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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA
FACULDADE DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E URBANISMO
ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
PROCESSO DE MEDIÇÃO DE RUGOSIDADE DE SUPERFÍCIES E
UTILIZAÇÃO DO PROJETOR DE PERFIL
GRUPO
DANIEL JOSÉ ROSA
FRANCIS DEIVITI CIUFI
LUIS HENRIQUE COUVRE
RENATO BATISTELA
RODRIGO NANDIN MAIA
Disciplina de Processos de Fabricação e Metrologia
Santa Bárbara D´Oeste - SP
Novembro de 2008
UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA
FACULDADE DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E URBANISMO
ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
PROCESSO DE MEDIÇÃO DE RUGOSIDADE DE SUPERFÍCIES E
UTILIZAÇÃO DO PROJETOR DE PERFIL
GRUPO
DANIEL JOSÉ ROSA
FRANCIS DEIVITI CIUFI
LUIS HENRIQUE COUVRE
RENATO BATISTELA
RODRIGO NANDIN MAIA
PROFESSOR: ERIVELTO MARINO
Relatório da aula prática apresentado para
avaliação da disciplina Processo de Fabricação e
Metrologia, do sétimo semestre, do curso de
Engenharia de Controle e Automação, da
Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP
– sob orientação do professor Erivelto Marino
Santa Bárbara D´Oeste - SP
Novembro de 2008
SUMÁRIO
1 OBJETIVO DA PRÁTICA............................................................................ 52 INTRODUÇÃO............................................................................................ 6
2.1 Rugosidade ............................................................................................. 62.1.1 Parâmetros de rugosidade ............................................................... 62.1.2 Rugosidade média Ra...................................................................... 7a) Vantagens do parâmetro Ra................................................................ 7b) Desvantagens do parâmetro Ra .......................................................... 82.1.3 Rugosidade máxima Ry ................................................................... 8a) Vantagens do parâmetro Ry ................................................................ 9b) Desvantagens do parâmetro Ry .......................................................... 92.1.4 Rugosidade média Rz ...................................................................... 9a) Vantagens do parâmetro Rz .............................................................. 10b) Desvantagens do parâmetro Rz ........................................................ 102.1.5 Medição da rugosidade .................................................................. 10a) Indicação do estado de superfície no desenho.................................. 11b) Indicação no desenho........................................................................ 12c) Direção das estrias ............................................................................ 122.1.6 Rugosímetro................................................................................... 12a) Componentes do rugosímetro ........................................................... 14
2.2 Projetor de Perfil.................................................................................... 152.2.1 Característica / Funcionamento...................................................... 152.2.2 Sistemas de projeção..................................................................... 16a) Projeção diascópica........................................................................... 17b) Projeção episcópica........................................................................... 18
3 DESCRIÇÃO DA PRÁTICA ...................................................................... 193.1 Rugosímetro.......................................................................................... 19
3.1.1 Equipamentos ................................................................................ 193.1.2 Procedimento ................................................................................. 19
3.2 Projetor de Perfil.................................................................................... 203.2.1 Equipamentos ................................................................................ 203.2.2 Procedimento ................................................................................. 20
4 QUESTIONÁRIO ...................................................................................... 224.1 Rugosímetro.......................................................................................... 22
4.1.1 Analisar as rugosidades superficiais obtidas nos diversos processosde fabricação. ........................................................................................... 224.1.2 Definir rugosidade média Ra e dar exemplos de três peças nasquais é ncessária a indicação da rugosidade. .......................................... 23
5 CONCLUSÃO ........................................................................................... 246 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 25
LISTA DE FIGURAS
Figura 02.01 – Rugosidade média Ra
Figura 02.02 – Rugosidade Ry definida pela rugosidade parcial (neste caso Z3)
Figura 02.03 – Rugosidade média Rz
Figura 02.04 - Indicação do estado de superfície no desenho
Figura 02.05 – Indicação no desenho
Figura 02.06 – Rugosímetro digital
Figura 02.07 – Tipos de rugosímetro
Figura 02.08 – Esquema de funcionamento de um rugosímetro
Figura 02.09 – Projetor de perfil
Figura 02.10 – Lentes do projetor de perfil
Figura 02.11 – Sistemas de projeção
Figura 02.12 – Projeção diascópica
Figura 02.13 – Projeção episcópica
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1 OBJETIVO DA PRÁTICA
• Verificar as irregularidades de superfícies obtidas por diversos
processos produtivos. Familiarizar os alunos com os equipamentos
utilizados e parâmetros normalizados, através do qual os alunos
poderão sentir as influências das irregularidades das superfícies nas
suas diversas aplicações.
• Familiarizar o aluno com o uso do projetor de perfis e com a medição
óptica.
• Introduzir alguns conceitos utilizados em instrumentos de medição
óptica.
• Familiarizar o aluno com o conjunto de recursos do instrumento que
lhes atribuí a capacidade de medir.
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2 INTRODUÇÃO
2.1 Rugosidade
É o conjunto de irregularidades, pequenas saliências e reentrâncias que
caracterizam uma superfície, ou seja, as diferenças entre picos e vales. Essas
irregularidades podem ser avaliadas através de aparelhos eletrônicos, por
exemplo, o rugosímetro.
A rugosidade desempenha um papel importante no comportamento dos
componentes mecânicos. Ela influi na qualidade de deslizamento, resistência
ao desgaste, ajuste do acoplamento, escoamento de fluidos e lubrificantes,
qualidade de aderência que a estrutura oferece às camadas protetoras,
resistência à corrosão e à fadiga, vedação, aparência.
A grandeza, a orientação e o grau de irregularidade da rugosidade
podem indicar suas causas que podem ser, imperfeições nos mecanismos das
máquinas-ferramenta, vibrações no sistema peça-ferramenta, desgaste das
ferramentas ou até mesmo a própria conformação da peça.
Sua medida é expressa em microns (µm).
2.1.1 Parâmetros de rugosidade
A superfície das peças apresentam perfis bastante diferentes entre si.
As saliências e reentrâncias (rugosidade) são irregulares. Para dar acabamento
adequado às superfícies é necessário, portanto, determinar o nível em que elas
devem ser usinadas, ou seja, deve-se adotar um parâmetro que possibilite
avaliar a rugosidade.
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2.1.2 Rugosidade média Ra
Esse parâmetro conhecido como Ra (Roughness Average) significa
rugosidade média (Figura 02.01), e é obtido através da média pico vale, ou
seja, somatória das áreas.
O parâmetro Ra pode ser usado nos seguintes casos:
• Controle contínuo da rugosidade nas linhas de produção;
• Superfícies em que o acabamento apresenta sulcos de usinagem
bem orientados (torneamento, fresagem etc.);
• Superfícies de pouca responsabilidade, como no caso de
acabamentos com fins apenas estéticos.
Figura 02.01 – Rugosidade média Ra
a) Vantagens do parâmetro Ra
É o parâmetro de medição mais utilizado em todo o mundo. É aplicável à
maioria dos processos de fabricação. Devido a sua grande utilização, quase
todos os equipamentos apresentam esse parâmetro (de forma analógica ou
digital eletrônica).
Os riscos superficiais inerentes ao processo não alteram muito seu
valor.
8
b) Desvantagens do parâmetro Ra
O valor de Ra em um comprimento de amostragem indica a média da
rugosidade. Por isso, se um pico ou vale maior aparecer na superfície, o valor
da média não sofrerá grande alteração, ocultando o defeito.
O valor de Ra não define a forma das irregularidades do perfil. Dessa
forma, poderemos ter um valor de Ra para superfícies originadas de processos
diferentes de usinagem.
Nenhuma distinção é feita entre picos e vales.
Para alguns processos de fabricação com freqüência muito alta de vales
ou picos, o parâmetro não é adequado, já que a distorção provocada pelo filtro
eleva o erro a altos níveis.
2.1.3 Rugosidade máxima Ry
Está definido como o maior valor das rugosidades parciais (Figura
02.02) que se apresenta no percurso de medição (Lt). Divide o comprimento
amostral em seis partes descarta 1/6 como aceleração e desaceleração e
mostra o valor da máxima amplitude das cinco medidas.
O parâmetro Ry pode ser empregado nos seguintes casos:
• Superfícies de vedação;
• Assentos de anéis de vedação;
• Superfícies dinamicamente carregadas;
• Tampões em geral;
• Parafusos altamente carregados;
• Superfícies de deslizamento em que o perfil efetivo é periódico.
Figura 02.02 – Rugosidade Ry definida pela rugosidade parcial (neste caso Z3)
9
a) Vantagens do parâmetro Ry
Informa sobre a máxima deterioração da superfície vertical da peça. É
de fácil obtenção quando o equipamento de medição fornece o gráfico da
superfície.
Tem grande aplicação na maioria dos países.
Fornece informações complementares ao parâmetro Ra (que dilui o
valor dos picos e vales).
b) Desvantagens do parâmetro Ry
Nem todos os equipamentos fornecem o parâmetro. E, para avaliá-lo por
meio de um gráfico, é preciso ter certeza de que o perfil registrado é um perfil
de rugosidade. Caso seja o perfil efetivo (sem filtragem), deve ser feita uma
filtragem gráfica. Pode dar uma imagem errada da superfície, pois avalia erros
que muitas vezes não representam a superfície como um todo. Por exemplo:
um risco causado após a usinagem e que não caracteriza o processo.
2.1.4 Rugosidade média Rz
Corresponde à média aritmética dos cinco valores de rugosidade parcial,
ou seja, divide o comprimento amostral em seis partes descarta 1/6 como
aceleração e desaceleração e mostra a média das amplitudes.
O parâmetro Rz (Figura 02.03) pode ser empregado nos seguintes
casos:
• Pontos isolados não influenciam na função da peça a ser controlada.
Por exemplo: superfícies de apoio e de deslizamento, ajustes
prensados, etc.
• Em superfícies onde o perfil é periódico e conhecido.
10
Figura 02.03 – Rugosidade média Rz
a) Vantagens do parâmetro Rz
Informa a distribuição média da superfície vertical. É de fácil obtenção
em equipamentos que fornecem gráficos. Em perfis periódicos, define muito
bem a superfície.
Riscos isolados serão considerados apenas parcialmente, de acordo
com o número de pontos isolados.
b) Desvantagens do parâmetro Rz
Em algumas aplicações, não é aconselhável a consideração parcial dos
pontos isolados, pois um ponto isolado acentuado ser· considerado somente
em 20%, mediante a divisão de 1/5.
Assim como o Ry, não possibilita nenhuma informação sobre a forma do
perfil, bem como da distância entre as ranhuras.
Nem todos os equipamentos fornecem esse parâmetro.
2.1.5 Medição da rugosidade
Existem vários tipos de superfície de peças, para identificar rapidamente
cada um desses tipos e o estado das superfícies, foi criada a norma ABNT –
NBR 8404/1984. Esta norma fixa os símbolos e indicações complementares
para a identificação do estado de superfície em desenhos técnicos, conforme
tabela 02.01.
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Simbologia de rugosidade sem indicação
Símbolo Significado
Símbolo básico; só pode ser quando seu significado for
complementado por uma indicação.
Caracteriza uma superfície usinada, sem mais detalhes.
Caracteriza uma superfície na qual a remoção de material não é
permitida e indica que a superfície deve permanecer no estado
resultante de um processo de fabricação anterior, mesmo se ela
tiver sido obtida por usinagem.
Tabela 02.01 - Simbologia de rugosidade sem indicação
Ainda existem outras tabelas, as quais representam símbolos utilizados
em rugosidades com características principais RA ou até mesmo símbolos para
indicações simplificadas. Todas estas tabelas podem ser encontradas na
norma ABNT 8404.
a) Indicação do estado de superfície no desenho
Cada uma das indicações do estado de superfície (Figura 02.04) é
disposta em relação ao símbolo.
Figura 02.04 - Indicação do estado de superfície no desenho
a = valor da rugosidade Ra, em mm, ou classe de rugosidade N1 até
N12;
b = método de fabricação, tratamento ou revestimento;
c = comprimento de amostra, em milímetro (cut off);
d = direção de estrias;
12
e = sobremetal para usinagem, em milímetro;
f = outros parâmetros de rugosidade (entre parênteses).
b) Indicação no desenho
Os símbolos e inscrições (Figura 02.05) devem estar orientados de
maneira que possam ser lidos tanto com o desenho na posição normal como
pelo lado direito.
Figura 02.05 – Indicação no desenho
c) Direção das estrias
Se for necessário definir uma direção das estrias que não esteja
claramente definida por um desses símbolos, ela deve estar descrita no
desenho por uma nota adicional.
A direção das estrias é a direção predominante das irregularidade da
superfície, que geralmente resultam do processo de fabricação utilizado.
2.1.6 Rugosímetro
O rugosímetro (Figura 02.06) é um aparelho eletrônico amplamente
empregado na indústria para verificação de superfície de peças e ferramentas
(rugosidade). Assegura um alto padrão de qualidade nas medições. Destina-se
à análise dos problemas relacionados á rugosidade de superfícies.
Inicialmente, o rugosímetro destinava-se somente à avaliação da
rugosidade ou textura primária. Com o tempo, apareceram os critérios para
avaliação da textura secundária, ou seja, a ondulação, e muitos aparelhos
evoluíram para essa nova tecnologia. Mesmo assim, por comodidade,
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conservou-se o nome genérico de rugosímetro também para esses aparelhos
que, além de rugosidade, medem a ondulação.
Figura 02.06 – Rugosímetro digital
Os Rugosímetros podem ser classificados em dois grandes grupos
(Figura 02.07):
• Aparelhos que fornecem somente a leitura dos parâmetros de
rugosidade (que pode ser tanto analógica quanto digital).
• Aparelhos que, além da leitura, permitem o registro, em papel, do
perfil efetivo da superfície.
Figura 02.07 – Tipos de rugosímetro
Os primeiros são mais empregados em linhas de produção, enquanto
os segundos têm mais uso nos laboratórios, pois também apresentam um
gráfico que é importante para uma análise mais profunda da textura superficial.
14
Esse processo consiste, basicamente, em percorrer a rugosidade com
um apalpador de formato normalizado, acompanhado de uma guia (patim) em
relação ao qual ele se move verticalmente.
a) Componentes do rugosímetro
Os aparelhos para avaliação da rugosidade superficial são compostos das
seguintes partes (Figura 02.08):
• Apalpador: Também chamado de “pick-up”, desliza sobre a superfície que
será verificada, levando os sinais da agulha apalpadora, de diamante, até o
amplificador.
• Unidade de acionamento: Desloca o apalpador sobre a superfície, numa
velocidade constante e por uma distância desejável, mantendo-o na mesma
direção.
• Amplificador: Contém a parte eletrônica principal, dotada de um indicador
de leitura que recebe os sinais da agulha, amplia-os, e os calcula em
função do parâmetro escolhido.
• Registrador: É um acessório do amplificador (em certos casos fica
incorporado a ele) e fornece a reprodução, em papel, do corte efetivo da
superfície.
Figura 02.08 – Esquema de funcionamento de um rugosímetro
15
2.2 Projetor de Perfil
Os meios óticos de medição foram empregados, no início, como recurso
de laboratório, para pesquisas, etc. Pouco a pouco, foram também
conquistando as oficinas, nas quais resolvem problemas, facilitam a produção e
melhoram a qualidade dos produtos.
Quando uma peça é muito pequena, fica difícil visualizar seu perfil e
verificar suas medidas com os aparelhos e instrumentos já vistos, esse
problema é resolvido com os projetores de perfil.
Hoje, os projetores já trabalham ao lado das máquinas operatrizes ou,
muitas vezes, sobre elas, mostrando detalhes da própria peça durante a
usinagem.
2.2.1 Característica / Funcionamento
O projetor de perfil (Figura 02.09) destina-se á verificação de peças
pequenas, principalmente as de formato complexo. Ele permite projetar em sua
tela de vidro a imagem ampliada da peça.
Figura 02.09 – Projetor de perfil
Esta tela possui gravadas duas linhas perpendiculares, que podem ser
utilizadas como referência nas medições.
16
O projetor possui uma mesa de coordenadas móvel com dois cabeçotes
micrométricos, ou duas escalas lineares, posicionados a 90º.
Ao colocar a peça que será medida sobre a mesa, obtemos na tela uma
imagem ampliada, pois a mesa possui uma placa de vidro em sua área central
que permite que a peça seja iluminada por baixo e por cima simultaneamente,
projetando a imagem na tela do projetor. O tamanho original da peça pode ser
ampliado 5, 10, 20, 50 ou 100 vezes por meio de lentes intercambiáveis (Figura
02.10), o que permite a verificação de detalhes da peça em vários tamanhos.
Figura 02.10 – Lentes do projetor de perfil
Em seguida, move-se a mesa até que uma das linhas de referência da
tela tangencie o detalhe da peça e zera-se o cabeçote micrométrico (ou a
escala linear).
Move-se novamente a mesa até que a linha de referência da tela
tangencie a outra lateral do detalhe verificado. O cabeçote micrométrico (ou a
escala linear) indicará a medida.
O projetor de perfil permite também a medição de ‚ângulos, pois sua tela
é rotativa e graduada de 1º a 360º em toda a sua volta. A leitura angular se faz
em um nônio que permite resolução de 10’. (Nos projetores mais modernos a
indicação é digital).
2.2.2 Sistemas de projeção
Nos projetores de perfil, podemos ter três tipos de projeção (Figura
02.11), sendo elas:
• Projeção diascópica;
• Projeção Episcópica;
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• Ambas as projeções.
Figura 02.11 – Sistemas de projeção
a) Projeção diascópica
Na projeção diascópica (contorno) (Figura 02.12), a iluminação
traspassa a peça que será examinada.
Com isso, obtemos na tela uma silhueta escura, limitada pelo perfil que
se deseja verificar.
Figura 02.12 – Projeção diascópica
Para que a imagem não fique distorcida, o projetor possui diante da
lâmpada um dispositivo óptico chamado condensador. Esse dispositivo
concentra o feixe de luz sob a peça. Os raios de luz, não detidos por ela,
atravessam a objetiva amplificadora. Desviados por espelhos planos, passam,
então, a iluminar a tela.
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A projeção diascópica È empregada na medição de peças com
contornos especiais, tais como pequenas engrenagens, ferramentas, roscas
etc.
b) Projeção episcópica
No sistema de projeção episcópica (superfície) (Figura 02.13) , a
iluminação se concentra na superfície da peça, cujos detalhes aparecem na
tela. Eles se tornam ainda mais evidentes se o relevo for nítido e pouco
acentuado. Esse sistema È utilizado na verificação de moedas, circuitos
impressos, gravações, acabamentos superficiais etc.
Figura 02.13 – Projeção episcópica
Quando se trata de peças planas, devemos colocar a peça que será
medida sobre uma mesa de vidro. As peças cilíndricas com furo central, por
sua vez, devem ser fixadas entre pontas.
19
3 DESCRIÇÃO DA PRÁTICA
3.1 Rugosímetro
3.1.1 Equipamentos
Para realização desta demonstração foram utilizados os seguintes
materiais:
• Microscópio de medição;• Rugosímetro;• Padrões.
3.1.2 Procedimento
Durante a última aula, foi apresentado ao grupo o processo de medição
e visualização de rugosidade. Esse processo consiste na determinação dos
desvios microgeométricos existentes na superfície dos materiais que passam
por algum processo de usinagem. Para realização do experimento de medição
de rugosidade utilizamos o rugosímetro em conjunto com os blocos padrões.
Existem diversas classificações quanto ao nível de rugosidade de um
material. A classificação menos precisa é denominada Ra, e é muito utilizada
na indústria mecânica. A classificação mais precisa é denominada Ry, e é
bastante utilizada na indústria química e alimentícia. A norma vigente no Brasil
que relaciona as características de rugosidade é DIN. É importante salientar
que todas as medições de rugosidade devem ser feitas utilizando uma linha
perpendicular às linhas de usinagem.
Finalizando o assunto, o instrutor orientou a todos do grupo como
efetuar as medições de rugosidade dos blocos padrões. A tabela com os
valores obtidos está apresentada no item 4.1 deste relatório
20
3.2 Projetor de Perfil
3.2.1 Equipamentos
Para realização desta demonstração foram utilizados os seguintes
materiais:
• Projetor de perfil marca TOPCON, modelo PP-30E - IEP 11907;
• Jogo de objetivas com ampliações de 10x, 20x, 50x e 100x;
• Mesa de coordendas 180 x 160 x 0.005 mm;
• Dispositivo para fixação entre centros;
• Paquímetro universal 8" x 0.05 mm - IEP 202521;
• Incerteza estimada:do tambor micrométrico 0.013 mm.
3.2.2 Procedimento
Ainda na aula do dia 01 de novembro, foi apresentado ao grupo o
Projetor de Perfil. Esse equipamento é utilizado para visualizar pequenas
características dos materiais, como furos microscópicos, e para comparar o
perfil de uma peça (por exemplo, comparar se o passo de uma rosca está
correto).
Segundo o instrutor, podemos visualizar as peças de três maneiras:
através de projeções diascópicas, episcópicas e mista, conforme visto no
capítulo 2 deste relatório. Para visualização dessas projeções foram feitas
algumas medições em uma engrenagem (Figura 03.01) para se determinar o
raio intero da mesma, estes dados estão demonstradas na tabela 03.01
Valor de A(Corda)
Valor de B(Distancia da
corda)
Diâmetro Valor encontradocom o paquimetro
Amostra 1 6,284 0,751 6,948179095 14,5Amostra 2 9,582 1,77 7,369090678 14,5Amostra 3 11,4 2,705 7,358045287 14,5
Média 9,088666667 1,742 7,22510502 14,5Tabela 03.01 - Valores medidos no projeto de perfil
21
Figura 03.01 – Peça medida no projeto de perfil
a
b
22
4 QUESTIONÁRIO
4.1 Rugosímetro
4.1.1 Analisar as rugosidades superficiais obtidas nos diversos
processos de fabricação.
Conforme proposto no item 3.1.2 realizamos as medições de quatro peças que
foram feitas em tipos de diferentes de processos de usinagem, conforme tabela
04.01.
RaRaRaRa RzRzRzRz RyRyRyRy
Tipo do padrãoTipo do padrãoTipo do padrãoTipo do padrão
(cut-off)(cut-off)(cut-off)(cut-off) 0,250,250,250,25 0,80,80,80,8 2,52,52,52,5 0,250,250,250,25 0,80,80,80,8 2,52,52,52,5 0,250,250,250,25 0,80,80,80,8 2,52,52,52,5
Desbastada 1,08 3,68 4,1 4,7 13,9 17 6,3 15,6 18,9 µm
Alisada 1,52 2,41 2,28 6,4 11,5 13,7 7,1 12,4 15,6 µm
Retificada 0,36 0,4 0,45 2,8 3,3 4,3 3,8 3,8 4,9 µm
Lixada 0,06 0,07 0,09 0,5 0,6 1,1 0,6 0,8 1,5 µm
Tabela 04.01
Fazendo uma comparação com os valores da tabela 04.02 que é a tabela de
referência para esse tipo de medição podemos chegar a algumas conclusões.
Tabela 04.02
Para Ra de 0 a 0,1 a peça lixada não precisaria ser medida com cut-off maior
que 0,25 pois os resultado obtidos estão de boa qualidade.
Com Ra entre 0,1 e 2,0 o cut-off de 0,80 pode ser utilizado em quase todos os
processos de fabricação, porém não se comporta bem com o desbaste e
alisamento.
23
Para se obter um bom resultado nas medições devemos utilizar o cut-off de
2,5, pois o mesmo utilizar uma área maior da peça, fazendo com que se
aumente o nível da precisão da medição.
4.1.2 Definir rugosidade média Ra e dar exemplos de três peças
nas quais é ncessária a indicação da rugosidade.
A rugosidade média (Ra) é definida com a amplitude média do perfil em
relação à linha de referência, sobre um comprimento do perfil correspondente à
cada comprimento amostral considerado.
Este tipo de rugosidade normalmente é encontrado em desenhos de
eixos, engrenagens e carcaças.
24
5 CONCLUSÃO
A prática nos foi de grande valia, pois pudemos perceber as grandes
variações de rugosidades originárias de processos distintos, e também as
diferenças entre as aplicações das escalas de rugosidade dentro de uma
mesma peça medida e analisar estas variações variações de maneira técnica.
Nos processos de fabricação as superfícies dos componentes
mecânicos devem ser adequadas ao tipo de função que exercem. Por esse
motivo, a importância do acabamento superficial aumenta à medida que
crescem as exigências do projeto. As superfícies dos componentes deslizantes,
por exemplo, devem ser lisas para que o atrito seja o menor possível. Já as
exigências de acabamento das superfícies externas são menores, a menos que
sejam puramente estéticas.
Os diferentes processos de fabricação de componentes mecânicos
determinam acabamentos diversos nas suas superfícies, e estas por mais
perfeitas que sejam, apresentam irregularidades que só podem ser detectadas
através de equipamentos especiais de medição.
A produção das superfícies lisas exige, em geral, custo de fabricação
mais elevado, portanto a menos que necessário, deve-se reduzir o máximo
possível o gasto com este tipo de recurso.
Quanto ao uso do projeto de perfil, não conseguimos ter muito contato
com o equipamento, e não achamos nenhuma aplicação para ele na nossa
área de automação, pois se trata de um equipamento somente utilizado na
área de metrologia.
25
6 BIBLIOGRAFIA
CASILLAS, A.L. Tecnologia da Medição.; tradução Geenen, Walter H.;. SãoPaulo: Editora Mestre Jou.
AGOSTINHO, Luis e outros. Tolerâncias, ajustes, desvios e análises dedimensões, São Paulo, Blucher,1977.
Biblioteca Virtual da USP. Disponível em:
<http://www.bibvirt.futuro.usp.br/cursprofissionalizante/metrologia/>. Acesso
em: 04 nov. 2008.