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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE
CAMPUS DE TOLEDO - PARANÁ PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
Orlando de Oliveira
Professor PDE - 2013
ÁGUA: SANGUE QUE ALIMENTA A TERRA.
Ramilândia – PR Orlando de Oliveira
ÁGUA: SANGUE QUE ALIMENTA A TERRA.
Produção Didática, apresentado conforme a exigência do Programa de Desenvolvimento da Educação da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. –SEED como Requisito parcial de participação no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE – na área de Química. Orientador: Professor Dr. Valderi Pacheco dos Santos – Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE – Campus de Toledo.
Ramilândia - PR
2013
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE
CAMPUS DE TOLEDO - PARANÁ PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
PRODUÇÃO DIDÁTICA
Ficha Catalográfica Produção Didática-Pedagógico
Professor PDE - 2013
Título Água: Sangue que Alimenta a Terra.
Autor Orlando de Oliveira
Escola de Atuação Colégio Estadual Alberto Santos Dumont
Município da Escola Ramilândia
Núcleo Regional de Educação Foz do Iguaçu
Orientador Valderi Pacheco dos Santos
Instituição de Ensino Superior Unioeste
Área do Conhecimento Química
Produção Didática Pedagógica Unidade Didática
Publico Alvo Alunos do 3º ano do ensino médio
Ano de aplicação do Projeto 2014
Localização e nome da escola de
implementação
Col. Est. do Campo Alberto Santos
Dumont Av. Parigot de Souza 195,
Centro.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Unidade Didática dentro do PDE são atividades interligadas entre si que
encaminham o desenvolvimento de um plano de aula sobre um determinado
tema, neste caso Conservação de Nascentes.
A Produção Didática visa constituir um conjunto de ações integradas,
realizadas por meio de parcerias com diversas instituições públicas e privadas,
objetivando o planejamento e a gestão ambiental, com foco especial na
minimização dos impactos decorrentes das atividades causadoras do
desmatamento nas encostas dos rios e conservação de nascentes.
Este Projeto, cujo tema é a Química e a Educação Ambiental, tem papel
fundamental na abertura do diálogo com a comunidade, incentivando a
consciência para a preservação.
É um fato, vivemos no planeta da água. Pelo que se sabe só o Planeta
tem água em abundância. São cerca de 70% da superfície terrestre ocupada
por água. Destes 97,5% é salgada e não pode ser utilizada diretamente na
agricultura, indústria ou no consumo humano e animal. O pouco de que resta é
toda a água doce existente, sendo que 1,7% estão na forma de geleiras e
calotas polares e 0,75% nos lençóis freáticos ou subterrâneos. Ou seja, menos
de 0,01% das águas são doces e superficiais.
Embora todos nós dependamos de água para sobreviver e para o
desenvolvimento econômico, as sociedades humanas estão pouco a pouco
poluindo e degradando tanto as águas superficiais quanto as subterrâneas.
Como consequência, a disponibilidade de água de boa qualidade diminui,
causando inúmeros problemas de escassez em diversas regiões do planeta,
inclusive no Brasil.
O Brasil possui em torno de 12% da água doce do mundo e abriga o
maior rio em extensão e volume do planeta, o Amazonas. Onde há as mais
baixas concentrações populacionais, encontram-se 78% da água superficial,
enquanto na região Sudeste essa relação se inverte; a maior concentração
populacional do País tem disponíveis 6% do total da água.
Em resumo, no Brasil os problemas principais são a escassez em partes
da região Nordeste, com pontos de extrema carência de água no sertão
baiano, paraibano e pernambucano, e a poluição das águas nas regiões Sul e
Sudeste, por conta da alta industrialização e concentrações populacionais.
OBJETIVO GERAL
Introduzir mecanismos que socializem informações, possibilitando a
conscientização sobre a conservação da natureza e uma maior compreensão
das principais causas da degradação do meio ambiente, bem como objetivar
uma compreensão de reconstrução dos mananciais, beiras de rios, nascentes,
por meio de ações que viabilizem a plantação de árvores e o desvio de
enxurradas trazidas pelas chuvas, no sentido de evitar assoreamentos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Promover reflexões direcionadas com ações na preservação e
acompanhamento na recuperação da biodiversidade;
Compreender o fazer para mudar, mesmo que este fazer seja
considerado pouco, porém, o resultado futuramente será de uma grande
satisfação.
Divulgar conceitos e práticas de Educação Ambiental, voltadas à
conscientização para a conservação do meio ambiente;
Instituir um modelo de Educação Ambiental, no qual professores, alunos
e a comunidade em geral cooperem e participem juntos;
Mobilizar os professores quanto à importância na formação de cidadãos
atuantes, capazes de modificar e contribuir para uma melhora na
qualidade de vida da sociedade em que estão inseridos.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Declaração Universal dos Direitos da Água mostra o seguinte:
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente,
cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é
plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial
de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não
poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a
cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais
do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da
Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água
potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve
ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da
preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer
intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida
sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação
dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores;
ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção
constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do
homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um
valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e
dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do
mundo.
A respeito da Química Ambiental, a página virtual Brasil Escola (1996)
traz a seguinte definição:
A Química Ambiental estuda os processos químicos que acontecem na natureza, sejam eles naturais ou causados pelo homem, e que comprometem não só a saúde humana, mas de todo planeta. A Química Ambiental teve sua origem na Química Clássica e se tornou uma ciência interdisciplinar por envolver outras matérias como: Biologia, Geografia, Ecologia. Essa parte da Química estuda as mudanças que ocorrem no meio ambiente, mais precisamente, os processos químicos que envolvem essas mudanças e que causam sérios danos à humanidade.
A finalidade do projeto de conservação de nascentes é integrar os
educandos com a comunidade escolar, para que desenvolvam uma ação
comunitária e de parceria, para com isso torná-los cidadãos conscientes
críticos e responsáveis pela construção de uma sociedade melhor. Essa
finalidade deve ser universal e igualitária, unindo todos os cidadãos das
diferentes classes sociais.
É necessário também estimular nos alunos a capacidade de
cooperação, solidariedade, criatividade e espírito crítico, para que as pessoas
defendam seus pontos de vista e aprendam a aceitar críticas, respeitando as
opiniões contrárias.
Um dos principais papéis da escola, que deve ser contemplado em seu
PPP, é uma educação de qualidade, respeito e disciplina, interesse pelo
conhecimento, visão crítica e compromisso com a construção integral do
cidadão.
O Plano Nacional de Educação e o Parecer CNE/CEB nº 36/2001,
homologado pelo Ministro de Estado de Educação em 12 de março de 2002,
nos artigos cinco e dez das páginas 23 e 24, relatam:
Art. 5º As propostas pedagógicas das escolas do campo, respeitadas as diferenças e o direito a igualdade e cumprindo imediata e plenamente o estabelecido nos artigos. 23 26 e 28 da Lei nº 9.394 de 1996, contemplarão a diversidade do campo em todos os seus aspectos; sociais, culturais, políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia. Parágrafo único. Para observância do estabelecido neste artigo, as propostas pedagógicas das escolas do campo, elaboradas no âmbito da autonomia dessas instituições serão desenvolvidas e avaliadas sob a orientação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica. (Parecer nº36/2001, 23). Art. 10. O projeto institucional das escolas do campo, considerando o estabelecido no art. 14 da LDB, garantirá gestão democrática, constituindo mecanismos que possibilitem estabelecer relações entre a escola, a comunidade local, os movimentos sociais, os órgãos
normativos do sistema de ensino e os demais setores da sociedade. (Parecer nº36/2001, p. 24).
Neste contexto e nestas condições, faz-se necessária a incorporação de
movimentos que integrem a comunidade escolar e a sociedade de forma geral
ao estabelecimento de ensino, dando ênfase às várias culturas que estão
inseridas no nosso cotidiano, vivenciadas pelo educando em seu lócus real de
convivência diária, pois esta é uma região extremamente dependente das
Agropecuárias e, acima de tudo, cercada por movimentos sociais.
Estão inseridos no PPP (Projeto Político Pedagógico) do Colégio
Estadual do Campo Alberto Santos Dumont de Ramilândia, projetos e
atividades relacionados com o meio ambiente, os quais envolvem corpo
docente, educando, equipe pedagógica e comunidade escolar. Entre as
atividades, pode-se citar: O Dia da Árvore; Caminhada Ecológica; Ervas
Medicinal; Rio Limpo.
Ainda de acordo com o PPP (2012, p. 60):
[...] A floresta da nossa região era constituída por rica floresta, principalmente madeiras de lei que ao longo da história foi devastada pela exploração predatória do homem, com isso extinguindo animais, plantas úteis medicinais e quebra do equilíbrio ecológico, provocando erosão, assoreamento de rios e, conseqüentemente, empobrecimento dos solos, diminuindo a produção e causando o êxodo rural. Comunidades prósperas reduziram-se a poucos agricultores ou latifúndios. [...].
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 80% das doenças
que ocorrem nos países em desenvolvimento são ocasionados pela
contaminação da água, e a cada ano, 15 milhões de crianças de zero a cindo
anos de idade morrem direta ou indiretamente pela falta de eficiência dos
sistemas de abastecimento de águas e esgotos. Ainda hoje no Brasil, 55,5% da
população não são atendidos por rede de esgoto, sendo 48,9% da área urbana
e 84,2% da área rural. No Brasil, 47,8% dos municípios não têm esgoto, o que
afeta diretamente a qualidade das águas de rios, mares e lagoas das cidades
brasileiras (IBGE, 2000).
A grande quantidade de água contaminada ocasiona graves problemas
de saúde, principalmente doenças relacionadas a bactérias, vírus, vermes e
protozoários, como amebíase, febre tifóide, giardíase, hepatite tipo C e outras.
Para o sistema de controle ambiental, poluir é lançar substâncias em
quantidade que não possa ser absorvida pela natureza.
A educação ambiental é uma práxis educativa e social que tem por
finalidade a construção de valores, conceitos, habilidades e atitudes que
possibilitem o entendimento da realidade de vida e a atuação lúcida e
responsável de atores sociais individuais e coletivos no ambiente. Nesse
sentido, contribui para a tentativa de implementação de um padrão
civilizacional e societário distinto do vigente, pautado numa nova ética da
relação sociedade-natureza.
Dessa forma, para a real transformação do quadro de crise estrutural e
conjuntural em que vivemos a educação ambiental, por definição, é um
elemento estratégico na formação de ampla consciência crítica das relações
sociais e de produção que situam a inserção humana na natureza.
(LOURENÇO, ET al., 2005)
Nada mais insustentável do que o fato urbano. A cidade converteu-se,
pelo capital, em lugar onde se aglomera a produção, se congestiona o
consumo, se amontoa a população e se degrada a energia.
O processo urbano se alimenta da super exploração dos recursos
naturais, da desestruturação do entorno ecológico, do dessecamento dos
lençóis freáticos, da sucção dos recursos hídricos, da saturação do ar e da
acumulação de lixo. A urbanização que acompanhou a acumulação de capital e
a globalização da economia converteu-se na expressão mais clara dos
contrassensos da ideologia do progresso. (LEFF, 2001).
Se a tecnologia química e genética das empresas agroindustriais não vai
aliviar a fome no mundo, mas pelo contrário, vai continuar a esterilizar o solo,
perpetuar a injustiça social e colocar em risco o equilíbrio ecológico do nosso
ambiente natural, para onde se pode voltar em busca de uma solução para
esses problemas? Felizmente, existe uma solução fartamente documentada e
já mais do que comprovada, uma solução que resistiu à prova do tempo e que
ao mesmo tempo é nova, que vem lentamente tornando todo o mundo agrícola
numa revolução silenciosa, trata-se de uma alternativa ecológica, chamada de
“agricultura orgânica”, “agricultura sustentável” ou “agro ecologia”. (CAPRA,
2005)
O tema globalização trouxe, em sua essência, avanços e ameaças.
Dentre estas últimas, destacam-se as que se referem ao meio ambiente. Ar,
solo e água são vítimas da demanda que se torna excessiva pelo brutal
crescimento da população da Terra. (NOVAIS, 1998).
A educação é um mecanismo que pode preventivamente contribuir para
a solução do problema futuro de escassez de água. A manutenção dos atuais
paradigmas de consumo levará a níveis socialmente inaceitáveis que
determinarão a implantação de preços para utilização da água. (SENAR, 2001).
Quando se refere a um projeto de ensino, o mais importante é que o
tema deve estar intimamente relacionado com a experiência diária dos alunos.
É também interessante que alguns alunos apresentem familiaridade com o
tema. (ANTUNES, 2001).
A respeito do ensino-aprendizagem, segundo Vasconcellos (1995), a
aprendizagem é inerente ao ser humano e, por isso, viável mesmo que o
processo não seja sistematizado e planejado. Porém, quando se fala no
processo ensino-aprendizagem, está se referindo a algo muito sério e que
precisa ser planejado com qualidade e intencionalidade. Planejar é antecipar
ações para atingir certos objetivos, que vêm de necessidades criadas por uma
determinada realidade, e, sobretudo, agir de acordo com essas idéias
antecipadas.
Qualquer que seja o projeto educativo é possível incluir a questão
socioambiental, desde que haja a intenção clara de reconhecer a
interdependência dos fenômenos que configuram a realidade, descobrirem
caminhos coletivos para melhorar a qualidade de vida e traçar estratégias
educativas de comunicação de propósitos sustentáveis. (MELLO; TRAJBER,
2007)
A sociedade brasileira promoveu grandes alterações nos ambientes
naturais, em função de seu crescimento populacional e econômico. Nesse
sentido, as áreas ciliares foram grandemente modificadas pelo homem, apesar
da sua importância na manutenção da qualidade do ambiente. (CAMARGO,
2007).
A ciência já demonstrou que a vida se originou na água e que ela
constitui a matéria predominante nos organismos vivos, portanto, nada
sobrevive sem ela. As formas de vida da sociedade atual não podem dispensar
o uso da água, uma vez que além de ser o solvente universal a água é vital
para o homem e os animais. (SEMA, 2010)
Faz-se necessário compreender e refletir sobre a vida e a sua relação
humano-sociedade-natureza, tendo em vista a magnitude dos problemas
ambientais. Desse modo, as estratégias de enfrentamento da problemática
ambiental, para surtirem consequências desejáveis na construção de
sociedades sustentáveis, envolvem uma articulação coordenada entre todos os
tipos de intervenção socioambiental, incluindo aí as ações de educação
ambiental, formal e não formal. Daí a importância da educação ambiental
enquanto um processo pedagógico participativo de transformação
socioambiental. (ROESLER, 2010).
a) Apresentação da situação: (02 aulas)
Projeto interdisciplinar, que será trabalhado com professores de Biologia,
História, Geografia, Artes e Ciências.
Apresentar aos alunos como será desenvolvido o projeto de intervenção
pedagógica na escola, com os objetivos, justificativa e ações que será
desenvolvida neste período. O mesmo será concretizado no decorrer de 32
horas aulas, compondo uma unidade didática.
b) Conservação dos recursos hídricos (Nascentes).
Justificativa:
As nascentes onde os produtores rurais captam água para o
abastecimento e consumos domésticos encontram-se sem proteção adequada,
portanto, expostas à contaminação e à poluição e estão sujeitas ao
assoreamento e ao livre acesso de animais domésticos e silvestres
comprometendo a qualidade da água e a saúde humana.
Objetivos:
Construir uma proteção na nascente (fonte, mina) de forma
ecologicamente correta e economicamente adequada ao orçamento familiar,
com utilização de materiais e recursos naturais no local com o objetivo de
melhorar a qualidade da água consumida pelas famílias.
Conhecer um pouco sobre a constituição histórica da água como
Significado das Fórmulas Químicas.
A descoberta do elétron abriu imensas possibilidades para a química. E
provocou, de imediato, especulações sobre a estrutura do átomo, problema
que levaria algumas décadas para ser resolvido. Um modelo adequado par a
estrutura atômica resultou na possibilidade de se tratar a estrutura molecular
como imagem do real. As fórmulas que antes representavam simplesmente a
proporção com que os elementos se combinaram para formar a substância,
passaram a ser objeto de investigação química. O que significa, porém dizer
que uma substância tem esta ou aquela estrutura molecular?
Dizemos que fórmula da H2O. Às vezes, quando a representamos dessa
maneira – simplesmente por duas letras e um número -, temos a sensação de
nos aproximarmos da própria essência da água.
A água como solvente universal viabiliza a vida no planeta. É a única
substância que, nas condições físico-químicas da Terra, apresenta-se nos três
estados da matéria. O gelo tem a notável propriedade de ser um sólido menos
denso que seu correspondente líquido: a maioria dos sólidos afunda em seus
líquidos. O gelo flutua na água e isso é fundamental para a vida no planeta,
pois nas regiões frias os mares congelam apenas na superfície, preservando
seu caldeirão de vida.
A água é evidente muito mais que um simples solvente universal.
Quando matamos nossa sede ou nos banhamos nas águas límpidas de um
riacho, ela representa a soma dos olhos de toda a humanidade, porque no seu
circular contínuo pelo ambiente já viveu a experiência de todas as lágrimas,
desceu por todas as gargantas, visitou geleiras, montanhas, rios e oceanos e
vem transmitindo pelos nossos corpos desde a aurora do planeta.
Mesmo do ponto de vista científico, vale a pena discutir qual o
significado de atribuirmos uma fórmula simples a uma substância tão
maravilhosa como a água. Quando Lavoisier anuncia à Academia de Ciência
de Paris, em 1783 que a água era composta por hidrogênio e oxigênio, estava
propondo uma maneira de definir um elemento químico completamente
diferente da visão aristotélica.
O professor orientara os alunos a repensar a importância da água
através das seguintes questionamentos.
- Qual a importância da água em nossas vidas?
- Como seria o planeta sem ela?
- O que estamos fazendo para protegê-la?
- Você conhece alguma nascente? Como esta seu estado de
conservação?
- Qual a sua ação a ser realizada dentro de sua casa, escola aonde você
convive, para minimizar estes problemas?
- Por que o problema da água é mais político do que geográfico?
- O que medidas deveria ser adotado em uma política de gerenciamento
dos recursos hídricos?
- Proponha medidas para melhorar a gestão da água em sua casa?
Após ler o texto, procurar em outras fontes, sobre o assunto.
Formar grupos de quatro alunos para poder relatar as
experiências.
Depois de pronto o relato no pequeno grupo, realizar mesa
redonda, aonde todos teriam seu tempo para expor suas ideias
para o grande grupo.
Designaria um relator geral para registrar as atividades, que
posteriormente será entregue para o professor.
Realizara cartazes para expor nas dependências físicas da
escola.
Convidaria o responsável pela EMATER e Secretária do Meio
Ambiente para estar proporcionando uma palestra nas
dependências da escola sobre o tema, para os alunos, que teria o
objetivo de construir uma síntese da apresentação para entregar
para o professor.
Escolheria uma nascente dentro do município para efetuar a sua
conservação.
Marcaria um dia para visitação do local, com a participação dos
alunos, professor e equipe técnica.
Logo após a visita, com analise dos dados técnicos voltaria com o
material para realizar os trabalhos de limpeza da fonte até sua
execução final.
Logo após a construção da nascente, realizara o replantio de
arvores nativas daquela região.
Materiais utilizados para a conservação de nascentes:
Materiais Utilizados Quantidade
Cimento Portland 04 sacos de 50 kg
Tubo PVC de 50 mm 02 m
Tubo PVC de 25 mm 02m
Tubo PVC de 75 mm 03m
Tampa PVC 50 mm 03
Tampa PVC 25 mm 03
Tampa PVC 75 mm 01
Veda Rosca (rolo) 01
Pedra Britada Pequena 1m3
Pedra de Calçamento 2m3
Luva de Borracha 02
Plástico 02 m2
Tela Plástica 2 m2
Tela Plástica 2 m2
Bota de Borracha Par
Facão de Corte 01
Pá de Corte 01
Como fazer proteção de fonte:
Limpeza dos arredores e da fonte, retirando as folhas, até encontrar
terra firme.
Preparo da massa solo-cimento:
1- Peneirar a terra retirando os ciscos
2- Medir 5 partes do solo argiloso.
3- Medir uma parte de cimento
4- Misturar bem o solo com o cimento
5- Acrescentar água aos poucos e misturar até dar liga.
6- Para preparar a massa utilizar caixa de madeira ou limpar uma peque
na área próxima à fonte, e preparar a massa no chão.
7- Rebocar todas as paredes com solo-cimento, evitando assim a
entrada de água das chuvas.
8- Iniciar a construção do muro, colocando uma camada de solo-
cimento e já assentando as pedras. Depois da primeira camada de
pedras, colocar o cano para a saída da água até a casa.
9- Levantar mais o muro utilizando a massa solo-cimento e pedras. Fixe
os demais canos que tem a função de retirar a água que está
sobrando evitando assim a pressão da água sobre o muro. Estes
canos devem ter uma tela na saída, evitando assim a entrada de
insetos. Encher a fonte com pedras até a altura do último cano.
Encaixar um cano PVC 25 mm com tampão no meio das pedras.
Este cano serve para fazer a desinfecção da fonte. Colocar por cima
das pedras grandes uma camada de pedra brita e posteriormente
jogar a massa solo-cimento para concretar.
Para garantir a vedação da fonte e assim impedir a entrada de
resíduos e águas da chuva, podemos utilizar dois tipos de vedação:
a) Colocar uma camada de 3 cm de massa solo-cimento sobre a
pedra brita e depois rebocar com massa de pedreiro (cimento e
areia).
b) Colocar uma camada de 3 cm de massa solo-cimento sobre a
pedra brita, jogar uma camada de 10 cm de terra e depois plantar
grama.
Após construção despejar pelo cano um litro de água
sanitária, para fazer a desinfecção da fonte e das pedras.
Utilize o tampão para vedar o cano, prevenindo assim a
entrada de insetos.
Após a construção e desinfecção, iniciar o trabalho de
canalização da água até a moradia.
Lembrete
Na frente do muro construído, encha de pedras para calçar os
canos,
Fazer desvios na parte superior da fonte, facilitando assim o
escoamento da água da chuva;
Para utilizar este sistema de proteção de fonte não deve ter
árvore muito próxima;
Fazer a desinfecção da fonte a cada quatro meses, da seguinte
forma:
1- Tampe as saídas de água;
2- Retire o tampão do cano e coloque 1 litro de água sanitária;
3- Deixe a água sair pelo último cano da parte de cima;
4- Abrir as saídas e deixar a água escorrer pelos canos, pois dessa
forma será feita a desinfecção dos canos.
Devemos fazer a desinfecção da caixa da água e fontes
protegidas, pois serve para destruir os germes patogênicos que
causam doenças como:
Diarreia, Hepatite, Verminose, Febre Tifoide e outras.
Como fazer:
1- Feche o registro de entrada de água da sua caixa.
2- Esvazie a caixa abrindo todas as torneiras e dando
descarga no banheiro.
3- Enquanto a caixa esvazia, esfregue e raspe seu interior
para retirar a sujeira. Utilize uma escova limpa com um
pouco de água sanitária para esfregar.
4- Depois de lavar bem, enxague com bastante água e
deixe escoar. Abra o registro e volte a encher a caixa.
5- A seguir abra todas as torneiras e deixe escoar um
pouco de água. Logo que você sentir o cheiro do
desinfetante feche as torneiras. Procedendo deste
modo a tubulação também será desinfetada.
6- Espere duas horas. Abra todas as torneiras para
esvaziar a caixa. (esta água não deve ser consumida).
7- Caso o cheiro do desinfetante do desinfetante ainda
esteja forte, encha a e torne a esvaziar a caixa. Feche
com a tampa e verifique se ficou bem vedada. A caixa
bem fechada diminuio risco de contaminação.
8- Logo em seguida passe a usar a água da caixa. Para
garantir a qualidade da consumida em sua casa, este
procedimento deverá ser repetido de seis em seis
meses.
Assim que a caixa estiver cheia misture água sanitária
na seguinte proporção:
Tamanho da caixa Parte de água Sanitária
De 200 a 250 litros Meio litro
500 litros 1 litro
1000 litros 2 litro
Todos os passos serão devidamente registrados. Além disso, o
professor com os alunos no final desta atividade vai expor o trabalho realizado
para comunidade escolar. Através de cartazes, banner, maquetes, fotos e
filmagens de todas as ações desenvolvidas.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – MEC,
1996.
CAMARGO, A. A. Vegetação ciliar, Curitiba: SENAR, 2007.
CAPRA, F.; As conexões ocultas: ciências para uma vida sustentável.
Cipolla, M. B. (trad).São Paulo: Cultrix, 2005.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico:
Recenseamento Geral do Brasil, 2000.
LOURENÇO, C. F. B. Educação ambiental: repensando o espaço da
cidadania. Castro, R. S. (org), 3ª ed. São Paulo : Cortez, 2005.
LEFF. E. Saber Ambiental: sustentabilidade,
reacionalidade,complexidade,poder Orth, L. M. E. (trad), Petrópolois: Vozes,
2001.
MELLO, S. S.; TRAJBER, R. (coord) Vamos Cuidar do Brasil: Conceitos e
Práticas em Educação Ambiental na Escola. Ministério da Educação,
Brasília: UNESCO, 2007, 248p.
NOVAIS, V. L. D. Ozônio: aliado e inimigo. São Paulo: Scipione, 1998.
ONU. Organização das Nações Unidas. Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio de Janeiro, 1992.
PARANÁ, Plano Nacional de Educação, Parecer CNE/CEB, Secretaria de
Estado da Educação - SEED, 2002.
PPP - Projeto Politico Pedagógico, Colégio Estadual Alberto Santos Dumont,
2012.
ROESLER, M. R. von B. Por um meio ambiente ecologicamente
equilibrado: pensamentos e diálogos. Cascavel: Edunioeste, 2010.
SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Paraná, Administração
Regional do Estado do Paraná.Meio Ambiente - Manual do Professor.
Curitiba, 2001.
SEMA - Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
Nascentes protegidas e recuperadas. Curitiba, 2010, 24p.
VASCONCELLOS, Cdos S. Planejamento: Plano de Ensino Aprendizagem
eProjeto Educativo. 2ª ed. São Paulo: Libert, 19