Relatório 2006 sobre a evolução do fenómeno da droga na Europa Nome, local, data e hora.

Post on 21-Apr-2015

108 views 3 download

Transcript of Relatório 2006 sobre a evolução do fenómeno da droga na Europa Nome, local, data e hora.

Relatório 2006 sobre a evolução do fenómeno

da droga na Europa

Nome, local, data e hora

Últimas informações sobre o problema da droga na Europa

• Panorâmica do fenómeno da droga em 29 países europeus

• Dados e análises: a nível da Europa e por país

• Últimas tendências e respostas

• Temas específicos: • Políticas europeias em matéria de

droga• Diferenças de género• Drogas em contextos recreativos

Um pacote de informação multilingue

Relatório Anual 2006:

Impresso e em linha em 23 línguas• http://annualreport.emcdda.europa.eu

• Outros materiais em linha em inglês:• Temas específicos http://issues06.emcdda.europa.eu • Boletim estatístico http://stats06.emcdda.europa.eu• Perfis de dados por país http://dataprofiles06.emcdda.europa.eu • Relatórios nacionais Reitox http://www.emcdda.europa.eu/?

nnodeid=435

Títulos 2006

• Parte I: Relatório Anual

Títulos 2006

• Drogas na Europa mais baratas do que nunca

• Heroína — Aumento das apreensões e da produção

• Continua a transmissão de doenças infecto-contagiosas relacionadas com o consumo de droga

• Mortes — tendência decrescente poderá estar a enfraquecer

Títulos 2006 (continuação)

• Cocaína — tendência crescente continua, mas há sinais de estabilização

• Cocaína — aumento da produção mundial, diversificação das rotas de importação

• Problemas relacionados com o consumo de cocaína ganham visibilidade em alguns países

Drogas na Europa mais baratas do que nunca

• Variações consideráveis dos preços da droga entre os diversos países

• Análise baseada num pequeno número de países

• Preço das drogas ilegais nas ruas da Europa diminuiu, a partir de 1999–2004, em muitos países e em relação à maioria das drogas

• Na Europa em geral, registou-se uma diminuição dos preços, indexados à inflação, da resina de cannabis (19%), da cannabis herbácea (12%), da cocaína (22%), da heroína (45%), das anfetaminas (20%) e do ecstasy (47%)

Preço das drogas (continuação)

• Preços da droga influenciados por muitos factores: oferta, nível de pureza, tipo de produto, volume comprado, etc.

• Dificuldade das análises: natureza oculta do mercado de drogas ilícitas, variações nacionais em termos de qualidade e de recolha dos dados

• Não há qualquer relação directa entre o preço e as tendências constatadas noutros indicadores (apreensões, prevalência, pureza, etc.)

• Necessidade de compreender melhor os factores que influenciam o preço das drogas e o modo como este afecta os níveis de consumo

Evolução do preço de venda a retalho das drogas a nível europeu 1999–2004

Heroína — aumento das apreensões e da produção

• Afeganistão, principal fornecedor mundial de ópio ilícito: considerado responsável por 89% da produção a nível mundial (4 100 toneladas) em 2005

• Recentes aumentos da produção significam que a oferta mundial poderá já ser superior à procura mundial (UNODC)

• A Ásia (50%) e a Europa (40%) continuam a ser responsáveis pelo maior volume de heroína apreendido em todo o mundo

• As quantidades totais apreendidas na Europa têm vindo a aumentar constantemente desde 1999

Heroína (continuação)

• Nível recorde de apreensões em 2004: estima-se que 46 000 apreensões europeias permitiram apreender 19 toneladas de heroína. Um aumento superior a 10% em relação ao volume apreendido em 2003

• Não é possível ignorar os perigos suscitados pelo excedente de heroína ilegal

• A heroína já não está na moda, mas uma nova geração de jovens poderá tornar-se vulnerável

• Consumo de heroína e consumo injectável — problemas maiores de saúde pública na Europa, num futuro próximo

Continua a transmissão de doenças infecto-contagiosas

relacionadas com o consumo de droga

• VIH — a prevalência da infecção entre os CDI ainda é baixa na maioria dos países europeus. As taxas de infecção são iguais ou inferiores a 1% dos CDI em cerca de dez países, e inferiores a 5% na maior parte da Europa

• Contudo, continuam a ser notificados novos casos de infecção pelo VIH atribuídos ao consumo de droga injectada e poderão estar a aumentar em algumas zonas e entre alguns grupos

• VHC — alta prevalência entre os CDI da Europa: mais de 60% em algumas amostras de CDI sujeitos a análises

• Os programas de troca de seringas já são comuns, integrando-se numa abordagem mais vasta (informação, educação, comunicação)

Mortes – tendência decrescente poderá estar a enfraquecer

• 7 000 a 8 000 mortes relacionadas com o consumo de droga por ano, na Europa

• Os dados mais recentes mostram que essas mortes correspondem a 3% do total de mortes registadas entre os adultos com menos de 40 anos

• As estimativas estão directamente relacionadas com o consumo de droga, sobretudo com o consumo de opiáceos, mas não incluem as mortes causadas por acidentes, violência ou doenças crónicas

• Vítimas de overdose mais comuns na Europa: homens com cerca de trinta e cinco anos. Em toda a Europa, a idade das vítimas de overdose está a aumentar

Mortes relacionadas com o consumo de droga (continuação)

• Diminuição das mortes por intoxicação aguda relacionada com o consumo de droga a partir de 2000–2003

• Esta diminuição seguiu-se a um aumento de 14% no período de 1995–2000

• Nos dados disponíveis para 2003–2004, o número de mortes notificadas aumentou 3%, sugerindo que a tendência decrescente poderá estar a enfraquecer

• Poderá não prenunciar uma mudança a longo prazo, mas 13 dos 19 países que comunicaram dados registaram algum aumento

Capítulo 7, Fig. 13 Tendências a longo prazo nas mortes por intoxicação aguda relacionada com o consumo de droga, 1985–2004

Cocaína — tendência crescente continua, mas há sinais de estabilização

• Cerca de 10 milhões de europeus (mais de 3% dos adultos com idades compreendidas entre 15 e 64 anos) já consumiram cocaína

• Provavelmente, cerca de 3,5 milhões consumiram-na no último ano (1%)

• Cerca de 1,5 milhões (0,5% dos adultos) afirmam tê-la consumido no último mês

• O consumo de cocaína é historicamente elevado, pelos padrões europeus, mas ainda inferior aos EUA, em que o consumo dos adultos ao longo da vida atinge 14%

• Grandes variações: taxas de prevalência ainda baixas em muitos países

• Nos dois países mais afectados (Espanha, Reino Unido), há sinais de estabilização após o enorme crescimento registado em finais da década de 1990

Capítulo 5, Fig. 6 Prevalência do consumo de cocaína no último ano entre

todos os adultos (15-64 anos) e os jovens adultos (15-34 anos e 15-24 anos)

Capítulo 5, Fig. 7 Tendências na prevalência no último ano

do consumo de cocaína entre os jovens adultos (15-34)

Cocaína — aumento da produção mundial, diversificação das rotas de importação

• Produção mundial de cocaína: cerca de 687 toneladas em 2004 (UNODC)

• A maior parte da cocaína apreendida na Europa provém da América do Sul. Juntamente com a América Latina, os países das Caraíbas e agora, cada vez mais, os países africanos são utilizados como rotas de trânsito

• Foram apreendidas cerca de 74 toneladas de cocaína na Europa em 2004 — uma diminuição de 20% em relação ao valor de 2003

• O número estimado de apreensões de cocaína aumentou 36% em 2004, para 60890

• A Península Ibérica é uma importante porta de entrada para a cocaína que chega à Europa, sendo responsável por mais de metade do volume apreendido

Problemas relacionados com o consumo de cocaína ganham visibilidade em alguns países

• Problemas tornam-se visíveis, mas permanecem relativamente baixos

• Cerca de 12% de todos os novos pedidos de tratamento estão relacionados com o consumo de cocaína, mas há grandes variações entre países

• Em Espanha e nos Países Baixos, onde o consumo de cocaína está relativamente consolidado, pelo menos um em quatro pedidos de tratamento da toxicodependência está actualmente relacionado com o consumo de cocaína

• Necessidade de desenvolver uma maior compreensão do que poderá constituir um tratamento adequado para os problemas de consumo de cocaína e cocaína crack

• Cerca de 400 mortes relacionadas com o consumo de cocaína notificadas

Drogas na Europa — Factos e números

• 65 milhões de adultos já consumiram cannabis (consumo ao longo da vida) – 20% dos adultos

• 10 milhões de adultos já consumiram anfetaminas – 3% dos adultos

• 8,5 milhões de adultos já consumiram ecstasy – 2,6% dos adultos

• Estima-se que existem, actualmente, na União Europeia 1,7 milhões de consumidores problemáticos de droga (sobretudo consumidores de heroína)

• Ver resumo “A Droga na Europa — Factos e números” para obter mais indicações sobre as diversas drogas

Títulos 2006

• Parte II: Temas específicos

Títulos 2006

• Alargamento do âmbito das estratégias de luta contra a droga

• Serviços de tratamento da toxicodependência entre as mulheres ainda pouco numerosos na Europa

• Diferentes padrões de riscos relacionados com o consumo de droga entre as mulheres

• Estará o fosso entre os géneros a estreitar-se?

Destaques 2006 (continuação)

• Inquéritos mostram que o consumo experimental de estimulantes é pelo menos 10 vezes mais elevado entre os frequentadores de clubes (do que entre a população jovem em geral)

• Turismo de clubes e consumo de droga nas férias

• Riscos a longo prazo inerentes ao consumo de álcool frequentemente ignorados

• Desafios à monitorização

Alargamento do âmbito das estratégias de luta contra a droga

• Quase todos os países europeus enquadram presentemente as suas iniciativas políticas numa estratégia ou plano nacional de luta contra a droga

• Sinais de um alargamento do âmbito destas

estratégias a fim de abranger as substâncias legais causadoras de dependência (álcool, tabaco, medicamentos), lado a lado com as drogas ilegais

• Mais de dois terços dos países inquiridos já fazem ligações ou referências às substâncias legais nos seus documentos políticos

Serviços de tratamento da toxicodependência entre as mulheres são ainda pouco numerosos na Europa

• Maior consciência das necessidades das mulheres toxicodependentes, que actualmente representam cerca de 20% das pessoas que iniciam o tratamento

• Quase todos os Estados-Membros da UE e a Noruega possuem pelo menos uma unidade de tratamento da toxicodependência reservada às mulheres, ou às mulheres com filhos, mas o acesso a este tipo de serviço é muitas vezes limitado

• A maior parte das mulheres ainda é tratada através dos serviços genéricos

• Cerca de um quarto das mulheres (23%) que frequentam os serviços de tratamento ambulatório da toxicodependência têm filhos a viver consigo

• O sentido do dever para com os filhos pode dissuadir as mulheres de procurarem ajuda. Comprovou-se que os serviços que consideram as necessidades das mulheres toxicodependentes as encorajam a seguir um tratamento

Diferentes padrões de riscos relacionados com o consumo de droga entre as mulheres

• Dependendo do país, as mulheres representam entre 7% a 35% das mortes relacionadas com a droga

• Diferenças entre os géneros no que respeita às tendências da mortalidade relacionada com a droga

• Entre 2000 e 2003 (UE-15), as mortes por overdose baixaram cerca de 30% entre os homens, mas o número de mortes entre as mulheres apenas baixou cerca de 15%

• Dados recentes de estudos sobre CDI realizados em nove Estados-

Membros da UE mostram que a prevalência do VIH é, em média, de 13,6% entre os homens e de 21,5% entre as mulheres

• Estarão as medidas de redução dos riscos, que visam proteger os toxicodependentes de elevado risco, a ter menos impacto junto das mulheres do que dos homens?

Estará o fosso entre os géneros a estreitar-se?

• Grandes diferenças entre os géneros em quase todos os aspectos do fenómeno da droga

• Os homens continuam a ser mais numerosos do que as mulheres em todos os países europeus, sobretudo no que respeita ao consumo frequente, intenso e problemático

• Não é possível provar que o fosso entre os níveis de consumo de droga entre homens e mulheres se esteja a estreitar

• Não obstante, os dados relativos ao consumo de droga entre os alunos das escolas (15–16 anos) revelam algumas tendências preocupantes. Em alguns países, as raparigas parecem estar a aproximar-se dos rapazes em termos do seu consumo de droga e álcool ao longo da vida

Inquéritos mostram que o consumo experimental de estimulantes é pelo menos 10 vezes mais elevado entre os frequentadores de clubes

• Em alguns casos, cerca de dois terços dos frequentadores de clubes declararam ter consumido drogas estimulantes pelo menos uma vez na vida

• Mais de 60% dos frequentadores de clubes inquiridos

em alguns locais na França, Itália e Reino Unido revelaram ter já experimentado cocaína

• Mais de metade dos frequentadores de clubes inquiridos na Republica Checa, França, Hungria, Países Baixos e Reino Unido revelaram ter consumido ecstasy pelo menos uma vez na vida

Fig. 2 Prevalência do consumo de ecstasy ao longo da vida nos

inquéritos realizados em clubes nocturnos e entre a população em

geral

Consumo recreativo de drogas (continuação)

• Alguns inquéritos revelam um consumo de cetamina ao longo da vida entre 7% (República Checa) e 21% (Hungria)…

• …e um consumo de GHB ao longo da vida entre 6%

(Reino Unido) e 17% (Países Baixos)

• No caso dos alucinogénios, foram registados valores elevados nos inquéritos efectuados em clubes na República Checa (45% dos inquiridos já tinham consumido LSD), e na França (55% já tinham consumido “cogumelos alucinogénios”)

Turismo de clubes e consumo de droga nas férias

• A investigação mostra que os jovens têm mais probabilidades de consumir droga experimentalmente, ou com maior frequência, quando passam férias no estrangeiro

• Em Espanha, o consumo de droga em contextos recreativos é superior nas zonas turísticas

• Um estudo sueco revelou que, dos jovens que experimentaram drogas ilícitas, 23% fê-lo pela primeira vez durante uma estadia no estrangeiro

• Entrevistas integradas num estudo realizado no Reino Unido e realizadas a jovens de regresso de férias em Ibiza, revelaram que a frequência do consumo de todas as drogas é mais elevado no local de férias do que em casa

Riscos a longo prazo inerentes ao consumo de álcool são frequentemente ignorados

• Na União Europeia, para a maioria dos jovens, o consumo de droga ainda não é um elemento integrante dos contextos de dança e música

• Para a maior parte, a música, os aspectos sociais e o consumo de álcool são os principais elementos dos referidos contextos

• Os fabricantes de bebidas alcoólicas começam agora a penetrar no lucrativo mercado da dança e da música, elaborando novas bebidas dirigidas aos mais jovens

• Preocupações com os riscos do consumo excessivo de álcool para a saúde dos frequentadores de clubes, consumo este por vezes associado ao consumo de drogas ilícitas

• Os frequentadores de clubes estão geralmente a par dos riscos para a saúde e dos riscos legais associados ao consumo de droga, mas menos a par dos problemas relacionados com o álcool e dos riscos a longo prazo

Desafios à monitorização

• O OEDT enfrenta actualmente o desafio de monitorizar um espectro de substâncias muito mais vasto do que há uma década

• O policonsumo de droga coloca grandes desafios aos sistemas de monitorização, tradicionalmente centrados no consumo de cada uma das diferentes substâncias

• O desenvolvimento de novas metodologias para compreender este padrão de consumo de droga deve ser uma prioridade da nossa agenda futura

• Para além de monitorizarmos a situação actual, o OEDT mantém uma vigilância constante em relação às novas drogas e às novas tendências que podem vir a constituir uma ameaça para a saúde pública