Post on 21-Mar-2016
description
Abre-te cérebro!
STOP-MOTION
Dando vida ao inanimado
GRAFFITI Arte para todos
ENTREVISTAS
Jornalista —Tatiana Cesso
Ilustrador — Robledo Lira
O NASCIMENTO DO CINEMA
Fique por dentro desta história
MONSTRENGOS
Feios que nos atraem
FOTONOVELA
“Uma lição que causou
confusão”
E+
Assistimos e Indicamos
Curta o curta
Dicas de leitura
POEMAS ILUSTRADOS
Arnaldo Antunes
Paulo Leminski
BATE PAPO
Paula Pezzoni Schekiera
Assessora de Imprensa
Ilu
stra
çõe
s —
Ro
ble
do
Lir
a
Revista Eletrônica
STOP-MOTION
Dando vida ao inanimado
GRAFFITI Arte para todos
O NASCIMENTO DO CINEMA
Fique por dentro desta história
DICAS DE LEITURA
ENTREVISTAS
Jornalista — Tatiana Cesso
Ilustrador — Robledo Lira
BATE PAPO
Paula Pezzoni Schekiera
Assessora de Imprensa
MONSTRENGOS
Feios que nos atraem
O NASCIMENTO DO CINEMA
Fique por dentro desta história
POEMAS ILUSTRADOS
Arnaldo Antunes e Paulo Leminski
ASSISTIMOS E INDICAMOS
Comentários sobre filmes
FOTONOVELA
“Uma lição que causou
confusão”
CURTA O CURTA
Curta-metragens
Abre-te cérebro! #1
Revista Eletrônica
Esta revista é o resultado do trabalho desenvolvido pelo
Ateliê Matéria Prima no Ar, no 1º semestre de 2012. Du-
rante este período assistimos a longas e curtas-metragens,
lemos livros, revistas, jornais, poemas e contos, discuti-
mos sobre diversos assuntos, entrevistamos pessoas, fo-
mos ao cinema assistir a um filme em 3D e conferir de
perto à tecnologia mais avançada da atualidade. Tudo isso
com o objetivo de melhorar cada vez mais a nossa leitura
e escrita.
Ufa! Foi um semestre agitado e cheio de novidades que
agora, temos a chance de compartilhar com os nossos lei-
tores.
Abre-te cérebro!
Esta frase, que está no poema de abertura do livro As Coi-
sas, de Arnaldo Antunes, traduz de uma forma bem humo-
rada tudo o que a nossa turma deseja com os nossos estu-
dos e descobertas, o tesouro do conhecimento.
O Ateliê Matéria Prima no Ar, pertence ao Projeto Matéria Prima Itapevi,
um projeto sócio-educativo do Instituto Eurofarma, que oferece atividades
complementares ao ensino escolar para crianças e adolescentes com idade entre 7 e 12 anos.
Saiba mais sobre o Instituto Eurofarma:
http://www.eurofarma.com.br/versao/pt/resposabilidade/index.asp
Envie sugestões para os próximos volumes:
E-mail: abretecerebro@hotmail.com
Idealização: Ateliê Matéria Prima no Ar
Educadora responsável: Renata Melo
Participantes do Ateliê Matéria Prima no Ar
Beatriz Mariane Santana
Emanoel Pereira de Oliveira
Evelyn Vitória Freitas Silva
Gabriel Calixto Nunes
Igor Mateus de Oliveira
Karoline Vitoria Pereira
Kevin Pedro Silva
Samuel Calixto Nunes
Alessandro Alves Quatrini
Amanda Letícia Daniel
Caio Augusto Camargo
Carlos Augusto Soares
Ester de Araújo Souza
Guilherme Santos Moreira
Inara Priscila Santos
Larissa Rocha Menezes
Layanne Araújo da Silva
Lyncon Gabriel Gouvea
Maiara Aparecida Mendes
Maria Eduarda Conceição
Robert da Silva Arruda
Weverton Souza Ferreira
Capa: Robledo Lira
Diagramação: Bianca Colussi e Renata Melo
Realização: Instituto Eurofarma
Gestão pedagógica: La Fabbrica do Brasil
O graffiti é uma arte feita para todos, pois está nas ruas, o lugar por onde todas as pes-
soas passam. Existem vários artistas que estão, cada vez mais, inovando este tipo de
arte. Conheça agora algumas obras muito originais:
É uma série de fotografias de graffiti e pes-
soas. Primeiro Alexandre Orion faz um graffiti
numa parede, depois pega sua máquina
fotográfica e fica um pouco distante da
pintura. Ele espera alguém passar e estar
exatamente numa posição que faça uma
composição com o graffiti, assim, a obra se
completa. Esta espera pode demorar dias,
mas o resultado é incrível e muito original.
Para fazer esta obra, Alexandre Orion utilizou
uma técnica chamada “Graffiti Reverso”,
que, ao contrário do grafite tradicional, não
aplica, mas retira o material e faz surgir uma
imagem na parede.
Com apenas lenços e água ele retirou a fuli-
gem de um túnel e fez surgir imagens de mui-
tas caveiras. A intenção do artista foi fazer as
pessoas refletirem sobre a prejudicial poluição
da cidade de São Paulo.
Ele é designer, artista plástico e fotógrafo
autodidata. Suas obras já foram expostas
na Pinacoteca do Estado de São Paulo,
em Paris, em Nova York, além de outras
exposições em várias partes do mundo.
Trabalho desenvolvido pelos
artistas de rua: Leonardo De-
lafuente e Anderson Augusto,
mais conhecido como SÃO.
É um tipo de grafite muito cri-
ativo, feito em locais que ge-
ralmente nem notamos quan-
do passamos nas ruas, por
exemplo: bueiros, tampas de
esgoto, faixa de pedestre,
parte de baixo de postes e
caixas de eletricidade. A
transformação na paisagem
feita pelos grafiteiros, deixa a
cidade mais bonita, alegre e
simpática e todo mundo fica
muito mais feliz por ver um
trabalho tão colorido.
O nome do projeto “6 e Meia” também é mui-
to legal, pois quando os ponteiros do relógio
marcam este horário, eles estão voltados para
baixo... É como se esses artistas nos dissessem:
olhem para baixo e veja a arte que está aos
seus pés.
Eles e seus trabalhos estão ficando cada vez
mais conhecidos no Brasil e no exterior. Já de-
ram workshop no Centro Cultural Banco do
Brasil, fizeram intervenções urbanas na Alema-
nha, na Polônia e em casas noturnas de São
Paulo, entre outros trabalhos.
Curiosidade:
Georges Méliès , era um mágico ilusionista francês, que já
em 1902 misturava truques de mágica com a técnica do
stop-motion. Ele filmava uma imagem e parava a câmera, fazia alguma alteração, filma-
va de novo e parava novamente, fazia isso repetidas vezes e, assim, conseguia resulta-
dos que davam a ideia de transformação e desaparecimento nas cenas de seus filmes.
Como o próprio nome diz, stop-motion, movimento parado, é uma sequencia de fotogra-
fias de um mesmo objeto inanimado, ou seja, para dar a ilusão de movimento, são feitas
pequenas alterações na posição do objeto e a cada alteração, uma fotografia é tirada. A
sequência dessas fotografias, vistas rapidamente, nos dá a impressão que o objeto está
se movimentando.
Podemos fazer um filme em stop-motion de diversas formas: com bonecos de massinhas,
miniaturas, legos, desenhos e até mesmo com pessoas.
Durante muito tempo, este era o recurso mais utilizado pelos cineastas, quando ainda
não existia tanta tecnologia e computação gráfica. A solução para criar efeitos especiais,
robôs e monstros se movimentando era fazer tudo quadro a quadro.
Mas, apesar de tanta tecnologia que temos nos dias de hoje, alguns diretores gostam
muito de stop-motion e fazem questão de produzir um filme inteirinho utilizando esta
técnica, por exemplo, os filmes: A Noiva Cadáver, A Fuga das Galinhas, e o mais atual
Piratas Pirados, foram todos feitos em stop-motion.
Siga alguns passos e faça um vídeo em stop-motion:
1 - Escreva um roteiro;
2 - Prepare o equipamento que será utilizado. Você pode usar câmeras fotográficas, Ipads, ce-
lulares ou até mesmo o computador (uma sequência de desenhos feitos no programa Paint por
exemplo);
3 - Prepare um cenário para a movimentação. Pode ser feito de forma simples, até mesmo
com cartolina;
4 - Instale o equipamento num local onde ele possa ficar parado. No caso de máquina fotográ-
fica ou câmera filmadora, você pode usar um tripé, mas se não tiver, use a criatividade e posi-
cione o equipamento escolhido num local de sua escolha. O importante é que as fotos sejam
clicadas sempre no mesmo ângulo;
5 - Faça um teste com os equipamentos antes de começar a fotografar pra valer;
6 - Comece a fotografar. Não esqueça: para dar a ideia de movimento é preciso fazer leves
alterações na posição do objeto que será fotografado;
7- Coloque a sequencia de fotografias num programa de edição de vídeo, o mais comum é o
Windows Movie Maker, bem simples de utilizar;
8 - Pronto você já pode mostrar seu filme para os seus amigos!
Assista a vídeos muito legais feitos em stop-motion:
http://www.stopmotionbrasil.art.br/
Saiba mais sobre diretores do cinema que utilizaram em seus filmes a técnica do stop
-motion:
http://www.eba.ufmg.br/midiaarte/quadroaquadro/stop/princip1.htm#intro
Por Layanne Araújo e Maria Eduarda
Filme: Vermelho como o céu
Diretor: Cristiano Bortone
Roteiro: Cristiano Bortone, Pao-
lo Sassanelli, Monica Zapelli
Gênero: Drama
País: Itália
Ano: 2006
Filme: Piratas Pirados
Diretor: Peter Lord, Jeff Newitt
Roteiro: Gideon Defoe
Gênero: Animação
País: Estados Unidos e Reino
Unido
Ano: 2012
Este filme, baseado em fatos reais, conta a história de Mirco (Luca
Capriotti), que aos 10 anos sofre um acidente e, por conta disso, fica
cego. O filme se passa na década de 70 e, naquela época, defici-
entes visuais estudavam em escolas comuns. Por causa disso, ele é
encaminhado para uma escola especial, longe de sua cidade. Com
essa mudança radical, Mirco tem que aprender a conviver com sua
deficiência, além de sofrer com a ignorância do diretor da escola, o
que não é nada fácil pra ele. Mas, ao mesmo tempo, o menino é
recompensado pela paciência e dedicação de seu ótimo professor.
O mais bacana dessa história é quando, de uma maneira muito inte-
ressante, Mirco descobre sua paixão pelo áudio, o que levou Mirco
Mencacci na vida real a se tornar um dos melhores editores de áu-
dio do cinema italiano da atualidade.
Apesar de ser um drama, o filme tem partes muito divertidas. É um
filme bonito e sensível, que trata do assunto “deficiência visual” sem
nos levar a ficar com pena de pessoas que tem esta deficiência,
mas sim, perceber que elas são tão capazes como qualquer pessoa.
Esta é uma animação feita com a técnica do stop-motion.
Nesta história, o personagem principal, Capitão Pirata, quer vencer o
concurso de “Pirata do Ano”, o mais temido dos mares. Acontece
que ele não é tão temido assim e sua tripulação atrapalhada é me-
nos temida ainda, aliás, é uma verdadeira piada.
Os cenários deste filme são perfeitos, os personagens engraçados e
as cenas envolventes. Além dos personagens fictícios, podemos co-
nhecer personagens que viveram na vida real, a Rainha Vitória e
Charles Darwin.
Depois de uma grande aventura e muita confusão, o Capitão Pirata
percebe o que realmente interessa: o valor de seu grupo e a amiza-
de que tem por eles.
Estudo especial
Para assistirmos a este filme, fomos ao cinema. Foi um dia muito espe-
cial, por ter sido a primeira vez da nossa turma numa projeção em 3D,
além de conferirmos de perto esta tecnologia, vimos uma animação
feita com a técnica do stop-motion, assunto estudado neste semestre.
Filme: A invenção de Hugo Cabret
Diretor: Martin Scorsese
Roteiro: John Logan
Gênero: Aventura
País: Estados Unidos
Ano: 2011
Este filme é demais!!! Baseado no livro que tem o mesmo nome, do
autor Brian Selznick, mistura personagens que existiram de verdade,
como Georges Méliès (Ben Kingsley), com personagens criados na
ficção, como Hugo Cabret (Asa Butterfield).
Hugo é um menino órfão que aprendeu a consertar máquinas com
seu pai, antes deste falecer. Ele é esperto, inteligente e muito curio-
so, por isso, resolve desvendar um enigma para descobrir sua pró-
pria história.
Para descobrir o que quer, Hugo enfrenta muitos desafios e conhe-
ce várias pessoas, entre elas, Georges Méliès , o grande diretor ilusi-
onista, que deu início aos efeitos especiais do cinema.
O filme tem cenários lindos, a estação de trem e o grande relógio
onde Hugo mora escondido são alguns deles. Tem também muitos
efeitos especiais e personagens interessantes.
Este é um filme que nos mostra como o cinema era feito no come-
ço. Podemos conhecer cenas de filmes antigos, como por exemplo
'A chegada do trem na estação' e “viagem à lua”, vimos o primeiro
estúdio de cinema, feito de vidro para que a luz fosse bem aprovei-
tada, além de efeitos especiais feitos com truque de mágica e ou-
tros recursos interessantes, como o aquário que ficava na frente da
câmera, dando a impressão que os personagens estava no fundo
do mar.
Uma cena muito importante é quando Hugo e Isabele (Chloë Mo-
retz) conversam sobre encontrar a nossa função e vocação nesta
vida, pois o mundo é como uma grande máquina e somos parte
dela, somos suas peças que se encaixam, cada um tem uma fun-
ção, não existe peça extra, que sobra.
A turma no cinema
Dicas
de
Leitura
Livro: A Flauta Mágica
Autor: Wolfgang Amadeus
Mozart e Emanoel Schikane-
der
Adaptação: Rosana Rios
Coleção: Reencontro Infantil
Editora: Scipione
Esta história é de aventura, amor e de muita coragem. Em
sua maior parte passa-se numa floresta cheia de pe-rigos e mistérios. É neste lugar que começa a histó-ria dos personagens Tamino e Papagueno. Papagueno é um homem que caça aves e que se pa-rece muito com elas por causas de suas penugens. Já Tamino, é um príncipe esperto de uma terra bem distante. Certo dia, Tamino é atacado por uma enor-me serpente e, na fuga, cai numa ribanceira. Quan-do acorda ouve o som de uma flauta e então, co-nhece Papagueno, os dois tornam-se grandes ami-gos e vivem juntos uma grande aventura, enfrentan-do maldades, traições e feitiçarias. A história é envolvente e cheia de personagens inte-ressantes. Ela nos mostra que o amor vence barrei-ras, que devemos enfrentar os perigos com muita coragem e que a amizade e a fidelidade são coisas importantes que devemos preservar em nossas vi-das.
Dica de Evelyn Vitória
Livro: Drácula
Autor: Bram Stoker
Adaptação: Luc Lefort
Coleção: O Tesouro dos Clás-
sicos
Editora: Ática
O livro conta a história de um vampiro muito te-
mido e conhecido pelo mundo todo, o grande
Drácula! Mistérios, suspense, morcegos, cemité-
rio, sangue, seres que vagam pela noite e muito
terror, assombram essa história clássica que vai
fazer você entender porque este vampiro ultra-
passa o tempo e continua deixando muita gente
sem dormir.
Dica de Alan Macedo
Livro: Ali Babá e os Quaren-
ta Ladrões
Adaptação: Luc Lefort
Coleção: O Tesouro dos
Clássicos
Editora: Ática
Este livro conta uma histó-
ria do personagem Ali Ba-
bá, um lenhador muito po-
bre. Certo dia quando estava andando por uma es-
trada, ele viu muitos homens se aproximarem de
uma pedra. Quando estavam bem perto, disseram a
frase mágica: Abre-te Sésamo! Essas palavras abri-
ram uma caverna onde dentro existia um grande
tesouro. Quando os homens saíram, Ali Babá repetiu
as palavras mágicas e a caverna se abriu. Ele pegou
dois sacos de dinheiro e achou que ninguém daria
falta, mas o que Ali Babá não sabia é que os homens
eram terríveis ladrões. Ficou curioso para saber o
que acontece depois? Então não deixe de ler e co-
nheça a aventura vivida por Ali Babá.
Esta é uma história muito antiga e conhecida, exis-
tem muitas adaptações sobre ela, mas a diferença
desta coleção é que em suas páginas finais existem
muitas informações sobre a época e o lugar onde se
passa a história. Vale conhecer.
Dica de Beatriz Mariane
Livro: Ela Disse, Ele Disse
Autora: Thalita Rebouças
Editora: Rocco
Este é um livro sensacional,
pois fala sobre uma realida-
de vivida pela maioria dos
adolescentes: a mudança.
Mudar é sempre difícil e
quando os pais da personagem Rosa se separam,
ela sofre muito, pois tem que deixar todos os seus
amigos e seguir rumo ao desconhecido. Então, ela
vai estudar numa escola onde não conhece nin-
guém e acaba sofrendo por causa disso. Só que o
que Rosa não sabe, é que é nesta mesma escola ela
irá viver muitas experiências importantes para a
sua vida, inclusive, conhecer pessoas superinteres-
santes, como o Léo.
O mais legal deste livro, é que a gente vê (ou lê) os
dois lados da história. Como a menina e como o
menino se sentem em situações semelhantes.
Eu adorei ler “Ela disse Ele disse", por isso, este, já
entrou para meu top 5 de melhores livros que já li.
Dica de Layanne Araújo
Curta o Curta
A Maior Flor do Mundo
Direção: Juan Pablo
Etcheberry
Ano: 2007
País: Espanha
Este lindo curta metra-
gem de animação foi
inspirado no livro A Maior Flor do Mundo, do escritor
português José Saramago. Ele conta a história de
um menino que mora numa aldeia e um dia en-
contra uma flor que está quase morrendo, então,
resolve cuidar da florzinha. Ele cuida com tanto ca-
rinho que a flor sobrevive e cresce tanto, que fica
mais alta do que uma árvore. A flor fica linda, enor-
me e muito agradecida por ele ter cuidado dela.
Quando o menino fica cansado, a flor retribui os
cuidados que ele teve com ela. Esta história nos faz
entender que é importante retribuirmos o bem que
fazem por nós, que o esforço, sempre vale a pena
e que somos capazes de fazer coisas que, muitas
vezes, parece impossível.
Clique no link e assista ao filme:
http://www.youtube.com/watch?v=YUJ7cDSuS1U
Os fantásticos livros voadores do Sr Morris Lessmore
Direção: William Joyce, Brandon Oldenburg
Ano: 2011
País: EUA
O Sr. Morris estava escrevendo um livro sentado em sua varanda. De repente,
surge um enorme furacão e tudo voa pelos ares. Depois disso, ele vai parar
num lugar onde tudo está cinza.
Ainda confuso, Morris caminha pelo lugar, de repente, vê uma moça voando,
sendo levada por livros. Em seguida, encontra uma biblioteca onde os livros
tem vida. Ele entra e, logo, fica amigo dos livrinhos e então eles passam a viver
como uma família, onde uns cuidam dos outros. O Sr. Morris passa o tempo to-
do do filme escrevendo um livro e quando termina, é como se tivesse cumprido
a sua missão neste mundo. O tempo passa, então, ele já é um idoso e sai car-
regado pelos livros como se estivesse indo para outro mundo. Nesta parte, é
como se a história recomeçasse, pois de repente, surge uma criança para cui-
dar dos livrinhos. Este curta venceu o Oscar de Curta-Metragem de Animação
de 2011 e a mensagem que ele nos passa é que a vida só tem sentido e se tor-
na colorida, quando a leitura faz parte de nossas vidas.
Clique no link e assista ao filme:
http://www.youtube.com/watch?
v=eHxebCIXavw&feature=results_main&playnext=1&list=
PL7BE68D35A44EE05C
Velha História
Direção: Cláudia
Jouvin
Ano: 2004
País: Brasil
Este filme foi baseado num poema de Mário Quinta-
na e a narração é do ator Marco Nanini. Ele conta a
história de dois amigos, um homem e um peixe. Um
dia o homem foi pescar num rio e, de repente, o
anzol enroscou num lindo peixinho azul, mas o ho-
mem não teve coragem de comer o bichinho, ficou
com dó e então, o levou para casa para cuidar de
seus ferimentos. Os dois se tornam amigos e faziam
tudo juntos. O que acontece depois, nos causa
muitas emoções e nos faz refletir sobre nossas atitu-
des.des.
Clique no link e assista ao filme:
http://www.portacurtas.com.br/beta/filme/?
name=velha_historia
Os fantásticos livros voadores do Sr Morris Lessmore
Direção: William Joyce, Brandon Oldenburg
Ano: 2011
País: EUA
O Sr. Morris estava escrevendo um livro sentado em sua varanda. De repente,
surge um enorme furacão e tudo voa pelos ares. Depois disso, ele vai parar
num lugar onde tudo está cinza.
Ainda confuso, Morris caminha pelo lugar, de repente, vê uma moça voando,
sendo levada por livros. Em seguida, encontra uma biblioteca onde os livros
tem vida. Ele entra e, logo, fica amigo dos livrinhos e então eles passam a viver
como uma família, onde uns cuidam dos outros. O Sr. Morris passa o tempo to-
do do filme escrevendo um livro e quando termina, é como se tivesse cumprido
a sua missão neste mundo. O tempo passa, então, ele já é um idoso e sai car-
regado pelos livros como se estivesse indo para outro mundo. Nesta parte, é
como se a história recomeçasse, pois de repente, surge uma criança para cui-
dar dos livrinhos. Este curta venceu o Oscar de Curta-Metragem de Animação
de 2011 e a mensagem que ele nos passa é que a vida só tem sentido e se tor-
na colorida, quando a leitura faz parte de nossas vidas.
Clique no link e assista ao filme:
Personagens:
Ricardinho: Kevin Pedro
Tia: Evelyn Victória
Professora: Beatriz Mariane
Adriano: Gabriel Calixto
Adaptação do texto: A turma
FOTONOVELA
É uma história contada através de imagens fotográficas e balões com textos falados pelos per-
sonagens das fotos.
Sua origem foi na Itália, no final da década de 40. Mas, logo depois essas publicações surgiram
no Brasil, e foi nos anos 70 que se tornaram muito populares por aqui.
As publicações de fotonovelas eram feitas em revistas, livretos ou pequenos trechos editados em
jornais.
Inspirados nessas publicações antigas, fizemos a nossa própria fotonovela, a partir do conto
“Lado a lado, bem bolado”, do escritor Pedro Bandeira.
Se quiser saber mais sobre fotonovelas, entre nestes blogs que são bem legais e tem muita infor-
mação sobre o assunto:
http://joaopiol.blogspot.com.br/p/apresentacao_09.html
http://asfotonovelas.blogspot.com.br/p/as-fotonovelas-uma-historia-de-ascensao.html
FIM
ANTES DO CINEMA
Antes do cinema existir como conhecemos hoje, alguns
inventos foram criados para dar a ilusão de movimento.
Estes inventos foram muito importantes para o surgimento
do cinema. Veja só alguns deles:
Fenacistoscópio - Criado em 1870 pelo físico
Joseph Plateau, era um disco com várias fi-
guras de pessoas desenhadas em posições
diferentes. Ao girar este disco, as figuras pa-
reciam estar se movimentando.
Praxinoscópio - Criado por Emile Reynaud,
em 1870, este aparelho era um tambor gira-
tório com desenhos colados em seu interior.
No centro havia diversos espelhos. Ao girar
o tambor, os desenhos se refletiam e pareciam se movi-
mentar.
Cinetoscópio - Inventado por Thomas A. Edi-
son, era uma máquina onde dentro ficava um
filme perfurado, que se projetava através de
uma tela e uma lente de aumento. Uma pes-
soa de cada vez se posicionava na máquina
para assistir a projeção.
DESVENDANDO O MOVIMENTO
Certa vez, um governador da Califór-
nia chamado Leland Stanford, comen-
tou com um amigo que durante um
galope, um cavalo tirava as quatro pa-
tas do chão. O amigo não acreditou
em Leland, pois era impossível perceber este movimento
com os olhos humanos. Então, eles fizeram uma aposta e o
fotógrafo Eadweard Muybridge foi contratado para resolver
a questão. Muybridge utilizou 24 câmeras fotográficas, cada
uma armada com um disparador automático, ao longo de
um percurso percorrido pelo cavalo. Ao final do experimen-
to, ficou comprovada a tese do governador Stanford: o ca-
valo realmente fica com as quatro patas no ar durante o ga-
lope.
Alguns anos mais tarde, esta sequência de fotos foi essencial
para o desenvolvimento do cinema.
O N
ASC
IMEN
TO D
O C
INEM
A
DOIS IRMÃOS E UM GRANDE AVANÇO
Em 1895, dois irmãos franceses, Louis e Auguste Lumière criaram o
Cinematógrafo um aparelho que, ao mesmo tempo, filmava, copi-
ava e projetava imagens. Para criarem o mecanismo do cinemató-
grafo, eles observaram muito tempo máquinas de costura. Este
equipamento é considerado um avanço na qualidade do cinema
da época.
A PRIMEIRA SESSÃO
A primeira projeção cinematográfica foi em 28 de dezembro de
1895, num salão em Paris, para quase 100 pessoas. O filme esco-
lhido foi “A chegada de um trem à estação da cidade”, dos
irmãos Lumière, que mostrava uma locomotiva chegando nu-
ma estação ferroviária. Como o cinema era uma grande novi-
dade, durante a projeção as pessoas se assustaram quando vi-
ram o trem se aproximando na telona. Muitas se esconderam embaixo das cadeiras ou
pularam de tanto susto, com medo de o trem invadir a sala de exibição.
Clique no link e assista ao filme A chegada de um trem à estação da cidade, de 1895:
http://www.youtube.com/watch?v=YviZri3fbv4
MÁGICA NO CINEMA
Georges Méliès , um ator e mágico ilusionista, estava na pla-
teia na projeção cinematográfica dos irmãos Lumière. Ele fi-
cou tão encantado após assistir o trem em movimento na te-
lona que começou a se interessar pelo cinema e, por causa
disso, virou produtor e diretor de cinema, criando técnicas de
trucagem, fusão de imagens e efeitos especiais. Ele levou a
técnica do teatro e da mágica para o cinema e foi o primeiro
a filmar com figurinos, cenários e maquiagem. Ele produziu
centenas de filmes e marcou a história do cinema.
Clique no link e assista ao filme Viagem à lua, de 1902, dirigido por George Miliès:
http://www.youtube.com/watch?v=1eVtv1YyzOU&feature=related
O N
ASC
IMEN
TO D
O C
INEM
A
CINEMA MUDO
De seu surgimento, até pouco mais da meta-
de da década de 20, o cinema era mudo,
mas isso não queria dizer que era totalmente
silencioso, pois sempre tinha o acompanha-
mento de uma sonoplastia, um órgão ou um
piano para contar as histórias. O maior artista
desta época foi Charles Chaplin. Ele fazia tudo
em seus filmes, escrevia o roteiro, atuava,
dirigia, produzia, montava, dirigia a fotografia,
compunha as músicas e ainda regia a orquestra. Ele criou o personagem
Carlitos, que ficou conhecido no mundo inteiro.
A CHEGADA DA VOZ AO CINEMA
Com a evolução do cinema, no ano de 1927, foi criado um aparelho
capaz de reproduzir som e imagem simultaneamente, com isso o ci-
nema deixa de ser mudo. O público vibrava ao ouvir as vozes dos
atores. Mas, uma coisa que era pra ser bacana acabou sendo um
transtorno para alguns artistas, pois muitos não se adaptaram a essa
nova forma de fazer cinema, ou então, tinham vozes estranhas e por
isso, não eram mais chamados para filmar. Assim, alguns entraram em
decadência, já outros adoraram a novidade e se tornaram grandes
estrelas do cinema.
SUCESSO TOTAL!
Em 1903, o cinema começou a
crescer. Grandes indústrias or-
ganizavam a distribuição de fil-
mes, investia dinheiro nas produ-
ções.
Em 1910 surgiu Hollywood, uma
cidade toda preparada para grandes produções
cinematográficas.
CINEMA MUDO
De seu surgimento, até pouco mais da meta-
de da década de 20, o cinema era mudo,
mas isso não queria dizer que era totalmente
silencioso, pois sempre tinha o acompanha-
mento de uma sonoplastia, um órgão ou um
piano para contar as histórias. O maior artista
desta época foi Charles Chaplin. Ele fazia tudo
em seus filmes, escrevia o roteiro, atuava,
dirigia, produzia, montava, dirigia a fotografia,
compunha as músicas e ainda regia a orquestra. Ele criou o personagem
Carlitos, que ficou conhecido no mundo inteiro.
A CHEGADA DA VOZ AO CINEMA
Com a evolução do cinema, no ano de 1927, foi criado um aparelho
capaz de reproduzir som e imagem simultaneamente, com isso o ci-
nema deixa de ser mudo. O público vibrava ao ouvir as vozes dos
atores. Mas, uma coisa que era pra ser bacana acabou sendo um
transtorno para alguns artistas, pois muitos não se adaptaram a essa
nova forma de fazer cinema, ou então, tinham vozes estranhas e por
isso, não eram mais chamados para filmar. Assim, alguns entraram em
decadência, já outros adoraram a novidade e se tornaram grandes
estrelas do cinema.
E VIVA A EVOLUÇÃO!
O cinema teve uma rápida evolução desde que foi cria-
do. Conforme o tempo foi passando, muitas coisas foram
sendo melhoradas: som, cores, efeitos especiais, ima-
gem, equipamentos, entre outras coisas. Toda essa evo-
lução, devemos à tecnologia que não para de avançar.
Fonte de pesquisa:
Livro: Era uma vez o cinema / Editora: Melhoramentos
Sites:
http://www.infoescola.com/cinema/historia-do-cinema/
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-
cinema/historia-do-cinema-1.php
http://www.culturamix.com/cultura/a-evolucao-do-
cinema
Por Inara Priscila Santos, Layanne Araújo, Maria Eduarda, Larissa Rocha e Evelyn Vitória
A.C. - Qual é a sua formação?
T.C. - Eu cursei Comunicação Social na Universidade Anhembi Mo-
rumbi em São Paulo. Neste curso você pode escolher Publicidade,
Jornalismo, Relações Públicas e Rádio e TV. Então, eu escolhi Jorna-
lismo.
A.C. - Por que você decidiu ser jornalista?
T.C. - Na verdade não foi uma decisão. Desde que eu tinha a idade
de vocês eu era muito apaixonada por revistas, eu colecionava e
assinava a Revista Capricho, que as meninas conhecem muito bem.
Eu gostava tanto daquele material que ficava pensando em como
eu poderia fazer parte daquilo. Eu queria fazer parte de uma turma
e a turma que eu escolhi foram os jornalistas.
A.C. - Com quantos anos você fez o seu primeiro trabalho como jor-
nalista?
T.C. - Eu acho que eu tinha 18 anos. Eu estava fazendo cursinho e
na saída da aula ganhei uma revista chamada Putz. Era uma revista
nova, e eu fiquei muito animada porque era uma revista bem engra-
çada, falava de balada, assuntos que com 18 anos era os meus as-
suntos. E eu mandei na época um fax pra revista falando que eu
tinha gostado muito da publicação e perguntei se eu podia colabo-
rar de alguma forma, se eu podia escrever pra eles. Eles aceitaram,
me chamaram, então eu fui conversar com o editor. Naquele mes-
mo dia, ele me indicou uma balada, então eu fui com o fotógrafo e
escrevi uma matéria sobre a balada que ele indicou. Eu contei co-
mo eram as pessoas, como era o som, enfim, escrevi uma matéria
de balada. Depois dessa reportagem, essa revista me contratou.
Então, eu comecei a trabalhar como repórter, antes de entrar na
faculdade. Era uma revista bem pequena e foi muito bom ter come-
çado assim, para experimentar a profissão.
Sua carreira de jornalista começou quando ainda era muito jovem, aos 18
anos, antes de entrar na faculdade. Produziu reportagens para as principais
revistas do Brasil e, com isso, construiu um portfólio recheado de matérias
diversificadas. Atualmente ela mora em Chicago, mas continua escrevendo
para revistas brasileiras. Para falar com Tatiana, utilizamos o Skype, esta fer-
ramenta tecnológica muito utilizada para entrevistas nos dias de hoje.
A.C. - Sabemos que você está morando em Chicago. Por que você resol-
veu ir embora do Brasil?
T.C. - Eu mudei pra Chicago, não por uma decisão profissional, mas por-
que eu me casei e meu marido mora aqui, então eu vim aqui morar com
ele. Profissionalmente foi uma decisão bem ousada porque o meu inglês
era muito ruim. Agora o meu inglês é melhor, mas quando eu cheguei,
não era. Eu já tinha uma profissão bem avançada aí no Brasil, eu era edi-
tora de uma revista. E quando eu cheguei aqui, tive que começar tudo de
novo, não falando a língua direito. Eu trabalho como Freelancer, então eu
escrevo reportagens, de forma independente, e vendo para algumas re-
vistas do Brasil. Este trabalho depende muito da minha garra aqui. Eu
tenho que conseguir entrevistados, tenho que marcar as entrevistas, ter
ideias, vender essas matérias para revistas do Brasil e, além de tudo, eu
ainda tenho a limitação da língua, ainda não falo muito bem inglês, isso
me deixa um pouco insegura, mas, enfim, eu estou conseguindo superar
esses limites, eu não estou tendo muita vergonha. Então às vezes eu vou
fazer as entrevistas e sei que não estou falando tudo certinho, mas mes-
mo assim, eu consigo as informações que eu quero, então eu estou es-
crevendo bastante para o Brasil. Mas, enfim, eu vim pra cá porque eu me
casei.
A.C. - Você pretende voltar a morar no Brasil?
T.C. - Eu pretendo. Estou morando aqui vai fazer dois anos. Mas, acho
que eu ainda tenho muita coisa pra aprender por aqui. Porque profissio-
nalmente, às vezes, você chega num estágio que parece que já está bom,
como vocês já devem ter visto em meu portfólio, eu era editora de uma
revista de celebridades, então eu entrevistava muitas pessoas famosas,
trabalhava na Editora Abril, que é a maior editora do Brasil, mas eu tam-
bém queria descobrir outras culturas. Eu poderia ficar confortável neste
lugar, mas por outro lado, quando você tem vontade de crescer_ e cres-
cer quando eu falo é crescer na cabeça e não no bolso porque se a gente
quer crescer no bolso tem que trilhar um caminho diferente _enfim, eu
tinha muita vontade de crescer na cabeça, eu queria estudar inglês, que-
ria conhecer outras pessoas, além das celebridades. Porque eu acho que
agora o jornalismo está num momento muito voltado para as celebrida-
des, mas, existem outras pessoas muito interessantes que não são pes-
soas famosas, que tem coisas muito legais pra contar pra gente, então eu
também queria descobrir outras culturas. Eu sou casada com um africano
ele é de um país chamado Burundi, é um pais bem pequeno na África Cen-
tral, então, pra mim tem sido muito enriquecedor conhecer outras cultu-
ras, poder escrever sobre outros assuntos, porque, de repente eu esta
escrevendo muito sobre as atrizes bonitas das novelas, que todo mundo
tem muita curiosidade, mas pra quem esta entrevistando nem sempre
aquela informação te enriquece, então quando você vai escolher os cami-
nhos que você vai trilhar na sua profissão, você também tem que tomar
cuidado pra não ficar muito ligado no status, no que aquela profissão pa-
rece ser, você tem que procurar o que aquela profissão acrescenta no
seu coração, na sua cabeça, onde aquilo leva você como ser humano,
então, voltar para o Brasil eu tenho vontade, mais eu ainda acho que eu
tenho muita coisa pra viver fora do Brasil!
A.C. - Nós vimos em seu portfólio que você ainda faz trabalhos
para revistas do Brasil. Como você consegue fazer isso morando
em Chicago?
T.C. - Acho que uma das coisas mais importantes quando você
começa a trabalhar como jornalista, é criar um bom relaciona-
mento nos lugares por onde você passa. Eu trabalhei na Editora
Abril, por exemplo, que é uma editora muito grande, tem muitas
revistas, então eu circulei. Eu conversava com uma pessoa de
uma revista, com outra pessoa de outra revista e assim por dian-
te. Quando eu me mudei para Chicago, eu fui me despedir das
pessoas, fui na Veja, na Capricho, na Nova, na Claudia, na Elle,
então, as pessoas e os diretores dessas revistas me conhecem.
Eu acho que um toque legal, uma informação importante do mun-
do dos jornalistas é que, você tem que ser uma pessoa bem rela-
cionada, não só para você ter trabalho, mas também para ter bo-
as informações vinda das pessoas, você tem que conhecer muita
gente, mas conhecer muita gente, não significa ter mil amigos no
Facebook. Na verdade eu tenho bem poucos amigos no Facebo-
ok, e geralmente, as pessoas que me passam informações legais
ou as pessoas para quem eu trabalho não estão o meu Facebook.
Então, o processo do meu trabalho é assim: por exemplo, eu es-
tou aqui e vejo uma exposição de arte que eu acho que pode ser
legal escrever uma reportagem para uma revista do Brasil, então
entro em contato com alguém que eu conheço na revista e conto
a minha ideia, pergunto se eu posso escrever, se eles gostam
desse assunto, enfim, a pessoa diz sim ou não, qual o tamanho
da reportagem que eu tenho que escrever, me fala quanto vai me
pagar por aquilo, eu escrevo e mando por e-mail. Este é o proces-
so!
A.C. - Você esta trabalhando em Chicago? Qual e o seu trabalho?
T.C. - Eu trabalho em Chicago como Relações Públicas de uma
companhia que organiza eventos para empresas, por exemplo, a
empresa que eu trabalho vai fazer um evento e esse evento preci-
sa ser divulgado na imprensa, precisa sair nos jornais, nas revis-
tas, em sites e alguém tem que contar essa história. Eu sou a
pessoa que entra em contato com os jornalistas para contar tudo
o que vai acontecer no evento. Eu sou a porta voz da empresa.
A.C. - Qual foi o trabalho que você mais gostou de fazer até hoje?
T.C. - Eu não posso dizer que eu tive um trabalho que eu mais
gostei. Porque o jornalista nunca tem um ponto alto, um ponto
máximo. Eu, por exemplo, o que eu mais gosto de fazer é ter novi-
dade na minha frente. Quando eu termino um trabalho aquilo
passou, eu quero ver outra coisa nova, eu quero escrever sobre
outro assunto, eu quero falar com outras pessoas, então, mais do
que o trabalho realizado, eu gosto dos trabalhos que eu tenho pra
fazer. Eu gosto mais de saber que tem um assunto que eu vou
descobrir, que eu vou me aprofundar mais. Então, quando o tra-
balho termina ele foi legal enquanto durou, mas ele nunca vai ser
meu favorito. O que eu mais gosto de fazer é ter o que fazer de
novo.
A.C. - Você já sentiu medo ou vergonha de entrevistar al-
guém?
T.C. - Já,ô se já! Como eu já falei pra vocês, o meu inglês não
é muito legal, então, esses dias eu entrevistei três chefs de
cozinha para escrever uma matéria pra Revista Veja, do mês
de maio, ainda deve estar nas bancas, inclusive. Eu fiquei
com muita vergonha porque muitas coisas que eles falavam,
eu não entendia, por exemplo, quando falava de ingredientes
bem específicos da culinária, muitas vezes eu não conseguia
entender muito bem porque eu não tenho um vocabulário tão
grande. Quando isso acontece, me dá uma mistura de vergo-
nha com nervoso, com frustração de querer saber, entender,
falar melhor. Então, neste momento você tem que baixar a
ansiedade, tentar ser o mais natural possível e tentar pensar
que a pessoa que está sendo entrevistada, é uma pessoa
comum, como você, ela até pode entender que você está
nervoso, mas se você deixar este nervoso tomar conta, você
perde a chance de saber as coisas mais interessantes da
pessoa, então, por mais que você esteja com vergonha, tem
que tentar se controlar pra conseguir tirar o melhor da entre-
vista.
A.C. - Você fica nervosa na hora de entrevistar alguém?
T.C. – Olha, no começo quando eu entrevistava celebridades
eu ficava bem nervosa. Era uma mistura de excitação e tam-
bém acho que uma falta de preparo. Porque quando você
está bem seguro do que vai falar, de como vai entrevistar
essas pessoas, você fica mais calmo. E eu acho que, como
eu comecei a fazer isso muito nova, não estava muito prepa-
rada, então eu ficava nervosa. Mas até hoje eu fico meio ner-
vosa, sim, dependendo de quem será a pessoa, se é muito
importante ou se eu admiro, acho que é normal ficar um pou-
co nervosa.
A.C. - Você já sentiu medo ou vergonha de entrevistar al-
guém?
T.C. - Já,ô se já! Como eu já falei pra vocês, o meu inglês não
é muito legal, então, esses dias eu entrevistei três chefs de
cozinha para escrever uma matéria pra Revista Veja, do mês
de maio, ainda deve estar nas bancas, inclusive. Eu fiquei
com muita vergonha porque muitas coisas que eles falavam,
eu não entendia, por exemplo, quando falava de ingredientes
bem específicos da culinária, muitas vezes eu não conseguia
entender muito bem porque eu não tenho um vocabulário tão
grande. Quando isso acontece, me dá uma mistura de vergo-
nha com nervoso, com frustração de querer saber, entender,
falar melhor. Então, neste momento você tem que baixar a
ansiedade, tentar ser o mais natural possível e tentar pensar
que a pessoa que está sendo entrevistada, é uma pessoa
comum, como você, ela até pode entender que você está
nervoso, mas se você deixar este nervoso tomar conta, você
perde a chance de saber as coisas mais interessantes da
pessoa, então, por mais que você esteja com vergonha, tem
que tentar se controlar pra conseguir tirar o melhor da entre-
vista.
A.C. - Você fica nervosa na hora de entrevistar alguém?
T.C. – Olha, no começo quando eu entrevistava celebridades
eu ficava bem nervosa. Era uma mistura de excitação e tam-
bém acho que uma falta de preparo. Porque quando você
está bem seguro do que vai falar, de como vai entrevistar
essas pessoas, você fica mais calmo. E eu acho que, como
eu comecei a fazer isso muito nova, não estava muito prepa-
rada, então eu ficava nervosa. Mas até hoje eu fico meio ner-
vosa, sim, dependendo de quem será a pessoa, se é muito
importante ou se eu admiro, acho que é normal ficar um pou-
co nervosa.
A.C. - Como você prepara suas entrevistas?
T.C. - Eu preparo minhas entrevistas, primeiro com muita pesquisa porque o tra-
balho de um jornalista é voltado pra pesquisa. Não adianta achar que porque
você é criativo, legal, a pessoa vai chegar e te contar um monte de coisas da
vida dela, não é assim! Se você não souber muitos detalhes sobre aquilo que
está indo buscar, perde a chance de fazer uma boa matéria. Eu tenho muitas
pastas de trabalho divididas por assuntos, então, tudo que eu leio de interessan-
te, eu recorto e guardo nas minhas pastas. Isso no jornalismo a gente chama de
referência que é uma das partes mais importantes do trabalho. Tem que ter re-
ferência sobre os assuntos. A nossa cabeça tem um limite, você não pode lem-
brar de tudo isso, então, colecionar reportagens, livros, filmes, ajuda você a ter
repertório e quanto mais repertório você tem, melhor você é pra falar daquele
assunto. Agora a gente tem a mania de achar que tudo está na internet, mas
não é bem assim, você tem que procurar a informação que não está na internet,
tem que ir à biblioteca, assistir filmes, colecionar artigos de revistas, jornais, isso
tudo um dia você pode querer usar. É melhor você ter informação ao seu redor
do que só ficar acessando a internet, só acessar a internet é bem pobre de infor-
mação. Vou contar um caso que eu acho interessante, uma vez eu ia entrevistar
uma atriz que estava fazendo muito sucesso numa novela e várias reportagens
estavam sendo escritas sobre ela. Mas, quando uma pessoa está sendo muito
falada, chega uma hora que não tem mais o que conversar com aquela pessoa
porque todo mundo já conversou sobre todos os assuntos, então não tem novi-
dade. Então eu resolvi assim, eu sabia que ela era paulistana, então ao invés de
fazer uma entrevista com as minhas perguntas, eu peguei uma música da Rita
Lee e todas as frases da música, eu transformei em minhas perguntas, por
exemplo, a música falava: “Agora é moda chegar atrasado”, então eu pergunta-
va: Como você lida com os seus horários? Você chega atrasada em seus com-
promissos? Você é pontual? Então eu usei a música para me dar criatividade
pra conversar com aquela pessoa. O que eu quero dizer é que você tem que ter
uma mistura de criatividade com informação e quando você tem repertório, você
tem condição de ser mais esperto na hora da reportagem.
A.C. - Sabemos que você escreve sobre vários assuntos. Do que você
mais gosta de escrever?
T.C. - Eu mudo muito. Cada época eu gosto mais de uma coisa. Teve uma
época que eu gostava de escrever perfil, gostava de contar a história da
vida de uma pessoa. Fazer uma biografia. Hoje eu gosto muito de escre-
ver sobre turismo aqui em Chicago. É um assunto que faz parte da minha
vida agora porque eu também não conheço a cidade muito bem, então
cada lugar que eu descubro eu tenho vontade de contar pras pessoas.
Então, hoje eu posso dizer que meu assunto favorito é turismo. Mas, eu
também gosto bastante de gastronomia e arte. A minha especialidade
como jornalista é cultura. Embora, eu já tenha escrito sobre negócios, ou-
tros assuntos mais sérios, mas eu gosto mais de escrever sobre cultura e
arte. Eu não entendo muito de arte, mas eu gosto muito, principalmente
Street Art, arte de rua, grafite. Então eu tenho estudado muito sobre este
assunto aqui. Não é um assunto que tem muita abertura para escrever
pra muitos lugares, mas é um assunto que eu gostaria de falar mais. En-
tão, acho que assim, favorito turismo e o quero desenvolver melhor é ar-
te.
A.C. - Você gosta de ler?
T.C. - Eu adoro ler. Eu leio toda hora da minha vida.
A.C. - Qual a sua leitura preferida?
T.C. - Eu leio muita revista. Eu leio revista porque é o que eu faço e é a
minha maior referência. É claro que eu leio livros também, gosto de bio-
grafias, gosto muito de livro-reportagem. Eu tenho uma coisa muito mais
voltada para o jornalismo do que para a literatura. Eu não sou uma pes-
soa que tem muitas referências de literatura. Eu deveria, mas eu não te-
nho. Quando eu falo que eu leio todo momento, eu realmente leio todo
momento. Nos momentos mais mínimos da vida você tem que ler. Um
exemplo, ontem eu estava andando de bike na academia com uma revis-
ta na minha frente. Eu acho que isso é legal pra mim porque eu acabo
absorvendo muita informação. A gente não tem tempo mais pra nada,
você não tem tempo pra deitar na rede e ler um livro, né? A gente não
está mais nessa época. Mas, acho a leitura muito importante, então as-
sim, aproveite os momentos, leia no ônibus, no banheiro, na academia,
leia em qualquer brecha que você tiver, é bem importante. Eu não acho
muito legal essa coisa de ler na internet porque, assim, enquanto você
está lendo, tem uma coisa piscando lá em baixo na no monitor, um amigo
te chamando no Facebook, outro falando no MSN, então, na verdade, vo-
cê não consegue se concentrar. Eu, enfim, acho que ler é importante.
A.C. - Quando você era criança o que queria ser quando crescesse?
T.C. - Quando eu era criança mesmo, eu acho que eu tinha as vontades
que as crianças tem. Eu queria ser a Xuxa, Paquita, coisas assim. Mas,
quando eu comecei ver revista, eu queria ser modelo Que menina que
tem 11,12 anos que não quer ser modelo? Mas, aquilo na verdade, era
só porque a minha cabeça não alcançava que eu poderia fazer revista
sem ser a pessoa que está na frente, na capa. Eu não entendia as profis-
sões, então, eu achava que ser modelo era o mais legal. Porque quando
você é modelo você está nas revistas ou quando você é modelo você es-
ta nas passarelas, você está no meio. Eu não era bonita, alta e magra,
então eu não poderia ser modelo. E depois eu entendi que eu poderia
estar nesses mesmos lugares sem ser modelo. Na verdade, eu acho que
o que eu queria ser mesmo era jornalista, só que eu não conhecia a pro-
fissão. Depois eu comecei a perceber que gostava de escrever, que gos-
tava desse universo. Acho que eu já tinha uma tendência a querer ser
jornalista, apesar de não conhecer a profissão.
* Todas as ilustrações são matérias escritas por Tatiana Cesso
A.C. - Quando você era criança o que queria ser quando crescesse?
T.C. - Quando eu era criança mesmo, eu acho que eu tinha as vontades
que as crianças tem. Eu queria ser a Xuxa, Paquita, coisas assim. Mas,
quando eu comecei ver revista, eu queria ser modelo Que menina que
tem 11,12 anos que não quer ser modelo? Mas, aquilo na verdade, era
só porque a minha cabeça não alcançava que eu poderia fazer revista
sem ser a pessoa que está na frente, na capa. Eu não entendia as profis-
sões, então, eu achava que ser modelo era o mais legal. Porque quando
você é modelo você está nas revistas ou quando você é modelo você es-
ta nas passarelas, você está no meio. Eu não era bonita, alta e magra,
então eu não poderia ser modelo. E depois eu entendi que eu poderia
estar nesses mesmos lugares sem ser modelo. Na verdade, eu acho que
o que eu queria ser mesmo era jornalista, só que eu não conhecia a pro-
fissão. Depois eu comecei a perceber que gostava de escrever, que gos-
tava desse universo. Acho que eu já tinha uma tendência a querer ser
jornalista, apesar de não conhecer a profissão.
A.C. - Qual a dica que você dá para alguém que quer ser jornalista?
T.C. - Quando eu comecei como repórter as portas eram em quantidades
bem menores do que tem agora. Agora tem muitos veículos de comuni-
cação. Dependendo do que você deseja, tem várias áreas hoje em dia,
você pode ser jornalista pra mídia escrita, pra TV, enfim! Mas, o que eu
acho mais interessante é exercitar. Porque hoje tem uma ferramenta
que é a internet, onde pode fazer um blog, pode fazer um projeto, como
esse que vocês estão fazendo, de uma revista eletrônica. Isso é o exer-
cício mais legal. Porque como eu contei pra vocês, quando eu comecei a
trabalhar naquela revista, que foi a primeira que eu trabalhei, era uma
revista muito experimental, mas por causa dessa revista, outros editores
viram o meu trabalho e eu fui convidada pra trabalhar em outras revis-
tas, então eu fui mudando de editora porque o meu trabalho estava ex-
posto. A dica que eu dou agora na idade de vocês é fazer o exercício. Se
você puder abrir um blog, abra, escreva sobre os assuntos que te inte-
ressam, colecione reportagens em pastinhas, tenha referências perto de
você e escreva suas próprias reportagens. Escrever e ler. Acho que es-
crever e ler são as duas coisas principais, mas aproveite também as
plataformas que tem agora pra usar, pra escrever. E também, tomar um
pouco de cuidado com a exposição. Isso eu acho uma coisa muito im-
portante. Eu acho que você tem que ter uma postura profissional. Não
dá para ficar colocando fotos com cara de sexy no Facebook e ao mes-
mo tempo publicar uma reportagem que você fez no seu blog... Não
combina. sabe? Então, você tem que ter uma visão a longo prazo de
uma postura que você quer adotar como profissional porque isso, sem
dúvida, influencia nos resultados que você vai ter lá na frente.
Click no link e saiba mais sobre o trabalho de Tatiana Cesso:
http://www.wix.com/taticesso/a_cesso
A turma entrevistando Tatiana Cesso via Skype
Na
fo
to:
Am
an
da
Le
tícia
Da
nie
l
podia passar
a vida inteira as-
sim
olhando a lua
a boca cheia de
luz
e na cabeça nem
sombra
da palavra glória
Livro: As coisas
Autor: Arnaldo Antunes
Editora: Iluminuras
Ilustração: Ester Araújo
a noite
me pinga uma estrela no
olho
e passa
Livro: Melhores Poemas - Paulo Le-
minski
Autores: Fred Góes e Álvaro Marins
Editora: Global
Ilustração: Alessandro Quatrini
aqui jaz um artista
mestre em desastres
viver
com intensidade de
arte
levou-o ao infarte
deus tenha pena
dos seus disfarces
Livro: La Vie en Close
Autor: Paulo Leminski
Editora: Brasiliense
Ilustração: Alan Macedo
lá vão elas
um dia, as pirâmides
do egito
ainda vão chegar até
as estrelas
Livro: O Ex-Estranho
Autor: Paulo Leminski
Editora: Iluminuras
Ilustração: Weverton Souza
passarinho é só escutar não precisa conversar co-
mo são francisco, nem atirar
de estilingue com pontaria
infalível. passarinho não
precisa dar de mamar.
passarinho é só escutar não
precisa por na gaiola, não
precisa por na vitrola pra
cantar.
não precisa bater do lado de
fora da casca para o ovo se quebrar. Passarinho é
só escutar furar o ar, com pontaria infalível.
Livro: As coisas
Autor: Arnaldo Antunes
Editora: Iluminuras
Ilustração: Robert da Silva
jardim da minha amiga
todo mundo feliz
até a formiga
Livro: O Ex-Estranho
Autor: Paulo Leminski
Editora: Iluminuras
entre
a água
e o chá
desab
rocha
o maracujá
Livro: Melhores Poemas - Paulo Le-
minski
Autores: Fred Góes e Álvaro Marins
Editora: Global
Ilustração: Larissa Rocha de Meneses
as árvores são fáceis de achar
ficam plantadas no chão mamam do céu pelas folhas
e pela terra bebem água cantam no vento
e recebem a chuva de galhos abertos há as que dão frutas e as que dão
frutos
as de copa larga e as que habitam esqui-
los
as que chovem depois da chuva as cabeludas, as mais jovens mudas
as árvores ficam paradas
uma a uma enfileiradas na alameda crescem pra cima como as pessoas
mas nunca se deitam o céu aceitam crescem como as pessoas
mas não são soltas nos passos são maiores, mas ocupam menos
espaço Livro: As coisas
Autor: Arnaldo Antunes
Editora: Iluminuras
Ilustração: Guilherme Santos Moreira
Dentro da boca é escuro
Livro: As coisas
Autor: Arnaldo Antunes
Editora: Iluminuras
Ilustração: Carlos Augusto
acordei e me olhei no espelho
ainda a tempo de ver
meu sonho virar pesadelo
Livro: O Ex-Estranho
Autor: Paulo Leminski
Editora: Iluminuras
Ilustração: Amanda Letícia Daniel
jardim da minha amiga
todo mundo feliz
até a formiga
Livro: O Ex-Estranho
Autor: Paulo Leminski
Editora: Iluminuras
você está tão longe
que às vezes penso
que nem existo
nem fale em amor
que amor é isto
Livro: Melhores Poemas - Paulo Leminski
Autores: Fred Góes e Álvaro Marins
Editora: Global
Ilustração: Maiara Mendes
Dentro da boca é escuro
Livro: As coisas
Autor: Arnaldo Antunes
Editora: Iluminuras
Ilustração: Carlos Augusto
coração
PRA CIMA
escrito embaixo
FRÁGIL
Livro: Melhores Poemas - Paulo Leminski
Autores: Fred Góes e Álvaro Marins
Editora: Global
Ilustração: Maria Eduarda
Ele nasceu em Catunda, no Ceará, é ilustrador e se chama Francisco Robledo
de Lira – Francisco em homenagem a São Francisco, Robledo, uma floresta de
carvalhos antigos, Lira, um instrumento musical.
Começamos assim porque foi dessa maneira que ele iniciou a entrevista, expli-
cando o significado do seu nome, que é um tanto diferente e interessante, assim
como o seu trabalho.
A.C.- Como você se tornou ilustrador?
R.L.-Eu comecei a desenhar ainda na infân-
cia porque eu não tinha brinquedo. Eu dese-
nhava ninjas no papelão e em chinelos ha-
vaianas velhos, recortava e brincava com
eles. Foi assim que eu comecei a gostar de
desenhos. Parei durante um tempo porque
eu não tinha colegas que desenhassem e
não tinha como saber se a minha técnica
estava certa, se era legal. Mais tarde, eu
passei a ter mais contato com outros caras
que também desenhavam em minha cida-
de, então, eu voltei a desenhar. Eu sempre
gostei muito de histórias infantis, lia revistas,
observava as ilustrações que correspondiam
aos textos, foi aí que comecei a me interes-
sar por ilustrações.
A.C.- Que tipo de ilustração você faz?
R.L.-Na maioria das vezes, eu faço ilustra-
ção infantil. Sou viciado em desenho ani-
mado e videogame, então eu gosto mui-
to desse tipo de ilustração. Eu não dese-
nho de forma realista, por exemplo, se eu
for desenhar objetos, pessoas ou animais,
não será de forma perfeita porque eu
não sei copiar com fidelidade, por isso,
sempre que eu vou desenhar algo, eu
costumo trazer para o meu estilo de tra-
ço, isso não quer dizer que seja bom ou
ruim, apenas, uma questão de técnica.
No começo, eu só desenhava, não colo-
ria, depois de tantos anos desenhando,
eu comecei a colorir, experimentando
combinar as cores com vários tipos de
material, lápis de cor, canetinha, marca
texto e até café.
Ele nasceu em Catunda, no Ceará, é ilustrador e se chama Francisco Robledo
de Lira – Francisco em homenagem a São Francisco, Robledo, uma floresta de
carvalhos antigos, Lira, um instrumento musical.
Começamos assim porque foi dessa maneira que ele iniciou a entrevista, expli-
cando o significado do seu nome, que é um tanto diferente e interessante, assim
como o seu trabalho.
A.C.- Que tipo de ilustração você faz?
R.L.-Na maioria das vezes, eu faço ilustra-
ção infantil. Sou viciado em desenho ani-
mado e videogame, então eu gosto mui-
to desse tipo de ilustração. Eu não dese-
nho de forma realista, por exemplo, se eu
for desenhar objetos, pessoas ou animais,
não será de forma perfeita porque eu
não sei copiar com fidelidade, por isso,
sempre que eu vou desenhar algo, eu
costumo trazer para o meu estilo de tra-
ço, isso não quer dizer que seja bom ou
ruim, apenas, uma questão de técnica.
No começo, eu só desenhava, não colo-
ria, depois de tantos anos desenhando,
eu comecei a colorir, experimentando
combinar as cores com vários tipos de
material, lápis de cor, canetinha, marca
texto e até café.
A.C.- Você fez cursos de desenho?
R.L.-Eu fiz um curso à distância, mas a úni-
ca coisa que eu aprendi foi fazer sombra.
Eu acho que o que ensina mesmo a de-
senhar é praticar, desenhar o tempo to-
do. Eu ando com um bloquinho direto,
sempre desenho, no banco, no banheiro,
no ônibus, a todo tempo. Só não dese-
nho quando tomo banho porque molha
o papel.
A.C.- Onde você divulga o seu traba-
lho?
R.L.-Eu estou terminando de fazer um
site e um blog, mas, onde eu mais di-
vulgo é no facebook e no boca-a-
boca, para os meus amigos, porque
assim vou ouvindo as diferentes opini-
ões e isso serve como um termômetro,
vou percebendo o que as pessoas
mais gostam. Teve uma época em
que eu grafitei, mas nunca sem per-
missão. Sempre chegava e pedia e
quando as pessoas deixavam suas pa-
redes serem grafitadas, ouvia a opini-
ão delas sobre o desenho. Era uma for-
ma de divulgação também.
Ao lado, Robledo Lira na entrevista com
a turma do Ateliê Matéria Prima no Ar
A.C.- No que você se inspira para
desenhar?
R.L.-Eu me inspiro em desenho
animado, sempre que posso, as-
sisto aos canais de desenhos,
Cartoon Network, Discovery Kids, Nicklo-
deon, às vezes eu viro a noite assistindo
a esses canais. É uma grande inspira-
ção.
A.C.- Como é o trabalho de um ilustrador e
onde ele pode trabalhar?
R.L.-Bom, primeiro quero que vocês enten-
dam que existe diferença entre desenhar e
ilustrar. Eu acredito que qualquer pessoa é
capaz de desenhar. Agora, ilustrar é quando
você sintetiza uma ideia e a transforma em
imagem, ou seja, quando você consegue
passar uma mensagem através do desejo. É
um trabalho de interpretação de texto.
Agora em relação aos lugares onde um ilus-
trador pode trabalhar... Nossa! Tem muito
campo de trabalho. Um ilustrador pode tra-
balhar em revistas de todos os tipos, gibis,
livro didático, livro infantil, animação... Uma
infinidade de lugares, isso não quer dizer que
seja fácil, aliás, é muito concorrido. E nem
sempre um ilustrador é desenhista, o que eu
quero dizer é que nesta profissão também
existem o ilustrador digital, que trabalha no
computador e que faz montagens com de-
senhos, ilustrando uma ideia.
A.C.- Você já ilustrou livros?
R.L.-Ainda não, mas eu ainda quero ilustrar histó-
rias que eu criei e também as histórias de outras
pessoas. Na verdade, eu já tenho propostas de
livros de duas pessoas para ilustrar e também te-
nho as minhas próprias histórias.
A.C.- Que dica você daria para alguém
que quer se tornar ilustrador?
R.L.-A dica é desenhar bastante. Desenhe
muito, sem parar e nunca guarde seus
desenhos só pra você, mostre sempre pa-
ra outras pessoas e ouça o que elas falam
sobre os desenhos, sobre a sua evolução.
Veja trabalhos de outros ilustradores, leia
muitas revistas, assista desenhos anima-
dos, porque assim você vai percebendo
a colocação de sombras, a combinação
de cores, traço, expressão dos persona-
gens. Quanto mais uma pessoa desenha,
mais técnica vai aprimorando, mais firme
vai ficando o traço. Quanto mais treina-
mento e tempo, mais qualidade o ilustra-
dor adquire em seu trabalho. Desenhar é
prática. Caderninho no bolso, lápis na
mão e prática.
Heath Het Red: Tubo de
papelão, tampa plásti-
ca, feltro, marcadores
permanente.
Cabeça de camaleão:
Caixa de papelão, bola
de isopor e tinta.
Kevin Pedro, experimen-
tando o camaleão.
Robledo Lira utiliza em seu trabalho
uma arte que se chama retrorreci-
clagem e explica para a nossa tur-
ma como é este trabalho.
“Retrorreciclagem é algo que vai além da re-
ciclagem comum, enquanto a tradicional rea-
proveita material, por vezes transformando nos
mesmos ou em outros, a retrorreciclagem
transforma o objeto sem função em algo utili-
zável, ou seja, aquela embalagem de xampu,
ou tubo de papelão que vem cheio de papel
alumínio, pode se tornar porta documento ou
até mesmo uma boneca da Amy Wine House.
A retrorreciclagem é interessante por ser diver-
tida e pelo individuo poder dar uma nova vida
ao objeto, por vezes uma nova casa. Um dos
grandes precursores deste processo é um jo-
vem designer chamado Bruno Honda, eu cos-
tumo me inspirar no passos do designer. Tra-
balho há pouco mais de um ano com a arte
(emergente) da retrorreciclagem. Se mais pes-
soas parassem pra ver o que pode se transfor-
mar uma garrafa de leite vazia ou mesmo
uma lâmpada queimada, retrorreciclassem, o
mundo teria bem menos lixo do que tem ho-
je”.
Insectus Pedrinos: em-
balagem de metal, plás-
tico, bolinhas plásticas e
marcadores permanen-
tes.
Um oi strong: Garrafi-
nha plástica, bolinha
plástica e marcado-
res permanente.
Charmosa: Tubo de
papelão, canetinhas
e lápis de cor.
Paula, tem 30 anos, sua primei-
ra formação foi aos 22 anos, co-
mo Jornalista e de lá pra cá não
parou mais, fez Rádio e TV, pós-
graduação em Política e Rela-
ções Internacionais e neste se-
mestre está concluindo Artes
Visuais.
Sua maior experiência profissio-
nal até hoje é com Jornalismo, mas com muita criati-
vidade, ela consegue encaixar um pouco de cada um
de seus estudos em seu trabalho.
Atualmente ela trabalha como Assessora de Imprensa
e escreve o tempo todo, a todo vapor, de 10 a 15 pá-
ginas por dia. Para conseguir uma escrita rápida, Pau-
la está sempre antenada, informada sobre todos os
assuntos. É comum em seu dia-a-dia estar sintoniza-
da com vários veículos de comunicação ao mesmo
tempo. Seu dia começa agitado, logo quando acorda
ela já liga a TV no jornal, entra na internet, lê as prin-
cipais matérias que estão acontecendo no mundo e
sempre busca várias fontes de informação sobre o
mesmo assunto.
Ela adora organizar eventos e fazer a parte de
Coletiva de Imprensa. Este é o tipo de trabalho
que a deixa mais realizada profissionalmente,
pois quando consegue uma boa coletiva, é sinal
de que outros jornalistas se interessaram pela in-
formação que ela queria passar, seu trabalho foi
reconhecido.
Além de ler materiais como jornais e revistas in-
dispensáveis para seu trabalho como jornalista,
ela também adora ler livros, pois em sua opinião,
a leitura é maravilhosa. Ler é adquirir conheci-
mento, quem lê escreve melhor e fala melhor,
além de ser o momento mais bacana para soltar
a imaginação, é o jeito mais fácil de viajar.
Com profissionais de Itapevi
Paula Pezzoni Schekiera
Assessora de Imprensa
Ela adora organizar eventos e fazer a parte de
Coletiva de Imprensa. Este é o tipo de trabalho
que a deixa mais realizada profissionalmente,
pois quando consegue uma boa coletiva, é sinal
de que outros jornalistas se interessaram pela in-
formação que ela queria passar, seu trabalho foi
reconhecido.
Além de ler materiais como jornais e revistas in-
dispensáveis para seu trabalho como jornalista,
ela também adora ler livros, pois em sua opinião,
a leitura é maravilhosa. Ler é adquirir conheci-
mento, quem lê escreve melhor e fala melhor,
além de ser o momento mais bacana para soltar
a imaginação, é o jeito mais fácil de viajar.
Paula acredita que temos que estar sempre atentos
às oportunidades e agarrá-las com toda a força
quando aparecerem.
Até o Ensino Médio, ela sempre estudou em escolas
públicas e quando entrou para a faculdade, muitas
vezes, teve que fazer grandes esforços para conse-
guir continuar seus estudos até se formar, mas sou-
be aproveitar cada momento e hoje vê que todo o
seu esforço valeu a pena.
Paula Pezzoni Schekiera
Assessora de Imprensa
Muitas histórias que eu já ouvi até
hoje, tem monstros. São criaturas di-ferentes de nós, humanos, e geral-mente tem algum poder que faz todo
mundo morrer de medo deles.
Eles tem características anormais: são feios, ou melhor, horríveis, alguns são perigosos e traiçoeiros, outros gos-mentos e sujos, misteriosos, cabelu-dos, assassinos, habitantes dos ocea-nos, fabulosos, silenciosos, sem corpo, com várias cabeças, bafudos, pequeni-nos, grandalhões, alguns com a apa-rência até inofensiva, mas no fundo,
no fundo, assustam também.
Existem também aqueles terríveis, verdadeiros representantes do medo que servem para atacar e perturbar as
pessoas ou animais.
Quase todos os monstros são maus, mas também existem alguns bons, co-mo por exemplo, o Frankstein, que é um monstro muito feio, que foi criado por um cientista louco, mas tem um bom coração e até se apaixona por
uma moça.
O Halloween é uma data muito come-morada nos Estados Unidos, em que as crianças se vestem de monstros e sa-em pelas casas, batendo de porta em porta, pedindo doces e aprontando travessuras. Neste dia, quanto mais assustadora é a fantasia, mais legal é
a brincadeira.
MONSTRENGOS Feios que nos atraem
MONSTRENGOS Feios que nos atraem
Por Alan Macedo
No folclore brasileiro existem várias es-
quisitices, mas várias mesmo... São cria-turas que não chegam a ser consideradas “monstros”, mas são estranhas e sempre tem algum poder. Algumas dessas criatu-ras são muito conhecidas, como por exemplo, o Curupira, o Boitatá, o Saci-Pererê e o Bumba-Meu-Boi. Já outras, nem tanto, mas, são estranhas do mesmo jeito, por exemplo, o Teiú Iaguá: uma es-pécie de lagarto que vira mulher e encan-ta os homens; o Sanguanel: que faz ba-gunça, arma muita confusão e, se por acaso alguém pisar em suas pegadas, fica bobo e perdido nas estradas; o Chupa Ca-bra, uma criatura dentuça que adora fa-zer mal e chupar o sangue dos animais; João Galafuz: um ser misterioso que vive nas profundezas do oceano e cada vez que ele aparece, é sinal de desgraça; Per-na Cabeluda: uma perna gigante que cor-re por todo lado sem rumo certo, Mapin-guari: um gigante cabeludo e que tem um olho só; Cobra Norato: que é meio homem meio cobra; Matinta-Pereira: que ninguém sabe muito bem o que ela é, só sabe que assusta caçadores e vive na floresta... Olha, esses são só alguns deles, por isso, recomendo fazer uma pesquisa e desco-
brir mais esquisitices do nosso folclore.
Enfim, monstros são estranhas criaturas que nos causam muito medo, mas ao mes-mo tempo, são tão atraentes que acho que o seu maior poder é ficar grudados na
nossa imaginação.
Ilustração— Robledo Lira
Revista Eletrônica