Post on 10-Nov-2018
da Congregação de Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus
decorreu de 08 a 30 de junho, em Rocca di Papa, perto de Roma (Itália),
tendo participado 39 irmãs e, na semana de 18 a 23, 20 colaboradores e 6
leigos hospitaleiros. Do nosso centro participou a Ir. Isabel Morgado e a
colaboradora Dra. Ana Escada.
Os trabalhos capitulares foram-se desenrolando consoante a programação e
calendarização prevista chegando-se com a participação de todos à
elaboração do Documento – “Praticai a Hospitalidade”.
No dia 26 de junho a Assembleia Capitular reelegeu como Superiora Geral a
Irmã Anabela Moreira G. Carneiro, para o período de 2018-2024.
Visivelmente emocionada, a Irmã Anabela aceitou este serviço e disse: "Si Dios se ha fijado en mi
pequeñez, aquí estoy".
A Comissão de comunicação do Capítulo caracterizou a Irmã Anabela como “uma hospitaleira
apaixonada por Jesus, serena e comprometida com a sua vocação; simples, acolhedora, paciente,
mulher de comunhão. Confia no futuro da hospitalidade, não pelas próprias forças, mas nas d’Aquele
a quem nada é impossível.”
No dia 27 teve lugar a eleição do Conselho Geral:
� Sor Maria Ester Berruete – Vigária Geral � Sor Léontine Judith N. Mbouck – 2ª Conselheira � Sor Blanca Flor Guerrero – 3ª Conselheira � Sor María Begoña Pérez – 4ª Conselheira. Agradecemos a sua disponibilidade e confiamos o seu
serviço ao Senhor Jesus, o Bom Samaritano.
Sumário - XXI Capítulo Geral - HSC . Eleição da Superiora Geral . Eleição do Conselho Geral - Arraial Hospitaleiro . Alunos da EB do Bairro da Luz . Crianças do Jardim-Infância - 3º SIAC da Guarda - “Agora volto do labirinto” . Apresentação do livro . Palavras da Sra. Vereadora . Palavras de coautora - Testemunho - Passeio dos colaboradores - Passeio a Salamanca - Peregrinação Hospitaleira - 31 de maio . 137 Anos de fundação HSC - Talentos Bento Menni . 1ª Edição - Exposição Paula Rego - Qualidade em Alta - “Lanchar fora”
- Próximas realizações: . II Semana da Qualidade . VI Semana Aberta . Dia da Venerável María Josefa Recio - Fundadora . Magusto . Dia Mundial do Voluntariado . Festas de Natal da Família Hospitaleira.
Boletim Maio-Agosto - Núm.50. Ano 2018 - Casa de Saúde Bento Menni – Guarda
Bairro da Luz 6300-575 GUARDA * Telef.: 271200840 * Web: www.irmashospitaleiras.pt/csbm/
XXI Capítulo Geral
2
Uma panorâmica de todos os participantes: irmãs, colaboradores e leigos hospitaleiros. Descubra alguns
rostos que lhe são mais familiares.
Mais informação consulte o site da Congregação: https://www.hospitalarias.org/
O Cardeal José Saraiva Martins na Guarda Todos os anos o Sr. Cardeal Saraiva Martins vem até à Guarda, ficando alojado na Casa de
Saúde Bento Menni. Este ano houve um motivo especial; no dia 15 de agosto, a Diocese quis
homenageá-lo celebrando os 30 anos de ordenação episcopal.
Destacamos três momentos peculiares:
- Apresentação do livro pelo Sr. Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro. O
livro é da autoria do italiano Andrea Tornielli.
- Eucaristia presidida pelo Sr. Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, como
momento alto de ação de graças na Sé catedral.
- Jantar de confraternização no seminário da Guarda.
Foram momentos participados por muitos egitanienses que com entusiasmo acorreram a dar vida à iniciativa, mostrando-se lisonjeados com o percurso de um conterrâneo que apesar da elevada eloquência e sabedoria se faz próximo de todos e a todos sorri.
Deixamos a dedicatória que dirigiu à comunidade e, consequentemente, a todas as pessoas que realizam a missão na Casa de Saúde Bento Menni.
3
Arraial Hospitaleiro
No passado dia 17 de junho realizou-se mais um arraial hospitaleiro. Como já vem sendo
habitual, contámos com a presença de cerca de cem crianças da escola do ensino básico do Bairro da
Luz. O recinto encheu-se de pais e familiares que vieram acompanhar e aplaudir as crianças. Também
tivemos a participação do grupo folclórico da Casa de Saúde “Ó da Guarda”, que nos animaram com
as suas brilhantes atuações.
Mais uma vez, esta festividade de
grande magnitude contou com a
colaboração de colaboradores, membros da
comissão de festas, voluntários e irmãs, para
que a realização da mesma fosse possível.
Houve muita animação, barraquinhas de
comes e bebes onde não faltou a sardinha
assada e a febra na brasa. Também a barraca
das rifas teve uma grande afluência, uma vez
que os nossos utentes aguardavam
ansiosamente por este dia.
Não posso deixar, uma vez mais, de
agradecer a todos os que fizeram com que
este evento se realizasse, contribuindo com
a sua ajuda e disponibilidade.
Um bem-haja!
Adelaide Alexandre Comissão de festas CSBM
4
Abertura do 3º Simpósio Internacional
de Arte Contemporânea da Guarda
Fomos avisadas na sexta, com o cuidado de nos vestirmos airosamente. Na segunda, 4 de
junho, com o Dr. Rui, a Patrícia, o Zé, a Fátima e eu, lá fomos. Já eram 6.00h. À conta da roupa airosa,
eu ia cheia de frio. À chegada ao Teatro, que estava bastante cheio, destacava-se uma fauna particular,
a dos artistas, distinta pelas roupas e pelos cabelos fora do normal. Obviamente, uma exposição é o
seu habitat natural. Dentro do teatro, já estava quentinho. Subimos ao primeiro andar. Para dar
importância à exposição, havia vários fotógrafos com lentes enormes, e operadores de câmara que
filmavam por todo o lado. Principiámos com um guitarrista e uma canção suave.
A exposição era meio coletiva, meio individual. Brigitte Von Humboldt, recém chegada do
Algarve, ocupava metade. A senhora leu um texto onde explicava várias coisas, mas a sua voz
fraquinha, sem microfone e com as outras pessoas a falarem, resultou que não se ouviu uma palavra.
Na folha de sinopse, a sua biografia era tão grande que mal dava espaço para uma pequena
passagem sobre a sua filosofia. Para dizer a verdade, não gostei muito dos trabalhos dela,
principalmente por causa das cores utilizadas.
Pelo contrário, os outros artistas tinham quadros excecionais. O que mais nos chamou a
atenção, e a muito mais pessoas, foi um com o mar revolto, que por pouco não saía da tela.
De seguida descemos ao café concerto, nosso bem conhecido. O grupo de canto do
Conservatório cantou duas canções. No palco apresentaram-se 4 senhores sentados à mesa com
garrafas e copos de água. Pelo aspeto aquilo era para demorar, e já eram 7 horas. Mas quem veio falar
foi o Presidente da Câmara, Dr. Álvaro Amaro, que nem sequer estava no palco. Entre novidades,
meias piadas e promessas, o Senhor falou durante meia hora. Atrás estava um slide a prometer
novidades sobre o Largo da Misericórdia e da Torre dos Ferreiros. Quando ele acabou, veio um
arquiteto, mas fizeram-me sinal para sair. Fiquei com pena de não saber as novidades arquitetónicas, e
nem tive a oportunidade de provar os bolinhos e sumo de laranja expostos.
Ficámos com a próxima promessa, Paula Rego.
Joana Sarmento
5
Agora Volto do Labirinto
Para entendermos melhor o projeto – “agora volto do labirinto”, uma obra coletiva,
construída na Oficina de Escrita da CSBM, coordenada e
dinamizada pelo Dr. Américo Rodrigues, da Divisão de
Educação, Intervenção Social e Saude da Câmara
Municipal da Guarda, damos a palavra à Dra. Maria
Adelaide Gomes Lopes, cuja apresentação do livro
decorreu na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, no
passado dia 04 de julho.
Depois dos cumprimentos aos membros da mesa,
sinalização da dedicação e competência do dinamizador e uma
saudação a todos os presentes, autores, organizadores e ouvintes
em geral, propõe o percurso para a leitura da compilação.
Sublinha que o livro é resultado dos encontros mantidos ao
longo de quase um ano entre utentes da CSBM e o Dr, Américo
Rodrigues, plasmando “os dizeres, as emoções, as aspirações e as
memórias de cada um.” Afirma que a ordenação dos textos não
obedece à cronologia da sua escrita, nem os temas foram
selecionados
com a
intenção de
publicar um
livro. Depois
dos textos
escritos, muitas vezes como um jogo, a escolha
foi feita pelos autores e não obedeceu a
critérios cronológicos, temáticos, de qualidade
ou quantidade.
Depois desta introdução a Dra. Adelaide
passa a explicitar a leitura pessoal do conjunto
de textos que se apresentam em “agora volto
do labirinto”.
A Dra. Adelaide para entrar no
significado do labirinto faz referência ao mito
de Minotauro, ao palácio cretense de Minos
onde estava encerrado o Minotauro e de onde
Teseu conseguiu sair graças à ajuda do fio de
Ariadne.
Acompanhemo-la nessa exploração.
6
«Lembrando o sentido de labirinto como essencialmente um entrecruzamento de caminhos,
dos quais alguns não têm saída, formando becos onde se trata de descobrir o caminho que conduz ao
centro da teia, entendemos mais facilmente o porquê de uma oficina de escrita.
A palavra oficina define o local de uma atividade laboral, sobretudo manual/artesanal. Provém
do latim opificium derivada de opificis (artesão) mediante a justaposição de opus (obra) + facere
(fazer). E fazer a teia é tecê-la devagar, pacientemente com avanços e recuos, com becos e desvios tal
como começar a ser, ser pessoa, ser livre, não ser neutro, afirmar-se na liberdade ou não, ter
identidade, ter vida, não estar satisfeito, falar, dizer, dizer livre, mergulhar nas dificuldades do
conhecer-se, vencer e sair.
Sair da teia tal como [Teseu no palácio de Minos] é um objetivo – volto do labirinto, e para o
alcançar a ajuda de um fio condutor [o fio de Ariadne] é importante ajuda de leitura.
Tal como a criança usa palavras mais ou menos incompreensíveis, também este conjunto de
textos se inicia por palavras inventadas (p. 5 e 6) e expressões de não neutralidade (p. 20-24):
- o neutro é preto
- tudo se torna neutro quando partimos
- com a borracha apagava um título neutro
- andei à procura de umas meias neutras. Resolvi
nada encontrar.
Pelo caminho ficaram circunstâncias que
ajudam a crescer e ter uma identidade (p. 25-31) -
Veloz como uma gazela. Corro para fugir – e
alguns textos narrativos que falam de Si, de
acontecimentos do dia-a-dia, de atividades (p.
32-37) carnaval, circo, viagens.
E porque nascemos para não estar
satisfeitos, uma série nova incide sobre palavras
com sentido e memória (p. 41-45). Também
surgem as cartas. O estilo epistolar prevalece nas
várias cartas – ao pai, à mãe, a Si mesmo (p. 53-55).
Muitas memórias (os olhos das nossas memórias
veem melhor que os nossos) e conversas consigo e
com outros ocupam estes momentos de partilha.
- todos os dias me lembro de ti (p. 53)
- ainda tens aqueles tanques de pedra onde eu me banhava (p. 54)
- não deixes para ontem o que já fazes hoje (p. 55)
- Responde-me com um poema (p. 56)
- Espero por ti no dia 20 de abril (p. 57)
- já foste aquele sítio onde andávamos em pequenas (p. 60).
7
Seguindo o fio que nos conduz a voltar, os textos escritos após a leitura de outros mostram
como andar no labirinto é seguir uma linha indireta que pode levar a perder-se no mundo (p. 76 e 77).
E a linha indireta pode casualmente levar-nos à 7ª linha, ou à p. 7, ou ao 7º livro da 7ª prateleira da 7ª
estante da sala e abrir-nos a porta das 7 maravilhas do mundo, recebidos pelos 7 deuses da felicidade
depois de ter navegado pelos 7 mares, ouvindo os sons ímpares das 7 notas musicais e acampando
numa tenda com tâmaras e caixas de diamantes e muitas odaliscas… e um príncipe disfarçado com um
turbante vermelho.
O sentido da felicidade é uma
constante das memórias, julgamos que
da infância, que sobressai mais ou
menos explicitamente em muitos dos
textos deste labirinto.
Família/famílias, espaços,
atividades lúdicas lembram as idas e
voltas do labirinto, procurando o
caminho de saída para o bem-estar pessoal, seja ele uma lua pintada de prata, a medida dos meus
sonhos ou a música que cura a alma. (p. 98-100)
Muitos autores fizeram fazer a oficina e assim termino com o texto “Ver claro” de Eugénio de
Andrade, convidando a ler este labirinto e se for preciso “… Regressar outra vez e outra vez e outra
vez…”.»
Palavras da Sra. Vereadora
A Dra. Lucília Monteiro no final da apresentação do livro e da leitura de alguns textos,
começou por felicitar os autores, pois são eles a razão do encontro daquele fim de tarde, para o
lançamento do “agora volto do labirinto”. Continua.
«… e voltámos todos muito bem porque foi um momento muito bonito e enriquecedor, pois permitiu-
nos entrar no vosso labirinto e sentir os vossos estados de alma,
imaginar sonhos, desalentos e alentos e constatar que estão com vida,
pois é de vida que se trata quando através de uma Oficina de Escrita há
competência e capacidade para levar mentes adormecidas a
entregarem-se à escrita e dar asas à imaginação, fundamentalmente
dar valor ao vosso sentir e às vossas palavras que bem orientadas
deram este “labirinto”.
Para gaudio de quem convosco convive, este livro é a prova
viva de que o esforço compensa e que hás necessidade de não baixar
os braços e dar a mão a quem, por momentos e circunstâncias da vida,
deixou de acreditar na sua capacidade de viver e dizer coisas bonitas.
A motivação é essencial e é necessário haver alguém que nos mostre o
caminho e nos diga: És capaz. Acredita.
8
Pois continuem a dar voz ao vosso labirinto, libertem-se das amarras que vos prendem o
pensar e sejam livres para escreverem o que sentem. E se a escrita é uma forma de libertação,
escrevam muito e sonhem, porque todos nós aplaudimos e como diz o poeta “quando o Homem
sonha o mundo pula e avança”.
Aos mentores da oficina e a todos os colaboradores da Casa de Saúde Bento Menni muita
saúde para fazerem mais e melhor.
A Câmara regozija-se com esta belíssima parceria e estará sempre aberta para promover e apoiar
todas as iniciativas e projetos que valorizem e favoreçam a inclusão social.»
Palavras da Maria Dionísio, coautora do livro
A Câmara Municipal da Guarda / Divisão da Educação, Intervenção Social e Saúde, proporcionou
uma oficina de escrita aos utentes da Casa de Saúde Bento Menni, sob a direção do Dr. Américo
Rodrigues.
No dia 04 de julho de 2018, na Biblioteca Eduardo Lourenço na
cidade da Guarda teve lugar o lançamento do livro “Agora volto do
labirinto”, resultado de um ano de trabalho da oficina. Os melhores
trabalhos poéticos dos 10 utentes que participaram constituíram o
livro.
Na mesa de apresentação estavam a Dra. Vereadora da C. M. da
Guarda, a Irmã Isabel Morgado, o Dr. Américo Rodrigues e a Dra.
Maria Adelaide Gomes.
Cada um teve oportunidade de falar e expressar a sua opinião
sobre os poemas, e os autores leram três poemas cada um, para dar
uma impressão ao público.
Correu tudo muito bem, os convidados que compareceram
gostaram imenso das declamações ouvidas. Foi um dia bonito e feliz
para todos os que participaram em mais esta iniciativa.
9
TESTEMUNHO
No período em que realizei o meu Ensino Clínico – Integração à Vida Profissional, do 4º ano do
curso de Enfermagem da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda. Foi por opção e
não por obrigação que realizei este estágio na Casa de Saúde Bento Menni (CSBM), onde já tinha
realizado um outro campo de estágio no ano letivo anterior. Sabia, pois, bem para onde vinha,
conhecendo já bem as instalações e a equipa multidisciplinar com quem ia trabalhar.
Assim, ao escolher esta Instituição para realizar este meu estágio sabia que utentes iria
encontrar e que patologias apresentavam. Foi mesmo por isso que a minha escolha foi a CSBM.
Trabalhar com utentes com este tipo de patologia, deu-me a possibilidade de prestar cuidados de
enfermagem individualizados e personalizados com maior facilidade.
Este Ensino Clínico deu-me a possibilidade de contactar diretamente com doentes do foro
psiquiátrico, com características muito específicas e muito diferentes uns dos outros. Esta é uma área
de que gosto especialmente porque valoriza a vertente afetiva e relacional do cuidar, sendo essencial
a criação de uma relação terapêutica com todos os utentes.
Pude planificar todas as atividades que tinha que realizar e gerir sempre os recursos
disponíveis de forma responsável, realizando todos os procedimentos requeridos por cada utente de
uma forma autónoma, possibilitada ao máximo pela minha enfermeira orientadora. Posso mesmo
afirmar que, neste Ensino Clínico, me senti uma verdadeira enfermeira, tal a responsabilidade e o grau
de autonomia que me foram permitidos.
Este foi, para mim, um Ensino Clínico muito especial, em que todos os momentos vividos, quer
os bons quer os maus, foram de grande intensidade e bastante marcantes. São momentos destes que
me vão por certo ajudar no futuro como pessoa e como profissional de enfermagem. A integração foi
excelente: fui bem recebida por toda a equipa e recebi todo o apoio de que necessitei ao longo de
todo este tempo. Claro que o principal contributo foi dado pela minha enfermeira orientadora que me
prestou toda a colaboração necessária para que tudo corresse pelo melhor. Foi com ela que muito
aprendi e que por certo vai contribuir para que eu seja uma melhor profissional, tanto no aspeto
humano como também ético.
Aconselho, por tudo isto, que todos os
meus colegas e todos os futuros estudantes do
curso de Enfermagem “passem” pela CSBM para
efetuar o(s) seu(s) Ensino(s) Clínico(s). Para mim foi
muito gratificante poder pertencer a esta equipa,
aprender com estes profissionais e poder prestar
cuidados a estes utentes…Levo daqui muitas
experiências positivas e muitas pessoas que me
marcarão para o resto da minha vida pessoal e
profissional.
Catarina Afonso
10
Passeio dos colaboradores
Nos dias 27 de junho e 11 de julho, realizaram-se os passeios anuais dos colaboradores e
irmãs da CSBM. O destino escolhido foi a cidade do Porto, em particular a visita ao Parque e Museu de
Arte Contemporânea de Serralves.
A origem do Parque de Serralves remonta a 1923 quando Carlos Alberto Cabral, 2º Conde de
Vizela, herda a Quinta do Lordelo, propriedade de veraneio da família à Rua de Serralves (então nos
arredores do Porto). A sua história divide-se em três momentos: os traços do jardim de finais do
século XIX da Quinta do Lordelo e a Quinta do Mata-Sete, o jardim de Jacques Gréber para a Casa de
Serralves, e a paisagem do Museu de Arte Contemporânea.
O Museu de Serralves fica situado
nos espaços únicos da Fundação de
Serralves, que incluem um parque e uma
moradia e é o mais importante no que
respeita à arte contemporânea em
Portugal. Promove a fruição e a
compreensão da arte e da cultura
contemporâneas com a sua coleção,
exposições temporárias, programas
educativos, sessões públicas, espetáculos
de música de dança e performance e com
a sua atividade editorial e das parcerias, a
nível nacional e internacional.
Das galerias do museu, fazem
parte as exposições temáticas e
monográficas de artistas consagrados e
de artistas emergentes, tais como a de
Anish Kappor - Obras/Pensamentos/Experiências, e as mostras da coleção de Serralves, Zero em
Comportamento, Arquiteturas móveis – energia/sustentabilidade/futuro e a Sonnabend Collections:
Meio século de arte europeia e americana. Serralves é sem dúvida uma referência da cidade portuense
e onde se pode usufruir de uma programação frequentemente renovada.
Houve ainda tempo para visitar os locais mais emblemáticos da cidade, nomeadamente a
Ribeira, Torre dos Clérigos, Livraria Lello e a Avenida dos Aliados.
O enriquecimento cultural foi extraordinário durante este passeio, contudo, muito mais
importante foi o espirito de entrega e descontração que todos expressaram ao longo deste dia. Foi
possível reforçar relações e partilhar sentimentos fugindo ao stresse físico e mental do nosso dia-a-
dia.
Os sentimentos de alegria e satisfação marcaram presença nos diversos momentos de partilha e convívio vivenciados por todos.
Em nome de todos os colaboradores que quiseram disfrutar destes dias, um especial agradecimento à direção da CSBM. Muito obrigado.
Enf. Marco Martins
11
Passeio à cidade de Salamanca
O passeio a Salamanca já estava prometido há muito, mas ano após ano, os destinos tinham
sido outros. Desta vez, o passeio anual foi mesmo em frente, no dia 03 de julho de 2018.
Saímos cedo, como de costume, com calor a prometer e a estrada a desenrolar-se pacificamente à
nossa frente. Saímos do autocarro quase em frente da Plaza Mayor. Após uma vista rápida, voltámos
atrás, na direção da universidade e da catedral. Os edifícios, cor de barro seco, elevam-se nos seus
quatro ou cinco andares, mas que parecem maiores porque as ruas são muito apertadas. A pedra é
por vezes trabalhada, em forma de figura humana, vegetal, ou em conchas, como a famosa “Casa das
conchas”.
Tínhamos que ir à catedral. Apesar de ter que pagar bilhete, um grupo aventurou-se lá dentro,
enquanto outros ficaram no jardim. A Catedral, claro, é fabulosa. Tem exemplos de tudo o que há na
iconografia cristã. Tudo em bom estado, ou dentro do razoável. Demorámos um bom bocado a
percorrer a Catedral, e mesmo assim ainda faltaram algumas partes.
Mas tínhamos que aproveitar o tempo. Voltámos à Plaza Mayor, e percorremos algumas ruas
adjacentes, de olhos postos nos bric-à-brac para vender. Mas era tudo caro. Voltámos à camioneta, já
eram horas de almoço, e ainda foi preciso encontrar um local adequado. Adequado, é dizer pouco,
pois as mesas e bancos sob as árvores frondosas, o espaço livre cheio de relva, tudo se propôs para
um bom almoço e um pouco de descanso.
Depois, sem voltar atrás, fomos a Santa Marta de Tormes, vila muito bonita mas só com uma
igreja visitável, pois o resto estava tudo fechado. Vingámo-nos indo a um centro comercial, onde
algumas pessoas aproveitaram para umas comprinhas.
Aproximando-nos da fronteira, ainda parámos em Ciudad de Castelo Rodrigo, onde
perguntámos a uma senhora de um convento, que nos disse: “ tudo cerrado, tudo.” E realmente, bem
demos a volta à catedral, mas não havia maneira de entrar, nem em nenhuma outra igreja. Passeámos
pelas ruas, a admirar os edifícios e os sítios por onde passam os touros, durante as festas.
Chegámos a casa a tempo do jantar, cansados mas satisfeitos deste sonho concretizado.
Joana Sarmento
12
Peregrinação Hospitaleira a Fátima
No passado dia 17 de maio teve lugar a XX peregrinação hospitaleira, ao Santuário de Fátima,
tendo como horizonte temático, a sugestiva e significativa expressão: «mãos que dignificam».
De toda a província portuguesa acorreu um elevado número de participantes, dos diferentes centros,
membros identificados e qualificados, da grande família hospitaleira.
De facto, cada um de nós é um peregrino à procura de sentido, superação e transcendência,
por caminhos planos e sinuosos, numa corrida intransitiva, no interior de nós mesmos, pois somos
marcados pelo desejo de plenitude e infinito que nos habita e inquieta! «O essencial do ser humano
não se vê nas praças ou nas ruas. O melhor do ser humano é intransitivo. O mapa desenrola-se por
dentro (A. Couto).
O programa desta peregrinação centrou-se, como habitualmente, em dois momentos chave: a
celebração da Eucaristia, na capela da morte do Senhor, junto à Basílica da SS.mª Trindade, e a
animação cultural no salão do Bom Pastor, no centro Paulo VI.
A Eucaristia foi presidida pelo Padre José Nuno Silva,
responsável pelo departamento da Pastoral da Mensagem de
Fátima que, na sua inspiradora homília, procurou aprofundar e
materializar a ação prodigiosa e benfazeja das nossas mãos!
Mãos em forma de concha para acolher, mãos escancaradas para
partilhar, mãos disciplinadas para trabalhar, mãos disponíveis
para cuidar, mão erguidas para rezar...
A animação litúrgica, a cargo da Casa da Idanha, primou
pela harmonia das vozes corais e pela sinfonia dos instrumentos
musicais; que, no seu conjunto, davam um toque de beleza e
realce à mensagem central que um painel, em forma de coração,
procurava unificar e evidenciar: «mãos que dignificam».
13
Rainer Maria Rilke, poeta alemão, diz que as nossas mãos são o delta no qual desemboca a
vida que vem de longe para converter numa torrente imensa de
ação. Na verdade, há uma história concreta das nossas mãos!
Elas têm por direito próprio a sua beleza; assiste-lhes o privilégio
de ter o seu próprio desenvolvimento, os seus próprios desejos e
sentimentos.
A nossa autobiografia é uma história de tato; e as nossas
mãos traduzem, simbolicamente, este quinto sentido, na forma
como tocamos e somos tocados, na forma como não tocamos e
não somos tocados! Há uma experiência de Deus que nos chega
através do tato: «Quem Me tocou?» (Mc 5, 13). É no toque que
nos construímos e nos tornamos, sublinha D. Tolentino
Mendonça.
Depois de um almoço de confraternização, entre os vários membros de cada uma das casas,
teve lugar uma longa e pertinente tarde cultural com a participação qualificada de cada centro ali
reapresentado! Mais uma vez, a Guarda primou e cativou pela arte e pelo dinamismo que imprimiu, na
sua participação, em dois momentos distintos e complementares; tendo finalizado numa dança
altamente rítmica que traduziu, de algum modo, a dança das nossas vidas nas suas múltiplas
cadências e variações.
Numa palestra proferida no âmbito da pastoral da
cultura, D. Tolentino referiu que se transpuséssemos a imagem
da dança para aquilo que é o processo, o caminho, o itinerário
espiritual do homem, o nosso ponto de partida teria de ser este:
«tudo é dança e todos dançam!»
A dança não exclui nada, nem ninguém; é a capacidade
de abraçar e articular diferentes linguagens e objetos numa
mesma montagem em constante reconfiguração com aquilo que
é transdisciplinar, diverso e disperso... Se olharmos em redor vemos, na exposição do real, uma
infinidade de movimentos, fluxos coreográficos, imperfeitos mas infinitos.
A dança, continua D. Tolentino, é concebida e encenada para qualquer corpo, com ou sem
música, com ou sem narrativa. A sua gramática é feita de múltiplas escolhas, olhares e dramatologias;
está para lá das classes sociais, das fronteiras e dos credos; é a aceitação dos limites, em que a
autonomia de cada bailarino fica escancarada e a sua saúde psíquica colocada à mostra; as
dificuldades são postas a
nu, numa exposição
desarmada daquilo que
realmente somos, sem
máscara nem fingimento!
14
A dança vive no interior de tudo aquilo que vive; e, no seu movimento, ressoa a emoção
humana que enriquece a alma e eleva o espírito. A verdadeira dança é o contacto com o chão, porque
o céu dos que caminham está debaixo dos seus pés.
Os maiores bailarinos não sobressaem pelo seu nível técnico,
mas pela sua entrega natural e incondicional. Por isso, aqui fica o
meu convite: levanta-te e dança!
Assistente espiritual Lurdes Diogo
31 de maio - Dia fundacional
Celebrámos a Festa de Nossa Senhora do Sagrado Coração de Jesus, padroeira da
Congregação de Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, no 137 aniversário de fundação.
Maria Angustias ao acompanhar a aprovação da Congregação pela Igreja e a sua evolução falava da
árvore que, com raízes vigorosas, crescia e se expandia dando frutos de Hospitalidade. Foi esta
realidade que quisemos simbolizar e agradecer.
A Congregação gere 370 centros e dispositivos espalhados
por 4 continentes: África; Ásia; América Latina; e Europa. Estamos
presentes em 26 países, disponibilizamos 12 773 camas sanitárias e
sociais, lugares de âmbito comunitário 5 484, em ambulatório 962 524
consultas e cerca de 2 milhões de beneficiários ao longo do ano.
Este serviço conta com cerca de 1000 irmãs, 10.760
profissionais e numerosos voluntários.
À Eucaristia levámos toda esta realidade e peculiarmente a
preparação e realização do XXI Capítulo Geral, para que o processo de
revitalização/refundação a todos congregue na prática hospitalidade,
como presenças samaritanas.
15
Festa dos Talentos
Como atividade oferecida às utentes, o Grupo de Autorrepresentação, “Entre-nós”, da Casa de
Saúde Bento Menni da Guarda, resolveu organizar uma festa, chamada “Festa dos talentos do Bento
Menni.”
O objetivo era convidar artistas da casa, utentes, colaboradores, estagiários, a cantar, dançar
ou mostrar outro qualquer talento
artístico.
Ficou marcada para o dia 29-6-
2018, no palco do Bento Menni.
Inscreveram-se 15 pessoas, mas entre
as que se arrependeram e as que
entraram à última da hora, ficaram 14.
Houve acordeão, poesia, canto em
vários estilos, histórias, mais fado,
guitarra, anedotas e adivinhas. A
pessoa que tocou acordeão ganhou o primeiro prémio, e depois houve dois candidatos que ganharam
o segundo lugar. Estes três tiveram um prémio, quase simbólico, mas muito apreciado.
As utentes gostaram muito, falaram do assunto durante algum tempo, e muitas pessoas
fizeram o pedido de haver festas semelhantes com mais frequência.
Exposição da Paula Rego
A exposição da Paula Rego decorreu no Museu da Guarda entre
4 e 18 de Junho de 2018. Integrada no Simpósio Internacional de
Arte Contemporânea, era acompanhada por quase toda a cidade,
de inúmeras outras exposições, oficinas de arte, escultura,
instalações e performances. O programa era demasiado vasto para
ver tudo, e assim nós escolhemos ir ao museu, e ver o que sucedia a
partir daí.
A exposição da Paula Rego, “Transformações – da memória à
vanguarda”, tinha uma parte de pintura e outra de desenho. Sob o
tema da mulher submissa, os quadros tinham o poder de fazer
pensar na sorte que tem aquelas que não são retratadas pela
artista.
Do Museu passámos à Galeria de arte, onde pudemos ver 5 quadros cedidos pelo Novo Banco. A
seguir havia uma exposição em mármore, da Susana Miranda, que esculpiu enormes cabeças de bebé,
Joana Sarmento
16
Qualidade Em Alta
A Casa de Saúde Bento Menni está certificada desde 2013 pelo Modelo EQUASS no nível
Assurance. O ano de 2017 foi um ano desafiante, onde em conjunto demos continuidade ao sistema
de gestão da qualidade, que foi alvo de uma revisão, sofrendo o modelo algumas alterações que
foram necessárias disseminar e implementar!
Também foi um ano em que nos debruçamos sobre a ideia de Cultura da Qualidade, um
conceito abrangente que se quer de todos e para todos. Foram aplicados os questionários de cultura
da qualidade aos profissionais da Casa de Saúde Bento Menni e a todos os profissionais dos restantes
11 Centros Hospitaleiros. Os resultados foram apresentados num Seminário pelo Guus van Beek
(responsável pelo Modelo EQUASS e autor do questionário de qualidade), numa ação de
benchmarking, que permitiu analisar os resultados obtidos pelos centros do Instituto da Irmãs
Hospitaleiras e trocar boas práticas.
Como evidência da melhoria continua, em 2017 foi ainda pensada e dinamizada a I Semana da
Qualidade, que nos permitiu dar relevo a um processo de Qualidade que tem vindo a crescer e a
consolidar-se nos Centros.
Esta pequena retrospetiva de 2017 assinala parte do trabalho que as equipas foram
desenvolvendo e que em 2018 tiveram a sua continuidade com vista a preparar nova solicitação de
certificação.
Assim sendo tivemos em 2018 a continuação das ações para chegarmos a bom porto na
AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO QUE ACONTECEU A 30 E 31 DE JULHO, com a presença do Engenheiro
Alexandre Rebelo como auditor externo. Também contamos com a presença da Irmã Paula Carneiro
em representação do IIHSCJ.
Após dois dias de intenso trabalho e de
verdadeiro espírito de união e cooperação, que
se foi sentindo entre todos os que estiveram
direta ou indiretamente envolvidos na auditoria,
chegou a hora de ouvirmos em conjunto na sala
de formação, a conclusão positiva deste caminho
pela voz do auditor que também agradeceu a
forma hospitaleira como foi recebido!
Na certeza que este processo tem que ter
continuidade, é hora de celebrar e de agradecer
o empenho e dedicação de todos os envolvidos na Missão deste Centro. E foi com um lanche
partilhado que aconteceu dia 07 de Agosto no Páteo interno com Irmãs, colaboradores e pessoas
assistidas que assinalamos a terceira certificação EQUASS Assurance.
UM OBRIGADO SENTIDO E FRATERNO!!!
Carla Costa Gestora da qualidade
17
“Quality is not an act, it is a habit” (Aristotle)
“QUALIDADE NÃO É UM ATO, É UM HÁBITO” (Aristóteles)
“Lanchar fora” Uma saída terapêutica
É sempre em clima de grande animação que as pessoas que estão integradas no programa “Grão a
Grão” do serviço de psicologia, veem chegar o dia de mais uma saída com direito a um lanche especial e
escolhido ao gosto e apetite de cada uma!
Este programa é direcionada para as pessoas com deficiência intelectual e intervém nas alterações
comportamentais, estimula a autonomia e o relacionamento interpessoal.
As saídas terapêuticas contempladas neste programa, são um instrumento de reforço para as
aquisições feitas por cada uma das envolvidas e abre espaço à inclusão e combate ao estigma, uma vez que
é através do contacto direto com a comunidade local que valorizamos a pessoa, potenciamos as suas
capacidades funcionais e adaptativas.
Para além destes objetivos, as saídas promovem também a atividade física, uma vez que implicam
uma caminhada, orientada pelo técnico de educação física – Carlos Alves.
Carla Costa (psicóloga clínica)
18
Próximas realizações/participações:
» 24/9; 29/10; 26/11; 28/12: Celebração dos aniversários. » 17-21/9: II Semana da Qualidade. » 08-12/10: VI Semana Aberta. » 15-21/10: XXI Capítulo Provincial. » 30/10: Dia da Fundadora, a Venerável María Josefa Recio. » 09/11: Magusto. » 05/12: Dia Mundial do Voluntariado. » 16/12: XXIII Encontro natalício de Utentes/Familiares/Amigos. » 18-19/12: Festa de Natal/ irmãs, colaboradores e voluntários.