Seminário Qualidade do piso e bem-estar dos suínos Embrapa ... · Sistema locomotor de suínos:...

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Seminário Qualidade do piso e bem-estar

dos suínos

Embrapa | 2018

Piso e sistema de

locomoção dos suínos

Thiago Freitas | BRF

Implementamos o PROGRAMA BEM-ESTAR ANIMAL

FEITO NA BRF com base em seis pilares

Alimentação adequada

Ambiente apropriado

Boas condições de saúde

Comportamento natural

Manejo humanitário

Capacitação e conscientização

EQUILÍBRIO FÍSICO E MENTAL (SAÚDE)

ADAPTADO AO AMBIENTE SEM SOFRIMENTO

EM HARMONIA COM O AMBIENTE

Hurnik (1992):

“O estado de harmonia entre o animal e

seu ambiente, caracterizado por

condições física e fisiológica ótimas e alta

qualidade de vida dos animais”.

Podemos afirmar que existe BEA quando

o animal expressa seu potencial

adaptando-se ao meio ao qual está

inserido

Nosso programa de BEA BRF adota conceito internacionalmente

reconhecido que considera o animal como ser senciente

BEA

5 * Duncan and Dawkins (1983); Hurnik (1992) | **FAWC – Farm Animal Welfare Council, CHEVILL

Atendimento ao

5 Princípios do Bem-estar animal

Sistema locomotor de suínos:

Problemas locomotores estão entre as maiores causas de descartes de matrizes suínas:

Prevalência das lesões nos cascos de fêmeas suínas por local:

1. Rachadura vertical na região anterior, medial ou posterior

da muralha do casco;

2. Rachadura oblíqua na região posterior da muralha;

3. Rachadura de linha branca;

4. Rachaduras na região da sola;

5. Rachadura na almofada plantar;

6. Almofada plantar aumentada;

7. Desgaste na região da sola e parte lateral da muralha;

8. Lesão junto a coroa do casco

8

Fonte: cnpsa.embrapa.br

Sistema locomotor de suínos:

Percentual de lesões nos cascos de fêmeas suínas

considerando o local - Cdia mês Novembro de 2010.

10,0014,21

31,81

14,15

7,99

17,06

3,471,30

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

1 2 3 4 5 6 7 8

Local da lesão

Prevalência das lesões nos cascos de fêmeas suínas por ordem de parto:

Percentual de lesões nos cascos de fêmeas suínas

considerando o local - Cdia mês Novembro de 2010.

17,23 19,2724,21

18,76 20,54

0,00

10,00

20,00

30,00

Ordem de parto

OP ( 0 ) OP ( 1 ) OP ( 2 ) OP ( 3 ) OP ( 4 ou mais)

Sistema locomotor de suínos:

44,38

55,62

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

Cascos dianteiros Cascos traseiros

Percentual de lesões nos cascos de fêmeas suínas

Prevalência das lesões nos cascos de fêmeas suínas dianteiro x traseiro:

Sistema locomotor de suínos:

Considerações BRF:

Nossas diretrizes tem como como referência os padrões legislativos da União

Europeia (Directive 2008/120/EC) conforme abaixo:

Densidade no alojamento SPL:

Categorias Quantidade de Animais por Baia

Requerimento de Espaço

Mínimo de Piso Compacto (Incluído no espaço total)

Porcas Acima de 40 fêmeas por baia 2,03 m²/fêmea 1,30 m²

Porcas Entre 6 e 39 fêmeas por baia 2,25 m²/fêmea 1,30 m²

Porcas Menos de 6 fêmeas por baia 2,48 m²/fêmea 1,30 m²

Leitoas Acima de 40 fêmeas por baia 1,48 m²/leitoa 0,95 m²

Leitoas Entre 6 e 39 fêmeas por baia 1,64 m²/leitoa 0,95 m²

Leitoas Menos de 6 fêmeas por baia 1,81 m²/leitoa 0,95 m²

• Espaço do ripado do piso vazado:

Fenda (mm) Categoria

11 Recém-Nascido

14 Desmamado

18 Recria e Terminação

20 Leitoas/Porcas

• Largura do ripado do piso vazado:

Largura (mm) Categoria

50 Recém-nascido/Desmamado

80 Recria e terminação/leitoas/porcas

Considerações BRF:

Considerações BRF:

• Tratamento imediato dos animais;

• Casqueamento/toalet dos cascos e utilização de pedilúvio;

• Limpeza e Desinfecção das instalações;

• Corrigindo rachaduras, saliências, espaçamento e porosidade do piso ;

Características desejáveis no piso:

• Superfície sem muita abrasividade

• Não deve ser completamente lisa

• Não apresentar deformações com passar do tempo

• Ser de fácil limpeza

• Apresentar bom escoamento e permeabilidade

Características desejáveis no piso:

EMBASAMENTO BIBLIOGRÁFICO - Qualidade de carne O animal exposto a condições estressantes em seu ambiente de criação poderá ter a qualidade de sua carne comprometida,

devido as alterações fisiológicas que o suíno pode manifestar em seu metabolismo anaeróbio muscular (FAO, 2001).

MAGANHINI et al., 2007 e ABCS, 2014: PSE (pale, soft and exsudative): estresse agudo, por decomposição acelerada do

glicogênio muscular após o abate, com músculo com pH baixo e temperatura alta

DFD (dark, firm and dry): estresse nas últimas 24 horas, antes do abate, com

exaustão do glicogênio muscular e redução de glicólise, pH alto

Aspectos sensoriais da carne e os defeitos de textura e aparência

A carne de suínos criados em ambientes enriquecidos teve

menor perdas na cocção e mais macia do que carne de animais criados no confinamento intensivo estéril

(BEATTIE et al., 2000)

Assumir a responsabilidade de criar

animais para alimentar as pessoas é

assumir a responsabilidade pelo seu

bem-estar.

OBRIGADO