Post on 23-Mar-2016
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1 / Info Aviação – Julho /2012
Revista Info Aviação 16ª Edição / Julho 2012
2 / Info Aviação – Julho /2012
3 / Info Aviação – Julho /2012
Simulador do EC135 ganha certificado FFS na
Alemanha ...................................................... Pg.04
Saab assina acordo de apoio e desenvolvimento
com a FMV da Suécia para caças Gripen .. Pg.08
Simulador de Airbus A320 feito pela INDRA já
“voa” na China ............................................. Pg.09
Governo de Minas Gerais lança polo onde será
montado o AX-2 Tupã .................................. Pg.10
Boeing projeta mercado para 34 mil novos
aviões comerciais nos próximos 20 anos ..... Pg.13
Wagner Canhedo foi processado por crime de
apropriação indébita de ............................... Pg.14
Tragédia da Air France: relatório final indica
que avião fez os pilotos errarem .................. Pg.16
Força Aérea da Indonésia adquire mais oito
Super Tucano ................................................ Pg.22
Airbus lança a cabine Space-Flex com a
encomenda da TAM ..................................... Pg.23
Aeronaves da Azul utilizarão avançado sistema
de navegação ................................................. Pg.24
“De Olho na Mala” já cobre aeroportos de todas
as regiões do país .......................................... Pg.25
Pilotos demitidos pela Gol são disputados lá fora
..........................................................................Pg.28
Helibras entrega mais um helicóptero EC725 do
contrato firmado com o governo brasileiro Pg.31
Opções de 747 muito mais interessantes do que
um modesto ‘Air Force One’ ....................... Pg.35
Turbomeca assina com Eurocopter para
fornecimento do motor TM800 para novo
helicóptero X4 ............................................... Pg.36
Cessna lança o Grand Caravan EX e o Skylane
NXT .............................................................. Pg.37
Helibras faz parcerias acadêmicas para atrair
profissionais .................................................. Pg.38
Pilotos demitidos pela Gol são
disputados lá fora........................... Pg.28
4 / Info Aviação – Julho /2012
Simulador do EC135 ganha certificado FFS na Alemanha
Eurocopter passa a administrar testes de habilidade e proficiência com este equipamento
simulador para os
modelos EC135, operado
pela Academia de
Treinamento da Eurocopter na
Alemanha, obteve certificação de
simulador de voo completo (Full
Flight Simulator) Nível B pela
Luftfahrtbundesamt, a
Administração da Aviação alemã.
O simulador já oferece uma
infinidade de possibilidades de
treinamentos para clientes
internacionais e é o primeiro do
EC135 FFS (Full Flight Simulator)
na Europa a obter esta certificação.
O FFS EC135 permitirá aos
operadores realizarem
treinamentos iniciais e recorrentes
de missões, bem como testes
específicos sobre procedimentos
de emergência, regras de voo por
instrumentos (IFR), operações
offshore, voos noturnos com
óculos de visão noturna (NVG) e
diversas outras operações (Cat A).
Com o Nível B de certificação, a
Eurocopter torna-se capaz de
administrar testes de habilidade e
verificações de proficiência.
O simulador do EC135, localizado
em Donauwörth, na Alemanha,
entrou em operação no final de
2009 como um dispositivo de
treinamento de voo full-motion de
nívell três (FTD). Anualmente,
mais de 250 pilotos de todo o
mundo participam de cursos para
uma ampla gama de treinamentos
e, até agora, mais de 2.500 horas
de voo foram simuladas no
aparelho.
"Desenvolver capacidades de
formação é um passo importante
no sentido de cumprir o
compromisso da Eurocopter para
melhorar a segurança de voo em
geral. Este novo nível de
certificação (B) nos permite
completar a oferta de formação na
Alemanha, e melhorar o
atendimento às solicitações dos
nossos clientes por serviços mais
abrangentes e específicos em um
simulador de voo", disse Charles
Hebeka, gerente de contas da
Academia de Formação.
Para fornecer uma representação
mais realista das operações de voo
do EC135, o simulador incorpora
um extenso nível OEM D, pacote
de dados da Eurocopter e de seus
fornecedores que inclui software e
O
5 / Info Aviação – Julho /2012
peças reais, garantindo a
funcionalidade completa para o
helicóptero, seus motores, piloto
automático e todos os outros
sistemas. Além disso, os
instrumentos são afinados,
controlados e validados por
especialistas em design de cabines,
engenheiros de teste de voo e
pilotos de ensaios em voo, que
contribuíram para o
desenvolvimento do helicóptero
EC135 como parte do processo de
certificação do simulador.
Os 21 centros de treinamento da
Eurocopter em todo o mundo
fornecem uma gama completa de
serviços para pilotos civis e
militares, técnicos e especialistas
em aeronáutica. Os cursos
oferecidos vão desde adaptação
nos produtos, avaliação e
treinamento de missões através de
uma variedade de soluções de
formação flexíveis, incluindo web-
based training, Computer Aided
Instruction (CAI), Virtual Cockpit
Procedure Trainers (VCPT),
Avionics Trainers (AVT), Flight
Training Devices (FTD) e Full
Flight Simulators (FFS).
Como parte de seu compromisso
para melhorar a segurança global
da frota, a Eurocopter está
implantando o FFS em todo o
mundo, em estreita proximidade
com os clientes, para aumentar a
quantidade, qualidade e custo-
benefício das soluções de
treinamento disponíveis para eles.
A Eurocopter pretende chegar a 20
FFS até o final de 2012, sendo que
a empresa iniciou apenas com
quatro simuladores, em meados de
2008.
6 / Info Aviação – Julho /2012
Coreia do Sul dá sinal verde para produção do helicóptero
utilitário Surion
pesar de algumas
deficiências técnicas, a
Coréia deu sinal verde
para a produção dos helicópteros
utilitários Surion ? a primeira
aeronave de asa rotativa
desenvolvida na Coreia do Sul ?
para os militares, disseram as
autoridades neste domingo.
“Noh Dae-lae, comissário da
Administração do Programa de
Aquisição de Defesa (DAPA),
assinou a aprovação para o
helicópteros Surion no dia 28 de
junho, além de apontar as áreas de
interesse que precisam ser
tratadas”, disse o porta-voz da
DAPA Baek Youn-hyeong.
Noh concluiu que o
desenvolvimento e os testes de
funcionamento do helicóptero
Surion demonstraram que a
aeronave de asa rotativa nacional é
adequada para as operações
militares, embora mais testes de
desempenho sejam desejados,
disse o porta-voz.
O projeto Surion, também
conhecido como o Programa de
Helicóptero Utilitário da Coreia
(KUH), é o maior projeto único de
aquisição militar do país feito com
um fabricante local, a Korea
Aerospace Industries (KAI).
Os militares, que forneceram nos
últimos cinco anos cerca de US$
1,13 bilhão para a KAI
desenvolver o primeiro
helicóptero, tem planos para
adquirir cerca de 250 unidades
com um orçamento adicional de
6,74 trilhões de wons (cerca de
US$ 5,9 bilhões).
Park Won-dong, chefe do
programa KUH, disse a agência
estatal de aquisição de armas que
vai avaliar o efeito no desempenho
em condições de baixa temperatura
através de um teste de vôo no
Alasca no próximo ano e continuar
a trabalhar em algumas pequenas
melhorias, tais como redução de
vibração.
“A DAPA acredita que o Surion
cumpriu todos os requisitos
necessários para a entrada em
operação, mas vai precisar fazer
modificações depois de mais testes
e monitoramento para garantir que
o nosso produto atinge os padrões
internacionais”, disse Park.
Fontes disseram que alguns
avaliadores dos testes sustentaram
que o helicóptero final deve passar
por um teste de voo, a uma
temperatura de menos 32 graus
centígrados antes de ser produzido
em massa, a partir de Setembro de
2012.
A
7 / Info Aviação – Julho /2012
O Surion não conseguiu passar por
um teste no solo em local fechado
realizado numa temperatura de 32
graus negativos em 2010 e 2011,
mas conseguiu passar no último
em abril de 2012.
Anteriormente, Park insistiu que o
ensaio de voo em baixa
temperatura era desnecessário, já
que era improvável para as forças
armadas fosse utilizar o
helicóptero em condições
climáticas extremas.
No entanto, ele mudou de postura,
já que avaliações e ainda mais
modificações e melhorias
ajudariam a promover as
exportações dos helicópteros feitos
na Coreia do Sul.
A DAPA irá anunciar oficialmente
a aprovação do Surion e os
resultados das avaliações em duas
semanas, após a conclusão do
processo de padronização do
helicóptero para produção em
massa, disse um oficial sênior da
DAPA.
“Será uma ótima notícia para
todos, especialmente aqueles que
têm estado na vanguarda de fazer
produtos de defesa globalmente
competitivos”, disse ele,
recusando-se a divulgar seu nome.
“A DAPA planeja dar uma grande
conferência de imprensa em
aproximadamente duas semanas
para destacar as principais
realizações no desenvolvimento do
Surion, bem como às questões
levantadas relativas a produção.”
Uma fonte do setor disse que a
KAI, que vem recebendo
encomendas da polícia e de outros
estados e organizações públicas,
planeja produzir cerca de 24 dos
novos helicópteros até o final de
2013 e cerca de 220 adicionais até
o final de 2017 para as forças
armadas.
“Como a KAI fez para o
desenvolvimento do jato de
treinamento supersônico T-50, ela
vai continuar a atualizar o Surion
através de um conjunto de novos
estudos e avaliações, incluindo o
teste de baixa temperatura”, disse
ele.
Especificações do helicóptero Surion:
Tripulação: 2 pilotos + 2 artilheiros + 9 soldados ou 2 pilotos + 16 tropas
Comprimento: 19 metros (com rotor principal), 15,09m (sem rotor)
Altura: 4,5 metros
Peso vazio: 4.973 kg
Peso Máximo de decolagem: 8.709 kg
Velocidade máxima de cruzeiro: 259 km/h
Alcance de operação: 480 km
8 / Info Aviação – Julho /2012
Saab assina acordo de apoio e desenvolvimento com a FMV da
Suécia para caças Gripen
Saab recebeu quatro
encomendas da
Administração de Material
da Defesa sueca, a FMV, para o
desenvolvimento do Gripen,
suporte e manutenção até 2016. As
encomendas implicam um pedido
inicial de SEK 3,6 bilhões além de
opções de pedidos adicionais num
valor máximo de SEK 2 bilhões
até dezembro de 2016. (O total
aproximado é de US$ 809,6
milhões incluindo as opções).
O acordo inclui várias partes: uma
de apoio baseado em desempenho
e solução de manutenção, logística
baseada em desempenho, além de
recursos terrestres associados para
manutenção. Também está
incluído uma adição ao pacote de
desenvolvimento Gripen (MS20),
bem como estudos e atividades de
definição para o desenvolvimento
adicional do Gripen.
“O Gripen já provou seu potencial
de crescimento através da
realização de tarefas de diferentes
missões que não estavam
inicialmente previstas para ele,
como na operação Unified
Protector na Líbia”, disse Lennart
Sindahl, diretor de negócios da
Saab na área de Aeronáutica. “Por
isso é importante para o futuro que
possamos continuar a adicionar
novos recursos a pedido da FMV
para um sistema de vôo que já
provou ser de classe mundial
atualmente.”
Baseado no desempenho da
logística implica que a Saab
oferece os prazos de serviço
garantidos para os sistemas e
subsistemas que estão incluídos no
Gripen. As atividades incluídas no
contrato estão, por exemplo,
fornecendo as Forças Armadas da
Suécia com peças de reposição,
manutenção de sistemas de
aeronaves, apoio técnico de
engenharia, publicações técnicas e
soluções de logística para a
operação do sistema Gripen, na
Suécia, na República Checa,
Hungria e Tailândia. A Saab já
teve vários contratos de suporte
diferentes para o Gripen, os quais
são agora substituídas pelo
presente contrato de longo prazo.
“Este contrato de longo prazo
permite que a Saab possa conduzir
as operações de apoio de forma
mais eficaz, em comparação com
os acordos anteriores”, diz Lars-
Erik Wige, chefe de Apoio da Saab
e da área de negócio de serviços.
“A eficiência e disponibilidade são
palavras-chaves.”
Os pedidos que foram colocados
através de opções incluídas no
acordo serão colocado uma vez por
ano. As opções abrangem
operações de suporte e manutenção
que são decisivas para executar as
operações de aviação com o
Gripen, como publicações técnicas
e reparos.
O trabalho será principalmente
realizado nas instalações da Saab
em Linköping, Arboga, Järfälla e
Gotemburgo, na Suécia.
A
9 / Info Aviação – Julho /2012
Simulador de Airbus A320 feito pela INDRA já “voa” na China
INDRA entregou à
Hainan Airlines o primeiro
dos dois simuladores do
Airbus A320 contratados. O
sistema já presta serviço no centro
de formação de vôo da companhia
aérea na cidade de Sanya, na Ilha
de Hainan. A Indra fornecerá o
segundo dos sistemas ainda neste
ano.
O simulador da Indra entrou em
serviço depois de superado com
êxito os testes para sua certificação
com o nível D, o máximo para um
simulador civil. Indra é um dos
principais fabricantes de
simuladores do mundo e já
entregou 200 sistemas para 19
países e 51 clientes.
A autoridade aeronáutica da China
CAAC submeteu durante o mês de
abril os testes do simulador às
provas estabelecidas pela
normativa CCAR60 da própria
CAAC. O sistema superou o
exame e teve destaque por seu alto
nível de engenharia.
A certificação do nível D garante
que o simulador reproduza com a
máxima fidelidade o
comportamento da aeronave real e,
portanto, o habilita tanto para o
treinamento inicial – o requerido
para voar um modelo de avião
concreto – como o recorrente ou de
reciclagem.
O centro da Hainan Airlines é um
dos mais importantes que existem
na Ásia e oferece formação tanto
aos pilotos da própria companhia
aérea como de outras que contam
com esta aeronave em suas frotas.
Competir com inovação
A Indra tem contado com o apoio
do CDTI no desenvolvimento de
novas tecnologias que incorpora no
simulador do A320. Este sistema
de treinamento é um dos primeiros
no mercado que reproduz de forma
virtual no ambiente das
comunicações entre o piloto e os
centros de controle e torre
(comunicações Air Traffic
Control). Também se destaca por
seu avançado sistema visual.
Esta capacidade de inovar e de
desenvolvimento de soluções
próprias permite a Indra competir
globalmente. Na China, o contrato
fechado com a Hainan Airlines
para desenvolver estes dois
simuladores do A320, se somam
aos sistemas de treinamento
desenvolvidos para a Air China.
Assim mesmo, no ano passado a
Indra fechou um Memorando das
Intenções com a Eurocopter para
impulsinar a formação de pilotos
de helicóptero neste país. A
companhia trabalha no
desenvolvimento do que será o
primeiro simulador de helicóptero
a entrar em serviço na China.
A INDRA é líder em simulação e
tem posto em marcha centros de
treinamento para pilotos de
aeronaves, controladores aéreos,
condutores de veículos e
operadores de maquinário, entre
outras soluções. Os simuladores da
Indra tem coberto mais de 700.000
horas de treinamento.
A
10 / Info Aviação – Julho /2012
Governo de Minas Gerais lança polo onde será montado o AX-2 Tupã
uma parceria entre
empresariado, instituições
de ensino e o poder
público, Minas prepara para
decolar num espaço de
conhecimentos do segmento aéreo.
Passados alguns anos do anúncio
da formação do Complexo
Aeronáutico de Minas Gerais, os
projetos começam a sair do papel e
empresas iniciam grandes
investimentos, que, além de atrair
receitas e gerar empregos, devem
desenvolver tecnologia em
segmentos de ponta. Ontem, no
Triângulo Mineiro, o governo
estadual lançou o Polo
Aeroespacial de Tupaciguara – um
dos cinco que compõem o
complexo –, onde deve se instalar
a planta da Axis Aerospace para
fabricação da aeronave AX-2 Tupã
e outras empresas do ramo para
desenvolvimento de tecnologia.
Até a norte-americana Boeing,
maior indústria aeroespacial do
mundo, estuda ter uma pequena
unidade no polo.
Somados, os investimentos já
anunciados em produção de
tecnologia e implantação e
ampliação de unidades voltadas
para o setor aeronáutico superam
R$ 1,5 bilhão. Até o fim do ano,
no entanto, essa cifra deve crescer
mais de 50%. Em Tupaciguara, o
aporte ultrapassa R$ 600 milhões,
se considerados os valores
previstos para a instalação da
fabrica da Axis e o montante
esperado para outras empresas. Em
Itajubá, a ampliação da fábrica da
Helibras deve significar aporte de
350 milhões de euros e, em Lagoa
Santa, a construção do Centro de
Tecnologia e Capacitação
Aeroespacial terá investimento de
R$ 50 milhões (veja o mapa).
No lançamento da unidade de
Tupaciguara, ontem, foram
confirmados financiamentos de
cinco projetos, por meio do
governo federal, que somam R$
65,5 milhões, segundo o secretário
estadual de Ciência e Tecnologia,
Nárcio Rodrigues. São eles o
Centro de Inovação Aeroespacial
da Axis (R$ 28,5 milhões); a
implantação do Centro de Asas
Rotativas, em Itajubá, no Sul de
Minas (R$ 11 milhões); a
instalação de laboratórios
aeronáuticos pela Universidade
Federal de Uberlândia (R$ 11
milhões); o programa Brasil
Profissionalizado, em Tupaciguara
(R$ 7,5 milhões) e a implantação
do Centro de Capacitação
Aeronáutico de Lagoa Santa (R$
7,5 milhões). Além disso, a
Fundação de Amparo à Pesquisa
de Minas Gerais (Fapemig) já
havia investido R$ 7,2 milhões no
mock-up (maquete em tamanho
real) do Tupã.
O avião executivo de pequeno
porte, com capacidade para seis
pessoas, deverá ter seu protótipo
desenvolvido até o fim do ano que
vem. Ontem foi apresentada sua
maquete em tamanho real. A
previsão é que esteja pronto para
voar em 2014. Com isso, o período
de produção e venda deve ser
iniciado no ano seguinte. Nessa
fase, devem ser investidos R$ 120
N
11 / Info Aviação – Julho /2012
milhões. Mas o retorno é visto
como certo. Estudos da empresa
mostram que a demanda do setor é
alta. “Se conseguirmos fabricar 81
mil unidades em 20 anos,
venderemos todas”, afirma o
diretor superintendente da Axis
Aerospace, Daniel Marins
Carneiro.
Mas a instalação da empresa em
Tupaciguara não se resume à
fabricação do Tupã. Outros
projetos estão em fase de
elaboração para o complexo de
desenvolvimento de tecnologia de
ponta. Duas áreas principais
devem ser estudadas: propulsão a
laser e hipersônica. Para isso, deve
ser construído o maior túnel
hipersônico do mundo, com
tecnologia que sequer a Nasa
domina. “Será possível fazer
experimentos em alta velocidade
que darão noção do escoamento
aerodinâmico”, afirma o diretor da
Axis. Isso teria, inclusive,
chamado a atenção da Boeing.
Com a instalação de todas as
empresas no Polo de Asas Fixas e
o início da produção da aeronave,
a expectativa é que sejam criadas 4
mil vagas diretas e indiretas, o que
deve significar forte restruturação
no formato da cidade. Atualmente
são apenas 23 mil habitantes e a
implantação dessas empresas deve
atrair moradores da região, além de
garantir maior qualificação. Nos
próximos cinco anos, a previsão de
investimento é superior a R$ 600
milhões.
12 / Info Aviação – Julho /2012
13 / Info Aviação – Julho /2012
Boeing projeta mercado para 34 mil novos aviões comerciais
nos próximos 20 anos
Boeing projeta um
mercado de 4,5 trilhões de
dólares para 34.000 novos
aviões nos próximos 20 anos, com
a frota mundial atual dobrando de
tamanho, de acordo com o Boeing
Current Market Outlook 2012
(CMO) divulgado nessa quarta-
feira. A previsão anual da empresa
reflete a força do mercado de
aviação comercial.
“O mercado mundial de aviação
está mais amplo, mais profundo e
mais diversificado do que já
vimos”, disse Randy Tinseth, vice-
presidente de Marketing da Boeing
Commercial Airplanes. “Ele
provou ser resiliente, mesmo
durante alguns anos muito difíceis
e está direcionando o aumento da
taxa de produção além do quadro.”
O tráfego aéreo está previsto
crescer a uma taxa anual de 5 por
cento ao longo das próximas duas
décadas, com o tráfego de carga
devendo crescer a uma taxa anual
de 5,2 por cento. O mercado de
aviões de corredor único, servidos
pelos Boeing 737 Next-Generation
e do futuro 737 MAX, continuará
o seu crescimento robusto. Os
widebodies, como o Boeing 747-8,
777 e 787 Dreamliner, serão
responsáveis por quase US$ 2,5
trilhões no valor das entregas de
novos aviões com 40 por cento da
demanda por esses aviões de longo
alcance provenientes de
companhias aéreas asiáticas.
O crescimento robusto na China,
Índia e outros mercados
emergentes é um fator importante
nas entregas crescentes nos
próximos 20 anos. As companhias
aéreas de baixo custo, com a sua
capacidade de estimular o tráfego
com tarifas baixas, estão crescendo
mais rápido do que o mercado
como um todo. Há também uma
forte demanda para substituir
aviões mais velhos e menos
eficientes no consumo de
combustível. A substituição
representa 41 por cento da
previsão de novas entregas.
O mercado de novos aviões está
prestes a se tornar mais equilibrado
geograficamente nas próximas
duas décadas. A Ásia-Pacífico,
incluindo China, continuará a
liderar o caminho nas entregas
totais de aviões.
“É incrível ver o quanto o
transporte aéreo mudou desde que
realizei meu primeiro vôo em
1977″, disse Tinseth. “Tornou-se
crítico para os negócios e algo que
fazemos por prazer, para
conectarmo-nos com a família e
amigos. Como o mercado continua
a crescer, especialmente nas
economias emergentes, as viagens
aéreas se tornarão ainda mais
acessíveis para as pessoas.”
A previsão de frota de cargueiros
para 2012-2031, assim como o
mercado de carga, continua a ser
lenta, e a Boeing revisou para
baixo sua projeção para cargueiros
nos próximos 20 anos. Ainda
assim, a frota de cargueiros no
mundo está projetado para quase
dobrar, de 1.740 atualmente para
3.200 aeronaves no final do
período de previsão. Nas adições à
frota estão incluídos 940 novos
cargueiros produzidos (valor de
mercado de US$ 250 bilhões) e
1.820 aviões convertidos a partir
de modelos de passageiros.
Os cargueiros de grande porte
(capacidade maior que 88,2
toneladas) serão responsáveis por
680 novos aviões produzidos. Os
cargueiros de tamanho médio
(entre 44,1 e 88,2 toneladas)
totalizarão 260 aviões. Não há
novas aeronaves cargueiras do
padrão entre menos de 45 e 49,6
toneladas, mas haverá 1.120
conversões nesse padrão.
A
14 / Info Aviação – Julho /2012
Justiça Federal condena ex-presidente da Vasp a oito anos de prisão
Wagner Canhedo foi processado por crime de apropriação indébita de contribuição previdenciária;
montante que o empresário deixou de recolher aos cofres da Previdência alcança R$ 35 milhões
Justiça Federal condenou
o empresário Wagner
Canhedo, ex-diretor
presidente da Viação Aérea São
Paulo (Vasp), a 8 anos, 8 meses e
17 dias de prisão por crime de
apropriação indébita de
contribuição previdenciária. O
montante que Canhedo deixou de
recolher aos cofres da Previdência,
segundo cálculo da Procuradoria
da República, alcança cerca de R$
35 milhões.
Em sentença de 12 páginas, o juiz
Fábio Rubem David Müzel, da 7.ª
Vara Federal em São Paulo,
assinalou que "a materialidade do
delito está devidamente
delineada".
A base da acusação são processos
administrativos fiscais -
Notificações Fiscais de
Lançamento de Débito - que, para
o juiz, evidenciam a falta de
recolhimento das contribuições
descontadas do salário dos
segurados empregados e não
repassadas ao INSS, no prazo e
forma legais, em violação ao artigo
168-A, parágrafo 1.º, do Código
Penal.
Canhedo, de 75 anos, foi
condenado a cumprir pena em
regime fechado, mas poderá apelar
em liberdade porque o juiz
considerou que não estão presentes
os pressupostos para a decretação
da prisão cautelar do réu - ameaça
à garantia da ordem pública ou à
aplicação da lei penal. Seu
advogado, o criminalista Ricardo
Alexandre de Freitas, já recorreu
ao Tribunal Regional Federal da
3.ª Região (TRF3). Ele pede
anulação da sentença.
O juiz da 7.ª Vara Federal julgou
parcialmente procedente a
denúncia do Ministério Público
Federal, que também atribuía a
Canhedo crime contra a ordem
tributária e sonegação de
contribuição previdenciária -
nestes casos, o empresário foi
absolvido pelo juiz Fábio Müzel.
A ação penal foi aberta em junho
de 2008. Os crimes imputados a
Canhedo, segundo a Procuradoria
da República, ocorreram no
período entre maio de 2003 a
dezembro de 2004.
Dívidas. Na ocasião, a Vasp
atravessava pesadas dificuldades
financeiras. A empresa
interrompeu os voos em janeiro de
2005, quando o antigo
Departamento de Aviação Civil
(DAC, hoje Anac) cassou
autorização de operação. A Vasp
foi submetida a um processo de
recuperação judicial entre 2005 e
2008. Em 4 de setembro de 2008, a
1.ª Vara de Falências e
Recuperações Judiciais de São
Paulo decretou a falência da
companhia, então com dívidas
estimadas em R$ 5 bilhões.
Atualmente, Canhedo é dono de
uma empresa de ônibus em
Brasília.
"No que diz respeito à autoria do
crime, deve ser destacado que o
elemento subjetivo no delito do
artigo 168-A, para todas as figuras,
é o delito genérico, ou seja, a
vontade livre e consciente de não
recolher a contribuição social cujo
repasse aos cofres públicos era um
dever legal", assevera o juiz.
"Portanto, é irrelevante, para
configurar o crime, que o réu não
tenha se apropriado das quantias
descontadas dos empregados."
O juiz destaca: "A autodefesa e a
defesa técnica confirmam que não
houve o repasse das contribuições
descontadas dos segurados, mas
indicam que tal fato decorreu de
dificuldades financeiras
enfrentadas pela sociedade. No
entanto, para que possa ser
acolhida a causa supralegal de
exclusão da culpabilidade, revela-
se imprescindível que também seja
demonstrado que a pessoa física do
administrador tenha sido atingida
pelos problemas financeiros da
empresa".
O juiz anotou que mesmo com os
problemas financeiros da empresa,
a fiscalização apurou que entre
maio e dezembro de 2003
"continuava a existir o pagamento
de honorários da diretoria e do
conselho fiscal/administração da
Vasp".
Prejuízo
R$ 5 bilhões era o valor estimado
das dívidas da aérea Vasp na época
em que a falência da empresa foi
decretada, em setembro de 2008
R$ 35 mi foi o valor que o
empresário Wagner Canhedo
deixou de recolher à Previdência,
segundo a Procuradoria da
República
Defesa apela e diz que sentença
tem ‘falhas graves’
Advogado de Canhedo afirma que
uso da esfera criminal para
A
15 / Info Aviação – Julho /2012
cobrança de impostos remete aos
‘tempos medievais’
Inconformado com a condenação
de Wagner Canhedo, o criminalista
Ricardo Alexandre de Freitas
apelou ao Tribunal Regional
Federal apontando “falhas graves”
da sentença: “Houve cerceamento
de defesa. Não havia necessidade
de o Estado usar a esfera criminal
para cobrar impostos. Isso remete a
tempos medievais. A dívida pode
ser cobrada com penhora de bens
antes de chegar à imputação
criminal. A Vasp tem crédito de
R$ 5 bilhões decorrente de erosão
tarifária. Todas as outras empresas
aéreas que operaram naquela época
ganharam.”
Freitas argumenta que requereu
que o julgamento fosse convertido
em diligência e que o juiz
nomeasse perito contábil. “Nosso
objetivo era que ficasse constatado
que o sr. Wagner dispôs
efetivamente de seu patrimônio
pessoal, injetou recursos próprios
para tentar salvar a companhia.O
sr. Wagner amava a Vasp, era a
paixão da vida dele. Pretendíamos
demonstrar a conduta (de
Canhedo) nos autos, mas o juiz
não permitiu. O tribunal vai anular
a sentença.”
O advogado é categórico. “O sr.
Wagner é um homem sério,
querido por todos os empregados.
Não merece esse tipo de
tratamento. Ele não se apropriou
dos valores da Previdência. A
dificuldade era imensa, não havia
desconto da folha, pagava- se o
líquido. Era preciso cobrir
despesas de combustível, taxas
aeroportuárias, peças de reposição
e manutenção, o básico. Não
houve dolo, não houve vontade de
sonegar impostos, de se apropriar
de verbas da Previdência, mas
priorização para manter a empresa
em operação. Na fase de
dificuldades ele parou de fazer
retirara de pro labore.”
Freitas pede preliminarmente ao
TRF anulação da sentença por
cerceamento. No mérito, o
criminalista pleiteia
“reconhecimento da
inexigibilidade de conduta
diversa” – o revés financeiro
obrigou Canhedo a agir daquela
forma, excludente de
culpabilidade.
16 / Info Aviação – Julho /2012
Tragédia da Air France: relatório final indica que avião fez os
pilotos errarem
Escritório de
Investigações e Análises
para a Aviação Civil
(BEA) disse ontem, em seu
relatório final, que equipamentos
do Airbus A-330 deram ordens
erradas a pilotos para ganhar
altitude - o que levou à perda de
sustentação e queda do voo AF-
447 (Rio-Paris), em 31 de maio de
2009, deixando 228 mortos. A
informação isenta em parte a
tripulação, sobre a qual vinha
recaindo a culpa.
O relatório, de mais de 300
páginas, ainda aponta falhas
técnicas no Airbus, lacunas no
treinamento da Air France e
omissões de agências de aviação.
Inicialmente, confirma que o
congelamento dos sensores de
velocidade do avião, os tubos de
Pitot, foi o que "detonou" o
incidente. Depois, instrumentos de
navegação, como piloto
automático e controle de
propulsão, foram desligando ou
sendo afetados por erros de
informação.
Pelos relatórios parciais, sabia-se
que o piloto em função, Pierre-
Cedric Bonin, de 32 anos, havia
respondido a essas falhas puxando
o joystick da aeronave, para ganhar
altitude. Essa decisão errada fez o
avião perder sustentação, iniciando
a queda.
No último ano, especialistas do
BEA conseguiram reconstituir
dados matemáticos do "diretor de
voo", um dos instrumentos
eletrônicos de navegação. E eles
são reveladores. Segundo o
relatório, quando o controle do
avião foi "entregue" pelo piloto
automático a Bonin, o diretor de
voo se desligou por segundos.
Quando voltou a funcionar, deu
ordem para "cabrar" (ganhar
altitude). Essa orientação também
foi apresentada ao piloto várias
vezes nos 4 minutos de queda.
"Quando o avião estava em perda
de sustentação, era necessário
fazer o contrário, baixar o nariz",
reconheceu Léopold Sartorius,
chefe do grupo de trabalho de
Sistemas Aviônicos do BEA.
Outro fator que levou Bonin a
"cabrar" foi o fato de a velocidade
aferida pelos tubos de pitot
(errada) estar próxima da máxima.
O ruído provocado na estrutura da
aeronave também poderia ser sinal
de velocidade extrema, mas na
realidade já era sintoma da perda
de sustentação. "Mais de um fator
induziu o piloto", confirmou Luís
Cláudio Lupoli, da Força Aérea
Brasileira. Por fim, peritos
observam que, após serem
induzidos ao erro, pilotos podem
ter falhado ao não desligar o
diretor de voo nem prestar atenção
aos alarmes sonoros de perda de
sustentação. As razões disso não
foram esclarecidas. Nem jamais
serão, segundo especialistas.
O
17 / Info Aviação – Julho /2012
18 / Info Aviação – Julho /2012
Cassidian entrega os dois primeiros Tornado ASSTA 3.0 para
Força Aérea da Alemanha
o final de junho, a
Cassidian entregou para a
Força Aérea da Alemanha
os dois primeiros aviões Tornado
atualizados para o novo padrão de
capacidade ASSTA 3.0 (Avionics
Software System Tornado Ada).
Após vários meses de certificação
da adaptação e aceitação pela
Cassidian e pelo Centro Técnico
da Bundeswehr 61, em Manching,
as aeronaves já estão sendo
devolvidas para a Ala de Caças
Bombardeiros 33 em Büchel.
“Hoje é um grande salto no
desenvolvimento do sistema de
armas Tornado”, disse Erik Jensen,
chefe da linha de negócios da
Cassidian Air Services, numa
cerimônia de entrega com a
presença de representantes da
indústria e da Força Aérea alemã.
“Com o ASSTA 3.0, a frota alamã
de Tornados está sendo adaptado
para cumprir as atuais exigência
das Forças Armadas para operar
em todos os climas, com alta
precisão e com recursos centrados
em rede.”
Todos os 85 Tornados em serviço
com a frota da Força Aérea Alemã
estão programados para no futuro
serem atualizados para este padrão
até 2018. Além da integração da
rede-centrado de dados do sistema
de comunicação MIDS (Sistema de
Distribuição Multifuncional de
Informação / Link 16), o padrão
ASSTA 3.0 inclui um dispositivo
de rádio estado-da-arte, um
gravador digital de dados e vídeo
(DVDR), e o integrado Laser Joint
Direct Attack Munition (LJDAM)
que pode ser guiado ao seu alvo
por meio de navegação por satélite
ou por laser.
Embora as atividades do ASSTA
3.0 estarem em andamento, o
desenvolvimento do ASSTA 3.1 já
começou. Trata-se da substituição
dos monitores monocromáticos
CRT no cockpit traseiro com telas
coloridas e expandindo a
funcionalidade do MIDS.
Em nome da Panavia GmbH, a
Cassidian é responsável pelo
gerenciamento de projetos,
desenvolvimento, fabricação e
instalação das melhorias de
eficiência de combate para os
Tornados alemães, em colaboração
estreita com a Alenia Aermacchi
na Itália e a BAE Systems no
Reino Unido. Como uma parceira
industrial no programa Tornado
trinacional, a Cassidian está
responsável pelo desenvolvimento
e fabricação de todas as seções da
fuselagem central, e foi também
responsável pelos aviônicos,
sistema de comunicação, o sistema
de controle de vôo e do completo
sistema de computador da
aeronave.
N
19 / Info Aviação – Julho /2012
Arkia encomenda quatro Airbus A321neo
Arkia, segunda maior
companhia aérea
israelense, assinou dia 9 de
julho, um acordo de compra de
quatro A321neo durante o
Farnborough International
Airshow. Esta encomenda faz com
que a companhia aérea seja o
cliente de lançamento da nova
família de aeronaves da Airbus e a
primeira a encomendar um
membro da família A320 neo em
Israel. A escolha dos motores será
feita em breve.
As aeronaves serão configuradas
com apenas uma classe de
passageiros e terão 220 assentos. A
capacidade de flexibilidade e a
amplitude dos A321 neo
permitirão à Arkia expandir suas
rotas para destinos europeus e
domésticos.
"O A321neo é um ajuste perfeito
para a nossa estratégia para crescer
de forma eficiente nos mercados
internacional e doméstico, além de
ter custos eficazes e ideais de
acordo com as necessidades de
nossa frota", disse Gadi Tepper
CEO da Arkia. "O A321neo vai
trazer novos níveis de conforto aos
nossos passageiros, enquanto
criará valores para nossos
acionistas", completou Tepper.
"Após um estudo intensivo, a
Arkia encontrou no A321neo e
seus motores propostos como o
mais adequado para nossas
necessidades e economia, e o
projeto de recomposição da frota
também vai ampliar o escopo das
atividades atuais de manutenção da
Arkia na região", diz Nir Dagan,
vice-presidente executivo da
Arkia.
"Estamos muito contentes em
receber a Arkia como um novo
cliente Airbus", disse John Leahy,
chefe de operações com os clientes
da Airbus. "A família A320neo
oferece desempenho excepcional,
flexibilidade e uma redução de
15% no consumo de combustível
beneficiando tanto a companhia
aérea e o meio ambiente. É a
escolha natural no mercado de
curto e médio alcance", completou
Leahy.
A família A320neo terá uma nova
opção de motores e entrará em
serviço a partir de 2015. Vai
incorporar motores de última
geração e grandes "Sharklets",
dispositivos de ponta de asa, que
juntas irão fornecer 15% na
economia de combustível. A
redução no consumo de
combustível é equivalente a 1,4
milhões de litros de combustível, o
consumo de 1.000 carros de
tamanho médio, poupando 3.600
toneladas de CO2 por aeronave por
ano. As emissões de NOx
A320neo são 50% abaixo do
CAEP/6, e estes aviões também
terão ruído consideravelmente
menor.
Mais de 8.500 aeronaves da
família A320 foram encomendados
e mais de 5.100 entregues para
mais de 365 clientes e operadores
em todo o mundo. O A320neo tem
mais de 95% da estrutura em
comum com o A320, tornando-se
um ajuste fácil para as frotas
existentes, oferecendo até 500
milhas náuticas (950 km) a mais de
alcance ou duas toneladas a mais
de carga útil em um determinado
intervalo.
A
20 / Info Aviação – Julho /2012
TBM 850 ganha espaço no setor de agronegócio
Monomotor turboélice pode operar em qualquer tipo de pista
TBM 850 ganha cada vez
mais espaço no setor de
agronegócios por sua
capacidade de operar nos mais
diversos tipos de pista, inclusive
em pistas não pavimentadas.
O avião versátil, rápido e com
segurança de operação, há dois
anos chamou atenção do
empresário do setor de
agronegócios Arthur Monassi. "O
grande diferencial do TBM 850 é
operar em pistas curtas e em
algumas situações de terra ou
grama, sem perder a vantagem da
velocidade que se assemelha a de
um jato. Para o produtor, em
especial, que opera em suas
propriedades agrícolas e ao mesmo
tempo em grandes centros, o TBM
850 é imbatível em custos
operacionais e rapidez", afirma
Monassi.
O TBM 850 voa como um jato e é
mais econômico que as aeronaves
da mesma categoria, consumindo
apenas 200 litros por hora. O avião
chega a atingir a velocidade
máxima de 593 km/h. Além disso,
consegue subir extremamente
rápido, a 26 mil pés em 15 minutos
e 31 mil pés em 20 minutos, o que
permite evitar as condições
climáticas desfavoráveis.
"Dificilmente um empresário do
setor agrícola encontrará uma outra
aeronave que consiga uma relação
de custo-benefício tão equilibrada
para as suas necessidades", diz o
diretor-superintendente da Algar
Aviation, Rogério Montalvão.
Criado para um público exigente e
diferenciado, o TBM 850 tem
atualmente 16 aeronaves operando
no mercado brasileiro. Com seis
assentos, seu preço é de US$ 3,3
milhões. A expectativa é que até o
fim de 2012 esse número chegue a
18.
"O TBM 850 é para empresários
que realmente fazem cálculos e
tem visão dos benefícios como
agilidade e segurança trazem em
suas demandas do dia a dia,
podendo aliar trabalho e lazer",
complementa Monassi.
O
21 / Info Aviação – Julho /2012
Empresa mostra aeronave que fará voos comerciais ao espaço
Virgin Galactic, umas das
companhias do bilionário
britânico Richard Branson,
levou para a feira aérea de 2012 de
Farnborough, na Inglaterra, uma
réplica de como será uma de suas
naves que fará viagens espaciais
para o público em geral.
A SpaceShipTwo proporcionará a
qualquer pessoa a experiência que
apenas os astronautas tiveram até
hoje. Mas brincar de ser astronauta
promete ser caro e só para aqueles
que estiverem dispostos a gastar
US$ 200 mil pelo passeio - preço
mínimo anunciado pela empresa
para as viagens, que estão com
reservas abertas desde 2005.
A SpaceShipTwo terá capacidade
para levar até seis passageiros e
dois pilotos. Segundo a Virgin
Galactic, a sensação dentro da
aeronave é similar à de viajar em
um avião executivo. Um teste de
voo completo está previsto para ser
realizado pela aeronave no final
deste ano.
De acordo com um subcomitê do
governo dos Estados Unidos, a
indústria de turismo espacial valerá
cerca de US$ 1 bilhão nos
próximos dez anos. Entre os
primeiros "turistas espaciais" está
o ator Ashton Kutcher, que já se
inscreveu para voar na primeira
espaçonave de Richard Branson.
A
22 / Info Aviação – Julho /2012
23 / Info Aviação – Julho /2012
Força Aérea da Indonésia adquire mais oito Super Tucano
Força Aérea da Indonésia
assinou um contrato
comercial de um segundo
lote de oito aviões turboélices de
ataque leve e treinamento tático A-
29 Super Tucano, da Embraer. O
pedido inclui ainda um simulador
de voo que será utilizado para
instrução e treinamento dos pilotos
indonésios. A Indonésia começará
a receber os primeiros quatro
aviões do primeiro lote em agosto
de 2012 e as entregas do segundo
lote serão em 2014.
"Esta decisão demonstra o
reconhecimento da qualidade do
Super Tucano no mercado
internacional", disse Luiz Carlos
Aguiar, presidente da Embraer
Defesa e Segurança.
"Agradecemos à Força Aérea da
Indonésia pela confiança e estamos
certos de que o Super Tucano
desempenhará com eficácia e
excelência as missões para as quais
foi selecionado", complementa
Aguiar.
O A-29 Super Tucano foi
escolhido pela Indonésia para
executar uma ampla gama de
missões, que incluem ataque leve,
vigilância, interceptação aérea e
contra insurgência. Esta aquisição
faz parte do plano de
modernização de equipamentos
das Forças Armadas da Indonésia
para os anos 2009-2014. Com mais
de 157 mil horas de voo e mais de
23 mil horas de combate, o A-29
Super Tucano está equipado com
as mais recentes tecnologias em
sistemas eletrônicos, eletro-
ópticos, infravermelho e laser,
assim como sistemas de rádios
seguros com enlace de dados e
uma inigualável capacidade de
armamentos, o que o torna
altamente confiável e com
excelente relação custo-benefício
para um grande número de missões
militares, mesmo em pistas não
pavimentadas.
A
24 / Info Aviação – Julho /2012
Airbus lança a cabine Space-Flex com a encomenda da TAM
om uma encomenda da
TAM, a Airbus lançou
oficialmente o banheiro
Space-Flex PRM (Pessoas com
Mobilidade Reduzida) como uma
opção para os operadores da
família A320. A TAM se tornará o
primeiro cliente da Airbus a se
beneficiar do Space-Flex, a nova
opção que oferece mais conforto
aos passageiros e já está disponível
na família A320.
O pedido da TAM é para a Airbus
adicionar o Space-Flex nas 39
novas aeronaves que serão
entregues a partir do 4º trimestre
de 2013. Fazendo um uso mais
eficiente do espaço na parte de trás
da cabine, dois lavatórios mais
uma galeria poderão ser
eficientemente acomodados neste
espaço, gerando vantagens para a
TAM.
O Space-Flex libera esta área para
mais comodidade aos passageiros,
o espaço da cabine será ampliado,
oferecendo dois banheiros, cada
um do tamanho comparável aos
existentes dos A320, ou seja,
maior do que os lavabos dos
concorrentes. O banheiro PRM é
um auxílio ao progresso através de
um processo de conversão simples:
dois lavabos Space-Flex são
conversíveis em um espaço para
pessoas de mobilidade reduzida, de
forma semelhante às apresentadas
em aeronaves Airbus de fuselagem
larga.
"O Space-Flex otimiza o espaço da
cabine e, portanto, nos dá mais
flexibilidade em nossas novas
aeronaves Airbus da família
A320", disse José Maluf, vice-
presidente de suprimentos e
contratos da TAM. "No futuro,
poderíamos facilmente adaptar-nos
à demanda do mercado e melhorar
custos de assento-milha
adicionando seis lugares sem
comprometer o conforto", conclui
Maluf.
Antes deste lançamento pela TAM,
o conceito do Space-Flex havia
sido revisto e testado com
numerosas companhias aéreas, e a
representação foi apresentada nas
recentes feiras, incluindo a Aircraft
Interiors Expo, em Hamburgo.
A TAM, que recentemente se
fundiu com a LAN para formar o
LATAM Airlines Group, é o maior
cliente da Airbus no hemisfério sul
com mais de 200 encomendas e
uma notável frota com mais de 100
aeronaves Airbus.
Cerca de 8.400 aeronaves da
família A320 já foram
encomendadas e mais de 5.100
aeronaves entregues a mais de 360
clientes e operadores em todo o
mundo.
C
25 / Info Aviação – Julho /2012
Aeronaves da Azul utilizarão avançado sistema de navegação
Chamado de Required Navigation Performance (RNP-AR), o sistema auxilia nas operações de pouso, além
de reduzir ruídos, tempo de viagem e queima de combustível
Azul, em parceria com a
GE, está homologando
seus jatos Embraer com
um avançado sistema de
navegação, chamado Required
Navigation Performance (RNP-
AR). Esse sistema, que tem
tecnologia orientada por satélite,
objetiva uma otimização nos
procedimentos de aproximação e
pousos, aumentando
significantemente a segurança e
diminuindo o trajeto da aeronave,
o que traz uma série de benefícios.
São eles: a redução de ruídos, de
atrasos, do tempo de viagem, além
de um menor gasto com
combustível, o que torna as
operações da companhia mais
sustentáveis. As aeronaves da
companhia devem ser certificadas
com o novo sistema até o fim de
2012.
A Azul está entre as empresas do
setor aéreo brasileiro a trabalhar
para adotar tal sistema, que será
utilizado inicialmente para pousos
no aeroporto Santos Dumont, no
Rio de Janeiro. Por iniciativa do
Departamento de Controle do
Espaço Aéreo (Decea), o aeroporto
fluminense já recebeu a
certificação e, com isso, a
companhia poderá operar com
mais precisão, mesmo que em
condições meteorológicas
adversas, evitando atrasos e
cancelamentos.
Com a implantação do novo
sistema, a empresa trabalhará com
mínimos operacionais (teto) bem
reduzidos. "Com a integração do
RNP-AR em nossa frota de jatos,
passaremos a ter uma trajetória
precisa horizontalmente e
verticalmente até o pouso,
melhorando nossa eficiência
econômica e ecológica", afirma
Flávio Costa, vice-presidente
técnico-operacional da Azul.
Com a expectativa de um aumento
significativo no volume de
passageiros nos terminais do país,
sobretudo em função da Copa do
Mundo e da Olimpíada, soluções
como essa devem ser cruciais para
garantir o melhor gerenciamento
do espaço aéreo. "Esses eventos
devem trazer milhares de
espectadores ao Brasil, os quais
poderão contar com um transporte
aéreo mais eficiente e pontual",
afirma Giovanni Spitale, gerente
geral de serviços de desempenho
de navegação da GE.
Após o processo de certificação
pela ANAC (Agência Nacional da
Aviação Civil), a companhia
adotará o novo procedimento em
seus voos.
A
26 / Info Aviação – Julho /2012
“De Olho na Mala” já cobre aeroportos de todas as regiões do país
processo de restituição de
bagagens nas esteiras já
pode ser acompanhado
pelos passageiros em vários
aeroportos brasileiros. O programa
“De Olho na Mala”, implantado
pela Superintendência de
Segurança Aeroportuária (Dosa)
da Infraero, já instalou sistemas de
monitoramento de bagagens nas
áreas de desembarque de 22
terminais da Rede, cobrindo todas
as regiões do Brasil. A intenção da
Infraero é instalar o “De Olho na
Mala” ao longo de toda a rede de
aeroportos administrados pela
empresa.
Os sistemas são compostos por
câmeras de vigilância instaladas
nas áreas em que os funcionários
responsáveis pelo manuseio das
bagagens as colocam nas esteiras
de restituição e monitores,
colocados próximos das esteiras na
área de desembarque, que exibem
as imagens captadas pelas
câmeras. Dessa forma, os
passageiros que aguardam por seus
pertences podem observar o fluxo
de devolução de volumes e o
manuseio dos mesmos pelos
responsáveis.
O primeiro terminal da Infraero a
receber a iniciativa foi o Aeroporto
Internacional do Rio de
Janeiro/Galeão – Antonio Carlos
Jobim (RJ), em agosto de 2011.
Em fevereiro de 2012, o sistema
chegou ao Aeroporto Internacional
de Brasília/Juscelino Kubitschek
(DF). Diante da repercussão
positiva ao monitoramento das
bagagens, a Infraero implantou o
“De Olho na Mala” em escala
nacional, orientando os aeroportos
da Rede a instalarem equipamentos
para o monitoramento das
bagagens de acordo com a
necessidade e recursos disponíveis.
Uma vantagem do sistema é a
rapidez de montagem. No Galeão,
a instalação dos monitores e
câmeras que compõem o sistema
levou três dias. “Nos dedicamos ao
máximo para garantir que o
sistema fosse instalado no menor
tempo possível, pois sabemos da
importância que é, para o
passageiro, entender melhor como
se dá o manuseio das bagagens”,
destacou o engenheiro Pedro
Paulo, coordenador de Tecnologia
da Informação da Infraero no
aeroporto.
Desde março, além de Brasília e
Galeão, os seguintes aeroportos já
implantaram o monitoramento:
Confins, Uberlândia e Montes
Claros (MG), Manaus, Tabatinga e
Tefé (AM), Navegantes e Joinville
(SC), Londrina (PR), Cuiabá
(MT), Vitória (ES), Campina
Grande (PB), Palmas (TO),
Marabá (PA), Macapá (AP), Rio
Branco (AC), Boa Vista (RR),
Imperatriz (MA), Campo Grande e
Corumbá (MS). Com o projeto, a
Infraero busca contribuir para a
transparência e segurança no
processo de restituição de
bagagens, visando à satisfação do
passageiro com os serviços
oferecidos em seus aeroportos.
O
27 / Info Aviação – Julho /2012
Vale destacar também que, após o
check-in, as bagagens são de
responsabilidade da empresa aérea,
permanecendo sob sua custódia até
a devolução ao passageiro,
conforme a prevê a legislação
referente à segurança da aviação
civil.
Recepção dos passageiros
A iniciativa tem sido bem recebida
pelos passageiros. No Galeão, o
casal Cláudia e Robadias, de 27 e
28 anos, desembarcou de um voo
vindo de João Pessoa em dia 3 de
julho. No terminal carioca, os dois
puderam observar o sistema em
funcionamento enquanto
aguardavam a chegada das malas.
“É muito interessante poder ver
como estão cuidando das nossas
malas”, notou Cláudia. Quem
também chegou de João Pessoa foi
a pequena Thalita, de 5 anos, que
viajou com o pai e os avós. A
menina brincou de “achar” as
malas da família que estavam no
carrinho e ajudou a retirá-las da
esteira. “Foi legal ver a mala do
papai ali na tevê”, disse ela.
Em Confins e Manaus, o
monitoramento foi instalado no
final de abril nas áreas de
desembarque doméstico e
internacional. O estudante Gabriel
Braga, 21 anos, também aprovou o
sistema no aeroporto mineiro.
“Visualizar a entrega das malas
traz uma sensação de segurança a
mais. Imagino que esse projeto vai
contribuir bastante para solucionar
possíveis problemas na restituição
de bagagens”, afirmou. No
terminal manauara, o professor
Leandro Dutra, 28 anos, também
enfatizou o ganho de segurança.
“Observar todo o processo passa
maior segurança ao passageiro.
Talvez faça com que os
funcionários tenham um cuidado
especial devido ao monitoramento
eletrônico”, notou Dutra.
“Eu viajo bastante, inclusive para o
exterior, e é a primeira vez que
vejo essa iniciativa. Esse sistema
me faz sentir mais seguro, e acho
que é bom que seja instalado em
mais aeroportos”, destacou Paulo
de Lima, que desembarcou no
Aeroporto de Macapá em um voo
vindo de São Paulo. Finalmente,
em Navegantes (SC), a empresária
gaúcha Leci Maia aprovou a
utilização do sistema em larga
escala. “É interessante ver essa
iniciativa neste aeroporto e
também em outros aeroportos”,
concluiu.
28 / Info Aviação – Julho /2012
Esquadrilha anuncia os nomes de seus três novos pilotos
Esquadrilha da Fumaça
divulgou os nomes dos
três novos pilotos que
passam a integrar a equipe
fumaceira: Capitão aviador
Ubirajara Costa Júnior, capitão
aviador Daniel Pereira Garcia e
tenente aviador Thiago
Capuchinho assumirão, a partir de
2013, as posições de números 3
(ala esquerda), 6 (ala direita
externa) e 2 (ala direita),
respectivamente.
A "sexta-feira 13" trouxe muita
sorte e foi de muita felicidade aos
aviadores que receberam a notícia
de forma inesperada. O capitão
Costa, que atualmente é instrutor
de voo na AFA (Academia da
Força Aérea), recebeu, após o
expediente, a visita de alguns
pilotos enquanto os demais
sobrevoaram os arredores de sua
casa. Pelo rádio, o comandante da
Fumaça, que liderava o voo, deu a
notícia e as boas-vindas ao novo
fumaceiro. Muito emocionado,
Costa recebeu os cumprimentos da
família e dos novos companheiros
de trabalho.
Já o capitão Garcia e o tenente
Capuchinho, que são instrutores do
Esquadrão Joker, na Base Aérea de
Natal (BANT), receberam uma
ligação do comandante e todos da
equipe deram os parabéns pelo
telefone.
Os aviadores foram aprovados no
conselho operacional realizado
entre todos oficiais da Esquadrilha
da Fumaça. Anualmente, a equipe
escolhe três novos pilotos que,
possuindo os requisitos
necessários, se candidatam às
vagas. Para se candidatar neste ano
era necessário possuir 1500 horas
de voo, sendo 800 horas como
instrutor da AFA ou ser instrutor
de voo no Esquadrão Joker.
O treinamento dos três militares
está previsto para começar em
setembro.
A
29 / Info Aviação – Julho /2012
Pilotos demitidos pela Gol são disputados lá fora
onda de demissões na Gol
reacendeu o temor de o
País ver uma nova leva de
pilotos migrar para o exterior em
busca de emprego, num
movimento semelhante ao que
aconteceu após a paralisação das
operações da Varig em 2006.
Atentas à mudança de cenário,
empresas internacionais de
recrutamento e companhias aéreas
estrangeiras começam uma corrida
para tentar captar os profissionais
desempregados hoje no mercado
brasileiro.
Com a perspectiva de um novo
impulso no fluxo de pilotos
expatriados, o Sindicato Nacional
dos Aeronautas (SNA) já receia
uma volta da situação vivida até o
ano passado, quando a escassez de
pilotos assombrava companhias
aéreas nacionais. "Assim que o
mercado brasileiro (de aviação
civil) voltar a crescer, vamos ter
falta de pilotos novamente", disse
o secretário-geral da entidade,
Sérgio Dias.
A notícia de que a Gol demitiria
2.500 pessoas este ano - incluindo
pilotos, comissários e outros
profissionais - chegou rápido a
Dublin, na Irlanda, onde estão os
escritórios da empresa de
recrutamento Direct Personnel. Ao
tomar conhecimento das dispensas
pela aérea brasileira, a companhia
entrou em contato com o sindicato
e começou a procurar os pilotos
desempregados para tentar levá-los
para companhias aéreas
estrangeiras.
"Contatei todos os pilotos afetados
(pelas demissões) e mandei
informações sobre as vagas
disponíveis", diz a gerente Barbara
Kelly. O próximo passo da
empresa, agora, é trazer ao País as
empresas que querem contratar. "O
interesse desses profissionais tem
sido alto, e eu já estou
conversando com clientes da China
e da África para levá-los ao Brasil
para entrevistar os pilotos da Gol e
fazer avaliação em simuladores."
A busca por uma posição no
exterior pode ajudar os pilotos
dispensados a encontrar mais
rapidamente uma vaga, num
momento em que a situação é mais
adversa do que a de 2006. Na
época, companhias como TAM e
Gol estavam em franca expansão e
absorveram parte dos profissionais
que ficaram sem trabalho com o
fim da Varig. Hoje, depois de um
ano marcado por um prejuízo
conjunto de mais de R$ 1 bilhão,
as duas empresas enxugam suas
operações.
Os pilotos nacionais têm sido
disputados principalmente por
aéreas da Ásia, continente em que
a aviação civil vem se
desenvolvendo fortemente nos
últimos anos e que não tinha um
contingente significativo de
pilotos. Mas outras regiões, como
África e Europa, também têm
oferecido vagas. Profissionais
experientes, com milhares de horas
voadas, os brasileiros são vistos
com bons olhos pelo mercado
internacional.
Segundo o consultor Nelson Riet,
especialista no setor aéreo, a boa
qualidade técnica dos profissionais
não é o único motivo de seu
prestígio no exterior. "Do fim da
Varig para cá, os pilotos brasileiros
firmaram conceito positivo, não só
pela competência técnica, mas por
sua boa capacidade de adaptação a
outras culturas", explica. Ele vê as
demissões da Gol como pontuais e
acredita que o mercado brasileiro
A
30 / Info Aviação – Julho /2012
se recuperará, mas acredita que os
pilotos que tiverem a possibilidade
de trabalhar fora vão migrar.
Com quase 24 anos de experiência
em grandes aéreas nacionais, o
comandante Marcos Ferreira, 49,
agora escolhe entre as ofertas de
emprego de companhias
estrangeiras, depois de ter deixado
a Gol no mês passado. Uma delas é
a Ethiopian Airlines, da Etiópia,
que já manifestou interesse em
voar para cá.
"A empresa está atrás de 30 pilotos
para operar Boeing 737, mesmo
avião em que voávamos na Gol.
Eles pegarão pilotos praticamente
prontos para voar", afirma o
aeronauta, que também analisa
oportunidades em companhias
chinesas.
Além da possibilidade de ganhos
mais elevados, que podem chegar a
R$ 25 mil por mês para
comandantes, as aéreas
estrangeiras criam facilidades para
atrair os brasileiros. A
possibilidade de tirar 15 dias de
folga a cada mês, por exemplo,
permitiria que Ferreira viesse
frequentemente ao Brasil, onde sua
mulher atua também como piloto.
Atento aos processos de seleção,
ele diz que a OK Airways, com
base no gigante asiático, mandará
representantes ao Brasil no mês
que vem para recrutar. A Emirates,
dos Emirados Árabes Unidos, que
também tem recebido inscrição de
candidatos no País, marcou datas
este mês para receber currículos de
aeronautas, incluindo comissários,
de São Paulo e Porto Alegre.
Enquanto isso, o sindicato teme
que movimentos de consolidação,
como a fusão da TAM com a
chilena LAN, possam resultar em
novas reduções de pessoal.
Procurada, a aérea diz que não há
previsão de demissões por causa
da criação do grupo Latam
Airlines. O vice-presidente
comercial da Azul, Paulo
Nascimento, também negou que
associação com a Trip resulte em
enxugamento.
"Com o excesso de oferta que
houve no mercado, as líderes
(TAM e Gol) foram obrigadas a
reduzir capacidade. No nosso caso,
mesmo com a fusão, o plano de
expansão continua", declarou. A
previsão de crescimento da
empresa, porém, não implica a
possibilidade de realocação rápida
dos pilotos da Gol. Como a Azul
utiliza outros tipos de aeronaves,
eles precisariam se requalificar.
31 / Info Aviação – Julho /2012
Presidente da Venezuela Hugo Chávez diz mais uma vez estar
interessado nos caças Su-35
presidente venezuelano,
Hugo Chávez, disse que
está interessado em
comprar caças multifunção Sukhoi
Su-35 Flanker-E da Rússia para
melhorar as capacidades de defesa
de seu país.
“Eu já enviei um comunicado ao
governo da Rússia que estamos
prontos para considerar a compra
nos próximos anos dos caças Su-
35 para modernizar e melhorar os
nossos poderes de defesa,” disse
Chávez durante discurso na Rádio
Nacional da Venezuela.
O presidente disse que as questões
de defesa, de segurança e o
desenvolvimento do país devem
ser a prioridade para o governo da
Venezuela dentro dos quadros da
prestação da independência
nacional.
“Essa independência, o bem
protegido e a garantia do país, nos
dará a possibilidade de construir
uma nova Venezuela, uma nova
Pátria e para alcançar novos
horizontes”, acrescentou.
O Su-35, equipado com dois
motores 117S com empuxo
vetorial, combina alta
manobrabilidade e capacidade de
efetivamente envolver vários alvos
aéreos de forma simultânea,
usando mísseis guiados e não
guiados e outros sistemas de
armas.
A aeronave tem sido apontado
como de geração “4++, utilizando
tecnologia de quinta geração.”
O
32 / Info Aviação – Julho /2012
Helibras entrega mais um helicóptero EC725 do contrato
firmado com o governo brasileiro
O modelo VIP, recebido pelo Grupo de Transporte Especial (GTE), é o primeiro de dois helicópteros
produzidos para a FAB e que serão destinados ao transporte presidencial
m cerimônia ocorrida dia
(18), em Brasília (DF), a
Helibras entregou o EC725
– VIP, que faz parte do contrato
assinado entre a empresa e o
Ministério da Defesa para a
produção de 50 novos helicópteros
de grande porte destinados às
Forças Armadas. Deste montante,
dois foram reservados ao Grupo de
Transporte Especial (GTE) da
Força Aérea Brasileira (FAB) para
o transporte da Presidência da
República.
Além deste helicóptero VIP, a
empresa está finalizando em suas
novas instalações, em Itajubá
(MG), três outros aparelhos sob o
comando de funcionários
brasileiros treinados na França.
“Nosso objetivo é de que o índice
de nacionalização chegue a 50%, o
que deve acontecer até o ano de
2014. Consequentemente,
contribuímos para o
desenvolvimento da indústria
nacional, uma vez que firmamos,
até agora, contratos com 15
fornecedores brasileiros de peças e
serviços”, afirma Eduardo Marson
Ferreira, presidente da Helibras.
Durante discurso na cerimônia de
entrega do novo helicóptero, o
ministro da Defesa Celso Amorim
reafirmou as palavras de Marson e
assegurou que é um papel do
governo estimular a indústria do
país. “Há uma preocupação
fortíssima do Brasil, fortíssima da
presidente da República, de que
nós precisamos impulsionar a
indústria nacional, em particular a
indústria de defesa nacional pelo
que ela representa diretamente ou
pelo que ela representa como
possibilidade de alavancar vários
setores da indústria na área de
tecnologia de ponta”, disse.
Para abarcar este grande contrato
com as Forças Armadas, a Helibrás
está prestes a inaugurar sua nova
linha de produção em Itajubá
(MG), na qual serão produzidos os
helicópteros EC725 e também a
versão civil da mesma aeronave, o
EC225, utilizada no transporte
entre o continente e as plataformas
de exploração de petróleo em alto
mar. Com isso, a empresa –
subsidiária do grupo Eurocopter e
única fabricante de helicópteros da
América Latina – terá capacitação
tecnológica para, em 10 anos,
conceber, projetar e fabricar
integralmente um helicóptero no
Brasil, graças à transferência de
tecnologia resultante do programa
de expansão desenvolvido para
esta nova unidade.
O contrato com as Forças
Armadas, assinado em 2008,
permitiu, ainda, a qualificação da
mão de obra local. A Helibras
contratou e capacitou, desde então,
mais de 400 empregados, com
enfase para engenheiros e
mecânicos. Destes,
aproximadamente 100 receberam
treinamento da Eurocopter na
França, por períodos de até um
ano.
E
33 / Info Aviação – Julho /2012
34 / Info Aviação – Julho /2012
‘Aerodilma’ em pauta
presidente Dilma
Rousseff está em
conversas com a Boeing
para adquirir um novo avião
presidencial, disseram quatro
fontes à Reuters, sinalizando uma
entrada maior para a fabricante
norte-americana em um dos
maiores mercados emergentes do
mundo.
Dilma quer um avião maior, mais
consistente com o crescente
poderio político e econômico do
Brasil, e está avaliando a compra
de um Boeing 747 similar ao Air
Force One, aeronave usada pelo
presidente dos Estados Unidos,
disseram as fontes sob condição de
anonimato.
Atualmente, Dilma usa um Airbus
A319, que foi comprado pelo ex-
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva em 2004. No entanto, a
aeronave é incapaz de realizar
longos percursos e teve de realizar
duas paradas para abastecimento
durante a viagem da presidente à
Índia, em março, disseram as
fontes.
“Presidentes brasileiros irão viajar
à Índia e à China uma vez por ano
todos os anos a partir de agora, e
não devemos ter que fazer paradas
como esta”, disse uma das fontes.
Outra fonte disse que a opção pela
Boeing era a única sendo
seriamente analisada por Dilma.
Se a compra for realizada, será
uma vitória simbólica nos esforços
da Boeing de ganhar mercado na
maior economia da América Latina
e a sexta do mundo. A questão
ganhou urgência já que os
tradicionais mercados da
companhia nos Estados Unidos e
na Europa apresentam baixas
previsões de crescimento.
Relações próximas
A Boeing anunciou um acordo
neste mês para fornecer um novo
sistema de armas para o avião de
combate leve Super Tucano,
fabricado pela Embraer (EMBR3),
que está tentando expandir suas
operações na área da defesa.
As companhias também
anunciaram em junho que iriam
colaborar no desenvolvimento e
marketing do jato militar e de
reabastecimento KC-390, também
da Embraer.
É possível que um relacionamento
mais próximo com o governo
brasileiro e a maior fabricante de
aeronaves do país possa dar à
Boeing uma vantagem em outro
negócio muito maior, de ao menos
5 bilhões de dólares: a nova
geração de caças da Força Aérea
Brasileira.
A francesa Dassault e a sueca Saab
são as outras duas concorrentes
para o negócio. Dilma não deve
tomar nenhuma decisão até o
início de 2013, disseram
autoridades.
A
35 / Info Aviação – Julho /2012
Jim Proulx, um porta-voz da
Boeing, disse por e-mail: “Nós não
comentamos na mídia as
discussões que podemos ou não ter
com clientes potenciais.”
O Boeing 747 tem quatro turbinas
ante duas na maioria dos modelos
mais novos. Pode, portanto,
oferecer maior segurança em caso
de um problema em motor em
pleno voo –uma prioridade para
Dilma após problemas de
segurança recentes com seu avião
atual, disseram as fontes.
Em junho, o Airbus presidencial
sofreu um problema relacionado à
pressurização da cabine durante
viagem entre Rio de Janeiro e
Brasília. Apesar de não ter deixado
feridos, o avião teve de retornar ao
Rio e Dilma foi forçada a voar a
bordo de uma aeronave reserva
menor, desembarcando em casa
depois da meia-noite.
O jornal “O Globo” informou no
sábado que Dilma “morre de
medo” de turbulência e instruiu
seus pilotos algumas vezes a
alterar o plano de voo para desviar
de tempestades ou outros
problemas.
Outra grande compra de um
grande avião presidencial, apenas
oito anos após a última aquisição,
poderá causar disputas políticas. O
ex-presidente Lula enfrentou
grandes críticas por gastos
excessivos ao comprar o Airbus
por alegados US$ 57 milhões.
No entanto, as ambições políticas e
econômicas cresceram desde
então. O Produto Interno Bruto
brasileiro superou o da Grã-
Bretanha em 2011, e sua influência
cresceu em fóruns internacionais e
em outros mercados emergentes,
especialmente em países africanos.
Até mesmo uma viagem recente à
Etiópia precisou de uma parada de
abastecimento no oeste africano,
disse uma das autoridades.
O Airbus A319 tem uma
autonomia de 3.740 milhas
náuticas, segundo o site da
companhia na Internet. A distância
de voo entre São Paulo e Nova
Délhi é de aproximadamente 7.800
milhas náuticas. A Airbus pertence
ao grupo europeu EADS.
36 / Info Aviação – Julho /2012
Opções de 747 muito mais interessantes do que um modesto ‘Air Force One’
A notícia recente divulgada pela Reuters,
dando de conta de que a presidente Dilma
Rousseff está interessada em um Boeing
747 como o do presidente Obama, parece
ter indignado alguns leitores. Mas
acreditamos que essa questão também
deveria ser encarada como uma
oportunidade para voar ainda mais longe.
Assim, pensamos em algumas outras
sugestões de versões do Boeing 747 que os
norte-americanos poderiam oferecer, e que
seriam ainda mais interessantes, talvez, do
que uma simples configuração do tipo “Air
Force One” que, convenhamos, já anda um
tanto “démodé”.
A primeira, mostrada nas duas imagens acima,
serviria para causar impacto e botar medo em
qualquer lugar onde se vá, com essa poderosíssima
torreta laser instalada no nariz. Infelizmente, o
sistema de acumulação de energia para o laser e
toda a parafernália de controle ocupam boa parte
do espaço interno. Em compensação, não precisa
mais se preocupar com novos caças para a FAB,
pois com um avião desses para passar fogo em
quem se meta pela frente, quem precisa de Força
Aérea?
Já esta segunda opção é menos belicosa, porém
ainda mais impactante e, de quebra, oferece um
espaço extra no teto. Literalmente, muito espaço.
Um espaço, digamos assim, espacial. Com alguns
adendos tecnológicos que poderiam ser
desenvolvidos aqui mesmo, privilegiando as mentes
e esforços nacionais e fomentando nossa pesquisa
em foguetes, poderia ser “tunada” e abandonar essa
ideia de só visitar membros do BRICS, coisa de
novo rico. Bom mesmo é ter a capacidade de visitar
membros do G8. Evidentemente, estamos falando
do Grupo dos Oito planetas do sistema solar.
Audaciosamente indo onde nenhum avião
presidencial jamais esteve!
37 / Info Aviação – Julho /2012
Turbomeca assina com Eurocopter para fornecimento do
motor TM800 para novo helicóptero X4
Turbomeca (Safran
Group) anunciou a
assinatura de um contrato
com a Eurocopter para fornecer os
motores TM800 para o helicóptero
de nova geração X4.
O Eurocopter X4 é uma nova
geração de helicóptero na categoria
5-6 toneladas. O futuro helicóptero
será equipado com um novo
motor: o TM800 da Turbomeca,
um turbo-eixo na categoria 1.100
shp categoria (800 kW).
O motor TM800 irá se beneficiar
dos avanços tecnológicos
decorrentes da estratégia de
Pesquisa e Desenvolvimento da
Turbomeca. Por um lado, o motor
TM800 incorpora os resultados de
vários projetos de pesquisa,
inclusive algumas tecnologias
validadas pelo demonstrador Tech
800. Por outro lado, leva a
vantagem dos feedbacks da
experiência operacional de toda
linha de motores Turbomeca.
Os benefícios deste novo motor
consistem basicamente em reduzir
significativamente o consumo
específico no que diz respeito à
geração atualmente em serviço.
Isso contribuirá para melhorar o
desempenho (carga, alcance) e
reduzir a emissão de gases na
atmosfera. O custo de propriedade
será reduzido através do seu
conceito de manutenção otimizado
para oferecer uma redução
significativa na atividade de
manutenção nas instalações do
operador.
O desenvolvimento motor e o
plano de certificação estão em
linha com a entrada em serviço da
versão inicial do helicóptero em
2017.
A
38 / Info Aviação – Julho /2012
Cessna lança o Grand Caravan EX e o Skylane NXT
Cessna Aircraft Company,
representada no Brasil pela
TAM Aviação Executiva,
lançou dia 23 de julho, durante a
EAA AirVenture, em Oshkosh, o
Grand Caravan EX e o Skylane
NXT.
O Grand Caravan é conhecido em
todo o mundo por sua grande
versatilidade, conforto,
confiabilidade e segurança. A
aeronave permite até 9 passageiros
e, na configuração executiva, leva
até 8 passageiros, com espaço e
conforto similares a linha de jatos
Citation.
Sua configuração interna de
poltronas pode ser alterada
rapidamente para atender às
necessidades momentâneas do
proprietário. Com isso, um avião
de passageiros pode rapidamente
tornar-se um veículo de transportes
de cargas.
A versão Grand Caravan EX
lançada tem como diferenciais:
motor mais potente, o PT6A-140
de 867 HP, 25% a mais que os 675
HP de seu antecessor; a razão de
subida aumentou 32%, passando
de 925 para 1220 pés/minuto; a
distância de decolagem diminuiu
de 762 m para 689 m; a velocidade
de cruzeiro aumentou 7% passando
para 184 nós; novos faróis de LED
com maior iluminação; instalação
de flutuadores (opcional); está
previsto para ser comercializado a
partir do quarto trimestre de 2012.
Já o Skylane, é um avião
extremamente versátil, que atende
tanto necessidades de utilização
como locomoção para o trabalho
quanto como utilitário esportivo
para os finais de semana. O
Skylane é uma combinação
perfeita entre potencia,
performance e velocidade. É um
avião robusto por fora e
extremamente espaçoso e
confortável em seu interior.
A nova versão do Skylane, o NXT
tem como destaque as seguintes
características: motor a querosene,
ao invés de gasolina (42 litros por
hora, redução de 30 a 40% no
consumo); bancos de couro
ergonomicamente projetados;
redução de custo com combustível
e tempo de revisão da aeronave;
maior alcance de 1.798 km para
1.898 km; capacidade para quatro
pessoas; capacidade de
combustível de 87 galões (329
litros); carga útil estimada em
1.100 libras (499 kg).
Para Leonardo Fiuza, diretor
Comercial da TAM Aviação
Executiva, os dois modelos trazem
novidades que os operadores
destes segmentos vinham
solicitando. "Os clientes terão
novas oportunidades de utilização
ao adquirir qualquer um desses
novos modelos, sem abrir mão da
segurança, da versatilidade e do
baixo custo operacional", disse o
executivo.
A
39 / Info Aviação – Julho /2012
Helibras faz parcerias acadêmicas para atrair profissionais
mercado de trabalho no
setor aeronáutico vive
momentos de grande
expansão na demanda por mão de
obra qualificada, mas, sem o
necessário acompanhamento da
qualificação de profissionais.
Dentro deste quadro, empresas
como a Helibras, que emprega
funcionários cada vez mais
especializados, passam por
dificuldades em preencher as vagas
disponíveis.
"Vivemos uma revolução nos
padrões de contratação. Nossa
tarefa é encontrar profissionais de
altíssima qualificação para uma
empresa que está passando de 300
para mil empregados e necessita de
especialização até para as
atividades mais primárias. Estamos
desenvolvendo diversas parcerias e
estratégias para suprir esta carência
e vemos que a Helibras está se
tornando porta de entrada para
carreiras internacionais,
despertando, inclusive, o interesse
do grupo Eurocopter em
funcionários brasileiros", diz Ana
Renó, vice-presidente de Recursos
Humanos e Administração da
Helibras.
As estratégias citadas incluem
parcerias entre Helibras e a USP
São Carlos na realização de
estágios na Europa e com a
Universidade Federal de Itajubá
(Unifei) para criação de cursos
voltados à engenharia aeronáutica,
além de aulas técnicas promovidas
pelo Centro de Treinamento e pelo
Instituto de Responsabilidade
Social da empresa. No entanto, a
necessidade de profissionais que
estejam aptos a iniciar os trabalhos
de maneira imediata faz com que a
empresa busque currículos fora do
país e treine brasileiros também no
exterior.
"Oferecemos aos funcionários
brasileiros a oportunidade de
treinamentos e especialização na
fábrica francesa da Eurocopter,
estágio em bases da EADS,
holding do grupo, bem como
captamos de lá perfis de interesse
para suprir as vagas mais urgentes,
que, em médio prazo, serão
ocupadas por brasileiros que estão
estudando e se capacitando. Não só
para trabalhar conosco, mas para
estar apto a ocupar cargos
importantes em qualquer empresa
aeronáutica", explica Ana.
A Helibras também está
exportando criatividade brasileira.
A empresa está auxiliando sua
matriz, a Eurocopter, na
contratação de engenheiros, o que
confirma a inclusão do Brasil, de
seus profissionais e de seu estilo,
no mercado aeronáutico mundial,
através da possibilidade de uma
carreira no exterior.
"Além de tudo isso, é
responsabilidade da empresa
acomodar e integrar profissionais
franceses que chegam ao Brasil,
brasileiros que vão à França e
novos funcionários que iniciam
suas carreiras em um ambiente
multicultural e de alta
especialização", ressalta Ana,
responsável também pela gestão de
toda essa integração cultural que
envolve as muitas e múltiplas
contratações.
Ana Renó iniciou seu trabalho na
Helibras em 2012, após viver em
18 cidades em cinco países entre a
América e a Europa, trabalhando
em empresas destacadas em seus
segmentos. A executiva, que é
mineira de nascimento, retorna às
origens e chega à Itajubá com
objetivos bem definidos: atrair,
desenvolver e reter talentos em
uma empresa em acelerado
crescimento e diferentes culturas.
O
40 / Info Aviação – Julho /2012
Câmara quer flexibilizar lei de heliponto
o fim do recesso na
Câmara Municipal de São
Paulo, em agosto, um dos
poucos projetos que devem ser
votados antes das eleições é o que
flexibiliza as normas criadas em
2009 pelo prefeito Gilberto Kassab
(PSD) para os helipontos de São
Paulo. As regras atuais,
consideradas rígidas demais pelas
empresas de táxi aéreo, obrigam os
pontos de pouso a funcionar a uma
distância mínima de 300 metros de
escolas e hospitais.
A nova proposta, criada com base
em estudos da Secretaria
Municipal de Desenvolvimento
Urbano, reduz para 200 metros a
distância mínima, além de abrir
exceções para órgãos públicos e
estabelecimentos privados com
pontos de pouso. Segundo as
empresas e sindicatos do setor,
90% dos pedidos de alvará para
novos helipontos são negados na
capital paulista.
As regras foram consideradas
rígidas pelos próprios técnicos do
governo, em parecer feito em
novembro de 2011 e encaminhado
para o Legislativo.
Dezenas de helipontos perderam
registro para funcionar desde 2009.
Helipontos de locais nobres, como
os de hotéis no Itaim-Bibi e na
Avenida Paulista, seguem
funcionando de forma irregular. A
Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) interditou 16 locais
de pouso com base nas regras
municipais de 2009.
O projeto de flexibilização,
encampado pelo vereador Milton
Leite (DEM), por pouco não foi
votado nas três últimas sessões do
primeiro semestre. Mas não houve
acordo por causa da obstrução do
PT à proposta - o petista Chico
Macena é o autor da atual
legislação em vigor. Leite quer
também que a nova lei abra
exceção a helipontos que não
gerem mais de 95 decibéis, mesmo
localizados a menos de 200 metros
de escolas e creches.
O vereador argumenta que as
regras atuais estão inviabilizando
um meio de transporte relevante
para a movimentação da vida
financeira de São Paulo. Outros
parlamentares governistas apoiam
a proposta do vereador, que deve
entrar na pauta de votação no
início de agosto. Leite já avisou
aos colegas que pretende obstruir
qualquer outra proposta enquanto
as novas regras para helipontos
não forem votadas.
O vereador diz que nenhum prédio
comercial consegue mais a licença
para operar heliponto. Em outubro
do ano passado, por exemplo, a
Secretaria Municipal do Verde
indeferiu o pedido de alvará de
quatro helipontos - entre eles, o da
torre norte do Condomínio
Cetenco Plaza, na Avenida
Paulista, que teve a licença negada
por funcionar a menos de 300
metros do Hospital 9 de Julho.
Barulho. Com a restrição aos
helipontos, a principal opção de
pouso na cidade se tornou o
Campo de Marte, na zona norte. O
movimento tem incomodado os
moradores do Jardim São Bento,
do lado do aeroporto.
"O dia inteiro tem helicóptero
pousando aqui, você pode ver", diz
o empresário Lucas Generoso, de
51 anos, morador da Rua Santo
Anselmo há 32 anos. No sábado,
entre 19h05 e 20h10, a reportagem
contou três helicópteros descendo
no Campo de Marte.
"Quando tem evento no Anhembi,
os helicópteros decolam mesmo
durante a madrugada, e a lei só
permite até as 23 horas. Já liguei
no 156 da Prefeitura umas três
vezes, relatei tudo certinho os
casos, e vejo sempre os
helicópteros chegando depois da
meia-noite durante a semana",
relata Gerson Fagundes, de 34
anos, morador na Rua Subiacó, no
alto do Jardim São Bento.
N
41 / Info Aviação – Julho /2012
Avião revolucionário deverá fazer voo tripulado em 2013
FanWing é encarado
como a primeira ruptura
em termos de desenho de
aviões em um século. A aeronave,
que vem sendo testada há anos em
modelos em escala, deverá fazer
seu primeiro voo tripulado em
2013. O principal destaque no
projeto é o uso de grandes
“ventiladores” (fans) para gerar a
propulsão do avião.
Ao longo das décadas, aviões
sempre foram construídos com
motores que moviam hélices ou
com turbinas, que sugam o ar e
geram o empuxo que empurra e
sustenta a aeronave no ar. O
FanWing é uma revisão desse
conceito: ao longo das asas, as pás
de um grande ventilador giram a
partir da tração do motor montado
na fuselagem. O giro dessas pás é
responsável pela propulsão da
aeronave e pela sua capacidade de
aumentar de altitude.
Se você não conseguiu criar uma
ideia de como a coisa funciona,
basta olhar na imagem e imaginar
que, dentro das asas, está girando
uma versão bem mais leve dos
braços de uma colheitadeira. Esta
grande turbina transversal move o
ar para a parte de cima da asa e ao
fazer isso gera propulsão e, se
acelerada, pode fazer com que o
avião ganhe altitude.
Este detalhe leva a um ponto
interessante: como o controle de
altura é feito a partir do giro do
motor (e não por um conjunto de
flaps que alteram a dinâmica do
movimento da aeronave conforme
o ar passa por eles), o FanWing é
um avião que pode decolar
virtualmente na vertical, como um
helicóptero.
Entre as grandes vantagens desse
design, está o baixo custo,
facilidade de manobrar, a
impossibilidade de estolar (perda
de sustentação em voo) e a
possibilidade de pouso em lugares
mais apertados em casos de
emergência.
O
42 / Info Aviação – Julho /2012
43 / Info Aviação – Julho /2012
44 / Info Aviação – Julho /2012
45 / Info Aviação – Julho /2012
46 / Info Aviação – Julho /2012
47 / Info Aviação – Julho /2012
48 / Info Aviação – Julho /2012
Revista Info Aviação 16ª Edição Julho 2012