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ISSN 1679-2645
Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB aNo XVII Nº 216 outuBro/NoVemBro 2011
Bahia
Cursos superiores do SENAI Bahia obtêm avaliação máxima de Ministério
Qualidade reconhecida
pelo MEC
� Bahia Indústria
MEC dá nota cinco a cursos do SENAI BahiaEm solenidade na qual lançou o Pronatec, em Brasília, a presidente
Dilma Rousseff elogiou a qualidade do Serviço Nacional de Apren-
dizagem Industrial (SENAI), destacando seu papel estratégico na
formação de mão de obra qualificada em todo o país. Foi justamente
esse trabalho, executado com qualidade há mais de seis décadas,
que serviu de inspiração ao governo federal ao implantar o progra-
ma, cuja ambiciosa meta é superar um importante gargalo na com-
petitividade da indústria brasileira, a escassez de trabalhadores em
áreas técnicas.
O depoimento da presidente não chega a surpreender. Afinal,
nos últimos anos o SENAI tem colecionado boas notícias. O Depar-
tamento Regional da Bahia, por exemplo, acaba de receber um im-
portante reconhecimento: quatro de seus cursos conseguiram nota
máxima do Ministério da Educação (MEC). São os Cursos Superiores
de Tecnologia (CST) nas áreas de Polímeros, Tecnologia da Gestão
da Produção Industrial, Inspeção de Equipamentos e de Soldagem e
Processos Gerenciais. Os quatro obtiveram nota cinco.
Dentre os aspectos avaliados pelo MEC e que justificam o exce-
lente resultado podem ser citados o corpo docente da unidade SE-
NAI Cimatec, responsável pelos cursos, atualmente formado por 106
professores, dos quais 33 doutores, 46 mestres e 27 especialistas;
sua infraestrutura, que inclui 56 laboratórios; e o projeto pedagógi-
co, com a matriz curricular considerada adequada pelo MEC.
Alguns dos cursos oferecidos pelo SENAI são tão inéditos que di-
ficultam o julgamento do MEC. É o caso, por exemplo, do CST de Ins-
peção de Equipamentos e de Soldagem, oferecido desde 2005 pelo
SENAI Bahia, mas que somente no último mês de agosto foi avaliado
com nota máxima. É que existe no país um número tão pequeno de
profissionais especializados na área que o ministério demorou a en-
contrar especialistas para a tarefa.
Com a avaliação positiva, os quatro cursos vão constar do Catálogo
Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia do MEC, o que facilitará
o trabalho das empresas de encontrar e contratar profissionais qua-
lificados. Cabe destacar que todos os cursos, incluindo básicos, de
graduação e de pós-graduação são formatados pelo SENAI Bahia com
estrita aderência às demandas de mão de obra do setor industrial.
Essa característica e mais a qualidade os tornam diferenciados
no mercado da qualificação profissional.
EDITORIAL
Avaliação máxima do MEC para os quatro cursos do Senai Bahia comprova a qualidade alcançada pela unidade do Sistema Fieb
Conteúdos didáticos voltados
para aspectos práticos
caracterizam os Cursos
joão A
lvArEz
� Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, sindacucarba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria de Fiação
e tecelagem no eStado da Bahia, sindfiacaoba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, sinditabaco@fieb.org.br / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia,sindicouroba@fieb.org.br / Sindicato da
indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, sindvest@fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da indúStria de extração de
ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, sindioleosba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria da
cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, sindcerbe@bol.com.br / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão,
PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, sindpacel@hotmail.com / Sindicato daS indúS-
triaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, sindtrigoba@fieb.org.br / Sindicato
da indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, sindicalba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria da conS-
trução do eStado da Bahia, secretaria@sinduscon-ba.com.br / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS
no eStado da Bahia, sindcalcadosba@fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do
eStado da Bahia, simmeb@uol.com.br / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, sindicerba@ig.com.br /
Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, sindisaboesba@fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro
de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, sindiscamba@fieb.org.br / Sindicato daS
indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria
da cidade do SalVador, sindpanssa@uol.com.br / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS Sintéti-
caS do eStado da Bahia, sinpeq@coficpolo.com.br / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, sindiplasba@sindiplasba.org.br / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, sinprocimba@fieb.org.br / Sindicato da
indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, sindbrit@svn.com.br / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS Quími-
coS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, adm@quimbahia.com.br / Sindicato da indúStria de
mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, simagranba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS,
SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, sindsucosba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria de carneS
e deriVadoS do eStado da Bahia, sincarba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, sind-vestfeira@fbter.org.br / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, moveba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria
de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, sindratar@gmail.com.br / Sindicato daS indúStriaS de
conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, valmirsb@yahoo.com.br / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, sincafeba@fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, sindileite@fieb.org.br / Sindica-
to daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e
itaBuna, sinec@sinec.org.br / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eStado da Bahia, anaelisabete@telenge.com.br / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira de Santana,
simmefs@simmefs.com.br / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, sindirepaba@sindirepabahia.com.br / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, sindipecas@sindipecas.org.br / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS de
coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, sindcosmetic@fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS,
BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, sindiplast@gmail.com
fiEBPresidente josé de Freitas Mascarenhas. 1º ViCe-
Presidente: victor Fernando ollero ventin. ViCe-
Presidentes Carlos Gilberto Cavalcante Farias;
Emmanuel Silva Maluf; reinaldo Dantas Sampaio;
vicente Mário visco Mattos. diretores titulares Alberto Cânovas ruiz; Antonio ricardo Alvarez Al-
ban; André régis Andrade; Carlos Henrique jorge
Gantois; Claudio Murilo Micheli Xavier; Eduardo Ca-
tharino Gordilho; josair Santos Bastos; leovegildo
oliveira De Souza; luiz Antonio de oliveira; Manuel
ventin ventin; Maria Eunice de Souza Habibe; re-
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Wilson Galvão Andrade. diretores suPlentes Adal-
berto de Souza Coelho; Alexi Pelagio Gonçalves
Portela júnior; Carlos Alberto Matos vieira lima;
juan josé rosário lorenzo; Marcos Galindo Pereira
lopes; Mário Augusto rocha Pithon; Noêmia Pinto
de Almeida Daltro; Paulo josé Cintra Santos; ricar-
do de Agostini lagoeiro
conSElhoSConselho de eConomia e desenVolVimento in-
dustrial Antônio Sérgio Alípio; Conselho Para
o desenVolVimento emPresarial estratégiCo Clóvis Torres júnior; Conselho de assuntos Fis-
Cais e tributários Cláudio Murilo Micheli Xavier; Conselho de ComérCio exterior reinaldo Dantas
Sampaio; Conselho da miCro e Pequena emPresa
industrial Carlos Henrique jorge Gantois; Con-
selho de inFraestrutura Marcos Galindo Pereira
lopes; Conselho de meio ambiente Irundi Sam-
paio Edelweiss; Comitê de Petróleo e gás Edu-
ardo rappel; Conselho de inoVação e teCnologia josé luís Gonçalves de Almeida; Conselho de
resPonsabilidade soCial emPresarial Marconi
Andraos oliveira; Conselho de relações traba-
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de Comunicação Institucional
do Sistema Fieb
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Borges e Mônica Mello. editor
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gramação Ana Clélia rebouças.
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imagem Marcelo Campos.
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ciEBdiretor-Presidente josé de Freitas Mascarenhas.
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ges Cohim Silva; Clovis Torres junior; Fernando
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quez Alcântara; diretores suPlentes Davidson de
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ge robledo de oliveira Chiachio; josé luiz Poças
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Presidente do Conselho e diretor regional josé
de Freitas Mascarenhas. suPerintendente josé Wagner Fernandes
SEnaiPresidente do Conselho josé de Freitas Masca-
renhas. diretor regional: leone Peter
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do da Costa Neto
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senai – serViço naCional de aPrendizagem industrial
sede- 71 3343-1351@Cimatec - (71) 3462-9500@Dendezeiros - (71) 3310-9900 @Cetind - (71) 3287-8200@Feira de Santana - (73)3639-9302 @Ilhéus - (73) 3639-9302 @Luís Eduardo Magalhães - (77) 3628-5609@Barreiras - (77) 3612-2188
iel – instituto euValdo lodi
sede - 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras -77 3611-6136@Camaçari – 71 3621- 0774@Eunápolis - 73 3281- 7954@Feira de Santana - 75 3229- 9150@Ilhéus – 73 3639-1720@Itabuna – 3613-5805@Jacobina - 74 3621-3502@Juazeiro -74 3611-0155@Teixeira de Freitas -733291-0621@Vitória da Conquista - 77 3424-2558
Cieb - Centro das indÚstrias do estado da bahia
sede - 71 3343-1214
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Pela primeira vez na Bahia, encontro
reuniu empresários japoneses e
brasileiros para discutir novas parcerias.
Executivos acreditam no fortalecimento
da relação entre os dois países
InvestIdores nIpônIcos reunIdos no BrasIl
FIEB e CNI
lançam site de
compras coletivas
para indústrias
baianas
compra coletIva
Retomada do horário de verão no estado
oferece benefícios econômicos e sociais.
A mobilização do Fórum Empresarial da
Bahia, presidido por Victor Ventin,
contribuiu para a decisão do governo
BahIa ganha maIs uma hora no dIa
Presidente da
FIEB defende
mudanças na lei
das PPP. Bahia já
utiliza modelo
maIs InvestImento
MEC reconhece
com nota máxima
os cursos da
Faculdade de
Tecnologia SENAI
Cimatec avaliados
QualIdade aprovada
suMáRIO OUT/NOV 2011
14
joão A
lvArEz
joão A
lvArEz
joão A
lvArEz
aluna no laboratório de logística do senai Cimatec. Foto de joão alvarez
3012
joão AlvArEz
16
� Bahia Indústria
A Confederação Nacional da Indústria (CNI)
quer aumentar o limite de 3% da receita cor-
rente líquida dos estados e municípios para
aportes da União às parcerias Público-Pri-
vadas estaduais e municipais, as PPP, como medida
para ampliar os investimentos em infraestrutura. A
proposta foi apresentada no dia 4 de outubro pelo
presidente do Conselho de Infraestrutura da CNI e
Lei das PPP deve mudar para ampliar investimento
presidente da Federação das Indústrias do Estado da
Bahia (FIEB), José Mascarenhas, em seminário, em
Brasília, promovido pela Frente Parlamentar Mista
em Defesa da Infraestrutura Nacional.
O artigo 28 da lei das PPPs proíbe repasses do go-
verno federal às parcerias dos estados e municípios
cuja contratação exceder 3% da receita líquida cor-
rente, um dos fatores que, na visão de Mascarenhas,
impede a ampliação das PPP. Outros entraves às PPPs
citados por ele são a falta de um marco regulatório
e de uma área de inteligência do governo para atrair
investidores privados, a resistência de órgãos públi-
cos, que vêem na PPP mera privatização de serviços
públicos, e ainda má avaliação dos prazos para a re-
alização das obras.
“O país investe em torno de 2,5% do PIB, o Produto
Interno Bruto, em infraestrutura, enquanto a China
investe 7,3%, e a Índia, 5,6%, muito mais do que nós.
O desempenho ruim do Brasil começa na elaboração
de projetos. Precisamos montar no governo a mesma
estrutura que se montou na área de energia quando
houve o racionamento”, defendeu Mascarenhas. O
país investe cerca de R$ 73 bilhões anuais em infra-
estrutura, quando deveria aplicar no mínimo R$ 184
bilhões por ano, cerca de 5% do PIB, enfatizou.
Levantamento da CNI, apresentado por Mascare-
nhas no seminário, revela haver 17 projetos de PPPs
contratados pelos estados, no valor de R$ 7,4 bilhões,
e 21 em estudo. No governo federal há apenas sete
projetos, nenhum deles em execução, mas em fase de
licitação e análise.
Brasil investe 2,5% do PIB em infraestrutura, enquanto a China investe 7,3% e a Índia 5,6%
Para josé
mascarenhas,
projetos são
mal-elaborados
AGêNCIA CNI
Bahia Indústria �
Uma relação em que a iniciativa privada entra com
a capacidade de investir e com a competência geren-
cial, enquanto o setor público assegura a satisfação
do interesse público. Em linhas gerais, esta é a defi-
nição para uma PPP (Parceria Público-Privada), mo-
delo que surgiu na Inglaterra da primeira-ministra
Margareth Thatcher, na década de 80, e vem sendo
adotado em alguns países nos últimos anos.
No Brasil, a Lei 11.079/2004 instituiu a PPP, defi-
nindo-a como um contrato de concessão que pode ser
patrocinada ou administrativa. No primeiro modelo, a
concessão está relacionada à prestação de um serviço
público. Já o segundo modelo tem como característica
a disponibilização de um bem ou de um serviço, no
qual o usuário direto ou indireto é o Poder Público. Em
sete anos, o modelo avançou muito pouco no país, pois
há entraves ao desenvolvimento, segundo o estudo re-
alizado pela Confederação Nacional da Indústria.
“Falta pessoal qualificado, principalmente na área
da engenharia financeira, e falta planejamento para
a seleção dos projetos”, aponta o presidente da FIEB e
vice-presidente da CNI, José Mascarenhas.
Fundo de garantia Mascarenhas aponta ainda como entraves ao de-
senvolvimento das PPP no país os seguintes fatores:
receio das implicações na higidez das contas públi-
cas; avaliação inadequada sobre o tempo de realiza-
ção das obras; interesses corporativos enraizados no
privilégio das outras soluções; e visão ideológica que
suspeita da “privatização do serviço público”.
“A indústria brasileira precisa urgentemente au-
mentar a sua competitividade, mas a baixa qualidade
da infraestrutura é um obstáculo. As PPP constituem
a forma mais sofisticada de realização de um investi-
mento, pois exigem competência na sua montagem,
mas são uma alternativa concreta para aumentar os
investimentos na infraestrutura do Brasil”, explica
Mascarenhas. Para acelerar a utilização das PPP, o
economista Gesner Oliveira, da GO Associados, suge-
re que o modelo necessita de um fundo de garantia
para os aportes privados e da ampliação do limite de
3% da receita corrente líquida dos estados e municí-
pios para investimentos.
Na Bahia, um dos primeiros estados a utilizar o mo-
delo PPP, há três projetos em execução e um em estu-
do. No primeiro caso, o governo compartilha com a
iniciativa privada as PPP do emissário submarino de
Salvador, do Hospital do Subúrbio e da Arena Fonte
Nova. Em estudo, está a Plataforma Logística do São
Francisco, que visa dotar a região de Juazeiro de um
conjunto de equipamentos integrados no qual serão
desenvolvidas atividades relacionadas ao transporte,
à logística e à distribuição de mercadorias, tanto para
o mercado interno, como para outros países.
Recentemente, o governo do Estado anunciou o
resultado do Procedimento de Manifestação de In-
teresse do Sistema Viário Oeste, que compreende a
Ponte Salvador-Itaparica. Segundo anunciou o go-
verno, as obras de construção da ponte de 11,7 km
têm início em 2014. Nesse caso, a PPP será bancada
por um fundo imobiliário, que deve atrair investido-
res privados. Em contrapartida, eles terão o direito
de edificar e explorar empreendimentos em áreas da
Ilha de Itaparica. [bi]
Alternativa para infraestrutura
Bahia tem projetos em execução
a ênfase
no modal
rodoviário
piora quando
se mantêm
estradas mal-
conservadas
joão AlvArEz
� Bahia Indústria
Criar um sistema com regras de
conduta ética confiável para a
sociedade facilita o dia a dia de
qualquer organização, especialmente
no relacionamento com seus colabora-
dores, parceiros, clientes, fornecedores
e mantenedores. Esse é um dos benefí-
cios aguardados do Código de Conduta
Ética do Sistema FIEB, lançado na sede
da organização no dia 17 de outubro. Na
abertura do evento, o presidente José de
Freitas Mascarenhas apresentou a publi-
cação e destacou o reforço que o material
trará para a proposta já posta em prática
de transparência das ações da FIEB, do
CIEB, SESI, SENAI e IEL.
José Mascarenhas ainda ressaltou
a questão dos valores que aprendemos
ao longo de nossas vidas, que nos dão
a noção de até onde podemos avançar
em nossa conduta em casa, na escola,
nas empresas, na sociedade. “Os limi-
tes, todos nós conhecemos. Os valores
éticos são indispensáveis nas interações
sociais; sem eles, nos tornamos antisso-
ciais, o que exige correção de conduta.
Somente uma instituição com valores
morais e éticos consegue sobreviver”,
disse.
No evento de lançamento do código, o
advogado especializado em Direito Em-
presarial e conselheiro do Instituto Ethos
de Empresas e Responsabilidade Social,
Joaquim Manhães, proferiu palestra so-
bre a Ética nas Organizações, quando
destacou o texto do Código de Conduta
Ética do Sistema FIEB como exemplar.
E lembrou que a publicação é um orga-
Sistema FIEB lança seu Código de Conduta ÉticaNovo sistema define com transparência regras de conduta no relacionamento com parceiros, clientes, fornecedores e colaboradores
nismo vivo, sujeito a modificações a partir do momento de sua
implantação. “Por mais completa que seja (a publicação), não
poderá cobrir todas as situações que podem ocorrer, o que exi-
girá melhorias constantes.”
No mesmo dia, foi entregue o primeiro exemplar do códi-
go ao diretor executivo do Sistema FIEB, Roberto Musser, e os
demais exemplares estão sendo entregues aos colaboradores
da organização até dezembro, em eventos de disseminação nas
unidades. Também foram empossados os membros (e suplen-
tes) do Comitê de Ética, que passarão a receber, tratar e enca-
minhar as questões de ética que cheguem de fora ou de dentro
do Sistema FIEB.
O Sistema de Ética já está disponível em formato PDF no
portal da organização (www.fieb.org.br/codigodeetica), onde
o visitante pode fazer sugestões, críticas ou buscar esclareci-
mento de dúvidas a respeito da conduta ética nas entidades
FIEB, CIEB, SESI, SENAI e IEL. [bi]
mascarenhas:
valores éticos são
indispensáveis
nas relações
sociais
FáBIo ArAujo
circuito por cleBer Borges
Bahia Indústria �
“SE voCê FAz AlGo DE BoM E TuDo Dá CErTo, ACHo quE É HorA DE PENSAr EM ouTrA CoISA E TENTAr ADIvINHAr o quE vEM PElA FrENTE”
steve jobs (1955-2011), em entrevista datada de 2006, revelando a forma de pensar novas soluções, antecipando demandas.
internacionalização até 2015A Braskem pretende investir US$
4 bilhões em projetos de
internacionalização até 2015.
Conforme o jornal Valor apurou,
nesse prazo, a companhia passará
a produzir em outros países cerca
de 5 milhões de toneladas de
resinas termoplásticas. Se for
bem-sucedida, a Braskem será
uma das cinco maiores
petroquímicas do mundo. Hoje, a
empresa estaria ocupando a
oitava posição.
Crise leva Cni a reduzir previsão do PibO agravamento da crise
econômica internacional levou a
Confederação Nacional da
Indústria (CNI) a rever para baixo
o crescimento do PIB em 2011. A
previsão de crescimento caiu de
3,8%, na estimativa feita no
segundo trimestre, para 3,4%. Já
a produção industrial deve cair
um ponto percentual – de 3,2%
para 2,2%. A indústria de
transformação é o setor mais
afetado da economia, por três
fatores: a forte valorização
cambial registrada em grande
parte do ano; a fraca demanda
mundial por produtos
manufaturados, devido à crise
econômica; e dificuldades em
competir com os importados no
mercado interno. Tal quadro, diz
a entidade, faz com que a
expectativa de crescimento do
PIB da indústria de
transformação seja de 1,2% este
ano. A trajetória de
desaceleração do PIB deverá
reverter-se no início de 2012, pelo
aumento do consumo interno e
dos investimentos.
menos investimentos As expectativas de menor
crescimento da economia em 2011
atingem intensamente, também,
os investimentos. Segundo prevê a
Confederação Nacional da
Indústria, eles devem crescer 5,5%
este ano, contra uma estimativa de
8,5% feita no segundo trimestre. A
inflação deve ficar no limite
superior da meta de 6,5%, em 2011,
enquanto a taxa nominal de juros
será de 11% em dezembro, contra
12,5% na estimativa que a CNI
fizera em julho. A redução dos
juros, no entanto, não será
suficiente para reverter a
situação de desaceleração do
crédito. A contaminação da
economia brasileira pela piora do
cenário internacional pode levar
a uma menor demanda por
crédito, dada a maior aversão ao
risco, pontua a CNI.
bahia é oitava em investimentosDesses R$ 558 bilhões, R$ 19,6
bilhões estão previstos para a
Bahia, dos quais apenas 19% já
investidos. O estado fica na 8ª
posição no ranking dos estados
com mais investimentos do PAC.
Na frente estão, por ordem
decrescente: Rio de Janeiro (R$
89 bi); São Paulo (R$ 62 bi); Pará
(R$ 51 bi); Pernambuco (R$ 45 bi);
Maranhão (R$ 42 bi); Ceará (R$ 33
bi); Rondônia (R$ 30 bi). Algumas
obras de destaque: construção de
duas plataformas de petróleo (R$
660 milhões); estádio multiuso
Arena Fonte Nova (R$ 591
milhões); Perímetro de Irrigação
Salitre e Baixio do Irecê (R$ 1,568
bilhão) e a Ferrovia de Integração
Oeste-Leste (R$ 5,3 bilhões).
r$ 558 bilhões em infraestruturaAos poucos, as obras pensadas para melhorar a
infraestrutura do país começam a deixar o reino
das abstrações. Conforme levantamento do Anuário
Exame, das 50 maiores obras hoje em andamento
no mundo, 14 estão no Brasil. São exemplos a usina
hidrelétrica de Belo Monte e a Ferrovia Norte-Sul. O
país só fica atrás da China no quesito investimentos
em infraestrutura. Um total de 1010 obras de médio
e grande portes estão em andamento, orçadas em
R$ 558 bilhões.
10 Bahia Indústria
sindicatos
HArolDo ABrANTES
menos taxa para o caféEmpresários do setor de café aguardam a adoção da Medida Provisó-
ria 545, prevista para entrar em vigor em 30 de novembro, que isenta a
tributação do Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para
o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na comercialização dos
grãos crus. A medida prevê ainda a concessão do crédito presumido de
80% do crédito de 9,25% para o café adquirido nas operações do mer-
cado interno, viabilizando também a exportação dos grãos industria-
lizados. O presidente do Sindicato das Indústrias do Café do Estado da
Bahia, Antônio Roberto Rodrigues, aprovou a mobilização da FIEB para
que o texto da MP coincidisse com o sugerido pelos órgãos relacionados
aos setores do café.
Bahia Indústria 11
Condições precárias de higiene
para o abate de animais e a comer-
cialização clandestina de carnes
sem a devida fiscalização dos ór-
gãos de inspeção tem sido tema
de discussão entre os empresários
que compõem o Sindicato da In-
dústria de Carnes e Derivados do
Estado da Bahia.
O Sincar vem sugerindo políti-
cas para combater o abate ilegal
de animais, prática recorrente no
estado da Bahia, com objetivo de
inibir a clandestinidade e comer-
cialização ilegal de carnes. Há re-
gistros que no estado existem 39
matadouros públicos municipais
sem inspeção e 30 inspecionados.
Para Júlio Farias, presidente do
Sincar, a omissão das prefeituras
municipais, principalmente do in-
terior do estado, que pela lei são
obrigadas a inspecionar por meio
reuniões itinerantes do sindileite
Empresários das indústrias
de leite do município de Feira de
Santana participam no mês de
novembro da reunião ordinária do
Sindicato das Indústrias de Leite e
Derivados do Estado da Bahia. O
encontro integra as reuniões itine-
rantes promovidas pelo Sindileite,
que tem por objetivo discutir os
assuntos referentes ao setor, apro-
ximando as indústrias do interior
do estado. De acordo com Paulo
Cintra, presidente do Sindileite,
a intenção é compactuar com o
Programa de Interiorização desen-
volvido pelo Sistema FIEB. As reu-
niões são realizadas nas unidades
do SENAI e já aconteceram nos
municípios de Vitória da Conquis-
ta e Itabuna.
sindcosmetic na Feira do empreendedor
O Sindicato das Indústrias de
Cosméticos e de Perfumaria do Es-
tado da Bahia marcou presença na
Feira do Empreendedor 2011. Esta
edição contou com a presença de
três indústrias locais que colo-
caram em exposição produções
baiana que integram o segundo
maior mercado de cosmético do
país. De acordo com Denise Se-
frin, presidente do Sindcosmetic,
a participação em feiras e rodadas
de negócios integra as ações do
Planejamento Estratégico do se-
tor, que, associados à capacitação
da direção e do corpo técnico, ade-
são aos Projetos de Exportação,
Produção mais Limpa e aos proje-
tos do Sebrae e do IEL/ Procompi,
contribuem para o fortalecimento
de seus associados, tornando-os
cada dez mais competitivos.
reeleição no sinduscon-baCarlos Alberto Vieira Lima irá comandar a direção do Sindicato das Indústrias da Cons-
trução Civil do Estado da Bahia por mais dois anos (2011-2013). A eleição, realizada dia 31 de
outubro na sede do Sinduscon-Bahia, definiu a nova diretoria do sindicato. A chapa única
intitulada Desenvolvimento com Competitividade, elegeu conselheiros, diretores fiscais e
delegados suplentes, representantes da FIEB. Carlos Henrique Passos é o vice-presidente.
Sincar no combate ao abate clandestino
luIz TITo/AG. A TArDE/SuCurSAl FEIrA DE SANTANA
da Vigilância Sanitária, agrava o
problema e compromete as indús-
trias que atendem às normas legais
para atuar. “No interior, o abate
clandestino compromete a susten-
tabilidade das empresas de carnes
formais, que atendem à legislação
e oferecem produtos de qualida-
de para a população”, comenta o
presidente do Sincar. Mesmo con-
siderando o Programa de Entre-
postos Frigoríficos, lançado pelo
Governo do Estado, um avanço na
estruturação das cadeias produti-
vas, as ações propostas pelo mes-
mo não solucionam os problemas
existentes. Para os empresários, a
solução efetiva está na fiscalização
do governo e conscientização da
sociedade sobre os problemas am-
bientais e de saúde causados pelo
consumo de carnes sem o devido
registro legal.
abate
clandestino
de animais é
prática comum
no interior do
estado
1� Bahia Indústria
Mais tempo para lazer e negóciosFórum Empresarial da Bahia, formado por 20 entidades patronais, comemora a inclusão da Bahia no horário de verão
por Cleber borgesFoto joão alvarez
Qualidade de vida, produ-
tividade e alinhamento
da vida financeira em
relação aos grandes cen-
tros financeiros do Brasil são al-
guns dos benefícios que podem ser
proporcionados à sociedade com a
adesão da Bahia ao horário de ve-
rão. O horário especial começou no
último dia 16 de outubro e termina-
rá dia 26 de fevereiro.
Desde 2003 a Bahia estava fora
do horário de verão e a decisão do
governador Jaques Wagner de fa-
zer com que o estado aderisse a ele
foi comemorada pelo Fórum Em-
presarial da Bahia. A entidade foi
responsável pela campanha que
mobilizou a sociedade, mostrando
as vantagens de adiantar o relógio
em uma hora
Com o intuito demonstrar a im-
portância dessa medida, o Fórum
Empresarial da Bahia realizou
uma pesquisa com 800 pessoas em
Salvador, Região Metropolitana e
interior, sobre o impacto do adian-
da desconecção de horários, o descasamento das ope-
rações bancárias, dos programas em rede da imprensa
nacional e das escalas de vôos.
“Eu quero + 1 hora no meu dia” foi o mote da cam-
panha que apresentou os benefícios do horário de ve-
rão relatados na pesquisa. Dados expressaram com
bom humor o ganho que a população baiana teria com
a inclusão de mais uma hora para o lazer e a produ-
tividade. Segundo informações do site timeanddate
(www.timeanddate.com), o sol no verão nasce uma
hora antes em relação ao inverno.
Por exemplo, no dia 15 de julho de 2011, o sol nasceu
às 05h57min; em 15 de novembro de 2011, ele nascerá
às 04h57min. Ou seja: o sol surge até uma hora mais
cedo no verão. Como o relógio biológico tende a se
adaptar à luz solar, na prática as pessoas costumam
acordar mais cedo no verão. Esses números contradi-
zem a crença de alguns de que, no horário de verão,
“se acorda no escuro”.
Outro aspecto importante desmente o ponto de
vista de que o horário de verão afeta a segurança.
tamento do horário no dia a dia
das pessoas. Para 49% dos entre-
vistados, o horário de verão pouco
influenciaria na rotina; 68% asso-
ciaram o maior tempo de claridade
à possibilidade de lazer; e 57% dos
entrevistados avaliaram positiva-
mente o alinhamento dos horários
bancários e atividades de turismo.
adeSÃo de 81% do PiBPresidente do Fórum Empresa-
rial e vice-presidente da Federação
das Indústrias do Estado da Bahia,
Victor Ventin destacou que foi um
desafio estimular a percepção po-
sitiva da sociedade sobre a mu-
dança. “A Bahia não podia ficar de
fora. Um fato importante a ser con-
siderado é que estados que repre-
sentam 81% do PIB brasileiro (das
regiões Sudeste, Sul e Centro-Oes-
te) seguem o horário de Brasília,
que participa do horário de verão, o
que reflete diretamente nas transa-
ções financeiras e comerciais”. Ele
destaca como exemplos negativos
Bahia Indústria 13
ao aproveitar a
maior claridade
dos dias de
verão, pessoas
ganham em
qualidade
de vida
Pesquisa realizada pela Prefei-
tura de Lauro em Freitas, entre
2006 e 2010, mostra que 50% dos
entrevistados se sentiam “muito
ou totalmente inseguros” quando
andam sozinhos após o anoitecer,
enquanto apenas 28% demonstra-
ram a mesma sensação ao andar
sozinhos no início do dia.
Além disso, na análise das
ocorrências policiais com uso de
violência, a pesquisa constatou
que 27% ocorrem entre 16 horas
e 20 horas, enquanto que apenas
9% foram registradas entre 4 ho-
ras e 8 horas. Portanto, para cada
ocorrência policial no início do
dia, foram registradas três ao final
do dia. Logo, o horário de verão
contribui para aumentar a segu-
rança do trabalhador.
agradeCiMentoApós conhecer a decisão de
incluir a Bahia no novo horário,
o Fórum Empresarial da Bahia,
entidade que congrega 20 enti-
dades representativas dos vários
segmentos da economia estadual,
parabenizou Jaques Wagner pela
decisão.
“Estamos absolutamente cer-
tos de que ganha a sociedade,
com o aumento do emprego e
por dispor de mais horas para o
lazer e o convívio familiar. Mas
ganham também o comércio, o
turismo e o próprio setor público,
com o aumento da arrecadação”.
Para o fórum, o governador do es-
tado deu “uma demonstração de
equilíbrio e de respeito aos inte-
resses da sociedade.”
Uma semana a maisO horário de verão, que começou
em 16 de outubro (um domingo),
vai terminar uma semana mais
tarde no ano que vem. Isso por-
que na data prevista para o fim do
horário, o terceiro domingo de fe-
vereiro, será feriado de Carnaval.
De acordo com o decreto que insti-
tuiu o horário de verão, quando há
coincidência entre o dia previsto
para o término da hora de verão
e o domingo de Carnaval, o en-
cerramento deve ser no domingo
seguinte, que cairá no dia 26 de fe-
vereiro. O objetivo é evitar que, em
meio a um feriado, a população
acabe se esquecendo de ajustar os
relógios.
“O pessoal estará em festa e
uma mudança de horário teria
reflexo negativo”, explicou o se-
cretário de Energia Elétrica do
Ministério de Minas e Energia, Il-
do Grüdtner. Segundo ele, a previ-
são do governo é que haja no país
uma redução entre 4,5% e 5% da
demanda de energia no horário de
pico, entre o fim da tarde e o iní-
cio da noite, semelhante ao que foi
registrado no ano passado (4,4%).
A redução total de consumo deve
ficar em torno de 0,5%.
O horário de verão é adotado
todos os anos nesta época por
causa do aumento na demanda
de energia, motivado pelo calor
e pelo crescimento da produção
industrial às vésperas do Natal.
No verão, os dias são mais longos
por causa da posição da Terra em
relação ao sol e a luminosidade
natural pode ser mais bem apro-
veitada, adiantando a rotina das
cidades em uma hora. [bi]
1� Bahia Indústria
joão AlvArEz
Clube Indústria de Benefícios estadual é lançado na BahiaIniciativa da Confederação Nacional da Indústria e do Sistema FIEB, site trará uma economia estimada em r$ 1,2 bilhão para a indústria
A Federação das Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB) e a Confederação Nacional da Indústria
(CNI) lançaram, no dia 18 de outubro, a primei-
ra página estadual do Clube Indústria de Benefícios,
com conteúdo exclusivo voltado para as indústrias
baianas.
A página da Bahia (www.clubeindustria.com.
br/ba), entrou no ambiente virtual já com o apoio da
Agência de Fomento do Estado da Bahia-Desenbahia
e com muitos outros parceiros, como o Walmart. Mais
de 60 empresas estão em negociação com a CNI e
FIEB para serem anunciantes do site
Primeiro portal de negócios e relacionamento vol-
tado para a indústria brasileira, o Clube Indústria de
Benefícios funciona no modelo conhecido como B2B
(business to business), que põe em contato fornece-
dores e indústrias, e tem como objetivo reduzir cus-
tos na aquisição de produtos e serviços para as mais
de 600 mil empresas industriais instaladas no país,
principalmente micro e pequenas.
“Nossa projeção é que, se 20% das nossas in-
dústrias (120 mil) conseguirem uma redução mé-
dia de R$10 mil ao logo de ano, o Clube irá gerar
uma economia de R$1,2 bilhões ao segmento. Na
Bahia, acreditamos que esta economia poderá ser
de R$ 10 a 40 milhões”, explica o coordenador do
Clube Indústria da CNI, Uirá Menezes. “Esta é uma
grande oportunidade, especialmente para micro e
pequenas empresas, de obter benefícios junto aos
fornecedores, o que pode contribuir bastante para
a competitividade da indústria da Bahia”, afirmou
o Superintendente de Relações Institucionais da
FIEB, Emmanuel Lacerda.
Quando a indústria acessa o portal, encontra diver-
sos anúncios de ofertas, inclusive por categorias. Ao
encontrar um anúncio de seu interesse e clicar nele,
será informada do beneficio oferecido e das regras de
aquisição. Após confirmar que aceita as condições, a
empresa terá acesso ao cupom que informa o contato
do fornecedor e o passo necessário para a compra, que
é feita diretamente com o fornecedor. Para utilizar o
portal, basta se cadastrar de forma simples e rápida.
Em âmbito nacional, o site reúne ofertas de empre-
sas de grande porte, como Amil, Totvs, Ticket, Unidas
Aluguel de Carros, Serasa Experian, Dell Computa-
dores. A página estadual também vai funcionar como
ponte entre grandes empresas e as cerca de 23 mil in-
dústrias baianas. [bi]
emmanuel
lacerda e uirá
menezes no
lançamento do
novo site
Bahia Indústria 15
HArolDo ABrANTES
Reintegrar jovens entre 16 e 21 anos à sociedade,
por meio de aprendizado e empregabilidade, é
o propósito do projeto ViraVida, que formou em
setembro a primeira turma na Bahia, composta por
36 jovens. Formados no curso de auxiliar administra-
tivo, eles viviam em risco social e hoje trabalham em
médias e grandes empresas, por meio de programas
como o Jovem Aprendiz. O ViraVira, criado pelo Con-
selho Nacional do SESI, já matriculou 190 jovens na
Bahia e mais de 1,8 mil no país.
A formanda T.H.S., 18 anos, vê o ViraVida como
um impulso para seu futuro profissional. “O SESI me
ajudou a subir os primeiros degraus, me capacitando
para a vida lá fora. A partir daqui será por minha con-
ta, mas sei que estou no caminho certo.”, disse a jo-
vem. Na ocasião, foi realizada também a terceira aula
inaugural do projeto, voltada para 55 novos alunos. O
novo aluno, J.M., de 16 anos, afirma que vai se dedi-
car ao curso, pois sua vontade é a de se formar, como
os colegas, e começar a vida profissional.
“Mais que ações pontuais, nosso objetivo é formar
uma rede do bem. Em três anos de projeto, nós não
recebemos um não sequer das empresas que procu-
ramos. Todas estavam dispostas a apoiar os jovens
talentos”, disse Jair Meneguelli, presidente do Conse-
lho Nacional do SESI e idealizador do ViraVida. Ele
ressaltou que aquele momento representa uma virada
na vida de todos os envolvidos no projeto.
O Programa do SESI é realizado em parceria com
instituições do Sistema S, incluindo Senai, Sesc, Se-
nac, Sebrae, Sescoop e Sest/Senat. O programa Vira-
Vida busca promover a elevação da auto-estima dos
adolescentes, para que desvendem o próprio poten-
cial e conquistem autonomia. Os jovens são acompa-
nhados em tempo integral, recebem bolsa de R$ 500,
alimentação e transporte, além de encaminhamentos
para consultas médicas, psicológicas e para emissão
de documentos. [bi]
viravida forma primeira turma de jovens na BahiaProjeto leva adolescentes a explorar o próprio potencial e a conquistar autonomia, com a inserção no mercado de trabalho
jair meneguelli, presidente do Conselho nacional do
sesi e idealizador do projeto, considera o momento
como uma virada na vida de todos
1� Bahia Indústria
ualidade de ensino reconhecida
com nota máxima pelo Ministério
da Educação. Essa é a situação de
quatro cursos superiores de tec-
nologia (CST) ministrados nas Fa-
culdades de Tecnologia SENAI. Os
cursos de Polímeros, Tecnologia
em Gestão da Produção Industrial, Processos Geren-
ciais e Inspeção de Equipamentos e de Soldagem ob-
tiveram nota cinco na avaliação de reconhecimento
do ministério.
Os resultados foram publicados no sistema e-MEC,
ferramenta que permite que as instituições de ensino
superior acompanhem a tramitação do processo de
avaliação. A instituição de ensino aguarda a publi-
cação do resultado no Diário Oficial da União (DOU),
ainda sem data definida. “Foi importante para acenar
ao mercado que o ensino superior do SENAI-BA vai
manter o mesmo padrão de qualidade internacional-
mente reconhecido da educação profissional”, avalia
o diretor regional do SENAI-BA, Leone Peter.
Entre os pontos analisados na avaliação do ministé-
rio, foi observado o corpo docente da instituição, atual-
mente formado por 106 professores, sendo 33 doutores,
46 mestres e 27 especialistas. A análise também ob-
servou o projeto pedagógico dos cursos, como a matriz
curricular e o perfil do egresso, além da infraestrutura
da faculdade, que conta com 56 laboratórios.
no CatálogoO primeiro curso a obter nota cinco do MEC foi o
CST de Inspeção de Equipamentos e de Soldagem,
pioneiro no Brasil. E foi justamente por isso que, ape-
sar de fazer parte da primeira leva de cursos ofere-
cida pela Faculdade de Tecnologia SENAI Cimatec,
em 2005, o CST demorou para ser reconhecido pelo
MEC. Somente em agosto deste ano ele foi avaliado
com nota máxima. “Como temos no país poucos pro-
fissionais especializados nessa área, foi muito difícil
encontrar um professor para fazer a avaliação do cur-
so”, pontua Tarso Nogueira, coordenador de gradua-
ção da Faculdade de Tecnologia SENAI Cimatec.
Agora, depois da avaliação, o curso vai passar a
constar no Catálogo Nacional de Cursos Superiores
Notamáxima
quatro cursos da Faculdade de Tecnologia SENAI Cimatec obtiveram nota 5 na avaliação de reconhecimento do Ministério da Educação
por Marta brito erhardtFotos joão alvarez
Bahia Indústria 1�
estudante manipula material em
laboratório do curso de polímeros
1� Bahia Indústria
de Tecnologia, uma publicação do MEC. “Espero que
com o reconhecimento, as empresas abram mais va-
gas para os profissionais vindos de cursos de gradu-
ação tecnológica”, afirma Jucimar Setúbal, aluno do
quarto semestre.
Incentivado pelo pai, que é industriário, o estu-
dante já fazia curso técnico. Sabendo da demanda do
mercado por esse tipo de profissional, apostou no cur-
so superior e foi recompensado: desde maio deste ano
Jucimar foi contratado para atuar na área, em uma
empresa de planejamento e montagem industrial. O
jovem confessa que não esperava ser contratado ra-
pidamente e acredita que fazer um curso superior foi
um diferencial. “A graduação tecnológica é focada na
área e agrega mais conhecimento que o curso técni-
co”, defende.
O conhecimento aprofundado é uma vantagem
apontada também pelos professores. No curso de
Gestão da Produção Industrial, avaliado pelo MEC
em setembro, além do conhecimento da gestão da
produção, os alunos também aprendem a parte técni-
ca de áreas que são necessárias para a produção, co-
mo polímeros, soldagem e automação, por exemplo.
“Nossos alunos conhecem toda a cadeia de produção
e seus insumos. São profissionais completos”, avalia
Vivian Manuela Conceição, coordenadora do curso,
que teve início em 2009 e vai formar a primeira turma
no primeiro semestre do ano que vem.
Aluno do sexto semestre, o estudante Edésio Fer-
reira verificou na prática a importância do curso.
Trabalhando há seis anos e meio na indústria, ele
percebeu a demanda do setor produtivo por profissio-
nais desta área. Com a experiência de mercado, optou
por fazer parte da primeira turma. Para isso, avaliou
a grade curricular, que considerou bem estruturada.
“Nós temos uma formação acadêmica rápida, mas
com conhecimento técnico mais aprofundado do que
os cursos normais de engenharia”, destaca, acrescen-
tando que este é um fator que pode auxiliar os estu-
dantes a entrar no mercado de trabalho mais rápido.
uMa VitÓriaQuem também apostou em uma graduação do
SENAI foi Gisele Silva. Recém-formada no curso de
Polímeros, a jovem fazia curso técnico no SENAI-BA
quando a graduação em Polímeros surgiu. Ela sabia
que o setor estava em crescimento e, ciente da credi-
bilidade da entidade, resolveu inscrever-se na pri-
meira turma do curso.
Hoje, a jovem avalia que fez a es-
colha correta. Desde que cursava o
terceiro semestre, ela passou a atu-
ar na área e, em 2009, foi contrata
por uma empresa de embalagens
de Camaçari, onde trabalha como
assistente de desenvolvimento de
produto. “O reconhecimento com
nota máxima mostra que valeu a
pena. É muito bom ter o reconheci-
mento do mercado e do MEC. Para a
gente é uma vitória”, comemora.
Profissionais como Gisele, for-
mados pelo CST em Polímeros, são
preparados para atender à indús-
tria de transformação de plástico,
como empresas do setor automoti-
vo, de brinquedos e de embalagens.
“O profissional já sai formado para
atender a essa demanda específica,
sem que seja necessário se espe-
cializar”, ressalta Zora Ionara dos
Santos, coordenadora do curso.
A professora destaca que os
alunos do CST cursam disciplinas
específicas voltadas para as neces-
sidades do mercado, como Proces-
sos de Transformação de Plástico,
onde aprendem sobre o processo
de extrusão de plásticos, e Reolo-
gia, em que estudam as proprieda-
des do plástico fundido.
Outra área de atuação apon-
tada pela coordenadora do curso
de Polímeros é a acadêmica, onde
atualmente 12 alunos trabalham.
Com bolsas de estudo da Financia-
dora de Estudos e Projetos (Finep),
os alunos são encaminhados para
a iniciação científica e atuam em
projetos desenvolvidos em parce-
ria com empresas.
Bahia Indústria 1�
Entre os projetos desenvolvidos, destacam-se o
Aquaviário I e o Aquaviário II. O primeiro em parce-
ria com a Marinha Brasileira e o segundo com uma
empresa de beneficiamento de arroz situada no Rio
Grande do Sul. “Nos dois projetos trabalhamos no de-
senvolvimento de compósitos com fibras naturais. Ou
seja, misturamos ao polímero, resíduos como pó de
serra e casca de arroz, que seriam jogados no meio
ambiente”, explica Zora dos Santos.
A professora ressalta, ainda, que além de eco-
logicamente corretos, por usarem na composição
menos polímero, material que não é biodegradá-
vel, os projetos também barateiam os custos das
empresas.
HiStÓriCoOs recentes reconhecimentos pelo MEC, com nota
cinco, coroam o trabalho desenvolvido pelo SENAI
Bahia desde 2005, quando começaram as primeiras
turmas dos cursos de Mecatrônica, Inspeção de Equi-
pamentos e de Soldagem e Logística. Na época, depois
Professores
capazes e
instalações
adequadas
permitem ao
aluno bom
aproveitamento
Número de cursos será ampliado
Com inscrições abertas até o dia 25 de novembro,
o vestibular 2012 das Faculdades de Tecnologia do
SENAI traz duas novas opções de cursos: Eletrônica
Industrial e Sistemas Elétricos, duas sub-áreas da
Engenharia Elétrica. O curso de Sistemas Elétricos
é voltado para a área de potência, como por exem-
plo a geração, transmissão e distribuição de energia
elétrica. Já o de Eletrônica Industrial vai formar pro-
fissionais específicos para a área de microeletrôni-
ca, que vai desde projetos de placas eletrônicas até o
conhecimento sobre a fabricação de microchips.
O coordenador de graduação da Faculdade de
Tecnologia SENAI Cimatec, Tarso Nogueira, revela
que o curso de Tecnologia de Alimentos também se-
ria iniciado no primeiro semestre do ano que vem,
mas como sua autorização ainda não foi publicada
pelo Ministério da Educação no Diário Oficial da
União, o início deve ser adiado para o começo do
segundo semestre de 2012.
Para 2013, estão previstos mais quatro cursos:
bacharelados em Engenharia Elétrica, Engenharia
de Materiais, Engenharia de Automação e Controle
e Engenharia de Produção. Para 2014, o coordena-
dor levanta a possibilidade de lançar um curso de
Engenharia Automotiva. “A gente sempre vai ter
essa visão de acompanhar o que está acontecendo
no mercado, as novas demandas da indústria e, a
partir daí, vamos decidir por lançar novos cursos ou
não”, revela.
É justamente pelo contato próximo com a indús-
tria, que as Faculdades SENAI identificam o perfil
do profissional em falta no mercado. Como o SENAI-
BA presta serviços para o setor produtivo, como
ensaios, consultorias e cursos de outra natureza,
é possível identificar mais facilmente os vazios de
formação.
Quando uma possível demanda de curso é iden-
tificada, forma-se um Comitê Técnico Setorial com
representantes de diversos setores: especialistas
em educação, o futuro coordenador do curso, con-
vidados do setor produtivo, acadêmicos de outras
faculdades, representantes de sindicatos dos tra-
balhadores e patronais, além de representantes de
órgãos de classe.
�0 Bahia Indústria
Um grande diferencial dos cursos
das Faculdades Senai de Tecnolo-
gia é o programa TheoPrax. Trata-
se de uma metodologia alemã de
trabalho em que o aluno atua com
demandas específicas da indústria.
O projeto dura um ano, dividido em
duas etapas: os primeiros seis me-
ses são dedicados ao planejamento
e à elaboração da proposta para as
empresas, e nos seis meses finais
os estudantes o executam.
Os projetos são desenvolvidos
por formandos, que visitam a em-
presa, analisam o problema e apre-
sentam uma proposta de solução.
“Ao final do curso, para ser aprova-
do, além de passar por uma banca
examinadora, o projeto precisa ser
validado pela empresa envolvida”,
explica Alexandre Ribeiro, que
coordenou a implantação do Theo-
prax no SENAI Cimatec.
A metodologia alemã foi desen-
volvida nos institutos Fraunhofer e
no Brasil é aplicada somente no SE-
NAI-Bahia. Uma equipe da Alema-
nha visitou o Cimatec em três mo-
mentos: para capacitar professores
e alunos, acompanhar os primeiros
projetos e para uma avaliação final
depois de concluídos.
O programa foi trazido para
de mais de 60 anos de experiência
em educação para a indústria, o
SENAI-BA decidiu investir no en-
sino superior. “A gente acreditava
que era preciso ter um ciclo com-
pleto de formação profissional e
que, desta forma, pudesse oferecer
uma solução mais completa para a
indústria”, explica Nogueira.
Outro fator que motivou o in-
gresso do SENAI-BA no ensino su-
perior foi a carência de profissio-
nais no mercado. Um dos motivos
para isso, apontado pelo coorde-
nador de graduação da Faculdade
SENAI Cimatec, é que a área de
engenharia perdeu status durante
a década de 80. “Poucos alunos do
ensino médio querem fazer cursos
nessa área e também há bastante
evasão durante o curso superior”,
esclarece.
Para atender a essa deman-
da, atualmente as Faculdades de
Tecnologia SENAI oferecem nove
cursos superiores de graduação
tecnológica e um bacharelado. Es-
te último, o curso de Engenharia
Mecânica, teve início no primeiro
semestre deste ano.
E para que a qualificação dos
profissionais seja completa, a atu-
ação das Faculdades de Tecnolo-
gia SENAI também se estende pa-
ra cursos de pós-graduação. São
oferecidos 19 cursos de pós-gradu-
ação Lato Sensu, entre MBA e es-
pecializações, com duração média
de 18 meses.
Além disso, são duas linhas
de pós-graduações Stricto Sensu:
mestrado em Gestão e Tecnologia
Industrial (PPG-Getec) e mestrado
e doutorado em Modelagem Com-
putacional e Tecnologia Industrial
(MCTI). As duas linhas de pesqui-
sa são credenciadas pela Coorde-
nação de Aperfeiçoamento de Pes-
soal de Nível Superior (Capes).
Metodologia alemã aproxima aluno e indústria
alunos em
curso no
laboratório
de logística
o Brasil em 2007 para projetos
pilotos, voltados para os cursos
técnicos do SENAI-BA. Em 2009,
foi estendido aos cursos de gradu-
ação, cujos projetos pilotos foram
concluídos no primeiro semes-
tre deste ano. No total, 15 foram
concluídos, seis deles de cursos
superiores.
Um dos trabalhos realizados
foi um protótipo de sistema que
compõe o ciclo de refrigeração
industrial, elaborado por cinco
estudantes do curso de Manuten-
ção Industrial para o SENAI-BA.
“Nosso projeto foi inovador por-
que a gente nacionalizou a tec-
nologia de chiller (máquina que
arrefece a temperatura da água)
por absorção de vapor utilizando
água mais brometo de lítio, que
já existia, mas só internacional-
mente”, ressalta Sheila de Alcân-
tara, uma das estudantes envol-
vidas no trabalho.
O programa é proveitoso para to-
dos os envolvidos. Com o TheoPrax,
as indústrias conseguem soluções
inovadoras para seus problemas
e, além disso, identificam novos
talentos. Já para os alunos, é um
atalho para entrar em contato com
o mercado de trabalho. [bi]
Bahia Indústria �1
A ideia foi iniciativa de duas alunas do curso de Aprendizagem Industrial em Alimentos do SENAI e foi adotada por empresa baiana
Empresa desenvolve panetonecom embalagem comestível
inovação foi
desenvolvida
no senai
dendezeiros
Imagine provar o tradicional pa-
netone de frutas cristalizadas
de todo Natal e, ao final, mor-
der um pedacinho da embalagem
do produto, com sabor menta.
Em um futuro próximo, é possí-
vel que os consumidores baianos
possam vivenciar experiências
gastronômicas como esta, graças
a um projeto aprovado no edital
SENAI SESI de Inovação 2011. O
projeto – que tem como objetivo
desenvolver embalagens comestí-
veis para produtos de panificação
– é resultado de uma combinação
de ideia inovadora, conhecimen-
to técnico e empreendedorismo
que integra indústria, estudantes
e pesquisadores do SENAI.
A história do projeto – que con-
tará com recursos de cerca de R$
660 mil – começou com a proposta
de duas alunas do curso de apren-
dizagem industrial em Alimentos
do SENAI. Com a orientação da
professora Luana Naponucena, Ra-
faela Martins e Taiza Araújo con-
quistaram o segundo lugar da Mos-
tra Inova SENAI 2010, competição
de projetos inovadores criados por
alunos. A ideia chamou a atenção
do coordenador do Núcleo de Pes-
quisa Aplicada do SENAI Dende-
zeiros, Silmar Nunes, que em mar-
ço deste ano comentou o assunto
com o empresário Natanael Bitten-
court, sócio da Panure Indústria e
Comércio de Massas Ltda, atual
explorada”, conta o pesquisador.
Com duração prevista de 20 me-
ses, o projeto prevê desde o levan-
tamento de informações bibliográ-
ficas para a definição de matérias
primas, equipamentos e processos
até a solicitação do privilégio de
registro de propriedade industrial
para a tecnologia a ser desenvolvi-
da. Enquanto isso, a Panure iniciou
testes de mercado, apresentando
aos clientes de estabelecimentos
de bairro uma versão caseira do
produto, que teve ótima receptivi-
dade. “Nossa meta é colocar o novo
panetone no mercado para o Natal
de 2012”, conta Natanael, que não
descarta também a parceria com
grandes indústrias para que a tec-
nologia possa ser adotada também
em outros produtos. [bi]
HArolDo ABrANTES
parceira do SENAI no projeto.
“Sou um apaixonado por pane-
tone e já tinha pensado em como
seria perfeito um com embalagem
comestível. Logo percebi que um
produto como este teria um poten-
cial comercial fantástico”, conta
Natanael. Além do panetone, a
embalagem comestível poderá
ser utilizada para acondicionar
muffins, pães, bolos e outros pro-
dutos alimentícios. “Vai ser um
produto inovador não só no Brasil,
mas internacionalmente”, acredi-
ta Silmar, lembrando que hoje na
literatura científica as pesquisas
sobre embalagens comestíveis se
concentram no ramo dos produtos
de origem vegetal, minimamente
processados. “Nos ramo da panifi-
cação, esta é uma área ainda pouco
�� Bahia Indústria
Parceria. Esta foi a palavra
que permeou os debates
suscitados durante Sim-
pósio Academia-Empresa
para o Nordeste, realizado no dia
6, no auditório da FIEB. O evento,
promovido pela Academia Brasilei-
ra de Ciências, com apoio da Fede-
ração, da Academia de Ciências da
Bahia e da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado (Fapesb), teve
como objetivo discutir a integração
da ciência com o setor produtivo.
Integração, chave para o
desenvolvimento
Simpósio realizado na FIEB discutiu os desafios da aproximação entre a academia e as empresas
por Carolina Mendonça
“O entrosamento dos cientistas
com as empresas é essencial para o
país e bom para as duas partes. O
Brasil precisa ser muito mais agres-
sivo para agregar tecnologia e ino-
vação a seus produtos”, defendeu
Jacob Palis, presidente da Acade-
mia Brasileira de Ciências.
O presidente da FIEB, José de
Freitas Mascarenhas, destacou
o empenho da organização para
promover na Bahia um ambiente
favorável ao desenvolvimento da
inovação. “Essa é a ferramenta es-
sencial para o desempenho mais
competitivo da indústria”, disse.
Mascarenhas enumerou as ações
desenvolvidas pela FIEB com fo-
co na integração entre a academia
e as empresas, como o Fórum de
Inovação, a criação de um núcleo
de inovação dentro do Instituto Eu-
valdo Lodi (IEL) e a elaboração de
um novo plano estratégico para o
SENAI-BA.
A necessidade de investir em
especialistas
destacaram
no simpósio a
necessidade
de integrar
empresa e
academia
lullI CASTro
Bahia Indústria �3
inovação, transformando conhecimento em aplica-
ção prática, foi a mensagem deixada pelo presidente
da Academia de Ciências da Bahia e ex-governador
do estado, Roberto Santos (leia o discurso completo no
Portal Fieb: www.fieb.org.br), que lembrou: “enquanto
a produção científica brasileira cresceu, colocando o
país em 13° lugar no mundo, ainda não passamos da
47ª posição na capacidade de inovar em matéria de Ci-
ência e Tecnologia”.
Mas como transformar a produção científica em
inovação? As empresas desempenham papel funda-
mental por meio de um trabalho conjunto que envolve
o projeto, investimentos e comercialização de novos
produtos e processos. Resultados desta parceria de
sucesso foram apresentados por empresários duran-
te o simpósio. O diretor industrial da Oxiteno, Flávio
Cavalcanti, contou que pesquisas desenvolvidas com
a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pro-
duziram tensoativos menos agressivos às pessoas e ao
meio ambiente para xampus e detergentes.
Os representantes da indústria, porém, chamaram
a atenção para as dificuldades enfrentadas pelo setor
na aproximação com a academia. Burocracia na rea-
lização de convênios, divergências referentes à pro-
priedade intelectual e à exploração comercial, além
de conflitos na divulgação de resultados foram alguns
dos problemas apontados. “Os convênios com as uni-
versidades e instituições de pesquisa exigem equipes
especializadas para lidar com tantos formulários e do-
cumentos. Só as grandes empresas conseguem firmar
este tipo de parceria”, criticou o diretor industrial da
Oxiteno, Flávio Cavalcanti.
Outro fator que representa um entrave às empresas
que desejam investir em inovação foi citado pelo ge-
rente de tecnologia da Fibria, produtora de madeira,
celulose e papel. Fernando Bertolucci destacou que
parte do que se gasta com impostos e taxas poderia
ser utilizado em Pesquisa e Desenvolvimento. “Se não
tivéssemos tantos custos com estas taxas, o aporte em
inovação seria muito maior”, garantiu.
Ao apresentar o Plano Estratégico da Petrobras até
2020, o geólogo e assessor da Gerência Geral Bahia da
empresa, Nilson Cunha, assegurou que ainda não há
soluções para as demandas ao crescimento previsto
pela petrolífera. “Precisaremos de novos equipamen-
tos, peças e modos de fazer em toda a cadeia produtiva
para que este planejamento seja cumprido. Inovação
é uma questão de sobrevivência e a academia é parte
fundamental nesse processo”, afirmou Cunha.
Convidado do Simpósio, o presidente da Academia
Brasileira de Ciências, o matemático Jacob Palis de-
fendeu a aproximação entre indústria e produção
científica como essencial para o surgimento de gran-
des inovações.
por MôniCa Mello
bahia indústria – não obstante os avanços, o dis-
tanciamento entre academia e indústria persiste. Por
que?
jacob Palis – A ciência no Brasil toma força a partir da
II Guerra Mundial, ou seja, é muito jovem, recente. A
prioridade da primeira linha de cientistas foi tornar
mais sólida a comunidade científica. Tivemos suces-
so. Agora, está na hora de se juntar com o setor produ-
tivo e enfrentar o desafio de agregar valor aos nossos
produtos. Esse é o momento para a inovação.
bi - que ganhos podemos esperar da melhoria no
relacionamento entre universidade e empresa?
jP – Os ganhos serão enormes, a partir do momento
em que essa parceria se concretizar. Eu acho que é
importante para o pesquisador e é importante para
a indústria. Muitos desses pesquisadores não publi-
carão apenas trabalhos em revistas, mas também
servirão à sociedade de maneira importantíssima,
agregando conhecimento aos produtos nacionais. E
para a indústria será fundamental, porque ela cresce
e se internacionaliza com produtos de grande criati-
vidade. [bi]
Ciência deve ouvir as demandas da indústria
roberto santos
e jacob Palis
destacaram a
importância da
inovação na
sociedadelullI CASTro
�� Bahia Indústria
sesi destaca-se em edital de inovaçãoNa edição 2011 do Edital de
Inovação, a Bahia obteve o
melhor resultado entre os
departamentos regionais do
SESI. Foram oito projetos
aprovados, um dos quais em
parceria com o
departamento regional do
SENAI, que obteve ainda
aprovação de outras duas
ideias inovadoras. Cada
projeto individual receberá
até R$ 300 mil, enquanto os
realizados em conjunto,
R$ 400 mil. Todos são
implementados em parceria
com indústrias e os recursos
podem ser aplicados na
compra de equipamentos,
contratação de terceiros,
despesas com viagens ou
em material de consumo.
jogos do sesi etapa estadual 2011A Etapa Estadual dos Jogos
do SESI 2011 foi realizada
entre os dias 28 e 30 de
outubro, no SESI Simões
Filho. Participaram 750
atletas de 70 empresas
industriais, concorrendo
em dez modalidades
diferentes. Os melhores
participarão da etapa
regional, que acontecerá
em novembro, em
Pernambuco. De lá sairão
os que irão competir na
etapa nacional, prevista
para 2012 em Goiás. A
competição tem como
objetivo estimular as
relações de trabalho e
contribuir para a qualidade
de vida dos trabalhadores.
José de Freitas Mascarenhas propôs flexibilidade nas regras para o licenciamento ambiental
MIGuEl âNGElo/AG. CNI
Cni diz que empresários precisam ser ouvidos“É necessário agir, falar, se fazer ouvido”, declarou o presidente da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, ao pregar como essencial a participação dos
empresários nas decisões do Congresso Nacional e do governo. “Os empresários precisam
estar presentes em Brasília”, conclamou, no dia 26 de outubro, na abertura do 6º Encontro
Nacional da Indústria (Enai), em São Paulo. A CNI monitora, hoje, mais de 130 políticas
públicas e mais de 4.500 projetos de lei. “Foi difundida no Brasil a ideia de que o trabalho do
Congresso é produzir projetos e Brasília se tornou uma verdadeira fábrica de projetos de lei. O
problema vem do fato de que uma parte importante deles é puro combustível para a indústria
do Custo Brasil”, criticou.
regras Para liCenCiamento - José de Freitas Mascarenhas, presidente da FIEB e do
Conselho de Infraestrutura da CNI, propôs durante o 6º Encontro Nacional da Indústria, que o
governo determine novas regras de licenciamento ambiental em obras sem potencial de
poluição. A sugestão é que o governo permita que a obra seja tocada e, depois, faça a
fiscalização, desde que o previsto em contrato esteja sendo realizado.
estudos de impacto ambiental
Novidades referentes à legislação ambiental e os critérios para a elaboração de estudos e
relatórios nesta área foram abordados no Curso de Elaboração de Estudos de Impacto
Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima), oferecido pelo IEL Bahia por
meio do Projeto Aliança. O curso reuniu empresários e profissionais nos meses de
setembro e outubro e discutiu aspectos importantes para elaboração do estudo, a exemplo
da adequação do termo de referência, documentos necessários e exigências ambientais.
painel
Bahia Indústria �5
embaixador fala de colaboração bilateralO embaixador do Canadá,
Jamal Khokhar, esteve na
sede da FIEB, acompanhado
do comissário do escritório
comercial do governo
canadense no Nordeste,
TIM Hopkins. Khokhar foi
recebido, no dia 24 de
outubro, pelo vice-
presidente da Federação,
Reinaldo Sampaio, além do
superintendente de
Desenvolvimento
Industrial, João Marcelo
Alves, e da gerente do
Centro Internacional de
Negócios, Patrícia Orrico.
No encontro, foram
discutidas formas de
colaboração entre o país
norteamericano e a Bahia
em relação à transferência
de tecnologia e às
possibilidades de parcerias
comerciais.
FáBIo ArAujo
senai Feira reconhecido por práticas sustentáveis As boas práticas em prol da sustentabilidade ambiental do SENAI Feira de Santana foram
premiadas pela Câmara de Vereadores da cidade. No dia 23 de setembro, a unidade recebeu
daquela casa legislativa a Medalha de Meio Ambiente, um reconhecimento ao trabalho
desenvolvido pela equipe local. Entre as ações, iniciadas em abril deste ano, estão o
treinamento de multiplicadores do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para
funcionários e alunos, a implantação do Sistema de Gestão Integrada na unidade e a
realização da I Semana de Meio Ambiente.
Márcia Rocha destacou a importância de investir na economia de recursos naturais
Produções ecoeficientesMicro, pequenas e médias empresas baianas das cadeias da construção civil, automotiva e
petroquímica podem participar gratuitamente da 1ª etapa do Programa Indústria Ecoeficiente,
lançado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL/BA) com objetivo de aumentar a competitividade e
oportunidades de mercado, tendo em vista a redução dos desperdícios e melhoria da
capacidade produtiva. O início das atividades foi anunciado por Fabiana Carvalho, gerente de
Inovação e Projetos Especiais do IEL Bahia, durante o Seminário Tecnologias Ecoeficientes,
realizado no auditório da FIEB. No seminário, foi apresentada a expertise da Modell
Hohenlohe, organização alemã que reúne empresas daquele país, de diversos segmentos, que
desenvolvem soluções eficientes e contribuem para a melhoria do meio ambiente e das
condições técnicas e econômicas de suas instalações. Segundo a gerente da organização,
Márcia Rocha, uma Rede de Inteligência prevê soluções integradas que geram eficiência
energética, gestão ambiental e economia de recursos. “O trabalho de associação com grupos
de trabalho das empresas associadas é o segredo do sucesso da organização”, concluiu.
O canadense Jamal Khokhar visitou a FIEB
joão AlvArEz
�� Bahia Indústria
InDICADOREs Números da Indústria
Cai a atividade industrial na Bahiao fraco desempenho decorreu, principalmente, de quedas verificadas nos segmentos petroquímico, de refino de petróleo e da metalurgia básica
Em agosto, a taxa anuali-
zada da produção da in-
dústria de transformação
da Bahia apresentou que-
da de 3,9%, superando a redução
verificada em julho (-2,0%), reto-
mando a trajetória descendente
iniciada no último trimestre do
ano passado. Com isso, o estado
manteve-se em penúltimo lugar
no ranking dos 13 estados que par-
ticipam da PIMPF-R, acima ape-
nas do Ceará.
Tal resultado pode ser atribu-
ído à retração de cinco dos oito
segmentos pesquisados pelo IB-
GE: Produtos Químicos/ Petroquí-
micos (-12,2%), Metalurgia Básica
(-9,9%), Refino de Petróleo e Prod.
de Álcool (-3,1%), Celulose e Papel
(-2,9%) e Veículos Automotores
(1,2%). Por outro lado, os segmen-
tos de Alimentos e Bebidas (11,3%),
Minerais não-metálicos (7,2%) e
Borracha e Plástico (6,9%) apre-
sentaram resultados positivos.
Na comparação do acumulado
de janeiro a agosto de 2011 com
igual período do ano anterior, a
produção física da indústria de
transformação baiana registrou
queda de 4,5% (contra uma alta
de 1,3% da média nacional), refle-
tindo, principalmente, a interrup-
ção do fornecimento de energia
elétrica que atingiu o Nordeste no
início de fevereiro, com maior im-
pacto sobre o Polo Petroquímico
de Camaçari.
MaioreS QuedaSApresentaram resultados ne-
gativos quatro dos oito segmentos
pesquisados: Metalurgia Básica
(-13,4%, queda na produção de
Bahia Indústria ��
alumínio não ligado em formas
brutas, por conta do fechamento
da planta da Novelis, no final de
2010; e de ouro em barras), Pro-
dutos Químicos/Petroquímicos
(-11,4%, menor fabricação de eti-
leno não-saturado, polietileno de
alta e baixa densidade e polipropi-
leno, ainda influenciado pela pa-
ralização técnica provocada pelo
desligamento do sistema elétrico
da Região Nordeste em feverei-
ro), Refino de Petróleo (-6,1%,
menor fabricação de óleo diesel
e naftas para petroquímica), e Ce-
lulose e Papel (-3,6%). Por outro
lado, registraram resultados posi-
tivos: Alimentos e Bebidas (12,3%,
aumento na fabricação de café
torrado e moído, refrigerantes,
cerveja e chope), Minerais não-
metálicos (8,2%), Veículos Auto-
motores (6,1%, segmento continua
apresentando resultado positivo a
despeito das medidas de conten-
ção ao crédito) e Borracha e Plás-
tico (5,8%).
Papel (3,5%), Borracha e Plástico
(0,9%), Minerais não-metálicos
(0,5%) e Produtos Químicos/Pe-
troquímicos (0,3%). No entanto,
três segmentos registraram que-
da na atividade: Metalurgia Bási-
ca (-23,3%, redução na fabricação
de alumínio não ligado em formas
brutas e ouro em barras), Refino de
Petróleo e Prod. de Álcool (-5,3%,
maior fabricação de gasolina, gás
liquefeito e óleo diesel) e Veículos
Automotores (-1,3%).
Como esperado, mesmo após a
normalização da produção de pe-
troquímicos, a interrupção do for-
necimento de energia elétrica veri-
ficada em fevereiro comprometeu
o resultado do agregado da indús-
tria de transformação baiana no 1º
semestre de 2011. Por outro lado,
a atividade dos segmentos produ-
tores de bens de consumo tem-se
mantido aquecida, apesar da ele-
vação dos juros e das medidas de
contenção do crédito adotadas
pelo governo, restando aguardar
os possíveis impactos da crise in-
ternacional sobre o desempenho
dos segmentos da indústria baia-
na produtores de bens intermediá-
rios/commodities. [bi]
Brasil 1,9 1,3 2,1
Amazonas 8,3 2,1 2,7
Pará -0,5 -2,7 -2,3
Ceará -13,8 -14,4 -10,3
Pernambuco 4,5 -2,4 -0,7
Bahia -1,1 -4,5 -3,9
Minas Gerais -0,5 1,6 2,9
Espírito Santo -15,0 -3,3 -3,2
rio de janeiro 4,5 4,1 5,3
São Paulo 1,5 2,3 2,9
Paraná 24,0 4,8 5,8
Santa Catarina -1,6 -4,6 -2,7
rio Grande do Sul 3,6 1,7 1,4
Goiás 4,8 5,4 8,6
produção física por estados: indústria de transformação
Fonte IBGe; elaboração Fieb/SdI
estados vArIAção (%)
ago11/ jan-ago11/ set10-ago11/ ago10 jan-ago10 set09-ago10
Na comparação de agosto de
2011 com igual mês do ano an-
terior, a produção física da in-
dústria de transformação baiana
apresentou queda de 1,1% (contra
uma expansão de 1,9% da média
nacional). Cinco dos nove segmen-
tos registraram crescimento da
atividade, como segue: Alimentos
e Bebidas (13,8%, em função da
maior produção de café torrado e
moído e refrigerantes), Celulose e
�� Bahia Indústria
Infraestrutura, sustentabilidade com foco em inovação, agronegócios e turismo foram os temas deste ano
por Carolina MendonçaFotos joão alvarez
Executivos, autoridades
públicas, especialistas e
empresários reunidos pa-
ra discutir e pensar ações
de desenvolvimento para o estado.
Assim foi o Agenda Bahia 2011, re-
alizado nos dias 04 e 24 de agosto,
14 e 27 de setembro na sede da Fe-
deração das indústrias do Estado
da Bahia. O evento promovido pe-
la Rede Bahia teve, nesta segunda
edição, quatro temas focais: Infra-
estrutura; Sustentabilidade; Eco-
nomia Climática e Industrialização
no Agronegócio e; Turismo na Copa
de 2014.
No primeiro seminário do even-
to, que debateu questões relativas
à infraestrutura, um dos maiores
desafios para quem precisa se mo-
vimentar em Salvador e Região
Metropolitana: a mobilidade urba-
na. A discussão sobre o modal que
será adotado na Avenida Paralela
foi o destaque do debate. Depois de
defender um sistema de transpor-
Desenvolvimento econômico e social no Agenda Bahia
Público conferiu a atualidade de palestras e paineis na segunda edição do evento, realizado na sede da Fieb
governador jaques Wagner antecipou
notícia do metrô na Paralela
Carlos tadeu Costa Fraga, da Petrobras,
defendeu tecnologia nacional
Bahia Indústria ��
te integrado para a capital, o go-
vernador da Bahia posicionou-se
favorável ao metrô, antecipando o
anúncio oficial do governo sobre o
assunto feito dias depois.
A situação dos portos e o atual
sistema de escoamento da pro-
dução industrial baiana também
dominaram os debates. “É preciso
acelerar a modernização dos por-
tos e construir ferrovias e hidrovias
para aumentar a capacidade de
crescimento”, defendeu o presiden-
te da Rede Bahia, Antônio Carlos
Magalhães Júnior.
No dia 24 de agosto, o evento te-
ve como tema principal a sustenta-
bilidade, mas as questões relativas
a inovação predominaram nas pa-
lestras e debates. Os participantes
“desenharam” um painel de como
estão os incentivos à pesquisa no
estado e do que precisa ser feito
para aumentar o desenvolvimento
tecnológico no país.
Em sua apresentação, o geren-
te executivo do Cenpes - Centro
de Pesquisas e Desenvolvimento
da Petrobras, Carlos Tadeu Costa
Fraga, disse que a petrolífera quer
atrair para o Brasil a construção
de centros de pesquisa das empre-
sas interessadas em parceria na
exploração do pré-sal. “Ao contrá-
rio do que ocorreu na década de 70, queremos agora
que essas novas tecnologias sejam desenvolvidas no
Brasil”, frisou.
Contexto ProPíCioFocar na competitividade mantendo os princí-
pios e as práticas de sustentabilidade foi a discussão
suscitada pelo presidente da Associação Nacional de
Pesquisa e Desenvolvimento de Empresas Inovadoras
(Anpei), Carlos Eduardo Calmanovici. “Estas são for-
ças divergentes, mas precisam atuar juntas, por isso
exigem empenho em inovação”, afirmou.
O presidente da Braskem, Carlos Fadigas, corrobo-
rou com a necessidade do Brasil ampliar investimen-
tos em inovação e avaliou que, atualmente, o país tem
um contexto social mais propício ao desenvolvimento
de pesquisa por conta das parcerias firmadas com as
universidades e das políticas públicas nacionais de
incentivo.
Já o presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrahão,
propôs uma reflexão sobre o modelo de consumo dos
brasileiros e a responsabilidade social das empresas.
Para ele, as organizações devem atuar baseadas nos
princípios de sustentabilidade ambiental e da dimi-
nuição das desigualdades sociais.
Economia Climática e Industrialização no Agrone-
gócio foi o tema do terceiro encontro do Agenda, rea-
lizado no dia 14 de setembro. O economista Alexandre
Barros, sócio da MB Associados, afirmou que o Brasil
precisa de logística para atender à demanda por ali-
mentos, decorrente da mudança de hábitos da popula-
ção e do investimento em biocombustíveis.
O sócio da AMMA Chocolates, Diego Badaró, traçou
um panorama do mercado do cacau e afirmou que a
Carlos Calmanovici: inovação é
chave para desenvolvimento
Charles bezerra lembrou que
inovação é sinônimo de risco
Para Cláudio rocha, Copa pode ter
como legado infraestrutura
Bahia tem potencial para ser uma
das melhores origens de chocolate
do mundo. “Se investirmos R$ 1
bilhão no setor, podemos gerar 100
mil empregos e recuperar 100 mil
hectares de floresta”, ressaltou.
Para o diretor da Paradigma So-
luções e Gestão Ambiental, Cláudio
Langone, a Economia Verde não só
atende à agenda ambiental, mas
representa um bom negócio para
as empresas. “A reutilização de
entulho na construção de estádios
de futebol para a Copa de 2014, por
exemplo, é uma alternativa asser-
tiva neste novo paradigma de pre-
servação ambiental”, disse.
O último simpósio da edição
2011 teve a participação de espe-
cialistas que chamaram a atenção
para os problemas que a Copa 2014
pode trazer às cidades-sede. O pre-
sidente da Trip Linhas Aéreas, Jo-
sé Mario Capriolli, afirmou que os
investimentos de R$ 5,5 bilhões na
reestruturação dos aeroportos para
o evento esportivo são baixos. “Em
2004, 31 milhões de passageiros
eram transportados no Brasil, nú-
mero que saltou para 65 milhões
em 2010. O mercado vai ampliar
muito mais e os recursos previstos
são apenas para a manutenção”,
avaliou. [bi]
30 Bahia Indústria
Realizada pela primeira vez fora do eixo Rio-
São Paulo, a XIV Reunião do Comitê de Coo-
peração Econômica Brasil Japão trouxe para
Salvador, nos dias 9 e 10 de agosto, executivos
e representantes dos governos dos dois países. Entre
os participantes do evento, que aconteceu na sede da
Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB),
estavam o governador do estado Jaques Wagner, o mi-
nistro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-
terior, Fernando Pimentel o embaixador do Japão no
Brasil, Akira Miwa o embaixador do Brasil em Tóquio,
Marcos Galvão; e o presidente da Confederação Nacio-
nal da Indústria, Robson Andrade.
Com mais de 120 participantes, a delegação japone-
sa sinalizou o aumento do interesse dos investidores
nipônicos no Brasil. O número de integrantes foi su-
perior ao registrado na última edição do encontro em
São Paulo, que contou com cerca de 100 participantes
do país asiático. “Historicamente é a maior delegação
japonesa que participa do encontro. Isso mostra que a
confiança e o interesse que os investidores têm no Bra-
sil estão em crescimento”, destacou o presidente, pelo
lado japonês, do Comitê de Cooperação Econômica
Brasil e Japão estreitam laçosEncontro na FIEB é o primeiro realizado no Brasil fora de São Paulo
por Marta erhardtFotos joão alvarez
Bahia Indústria 31
Brasil-Japão, Masami Ijima.
Esse aumento de interesse foi
comprovado com dados do Ban-
co Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) que
foram apresentados durante a
reunião. Segundo Sérgio Foldes,
superintendente da área interna-
cional do BNDES, os investimentos
diretos japoneses no Brasil devem
crescer 20% em 2011, atingindo
US$ 12 bilhões, com destaque nos
segmentos automotivo, siderúrgi-
co, eletroeletrônico e farmacêutico.
Também deve contribuir para esse
resultado a linha de crédito de até
US$ 3 bilhões, para financiar pro-
jetos de infraestrutura no Brasil,
fruto de acordo entre o BNDES e o
Japan Bank For International Coo-
peration, que poderá atrair empre-
endimentos japoneses nas áreas de
petróleo e gás e energia elétrica.
Diante deste cenário anima-
dor, a reunião do comitê na capital
baiana foi uma boa oportunidade
para auxiliar na identificação de
novas áreas para investimentos
no Brasil. “O crescimento eco-
nômico brasileiro tem chamado
a atenção do Japão. Precisamos
identificar possíveis áreas de in-
vestimento e, a Bahia é uma das
opções, principalmente na área
da indústria de manufaturados”,
ressaltou o embaixador do Japão
no Brasil, Akira Miwa.
Saldo PoSitiVoDurante o encontro, foram de-
batidos temas como infraestrutura,
tecnologias inovadoras, agricultu-
ra e florestas, além da atuação nas
áreas de tecnologia ambiental e
etanol. Oportunidades de coopera-
ção em todas as áreas permearam
as sessões temáticas.
Nas discussões, executivos bra-
sileiros destacaram que mesmo
com os avanços registrados nas úl-
timas décadas, a relação bilateral
ainda pode ser fortalecida na área
de negócios. Para tanto, defende-
ram a necessidade de se remover as
dificuldades ao acesso das empre-
sas do Brasil ao mercado japonês.
O presidente da Federação das
Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB), José Mascarenhas, ressal-
tou que é fundamental trabalhar
conjuntamente para eliminar as
barreiras ao comércio e aos inves-
timentos nos dois países, para es-
tabelecer um ambiente de negócios
favorável, capaz de se traduzir em
incremento comercial.
“O Brasil continuará a ser ator
importante no mundo, na produção
de bens primários, mas se reserva o
direito de desenvolver sua indústria,
o que cria muitas oportunidades pa-
ra investidores estrangeiros”, afir-
mou José Mascarenhas, presidente
da FIEB, que também preside, pelo
lado brasileiro, o Comitê de Coope-
ração Econômica Brasil-Japão.
Os empresários orientais ressal-
taram que as altas taxas de juros
praticadas no Brasil afugentam a
demanda das empresas por em-
préstimos. Além disso, também
criticaram o sistema tributário bra-
sileiro e a precariedade da nossa
infraestrutura.
Apesar das reivindicações, o en-
contro foi avaliado positivamente
pelo presidente, pelo lado japonês,
do Comitê de Cooperação Econô-
mica Brasil-Japão, Masami Iijima.
Segundo ele, o Brasil se tornará em
breve “uma potência econômica”
e a presidente Dilma Rousseff, a
quem chamou de “mãe do PAC”, te-
rá importante papel na eliminação
de obstáculos ao desenvolvimento
do país. [bi]
autoridades
brasileiras
e japoneses
prestigiaram
evento do
Comitê de
Cooperação
econômica
3� Bahia Indústria
IDEIAs
por reinaldo saMpaio
A Política Nacional de Desenvolvi-
mento Regional – PNDR tem sido
condenada ao esquecimento, tan-
to pelas autoridades governamen-
tais, quanto pelas lideranças em-
presariais, laborais, a Academia e
a própria sociedade.
Estranho, porque, quando ob-
servadas as regiões menos desen-
volvidas do país, bem como aque-
las áreas estagnadas ou em deca-
dência situadas nas regiões mais
desenvolvidas, evidencia-se que
suas respectivas posições relativas
no contexto nacional não melho-
raram ou até mesmo declinaram
ao longo do tempo. Refiro-me ao
PIB relativo, renda per capita, IDH
etc, cujas estatísticas seriam ain-
da mais dramáticas, não fossem
as transferências públicas, como
o Bolsa Família, que impactam a
renda das regiões, mas, do ponto
de vista estrutural, não represen-
tam uma ação transformadora da
realidade socioeconômica.
As regiões que apresentam
baixa competitividade sistêmica
não são capazes de superar suas
deficiências de forma endógena,
de modo a participar, satisfatória
e competitivamente, da produção
de riquezas. Cabe à política de
desenvolvimento regional, atra-
vés de eficazes instrumentos e da
disponibilidade de fundos espe-
cíficos, promover a superação dos
obstáculos, liberando o potencial
de desenvolvimento desses espa-
ços geográficos. Essa realidade é
regida por uma lógica que fortale-
ce os mecanismos de concentração
e de desigualdade, fazendo com
Desequilíbrio exige política regional
que, mesmo nas ações positivas,
como o Plano Brasil Maior, cerca
de 80% dos benefícios previstos
serão retidos pelos estados do Sul
e Sudeste.
O processo de construção da
União Européia, cuja estratégia foi
enredada por uma ampla e vigo-
rosa política de desenvolvimento
regional, permitiu a superação
das grandes desigualdades re-
gionais, condição indispensável
para viabilizar o projeto de unida-
de alcançado. Vale ressaltar que
os problemas que hoje a afligem
não contestam a validade desse
esforço, dado que seus percalços
econômicos decorrem de desequi-
líbrios sistêmicos, ampliados pelo
desregramento do sistema finan-
ceiro mundial e por regras macro-
econômicas regionais de difícil
consecução.
Conquistar o equilibrado de-
senvolvimento regional produ-
zirá o crescimento acelerado das
relações interindustriais e comer-
ciais interregionais, reproduzin-
do, de modo mais substantivo, o
processo de integração econômi-
ca nacional.
O papel da PNDR é elevar os
níveis de produção e de produti-
vidade da economia, ampliando a
sua dinâmica. Mas, para isto, é ne-
cessária a superação dos mecanis-
mos tradicionais, que se mostra-
ram insuficientes para promover
o desenvolvimento equilibrado. É
imperioso introduzir novas e ino-
vadoras experiências, promover
as rupturas necessárias e adotar
formas criativas de cooperação,
através de uma nova “práxis” so-
cioeconômica regional. Superar
Reinaldo Sampaio é vice-presidente da FieB e coordena o Comitê de Portos da
Regiões com baixa competitividade sistêmica não são capazes de superar suas deficiências de forma endógena
“estratégias de desenvolvimento
centradas em atividades associa-
das à base de recursos naturais,
que não devem substituir ou mes-
mo secundar o desenvolvimento
de atividades industriais de maior
densidade tecnológica.
Portanto, a PNDR deve trazer,
dentre seus instrumentos, incen-
tivos à instalação de plantas in-
dustriais de grande porte, capital-
intensivas, assim como às plantas
de transformação de bens de con-
sumo durável e de não-duráveis,
evitando a tendência de concen-
tração nas regiões mais desenvol-
vidas.
Deve-se em especial estabele-
cer diretrizes, metas e disponibili-
zar fundos específicos orientados
para P&D e Inovação, participação
societária, financiamentos, aval,
infraestrutura e educação.
Deve-se também considerar as
externalidades de natureza social
Bahia Indústria 33
como fator importante para o de-
senvolvimento, reconhecendo a
relevância da cultura, do padrão
de comportamento, dos aspectos
etnológicos etc, como forças para
a adoção de uma agenda positiva
de mobilização dos entes e agen-
tes socioeconômicos, objetivando
a atuação sinérgica entre eles. Ser
ainda formadora de uma cultura
empreendedora, hoje, em geral,
de baixa intensidade nas regiões
menos desenvolvidas.
Por fim, para contrapor-se à
tendência ao desequilíbrio oriun-
do das forças de mercado que for-
talece a acumulação concentrada
do capital, a PNDR emerge como
instrumento voltado para per-
mitir que vastos recursos locais
se tornem riquezas, submetidos
a processos tecnológicos inova-
dores e competitivos, elevando a
produtividade da sociedade, in-
corporando camadas expressivas
da população aos frutos do desen-
volvimento e assim contribuindo,
de forma mais eficaz e em base
ética, para a reprodução ampliada
do capital em escala nacional. À
dimensão econômica, relacionada
às desigualdades interregionais, é
necessário incorporar uma dimen-
são política, relacionada aos indi-
víduos, objetivando a redução das
disparidades interpessoais de ren-
da, de conhecimento e de qualida-
de de vida, assegurando a criação
de riqueza material e moral para
a sociedade, base do desenvolvi-
mento harmonioso da nação.
A política de desenvolvimen-
to regional deve estar orientada
para a coesão e a produtividade,
lastreando-se em instrumentos e
fundos sob a liderança do Gover-
no Federal, interagindo de forma
compartilhada com os agentes
econômicos e com os poderes es-
taduais e municipais, por meio de
uma adequada estrutura de gover-
nança. É uma construção baseada
em cumprimento de metas e sujei-
ta à (reti)ratificação das ações.
A consagração de instrumen-
tos, regras, metas e mecanismos
transparentes de acompanha-
mento e validação da PNDR,
substituirão as formas políticas
anacrônicas do atendimento dos
interesses locais, fortalecendo
novas práticas políticas democrá-
ticas e republicanas. [bi]
teatro
livros
exposição
leitura&entretenimento
Bahia Indústria 3�
Psicologia para administradoresNa busca de informações sobre o assunto,
administradores deparam-se com textos
excessivamente teóricos, distantes do seu
cotidiano. Nesta obra, o autor limita a
teoria ao imprescindível, enquanto
apresenta casos práticos na realidade
brasileira, permitindo que o leitor se
identifique com o conteúdo. Efeitos
emocionais de movimentos de impacto
(fusões de empresas, planos de demissão,
terceirizações, tantos outros) transparecem
nos exemplos do autor.
década de fotografiaEm cartaz no Museu de Arte Moderna, a exposição Dez Anos
de Fotografia Espanhola Contemporânea – Coleção Fundação
Coca-Cola apresenta 33 obras, entre fotografias e vídeos, de 26
artistas. A exposição é um recorte da produção espanhola e
uma evidência das relações com as produções brasileiras,
apesar das mais óbvias diferenças entre as duas realidades.
Segundo a curadora da mostra, Lorena Martínez, “não se trata
de mostrar características próprias de um país, mas sim de
confrontar diferentes interpretações forjadas nos universos
dos próprios artistas com as interpretações dos espectadores e
suas diferentes realidades”.
redes sociais na internetA obra de Raquel Recuero expõe como
atores sociais criam conexões e aumento
seu capital social e como as redes sociais
servem de ferramenta para tal. Além de
entender o que é popularidade,
autoridade e reputação, como flui a
informação nessas redes e como elas se
diferenciam dos tradicionais meios de
comunicação. Para Recuero, a internet é
uma rede de redes, que dá abrigo a
agrupamentos sociais, sendo um fator de
reestruturação da vida social.
Psicologia para Administradores – Integrando Teoria e PráticaJosé osmir Fiorelli, editora atlas, 356p. R$ 66,00
Redes Sociais na Internet -Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacionalraquel recuero. editora Sulina, 191p. R$ 35
rICArDo KoNKá/DIvulGAção
teatro
DIvulGAção
onde as palavras se revelam inadequadasBaseada no livro Diário do Farol, de João Ubaldo Ribeiro, a
história acontece na ilhota de Água Santa, onde um ex-padre
de 60 anos, que não tem seu nome revelado, coloca a plateia
frente a frente com atos inescrupulosos cujo intuito é
confirmar a sua existência. Ao relembrar a infância na
fazenda, o personagem descreve surras e humilhações
cometidas pelo pai. A partir da morte da mãe, ele passa a
ouvir a voz materna, sussurrando-lhe vingança. Mandado
para o seminário, ele passa a criar intrigas e prestar favores
sexuais para sobreviver no ambiente permeado de corrupção.
nãO pERCA Teatro Molière (Aliança Francesa), de sexta a domingo, sempre às 20h. Classificação 18 anos. R$ 20 (inteira). Mais informações: (71) 3336-1599 ou 3336-8259
nãO pERCA De terça a sexta, domingos e feriados, das 12h30 às 19h. Sábados das 12h30 às 21h, até 20/11, no Museu de Arte Moderna. Entrada franca. Mais informações: (71) 3117-6139
Bahia Indústria 35
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