nosstios superficiais ativos. Os resultados de flotabilidade da dolo-
mita com oleato de sdio na dosagem de 60mg/l na ausncia e
na presena de cido ctrico so apresentados na Figura 3.19.
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
39/48
38 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
Fonte: Modificado de Zheng e Smith, 1997.
Figura 3.19.Flotabilidade de dolomita na ausncia e na presena de
cido ctrico.
0
20
40
60
80
100
6 7 8 9 10 11pH
%Flotada
Sem depressor cido ctrico - 40mg/l
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
40/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 39
4 | CONCLUSESOs compostos orgnicos polimricos so os reagentes mais
usados como depressores de carbonatos. O alto peso molecular
e a presena de um grande nmero de grupos polares como
OH e COOH caracterstico de muitos polissacardeos, como
amido, celulose e dextrina, o que permite a ampla aplicao
desses compostos no processamento mineral, principalmente
como depressores de flotao. Entre esses compostos, o amidotem apresentado o melhor desempenho para minrios que con-
tm altos teores de calcita. A CMC parece ser mais eficiente na
depresso de minerais portadores de magnsio, como a dolo-
mita. Fatores de compatibilidade estrica favorecem a adsoro
preferencial do amido sobre a calcita, o que no ocorre entre o
amido e a dolomita. Vrios outros reagentes polimricos como
os taninos, o quebracho, a goma arbica, a etil e carboximetil
celulose tm sido amplamente investigados. Os mecanismosmais importantes na interao entre os polissacardeos e os
minerais so as ligaes de hidrognio e a formao de comple-
xos metlicos superficiais. As interaes de natureza eletrost-
tica e hidrofbica podem tambm contribuir para a adsoro de
polissacardeos em minerais.
O silicato de sdio pode ser um depressor efetivo para a calcita.
Seu desempenho parece ser governado pelo pH da soluo emdulo SiO2/Na2O. O efeito depressor mais acentuado quando
o mdulo SiO2/Na2O superior a 2, inclusive em valores de pH
relativamente baixos. Os mecanismos de adsoro podem ser a
atrao eletrosttica entre as partculas de slica coloidal e a
calcita e interaes de natureza qumica.
Os reagentes complexantes e compostos inorgnicos tm sido
amplamente pesquisados e apresentam grande potencial de
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
41/48
40 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
aplicao. Os agentes complexantes so capazes de formarcompostos relativamente estveis com ctions metlicos como,
por exemplo, o Ca2+ e Mg2+provenientes da calcita e da dolo-
mita. Alguns complexantes como o cido ctrico tm apresentado
desempenho considervel na depresso de carbonatos.
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
42/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 41
5 | AGRADECIMENTOSOs autores agradecem o apoio do CNPq para a realizao deste
trabalho.
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
43/48
42 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
REFERNCIAS BIBLIOGRFICASBALDAUF, H.; SCHUBERT, H. Correlation between Structure and
Adsorption for Organic Depressants in Flotation. In: InternationalSymposium on Fine Particles Processing, 1980, Las Vegas.SOMASUNDARAN, P. Fine Particles Processing; Fine ParticlesFlotation, proceedings, New York: American Institute of Mining,Metallurgical and Petroleum Engineers. Chapter 5, vol. 1, p.767-786, 1980.
BARROS, L. A. F.; FERREIRA, E. E.; PERES, A. E. C. Floatability ofApatite and Gangue Minerals of an Igneous Phosphate Ore.Minerals Engineering, vol. 21, p. 994-999, 2008.
BULATOVIC, S. M. Use of Organic Polymers in the Flotation ofPolymetallic Ores: A Review. Minerals Engineering, vol. 12 (4), p.341-354, 1999.
CASTRO, F. H. B.; HOCES, M. C. Influence of Quebracho and SodiumSilicate on Flotation of Celestite and Calcite with Sodium Oleate.International Journal of Mineral Processing, vol. 37, p. 283-298,1993.
CORREIA, J. C. G.; LEAL FILHO, L. S.; SEIDL, P. R. ModelagemMolecular Aplicada Flotao de Minerais Estudo de Caso.Srie Tecnologia Mineral, Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2002.
CUBA-CHIEM, L. T.; LE HUYNH; RALSTON, J.; BEATTIE, D. A. In SituParticle Film ATR FTIR Spectroscopy Mechanism, pH Effects,
and Adsorption Kinetics. Langmuir, vol. 24, p. 8036-8044, 2008.
FERNANDES, M. L. S. Minerais Formadores de Rochas. In: SGARBI,G. N. C. Petrografia Macroscpica das Rochas gneas,Sedimentares e Metamrficas. Belo Horizonte: Editora UFMG.Parte II, captulo 6, p. 109-163, 2007.
FUERSTENAU, M. C.; GUTIERREZ, G.; ELGILLANI, D. A. TheInfluence of Sodium Silicate in Nonmetallic Flotation Systems.Transactions of Society of Mining Engineers, AIME, vol. 241, p.
319-323, 1968.
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
44/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 43
GUIMARES, R. C.; ARAUJO, A. C.; PERES, A. E. C. Reagents inIgneous Phosphate Flotation. Minerals Engineering, vol. 18, p.199-204, 2005.
HANNA, H. S.; SOMASUNDARAN, P. Flotation of Salt-Type Minerals.Flotation, A. M. Gaudin Memorial volume, AIME, New York,p.197-272, 1976.
IRANNAJAD, M.; EJTEMAEI, M.; GHARABAGHI, M. The Effect ofReagents on Selective Flotation of Smithsonite-Calcite-Quartz.
Minerals Engineering, vol. 22, p. 766-771, 2009.
KANGAL, O.; SIRKECI, A. A.; GNEY, A. Flotation Behaviour of Huntite(Mg3Ca(CO3)4) with Anionic Collectors. International Journal ofMineral Processing, vol. 75, p. 31-39, 2004.
KLEIN, C.; HURLBUT JR., C. S. Systematic Mineralogy Part III:Carbonates, Nitrates, Borates, Sulfates, Chromates, Tungstates,Molybdates, Phosphates, Arsenates, and Vanadates. In: KLEIN,C.; HURLBUT JR., C. S. Manual of Mineralogy. After J. D. Dana.
21st ed. New York: John Wiley & Sons. Chapter 12, p.403-439,1993.
LEAL FILHO, L. S. Contribuio ao estudo de depressores para aflotao aninica direta do fosfato de Jacupiranga. BeloHorizonte: Escola de Engenharia da UFMG, 236p. (Dissertao,Mestrado em Engenharia Metalrgica e de Minas), 1988.
LEJA, J. Flotation Surfactants. In: LEJA, J. Surface Chemistry of FrothFlotation. New York: Plenum Press, chapter 5, p. 205-399, 1982.
LIN, K. F.; BURDICK, C. L. Polymeric Depressants. In: SOMASUNDARAN,P.; MOUDGIL, B. M. Reagents in Mineral Tecnology. New York:Marcel Dekker. Chapter 15, p. 471-483, 1988.
LIU, Q.; LASKOWSKI, J. S.; YE Li; WANG, D. Synergistic Effect ofMineral Surface Constituents in Dextrin Adsorption. InternationalJournal of Mineral Processing, vol. 42, p. 251-266, 1994.
LIU, Q.; ZHANG, Y.; LASKOWSKI, J. S. The Adsorption ofPolysaccharides onto Mineral Surfaces: an Acid/Base Interaction.
https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/236165711_The_effect_of_reagents_on_selective_flotation_of_smithsonite-calcite-quartz?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/236165711_The_effect_of_reagents_on_selective_flotation_of_smithsonite-calcite-quartz?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/236165711_The_effect_of_reagents_on_selective_flotation_of_smithsonite-calcite-quartz?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/229296804_Flotation_behaviour_of_huntite_Mg3CaCO34_with_anionic_collectors?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/229296804_Flotation_behaviour_of_huntite_Mg3CaCO34_with_anionic_collectors?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/229296804_Flotation_behaviour_of_huntite_Mg3CaCO34_with_anionic_collectors?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/255499793_Surface_Chemistry_of_Froth_Flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/255499793_Surface_Chemistry_of_Froth_Flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/223183249_Synergistic_effect_of_mineral_surface_constituents_in_dextrin_adsorption?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/223183249_Synergistic_effect_of_mineral_surface_constituents_in_dextrin_adsorption?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/223183249_Synergistic_effect_of_mineral_surface_constituents_in_dextrin_adsorption?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/236165711_The_effect_of_reagents_on_selective_flotation_of_smithsonite-calcite-quartz?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/236165711_The_effect_of_reagents_on_selective_flotation_of_smithsonite-calcite-quartz?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/236165711_The_effect_of_reagents_on_selective_flotation_of_smithsonite-calcite-quartz?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/255499793_Surface_Chemistry_of_Froth_Flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/255499793_Surface_Chemistry_of_Froth_Flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/223183249_Synergistic_effect_of_mineral_surface_constituents_in_dextrin_adsorption?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/223183249_Synergistic_effect_of_mineral_surface_constituents_in_dextrin_adsorption?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/223183249_Synergistic_effect_of_mineral_surface_constituents_in_dextrin_adsorption?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/229296804_Flotation_behaviour_of_huntite_Mg3CaCO34_with_anionic_collectors?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/229296804_Flotation_behaviour_of_huntite_Mg3CaCO34_with_anionic_collectors?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/229296804_Flotation_behaviour_of_huntite_Mg3CaCO34_with_anionic_collectors?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/248475999_Reagents_in_igneous_phosphate_ores_flotation_Miner_Eng?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
45/48
44 Aline P. L. Nunes e Antnio E. C. Peres
International Journal of Mineral Processing, vol. 60, p. 229-245,2000.
MISHRA, S. K. Electrokinetic Properties and Flotation Behaviour ofApatite and Calcite in the Presence of Sodium Oleate andSodium Metasilicate. International Journal of Mineral Processing,vol. 9, p. 59-73, 1982.
MORRIS, G. E.; FORNASIERO, D.; RALSTON, J. Polymer Depressantsat the TalcWater Interface: Adsorption Isotherm, Microflotation
and Electrokinetic Studies. International Journal of MineralProcessing, vol. 67, p. 211-227, 2002.
PEARSE, M. J. An Overview of the Use of Chemical Reagents inMineral Processing. Minerals Engineering, v. 18, p. 139-149,2005.
PERES, A. E. C.; CORREA, M. I. Depression of Iron Oxides with CornStarches. Minerals Engineering, vol. 9 (12), p. 1227-1234, 1996.
PRASAD, M.; MAJUMDER, A. K.; RAO, T. C. Reverse Flotation ofSedimentary Calcareous/Dolomitic Rock Phosphate Ore AnOverview. Minerals and Metallurgical Processing, v. 17 (1), p. 49-55, 2000.
RASHCHI, F.; FINCH, J. A. Polyphosphates: a Review Their Chemistryand Application with Particular Reference to Mineral Processing.Minerals Engineering, vol. 13 (10-11), p. 1019-1035, 2000.
RIBEIRO, R. C. C.; CORREIA, J. C. G.; MONTE, M. B. M; SEIDL, P. R.;MOTH, C. G.; LIMA, C. A. Cashew Gum: a New Depressor forLimestone in the Phosphate. Minerals Flotation. MineralsEngineering, vol. 16, p. 873-875, 2003.
SHIN, B. S.; CHOI, K. S. Adsorption of Sodium Metasilicate on CalciumMinerals. Minerals and Metallurgical Processing, vol.278 , p. 223-226, 1985.
SIS, H.; CHANDER; S. Reagents Used in the Flotation of Phosphate
Ores: a Critical Review. Minerals Engineering, Pergamon, v.16,p.577-585, 2003.
https://www.researchgate.net/publication/222207700_Depression_of_iron_oxides_with_corn_starches?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/222207700_Depression_of_iron_oxides_with_corn_starches?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/238376112_Cashew_gum_A_new_depressor_for_limestone_in_the_phosphate_minerals_flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/238376112_Cashew_gum_A_new_depressor_for_limestone_in_the_phosphate_minerals_flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/238376112_Cashew_gum_A_new_depressor_for_limestone_in_the_phosphate_minerals_flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/238376112_Cashew_gum_A_new_depressor_for_limestone_in_the_phosphate_minerals_flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/222207700_Depression_of_iron_oxides_with_corn_starches?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/222207700_Depression_of_iron_oxides_with_corn_starches?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/238376112_Cashew_gum_A_new_depressor_for_limestone_in_the_phosphate_minerals_flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/238376112_Cashew_gum_A_new_depressor_for_limestone_in_the_phosphate_minerals_flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/238376112_Cashew_gum_A_new_depressor_for_limestone_in_the_phosphate_minerals_flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==https://www.researchgate.net/publication/238376112_Cashew_gum_A_new_depressor_for_limestone_in_the_phosphate_minerals_flotation?el=1_x_8&enrichId=rgreq-edc4550d-f79e-43aa-9a28-f759f01dfefb&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI2MTk5NTQ1MTtBUzoxNTcwMjQ4MDU0NjYxMTJAMTQxNDQ0OTAzOTU5Ng==7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
46/48
Reagentes depressores de carbonatos: uma reviso 45
SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R. Reaese Titulaes de Complexao. In: SKOOG, D. A.; WEST, D. M.;HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R. Fundamentos de QumicaAnaltica; Traduo da 8 Edio Norte-americana, So Paulo:Cengage Learning, chapter 17, p. 427-460, 2008.
SOMASUNDARAN, P. Unpublished Data apud HANNA, H. S.;SOMASUNDARAN, P. Flotation of Salt-Type Minerals. Flotation,A. M. Gaudin Memorial volume, AIME, New York, p.197-272,1976.
SOMASUNDARAN, P.; EL-MOFTY, S. E. Surface ChemicalCharacteristics and Adsorption Properties of Calcite as One ofthe Gangue Minerals of Phosphate Ores. In: El-Shall, H.;Moudgil, B. M.; Wiegel, R. Beneficiation of Phosphates Fundamentals and Technology; Section 4 - Beneficiation ofPhosphates with Carbonaceous Gangues. Littleton: Society forMining, Metalurgy and Exploration. Chapter 24, p. 239-246,2002.
SOMASUNDARAN, P.; OFORI AMANKONAH, J.; ANANTHAPADMABHAN,K.P. Mineral-Solution Equilibria in Sparingly Soluble MineralsSystems. Colloids and Surfaces, v. 15, p. 309-333, 1985.
TANAKA, Y.; KATAYAMA, N.; ARAI, S. Reagents in PhosphateFlotation. In: SOMASUNDARAN, P.; MOUDGIL, B. M. Reagentsin Mineral Tecnology. New York: Marcel Dekker. Chapter 20, p.579-645, 1988.
WANG, J; SOMASUNDARAN, P. Adsorption and Conformation of
Carboxymethyl Cellulose at Solid-Liquid Interfaces UsingSpectroscopic, AFM and Allied Techniques. Journal of Colloidand Interface Science, vol. 291, p. 75-83, 2005.
ZHENG, X.; SMITH, R .W. Dolomite Depressants in the Flotation ofApatite and Collophane from Dolomite. Minerals Engineering, v.10 (5), p. 537-545, 1997.
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
47/48
SRIES CETEM
As Sries Monogrficas do CETEM so o principal material de
divulgao da produo cientfica realizada no Centro. At o finaldo ano de 2010, j foram publicados, eletronicamente e/ou
impressos em papel, cerca de 200 ttulos, distribudos entre as
seis sries atualmente em circulao: Rochas e Minerais
Industriais (SRMI), Tecnologia Mineral (STM), Tecnologia Ambiental
(STA), Estudos e Documentos (SED), Gesto e Planejamento
Ambiental (SGPA) e Inovao e Qualidade (SIQ). A Srie Iniciao
Cientfica consiste numa publicao eletrnica anual.A lista das publicaes poder ser consultada em nossa
homepage. As obras esto disponveis em texto completo para
download. Visite-nos em http://www.cetem.gov.br/series.
ltimos nmeros da Srie Tecnologia Mineral
STM-88 - Avaliao da utilizao de argila calcinada empavimentao asfltica. Roberto Carlos da C. Ribeiro, JulioCesar G. Correia e Peter Rudolf Seidl, 2007.
STM-87 - Utilizao de rejeitos de rochas ornamentais emmisturas asflticas. Roberto Carlos da C. Ribeiro, JulioCsar Guedes Correia, Peter Rudolf Seidl, Salvador LuizMatos de Almeida e Eduardo Augusto Carvalho, 2007.
STM-86 - Utilizao do calcrio do Cariri cearense comoagregado mineral em pavimentao asfltica. RobertoCarlos da C. Ribeiro, Julio Cesar Guedes Correia, PeterRudolf Seidl, Jorge Barbosa Soares, Francisco WilsonHolanda Vidal e Livia Pinheiro de Araujo, 2006.
STM-85 -Anl ise de modelo cintico: flotao verdadeira earraste. Influncia do tamanho das partculas. FernandoAntunes Gaspar Pita, 2006.
7/25/2019 Reagentes Depressores de Carbonatos-1-Em
48/48
INFORMAES GERAIS
CETEM Centro de Tecnologia Mineral
Avenida Pedro Calmon, 900 Cidade Universitria21941-908 Rio de Janeiro RJ
Geral: (21) 3867-7222
Biblioteca: (21) 3865-7218 ou 3865-7233
Telefax: (21) 2260-2837
E-mail: biblioteca@cetem.gov.br
Homepage: http://www.cetem.gov.br
NOVAS PUBLICAES
Se voc se interessar por um nmero maior de exemplares
ou outro ttulo de uma das nossas publicaes, entre em
contato com a nossa biblioteca no endereo acima.
Solicita-se permuta.
We ask for interchange.