Sifilis-apresentaçao

Post on 05-Dec-2014

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Introdução

As doenças sexualmente transmissíveis, também conhecidas por doenças venéreas, são doenças provocadas por bactérias, fungos e vírus que se transmitem por contacto sexual, quando um dos parceiros se encontra infectado.

A Sífilis, o Herpes genital, a Hepatite B e a SIDA são exemplos de algumas infecções sexualmente transmissíveis.

Este tipo de doenças são, ainda hoje, um grave problema de saúde pública, uma vez que, apesar de haver tratamento e cura na maioria dos casos, aumenta todos os anos o número de pessoas infectadas.

A mudança de hábitos sexuais dos adolescentes e jovens e a falta de informação sobre estas doenças faz com que as mesmas se transmitam rapidamente.

O objectivo deste trabalho é que os alunos conheçam algumas doenças/infecções sexualmente transmissíveis e o seu impacto no organismo humano.

O nosso grupo de trabalho decidiu escolher a Sífilis por ser uma doença sexualmente transmissível pouco falada, razão pela qual gostaríamos de aprender mais e transmitir também essas informações aos nossos colegas.

SÍFILIS

A sífilis é uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum, que para sobreviver, precisa de um ambiente quente e húmido.

A sífilis também é conhecida por cancro duro. Apesar de ser contagiosa e perigosa, é curável se

for tratada a tempo. Esta doença é transmitida por via sexual e para o feto durante a gestação.

A sífilis ataca qualquer tecido desde a pele aos ossos, fígado, órgãos genitais, olhos, sistema nervoso e coração.

Zonas de contagio da Sífilis

SINTOMAS

Os sinais e sintomas da sífilis são vários, dependendo do estágio em que se encontra.

A sífilis não tratada é uma doença crónica que evolui por períodos sintomáticos, alternando com intervalos longos sem sintomas.

A evolução da sífilis pode ser dividida em três períodos distintos, a sífilis primária, a sífilis secundária e a sífilis terciária.

PROGRESSÃO DA DOENÇA

SÍFILIS PRIMÁRIA

A sífilis primária manifesta-se após um período de incubação variável de 10 a 90 dias, com uma média de 21 dias após o contacto.

Duas ou três semanas depois, os gânglios linfáticos aumentam de volume.

Aparece assim uma ulceração firme e dura que ocorre no ponto exposto inicialmente à bactéria, geralmente o pénis, a vagina, o recto ou a boca.

O diagnóstico no homem é muito mais fácil, pois a lesão no pénis chama a atenção, enquanto a lesão na vagina pode ser interna e somente vista através de exame ginecológico.

PROGRESSÃO DA DOENÇA

SÍFILIS SECUNDÁRIA

O segundo estágio inicia-se entre o primeiro e o quinto mês. É caracterizado por um mal-estar geral, anemia, anorexia, febre, dores

de cabeça e garganta, tumefacção dos gânglios e erosões mucosas. Manchas tipo placas também podem aparecer nas mucosas genitais ou

orais. O paciente é muito contagioso nesta fase. Durante este tempo mesmo sem tomar a medicação, os sintomas

podem desaparecer. Este período pode durar de poucos anos ou até a vida toda.

PROGRESSÃO DA DOENÇA

SÍFILIS TERCIÁRIA

Esta fase acontece um ano depois da infecção inicial, mas pode levar dez anos para se manifestar. Já foram conhecidos casos onde esta fase aconteceu cinquenta anos depois da infecção inicial.

Este estádio é caracterizado por lesões nas artérias e tumorações moles nos órgãos e tecidos, podendo atingir qualquer órgão do corpo.

As manifestações mais graves incluem neurosífilis e a sífilis cardiovascular. Complicações neurológicas nesta fase incluem a paresia generalizada demencial que resulta em mudanças de personalidade e mudanças emocionais.

PROGRESSÃO DA DOENÇA

SÍFILIS CONGÉNITA Acontece quando uma criança nasce de uma mãe com

sífilis primária ou secundária e é detectada no nascimento ou pouco depois, apesar de nalguns casos se manifestar só na puberdade ou até mais tarde.

Pode provocar lesões frequentes na aorta e afectar as coronárias, provocando a angina de peito, enfarte do miocárdio ou lesões por insuficiência cardíaca.

A morte por sífilis congénita normalmente é por hemorragia pulmonar.

MODOS DE PREVENÇÃO DA DOENÇA

O método mais seguro da prevenção da sífilis, ou qualquer outra IST, é a abstinência sexual.

Em caso de relação sexual, deve-se usar preservativo. É muito importante que o preservativo esteja bem colocado: o mais

pequeno erro na colocação pode aumentar consideravelmente o risco de transmissão.

É necessário desmitificar o facto de que lavar os genitais ou mesmo urinar, previne a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis.

Qualquer ferida ou erupção deve ser motivo para interromper as actividades sexuais e procurar um médico com a máxima urgência.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

A sífilis é tratável e é importante iniciar o tratamento o mais cedo possível, porque aquando da progressão para a sífilis terciária, os danos causados poderão ser irreversíveis, nomeadamente no cérebro.

Para diagnosticar a sífilis o médico procura lesões por todo corpo, inclusivé na vagina e pénis, colo do útero e recto.

Se forem encontradas lesões, estas sofrem uma pequena incisão para se retirarem fragmentos e ser feita uma análise microscópica com o objectivo de verificar a existência da bactéria.

O tratamento consiste numa injecção intramuscular de penicilina durante vários dias ou semanas. O tratamento mata a bactéria que causa a sífilis e previne danos futuros. No entanto, não repara os danos já causados.

Os indivíduos que têm reacções alérgicas à penicilina podem ser tratados com eritromicina ou tetraciclina por via oral.

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS

Em Portugal, entre 2002 e 2006, foram declarados, em média, 124 casos por ano de sífilis.

A incidência máxima ocorre entre os 15 e os 44 anos.

CONCLUSÃO

A sífilis inicia-se 3 semanas após o contágio, no local da infecção. Aparece um pequeno nódulo rosado que evolui para uma úlcera indolor.

O contágio dá-se quase exclusivamente por contacto sexual.

Um simples beijo em qualquer zona que tenha uma pequena ferida, é arriscado.

Não há contágio através dos sanitários, toalhas e outros objectos.

CONCLUSÃO