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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
UNIR – CAMPUS DE JI-PARANÁ
DEFIJI – DEPARTAMENTO DE FÍSICA
TÉCNICAS DE COMO SER UM BOM PROFESSOR DE FÍSICA NO ENSINO MÉDIO
BEATRIZ MANTHAY
Ji-Paraná – RO, julho de 2010.
BEATRIZ MANTHAY
TÉCNICAS DE COMO SER UM BOM PROFESSOR DE FÍSICA NO ENSINO MÉDIO
Prof. orientador: Francisco de Assis Pinto Cândido
Ji-Paraná – RO, julho de 2010.
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
UNIR – CAMPUS DE JI-PARANÁ
DEFIJI – DEPARTAMENTO DE FÍSICA
Por: BEATRIZ MANTHAY
TÉCNICAS DE COMO SER UM BOM PROFESSOR DE FÍSICA NO ENSINO MÉDIO
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao
Departamento de Física DEFIJI, da Fundação
Universidade Federal de Rondônia – UNIR, campus de Ji-
Paraná para a aquisição do titulo de Licenciatura Plena
em Física.
Ji-Paraná – RO, julho de 2010.
TÉCNICAS DE COMO SER UM BOM PROFESSOR DE FÍSICA NO ENSINO MÉDIO
BEATRIZ MANTHAY
Este trabalho de conclusão de curso foi julgado adequado para a aquisição do título de
Licenciatura Plena em Física e aprovado em sua forma final, no dia 15 de julho 2010, pelo
DEFIJI – Departamento de Física de Ji-Paraná da Fundação Universidade Federal de
Rondônia – UNIR, campus de Ji-Paraná.
Banca Examinadora
_______________________________
Prof. Francisco de Assis Pinto Cândido
(Orientador)
________________________________
Prof. Antônio Francisco Cardoso
(Membro)
________________________________
Prof. Ricardo José Souza da Silva
(Membro)
I
Dedico:
A Deus por ter me dado a bênção de realizar um sonho
de entrar em uma universidade e ter me ajudado até
aqui. A minha família, por ter me dado o apoio
necessário. E ao meu marido que muito me ajudou, e
sempre me apoio neste curso de Física.
.
II
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a bênção de concluir o curso de
Física.
Ao professor Francisco por me orientou neste trabalho, estando sempre à disposição
quando solicitado.
A todos os professores do departamento de Física, que me ajudaram na realização
do meu sonho.
E aos colegas de turma, pela ajuda e pela companhia durante o curso.
.
III
RESUMO
Neste trabalho são apresentadas algumas técnicas de como ser um bom professor, ou
como melhorar as aulas de um professor. O primeiro passo para ser um bom professor é ter
uma formação de qualidade, ser formado em Física para ser um bom professor de Física.
Também mostra a importância do professor ser amigo do aluno e de ser um educador
motivador. Fala da indisciplina dos alunos e quais os meios de acabar com essa
indisciplina.
É mostrado como exemplo um plano de aula, onde o professor pode estar preparando
suas aulas. É comentada a importância da tecnologia usada na sala de aula para os alunos
melhor compreender a matéria, e também mostra alguns experimentos muito simples que o
professor pode estar preparando e levando para seus alunos na sala de aula.
Palavras-chave: Professor, Ensinar, Aprender.
IV
ABSTRACT
This paper presents some techniques of how to be a good teacher, or how to
improve the lessons of a teacher. The first step to being a good teacher is to have quality
education, be trained as a physician to be a good physics teacher. This work shows the
importance of the teacher being a friend of the student and educator to be a motivator. Also
speaks of indiscipline among students and the means to stop this indiscipline.
It is shown as an example lesson plan, where the teacher may be preparing
their lessons. It reviewed the importance of technology used in the classroom for the
students better understand the matter, and also shows some very simple experiments that
the teacher may be preparing for and leading his students in the classroom.
Words-key: Teacher, Teach, Study
V
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA .............................................................................................................. I
AGRADECIMENTOS .................................................................................................. II
RESUMO ...................................................................................................................... III
ABSTRACT.................................................................................................................. IV
SUMÁRIO ..................................................................................................................... V
LISTA DE TABELAS .................................................................................................VII
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 01
2 OBJETIVO ................................................................................................................... 02
3 O PROFESSOR TEM QUE TER UMA FORMAÇÃO DE QUALIDADE ................ 03
3.1 O professor tem que ser didático....................................................................... 03
3.2 O professor da aula de Física, mas não é formado em Física ........................... 04
4 A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO ......................................................................... 05
4.1 O professor como amigo do aluno .................................................................... 05
4.2 O professor tem que ser motivador ................................................................... 06
4.3 Professor com autoridade e não professor autoritário ....................................... 06
5 A INDISCIPLINA DOS ALUNOS .............................................................................. 08
5.1 As causas da indisciplina .................................................................................. 08
5.2 Medidas para combater a indisciplina ............................................................... 09
6 COMO PREPARAR UMA BOA AULA ..................................................................... 11
6.1 Escrevendo o plano de aula ............................................................................... 11
6.1.1 Objetivos .................................................................................................. 11
6.1.2 Pré-requisitos ........................................................................................... 12
6.1.3 O que os alunos devem lembrar ............................................................... 13
6.1.4 Motivação ................................................................................................ 13
6.1.5 Atividades a serem desenvolvidas.... ....................................................... 15
6.1.6 Materiais necessários ............................................................................... 16
6.1.7 Como avaliar a sua aula ........................................................................... 17
6.1.8 Aulas de revisão ....................................................................................... 18
6.1.9 Aulas de recuperação ............................................................................... 19
7 TECNOLOGIAS APLICADAS NO ENSINO DA FÍSICA ........................................ 20
8 EXPERIMENTO EM SALA DE AULA ..................................................................... 21
VI
8.1 Quedas iguais .......................................................................................................... 21
8.2 Mudanças de estado ................................................................................................ 22
8.3 Bexigas carregadas ................................................................................................. 24
8.4 Comentários ............................................................................................................ 25
9 CONCLUSÃO .............................................................................................................. 26
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 27
VII
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ............................................................................................................................... 07
Tabela 2 ................ ................................................................................................................ 12
Tabela 3 ................ ................................................................................................................ 12
Tabela 4 ................ ................................................................................................................ 13
Tabela 5 ................ ................................................................................................................ 13
Tabela 6 ................ ................................................................................................................ 14
Tabela 7 ................ ................................................................................................................ 15
Tabela 8 ................ ................................................................................................................ 16
Tabela 9 ................ ................................................................................................................ 17
Tabela 10 ................ .............................................................................................................. 22
1
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho é apresentado algumas técnicas de como ser um bom professor de
Física no Ensino Médio. A realidade de nossas escolas hoje em Ji-Paraná é complicada,
muitos professores que lesionam Física não são formados, e os que são formados ainda
utilizam a mesma técnica de sempre, quadro, giz e livro. Neste trabalho são apontadas
várias maneiras do professor sair da rotina e levar algo novo para seus alunos, como usar
tecnologias no ensino da Física, como preparar experimentos simples entre outros.
2
2. OBJETIVO
Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo mostrar alguns pontos
importantes para que o professor possa melhor ensinar seus alunos, especificando várias
técnicas de não deixar as aulas monótonas, mas sim muito criativa, usando experimentos,
tecnologias, entre outros. Também é analisado um plano de aula, para melhor orientar o
professor.
3
3. O PROFESSOR TEM QUE TER UMA FORMAÇÃO DE QUALIDADE
Para ser um bom professor precisa-se de uma formação de qualidade. Ser professor é
mais do que passar matéria no quadro, professor é exemplo, como pessoa e como
profissional para o aluno, e uma má formação do educador traz um mau exemplo para os
alunos.
Não existe educação de qualidade sem o bom professor. O educador é o
profissional mais estratégico para uma boa aprendizagem, por isso ele precisa estar apto
para transmitir o conteúdo de forma adequada.
Um ponto muito importante na formação de um professor de qualidade é, durante o
estágio, ainda na faculdade, o acadêmico deve estagiar com um bom professor, por que ele
vai ser exemplo para sua carreira profissional, e muitas vezes um exemplo ruim de
professor pode ser frustrante na carreira do formando.
3.1 O professor tem que ser didático
Todo professor deve ser capaz de ensinar seus alunos. De nada adianta um
profissional cursar a melhor faculdade, mas não ter didática, paciência e sensibilidade para
respeitar o tempo e as diferenças de cada aluno. [ROMANEL]
Para ser um professor de qualidade é vital ser formado, mas as coisas não param
por ai, depois que o professor se forma ele deve estar sempre buscado meios de se
aperfeiçoar, buscar novas metodologias para melhorar cada vez mais suas aulas.
Uma formação de qualidade não é apenas dominar o conteúdo que será ensinado,
mas saber a melhor maneira de passar esse conteúdo, de ensinar seus alunos.
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3.2 O professor dá aula de Física, mas não é formado em Física
Um problema muito grave em Ji-Paraná, e em muitas outras cidades, é que a
maioria dos professores que ensinam Física são formados em Matemática, Biologia ou em
outra área. Será que um professor de Matemática ou Biologia será um bom professor de
Física? Se ele estudou Matemática ou Biologia, eles estarão aptos a dar aulas de
Matemática e Biologia, mas não de Física. Para ser um bom professor de Física precisa
primeiramente fazer o curso de Física, assim ele estará aprendendo todo o conteúdo e
como ensinar tais conteúdos.
É ruim para o aluno quando ele faz uma pergunta e o professor não sabe responder,
principalmente quando o professor enrola com a pergunta e não responde, em vez de abrir
logo o jogo e dizer que não sabe, mas vai pesquisar e trazer na próxima aula.
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4. A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
4.1 O professor como amigo do aluno
Ainda é uma dúvida, se o professor deve ser amigo do aluno? Será que se ele for
amigo do aluno não estará perdendo o respeito? O professor deve sim ser amigo do aluno,
mas como tudo tem limite, esta amizade também tem que ter limite.
Para o professor ser amigo do aluno, não deve haver uma relação de imposição,
mas sim, uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento. O educador tem que
saber ouvir seus alunos e compreende-los. O aluno deve ser considerado como um sujeito
interativo e ativo no seu processo de construção de conhecimento. Assumindo o educador
um papel fundamental nesse processo, como um indivíduo mais experiênte. [WIKIPÉDIA]
Existe um certo limite na relação pessoal entre professor e aluno para não colocar
em risco o objetivo primário dessa relação, que é o aprendizado. Um ambiente mais
descontraído, com um líder que sabe ouvir, ceder espaços e identificar dificuldades, tende a
ser um lugar mais agradável para o estudo. Quando esse estágio é alcançado, há uma
relação considerada por muitos como ideal e que contribui para todos, alunos e
professores. Diálogo e bom humor são aliados para o bom relacionamento entre
professores e alunos em sala de aula. O educador como amigo do aluno não pode somente
expor suas idéias, mas deixar com que seus alunos também exponham suas idéias em salas
de aula. Sendo o diálogo muito importante para o bom desenvolvimento do aluno.
O educador para ser amigo do aluno, não deve colocar-se na posição de dono do
saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo
um analfabeto é portador do conhecimento mais importante, da vida. [MOREIRA]
Os professores podem sim, ser amigo dos alunos, mas a preocupação em
acompanhar o processo de construção do conhecimento dos alunos deve ser efetiva.
6
4.2 O professor tem que ser motivador
Os alunos nem sempre demonstram prazer em aprender. Eles dependem de
vontade, interesse e de esforço para aprender, e isso tem que ser motivado pelo professor.
Educar exige criatividade, diálogo e limite, além de competência acadêmica. O
aprender se torna mais interessante quando o professor usa métodos de motivação em sala
de aula. O prazer pelo aprender não surge espontaneamente nos alunos, sendo em algumas
situações como obrigação. Para que isto possa ser mais bem cultivado, o professor deve
despertar a curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações durante suas aulas.
Para ser um professor motivador é necessário primeiramente estabelecer um bom
relacionamento entre o educador e o aluno. É muito importante o professor em sala de aula
ser simpático, carismático e bem humorado. O diálogo se torna indispensável em suas
aulas, dando sempre oportunidades aos alunos exporem suas idéias.
A velha prática das aulas monótonas e atividades repetitivas, que se mantém
resistente em muitas escolas, acabam desmotivando os alunos e interferindo na
aprendizagem. O professor deve buscar estratégias de ensino inovadoras, de forma a
despertar interesse e motivar a participação dos alunos. [OLIVEIRA]
A importância de o educador motivar seus alunos é bem clara, ele deve buscar
métodos como: Incentivos, elogios, cooperação, mostrar ao aluno para que estudar
determinada matéria, fazer trabalhos em grupos, fazer algo diferente na aula entre outros.
Tudo isso e muito mais são uma forma do professor motivar seus alunos.
4.3 Professor com autoridade e não professor autoritário
Significado de autoridade; 1. Direito ou poder de fazer-se obedecer, de dar ordens,
tomar decisões, agir, etc. 2. Aquele que tem esse direito ou poder. Significado de
autoritário; adj. relativo à autoridade; que se firma numa autoridade forte, ditatorial;
revestido de autoritarismo; dominador; impositivo; a favor do princípio de submissão cega
à autoridade. [CARVALHO]
Autoridade é tudo que faz com que as pessoas obedeçam, seja na escola,
universidade, na sua residência, por fim onde estiver uma relação humana. Assim o
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professor tem o poder de determinar as ações dos alunos dentro da sala de aula. O
educador tem autoridade sobre os alunos.
Uma das características do professor autoritário, é que os alunos sofrem com a
falta de diálogo, pelo fato de que as decisões são tomadas por quem “tem autoridade”, algo
que jamais pode ser questionado. Portanto o aluno acaba obedecendo, com medo de
punições e ameaças, através de notas, reprovações ou constrangimentos em público.
[HARUMI]
O professor em sala de aula, para cativar seus alunos jamais deve ser autoritário,
dominador, mas deve ser amigo dos seus alunos exercendo autoridade sobre eles.
A autoridade é algo que se constrói. Ter autoridade é muito diferente de ser
autoritário. Ameaçar e castigar são atitudes inúteis. Veja tabela abaixo a diferença de um
para outro:
TABELA 1:
UM PROFESSOR AUTORITÁRIO... UM PROFESSOR COM
AUTORIDADE...
...exige silêncio para ser ouvido; ...conquista a participação com atividades
pertinentes;
...pede tarefas descontextualizadas; ...mostra os objetivos dos exercícios
sugeridos;
...ameaça e pune; ...escuta e dialoga;
...quer que a classe aprenda do jeito que ele
sabe ensinar;
...procura adequar os métodos às
necessidades da turma;
...não tem certeza da importância do que está
ensinando;
...valoriza o conteúdo de sua disciplina na
construção do conhecimento;
...quer apenas passar conteúdos; ...adapta os conteúdos aos objetivos da
educação e à realidade do aluno;
...vê o aluno como um a mais.
...vê o aluno como um ser humano.
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5. A INDISCIPLINA DOS ALUNOS
A indisciplina é algo de muita preocupação da parte dos professores, diretores e
pais dos alunos. Ela vem ao longo dos anos aumentando em grande proporção.
Entende-se indisciplina como, um comportamento inadequado, de rebeldia,
desacato, falta de educação ou falta de respeito pelas autoridades. Ela é tida como
incapacidade do aluno em se ajustar as normas e padrões de comportamento esperados.
Segundo Vygotsky, o aluno indisciplinado não é entendido aquele que questiona,
pergunta se inquieta e se movimenta na sala, mas sim como aquele que não tem limite, que
não respeita a opinião e sentimentos alheios, que apresenta dificuldades em entender o
ponto de vista do outro e de se autogovernar, que não consegue dialogar e conviver de
modo cooperativo com seus pares. [OLIVEIRA]
5.1 As causas da indisciplina
Existem duas linhas de raciocínio para explicar a indisciplina. Uma é que a criança
já nasce com tal índole, a indisciplina, portanto é da sua personalidade. Outra linha de
raciocínio é que as circunstâncias determinam o que a pessoa é, desta forma se a criança
crescer em um meio que a indisciplina é normal para ela, então isso será uma característica
da sua personalidade. Mas em ambas as situações, o professor deve buscar métodos para
trabalhar com os alunos para eles mudarem de atitudes.
O primeiro passo é analisar o motivo da indisciplina, verificando a origem desse
problema, para se conhecer os motivos que levam o aluno a ser indisciplinado.
Muitos atribuem à culpa do aluno ser indisciplinado por causa da educação recebida
em seus lares, é preciso analisar a situação em que vive o aluno, o seu psicológico. Muitas
vezes o aluno tem famílias desestruturadas, com pais separados, pais alcoólatras ou
drogados, que vivem brigando por diversos motivos. Ele também pode ter traumas, como
exemplo ser violentado ou estar sendo violentado. Todos esses problemas interferem no
psicológico do aluno e conseqüentemente no aprendizado dele.
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O aluno que foi criado pelos pais sem limites, também acaba se tornando um aluno
indisciplinado. Como ele foi criado desta maneira, para ele é muito difícil obedecer às
regras na escola, pois ele foi criado à vida toda fazendo o que queria sem limites para nada.
Outra causa da indisciplina dos alunos é que seus pais não dão valor à escola, eles
nunca aparecem na escola para verificar o desempenho dos seus filhos, eles não vêm em
reuniões, muito menos olham se seus filhos fizeram suas tarefas de casa.
A influência de ídolos violentos contribui muito com a indisciplina. Na
adolescência o aluno acaba tendo ídolos e sentem vontade de ser igual ao seu ídolo, e
quando seu ídolo é violento, o adolescente tenta imitá-lo tendo atitudes violentas.
Outro motivo da indisciplina dos alunos pode ser problemas escolares, o aluno tem
dificuldade em determinada matéria, não consegue entender o que o professor explica, na
verdade o aluno não tem interesse pela matéria estudada, que acaba gerando revolta por
parte dele.
Outro fator que contribui com a indisciplina dos alunos é o fato do professor deixar
os alunos fazerem o que quiserem, se o educador não mantiver sua autoridade, os alunos
vão fazer o que quiserem e tomaram conta da aula. Quando o professor perde a autoridade
dentro da sala de aula, os alunos se tornam mais indisciplinados.
Os motivos da indisciplina são muitos e variados, cada aluno é diferente do outro,
cada um tem motivo por ser o que é, portanto o professor deve buscar métodos para lidar
com cada caso de indisciplina.
5.2 Medidas para combater a indisciplina
Essa questão vem sendo muito pesquisada e discutida, e chegaram a algumas
conclusões como:
Escolas oferecerem espaços adequados para a prática de esportes. Diante disso, o espaço
escolar não fica limitado somente à sala de aula, como os adolescentes detêm muita
energia, a falta de locais para gasta essa energia conduz à indisciplina.
O educador chamar o aluno para uma conversa, fortalecer a relação professor e aluno,
perguntando-lhe seus problemas, explicando a ele que ele está errado e deve mudar de
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atitude. Mostra-lhe que na escola existe limites e que ele deve respeitar isso. Não
resolvendo chamar os pais até a escola para expor o problema, e tomar as atitudes
conforme as regras da escola.
Se o professor verificar que a indisciplina é porque seus alunos estão tentando imitar algum
ídolo violento, o educador deve chamar seu aluno para uma conversa, explicar que no
mundo em que vivemos existe regras e objetivos a ser cumpridos, e que isso que ele está
fazendo esta prejudicando a sua formação como pessoa. Não resolvendo o problema o
professor deve chamar seus pais para uma conversa e tomar outras atitudes conforme as
normas de cada colégio.
Se o motivo da indisciplina for porque os alunos não entendem os conteúdos ou acham as
aulas cansativas, o professor então deve mudar suas aulas, usar um método que possam
motivar os alunos a estudarem. O educador deve buscar um meio de não deixar suas aulas
monótonas.
Se o professor verificar que o motivo da indisciplina é a falta de participação dos pais na
escola, o professor deve chamar os pais dos alunos e explicar que eles devem incentivar
seus alunos a estudarem, cobrar que eles façam as tarefas de casa, e ter um maior diálogo
com seus filhos, explicando que eles devem seguir as regras da escola e que devem estudar
para ter um melhor futuro.
Se a indisciplina é falta de posicionamento do professor, o educador deve mudar de atitude,
ele deve fazer com que seus alunos respeitem as regras na sala de aula, de modo que quem
desobedecer, o professor deve ter uma conversa franca com o aluno, não resolvendo, o
educador deve advertir o aluno conforme as regras de cada escola.
Quando o aluno muda de atitude, e deixa de ser indisciplinado o professor deve elogiá-lo,
assim o aluno fica motivado a continuar a ter boas atitudes.
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6. COMO PREPARAR UMA BOA AULA
Para ser um bom professor e dar uma boa aula, primeiramente deve se preparar uma
aula. Faça um planejamento detalhado do que vai fazer, em conteúdo e estrutura, o que vai
por no quadro e o que vai dizer. É muito importante para o ensino o planejamento de aulas.
Cada aula deve ser planejada, dada, avaliada pelo professor e revista para permitir o
planejamento da aula seguinte. Sem isso, o professor pode chegar ao final do ano, sem ter
dado todas as matérias que são propostas. [OLIVEIRA]
O plano de aula é instrumento de trabalho do professor, destinado a facilitar o
aprendizado do aluno. Não existe uma forma única de elaborar um plano de aula. O
formato do plano depende da escola, da disciplina, do professor.
O professor deve elaborar um plano de aula de forma que:
Inclua todos os elementos importantes;
Seja fácil de preparar;
Seja útil durante a aula;
Seja eficaz, que o ajude a alcançar e confirmar os resultados previstos.
6.1 Escrevendo o plano de aula
6.1.2 Objetivos
Um plano de aula sempre começa traçando objetivos. Cada aula existe um objetivo
a ser atingido.
Antes de qualquer aula, o professor precisa ter em mente, ou no papel, aquilo que
os alunos serão capazes de fazer com o resultado daquela aula. Por exemplo, o professor de
Física, ao preparar uma aula para o segundo ano do segundo grau, sobre mudanças do
estado de agregação, sabe-se que o objetivo geral desta aula é saber identificar as
mudanças do estado de agregação. E seus objetivos específicos, são ser capaz de descrever,
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oralmente e por escrito, as fases de fusão, vaporização, liquefação, solidificação e
sublimação.
TABELA 2
Plano de aula: objetivos
Objetivo geral: Saber identificar as mudanças do estado de agregação;
Objetivos específicos: Ser capaz de descrever, oralmente e por escrito, as fases de
fusão, vaporização, liquefação, solidificação e sublimação.
6.1.3 Pré- requisitos
Pré-requisito é a algo aprendido anteriormente e que integra uma nova
aprendizagem. Essa nova aprendizagem não pode ocorrer sem que o pré-requisito tenha
sido aprendido anteriormente e esteja disponível na memória do aluno. Por exemplo, na
matéria de mudanças do estado de agregação o pré-requisito é saber sobre, termometria,
expansão térmica de sólidos e líquidos e sobre calorimetria.
TABELA 3
Plano de aula: pré-requisitos
Objetivo geral: Saber identificar as mudanças do estado de agregação;
Objetivos específicos: Ser capaz de descrever, oralmente e por escrito, as fases de
fusão, vaporização, liquefação, solidificação e sublimação.
Pré-requisitos: Saber sobre, termometria, expansão térmica de sólidos e líquidos e
sobre calorimetria.
6.1.4 O que os alunos devem lembrar
13
Toda aprendizagem repousa em aprendizagens anteriores. Recordar assuntos,
conceitos e idéias facilitam novas aprendizagens. [OLIVEIRA]
A forma de recordar e de provocar os alunos para reativar conhecimentos anteriores
é fazendo perguntas, conversando e dando exemplos, isso ajuda o aluno a lembrar do que
já foi aprendido. Como o exemplo da aula usada, mudanças do estado de agregação, o
alunos devem se lembrar, a definição de calor, o que é capacidade térmica, o que é calor
específico e sobre trocas de calor.
TABELA 4
Plano de aula: o que os alunos devem lembrar
Objetivo geral: Saber identificar as mudanças do estado de agregação;
Objetivos específicos: Ser capaz de descrever, oralmente e por escrito, as fases de
fusão, vaporização, liquefação, solidificação e sublimação.
Pré-requisitos: Saber sobre, termometria, expansão térmica de sólidos e líquidos e
sobre calorimetria.
O que os alunos devem lembrar: A definição de calor, o que é capacidade térmica, o
que é calor específico e sobre trocas de calor.
6.1.5 Motivação
Na tabela a seguir segue algumas motivações que o professor pode utilizar:
TABELA 5
INTELECTUAIS EMOCIONAIS SOCIAIS
Conhecer resultados Elogios cooperação
Conhecer objetivos Prêmios Competição
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Conhecer o significado Incentivos Aprovação pelos colegas
Participar na escolha de
temas ou projetos
As motivações intelectuais são do desejo de conhecer, de saber o significado. Todas
essas motivações manifestam o desejo do aluno de aprender, por isso essas motivações
devem ser estimulados nos alunos.
As motivações emocionais baseiam-se em sentimentos como prazer, que favorecem
o aprendizado. Prêmios, elogios e incentivos são pedagogicamente muito positivos eficazes
e trazem ótimos resultados, principalmente para aqueles alunos que se sentem inferiores.
As motivações sociais referem-se à relação do individuo com figuras de autoridade,
como pais e professores, e com seu grupo de amigos. Podendo ter várias formas de se
manifestar, como a cooperação e a competição. A cooperação é a forma mais poderosa e
eficaz de motivar os alunos. Portanto devemos em sala de aula desenvolver algumas
atividades que os alunos possam cooperar com o professor. A competição também é algo
muito motivador para os alunos. Ela pode ser desenvolvida como, por exemplo, fazendo
uma olimpíada de Física, assim os participantes têm mais ânimo para estudar a matéria.
Já aprovação pelos colegas é muito importante para os alunos, isso acaba em alguns
casos sendo bom, e em outros ruins. Se seus colegas gostam de estudar com certeza eles
estarão apoiando o aluno, mas se seus colegas não gostam de estudar, eles irão reprovar
seu colega por estar estudando. Em uma sala de aula sempre existe alunos mais motivados
do que outros, uma forma de lidar com a diversidade é criar condições para que os alunos
mais interessados sirvam de estímulo para os menos interessados.
A forma de planejar e organizar as atividades, como trabalhos em duplas ou em
grupos, pode muito contribuir para motivar os alunos. Trabalho em duplas permite o
diálogo entre os alunos, que ajuda o aluno a expor o raciocínio para seus colegas. O
trabalho em grupo também é muito eficaz, podendo ser indicado em tarefas que exigem
diferentes talentos e pontos de vista. Portanto para o planejamento da aula de Física, a
motivação que podemos usar é conhecimento dos objetivos propostos; palavras de elogios
e incentivos; atividades que levem a cooperação; duplas para conversar sobre o conteúdo.
TABELA 6
15
Plano de aula: motivação
Objetivo geral: Saber identificar as mudanças do estado de agregação;
Objetivos específicos: Ser capaz de descrever, oralmente e por escrito, as fases de
fusão, vaporização, liquefação, solidificação e sublimação.
Pré-requisitos: Saber sobre, termometria, expansão térmica de sólidos e líquidos e
sobre calorimetria.
O que os alunos devem lembrar: A definição de calor, o que é capacidade térmica, o
que é calor específico e sobre trocas de calor.
Motivação: conhecimento dos objetivos propostos; palavras de elogios e incentivos;
atividades que levem a cooperação; duplas para conversar sobre o conteúdo.
6.1.6 Atividades a serem desenvolvidas
As atividades didáticas incluem:
Exposição. As aulas expositivas devem ser bem preparadas, usando o quadro e outros meios
como, desenhos, demonstrações, exemplos e ilustrações que ajudam o aluno a melhor
compreender a matéria. Esse tipo de aula deve haver perguntas por parte do professor ou
do aluno.
Leituras. A leitura, interpretação de textos e análise constituem uma atividade muito comum
no ensino da maioria das disciplinas.
Práticas. Pode ser realizada individualmente, em duplas ou em grupos. Podendo ser, por
exemplo, resoluções de exercícios ou desenvolvimento de algum tema.
Laboratório. Lugar onde os alunos podem fazer experiências simples, e posteriormente
apresentar aos colegas determinada experiência.
Portanto como exemplo anterior da aula de Física sobre mudanças do estado de
agregação, as atividades a serem desenvolvidas são: atividade1, exposição da matéria pelo
professor, atividade 2, experimento em sala de aula formando grupos, atividade 3,
apresentação dos experimentos pelos grupos.
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TABELA 7
Plano de aula: Atividades a serem desenvolvidas
Objetivo geral: Saber identificar as mudanças do estado de agregação;
Objetivos específicos: Ser capaz de descrever, oralmente e por escrito, as fases de
fusão, vaporização, liquefação, solidificação e sublimação.
Pré-requisitos: Saber sobre, termometria, expansão térmica de sólidos e líquidos e
sobre calorimetria.
O que os alunos devem lembrar: A definição de calor, o que é capacidade térmica, o
que é calor específico e sobre trocas de calor.
Motivação: conhecimento dos objetivos propostos; palavras de elogios e incentivos;
atividades que levem a cooperação; duplas para conversar sobre conteúdo.
Atividades a serem desenvolvidas:
Atividade 1: exposição da matéria pelo professor;
Atividade 2: experimento em sala de aula formando grupos;
Atividade 3: apresentação dos experimentos pelos grupos.
6.1.7 Materiais necessários
São os materiais que o professor e os alunos vão utilizar durante a aula.
No caso da aula de Física, será necessário, livro didático, calculadora, vela, colher,
isqueiro e estilete, além daqueles necessários como, caderno, lápis, borracha, caneta etc.
TABELA 8
Plano de aula: Materiais necessários
Objetivo geral: Saber identificar as mudanças do estado de agregação;
Objetivos específicos: Ser capaz de descrever, oralmente e por escrito, as fases de
fusão, vaporização, liquefação, solidificação e sublimação.
Pré-requisitos: Saber sobre, termometria, expansão térmica de sólidos e líquidos e
sobre calorimetria.
O que os alunos devem lembrar: A definição de calor, o que é capacidade térmica, o
17
que é calor específico e sobre trocas de calor.
Motivação: conhecimento dos objetivos propostos; palavras de elogios e incentivos;
atividades que levem a cooperação; duplas para conversar sobre conteúdo.
Atividades a serem desenvolvidas:
Atividade 1: exposição da matéria pelo professor;
Atividade 2: experimento em sala de aula formando grupos;
Atividade 3: apresentação dos experimentos pelos grupos.
Materiais necessários: livro didático, calculadora, vela, colher, isqueiro e estilete.
6.1.8 Como avaliar a sua aula
O professor pode avaliar seus alunos no fim de cada aula, como por exemplo,
depois que os alunos leram sobre a matéria, o professor explicou e eles fizeram os
exercícios, o professor pode estar avaliando seus alunos fazendo perguntas sobre a matéria
ou pedindo para os alunos irem até o quadro para resolver os exercícios. Ou até mesmo
pedir que no final da aula os alunos entreguem seus exercícios para o educador fazer a
correção.
Outro exemplo é no caso de uma aula de experimento, pedir para que seus alunos
apresentem seus trabalhos no final da aula, também é uma forma de avaliar.
Voltando ao exemplo da aula de Física, podemos avaliar a aula com apresentação
dos experimentos e posteriormente o professor e os demais grupos fazerem perguntas ao
grupo que apresentou.
TABELA 9
Plano de aula: Como avaliar a sua aula
Objetivo geral: Saber identificar as mudanças do estado de agregação;
Objetivos específicos: Ser capaz de descrever, oralmente e por escrito, as fases de
fusão, vaporização, liquefação, solidificação e sublimação.
Pré-requisitos: Saber sobre, termometria, expansão térmica de sólidos e líquidos e
sobre calorimetria.
O que os alunos devem lembrar: A definição de calor, o que é capacidade térmica, o
que é calor específico e sobre trocas de calor.
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Motivação: conhecimento dos objetivos propostos; palavras de elogios e incentivos;
atividades que levem a cooperação; duplas para conversar sobre conteúdo.
Atividades a serem desenvolvidas:
Atividade 1: exposição da matéria pelo professor;
Atividade 2: experimento em sala de aula formando grupos;
Atividade 3: apresentação dos experimentos pelos grupos.
Materiais necessários: livro didático, calculadora, vela, colher, isqueiro e estilete.
Como avaliar a sua aula: apresentação dos experimentos e posteriormente o professor
e os demais grupos fazerem perguntas ao grupo que apresentou.
6.1.9 Aulas de revisão
As aulas de revisão têm por objetivo, o aluno rever a matéria que foi estudada para
lembrar-se do que foi aprendido anteriormente, para fazer uma prova, entregar um trabalho
entre outros.
Formas de preparar uma aula de revisão:
REPETIR AS AULAS; Ela é preparada de forma que o professor selecione as partes
mais importantes da matéria que foi dada e também a parte em que os alunos estão com
dúvidas.
PEDIR PARA OS ALUNOS QUE FALEM O QUE SABEM/LEMBRAM; Pode ser
feito dentro da sala de aula, o professor escolhe um tema e os alunos vão falando o que se
lembra de determinado tema, e no final o professor completa explicando o mais
importante. Também pode ser feito de forma que o educador passe os temas já estudados,
para os alunos pesquisarem e trazerem um resumo, como tarefa de casa.
DISTRIBUIR AS TAREFAS DE REVISÃO A DIFERENTES GRUPOS; O
professor separa os temas e dá um tema a cada grupo de alunos, de forma que eles
pesquisem e na próxima aula, cada grupo apresenta determinado tema, assim todo o
conteúdo é revisto. Cada grupo pode preparar perguntas aos demais grupos, para um maior
aprendizado.
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PASSAR COMO TAREFA DE CASA EXERCICIOS PARECIDOS COM OS
RESOLVIDOS EM SALA DE AULA; Outra forma de revisar os conteúdos já estudados é
passar para os alunos exercícios para casa parecidos com os resolvidos em sala de aula,
assim o aluno estará revisando a matéria já estudada.
6.1.10 Aulas de recuperação
As aulas de recuperação são dadas através de resultados negativos das provas. Esta
aula tem que ser preparada de forma que o professor explique a matéria a mais detalhada
possível, para que o aluno possa ter uma melhor compreensão do conteúdo estudado.
[OLIVEIRA]
20
7. TECNOLOGIAS APLICADAS NO ENSINO DA FÍSICA
Ao longo dos anos o estudo da Física pouco mudou, a aula ainda gira em torno do
livro e do quadro. Está nas mãos dos professores buscarem novas metodologias para ser
aplicadas em suas aulas, para tornarem elas mais interessantes e motivadoras. Porém pouco
os professores tem feito isso, continuando com o mesmo método de sempre.
Hoje em dia a tecnologia é muito importante e útil no ensino da Física. Mas como
toda mudança tem resistência, esta sendo difícil nas escolas de ensino médio, a
implantação da tecnologia. As principais resistências encontradas estão relacionadas aos
professores que defendem a manutenção do sistema tradicional de ensino e que tem
dificuldade na utilização de recursos tecnológicos, assim a Física ensinada atualmente na
escola, não daria condições básicas para compreendermos e usufruirmos das tecnologias,
pois nem mesmo se utilizam delas nas suas aulas.
Outro fator que impede o uso da tecnologia é o fato das escolas não possuírem salas
de informática, de televisão com vídeo e laboratórios de Física.
É necessário que seja incorporada a utilização de novas tecnologias no processo
ensino-aprendizagem. O professor deve trazer essas tecnologias para a sala de aula, de
modo que os alunos possam interagir com ela, utilizando recursos como, internet,
softwares computacionais, ambientes virtuais de aprendizagem e aulas com o uso da
televisão e vídeo.
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8. EXPERIMENTO EM SALA DE AULA
Quando se fala de experimento de Física, a maioria das pessoas imagina um
laboratório todo equipado, com aqueles experimentos muito complicados. Muitas escolas
não têm laboratório de Física muito menos aparelhos para os alunos fazerem experimentos.
Existem experimentos muito barato e fácil de fazer, não é por que sua escola não tem
laboratório que as aulas de Física não vão ter experimentos. É muito importante os alunos
fazerem experimentos em sala de aula, provar na prática o que a teoria diz, e também é um
ponto motivador para os alunos terem mais interesse pela Física.
A seguir segue alguns exemplos de experimentos que o professor pode estar
preparando e levando para a sala de aula.
8.1 Quedas iguais
MATERIAIS USADOS:
Livro grosso;
Folha de papel, não maior que o livro.
MONTAGEM
Pegue o livro grosso em uma mão e a folha de papel na outra. Solte os dois ao mesmo
tempo;
Depois coloque a folha de papel sobre o livro e solte os dois novamente.
EXPERIMENTO:
Este experimento serve para mostrar que independentemente da massa dos objetos,
eles sempre demoram o mesmo tempo para chegar ao chão se soltos da mesma altura.
[UNESP]
Igual a este experimento, pegamos um livro grosso e uma folha de papel e soltamos
ao mesmo tempo, a maioria das pessoas pensa que o livro chega primeiro ao solo do que a
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folha de papel, mas não é verdade. Isso foi provado por Galileu Galilei fazendo uma
experiência parecida com esta do alto da torre de Pisa. O fato é que todos os corpos na
beira da Terra sofrem uma atração em direção ao centro gravitacional da Terra. Para algum
objeto que está na superfície, essa atração se manifesta para baixo, que é a direção para o
centro terrestre. Como todos os objetos caem do mesmo modo, eles possuem a mesma
aceleração de queda, que é a aceleração gravitacional. Com a mesma aceleração, todos os
objetos ganham velocidade na mesma proporção. Como ganham velocidades iguais, devem
chegar juntos ao solo, se largados ao mesmo tempo, da mesma altura. O resultado esperado
na primeira queda é que o livro chegue ao chão antes da folha. Com esse resultado as
pessoas acham que os objetos mais pesados caem mais rápido. Então se realiza uma
segunda queda, desta vez com a folha de papel sobre a capa do livro. Agora os dois objetos
caem juntos, o que acontece é que a força de resistência do ar tem efeito muito maior na
folha do que no livro, freando o movimento da folha. Quando a folha é colocada por sobre
o livro, a força de resistência é eliminada fazendo com que a folha caia livremente,
chegando ao mesmo tempo em que o livro ao chão. Com estes experimentos pode-se
observar que todos os objetos caem do mesmo modo, a não ser que a resistência do ar
retarde o movimento.
8.2 Mudanças de estado
MATERIAIS USADOS:
Uma vela, para aquecer e retirar parafina;
Isqueiro, para acender a vela;
Uma colher, para colocar a parafina;
Um estilete, para tirar a parafina da vela.
MONTAGEM:
Retire com o estilete cerca de três milímetros cúbicos de parafina do lado da vela e coloque
na colher a parafina;
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Acenda a vela e fixe em algum lugar;
Segure a colher em cima da vela;
Deixe a colher em cima da vela até a parafina derreter;
Depois retire a colher da chama e espere a parafina esfriar até voltar para o seu estado sólido;
Volte a colher para cima da chama da vela e espere até que a parafina derreta e depois passe
para o estado gasoso;
EXPERIMENTO:
Este experimento serve para mostrar que a certa temperatura, os materiais mudam de
estado e cada mudança de estado tem um nome específico. [UNESP]
Veja tabela abaixo:
TABELA 10
FUSÃO Do sólido para o liquido;
VAPORIZAÇÃO Do liquido para o gasoso;
LIQUEFAÇÃO OU
CONDENSAÇÃO
Do gasoso para o liquido;
SOLIDIFICACÃO Do liquido para o sólido;
SUBLIMAÇÃO Do sólido para o gasoso e do gasoso para o sólido.
Todos os materiais são formados por moléculas, a maioria dos materiais que
encontramos na natureza é formada pela mistura de diferentes substâncias. O aumento de
energia térmica num material é o aumento da velocidade com que as moléculas se movem
no material. O aumento de temperatura se dá por que a temperatura que sentimos é um
indicativo da energia cinética com que as moléculas estão vibrando, ou seja, o quão rápido
as moléculas estão se movimentando. O estado físico de um material, sólido, líquido ou
gasoso, é devido à interação elétrica existente entre as moléculas das substâncias de que é
formado o material. Com o aumento da intensidade com que vibram as moléculas, chega a
uma temperatura onde a intensidade da vibração é suficiente para superar a interação
molecular existente. Então ocorre a mudança de estado. As moléculas de um sólido vibram
em torno de uma posição fixa; na mudança para o estado líquido as moléculas deixam de
ter esta posição fixa de vibração, e com isso podem se deslocar de um lugar para outro. Na
mudança do estado líquido para o gasoso, as moléculas deixam de ter interações entre si e
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passam a se movimentar para qualquer direção, se movendo pelo ambiente todo em que
estiver o gás. A diminuição da quantidade de energia térmica simplesmente faz com que os
mesmos fenômenos aconteçam, só que em ordem contrária. Neste experimento com a
parafina não é possível fazer a mudança do estado gasoso para o liquido, pois a parafina é
um derivado do petróleo, formado por várias substâncias diferentes e na mudança para o
estado gasoso as diferentes substâncias se separam.
8.3 Bexigas carregadas
MATERIAIS USADOS:
Bexigas simples.
MONTAGEM:
Para fazer a atração entre as bexigas, encha duas bexigas para elas ficarem firmes e
pequenas. Atrite toda a superfície de uma das bexigas no cabelo. Aproxime a bexiga
atritada na bexiga neutra.
Para fazer a repulsão entre as bexigas, encha duas bexigas para elas ficarem firmes e
pequenas. Atrite toda a superfície das duas bexigas no cabelo. Solte uma das bexigas sobre
a mesa e aproxime dela a outra bexiga que ficou na mão.
EXPERIMENTO:
Este experimento serve para mostrar a existência das cargas elétricas e suas
propriedades. [UNESP]
Alguns materiais apresentam, sob determinadas condições, fenômenos elétricos que
podemos explicar usando um modelo atômico. O modelo que melhor explicou tais
fenômenos é o modelo de cargas elétricas. A carga elétrica é uma propriedade da matéria e
toda matéria é composta de prótons, nêutrons e elétrons e duas dessas partículas possuem
cargas, prótons carga positiva e elétrons carga negativa. Segundo o modelo atômico os
prótons e neutros são o núcleo e os elétrons a região a que o envolve. Foi criada a lei da
atração e repulsão: cargas elétricas de mesmo sinal se repelem entre si e cargas elétricas de
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sinais opostos se atraem entre si. Um corpo em seu estado normal é eletricamente neutro,
pois é formado por átomos que são eletricamente neutros, já que eles têm o número de
elétrons igual ao de prótons. Ao eletrizarmos um corpo, ocorrem apenas transferências de
cargas de um corpo para outro. Dois corpos em uma eletrização, um deles fica carregado
negativamente enquanto o outro adquire uma carga positiva. Exemplo disso é ao atritar a
bexiga com o cabelo, um fica positivo e outro negativo. Como os prótons estão fixos no
núcleo dos átomos, os elétrons que tem uma mobilidade muito maior são transferidos de
um corpo para outro. A eletrização só se dá entre materiais isolantes, pois os materiais
condutores não têm a capacidade de reter cargas elétricas, pois elas escoam pelo material.
Já os materiais isolantes não permitem que as cargas se movimentem em seu interior.
Existem vários tipos de eletrização, e neste experimento das bexigas é usado o método de
eletrização por atrito, pois a bexiga é um material isolante e se eletriza por atrito.
8.4 Comentários
Esses três experimentos são exemplos de experimentos simples, eles foram
encontrados na internet, onde existem vários parecidos com estes, onde professor pode
estar pesquisando e selecionando alguns para levar para sala de aula. Ou então ele pode
estar usando a criatividade e criando alguns experimentos, assim as aulas ficam criativas e
interessantes, com certeza os alunos iram entender melhor a matéria estudada.
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9. CONCLUSÃO
O professor de Física é peça fundamental no ensino de um adolescente, então ele
deve buscar todos os meios possíveis para melhor ensinar seus alunos, sendo didático,
amigo do aluno, motivador, buscando sempre um meio de não deixar suas aulas monótonas
e pepetitivas, mas sim diversificada e criativa, usando sempre tecnologias e experimentos
em sala de aula, pois a maioria dos adolescentes prefere sempre fazer alguma outra coisa a
estudar, mas se o professor começar a mudar suas aulas, der aulas diferentes do que
costuma a dar, isso vai despertar cada vez mais o interesse dos alunos. Portanto o professor
deve estar sempre buscando novas técnicas para dar suas aulas.
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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SAMPAIO, José Luiz. Física Sampaio & Calçada, São Paulo, editora ATUAL, 2005.
BONJORNO, Regina Azenha. Física fundamental: 2º grau: volume único, editora FTD, São
Paulo 1993.
OLIVEIRA. J. B. A., CHADWICK, C. Aprender e ensinar. São Paulo: Global, 2001
WLODKOWSKI, R.J. Disponível em < http: // www:// ndsim.e
sec.pt/pagina/opdes/MoticarosAlunos>. Acesso em 26 de junho de 2010
ROMANELL, Tháis. Disponível em < HTTP://
educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/professor-qualidade-504747.shtml> Acesso
em 24 de junho de 2010.
UNESP. Centro de Experiência de Física . Disponível em <
http://www2.fc.unesp.br/experimentodefisica >. Acesso em 23 de junho de 2010.
WIKIPÉDIA, a Enciclopédia Livre. Disponivél em
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%A3o_professor-aluno>.Acesso em 25 de junho de
2010.
MOREIRA, José dos Santos . Disponível em < http://www.cete.edu.br/cont_ex.php?informacao=C2&id=503 > Acesso em 22 de junho de 2010.
OLIVEIRA, Gmc. Disponível em <
aveb.univap.br/opencms/.../pt.../trabalho19_geraldo_anais.pdf >. Acesso em 21 de junho de
2010.
CARVALHO, Glauciane . Disponível em <
http://glaucianecarvalho.blogspot.com/2009/03/autoridade-docente-autonomia-discente.html.
> Acesso em 20 de junho de 2010.
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HAMURI, Elena. Disponível em < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2
>. Acesso em 19 de junho de 2010.