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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS Programa de Pós Graduação em Educação Matemática
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Relatório da VI Conferência Interna do Programa de
Pós-Graduação em Educação Matemática
Unesp – Rio Claro
Data: 06 e 07 de abril de 2010
Local: Departamento de Matemática da UNESP de Rio Claro
Relatores das Sessões conjuntas
Ana Paula Purcina Baumann e Roger Miarka
Relatores das Sessões dos Alunos
Renato Marcone, Rosana Maria Mendes, e Sandra Aparecida O. de Fassio
Relatores das Sessões dos Professores
Adriana Cesar de Mattos, Heloisa da Silva e Marcus Vinícius Maltempi
SUMÁRIO
Pág
1 – Introdução----------------------------------------------------------------------------- 3
2 – A Dinâmica----------------------------------------------------------------------------- 3
3 – Abertura da Conferência: Explanação sobre as mudanças ocorridas no Programa de Pós, no triênio: 2007/2008/2009---------------------------------------
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3.1 – O fortalecimento dos grupos de pesquisa e o processo de seleção do Programa--------------------------------------------------------
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3.2 – Integração com a graduação----------------------------------------- 8 3.3 – Mudança de área de avaliação – CAPES-------------------------- 8 3.4 – O fortalecimento do BOLEMA------------------------------------- 8
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3.5 – Apresentação dos projetos de pesquisa----------------------------- 8 3.6 - SMEM e Jornada de Avaliação Continuada------------------------ 9 3.7 – Atraindo pós-graduandos-------------------------------------------- 9 3.8 – Alunos estrangeiros--------------------------------------------------- 9 3.9 – DINTER e PROCAD------------------------------------------------- 9 3.10 – Desempenho do programa------------------------------------------ 10
4 – Sobre Linhas de Pesquisa----------------------------------------------------------- 12 4.1 – Relato do Grupo de Professores------------------------------------- 12 4.2 – Relato do Grupo de Alunos------------------------------------------ 16 4.3 - Discussão conjunta---------------------------------------------------- 19
5 – Sobre Internacionalização e Visibilidade do Programa---------------------- 23 5.1 – Relato do Grupo de Professores------------------------------------- 23 5.2 – Relato do Grupo de Alunos------------------------------------------ 25 5.3 – Discussão Conjunta--------------------------------------------------- 28
6 – Sobre a Estrutura Curricular------------------------------------------------------ 32 6.1 – Relato do Grupo de Professores------------------------------------- 32 6.2 – Relato do Grupo de Alunos------------------------------------------ 33 6.3 – Discussão Conjunta--------------------------------------------------- 34
7- Lista de participantes----------------------------------------------------------------- 36
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1 – Introdução
Este relatório sintetiza as apresentações e discussões ocorridas na VI
Conferência Interna do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da
UNESP de Rio Claro, realizada nos dias 06 e 07 de abril de 2010. Essa conferência teve
como objetivo discutir e refletir sobre os problemas, expectativas e limites do Programa
de Pós-Graduação em Educação Matemática visando evidenciar subsídios para a
elaboração do novo Plano de Metas – Plano trienal (2010/2011/2012).
Para a sexta edição da Conferência foram elencados os seguintes temas para
debate: Linhas de Pesquisa, Visibilidade do Programa e Internacionalização e Estrutura
Curricular.
2 – A Dinâmica
A conferência interna foi estruturada de modo a iniciar-se com uma conversa
entre o coordenador do Programa professor Marcos Vieira Teixeira com alunos e
professores no anfiteatro do Departamento de Matemática explanando sobre as
mudanças ocorridas no Programa nos últimos dois triênios referentes aos anos de 2004,
2005, 2006, 2007, 2008 e 2009. Após esse primeiro momento, os participantes da
Conferência se dividiram em dois grupos, a dizer, de alunos e de professores, para
discutirem os mesmos temas, mas em salas separadas. Na terça-feira, dia 06 de abril,
pela manhã, o tema elencado foi “Linhas de Pesquisa” e, pela tarde, “Visibilidade do
Programa e Internacionalização” e “Estrutura Curricular”. A cada uma das três temáticas
foram reservadas 2 horas para discussão, mediadas por um mediador e sistematizadas
por um relator, ambos previamente escolhidos.
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Dia 06/04 Temáticas e Dinâmicas
08:30h – 09:30h Conversa com o Coordenador Professor Dr. Marcos Vieira Teixeira:
EXPLANAÇÃO SOBRE AS MUDANÇAS CORRIDAS NO PROGRAMA DE PÓS, NO TRIÊNIO: 2007/2008/2009
09:30h – 10:00h Coffee Break
10:00h – 12:00h
Reuniões sobre a temática: Linhas de Pesquisa Grupo de Professores
(Local: Seminário Maior) Grupo de Alunos (Local: Anfiteatro)
Mediador: Miriam Godoy Penteado
Relatora: Heloisa da Silva
Mediador: Márcia Rodrigues Luiz da Silva
Relatora: Rosana Maria Mendes 12:00h – 14:00h Almoço
14:00h – 16:00h
Reuniões sobre a temática: Visibilidade do Programa e Internacionalização
Grupo de Professores (Local: Seminário Maior)
Grupo de Alunos (Local: Anfiteatro)
Mediador: Rosana Giaretta SguerraMiskulin
Relator: Adriana Cesar de Mattos
Mediador: Fabiane Mondini Relator: Sandra Aparecisa Oriani
Fassio
16:00h – 18:00h
Reuniões sobre a temática: Estrutura Curricular Grupo de Professores
(Local: Seminário Maior) Grupo de Alunos (Local: Anfiteatro)
Mediador: Romulo Campos Lins Relator: Marcus Vinícius Maltempi
Mediador: Rodrigo de Souza Bortolucci
Relator: Renato Marcone Confraternização
Quadro 01: Programação do dia 06 de abril.
A dinâmica do segundo dia buscou reunir alunos e professores para discutir as
mesmas temáticas do primeiro dia partindo dos relatos dos relatores das discussões
ocorridas nos grupos de alunos e professores. Também foram reservados 3 períodos no
segundo dia, um para cada temática, cada um com cerca de 2 horas. Cada um desses
períodos iniciava-se com a leitura de dois relatórios relativos à temática no dia anterior,
um elaborado pelo relator dos alunos e outro pelo relator dos professores. Após as três
discussões, o coordenador do programa procedeu com os encaminhamentos finais,
encerrando a Conferência. O relatório desse segundo dia ficou sob responsabilidade dos
discentes Ana Paula Purcina Baumann e Roger Miarka.
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Dia 07/04 Temáticas e Dinâmicas
10:00h – 12:00h
Apresentações das discussões ocorridas nos Grupos de Professores e Alunos sobre a temática “Linhas de Pesquisa”
(Local: Anfiteatro) Mediadora: Maria Bicudo
Relatores: Ana Paula Purcina Baumann e Roger Miarka 12:00h – 14:00h Almoço
14:00h – 16:00h
Apresentações das discussões ocorridas nos Grupos de Professores e Alunos sobre a temática
“Visibilidade do Programa e Internacionalização” (Local: Anfiteatro)
Mediadores: Adriana Mattos e Maria Aparecida Viggiani Bicudo Relatores: Ana Paula Purcina Baumann e Roger Miarka
16:00h – 16:30h Coffee Break
16:30h – 18:00h
Apresentações das discussões ocorridas nos Grupos de Professores e Alunos sobre a temática
“Estrutura Curricular” (Local: Anfiteatro)
Mediadora: Maria Aparecida Viggiani Bicudo Relatores: Ana Paula Purcina Baumann e Roger Miarka
Quadro 02: Programação do dia 07 de abril.
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3 – Abertura da Conferência: Explanação sobre as mudanças
ocorridas no Programa de Pós, no triênio: 2007/2008/2009
O Professor Marcos abre a conferência indicando sua importância para o
programa no que se refere a sua avaliação, de modo que o conselho possa pautar suas
decisões nas ações que vier a tomar. Destaca que os seguintes temas foram elencados
para esse encontro: “Linhas de Pesquisa”, “Internacionalização do Programa e sua
Visibilidade” e “Estrutura Curricular”. Além disso, indica que discorrerá como a área
em que o Programa recém se filiou encara esses aspectos.
Em sua explanação, pontua alguns aspectos históricos do Programa, indicando-o
como o primeiro programa na América Latina em sua área de pesquisa, a dizer, a
Educação Matemática. Usa como suporte uma tabela com os ingressos e egressos no
Programa.
Ano Ingresso
Mestrado Defesas
Mestrado. Ingresso
Doutorado Defesas
Doutorado
1984 10
1985 10
1986 8
1987 6 3
1988 10 2
1989 11 8
1990 12 8
1991 12 4
1992 8 9
1993 10 8 4
1994 13 5 2
1995 8 8 2 1
1996 16 9 2 0
1997 11 16 6 1
1998 11 15 5 2
1999 12 19 6 4
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2000 11 7 15 3
2001 9 8 7 5
2002 11 11 5 4
2003 14 11 7 12
2004 17 (60) 17 8 (17) 7
2005 18 (58) 10 6 (18) 9
2006 15 (56) 17 3 (16) 6
2007 19 (61) 15 7 (17) 9
2008 14 (50) 14 16 (22) 5
2009 19 (88) 13 19 (41) 3
Quadro 03: Ingressos e Egressos do PEGEM.
Destacando que seu foco de fala será sobre os aspectos relevantes ao último
triênio, discute o número de ingressos em mestrado e doutorado, explicando os picos de
ingressos, apontando o número de vagas disponíveis. Também indica o número total de
docentes, atualmente 21, mas em fase de negociação para filiação de mais 2.
Marcos explica o problema que a CAPES considera em relação aos professores
aposentados, geralmente mantidos pelo Programa. Contudo, em portaria recente da
CAPES, esta indica positivamente a manutenção dos professores aposentados no
Programa, uma vez que a saída destes acarretaria prejuízos.
A seguir, indica a estrutura de sua fala, apresentada nos campos que se seguem:
3.1 – O fortalecimento dos grupos de pesquisa e o processo de seleção
do Programa
Professor Marcos discute a importância dos grupos de pesquisa no que se refere
à reunião de pesquisadores em torno de temas comuns, indicando que essa aglutinação
ocorreu naturalmente. Discute a importância de se considerar o grupo de pesquisa na
seleção de ingresso, uma vez que o grupo saberia avaliar suas necessidades internas.
Pautando-se nessa linha de raciocínio, estabelece as razões para a mudança no processo
de seleção, em que as provas escritas foram retiradas. Até 2008, o processo de seleção
ocorria por meio de provas e entrevista. Atualmente, acontece pela avaliação de um
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dossiê, com projeto e currículo dos candidatos, conforme indicações no site
http://www.rc.unesp.br/igce/pgem .
3.2 – Integração com a graduação
Professor Marcos indica que a integração entre graduação e pós-graduação
ocorre por meio de projetos, como o PIBID, por exemplo, que conta com apoio do
CNPq, um trabalho em conjunto entre as UNESP de Rio Claro e de Guaratinguetá.
3.3 – Mudança de área de avaliação – CAPES
Marcos explana sobre o processo de mudança de área do Programa. Indica que a
área de Ensino de Ciências e Matemática nasce em 2000. Aponta que o processo de
mudança foi um processo longo e demorado, em que a discussão e a possibilidade de
câmbio de área apenas se intensifica em 2004. A busca ia na direção de que as áreas
entendessem o que era um programa em Educação Matemática. O processo de mudança
iniciou-se em 2007, efetivada em 2009.
3.4 – O fortalecimento do BOLEMA
Indica que o fortalecimento do BOLEMA como periódico não ocorreu somente
no último ano, mas que se deve ao trabalho de todos que nele trabalharam. O
BOLEMA, ao longo do tempo, passou por um processo de autonomização, mantendo-se
financeiramente, ainda que tenha apoio institucional do Programa. Aos poucos a editoria
do BOLEMA se separa da gestão do conselho do Programa.
3.5 – Apresentação dos projetos de pesquisa
Frisa que antigamente não havia uma data específica para essa aprovação.
Contudo, nos últimos anos ela tem ocorrido no dia da Aula Inaugural.
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3.6 - SMEM e Jornada de Avaliação Continuada
Afirma que a separação dos seminários e da jornada de avaliação se deu, pois,
com o aumento significativo dos ingressos, os seminários de alunos começaram a
ocupar todos os seminários, em um espaço que a priori era destinado para elementos
externos ao Programa.
3.7 – Atraindo pós-graduandos
Assume que uma ação relevante do Programa é a atração de pós-doutorandos.
Indica que em 2009 o Programa contou com a presença dos pós-doutorando Carlos
Roberto Vianna, da UFPR e Iran de Abreu Mendes, da UFRN. Este ano, contamos com
Maria da Glória Bastos de F. Mesquita, da UFLA, e Bernadete Morey, da UFRN.
Marcos indica a necessidade de que se busque esses alunos de uma maneira mais
sistemática, de modo que não ocorram de modo ad hoc na dependência da gestão e de
suas concepções.
3.8 – Alunos estrangeiros
Aponta que este ano contamos com um aluno regular da Colômbia, Aldo Parra, e
um aluno de sanduíche, Jhony Alexánder Villa Ochoa, também colombiano. Afirma que
essa ação depende muito de uma relação de contato e o processo de ingresso do aluno é
muito similar ao que ocorre com alunos brasileiros, com exceção da entrevista, não
solicitada, devido à distância geográfica que separa o aluno.
3.9 – DINTER e PROCAD
Professor Marcos recebe a notícia oficial da aprovação do convênio entre
instituições DINTER. A meta é que sua implementação ocorra até julho. Também
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discorre positivamente sobre o PROCAD, um convênio entre os grupos de pesquisa em
história da UNESP e UFRN cuja iniciativa ocorreu pela professora Bernadete. Aponta
que no semestre passado dois alunos estiveram algum tempo no Programa, José Roberta
Costa Junior e Maria Maroni Lopes devido ao PROCAD. Neste semestre, a professora
Bernadete Morey faz seu pós-doutorado aqui pelo mesmo programa e a meta é que mais
um aluno venha no próximo, deste mesmo ano.
3.10 – Desempenho do programa
Marcos afirma que o Programa possui um desempenho diferenciado, atualmente
contando com a nota 5 de avaliação da CAPES. Contudo, a meta é atingir o nível de
excelência internacional, nota 7.
Marcos explana como a avaliação funciona e como foi a decisão. Indica que,
para a passagem da nota 5 para a nota 6, é necessário que todos os quesitos do Programa
sejam avaliados como “muito bom”. Para o mestrado, é importante que suas
dissertações sejam defendidas em menos de 30 meses. Esse número de meses deveria
cair para 24, no caso de alunos bolsistas de mestrado. Para o doutorado, a média fica em
torno de 48 meses para a defesa da tese. Outros quesitos que Marcos aponta são:
• Desempenho altamente diferenciado em relação aos demais programas;
• Desempenho equivalente dos centros internacionais de excelência;
• Consolidação e liderança nacional do programa como formador de recursos
humanos para a pesquisa e pós-graduação;
• Inserção e impacto regional e nacional do programa;
• Integração e solidariedade com outros programas;
• Visibilidade e transparência dada a sua atuação;
• Inserção internacional; integração com centros internacionais.
Sobre esses tópicos, indica que o programa vai muito bem no que se refere à
“Consolidação e liderança nacional do programa como formador de recursos humanos
para a pesquisa e pós-graduação” e que, em termos de solidariedade com outros
programas, o Programa tem investido em regimes de parceria como o DINTER e o
PROCAD, explanando o quanto essas parcerias são importantes e valorizadas pela
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CAPES. A importância do DINTER de Rondônia se dá devido à sua característica de
isolamento, uma vez que o Programa Pós-Graduação em Educação, geograficamente
mais próximo de Rondônia se encontra em Cuiabá.
Acerca da visibilidade do Programa, afirma que é necessário que sua página seja
reformulada. Indica que uma das ações nessa reformulação é a de vincular grupos de
pesquisa aos seus projetos de pesquisa.
Professor Marcos, em seguida, agradece e finaliza sua fala.
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4 – Sobre Linhas de Pesquisa
O debate do dia foi alertando a todos que nenhuma decisão sobre os temas será
tomada durante a Conferência, pois sua função não é a de deliberar sobre os assuntos.
Foi questionado sobre o posicionamento a ser tomado pelo Conselho do PPGEM
sobre as discussões ocorridas durante a Conferência Interna e fica esclarecido, pelos
membros do Conselho, que as discussões pautarão a tomada de decisão do Conselho
quanto a cada temática discutidas. É indicado que as sugestões surgidas durante a
discussão poderão se concretizar em propostas, as quais serão debatidas e decididas pelo
Conselho, conforme o regimento do Programa.
As atuais linhas de pesquisa do Programa, objeto de discussão dos dois Grupos
são:
Atuais Linhas de Pesquisa do PPGEM:
• Ensino e Aprendizagem da Matemática;
• Formação Pré-serviço e continuada do professor de matemática;
• Filosofia e Epistemologia na Educação Matemática;
• Novas Tecnologias e Educação Matemática;
• Relações entre História e Educação Matemática.
4.1 – Relato do Grupo de Professores
A relatora da discussão do grupo de professores, professora Heloisa da Silva,
apresenta os pontos debatidos sobre a temática “Linhas de Pesquisa”, lendo o relatório
produzido sobre a discussão. Apresentaremos os principais pontos apresentados no
relatório da discussão ocorrida entre os professores
Questionamentos e debates ocorridos:
a) Discute-se o entendimento que se tem sobre linha de pesquisa.
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o Um dos entendimentos sobre linha de pesquisa é que são como uma direção
para uma série de projetos de pesquisas realizados. Ela tem uma duração,
uma história. Deve considerar os trabalhos (projetos) que vão sendo
realizados no programa.
b) Alguns pontos lembrados sobre o histórico das linhas de pesquisa no
Programa:
• No início o programa tinha muitas linhas de pesquisa e por uma demanda da
Capes pela indicação das linhas no programa, o professor Roberto Ribeiro
Baldino, à época elencou todos os projetos do GPA (Grupo Pesquisa-Ação) e os
chamou de linhas. A Capes reclamou do elevado número de linhas e, mesmo
com uma redução, continuou reclamando. Então, o professor Marcelo,
coordenador da época justificou que deviam considerar que nas faculdades da
USP e da UNICAMP, Educação Matemática é uma única linha, mas em Rio
Claro, o Programa é de Educação Matemática e requeria linhas vinculadas.
• Considera-se que a história da CAPES deve ser entendida como história do
PPGEM: linhas foram, até o momento, onde estão vinculados os projetos de
grupos.
• Acrescenta-se que o Programa foi durante sete anos “massacrado” pela
Capes por falta de foco – diziam que as linhas não eram bem definidas. Na
época tinham poucos grupos de pesquisa estruturados. O problema é que os
grupos são fluidos – transpassam o programa, são inter-institucionais.
c) Discussão sobre a organização do PPGEM quanto às linhas de
pesquisa:
• Considera-se que deve-se pensar a organização do PPGEM em termos de
produção. Nunca submete-se ao que for solicitado, mas atender ao que for
solicitado. Mesmo que não seja solicitado no Data-capes, deve-se deixar claro
nos grupos de pesquisa, que estes não são rígidos, mas seguem as linhas de
pesquisa, pois a PGEM tem uma filosofia de pesquisa.
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• Acrescenta-se que uma linha de pesquisa não deve impor uma certa ação.
As linhas mostram a filosofia do curso e são um norte para a caracterização do
curso de pós. As linhas mostram o que é o curso. As linhas são uma meta-análise
do Programa.
• Ressalta-se que há uma tendência em se comparar as linhas de pesquisa com
os grupos de pesquisa e essa comparação pode ser entendida como começando
das linhas para os grupos depois para os projetos, ou dos grupos para as linhas e
depois para os projetos. Assim, esclarece-se que no momento faltou uma
articulação entre os grupos e as linhas quando do detalhamento no Relatório para
a Capes, tendo sido motivo de reclamação por parte da CAPES.
d) Sobre linhas de pesquisa
• Afirma-se que a Capes simpatiza com a idéia de que os grupos se espalhem
a partir de um núcleo iniciante e da permanência do contato dos grupos com esse
núcleo.
• É proposto uma reflexão no sentido de olhar para as linhas como
características de um processo de descrição ou indução.
• Considera-se que todas a linhas do Programa são abrangentes e envolvem
muitas possibilidades.
• Lembra-se que apesar de alguns grupos estarem atrelados a uma linha de
pesquisa específica, alguns trabalhos também refletem discussões de outras
linhas, como é o caso da linha “Ensino e Aprendizagem”. É indicado ainda que a
“Educação Especial” e “Educação Matemática e Sociedade” vem surgindo
dentro do Programa indicando possíveis temas de linhas de pesquisa.
• Fala-se sobre a perenidade das linha ou não. Afirma-se que elas têm um
período mais longo que os projetos trabalhados dentro delas. Atualmente as
linhas presentes no Programa espelham o que é trabalhado/investigado, de modo
que a questão do nome indica uma certa direção.
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e) Sugestões dadas sobre a temática:
• Sugere-se que os projetos antigos não sejam retirados da lista que consta na
página do Programa. Tais projetos mostram uma intenção dos trabalhos que
foram efetuados, uma história da linha, mas deve-se indicar o começo e o
término de cada um.
• Sugere-se que no momento o programa, bem como a CAPES deveriam
considerar primeiramente os grupos de pesquisa e dentro destes, os projetos de
pesquisa e, na verdade, as linhas de pesquisa são uma descrição do que os
grupos fazem e não o contrário.
• Sugere-se deixar esclarecido na parte descritiva do que se faz no programa,
um retrato do que se produz aqui. Reformular os nomes das linhas a partir dos
trabalhos dos grupos.
• Propõe-se ter as linhas expondo a concepção de cada uma, pois assim dá-se
um panorama geral com relação ao que se produz e ao que se investiga em
Educação Matemática, revela os temas que são alvo da preocupação do corpo
docente. Enfatiza-se que a organização em linhas de pesquisa jamais revelam
que as assumimos cartesianamente como categorias para nortear os grupos e,
sim, se inserem nos diferentes grupos em relação a projetos de pesquisa
trabalhados
• Sugere-se que o Programa deve pensar enquanto liderança e dizer à Capes
que não é certo considerar que devemos nos prender a linhas criadas no passado
para “encaixar” os trabalhos que atualmente chegam no Programa. Ressalta-se
que este Programa tem condições de dizer a CAPES os pontos fortes em que ela
deve olhar e avaliar. Nesse sentido, propõem-se criar um documento que traga o
histórico do processo de mudança ocorrido na pós e questione o papel das linhas
de pesquisa.
• Sugere ainda que no lugar das linhas de pesquisa se escreva um texto que
descreva o Programa através dos grupos de pesquisa.
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4.2 – Relato do Grupo de Alunos:
A aluna Evelaine Cruz dos Santos apresenta a discussão realizada pelos alunos
do Programa e lê o relatório produzido pela aluna Rosana Maria Mendes. Será
apresentado abaixo os principais pontos presentes no relatório produzido.
Questiona-se qual a motivação de se dividir a discussão da Conferência Interna
em temáticas previamente estabelecidas e, em especial sobre as Linhas de Pesquisa.
Havia a intenção de se pensar modificações para as Linhas?
É esclarecida a importância de se discutir sobre esse tema, pois a CAPES não vê
com bons olhos mudanças em linhas de pesquisas que não sejam justificadas e ainda
comenta-se que as disciplinas oferecidas estão ligadas também às Linhas de Pesquisa.
Questiona-se, ainda, se os grupos de pesquisa existentes no Programa estão
consonantes com as linhas de Pesquisa e se todos concordam que seu trabalho está
contemplado na linha a qual pertence.
Discute-se sobre as pesquisas desenvolvidas em Etnomatemática, evidenciando a
preocupação dos alunos quanto a possibilidade do único e atual professor se aposentar.
Alguns alunos comentam que o seu grupo de pesquisa em Etnomatemática está
contemplado na atual linha de pesquisa e ainda é reforçado que desde a primeira turma
existem trabalhos em Etnomatemática, mas não há uma linha de pesquisa específica. Há
a sugestão de se pensar em criar uma linha chamada “Cultura” ou “Cultura e
Diversidade. Diferentemente do que foi falado anteriormente, é apontado, que todas as
linhas acabam contemplando todas as pesquisas, com exceção das desenvolvidas em
Etnomatemática.
É apontado que deve-se tomar cuidado com a questão de se abrir novas linhas ou
modificar as existentes, pois há a necessidade de se discutir bem e embasar tais
modificações. Mas, aponta-se ainda a necessidade de que as linhas de pesquisa sejam
abrangentes o suficiente para abarcar todos os projetos de pesquisa. Dessa forma,
sugere-se pensar na reformulação dos nomes das linhas.
É destacado que quem trabalha com a temática Inclusão se insere na linha de
Etnomatemática e, dessa forma, não é simplesmente criar uma nova linha de pesquisa,
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mas pensar o que será feito, qual a produção, pois relações entre as linhas de pesquisas
sempre existirão.
É frisado que deve-se pensar em olhar por meio de outra perspectiva a mudança
nas atuais linhas, na tentativa de que elas de fato abarquem as pesquisas produzidas.
Comenta-se ainda sobre a nota do Programa na CAPES pensando que possíveis
mudanças nas linhas poderão auxiliar a aumentar a nota.
Sugere-se que altere o nome da linha “Relações entre historia e Educação
Matemática” para “Relações entre Cultura, Historia e Educação Matemática”.
Questiona-se o porquê História Oral, na página do Programa, está inserida na
linha Filosofia e Epistemologia da Educação Matemática e por que Etnomatemática não
está escrito em nenhuma das linhas existentes. Aponta-se que as linhas de Pesquisa no
site têm que ser atualizadas, colocando os grupos dentro e os projetos que estão sendo
desenvolvidos dentro das linhas. Comenta-se que a página esta desatualizada e enfatiza
que ela é o cartão de visitas do Programa, de modo que, não somente as linhas, mas toda
a página deve sempre estar atualizada.
Questiona-se em qual linha deveria ser incluídos trabalhos sobre Avaliação e
Políticas Públicas, pois não há uma linha específica para trabalhos dentro dessa
temática. Quanto a isso é colocado que não se tem força para criar uma linha como essa,
e que situações semelhantes sempre acontecerão, assim, sugere-se que se existe alguma
linha de pesquisa que trabalhe freqüentemente determinado tema, ela deve propor uma
mudança do nome da linha para que torne-a mais abrangente.
Questiona-se sobre as vantagens e desvantagens em se mudar os nomes das
linhas ou em se criar novas.
Enfatiza-se a importância da página estar sempre atualizada, mantendo um texto
sobre as linhas de pesquisa e que ele abranja o trabalho desenvolvido e ainda a
importância da inclusão das palavras: Cultura, Avaliação e Sociedade, pois carecem ser
contempladas pelo programa.
Comenta-se que um grande motivo para essa discussão não é tanto interna, mas
externa, tanto para novas pessoas que estão querendo conhecer o programa quanto para
melhorar a avaliação feita pela CAPES.
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Há a sugestão de acrescentar a Educação Inclusiva como uma linha ou que no
texto de alguma linha de pesquisa ela seja mencionada. Quanto a isso, comenta-se que o
mais importante é mexer no texto descritivo das linhas, ou seja, deve-se ver quais as
produções que estão sendo contempladas e o que esta sendo feito e não esta sendo
contemplada para que seja incluído.
Acredita-se que a questão de palavras é indiferente, e que a reformulação de
cada linha é importante. Essa mudança de texto pode abarcar o movimento do que está
acontecendo.
Sugere-se que os projetos deveriam ser colocados na página, e aponta-se que
apenas os projetos dos professores estão postados no site., estando os projetos dos
alunos dentro da linha do professor. É mostrado que não necessariamente o projeto do
aluno esta dentro do projeto do grupo.
Questiona-se se as linhas de pesquisa influenciam na contratação de professores
para o programa.
Pergunta-se qual a diferença entre linhas de pesquisa, grupos de pesquisa,
projetos de pesquisa? Comenta-se que no relatório da última conferência interna há essa
diferenciação e então este texto é lido. (BOLEMA, vl.18, nº 25, 2005)
Comenta-se que as linhas são reflexos de toda a história do programa. Os textos
devem ser pensados refletindo o que já foi produzido. Nem todos concordam com esta
colocação, sugerindo que o histórico exista, mas não nos textos das linhas de pesquisa.
Assim, pode-se sintetizar alguns pontos que ficaram mais fortes em toda a
discussão, são eles:
• Manter a página do Programa sempre atualizada;
• As linhas estão contemplando os trabalhos dos alunos?
• Reformular o texto explicativo sobre cada linha (lembrando o que está
sendo pesquisado nos grupos) e incluir os projetos dos professores e dos alunos;
• No nosso programa as linhas de pesquisas estão subordinadas ao grupo?
Quais as implicações disso? Tem interesse de mudar ou não?
• A palavra cultura deve ser incluída;
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4.3 - Discussão conjunta:
A mediadora da discussão, Professora Maria Bicudo abriu o debate fazendo uma
síntese das discussões apresentadas e lançando o seguinte questionamento: a partir de
que momento uma temática se configura uma linha de pesquisa?
Ela frisa ainda que não considera benéfico tomar as linhas de pesquisa de acordo
com um paradigma cartesiano, agregando grupos, mas anunciando as ações dos
diferentes grupos, buscando, assim, um paradigma que vise a descrever de modo
sintético o modo como o programa trabalha com Educação Matemática. Indica ainda
que a organização de programas por linhas de pesquisa como solicitado pela CAPES
tem a ver com sua composição fortemente pautada nas Ciências Biológicas, área que
tradicionalmente se organiza taxonomicamente. Considera que o relato dos alunos é
pautado em uma dimensão cartesiana, a qual os professores tentaram em parte evitar.
Indica que a discussão deve ir no sentido de trazer-se clareza sobre o que o programa
está entendo sobre o que são projetos, grupos de pesquisa, linhas de pesquisa, projetos
individuais etc.
È indicado a importância de evitar hierarquias nas linhas de pesquisa. Indica-se
ainda que para discutir o tema é necessário pensar na história da criação das linhas de
pesquisa, explicando que na época houve a necessidade de cadastramento na CAPES.
Aponta-se que para a CAPES, o importante é a articulação entre linhas de pesquisa,
disciplinas e projetos de pesquisa. Indica, assim, que o foco deve ser posto nas linhas de
pesquisa, mas não nos grupos, uma vez que eles são cadastrados no CNPq, mas não nos
programas.
Aponta-se que não há necessidade de que professores estejam vinculados a
nenhum grupo de pesquisa, mas que tenha um projeto em que os alunos estejam
vinculados. Lembra-se que esse é um dos itens que a CAPES olha, mas não há uma
necessidade de vinculação. É colocado que é interessante a busca de autonomia do
Programa, não se preocupando com a avaliação e as exigências da CAPES.
Sugere-se descrever as linhas de modo que revele todo o movimento do
programa.
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20
Lembra-se que a pergunta sobre o porquê discutir essa temática ficou muito forte
nos relatórios, e acredita-se que tal tema está muito ligado à visibilidade do Programa, e
desse modo, a discussão deve ser pautada nessa visibilidade como anunciando a
produção e as possibilidades de produção no programa, abrindo um leque de
oportunidades. Propôs-se então pensar taxionomicamente ou em termos de descrição
questionando qual seria o melhor caminho.
Professora. Maria Aparecida Viggiani Bicudo dá um encaminhamento dizendo
que considerando que como não há uma organização hierárquica, como já mencionado
anteriormente, pode-se discutir as linhas de pesquisa existentes para uma possível
reformulação.Assim, o encaminhamento vai no sentido de olhar para os nomes das linha
de pesquisa e pensar em uma possível reformulação na tentativa de que elas explicitem
o que é produzido.
Ao olhar de modo geral para todas as linhas e pensar sobre os nomes e sua
abrangência, houveram as seguintes sugestões:
I. ENSINO E APRENDIZEGEM DA MATEMÁTICA.
• SUGERE-SE MANTER O NOME;
• PRÁTICAS DE ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA;
Alerta-se, com esse nome, sobre a possibilidade de gerar uma dicotomia.
• TEORIA E PRÁTICAS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DA
MATEMÁTICA;
É colocado sobre a possibilidade de que, com esse nome, a linha se feche e
explica-se o motivo de não se ter colocado a palavra Teoria em nenhum das linhas
existentes.
II. FORMAÇÃO PRÉ-SERVIÇO E CONTINUADA DO PROFESSOR
DE MATEMÁTICA
Sugere-se que, para englobar os professores formados em cursos de Pedagogia,
ao invés de “professores de Matemática”, usássemos “professores que ensinam
Matemática”. Assim o nome ficaria da seguinte forma:
• FORMAÇÃO DE PROFESSORES QUE ENSINAM MATEMÁTICA
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Nem todos concordam com o nome acima, e assim, indica-se que os títulos das
linhas devem ser o mais simples possíveis e o leque seja aberto na descrição das linhas.
Sugere-se o seguinte nome:
• FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA
• FORMAÇÃO DE EDUCADORES MATEMÁTICOS
III. FILOSOFIA E EPISTEMOLOGIA NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
É indicado que há uma contradição no nome desta linha, pois epistemologia já
faz parte de Filosofia. Sugere que se fique uma das opções abaixo:
• FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
• ONTOLOGIA, EPISTEMOLOGIA E AXIOLOGIA NA EDUCAÇÃO
MATEMÁTICA
O primeiro nome sugerido é apoiado visto que o segundo nome já fica
englobado na Filosofia.
Surge o questionamento se é “na educação matemática” ou “e educação
matemática”. É esclarecido que com o conectivo “e” há necessidade de se estabelecer
uma relação e não é isso o que se está fazendo.
IV. NOVAS TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
Coloca-se que não são tecnologias necessariamente novas. Sugere-se a troca do
nome por uma das duas primeiras opções abaixo:
• TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
• TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA.
Sugere-se ainda que no nome seja abarcado a Educação à Distância, assim,
propõem-se o seguinte nome:
• TECNOLOGIA E EAD NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
É sugerido que algumas questões levantadas quanto aos nomes sugeridos para
essa linha sejam levadas e pensadas dentro do grupo de tecnologia e que se abra o
sentido de Tecnologia na descrição de modo abrangente.
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V. RELAÇÕES ENTRE HISTÓRIA E DUCAÇÃO MATEMÁTICA
• HISTÓRIA, CULTURA, SOCIEDADE NA EDUCAÇÃO
MATEMÁTICA
Aponta-se que História e Cultura não são categorias disjuntas, como fica
parecendo no nome acima, assim sugere-se o nome abaixo:
• HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA;
• HISTÓRIA E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA;
É apontado que qualquer uma das três opções acima não reflete os trabalhos de
História da Matemática que é desenvolvido no Programa.
É sugerido que fique somente “História”
• HISTÓRIA;
Sugere que permaneça o nome “RELAÇÕES ENTRE HISTÓRIA E
DUCAÇÃO MATEMÁTICA” e que se crie uma nova linha. Sugere-se então os
seguintes nomes para uma nova linha que possa incluir trabalhos que se direcionem à
discussões sobre Cultura, Diversidade, Sociedade:
• CULTURA E SOCIEDADE NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA;
• CULTURA, SOCIEDADE E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO
MATEMÁTICA;
• ETNOMATEMÁTICA;
A mediadora encerra a discussão sugerindo que, por escassez de tempo, os
grupos se reúnam com a tarefa de escolher/escreva os títulos de suas linhas de pesquisas
e um texto explicativo sobre os nomes escolhidos. Tais descrições devem ser
encaminhadas ao Conselho do Programa dentro de um prazo de 15 dias a partir de hoje
(07/04/2010).
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5 – Sobre Internacionalização e Visibilidade do Programa
Professora Adriana Mattos, mediadora desta temática, dá início às atividades
sobre o tema Internacionalização e Visibilidade do Programa. Ela coloca que a
discussão entre os professores girou em torno da legalização de alunos estrangeiros no
Programa e em seguida faz a leitura do relatório produzido por ela da discussão ocorrida
entre os professores.
5.1 – Relato do Grupo de Professores
a) Apresentação da proposta para discussão
Capacidade do Programa em desenvolver atividades de intercâmbio acadêmico e
científico em nível internacional.
Por meio de parcerias universitárias binacionais (Capes). Estes programas foram
iniciados em 2001 e objetivam, principalmente, o aumento do intercâmbio de estudantes
de graduação, além de fomentar o intercâmbio de alunos de pós-graduação e
professores.
As parcerias são implementadas entre universidades brasileiras e estrangeiras,
sendo fundamental a garantia do reconhecimento mútuo dos créditos aos alunos na área
escolhida pelo projeto. O programa busca ainda a aproximação das estruturas
curriculares dentre as instituições e cursos participantes.
Objetivo:
• Desenvolver as atividades da pós-graduação no contexto mundial.
• A Cooperação Internacional da CAPES busca apoiar os grupos de pesquisa
brasileiros por meio do intercâmbio internacional, buscando a excelência da
nossa pós-graduação.
A CAPES financia missões de trabalho (intercâmbio de professores), bolsas de
estudo (intercâmbio de alunos), além de uma quantia para o custeio das atividades do
projeto.
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É imprescindível que os grupos de pesquisa brasileiros estejam ligados a
programas de pós-graduação reconhecidos pelo MEC, preferencialmente com conceitos
5, 6 ou 7 na última avaliação da CAPES.
b) Legalização de alunos estrangeiros no Programa de Pós-Graduação
Quais as ações da UNESP para a internacionalização ? Como essas ações têm
afetado o nosso Programa? Qual o papel dos órgãos de fomento nesse processo?
Por um lado, a internacionalização e visibilidade internacional são menores do
que deveriam ser. A UNESP não possui estrutura para receber alunos estrangeiros, esse
processo tem ocorrido de modo doméstico, não há um regime formal (oficial) de
matrícula, infra-estrutura, etc. Não existe nenhuma portaria (norma) para garantir o
registro de alunos estrangeiros na modalidade sanduiche. Por outro lado há bolsas
sanduíches para estudantes daqui irem ao exterior, que estão sobrando, o mesmo está
acontecendo para estudantes fazerem sanduíche no Brasil.
Foi mencionada a necessidade de aumentar o número de convênios
internacionais, mas é importante considerar que este trabalho depende de uma estrutura
que coordene essas iniciativas. Existe Assessoria de Relações Externas – AREX
(UNESP) que deveria assessorar o Programa em relação aos problemas de caráter
internacional.
Devemos atrair mais estudantes regulares do exterior para o Programa, já que
para eles é suficiente um projeto, proficiência em nosso idioma, um dossiê, carta
convite do Programa e acordo da Capes com o país de onde vem o estudante. Para esses
estudantes a situação já está regularizada.
Foi proposto o incentivo de trazer alunos da América Latina para que venham
estudar em nosso Programa.
Convênios internacionais foram mencionados, como o projeto que envolve o
GPIMEM e o Canadá, este projeto é financiado pelo Canadá e tem levado estudantes de
nosso Programa para lá, gerou visitas e publicações em conjunto.
Houve um contato informal entre o nosso Programa e a London South Bank
University em início de 2010 com o intuito de atrair estudantes europeus para UNESP.
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c) Inserção Internacional dos docentes
Com relação à avaliação da Capes no quesito “cooperação internacional” o
Programa está na condição “muito bom”.
Desde a criação do Programa há participação de professores estrangeiros no
mesmo e a participação dos professores do Programa em congressos e atividades
internacionais.
d) Página da Pós-Graduação
Foi sugerido que conste no site do Programa os projetos internacionais em
parceria com o Programa.
Foi proposto que a página da Pós-Graduação tenha duas versões: inglês e
espanhol; não houve consenso em relação à versão em espanhol.
e) Escrita da Dissertação
Foi proposto que o Programa aceite teses escritas em outras línguas,
prioritariamente em inglês ou espanhol.
5.2 – Relato do Grupo de Alunos
A discussão dos alunos iniciou com questionamentos sobre o que em nosso
Programa chamaria a atenção de professores e alunos de outros países para virem
estudar e desenvolver suas pesquisas aqui. Foi levantado que atualmente temos dois
alunos da Colômbia desenvolvendo seus estudos neste Programa de pós e, desse modo,
todos foram convidados a pensar o que os atraiu e qual é a visão que alunos como eles
têm do PPGEM. Alguns pontos foram levantados para responder tais questionamentos,
a saber: a existência do BOLEMA, pois sendo um periódico tão importante para a
Educação Matemática, ele divulga as pesquisas realizadas no país de um modo geral e
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26
isto atrai as pessoas para o Brasil e em especial para a UNESP/Rio Claro. Elencou-se
ainda que a UNESP e em especial o Programa de Pós em Educação Matemática possui
reconhecimento pela qualidade das pesquisas desenvolvidas e pela seriedade do
trabalho e dos profissionais que aí estão. Foi falado que atualmente este Programa é
reconhecido como um dos melhores e maiores Programas nessa área.
Aponta-se também, pelos fatos destacados acima, a existência de algumas
contradições. Se este Programa possui o reconhecimento que foi mencionado, deveriam
existir mais alunos realizando parte do doutoramento no exterior, com bolsa Sanduiche,
por exemplo, além de receber mais alunos estrangeiros. Alguns alunos pesquisaram
sobre o assunto indicando que parte deste problema está na falta de proficiência em
língua estrangeira, ou seja, vários alunos são barrados por causa do idioma. Lembra-se
que atualmente a UNESP está disponibilizando aos alunos o exame TOEIC.
Alguns alunos apontam que apesar do reconhecimento existente, ele ainda não é
tão abrangente. Há a necessidade que o trabalho desenvolvido seja mais difundido, pois
a vasta produção existente ainda não é conhecida por outros países. Em relação a este
ponto é levantado que professores e alunos devem procurar cada vez mais publicar os
trabalhos desenvolvidos em outras línguas e em congressos internacionais, mas que,
para isso, se faz necessário maior incentivo financeiro do Programa, bem como das Pró-
Reitorias de Pós-Graduação e de Pesquisa.
Além disso, alguns alunos contaram que, somente agora o BOLEMA publicará
artigos em inglês e há pouco tempo atrás começou a publicar em Espanhol. Levantou-se
a necessidade de se verificar como funcionam os convênios de intercâmbio com o
exterior e disponibilizar essas informações. Foram dado exemplos de Programas de Pós
de outras Universidades que exigem dos alunos publicações no exterior e pensou-se na
possibilidade de incentivar esse tipo de atividade em nosso Programa. Houve inclusive a
sugestão de alunos de doutorado poderem substituir um dos seminários obrigatórios por
uma publicação de artigo em revista no exterior.
Sugeriu-se que o Programa procure trabalhar mais no sentido de submeter
projetos para CAPES, CNPQ, dentre outros órgãos de fomento, para buscar recursos
com o objetivo de trazer pesquisadores estrangeiros.
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27
Um ponto forte em toda a discussão foi sobre a página do programa. Sugeriu-se
que ela seja constantemente atualizada e a navegação nela seja facilitada, pois
atualmente ela não é funcional e prática para buscar informações necessárias à vida dos
estudantes regulares e também daqueles que pretendem ingressar. Houve a indicação de
que ela seja bilíngüe e ainda, que exista um link direcionado para alunos estrangeiros,
na tentativa de facilitar o acesso às informações necessárias para esse público.
Questiona-se o que fazer com as gravações que estão, há um certo tempo, sendo
feitas, dos SMEM e das Jornadas de Avaliação Continuada, sugerindo-se que tais
filmagens sejam disponibilizadas na página do Programa, que ambas as atividades
possam ser transmitidas on-line e que uma agenda desses seminários seja sempre
divulgada.
Houve ainda a preocupação de saber, caso tais sugestões fossem aceitas, quem
desempenharia este trabalho e, foi sugerido que projetos fossem escritos na tentativa de
conseguir financiamento com bolsas seriam destinadas aos alunos que se dispusessem a
trabalhar.
Sintetizaremos abaixo as idéias e sugestões surgidas no grupo de discussão dos
alunos:
Encaminhamento das propostas:
• Mecanismos para que os alunos possam receber formação em língua
estrangeira, principalmente em inglês, seja através de convênios ou outros
meios;
• Mais incentivo financeiro para publicar e apresentar trabalhos no exterior;
• Substituir um seminário por um artigo publicado em revista estrangeira.
(Sugestão não unanime);
• Buscar meios de oferecer moradia para alunos de Pós-Graduação, a exemplo
de outras universidades;
• Incentivar a ida de alunos do doutorado para fazer estágio no exterior
(doutorado Sanduiche);
• Incentivar não só projetos, mas também trabalhos em projetos
internacionais;
• Construir página bilíngüe (português/inglês);
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• Disponibilizar os SMEM e as Jornadas de Avaliação Continuada, já
gravados, na página do Programa;
• Transmitir os SMEM on-line;
• Formar equipe para cuidar da página do Programa, de modo a mantê-la
sempre atualizada. Buscar elaborar projetos que permitam sempre ter pessoas
trabalhando com remuneração;
• Manter clara as informações da página para alunos estrangeiros.
5.3 – Discussão Conjunta
Observa-se que existe uma proposta que foi consenso nos dois grupos, a saber,
colocar a página bilíngüe (inglês/português).
Discutiu-se a questão da moradia estudantil para alunos da pós-graduação, em
especial para alunos estrangeiros, na tentativa de pensar meios de facilitar a vinda de
alunos para este Programa. Pontua-se que as moradias estudantis para alunos de
graduação e de pós são diferentes e lembra-se que já houve algumas iniciativas de se
oferecer casa para professores visitantes. São feitas algumas observações sobre essa
questão do ponto de vista administrativo, apontando que deve ser cobrada, caso exista
uma moradia para alunos de pós-graduação. É indicado, discordando do supracitado,
que alunos de graduação e pós-graduação possuem os mesmos direitos e deveres e,
sendo assim, os pós-graduandos não deveriam ter restrições para a moradia estudantil
oferecida pela UNESP.
São levantados aspectos sobre o Programa Carta Fiança, sugerido ao Conselho
pelos discentes. Este programa existe nas universidades de Campinas e São Paulo,
(UNICAMP e USP) e tem a função de auxiliar estudantes de pós-graduação a alugarem
imóveis na cidade. Tal proposta já foi encaminhada ao Diretor do IGCE e estratégias de
implementar tal ação estão sendo discutidas. Coloca-se também que outras saídas
deveriam ser pensadas, por exemplo, fazer convênios com as imobiliárias, na tentativa
de que elas flexibilizem as exigências. Outra proposta que surgiu foi a de incluir no site
da UNESP links com as imobiliárias de Rio Claro, oferecendo, dessa forma, uma
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espécie de acessoria às pessoas. Enfatiza-se ainda que se deveria pensar em uma forma
de acomodar as pessoas que vêm para o Programa, principalmente os estrangeiros, a
exemplo de Universidades na Inglaterra e Alemanha.
Pontua-se que como a Reitoria tem a intenção de que os Programas de Pós
possuam maior visibilidade, no Brasil e no exterior, e atualmente o nosso Programa vem
recebendo professores e alunos visitantes, deve-se solicitar providências no sentido de
que a Reitoria ofereça um maior suporte para receber-los.
Coloca-se que apesar da necessidade de internacionalização do Programa,
existem problemas de infra-estrutura, por exemplo, com a biblioteca do campus, que
necessita de investimento. Sugere-se que a UNESP deveria ter políticas proativas para
atrair professores e alunos estrangeiros e que o nosso programa deve buscar um maior
reconhecimento internacional. Ressalta-se que sobram bolsas sanduíche no Brasil e que
editais abertos deveriam ser mais explorados. Indica-se também que deveríamos
solicitar para o PPGEM bolsas da Pró-Reitoria da UNESP para serem oferecidas apenas
aos alunos estrangeiros, sendo esta uma forma de incentivar a vinda desses alunos.
Lembra-se que projetos para trazer professores visitantes já foram feitos há vários anos
atrás e precisam ser retomados e com a vinda desses professores seria interessante a
realização de micro eventos dentro de uma determinada temática. Sugere-se a
possibilidade de implantar programas de tutoria para pessoas que venham para o
programa.
Comentou-se sobre a proposta de transformar o PPGEM em um centro de pós-
doutorado, mas para isso será preciso ter mais produção, inclusive Internacional.
Retoma-se a questão da legalização dos alunos estrangeiros dizendo que há
problemas tão sérios quanto os de moradia, já discutidos. O processo de reconhecimento
de estrangeiros pela UNESP ainda é bastante doméstico e procedimentos simples como
o direito ao acesso à biblioteca é longo e burocrático. Ressalta-se que problemas como
os apontados não acontecem somente com alunos estrangeiros, mas também com alunos
e professores visitantes.
Há contradições quanto à sugestão de a UNESP oferecer bolsa para alunos
estrangeiros. Argumenta-se que corre-se o risco de que alunos estrangeiros cheguem
sem bolsa de seu próprio país e cobrem do Programa, o qual não tem responsabilidades
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quanto à essa questão. Sugere-se, então, que o processo seja claro e que constem as
informações para que eles saibam como pleitear bolsas.
Propõe-se pensar o que é internacionalização, e no por que de internacionalizar-
se. Nesse sentido, indica-se que trazer alunos para estudarem aqui não é
internacionalizar. Há que se ter uma projeção internacional, com incentivo para
publicação, para ida em congressos etc., assim, abre-se a possibilidade de o PPGEM se
tornar um centro de referência. Então, novamente a questão é lançada: Por que
internacionalizar? Qual o motivo de se quer isso? Quais os ganhos em ser internacional
ou global?
Retoma-se a idéia de trazer mais professores e alunos estrangeiros para o
Programa e compara-se com outras universidades, onde há maior presença de pessoas
de outros países. Desse modo, é frisada a importância de se oferecer auxílio financeiro
para alunos estrangeiros que se interessem em estudar neste Programa e que, isso seria
também um modo de aumentar sua visibilidade e de internacionalizá-lo. Sobre isso é
ponderada ainda a seguinte questão: o Brasil quer ter uma visão geo-academica?
Frisa-se que além da questão de oferecer meios para trazer alunos estrangeiros,
as informações sobre o Programa deveriam ser claras na página, o que não acontece,
ocasionando problemas.
A pergunta por que temos que nos preocupar com internacionalização é
retomada, sendo esse processo comparado com o da globalização, indicando-se que a
produção acadêmica está caminhando no mesmo sentido da produção em empresas.
Fica claro que há consenso na proposta de internacionalização do Programa e,
assim, retoma-se alguns pontos já discutidos:
• Quando da vinda de professores visitantes, sejam estrangeiros ou não,
promover círculos de debates.
• Legalização de alunos estrangeiros: fazer com que tal legalização seja
menos burocrática.
• Apoio à moradia para alunos de Pós-Graduação;
• Melhorar a infra-estrutura;
• Página do Programa bilíngue (Português/Inglês);
• Página constantemente atualizada;
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• Promover mais convênios com outras Instituições.
• Incentivar alunos a participarem de estágio no exterior;
• Incentivar publicações no exterior e a participação em congressos
internacionais;
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6 – Sobre a Estrutura Curricular
A mediadora, professora Maria Aparecida Viggiani Bicudo, abre a discussão
conjunta entre alunos e professores sobre a estrutura e organização da grade curricular
das disciplinas do Programa. De acordo com a dinâmica já previamente estabelecida, os
alunos e os professores apresentaram um relato de suas discussões do dia anterior para,
em seguida, abrir o debate.
6.1 – Relato do Grupo de Professores
O professor Marcus Vinícius Maltempi lê o relato da discussão entre os
professores sobre a temática, indicando os seguintes apontamentos e questionamentos:
• Importância da atualização do rol de disciplinas oferecidas, com exclusão e
inclusão de disciplinas
• Questionamento sobre a necessidade de se ter disciplinas. Qual é a função
da divisão em grupos A, B e C? Há a possibilidade de fusão dos grupos?
• Proposta de diminuição do número de disciplinas obrigatórias, atribuindo-se
créditos a outras atividades, tais como atividades orientadas, participação em
grupos de pesquisa, grupos de estudos e eventos
• Busca pela intensificação de grupos de estudos
Desses questionamentos, Professor Marcus Vinícius Maltempi elenca algumas
reflexões emergidas da discussão:
• Disciplinas são importantes para ampliar a visão dos alunos e ganhar tempo
• Disciplinas não implicam em formação ampla
• A estrutura curricular pouco influencia, depende muito mais do interesse do
aluno
• A questão institucional relativa à carreira docente e o fim das disciplinas
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• Oferecimento de disciplinas do grupo B voltadas para educação básica, o que
poderia atrair mais alunos não-matemáticos
• Importância das disciplinas para os alunos quando estes prestam concurso
Professor Marcus Vinícius Maltempi encerra, assim, a sua fala e concede a
palavra para os alunos.
6.2 – Relato do Grupo de Alunos
Renato Marcone lê seu relato sobre a discussão com os alunos, que girou em
torno dos seguintes questionamentos:
• Diante do rol de disciplinas ofertadas, como pragmatizar um rodízio que
mantenha as disciplinas sendo oferecidas com certa freqüência?
• Qual é o significado da divisão das disciplinas nos grupos A, B e C. Qual a
importância do grupo B em um programa de Educação Matemática? Seria uma
questão de estratégia política?
• Qual é a importância da listagem de disciplinas? Algumas respostas foram:
funciona como um mecanismo de divulgação do programa, auxilia o aluno e seu
projeto de pesquisa, ajuda a traçar o perfil do aluno que o Programa busca.
• A atual estrutura de disciplinas e de créditos é condizente com o que o
Programa busca? Mantêm-se os grupos de disciplinas? Extinguem-se as
disciplinas? Fixam-se algumas disciplinas obrigatórias para todos? Sugere-se
que, para uma discussão da estrutura da grade do programa e de seu sistema de
créditos, estudar outros programas e suas respectivas organizações acerca do
tema pode auxiliar no debate.
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6.3 – Discussão Conjunta
Professora Maria Aparecida Viggiani Bicudo, mediadora da discussão, inicia o
debate indicando que devemos recorrer ao regimento da UNESP para verificar qual é a
abrangência do grupo C.
Em seguida, discute-se a razão de as disciplinas existirem e qual é a importância
delas na Formação dos alunos. Pergunta-se para onde direcionar o foco da estrutura
curricular, se visando a formação ou a produção do pesquisador.
A discussão se pauta na formação do profissional que está sendo formado.
Indica-se que o debate deve se referir à manutenção ou não das disciplinas e, em caso
positivo, às disciplinas em si. Fala-se da necessidade de disciplinas matemáticas.
Expõe-se um histórico da criação das disciplinas como grupos, apontando-se que
a maioria dos programas do Brasil tinha um percentual muito grande de disciplinas
obrigatórias. No Programa, contudo, optou-se por ampliar o rol de opções para escolha
do aluno. Essa organização visava a refletir a concepção de Educação Matemática do
Programa.
Discute-se a obrigatoriedade das disciplinas, indicando-se que elas não garantem
a aprendizagem. Busca-se o Regimento Geral da UNESP para sanar essa dúvida.
Há uma discordância na sala. Alguns participantes interpretam que o Regimento
aponta a obrigatoriedade de existência de disciplinas. Outros participantes dizem que a
redação do Regimento não está boa e que há abertura para modificação. Por fim,
concorda-se que há necessidade de uma consulta formal.
Indica-se a possibilidade de diminuir o número de disciplinas obrigatórias,
assumindo o aproveitamento de créditos com outras atividades como participação em
grupos de pesquisa.
Reitera-se a importância das disciplinas e das outras atividades para a formação
do pesquisador, assim como seminários, grupos de estudo e participação em eventos
significativos.
Indica-se que o número de disciplinas no doutorado não é grande,
principalmente porque a maioria dos alunos já fez mestrado e pode aproveitar as
disciplinas. Considera-se, no entanto, que um problema pode ocorrer no mestrado, que
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já tem um período curto para a defesa. Diz-se que faz sentido no doutorado haver menos
necessidade de disciplinas, devido à autonomia do pesquisador.
Em defesa à manutenção dos três grupos de disciplinas, argumenta-se que a
formação do professor não se inicia na universidade, mas ao longo de toda a vida,
considerando-se fundamental o contato de alunos do programa com matemáticos
profissionais, com educadores e com educadores matemáticos.
Aponta-se que as disciplinas de matemática no Programa têm um enfoque
conceitual, com uma flexibilização das ementas de acordo com a pesquisa do próprio
pesquisador.
Argumenta-se que as disciplinas são uma atividade formadora importante no
Programa, desde que estejam direcionadas para aquilo que o Programa quer, que, no
caso, pode ser formar um pesquisador em Educação Matemática capaz de formar outros
pesquisadores em Educação Matemática. Nesse sentido, a disciplina teria uma
sistemática mais organizada, com começo e fim, possibilitando aos alunos outros modos
de pensar, que não o do próprio orientador. Considera-se a possibilidade de os alunos
poderem obter créditos com sua formação complementar.
Discute-se a possibilidade de fusão dos grupos A e B. Aponta-se, contudo, que
ainda não se tem como fazer essa junção, uma vez que os professores ainda não teriam
maturidade para essa fusão em suas disciplinas.
Destaca-se a necessidade de revisão e atualização das disciplinas, com possível
extinção do grupo C.
Professora Maria Aparecida Viggiani Bicudo encerra, em seguida, a discussão.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS Programa de Pós Graduação em Educação Matemática
36
7- Lista de participantes:
PROFESSORES QUE PARTICIPARAM DA CONFERÊNCIA
Adriana César Mattos
Arlete de Jesus Brito
Bernadete Morey (UFRN – Pós-doutoramento no PPGEM pelo PROCAD)
Fidel Mucamba (Universidade do Congo).
Heloisa da Silva
Ivete Maria Baraldi
Marcelo de Carvalho Borba
Marcos Vieira Teixeira
Marcos Vinícius Maltempi
Maria Aparecida Viggiani Bicudo
Maria da Glória Bastos de F. Mesquita (UFLA – Estágio de Pós-doutorado)
Miriam Godoy Penteado
Romulo Campos Lins
Rosa L. S. Baroni
Rosana Giareta Miskulin
Suely Javaroni
ALUNOS QUE PARTICIPARAM DA CONFERÊNCIA
Adalto Nunes da Cunha
Adriana Richit
Aldo Ivan Parra
Aline Mendes Penteado
Ana Paula Purcina Baumann
Anderson Afonso da Silva
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS Programa de Pós Graduação em Educação Matemática
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Angélica Raiz
Bruna Lammoglia
Daise L. P. Souto
Edinei Leandro dos Reis
Edinei Leandro dos Reis
Elielson Sales
Elmha Coelho M. Moura
Evelaine Cruz dos Santos
Fabiane Mondini
Flávia Sueli Fabiani Marcatto
Glen Cézar Lemos
Gustavo Barbosa
Ivone da Rocha
Jhony Alexander Villa Ochoa
Juliana Fança Viol
Luana Oliveira Sampaio
Luciane Ferreira Mocrosky
Lucieli Maria Trivizoli
Márcia Rodrigues L. da Silva
Marcílio Leão
Marco Antônio Escher
Marco Aurélio Kistemann
Marcos Lübeck
Maria Angela de Oliveira Oliveira
Maria da Penha Ro. Godinho
Marli Regina Santos
Marta Maria Maurício Macena
Mônica de Cássia Siqueira Martins
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS Programa de Pós Graduação em Educação Matemática
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Paula Taliari Martins
Paulo Roberto Neves
Raquel Araiam
Rejane Waiandt Schuwartz Faria
Renato Marcone
Rodrigo Rios dos Santos
Rodrigo S. Bortolucci
Roger Huanca
Roger Miarka
Rosana Maria Mendes
Sabrina Helena Bonfim
Sandra Aparecida Oriani Fassio
Silvana C. Santos
Sílvia Aimi
Sílvio Cézar Otero Garcia
Simone da Silva
Vanessa de Paula Cintra
Washington Campos Marques
Zaqueu Vieira Oliveira