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O MERCADO AGRÍCOLA
DE COMMODITIES
Odilio Sepulcri
Paulo Eduardo Bonetti
odilio@emater.pr.gov.br
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Telefone : (41)3250-2252
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“Eu não posso ensinar nada a ninguém.
Eu posso apenas fazê-lo pensar”.
Sócrates (469-400 a.C.)
ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO1. Mudanças no ambiente
2. Cadeia de valor
3. A empresa e seu ambiente
4. O que é mercado
5. Características dos mercados
6. As cinco forças de mercado
7. Como participar dos mercados
8. Modelo agroexportador
9. Mercado futuro
10. O risco cambial
11. Aspectos conjunturais
12. O mercado da soja
13. O mercado do milho
14. O mercado de carnes
MUDANÇAS NO AMBIENTE
• Abertura comercial
• Redução de barreiras comerciais
• Competição global
• Padrões e exigências de consumo
• Sortimento global
• Margens menores
AMBIENTE INSTITUCIONAL: Leis, Tradição, Educação, Cultura, Costumes...
Nova Base Legal: Mais justa e democrática (exemplo: legislação sanitária)
AMBIENTE ORGANIZACIONAL: Associações, Sindicatos, ONGs, Pesquisa,
Extensão, Prefeituras...
Fortalecimento de Redes Sócio Produtivas: ligadas às diferentes formas de organização dos agricultores/produtores familiares (Produtores Agroecologicos, Associações Cooperativas, Agroindústrias (...)
Nova cultura e educação: Princípios agroecológicos, comércio justo, economia solidária
Organização dos Serviços Básicos (bases de serviços ): Assistência Técnica, Capacitação, Crédito (...)
INSUMOS PRODUÇÃO AGROINDUSTRIA DISTRIBUIÇÃO CONSUMO
FLUXO DOS PRODUTOS
FLUXO DO DINHEIRO
Cadeia de valor
UNIDADEAGRÍCOLA
AMBIENTEVariáveis Políticas
VariáveisLegais
VariáveisDemográficas
VariáveisEcológicas
VariáveisSociais
Variáveis Econômicas
VariáveisTecnológicas
Clientes
Concorrentes
Fornecedores
Reguladores
FONTE: CHIAVENATO, 1982
MERCADO
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EMPRESA
CONCORRÊNCIA
INTERMEDIÁRIOSCOMERCIAIS
FORNECEDORES
MERCADO
AGÊNCIAS DEPROPAGANDA
ORGANIZAÇÃODA EMPRESA
CLIENTELA
FONTE:WIENS, C.H. et al.
CONQUISTA DE MERCADO
A Empresa deve decidir:
• O mercado alvo e produtos a oferecer
• Os objetivos a serem atendidos no mercado alvo
• A forma de conquista ou entrada
• O momento de entrar
• O plano de marketing
• Os sistemas do controle de desempenho no mercado alvo.
FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L.
•Área geograficamente definida onde compradores e vendedores interagem e determinam o preço de um produto ou de um conjunto de produtos.
• É um “arranjo” que aproxima compradores e vendedores, em que há trocas de bens e serviços por dinheiro (socialmente construído).
O que é um mercado ? O que é um mercado?
•Definição de mercado
•Os parâmetros do mercado devem ser determinados antes que ele possa ser analisado
•Arbitragem
•Comprar um produto abaixo do preço em uma localidade e vendê-lo a um preço alto em outro lugar.
FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L.
FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L.
Mercado competitivoDevido ao grande número de compradores e vendedores, nenhum comprador ou vendedor pode, individualmente, influenciar o preço de um produto. Exemplo: Maioria dos mercados agrícolas.
Tipos:• Concorrência pura;• Concorrência monopolística;• Concorrência monopsônica.
O que é um mercado?
Mercado não competitivo- Mercados onde os produtores podem,
individualmente, influenciar o preço.
Exemplo: Fertilizantes, OPEP
Tipos:
– Monopólios
– Monopsônio
O que é um mercado?
FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L.
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O que é um mercado?
•Preço é a principal variável de mercado
•Mercados competitivos estabelecem um único preço
•Mercados não competitivos podem estabelecer vários preços para o mesmo produto.
•Definição de mercado
•Quais os compradores e vendedores devem ser incluídos em um determinado mercado?
FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L.
O que é um mercado?
•Extensão de um mercado – define os limites do mercado
•Geográficos
•Gama de produtos
Exemplos – fronteiras geográficas
•Gasolina: Curitiba versus interior
Exemplos – leque de produtos
•Gasolina: comum, super & óleo diesel
FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L.
Preços reais versus preços nominais
•Preço nominal é o preço absoluto (ou preço em moeda corrente) de uma mercadoria ou serviço no momento de sua venda.
•Preço real é o preço da mercadoria em relação a uma medida agregada dos preços (ou preço em moeda constante).
•O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) é uma medida de nível agregado de preços
•O estudo dos preços reais permite a análise dos preços relativos.
FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L. FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L.
MONOPÓLIO1. Um vendedor – muitos compradores
2. Um produto (ausência de bons substitutos)
3. Barreiras à entrada
• O monopolista representa o lado da oferta do mercado e tem controle total sobre as quantidades ofertadas.
• Os lucros serão máximos no nível de produção em que a receita marginal é igual ao custo marginal.• O poder de monopólio é determinado, em parte, pelo número de empresas competindo no mercado.
FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L.
MONOPSÔNIO
• Um monopsônio é um mercado no qual há um único comprador.
• Um oligopsônio é um mercado com poucos compradores.
• Poder de monopsônio é a capacidade de um comprador afetar o preço do bem, fazendo com que este seja inferior ao preço que prevaleceria em um mercado competitivo.
• O poder de monopsônio é determinado, em parte, pelo número de compradores que atuam no mercado.
FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L.
Características
1. Muitas empresas
2. Livre entrada e saída
3. Produtos diferenciados
O tamanho do poder monopolístico depende do grau
de diferenciação do produto.
Exemplo: produtos orgânicos, certificados
e rastreados.
CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA
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FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L.
OLIGOPÓLIO
Características
• Pequeno número de empresas (Fertilizantes, petróleo)
• Produtos diferenciados ou homogêneos
• Barreiras à entrada-Naturais (escala, patentes, tecnologia)-Estratégica (inundação do mercado, controle de insumos)
•A agricultura é fortemente infuenciadapelos oligopólios.
Nº de Firmas Tipo de Produto Atividade da Firma
Venda Compra
Muitas
Muitas
Homogêneo Competição pura Competição pura
DiferenciaçãoCompetição
monopolísticaCompetição
monopsonística
Poucas
Uma
Homogêneo ou não
Único
Oligopólio
Monopólio
Oligopsônio
Monopsônio
FONTE: MENDES, 2004
Características
Tipos de Mercado
Competição perfeita
Competição monopolística Oligopólio Monopólio
Nº de empresas Muito Grande Muitas Poucas Uma
Tipo de produto Padronizado DiferenciadoPadronizado e diferenciado Único
Controle sobre os preços Nenhum Pequeno Considerável Muito
Condições de entrada Sem barreiras Sem barreiras Com barreiras Com barreiras
Exemplos Produtos agrícolas
Restaurantes, lojas de varejo
Automóveis, aço
Energia elétrica, água
FONTE: MENDES, 2004
Características de quatro tipos de mercado pelo lado da venda
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Mercado: Formação dos Preços
Muitos vendendo - Poucos comprandoFormação de preço pelos compradores
Muitos comprando – Poucos vendendoFormação de preço pelos vendedores
Muitos vendendo – Muitos comprandoFormação de preços se dá pela lei da oferta e da demanda
AS CINCO FORÇAS DE MERCADO QUE MOLDAM A COMPETIÇÃO
Concorrentes do setor
(rivalidade de segmento )
Concorrentes do setor
(rivalidade de segmento )
Fornecedores(poder de barganha )
Fornecedores(poder de barganha )
Compradores(poder de barganha)
Compradores(poder de barganha)
Novos concorrentes
Potenciais(ameaça )
Novos concorrentes
Potenciais(ameaça )
Substitutos(ameaça)
Substitutos(ameaça)
FONTE: Michael E. Porter, 1985
1. AMEAÇA DE NOVOS ENTRANTES
•Economia de escala
•Diferenciação de produtos
•Exigências de capital
•Custo de troca de fornecedores
•Acesso aos canais de distribuiçãoFONTE: PORTER
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2. PRESSÃO DE PRODUTOS SUBSTITUTOS
• Xarope de milho x açúcar
• Margarina x manteiga
• Amido de trigo x amido de mandioca
• Carne de frango x carne de boi
FONTE: PORTER
3. PODER DE BARGANHA DOS COMPRADORES
•Compram em grandes volumes
•Compram produtos padronizados
•Obtêm baixos lucros
•Fabricam internamente o produto
•Dominam todas as informações
FONTE: PORTER
4. PODER DE BARGANHA DOS FORNECEDORES
•Concentração de fornecedores
•O comprador tem poucas opções
•Os produtos dos fornecedores são únicos
•Não depende do comprador para vendas significativas
FONTE: PORTER
5.RIVALIDADE ENTRE OS CONCORRENTES
•O crescimento do setor é lento
•As empresas têm alto custo fixo
•Alto custo de armazenagem
•O número de empresas competindo é grande
•As barreiras à saída são altas
FONTE: PORTER
Poder de negociação alto. Influencia preços e compete por via dos atributos de diferenciação.
Poder de negociação médio. Não influencia preços e compete por via de redução de custos e aumento de produtividade.
Muitos compradores
Poder de negociação médio. Influencia pouco os preços e compete por via dos atributos de diferenciação.
Poder de negociação baixo. Não influencia preços e compete por via de redução de custos e de aumento de produtividade.
Poucos ou apenas um comprador
Bens especiaisBens em estado bruto ou pouco
processado
Número de Compradores
FONTE: KUPFER, HASENCLEVER, 2002; HALL; LIEBERMAN, 2003; ARBAGE, 2006.
PODER DE NEGOCIAÇÃO DOS PRODUTORES
MERCADOMERCADO
HORTIFRUTI
PRODUTOS DIFERENCIADOS
PRODUÇÃO INTEGRADA
MERCADO LOCAL
COMMODITIES
MERCADO INSTITUCIONAL
MERCADO EXTERNO
VIRTUAL
COMO PARTICIPAR DOS MERCADOS
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PRODUTORES
CONSUMIDORES
Concentração Dispersão
Equilíbrio
Mercados Centrais
Atacadista
Corretoras
Atacadistas
Bolsas
Indústrias
Cooperativas
Transportadoras
Varejistas
Beneficiadores
Atacadistas
MERCADO PRIMÁRIO
MERCADO SECUNDÁRIO
FUNCIONAMENTO DO SETOR DE COMERCIALIZAÇÃO
FONTE: PORTO, fevereiro de 2006
Vantagens e desvantagens das estratégias de conquis ta de mercado
Tempo de instalação da empresaRecursos financeiros elevados
Criação de uma empresa sem víciosTransferência da cultura empresarial
Investimento individual
CustoRisco elevado
Controle plenoAcesso a ativos locaisMenos concorrentes
Aquisição
Risco de conflitos com parceiros em potencialPerda de controleRisco de criar concorrentes
Riscos compartilhadosMenor necessidade de recursosSinergias potenciais Eliminação de barreiras tarifárias ou não tarifárias
Joint venture
Necessidade de um controle de qualidadeRisco de criar um concorrenteControle deficiente ou nulo
Sem ou com pouco investimentoRapidez na conquista de mercadoMotivação gerencial
Franquia
Pouco concorrente Custo de oportunidade potencialRisco de criar um concorrenteLimitação ao desenvolvimento de mercado
Sem ou com pouco investimento Rapidez na conquista de mercadoMinimiza barreiras tarifárias e não tarifáriasRisco baixo
Licenciamento
Necessidade de estabelecer uma estrutura de exportaçãoMaior necessidade de recursos: RH e R$Surgimento de barreiras não tarifárias
Maior controle Necessidade de maior ênfase nas vendas
Direta
Pouco controleSem contato com o mercado alvoSem aprendizado para o fabricante
Compromisso baixoRisco baixo
Indireta
Sem contato com o mercado - focoPouco aprendizado para o exportador
Baixo custo Visibilidade Acessibilidade
Internet
DesvantagensVantagens Estratégia de conquista
FONTE: APEXBrasil
Mercado futuro
Origens e evolução
FONTE: BONETTI, P. E.
Riscos do Agronegócio
Risco de crédito
Conduta e risco dos contratos
Risco de preço
Risco de produção
GERENCIAMENTO DE RISCOS NO NEGÓCIO
FONTE: BONETTI - BM&F
Contratos futuros, a termo, de opções
Mercado Físico
• O mercado físico é o local onde se juntam e se comunicam compradores e vendedores e onde se realizam as transações de produtos em si. Este é o mercado onde o preço a vista (spot) é negociado.
• O ativo-objeto ou ativo subjacente
FONTE: BONETTI, P. E.
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Derivativos agropecuários
• São aqueles cujas cotações/preços dependem de um outro mercado mais básico, ou seja, seus preços são formados a partir do valor de um produto já cotado.
• Mercado a Termo • Mercado Futuro • Mercado de Opções • Mercado de Swaps
FONTE: BONETTI, P. E.
Contrato a termo• A origem dos mercados a termo está
associada ao problema que a sazonalidade dos mercados agrícolas produz nos preços das commodities. Para se proteger dessas variações de preços, comprador e vendedor acordavam um preço do ativo ou commodityque seria entregue no futuro, em uma data determinada.
Como saber que a contraparte honrará sua obrigação no contrato a termo?Como se desfazer de um contrato sem prejudicar a contraparte?
FONTE: BONETTI, P. E.
Mercado futuro: suas funções
FONTE: BONETTI, P. E.
• É o preço a vista daqui a alguns dias. É o preço a vista mais a expectativa dos agentes em relação aos fatores que afetam o preço no futuro:
– custo de manter a soja armazenada, exportações, preço dos bens substitutos (milho, canola, girassol), dólar, clima (safra e entressafra), poder aquisitivo, atitudes dos compradores internacionais,etc.
O que é o preço futuro?
FONTE: BONETTI, P. E.
• Para fixar um preço futuro fazendo um seguro de preço, livrando-se das oscilações do preço;
• O comprador fixa o preço de seu principal produto (soja) para garantir sua rentabilidade; o vendedor fixa o preço de venda de sua mercadoria para cobrir seu custo de produção e sua margem de lucro.
Para que serve o mercado futuro?
FONTE: BONETTI, P. E.
• Sinaliza os preços no futuro.
• Auxilia no planejamento da atividade.
• Fixação antecipada do preço– Comprador: um exportador de carne vende para
o exterior e precisa fixar o preço de compra do boi gordo, que é sua principal matéria prima.
– Produtor: conhece o custo, precisa fixar o preço de venda que remunere o custo.
Funções do Mercado Futuro
FONTE: BONETTI, P. E.
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Operações no Mercado Futuro
• Hedge - visa a proteção contra os movimentos adversos de preços do ativo com o qual se trabalha.
• Especulação - consiste em uma estratégia em que se assume risco para se obter ganho financeiro. Day trade.
• Arbitragem - procura realizar ganhos aproveitando distorções temporárias dos preços de um ou mais ativos.
FONTE: BONETTI, P. E.
SWAPS�� TAXAS DE JUROSTAXAS DE JUROS
�� TAXAS DE CÂMBIOTAXAS DE CÂMBIO
�� ÍÍNDICES DE PRENDICES DE PREÇÇOO
�� ÍÍNDICE DE ANDICE DE AÇÇÕESÕES
�� OUROOURO
OPÇÕES FLEXÍVEIS�� ÍÍNDICE DE ANDICE DE AÇÇÕESÕES
�� TAXAS DE CÂMBIOTAXAS DE CÂMBIO
�� TAXAS DE JUROSTAXAS DE JUROS
FUTUROS & OPÇÕES�� ÍÍNDICE DE ANDICE DE AÇÇÕESÕES
�� TAXA DE JUROSTAXA DE JUROS
�� TAXA DE CÂMBIOTAXA DE CÂMBIO
�� CUPOM CAMBIAL CUPOM CAMBIAL
�� TAXAS DE JUROS X TAXAS DE JUROS X ÍÍNDICES DE NDICES DE PREPREÇÇOSOS
�� ÍÍNDICES DE PRENDICES DE PREÇÇOSOS
�� TTÍÍTULOS DA DTULOS DA DÍÍVIDAVIDA
�� GLOBAL BONDSGLOBAL BONDS
�� A BONDSA BONDS
�� US TREASURYUS TREASURY
PRODUTOS ESTRUTURADOS�� ESTRATESTRATÉÉGIAS DE SPREADGIAS DE SPREAD
�� VOLATILIDADEVOLATILIDADE
�� ÍÍNDICES DE ANDICES DE AÇÇÕESÕES
�� TAXAS DE JUROSTAXAS DE JUROS
�� TAXAS DE CÂMBIO TAXAS DE CÂMBIO
�� FRAsFRAs
O Que se Pode Negociar na BM&FO Que se Pode Negociar na BM&F
FUTUROS & OPÇÕES�� CAFCAFÉÉ ARARÁÁBICABICA
�� CAFCAFÉÉ CONILLONCONILLON
�� AAÇÚÇÚCARCAR
�� ÁÁLCOOL ANIDROLCOOL ANIDRO
�� ALGODÃOALGODÃO
�� MILHOMILHO
�� SOJASOJA
�� BOI GORDOBOI GORDO
�� BEZERROBEZERRO
SPOT�� OUROOURO
�� DDÓÓLARLAR
DERIVATIVOS DE BALCÃO
DERIVATIVOS DE DERIVATIVOS DE BALCÃOBALCÃO
DERIVATIVOS FINANCEIROSDERIVATIVOS DERIVATIVOS FINANCEIROSFINANCEIROS
DERIVATIVOS AGROPECUÁRIOSDERIVATIVOS DERIVATIVOS
AGROPECUAGROPECUÁÁRIOSRIOS
FONTE: BONETTI, P. E.
Funcionamento do Mercado Futuro
• Cotações em Bolsa• Vencimentos de um contrato• Contratos em aberto• Posições em aberto (posição líquida)• Número de negócios e contratos
negociados• Preço de abertura, máximo e mínimo• Oscilação máxima diária• Preço de ajuste• Ajustes diários• Margem de garantia
FONTE: BONETTI, P. E.
Cotações em Bolsa
• É muito importante ressaltar que a Bolsa é o local onde o preço ganha “voz”, e não onde o preço é definido.
• Os preços são formados nas suas praças de formação, e sofrerão incrementos ou reduções de valor, devido a sua localização, com relação ao local de formação.
• Não é a Bolsa quem dita os preços.
FONTE: BONETTI, P. E.
Vencimentos de um contrato• É a data que define qual será o período para
o produto ser entregue, ou liquidado financeiramente, os vencimentos não são os mesmos para os produtos agropecuários.
• Esse mecanismo permite que arbitragens, sejam efetuadas e ganhos com distorções de preços, sejam possíveis de acontecer.
FONTE: BONETTI, P. E.
Contratos em aberto
• Contratos em aberto, são contratos ainda não liquidados.
• São intenções de compra e venda passadas por compradores e vendedores através de corretores.
• Serão liquidados, ou diante liquidação financeira ou entrega de mercadoria.
FONTE: BONETTI, P. E.
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Posições em aberto
• Posição no mercado futuro é o saldo líquido dos contratos negociados por um mesmo contratante para um mesmo vencimento por intermédio de operações no mercado futuro.
• Uma transação para abertura de posições ocorre sempre que alguém toma uma posição compradora ou vendedora, que anteriormente não possuía, em um determinado vencimento de um mercado futuro.
FONTE: BONETTI, P. E.
Posições em aberto• Para que não haja uma manipulação de
preços por meio de agentes de mercado, a Clearing criou um sistema onde existe um volume máximo de contratos que podem ser negociados por um único agente.
• Geralmente esse valor é igual a 20% das posições em aberto, ou Q, onde Q= 3,500 para açúcar; 800 para álcool; 500 para algodão; 900 para bezerro; 700 para boi gordo; 1100 para café, 2700 para milho e 1800 para soja.
FONTE: BONETTI, P. E.
Posição líquida
• De acordo com sua posição líquida para determinado vencimento no mercado futuro, classifica-se o participante como:
short (vendido): quando o número de contratos vendidos é maior do que o número de contratos comprados;
long (comprado) : quando o número de contratos comprados é maior do que o número de contratos vendidos.
• É importante frisar que esse posicionamento líquido está referenciado em contratos de um mesmo vencimento de um mercado futuro
FONTE: BONETTI, P. E.
Número de negócios e contratos negociados
• É a quantidade de transações efetuadas e liquidadas, sendo feitas com contratos de compra e venda.
• O número de contratos negociados, é o somatório de todos os contratos efetuados, sendo compra e venda, inclusive as oriundas de um mesmo agente.
FONTE: BONETTI, P. E.
Preço de abertura, máximo e mínimo
• O preço de abertura é o primeiro negócio fechado em pregão. O mínimo e o máximo são divulgados para que o mercado conheça a oscilação do preço naquele dia.
• É preciso saber se o preço de fechamento ou de ajuste está mais próximo do preço máximo ou mínimo, pois isso pode indicar tendência de alta ou de baixa no dia seguinte.
FONTE: BONETTI, P. E.
Oscilação máxima diária
• É a porcentagem máxima de oscilação, tanto para mais, quanto para menos que um ativo pode ter. Esse limite pode ser alterado, aumentando ou diminuindo, pelo Comitê de Risco da Bolsa em casos de necessidade.
• Cada contrato tem sua oscilação máxima preestabelecida, lembrando mais uma vez que estes valores podem ser alterados a qualquer tempo, a critério da BM&F.
FONTE: BONETTI, P. E.
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Preço de ajuste
• É o do último negócio registrado durante o call de fechamento, que ocorre nos últimos 15 minutos de pregão do dia, ou a melhor oferta. Se não houver negociação no call de fechamento, o preço de ajuste será o do último negócio do dia. Se não houver negociação durante o dia, o preço de ajuste será a última oferta de compra.
• Call de fechamento é um leilão eletrônico realizado no encerramento do pregão para os contratos realizados durante o dia. Representa alternativa de definir o preço de ajuste com base no último preço praticado.
FONTE: BONETTI, P. E.
Ajuste diário
• Mecanismo pelo qual vendedores e compradores acertam diariamente a diferença, anterior e atual, entre os preços futuros, de acordo com elevações ou quedas no preço futuro da mercadoria. Ao negociarem contratos para um mês futuro, se, no pregão subseqüente, o preço de vencimento em questão variar, vendedores e compradores deverão ajustar suas posições de acordo com a nova realidade, pagando ou recebendo um valor financeiro referente à variação do preço futuro.
FONTE: BONETTI, P. E.
Margem de garantia
• É um instrumento de salvaguarda financeira utilizado pelo mercado futuro. Trata-se de depósito exigido de todos os clientes para cobrir o risco de suas posições, dentro de cenários preestabelecidos pelo Comitê de Risco da Bolsa. A margem pode ser:
– Títulos, ações, Fundo FIF BM&F/BB, cotas de fundos, dinheiro, CPR.
– A margem de garantia só será utilizada em caso de inadimplência do cliente devedor.
FONTE: BONETTI, P. E.
Base• É a diferença entre o preço de uma commodity
no mercado físico e a cotação para o mesmo produto no mercado futuro. A base normalmente reflete custos de transporte entre o mercado local e o ponto de entrega especificado no contrato. Ela também reflete condições locais de oferta e demanda, estrutura de mercado, custos de estocagem, manuseio e impostos.
• A Base, é de total importância para determinar o preço real a ser entregue, ou recebido.
FONTE: BONETTI, P. E.
Risco de Base• Movimentos imprevisíveis relativos à base.
Apesar de os preços futuros e a vista se moverem na mesma direção, esse movimento não é simultâneo e nem ocorre com a mesma intensidade. Dessa forma, o mercado futuro não elimina totalmente o risco relativo aos preços e, sim, o reduz. A operação de hedge no mercado de futuros não oferece proteção perfeita justamente pela existência do risco de base.
FONTE: BONETTI, P. E.
Queda de Base
• Isso ocorre quando o preço futuro obtiver crescimento superior ao apresentado pelo preço a vista (ou quando o preço a vista apresentar queda maior que o preço futuro). Essa situação é positiva para aqueles que estão comprados em contratos futuros (long).
FONTE: BONETTI, P. E.
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Aumento da Base
• Isso ocorre quando o preço a vista do ativo possui aumento maior que o preço futuro (ou quando o preço futuro apresenta queda maior que o preço a vista). Tal situação beneficia os agentes que estão vendidos em contratos futuros (short).
FONTE: BONETTI, P. E.
Base e convergência de preços
• Quando o ativo que está sendo hedgeado for igual (em todos os aspectos) ao ativo subjacente do contrato, a base igualará a zero no dia de seu vencimento, pelo princípio da convergência e conforme prescrito pela teoria da arbitragem. Essa situação é comum nos mercados futuros financeiros.
Há casos, nos mercados agropecuários, por exemplo, em que o ativo hedgeado pode diferir daquele que referencia o contrato futuro na qualidade ou na localização. Nesse caso, mesmo no dia do vencimento do contrato, preços futuros e a vista podem não coincidir.
FONTE: BONETTI, P. E.
Especificações do contrato futuro de soja e milho
• ÚLTIMO DIA DE NEGOCIAÇÃO/VENCIMENTONono dia útil anterior ao primeiro dia do mês de vencimento.
• MESES DE NEGOCIAÇÃO/VENCIMENTOSMarço, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro e novembro.
• PREÇO DE REFERÊNCIAPreço posto armazém Paranaguá.
• LIQUIDAÇÃO DO CONTRATOMediante entrega, em Paranaguá, ou financeira.
Futuro de Soja
FONTE: BONETTI, P. E.
• OBJETO DE NEGOCIAÇÃOMilho em grão a granel, com odor e aspectos normais, duro ou semiduro, amarelo, da ultima safra, com máximo de 14% de umidade e máximo de 2% de impurezas na peneira de 5mm; máximo de 6% de grãos ardidos, mofados ou brotados; máximo de 12% de grãos quebrados, partidos ou chochos.
• UNIDADE DE NEGOCIAÇÃO27 toneladas métricas ou 450 sacas de 60kg
• COTAÇÃOReais por saca de 60kg
Futuro de Milho
FONTE: BONETTI, P. E.
• ÚLTIMO DIA DE NEGOCIAÇÃO/VENCIMENTOSétimo dia útil anterior ao último dia do mês de vencimento do contrato.
• MESES DE NEGOCIAÇÃO/VENCIMENTOSJaneiro, março, maio, julho, setembro e novembro.
• PREÇO DE REFERÊNCIAPreço praça Campinas, SP.
• LIQUIDAÇÃO DO CONTRATOArmazéns credenciados BM&F, em caso de locais diferentes de Campinas, menos frete, ou financeira.
Futuro de Milho
FONTE: BONETTI, P. E.
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Hedge• Hedge significa proteção, ou cobertura. O
cliente que assim opta, faz uma espécie de seguro de preço na Bolsa, fixando antecipadamente o preço de compra ou de venda para a mercadoria no futuro. Ou seja, o valor que o agente define no contrato, será o valor que ele receberá no vencimento, não importando se o preço no mercado físico ficou maior, ou menor que o preestabelecido.
FONTE: BONETTI, P. E.
Hedge de venda• Feito geralmente pelo agente que detém a
mercadoria, e pretende assegurar o preço na hora da entrega. Estratégia usada para evitar possíveis quedas de preço .
• Exemplo.Um produtor de milho de Campinas, pretende comercializar sua produção em Março de 2008 realizando hedge, vendendo contratos futuros, como ele deve agir?
FONTE: BONETTI, P. E.
Hedge de compra• Esta estratégia é usada por indústrias que
usam a matéria prima, e que irão necessitar do produto para seu beneficiamento ou para seu comércio, como indústrias esmagadoras, cooperativas, agentes exportadores, frigoríficos, dentre outros.
• A estratégia é feita uma vez que este agente evita uma possível alta de preço .
FONTE: BONETTI, P. E.
O risco cambial
Câmbio• Um risco que o comprador/vendedor da soja
corre, é o de uma valorização, ou desvalorização da moeda nacional frente ao dólar. Com o real valorizado, o comprador tem na época de entrega, um menor capital gerado.
Da mesma maneira, este risco existe para o vendedor, que pode perder com uma desvalorização da moeda nacional.
FONTE: BONETTI, P. E.
Exemplo
- Comprador:
Início da operação Vencimento
R$/US$ 2/1 R$/US$ 2,1/1
- Vendedor:
Início da operação Vencimento
R$/US$ 2/1 R$/US$ 1,9/1
FONTE: BONETTI, P. E.
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Solução?
• Para ambas as pontas da operação, este risco de preço, pode ser excluído com um Hedge de câmbio.
• No caso do vendedor de soja, este compracontratos futuros de dólar.
• No caso do comprador de soja, este vendecontratos futuros de dólar.
FONTE: BONETTI, P. E.
COMERCIALIZAÇÃO
FONTE: ICAgro.
COMERCIALIZAÇÃO
FONTE: ICAgro.
COMERCIALIZAÇÃO VIA COOPERATIVAS
FONTE: ICAgro.
ASPECTOS CONJUNTURAIS
14
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
400000
450000
Bras
il
USA
Fede
raçã
o Rus
sa
India
China
União
Europ
éia
Congo
Austra
lia
Can
ada
Argen
tina
Sudão
Angol
a
Indo
nesia
Nigéria
Are
a (1
000
ha)
Potencial de Áreas não utilizadas
Área Usada
Potencial de Terra CultivávelÁrea usada para Agricultura e Pecuária
FONTE: FAO
FONTE: IBGE
1975-1990 = 1,1% aa
1991-2000 = 2,6% aa
2001-2011 = 5,7% aa
FONTE: IBGE
8383
Produção Agrícola - Clientes
Produção Consumo x Exportação
Fonte: Anec (2010)
1º China
20,1
2º Holanda
5,10
3º Espanha
3,30
5º França
2,46
10º Japão
1,18
9º Alemanha
1,58
6º Irã
1,86
4º Tailândia
2,46
7º Taiwan
1,73
8º Coréia do Sul
1,60
(em milhões de toneladas)
Paranaguá (PR) – Shangai (China)
Rota: Cabo da Boa Esperança
20.577,57 km ou 31 dias
Belém (PA) – Shangai (China )
Rota: Canal do Panam á: 20.234,95 km ou 29 dias
Paran
agu á (P
R) –Roter
dam(H
olanda)
Rota: D
ireto
, 10.2
82,30
km o
u 15 d
ias
Belém
(PA) –
Roter
dam
(Hol
anda )
Rota:
Dire
to: 7
.741
,36
km o
u 11
dias
Destinos das ExportaDestinos das Exportaçções Brasileirasões BrasileirasComplexo de Soja e Milho (2010)Complexo de Soja e Milho (2010)
84
187,0
Produção Agrícola – 2013 – 187,0 MI/T.
Produção Consumo x Exportação
15
Porto de ParanaguPorto de Paranagu áá MovimentaMovimenta çção total 2006 ão total 2006 ––2015 (Milhões T.)2015 (Milhões T.)
FONTE: FUTURO 10
MERCADO DA SOJA
MERCADO DA SOJAMERCADO DA SOJA
MERCADO DA SOJA MERCADO DA SOJA
16
MERCADO DA SOJAMERCADO DA SOJA
(Brasil)
MERCADO DA SOJAMERCADO DA SOJA
MERCADO DA SOJAMERCADO DA SOJA
18
MERCADO DO MILHO MERCADO DO MILHO
MERCADO DO MILHOMERCADO DO MILHO
MERCADO DO MILHO MERCADO DO MILHO
19
MERCADO DO MILHO
MERCADO DAS CARNES
9,4 milhões de cb.
: 2011
MERCADO DAS CARNES MERCADO DAS CARNES
MERCADO DAS CARNES
MERCADO DAS CARNES