Redes de Transformação, Ciber-sociedade, Espaço e o Ser digital

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Parte da apresentação do trabalho referente a disciplina Estética das Redes e o Ciberespaço ministrada pela Profa. Dra. Maria Cristina Villanova Biazus.

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Redes de Transformação, Ciber-sociedade, Espaço e o Ser digital

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Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação

Trabalho apresentado a Disciplina Estética das Redes e o Ciberespaço ministrada pela Profª. Drª. Maria Cristina

Villanova Biazus

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Conteúdo

● Introdução● Redes de Transformação● Cibersociedade, Ciberespaço e

Cibercultura ● Ser digital● Considerações finais● Referências

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Introdução

● Objetos técnicos viabilizam conexões intersubjetivas;

● Mutações culturais reconfiguram novas formas de sociabilidade e subjetivação;

● Sistemas maquínicos permitem experimentações;

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Introdução

● Rompimento da ideia de tempo e espaço;● Redes comunicacionais sustentam práticas

colaborativas compartilhadas e produzem novas modalidades de relações;

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Introdução

Objetivos

Geral– Abordar o impacto das redes interativas e do espaço

digital no processo de produção de subjetividade em contextos sociais.

Específicos – Enfocar a evolução das redes de comunicação como

elemento de transformação social;– Discutir os efeitos das tecnologias de informação e

comunicação na produção da subjetividade do ser humano.

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Introdução

Problemáticas

pretende-se abordar a exposta temática com base nos seguintes questionamentos: ● Até que ponto as redes tem transformado a

sociedade? ● Como se dar o processo de produção de

subjetividade nas redes telemáticas ? ● Seria possível produzir subjetividades individuais no

ciberespaço permeado por modelizações dominantes?

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Introdução

Abordagens metodológicas● Pesquisa bibliográfica;● Análise do filme eXistenZ e referencia a outros

recursos audiovisuais;● Sustentação teórica: Deleuze, Guattari, Latour,

Parente, Hardt, Negri, Gorz e Santaella.

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Redes de Transformação

● Noção de redes;

“Rede é um conceito, não uma coisa. É uma ferramenta para ajudar a descrever um fenômeno que está sendo descrito”, LATOUR (2005, p. 131).

Rede como modelo rizomático.

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Redes de Transformação

● Conceito de Rizoma;

Deleuze e Guattari colocam que o rizoma se refere a um mapa que deve ser produzido, construído, sempre desmontável, conectável, reversível, modificável, com múltiplas entradas e saídas, com suas linhas de fuga.

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RizomaRizoma

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Mapa das enchentesMapa das enchentes

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Cibersociedade, Ciberespaço e Cibercultura

Conforme Virílio citado por Parente (2004):

chegaremos ao tempo em que não haverá mais campo de tênis, mas um campo virtual; não haverá mais passeio de bicicleta, mas exercícios em um home-trainer; não haverá mais guerra, mas videogame; não haverá astronauta, mas telerobôs: o espaço não se estenderá.

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Advento do Pós-Humano

Advento do Pós-Humano

Sedentarização do Corpo

Sedentarização do Corpo Corpo ObsoletoCorpo Obsoleto

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Cibersociedade, Ciberespaço e Cibercultura

Guerra convencional = destruição do espaço físico, cultural, étnico

Guerra contemporânea = informacional, cognitiva, ideológica

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Ser Digital

Subjetividade e técnica● Crise do indivíduo;● Sujeito Pós-Moderno;● Multidão;● Agenciamento coletivo.

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Ser Digital

De acordo com Santaella (2007, p. 33), na rede, há um grande processo caleidoscópico, cuja subjetividade dos indivíduos se mescla à “hipersubjetividade de infinitos textos” os quais nos levam de um nó a outro, multiplicando as informações em uma trajetória livre e sem predefinição.

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Ser Digital

Na visão de Parente (2007), somos uma rede de redes (multiplicidade), cada rede remetendo a outras redes de natureza diversa (heterogênese) em um processo auto-referente (autopoiesis).

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Ser Digital

O sujeito é um sistema autopoiético que se organiza como uma rede auto-referente, que regenera, continuamente por suas interações e transformações, a rede que o produziu, e se constitui como sistema ou unidade concreta no espaço em que existe, especificando o domínio topológico no qual existe como rede. A subjetividade é, como a cognição, o advento, a emergência (enação) de um afeto e de um mundo a partir de suas ações no mundo (PARENTE, 2007, p.104).

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Ser Digital

Pensar a subjetividade como autopoiesis nos leva a descrever o saber, a razão, a cognição, a inteligência, não como faculdades de um sujeito, uma vez que eles são dimensões que co-emergem com os universos sociais. (PARENTE, 2007, p.104)

Por outro lado, estas “capacidades” que co-emergem com o indivíduo em um processo de auto-engendramento não podem ser vinculadas apenas a seu cérebro, mas a seu corpo, que ultrapassa de longe o seu invólucro corporal e se estende até onde se estendem suas redes sociotécnicas, seus hábitos, seus apegos. (PARENTE, 2007, p.104).

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eXistenZ

Filme eXistenZ:● dirigido por David Cronenberg;● Narrativa sobre uma desenvolvedora do jogo interativo

baseado em realidade virtual eXistenZ. ● Os jogadores através de uma interconexão bio-

maquiníca e consoles tecno-orgânicos adentram em um ambiente repleto de simulacros, onde realidade e virtualidade se fundem e relações intersubjetivas são potencializadas. A escolha por esse filme, deu-se devido ao fato de discutir inúmeras questões ligadas a corpo-imagem, biotecnologia, hiperealidade, simulacro, etc.

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eXistenZeXistenZ

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eXistenZ

Dicotomia: consciente-inconsciente, real-virtual; homem-máquina, mente-corpo,

Cronenberg é compulsivo na construção de fronteiras ténues entre os seus objetos dicotómicos, ele não busca respostas concretas mas antes uma análise detalhada sobre cada uma das alfândegas que as compõem.

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eXistenZ

● Fetiche: corpo e suas intervenções tecnológicas e sobre-humanas (ALTMANN, 2007);

● O corpo torna-se um objeto híbrido, afetado por implantes, funcionando com componetes sintéticos, próteses, quando a tecnologia é implantada na carne, produzindo um "corpo amplificado" (upgradado pela tecnologia). O que a biotecnologia coloca em questão é a própria definição do que é humano (BENTES, 2013 .

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Considerações Finais

● Redes sociais como formas de produção de subjetividade;

● Tecnologias de resistência x tecnologias de reprodução;

● Conhecimento como principal força produtiva de subjetividade: advento do trabalho cognitivo, de base imaterial. Valor estético, valor-dinheiro, valor-trabalho=valor situado fora da economia (GORZ, 2005).

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Experimentações estéticasExperimentações estéticas

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Referências

ALTMANN, Eliska. O corpo-máquina de Cronenberg sob a luz pictórica de Bacon: fábulas do devir-outro. ALCEU. v.7 - n.14 - p. 41 a 54 - jan./jun. 2007.

BENTES, Ivana. Corpo e Tecnologia em David Cronenberg. Disponível em: www.portcom.intercom.org.br/.../a98d253bf1508aafeb5907543414c>. Acesso em 02 jan. 2013.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol. 1. São Paulo: Editora 34, 1995.

LATOUR, B. Redes que a razão desconhece. In: PARENTE, A. (org.). Tramas da Rede: novas dimensões filosóficas, estéticas e políticas da comunicação. Porto Alegre, Sulina, 2004.

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Referências

GORZ, A. O imaterial: conhecimento, valor e capital. São Paulo: Annablume, 2005.

HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Império. Rio de Janeiro: Record, 2006.

PARENTE, André. Eredando o pensamento: redes de transformação e subjetividade. In: PARENTE, A. (org.). Tramas da Rede: novas dimensões filosóficas, estéticas e políticas da comunicação. Porto Alegre, Sulina, 2004.

______. Rede e subjetividade na filosofia francesa contemporânea. Rev. Eletr. de Com. Inf. Inov. Saúde. Rio de Janeiro, v.1, n.1, p.101-105, jan.-jun., 2007.

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Referências

Imagens● Controles remoto:

http://bogdopaulinho.blogspot.com.br

● Gráfico do rizoma:

http://rizoma.milharal.org

● Games e raquete

http://forrestercomputing.files.wordpress.com

http://www.shinyshiny.tv

http://www.techsmart.co.za

● Mapa das Enchentes do MA por Sarita Bastos e colaboradores

● Laptop e equipamentos multimídia por Roosewelt Lins