Post on 27-Jun-2015
Skinner e TerapiaMaly Delittil
Silvia Groberman2
Escrever sobre este assunto é muito complexo. Em primeiro lugar porque Skinner não foi um terapeuta. Foi um cientista e um pensador completo e intrigante, cujo modeloteórico é muito maior e mais abrangente que uma análiseterapêutica ou curativa.
Sua preocupação e sua proposta eram que a Análisedo Comportamento deveria ser utilizada para planejar eestruturar uma sociedade de modo que os indivíduos pudessem viver em contingências mais reforçadoras. A Ciência doComportamento deveria ser utilizada com objetivo de prevenção, mais que de solução de problemas. Nesse sentido, aTerapia Comporta mental não foi a sua proposta principal.
Entretanto, como esta tem se desenvolvido muito e vemsendo aplicada com sucesso, vale a pena, a partir do que opróprio Skinner escreveu sobre Terapia, fazer alguns comentários. Para tanto, foram selecionados trechos de algumasde suas obras, como o disposto a seguir.
Há um segundo estágio no processo terapêutico. Oaparecimento do comportamento previamente punido napresença de uma audiência não-punitiva torna possível aextinção de alguns efeitos da punição. Esse é o principalresultado da terapia. Os estímulos automaticamentegerados pelo próprio comportamento do paciente tornamse menos e menos aversivos e com menor probabilidadede gerar reações emocionais. O paciente sente-se menoserrado, menos culpado ou menos pecador. Comoconseqüência direta é menos provável que exiba as váriasformas de comportamento operante que, como vimos,fornecem um meio de fugir desta estimulação autogerada(Skinner, 1953/2003, pA04).
1 Doutora IPUSP e Profa. da PUC/SP
2 Mestre em Psicologia da Educação PUC/SP.
3 No final de cada citação, haverá o número da página na qual se encontra e umasigia. Esta sigla refere-se à respectiva obra de B. F. Skinner de onde a citaçãofoi retirada, sendo: QR: Questões Recentes na Análise do Comportamento;CCH: Ciência e Comportamento Humano; CV: Comportamento Verbal e 5B:Sobre o Behaviorismo.
59
Na consolidação do vínculo terapêutico, a empatia docliente pelo terapeuta é fundamental. Em havendo empatia,a relação da díade terapêutica é reforçada e o terapeutapassa a ser modelo para aprendizagem de novos comportamentos. Esta aprendizagem inclui a emissão de comportamentos que já foram punidos e, devido a este fato, extintosdo repertório do cliente. Cabe ao terapeuta, enquanto audiência não-punitiva, criar condições para que o cliente volte aapresentar tais comportamentos livres de reações emocionais e aprenda formas de se comportar em seu ambientenatural que gerem conseqüências reforçadoras.
O poder inicial do terapeuta como agente controlador seorigina do fato de que a condiçãodo pacienteé aversivae de que, portanto, qualquer promessa de alívio épositivamente reforçadora (Skinner, 1953/2003,pA02).
Uma pessoa pode procurar terapia por diversos motivos; mas todos eles remetem a situações ligadas a contingências aversivas. O início do processo terapêutico em si também pode ser aversivo ao cliente, como demonstram algumasverbalizações com as quais o terapeuta pode se deparar noinício da terapia: "Estou aqui porque não sei mais o que fazer,mas não me sinto à vontade"; "Só vim porque as pessoas a minha volta insistiram muito, mas na verdade não sei direito o porquê"; "Eu não acredito muito neste negócio de terapia, mas nãotive alternativa"; "Já ouvi falar da terapia e nunca pensei que umdia iria precisar, mas enfim, aqui estou ... "; "Já vou dizendo logoque estar aqui não me agrada ..."; "Conheço pessoas que fazemterapia e gostam muito, então vim ver o que ela pode fazer pormim". Nota-se que em todas estas verbalizações existe algum grau de aversividade: pode ser em relação à própria terapia ou à vida do cliente. Portanto, o terapeuta deve considerar que estar na sessão, muitas vezes, não é fácil para ocliente e que ser uma figura reforçadora no início do processoterapêutico é fundamental para que o cliente volte outras vezes e o vínculo possa ser estabelecido e fortalecido.
O terapeuta usa qual for o poder limitado queoriginalmente possuipara assegurar-sede que o pacientecontinuará a ter contato com ele - que o pacientevoltarápara continuar o tratamento. Contudo, à medida que otratamento progride seu poder aumenta. Assim comoum sistema social organizadose desenvolve,o terapeutase torna uma importante fonte de reforço. Se temsucesso em fornecer alívio, o comportamento dopaciente de voltar a ele em busca de auxílio seráreforçado. A aprovação do terapeuta pode vir a serespecialmente eficiente. (Skinner, 1953/2003,pA02)
Fortalecer o comportamento de voltar para a próximasessão é o primeiro desafio que o terapeuta enfrenta com
60
f)
I1
um novo cliente. Isto porque, procurar um terapeuta talveznão seja tão agradável, já que é sinal de que as coisas nãovão bem e que a pessoa não está dando conta sozinha dasua vida. Assim, em todos os sentidos, a situação é aversiva.Partindo deste ponto de vista, o terapeuta precisa ser umafigura reforçadora e acolher o cliente, principalmente, no início do processo terapêutico, pelo fato de muitas vezes, oestar lá já ser aversivo para ele.
Desta forma, reforçar o comportamento do cliente deretornar na próxima sessão é o objetivo imediato do terapeutapara que o vínculo possa ser construído gradativamente.Conforme as palavras de Skinner, "... a aprovação do terapeutapode vir a ser especialmente eficiente" uma vez que reforçaráo retorno do cliente à terapia, mesmo quando o assunto abordado for aversivo. Percebe-se que o poder de controle doterapeuta é muito grande e ele deve usar esta variável comoum reforçador positivo para o seu cliente.
Do ponto de vista do paciente,o terapeuta em princípioéapenas mais um membro de uma sociedade que temexercidoexcessivocontrole. É tarefa do terapeuta colocarse em situação diferente (Skinner, 1953/2003, pA03).
Um analista do comportamento discordará de uma pessoa que diga que o indivíduo é totalmente livre para fazeropções na vida. Isto porque há agências de controle (religião, governo, terapia, etc.) que, como o próprio nome diz,controlam o comportamento do homem. Para os analistas docomportamento, o homem é livre na medida em que é capazde identificar quais as variáveis que controlam o seu comportamento e atuar sobre elas. De certa forma, é autônomo,mas isto não implica em dizer que é totalmente livre.
Voltando então à citação, pelo fato da psicoterapia seruma agência de controle, é claro que o terapeuta é "... maisum membro de uma sociedade que tem exercido excessivo controle", mas é função do terapeuta, como apontado tambémpelo autor, mudar esta concepção que o cliente tem a seurespeito e se tornar uma figura reforçadora, colocando-seem "situação diferente". Mais uma vez, percebe-se que oterapeuta é central para a progresso do processo terapêutica,e que ser uma figura reforçadora permeia todos os momentos da terapia: desde reforçar o cliente a voltar na próximasessão, como aumentar cada vez mais o seu poder de controle sobre o cliente e, desta forma, consolidar e aprofundaro vínculo terapêutico.
À medida que o terapeuta gradualmente se estabelececomo uma audiência não-punitiva, o comportamentoque até então foi reprimido começa a aparecer norepertório do paciente (Skinner, 1953/2003, pA03) ..
.;. -' , ~,-' ;
61
Mais uma vez, Skinner refere-se à figura do terapeutacomo sendo fator essencial para o progresso da terapia. Conforme discutido em citação anterior; o próprio terapeuta é membro pertencente de uma sociedade com excessivo controle etambém figura controladora, já que a psicoterapia não deixa deser uma agência de controle. O ponto está em que o terapeutadeve utilizar o seu poder de controle de uma forma contrária aoque a sociedade está acostumada; deve atuar como alguémreforçador e não punitivo, para ser visto como modelo a serseguido. Tal fato só aumenta o poder de controle do terapeuta- no sentido positivo do termo - e o seu valor para o cliente.
Desta forma, o terapeuta se consolida como uma audiência não-punitiva e, de acordo com a citação em questão,"... o comportamento que até então foi reprimido começa a aparecer no repertório do paciente".
O paciente também pode começar a descrevertendências atuais para se comportar de modo punível(Skinner, 1953/2003, p.403).
Uma vez que o terapeuta passa a ser considerado pelocliente como uma audiência não punitiva, surge a oportunidade do cliente se comportar de modo punível. Isto quer dizerque o cliente passa a emitir comportamentos que, em ambiente natural, seriam ou já foram punidos. Levando em conta ocaráter planejado da terapia, o terapeuta deve arranjar contingências para que esses comportamentos passíveis de punição em ambiente natural sejam emitidos na sessão, paraque possam ser discutidos com o cliente, e formas maisadaptativas sejam ensinadas. O objetivo da terapia, nestecaso, é ensinar ao cliente comportamentos alternativos quepossam ser emitidos em contingências similares, de modo queo cliente seja reforçado, e não punido, por apresentá-Ios.
Se, em face desse comportamento, o terapeuta tiversucesso na manutenção de sua posição como nãopunidor, o processo de redução do efeito da puniçãose acelera (Skinner, 1953/2003, p.403).
É de se esperar que, com o progresso do processoterapêutico, o valor reforçador da figura do terapeuta aumente e, desta forma, generalize-se para tudo o que diz respeito à terapia. Assim, o cliente passa a encarar as sessõesde terapia como um local relativamente "livre" de punições,no qual pode se comportar da maneira que julgar adequada,sem sofrer maiores conseqüências aversivas. É claro que oterapeuta irá trabalhar com o cliente a noção de limites, sendo esta noção determinada diretamente pelas conseqüências dos seus próprios comportamentos. Tal fato remete à importância do processo de discriminação, isto é, o cliente saber discriminar em que situação pode ou não emitir determinado comportamento e qual será a sua conseqüência.
62
Portanto, se o terapeuta conseguir se manter comouma audiência não-punitiva e gradativamente solidificar o vínculo com o cliente, cada vez mais ele se sentirá à vontadepara emitir comportamentos antes reprimidos em ambientenatural. Dito de outra forma, os comportamentos aprendidosna sessão de terapia, que foram anteriormente punidos, podem, a partir de uma adequada análise funcional, ser novamente emitidos pelo cliente em seu cotidiano e, assim, passar a fazer parte de novas contingências.
Se, contudo, o terapeuta se torna crítico, ou pune deoutra forma, ou ameaça punir, ou se o comportamentopreviamente punido começa a ser emitido muitorapidamente, o processo pode cessar repentinamente.A condição aversiva que se origina para reverter atendência algumas vezes se denomina resistência(Skinner, 1953/2003, pA04).
A relação terapêutica é central para o andamento daterapia. Nesta relação, a figura do terapeuta como estímulodiscriminativo para possíveis respostas que, se emitidas, serão provavelmente reforçadas, é importante para que o cliente possa apresentar comportamentos que, em outros ambientes, já foram ou seriam punidos. Neste sentido, oterapeuta está associado a reforça dores positivos. Contudo,se o terapeuta se constitui numa figura punitiva, apresentando comportamentos de crítica e desaprovação, é associado à condições aversivas e torna-se sinalizador de eventospassíveis de punição.
Assim, ser uma audiência não-punitiva e possibilitar aemissão de comportamentos que já foram punidos em ambiente natural, é o segredo para o sucesso da terapia; casocontrário, de acordo com Skinner, "o processo pode cessar repentinamente", gerando a "resistência", que implica na quebra do vínculo terapêutico e, conseqüentemente, o términoda terapia.
O objetivo da psicoterapia em geral é encarado comoa liberação do comportamento reprimido e, por isso,perturbador - de certa forma, há uma analogia com atarefa da remoção de um tumor, de drenagem de umferimento infectado ou da administração de um laxante(Skinner, 1957/1978, p.477).
O cliente que procura terapia está passando por momentos aversivos em sua vida. Para se "curar" deste "quadro", procura a ajuda de um profissional, que na sua concepção, poderá fornecer alívio imediato ao indicar formas de combater as situações que causam desconforto. Neste sentido, oterapeuta pode ser comparado a um médico que tem comotarefa remover o tumor de um paciente e melhorar as suas
63
'\.
condições de saúde. O paciente procura o médico para se "livrar" de algo que pode comprometer o seu estado físico; ocliente procura o terapeuta para se "libertar" de algo que, emprincípio, é aversivo e não está sendo funcional na sua vida.Ambos buscam no profissional apoio e esperança de melhorana sua condição de vida atual. Conforme a citação do autor,cabe ao terapeuta criar condições para que o cliente possaliberar os comportamentos reprimidos, sendo necessário paratanto, um ambiente acolhedor, livre de punições.
Novamente, fica evidente que a figura do terapeutacomo audiência não-punitiva, é uma variável importante parao bom andamento da terapia.
A psicoterapia é particularmente importante quando ascontingências responsáveis por um informe verbal sãotão poderosas que a própria pessoa não sabe que "estácom medo". O terapeuta "a auxilia a descobrir seutemor". Quando ela age corajosamente embora sentindomedo, é o tipo de pessoa que é nesse momento. Nãoprecisamos presumir que haja uma pessoa temerosaemboscada nas profundezas (Skinner; 1974/2003, pA03)
Na terapia, o cliente aprende a identificar que seusmedos e problemas são o resultado de sua história de aprendizagem e não de uma entidade ou de uma personalidadeou caráter interior, além de aprender outra forma deexperienciar seus temores e enfrentá-Ios.
O psicoterapeuta que tenta levar seu paciente acompreender-se está presumivelmente salientandorelações causais de que este ainda não havia tomadoconsciência (Skinner, 1974/2003, p.150).
Na situação de terapia o terapeuta cria condições paraque o cliente discrimine sob que contingênciasdeve atuar parachegar a mudar os padrões que considera inadequados parasua vida. A terapia consiste não em dar a solução pronta parao cliente, mas em mudá-Io de modo que ele seja capaz de descobrir qual é a solução. Neste caso, pode-se relacionar o encontrar a solução de seu problema ao aprender por contingências como mais efetivo do que aprender sob controle de regras.
Supõe-se amiúde que a terapia do comportamento éexclusivamente uma questão de idear contingênciasreforçadoras, mas ela também inclui, de forma bastanteapropriada, dar ao paciente avisos, conselhos, instruçõese regras a serem seguidas (Skinner; 1974/2003, p.150).
Uma das tarefas importantes do terapeuta é criar condições para que o cliente entre em contato com as contingências de sua vida cotidiana e, a partir delas, formule suaspróprias regas. A regra básica que o terapeuta ensina aoseu cliente é "dê uma chance às contingências'~.
64
•)
I
l
A psicoterapia é, freqüentemente, um espaço paraaumentar a auto-observação, para "trazer àconsciência" uma parcela maior daquilo que é feito edas razões pelas quais as coisas são feitas. Tanto napsicoterapia como na literatura, a análise dapersonalidade é freqüentemente denominada "buscado eu verdadeiro". Quando o comportamento é punido,em geral ele é escondido, tanto da própria como deoutras pessoas. Nesse caso, "verdadeiro" podesignificar "primitivo", porque o que é sentido é devidotanto à seleção natural como às contingênciasreforçadoras - comida, sexo e agressão - similares àsque devem ter desempenhado um papel predominantena seleção natural (Skinner, 1989/2003, p.46-47).
O cliente procura a terapia por vivenciar alguma situação aversiva em sua vida e por não dar conta de resolvê-Iasozinho. Assim, espera que o terapeuta possa lhe fornecermeios para lidar com a situação e, assim, ter uma qualidadede vida melhor.
Partindo desta concepção, a terapia tem como objetivo ensinar ao cliente comportamentos que sejam adaptativosàs contingências de sua vida. Para tanto, torna-se necessário iniciar esta aprendizagem pela auto-observação, com aqual o cliente aprende a identificar as variáveis que controlam o seu comportamento. Neste sentido, a auto-observação é o passo inicial para uma mudança no comportamento.A partir do momento que o cliente está apto a se auto-observar e identificar o que o controla, pode descrever a contingência em questão e verificar o que não está adequado; amudança é a etapa seguinte.
Assim, quando Skinner se refere à psicoterapia comosendo um espaço para aumentar a auto-observação e trazerà consciência o porquê de as coisas serem feitas, em outraspalavras, ele quer dizer que a terapia é um lugar para o cliente aprender a discriminar as variáveis que o controlam e,desta forma, mudar o que julgar não ser ideal. Dito de outraforma, o cliente aprende a fazer a análise funcional das contingências que vivencia no cotidiano.
Os psicoterapeutas devem falar com seus clientes e, comraras exceções, fazem-no na linguagem cotidiana, que éfortemente marcada por referências a causas internas _"Eu comi porque estava com fome", "Fiz isso porque sabiacomo", e assim por diante (Skinner; 1974/2003, p.150).
Se o terapeuta deve ser uma figura reforçadora para ocliente, de certa forma, atua como modelo para a aprendizagem de novos comportamentos. No contexto de terapia, modelo significa uma pessoa que tem prestígio e valor para ocliente e que, portanto, seus comportamentos poderão ser
6S
seguidos e/ou imitados. Partindo deste ponto de vista, oterapeuta deve analisar detalhada mente os comportamentos a serem emitidos, levando sempre em consideração oobjetivo-alvo. O terapeuta começa falando na linguagem docotidiano do cliente para favorecer a formação de um vínculoe, gradualmente, vai modificando sua linguagem. Uma característica da terapia comportamental é seu aspecto didáticoou pedagógico, como na seguinte interação verbal:
Quando o cliente diz: "Meu jeito de ser tímido é porquena família todos são assim também ... ".
O terapeuta pode responder: "O seu jeito de ser, isto éo seu comportamento, foi aprendido ao longo de sua vida, narelação com a sua família e eles devem mesmo ter comportamentos como o seu".
"Tanto na instrução quanto na psicoterapia, osreforçadores correntes (com freqüência planejados)são arranjados para fortalecer o comportamento queo estudante e o cliente acharão útil" (p.97, QR).
Skinner (1968/1972) define o ensino como "um arranjode contingências sob as quais os alunos aprendem" (p. 72). Arranjar contingências, nesta perspectiva, significa.planejar, programar atividades. Relacionar ensino apenas à educação formal é mero engano, uma vez que a terapia também tem umcaráter de ensino-aprendizagem, em que o terapeuta é oprofessor e o aluno é o cliente. Assim, o sentido dado porSkinner ao ensino relacionado à educação formal cabe à terapia, e deste modo, o terapeuta deve arranjar contingências para promover a aprendizagem do seu cliente e o aparecimento de comportamentos, que em ambiente natural, demorariam a ocorrer ou não seriam adquiridos. Ao planejar, oterapeuta deve identificar quais comportamentos devem' serestabelecidos e com que respostas é possível contar, ou seja,o repertório comporta mental do seu cliente. Neste sentido,conhecer o cliente é fundamental no processo terapêutico,bem como definir os objetivos da terapia.
Observa-se nas diferentes citações de Skinner algunsaspectos constantes: a situação terapêutica como aquela emque há uma audiência não punitiva, o terapeuta como modeloe fonte de reforçadores sociais, a possibilidade de aprendizagem de novos padrões de comportamento. Na realidade, aTerapia Comportamental tem a característica de, justamentepor ser baseada nos princípios de aprendizagem propostospor Skinner, ser uma terapia baseada não no mistério, na especulação ou em teorias mentalistas, mãs em dados objetivose empíricos, em hipóteses testadas; isto é, na ciência.
66
r
REFERÊNCIAS
Skinner, B. F. (2003) Ciência e Comportamento Humano. (J. C.Todorov & R. Azzi, Trad.) 1P ed. São Paulo: Martins Fontes.(Trabalho original publicado em 1953).
Skinner, B. F. (1978) O Comportamento Verbal. (M. P.Villalobos,Trad.) São Paulo: Cultrix. (Trabalho original publicado em 1957).
Skinner, B. F. (1972) Tecnologia do Ensino. (R. Azzi, Trad.) SãoPaulo, SP: Editora EPU. (Trabalho original publicado em 1968).
Skinner, B. F. (1974) Sobre o Behaviorismo. (M. P. Villalobos,Trad.) (8a ed). São Paulo: Cultrix. (Trabalho original publicado em1964) .
Skinner, B. F. (2003) Questões Recentes na AnáliseComportamental. (A. L. Néri, Trad.). (4a ed.) Campinas: PapirusEditora. (Trabalho original publicado em 1989).
67