Post on 20-Jan-2019
Uma Visita muito especial
Irmãs do Governo-geral na Guarda
Entre os dias 14 e 18 de janeiro, fomos agraciados pela visita da Superiora Geral, a Irmã Anabela Carneiro. Esta visita ocorre de seis em seis
anos e tem como finalidade despertar-nos para a relevância da identidade
institucional no cumprimento da missão.
Durante a sua estadia conheceu todo o trabalho desenvolvido do nosso
Centro em prol da centralidade na
pessoa assistida.
A Irmã Anabela apresentou-nos e
partilhou o seu testemunho do
trabalho realizado nas diversas
províncias espalhadas pelos
quatro cantos do mundo. O grupo
dos Leigos Hospitaleiros teve
também a oportunidade de estar
com a Irmã e partilhar diversas
experiências e motivações para desafios futuros. Houve ainda tempo para encontros informais com as
doentes e os colaboradores.
Nos dias de 12, 13, 14 e 15 de março foi a vez da Irmã Maria Ester Berruete, Conselheira Geral para
os centros e a Irmã Claudice Silva, Ecónoma, visitarem as
nossas instalações para perceberem como a missão da
Congregação no centro é vivida, analisarem a atenção centrada
nos cuidados e verificarem o cumprimento dos requisitos dos
colaboradores para desempenharem o seu trabalho com
qualidade e, finalmente, avaliarem os recursos e gestão dos
mesmos.
Deixamos o nosso agradecimento
Enf. Marco Martins
Sumário
- Uma visita muito especial . Irmãs do governo geral . Boas vindas . Ecos dos utentes - Dia mundial do doente . Espaço cultural . Espaço religioso - III Marcha na Guarda pela Saúde Mental
- O despertar das origens . Aldeia da Ponte - Celebração do Fundador . S. Bento Menni
- A mandala colorida . Exposição de abril
- Gil Vicente - Teatro Biblioteca Eduardo Lourenço
- Grupo de estagiários Enf. - Um testemunho – Erasmo - Carta Encíclica . Laudato Si - Próximas realizações.
Boletim Janeiro-Abril - Núm.46. Ano 2017 - Casa de Saúde Bento Menni – Guarda
Bairro da Luz 6300-575 GUARDA * Telef.: 271200840 * Web: www.irmashospitaleiras.pt/csbm/
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Boas vindas à Superiora Geral É com muito gosto que a recebemos na missão hospitaleira da Guarda.
Estamos muito gratos pelo trabalho que tem vindo a realizar, levando cada vez mais longe e a mais
pessoas o testemunho do padre
Menni.
Que Deus continue a dar-lhe a força
e a determinação para prosseguir na
missão hospitaleira sendo exemplo
para Irmãs e colaboradores.
E que todos nós aqui presentes,
sejamos capazes de continuar a
trilhar caminhos de esperança em
fidelidade criativa ao carisma fundacional para
todos os que confiam no nosso servir!!! Colaboradores
Ecos dos utentes
A visita da Exma. Irmã Anabela Carneiro nos dias 13 e 14 de janeiro de 2017 à Casa de Saúde Bento
Menni da Guarda deixou saudades. Tal como a raposa,
conquistou-nos completamente. Os seus gestos, os seus
sorrisos, a sua forma de ser deixou todos os doentes e
profissionais encantados.
A estadia constou de visita às instalações, onde havia
sempre aquela voz amiga a consolar os pacientes.
No último dia, a comunidade hospitaleira juntou-
se para oferecer uma festa de agradecimento à
Irmã Anabela.
Um grupo dançou a música “New York, New
York”, a Graça cantou uma canção de fado, depois
a Dores veio oferecer uns paninhos feitos por ela
e, para concluir, cantámos todas o hino da Família
Hospitaleira.
Foi muito divertido e a Irmã Anabela mereceu
bem a homenagem que lhe foi feita.
Utentes
Encontro da Superiora geral com o grupo de Leigos Hospitaleiros da Casa de Saúde Bento Menni
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Celebração do dia Mundial do Doente
Este ano a celebração do Dia Mundial do Doente tinha como
pano de fundo a temática da XXV Jornada Mundial do Doente que reflectia sobre a cultura respeitadora da vida, da
saúde e do meio ambiente.
Foi realizada no dia 11 de fevereiro, data correspondente à
sua celebração.
No programa de atividades destacaram-se dois momentos
distintos mas complementares, uma parte cultural e outra
espiritual.
Da primeira, constou a atuação de uma turma de ballet do Centro Cultural da Guarda orientada pela
professora Teresa Pais seguida da atuação do nosso querido rancho “Ó da Guarda” para regalo de todos os
presentes, que foram muitos.
Seguiu-se a entrega de uma pequena lembrança por
parte da ASAG a todas as utentes e um lanche convívio no nosso bar para todos os presentes.
No final da tarde, com a Igreja repleta de fiéis, decorreu a celebração da Eucaristia, com o enfoque na
mensagem do Papa e uma encenação alusiva à Nossa Mãe – Maria.
A Irmã Isabel, Diretora da Instituição, aproveitou a celebração para ler a mensagem da Superiora Provincial
para este dia tão significativo para
todos os que sofrem.
Por fim, mais um Dia Mundial do
Doente celebrado na companhia dos
mais queridos, os familiares, em
ambiente de convívio, festa e alegria.
Carlos Alves
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A História dos Pitos
Era uma vez uma exposição providenciada pela Câmara Municipal da Guarda, chamada “Gal’arte”. O
objectivo era fazer representações de galos para fazerem companhia ao galo gigante que ia ser
queimado no Carnaval, como representação de tudo o que é
mau.
Houve várias associações e escolas que prometeram participar,
com quadros ou com esculturas.
Quanto a nós, decidimos fazer quadros com a arte Schimmel,
também conhecida por técnica dos papelinhos. Logo de início
ficou mais ou menos decidido que seriam 4 quadros, se
houvesse tempo para os fazer.
O primeiro Pito de fundo cinza demorou 15 dias, com 14
pessoas a trabalhar. Como continuávamos com as outras
actividades, demorou muito tempo.
O segundo, de fundo amarelo, foi mais rápido, demorou 10
dias.
O terceiro era polémico. Feito em pintura moderna, não agradava a todos. Demorou 7 dias e teve o
fundo azul.
O último era um espectáculo: só se via a cabeça do galo de olho arregalado, a sobressair do fundo
amarelo e laranja. Demorou 4 dias, em que não houve outras actividades nem descanso para ninguém,
mas conseguimos acabar os galos a tempo de irem para a exposição.
Agora, é só esperar, ir ver a exposição e ficar felizes para sempre.
ß Os nossos pitos
â
Patrícia Fonseca Animadora sócio-cultural
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VISITA À QUINTA PEDAGÓGICA DO FUNDÃO A Quinta Pedagógica do Fundão encontra-se localizada no centro da cidade do Fundão, sendo esta
propriedade da Santa Casa da Misericórdia do Fundão. Composta por dois hectares de ambiente
natural e de dezenas de espécies animais (aves, mamíferos e peixes), plantas (aromáticas e medicinais),
árvores de fruto, uma horta, um poço, um forno a lenha e uma sala polivalente destinada a diversos
eventos (workshops e festas de aniversário).
Inaugurada há cerca de dois anos com o intuito de
servir os visitantes e a comunidade local através de
um novo espaço, promotor de lazer e de
conhecimento, a partir de uma programação
dinâmica e pedagógica.
No dia 28 de março, um grupo de sete utentes da
área da psiquiatria da Casa de Saúde Bento Menni
(CSBM) na cidade da Guarda foi visitar o espaço da Quinta Pedagógica do Fundão. Momento este que
foi proporcionado pela estagiária de psicologia da instituição no âmbito de uma intervenção com os
utentes da área da psiquiatria. Teve como objetivo permitir aos utentes o contacto com a natureza,
mais propriamente a vida agrícola e o cuidar dos animais, e em simultâneo reviver um pouco do
tempo em que estavam na vida ativa.
O local de visita foi selecionado pela estagiária não só por ser familiar, uma vez que exerce outras
funções na santa Casa da Misericórdia do Fundão, como também pelo fato de os utentes
manifestarem grande interesse e gosto pelo campo sobretudo por animais, mas também por não
terem a oportunidade de ter um contacto com este tipo de ambiente.
Deste modo, o cheirar as plantas, o saborear os chás e os bolos tradicionais, o acariciar os animais, o
relembrar as vivências passadas de uma vida no ativo, sentir o ar puro de toda a vegetação, permitiu
desta forma um dia diferente e de bem-estar aos utentes da CSBM.
“Em todas as coisas da Natureza existe algo maravilhoso” (Aristóteles)
Paula Guerreiro (estagiária de psicologia)
O nosso Carnaval – Corso de apresentação:
Que tal acham a equipa animadora?
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III Marcha pela Saúde Mental
A Casa de Saúde Bento Menni, para assinalar, embora de forma antecipada o Dia Mundial da Saúde, promoveu no dia 04 de abril, a III Marcha pela Saúde Mental, este ano sob o lema “A Depressão
pode afetar-nos a todos “.
Com esta realização pretendemos despertar em todos a importância de cuidarmos da saúde mental
no quotidiano das nossas vidas e ao longo de todas as idades e também alertar as consequências da
depressão, que a tantas pessoas atinge.
A concentração teve início na Alameda de Santo André, percorreu as principais ruas da cidade e
terminou na Praça Velha, junto à Sé Catedral.
Antes da caminhada e em parceria com a Escola Superior de Saúde do IPG, decorreu das 13.00 às
15.00 horas, um rastreio (tensão arterial, frequência cardíaca, colesterolémia, glicemia, peso e IMC) e
foram muitos os que aproveitaram para controlar a sua saúde.
À semelhança dos anos anteriores, participaram nesta
iniciativa diversas instituições, nomeadamente, o
Departamento de Psiquiatria da ULS da Guarda, a Escola
Primária do Bairro da Luz, a ADMEstrela, a CERCIG, o
Centro Social e Paroquial da Sé, a Autoridade Nacional de
Proteção Civil (Guarda), a Associação de Promoção Social
Cultural Desportiva de Fornos de Algodres, o Centro de
Dia da Sequeira (Associação Cultural e Recreativa da
Sequeira) e o Movimento Viver e Vencer, para além de
muitas pessoas que a nós se associaram nesta caminhada
pela Saúde Mental.
Cerca de trezentos cinquenta participantes em franco
convívio e alegria caminharam pelas ruas da cidade até à
escadaria da Sé, distribuindo folhetos informativos alusivos
à saúde mental, dislipidémia, depressão, diabetes, e
hipertensão arterial.
Ana Escada
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O Despertar das origens na Aldeia da Ponte Pelo segundo ano consecutivo, na Aldeia da Ponte e no domingo
mais próximo do dia 24 de abril, celebra-se a festa em honra de S.
Bento Menni.
Este ano foi o dia 23 de abril e, tal como o ano passado, os
mordomos fizeram questão em levar o Santo em procissão até ao
“Colégio” – a primeira obra criada por S. Bento Menni em Portugal
–, cantando sempre o seu hino. E ali paramos, evocamos a sua
passagem e pedimos a sua proteção.
O Sr. Padre Américo, que presidiu ao ato, já na homilia da eucaristia
tinha falado e entusiasmado os fiéis a venerar este santo, “que tal
como nós pisou as mesmas ruas, falou com os vossos avós e
bisavós, deixou obra feita e muitas raparigas desta aldeia e
arredores o seguiram e se entregaram a Deus e aos mais necessitados”, afirmou ele.
Já na escadaria do Colégio, com o mesmo entusiasmo e o sorriso que lhe pairava no rosto, voltou a
falar.
De regresso à Igreja, cantou-se “Se queres conhecer S. Bento
Menni…”, cântico de que o povo tanto gosta, terminado este
o Sr. Padre pediu para se cantar a segunda estrofe do hino.
Fica este gostinho na mente dos novos mordomos para
continuarem a fazer esta festa com o mesmo empenho e
alegria que S. Bento Menni merece.
Os novos mordomos ficaram nomeados: José André Alves e
Manuel Vigário Fidalgo. Maria de Lurdes Alves - LH
A primeira obra criada por S. Bento Menni em Portugal, sita Aldeia da Ponte, concelho do Sabugal – um abrigo-colégio para crianças.
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Celebração do Fundador e Patrono – S. Bento Menni
No dia 24 de abril celebramos, em família hospitaleira, a festa de S. Bento Menni. Três momentos em
destaque:
» Celebração solene da Eucaristia;
» Almoço de confraternização entre irmãs e colaboradores;
» Convívio no auditório entre utentes, irmãs e colaboradores.
Na eucaristia logo na abertura, lemos a mensagem da Irmã Anabela Carneiro, Superiora geral,
ecoando ao nosso espírito a universalidade da hospitalidade e a
unidade que não conhece fronteiras e nos coloca em sintonia com o
espírito fundante da Congregação, que queremos encarnar no
momento histórico que nos cabe construir.
No momento do ofertório perguntamo-nos: o que queremos apresentar
ao Senhor, neste dia de S. Bento Menni e ao nosso espírito vieram
algumas situações de sofrimento: em primeiro lugar, os doentes em
qualquer situação que se encontrem; as mulheres maltratadas; os
desempregados de média e longa duração; os refugiados que perderam
as suas referências; os pobres e necessitados, sobretudo a pobreza escondida; os presos… e tantos
outros sofredores...
Com estas situações de sofrimento, de exclusão, de abandono, de solidão… entregamos também os
nossos corações para que o Senhor os revista de sentimentos de inclusão e acolhimento, com o pão e
o vinho que serão corpo e sangue de Jesus.
Depois no início da tarde
colaboradores e irmãs
confraternizamos à volta
da mesma mesa.
Por último, encontramo-nos no auditório para fazer
festa e fomos brindados com a atuação do grupo
MoviArte.
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A MANDALA COLORIDA DE ABRIL
Uma mandala é um desenho ou pintura circular e simétrico. E foi isso que a Câmara da Guarda propôs
às escolas, instituições e associações para comemorar Abril de 2017. Depois de enviarem as
instruções, prometeram enviar também os materiais para
serem todos iguais. Foi esse o erro principal, pois demoraram
tanto tempo a enviar os materiais, que acabámos por ficar
com apenas uma semana para realizar o trabalho. Já
tínhamos decidido que teria que ser com a técnica dos
papelinhos, técnica difícil, pois o desenho que arranjámos era
muito minucioso e logo complicado e demorado.
Lançámo-nos ao trabalho imediatamente. Mais de 14
pessoas cortavam papelinhos, escolhiam e colavam. O
desenho era feito a três cores, vermelho, verde e amarelo,
com o fundo preto. A maior dificuldade era arranjar as cores com o mesmo tom, para dar
uniformidade ao trabalho. Os papéis eram retirados de revistas coloridas, mas nem sempre tínhamos
cor em quantidade suficiente para o espaço que era
necessário. Com muita pressão de tempo, a mandala
ficou pronta na sexta-feira de manhã, mesmo a
tempo de entregar nessa mesma tarde.
Alguns dias depois, fomos ver a exposição. As
senhoras com mais dificuldade em andar iam na
carrinha, as outras a pé por ali acima, lá chegámos
bem dispostas para ver a nossa obra de arte e com
muita curiosidade de ver as outras. A sala estava cheia de mandalas todas do mesmo tamanho como a
Câmara tinha prometido, mas feitas dos mais diversos materiais, desde lã, papéis de todo o tipo,
espelhos, metal, cápsulas de café, etc. baseavam-se no tema 25 de Abril, com temas alusivos a essa
data. Cravos, espingardas, soldados, cavalos, balões de ar quente, enfim, alguns desenhos
extravasavam o tema. Havia entre 30 a 35 mandalas.
Na segunda parte da exposição, estavam os trabalhos
das escolas primárias. A base do seu trabalho era uma
peça de puzzle gigante, que depois encaixavam umas
nas outras, e onde as crianças usando de toda a sua
imaginação explodiram as cores, os materiais e as
formas. Gostámos muito de ver o nosso trabalho, que,
diga-se a verdade, era o mais bonito e bem feito… Joana Sarmento
A nossa mandala de abril
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GIL VICENTE NA BIBLIOTECA MUNICIPAL EDUARDO LOURENÇO (BMEL)
Por ocasião do 500º aniversario de Gil Vicente, a BMEL promoveu uma serie de exposições, conferencias, e
uma leitura da peça “ Auto da barca do Inferno” , segundo a versão infanto-juvenil de Rosa de Lobato Faria.
A primeira audição foi muito concorrida por crianças do ensino básico da guarda. Foram excelentes
espectadoras e fizeram perguntas inteligentes acerca do teatro e dos personagens.
No dia seguinte à tarde alguns utentes da casa de saúde
Bento Menni deslocaram-se à biblioteca. Como eram
poucos, convidaram-se alguns funcionários da BMEL. A
atenção era muita. Sentados nos tamboretes da cor do
arco-íris, viram os diferentes personagens deslizar na peça
“Auto da barca do inferno”. Eu fazia o papel de fidalgo,
cuja vida dissoluta o impediu de entrar na barca do Céu. E
lá se ia, sem antes protestar para a barca do inferno.
Havia a narradora, uma rapariga invisual de nome Rita (Para nós Ritinha), um frade, um judeu, um
magistrado, mas todos tão cheios de pecados que entraram na barca do inferno. Só o tolo, que não tinha
cometido crimes entrou na barca do Céu. O diabo, o melhor personagem, foi interpretado pelo director da
biblioteca, Dr. Américo Rodrigues.
Resta dizer que todos gostaram e aplaudiram de pé.
Gil Vicente foi o pai do teatro ibérico além de um
excelente poeta e ourives. Não se sabe ao certo onde
nasceu. Autor de vasta dramatologia, não pode ser
esquecido pelos vindouros.
Isabel Gantes
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Reflexão Grupo de alunos estagiários do curso de enfermagem
da Escola Superior de Saúde da Guarda Esta experiência pela qual todos passámos, além de uma aprendizagem foi também uma lição de vida.
Estas cinco semanas tornaram-se essenciais para o desenvolvimento de todos nós não só como futuros
enfermeiros, mas também a um nível pessoal.
Após a passagem por vários campos hospitalares deparámo-nos com um ensino clínico na Casa de
Saúde Bento Menni. Um local completamente diferente de tudo aquilo que já tínhamos contactado
anteriormente. Rotinas diferentes, espaço diferente e utentes únicos.
É incrível podermos encontrar tanta evolução num só sítio. Podermos encontrar e criar tanta empatia,
carinho, conforto ao lado de quem precisa de nós como profissionais. A alma deste local são os utentes e
eles fizeram-nos sentir completamente “da família”. Criaram em nós um sentimento de pertença,
familiarizando-nos a cada dia que passou… e por isso agradecemos. Por isso e por tudo o que nos
ensinaram ao longo deste ensino clínico. Porque nós aprendemos todos uns com os outros, e só assim é
possível uma evolução positiva na humanidade.
Quanto aos profissionais de saúde, queremos dar os parabéns. São uma equipa de excelência e são o
coração desta Casa. São profissionais humanos, com técnicas de excelência. Agradecemos a integração
realizada desde o primeiro dia, até ao último minuto. Agradecemos a paciência, a empatia e a vontade
com que nos acolheram.
Por último agradecemos aos nossos orientadores pois sem eles nós estaríamos perdidos, sem rumo.
Foram inigualáveis, cada um à sua maneira. Um muito obrigado!
Vemo-nos em breve. Com os melhores cumprimentos,
1º Grupo de Estágio, 3º Ano – ESSG
Alexandra Ribeiro; Ana Patrícia Barbosa; Catarina Guerreiro; João Pereira; Marina Ramos; Iolanda
Castro; Marta Bernardo; Rafaela Gomes
Testemunho - Aluna de Erasmus Esta é definitivamente uma experiência muito diferente para mim. Durante este tempo, os pacientes
psiquiátricos deram-me a oportunidade de avaliá-los na sua própria cultura. Desta forma, aprendi mais
profundamente sobre as culturas deste país, e também examinei as doenças e os pacientes.
Este centro psiquiátrico é baseado numa boa congregação, que permite aos pacientes socializar e manter
os seus tratamentos numa base regular. Acho que contribui muito com formações e experiências.
12
A equipa de enfermagem trata-me como uma verdadeira enfermeira, trabalham comigo,
constantemente e explicam-me o que fazer, como
fazer... Esta equipa está muito disposta a ensinar-nos.
A comunicação era difícil, mas certamente nunca um
obstáculo. Eu tive a oportunidade de trabalhar com
enfermeiros que falam inglês. Os meus amigos
ajudaram-me na comunicação com pacientes e
enfermeiros que não sabiam inglês. Todas as
enfermeiras e enfermeiros, e também as auxiliares
foram muito amigáveis, como também os pacientes...
Estou muito feliz por conhecer todos.
Vi práticas profissionais diferentes da Turquia. Essas
diferenças foram sempre respeitadas pelos meus
colegas e pelos enfermeiros. Todos estes membros que
referi são muito valiosos para mim.
Şeyma Tür, Sulton Kabal,
Nisanur Gokdas
Carta Encíclica - Laudato Si
Ao longo de 2016, os Leigos Hospitaleiros da CSBM à luz da Carta Encíclica do Papa Franscisco -
Laudato Sí - sobre “ o cuidado da casa comum”, dinamizaram o placard do bar.
Ao desenvolvermos o trabalho “Cuidar da nossa casa”, os nossos sentidos ficaram mais atentos e as
consciências mais preparadas para adotar ações concretas de sustentabilidade do planeta Terra.
Pretendemos através de diferentes dinâmicas despertar a comunidade hospitaleira para a preservação
do meio ambiente e a importância de uma ecologia integral.
Alunas de enfermagem da Turquia estagiaram na CSM.
13
Definitivamente, as alterações climáticas retiraram-nos da nossa zona de conforto.
Este documento alerta-nos para a necessidade de “unir toda a família humana na busca de um
desenvolvimento sustentável e integral”. O cuidar da natureza faz parte de um novo estilo de vida;
implica capacidade de viver
juntos e de comunhão.
O Papa Francisco, na Laudato Sí,
faz-nos uma pergunta incómoda:
«Que tipo de mundo queremos
deixar a quem vai suceder-nos, às
crianças que estão a crescer»?
(160).
O que está a acontecer à nossa
casa? Esta pergunta não toca
apenas o meio ambiente de
maneira isolada, porque não se
pode pôr a questão de forma
fragmentária e leva-nos a pensar
no sentido da existência e nos valores que suportam a vida social. «Para que viemos a esta vida? Para
que trabalhamos e lutamos? Que necessidade tem de nós esta terra?» Não se trata apenas de
preocuparmo-nos com as gerações futuras, mas também com a nossa própria vida; não se trata
apenas de pensar na situação das coisas, mas na situação das pessoas.
O conceito novo de “ecologia integral “é
uma provocação enorme. Não são só as
coisas que precisam ser protegidas, mas
também as pessoas e as instituições. O bem
comum é um projeto para todos e depende
de todos. Como conciliar avanços
tecnológicos, progresso, economia e o valor
próprio de cada criatura?
Este trabalho, à luz da Encílica do Papa
Franscisco, provocou no grupo um intenso
diálogo e uma reflexão constante sobre o
que está a acontecer à nossa casa , à Igreja e a cada um de nós.
Como resultado desta inquietação, assumimos algumas ações e mudanças de comportamentos
pessoais, profissionais e familiares, tais como: separação de lixos, poupança de água, gastos de
energia, respeito pela natureza e o nosso lugar no mundo.
Com a plena consciência que nada neste mundo nos é indiferente: tudo está em relação, o mundo é
sem dúvida a nossa casa comum! Devemos estar unidos por uma mesma causa : « O meio ambiente é
um bem coletivo, património de toda a humanidade e responsabilidade de todos»(95), proteger a
nosa “casa comum” pressupõe um desenvolvimento mais saudável , mais humano , mais social e mais
integral.
14
«A nossa casa poluída » é de certa forma fruto das nossas fraquezas, das nossas reações à
incorporação de um comportamento evasivo que procura manter os nossos estilos de vida, de
produção, de consumo, a lógica do «descartável», do «usa e
deita fora».
Todos reconhecemos a existência de boas práticas sustentáveis
e estas confirmam que o ser humano é capaz de intervir de forma
positiva, cada um de nós pode e é capaz de no dia a dia ter
gestos de generosidade e desvelo para com «a nossa casa» a
chamada corresponsabilidade pelo meio ambiente.
O Papa Francisco recorda-nos insistentemente :« Não somos
Deus. A Terra existe antes de nós e foi-nos dada [67] com a
responsabilidade de cultivar e guardar o jardim do mundo
[cfr Gen 2,15]» [67], e nós fixámo-nos também na
responsabilidade de “cultivar e guardar” o jardim do mundo e,
pensando nas palavras S . Bento Menni, «uma pessoa vale mais
que o mundo inteiro», tentámos dar resposta a algumas interpelações:
� Como cultivo as relações com cada membro da minha família: marido, esposa, filhos, e no
trabalho…?
� Quando aparecem campanhas de proteção dos ecossistemas, informo-me, colaboro?
� Temos consciência que os recursos da Terra são limitados e que desperdiçamos os bens que
são de todos?
� O conceito de “ecologia integral “é um desafio para os homens de hoje e importa reivindicá-
lo nos diferentes meios. Estamos nós atentos e sensibilizados para o exercício de uma
cidadania ativa?
Foi nossa
intenção despertar o coração de cada um para uma realidade muito concreta, o mundo a derreter-se e
15
a inundar-se descontroladamente, a terra clama contra o mal que lhe provocamos, por causa do nosso
uso irresponsável…
É chegada a hora de Agir, de adotar estilos de vida saudáveis e políticas sustentáveis, sem ferir o
ecossistema.
E, por último, recordamos as palavras do Papa Francisco, é tempo de um diálogo sincero e honesto, é
tempo para assumir um novo estilo de vida assente na justiça e na misericórdia.
Ana Escada - LH
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Próximas realizações: » 02 e 08/5: Um dia diferente colaboradores e irmãs – visita ao Jardim oriental Bacalhôa Buddha Éden. » 26/5; Procissão em honra de Nossa Senhora ao redor da Casa de Saúde com as gentes da cidade. » 30/5: Passeio de utentes com o apoio dos alunos de enfermagem da ESS-IPG ao Jardim Bacalhôa Buddha Éden - Bombarral. » 31/5: Comemoração do 136º aniversário da Fundação da Congregação e solenidade de N. Sra. do Coração de Jesus. » 08/6: Peregrinação Hospitaleira a Fátima. » 11/6: Arraial Hospitaleiro. » 06 e 07/7: VII Olimpíadas Hospitaleiras, em Braga.