Tecnologias de Tratamento de Esgoto. Um Breve Comparativo 44ª Assembleia Nacional da ASSEMAE...

Post on 22-Apr-2015

107 views 1 download

Transcript of Tecnologias de Tratamento de Esgoto. Um Breve Comparativo 44ª Assembleia Nacional da ASSEMAE...

Tecnologias de Tratamento de Esgoto. Um Breve Comparativo

44ª Assembleia Nacional da ASSEMAEUberlândia MG 04 a 09 de maio 2014

ETEs NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS/SP

100% (junho 2016)Capacidade Instalada de Tratamento de Esgoto

88%

TANQUE SÉPTICO + FILTRO ANAERÓBIO

ETEs Vazões (L/s)Nova Bandeirante 7,0 / 4,1

Bosque das Palmeiras 6,0 / 2,4

Vila Reggio 5,6 / 5,6

Eldorado 5,6 / 3,5

Icaraí 4,0 / 4,0

ETE Bosque das Palmeiras

ETE Eldorado

Operação e manutenção simples; Ausência de equipamentos eletromecânicos; Baixíssima produção de lodo (remoção anual com

caminhão esgota-fossa para outra ETE); Não requer operador fixo; Baixo impacto visual.

Efluente com aspecto desagradável, presença de sulfeto e fonte de maus odores;

Dificuldade para alcançar remoção de DBO ≥ 80%; Remoção nula de N e P; Dificuldades para desativação da ETE; Aplicável para ETEs de pequeno porte.

CEPT + REATOR BIOLÓGICO COM LEITO MÓVEL/FIXO

ETEs Vazões (L/s)Porto Seguro 4,6 / 2,9

Campo Florido 2,9 / 2,9

Casas do Parque 2,2 / 2,5

Santa Lúcia 1,4 / 1,7

Reator Biológico com Leito Móvel/Fixo e Decantador

ETE Casas do Parque

Tanques de Equalização e Sedimentação (dosagem PAC)

Soprador e Painel Elétrico

Mídia Livre 13 x 9mm500m2/m3

Mídia Fixa56x54x56cm

300m2/m3

ETE MÓVEL: tanques e contêineres removíveis; facilidades para implantação, desativação e aproveitamento da ETE em outro local;

Boa eficiência de remoção de DBO; Minimização de maus odores; Não requer operador fixo.

Custos elevados de operação; Alta produção de lodo, com remoção

semanal através de caminhão esgota-fossa para outra ETE.

CEPT - Tratamento Primário Quimicamente Assistido, ou Tratamento Primário Avançado

UASB + FILTRO AERADO SUBMERSO (FAS)

ETEs Vazões (L/s)Nova América 70 / (em construção)

São José 7,0 / 4,1

São Luís 5,0 / 3,6

ETE São José ETE Nova América

UASB e FAS com meio suporte de 12 x 25mm

área<250m2/m3

Decantador Lamelar

ETE COMPACTA: área reduzida devido unidades conjugadas no mesmo tanque;

Boa eficiência de remoção de DBO; Baixa produção de lodo, com remoção

semanal através de caminhão esgota-fossa; Não requer operador fixo.

Maus odores com impacto na vizinhança;

Aplicação de neutralizadores químicos; Queima incompleta de biogás; Restrições para adequações no processo.

LODOS ATIVADOS batelada/aeração prolongada

ETE Alphaville: aeradores submersos e desidratação de lodo com centrífuga

ETEs Vazões (L/s)Alphaville 23 / 19

San Martin 19 / (em construção)

Arboreto 12 / 5,5

Terras do Barão 6 / 2

ETE Arboreto: aeradores superficiais e leitos de secagem de lodo

ETE Terras do Barão: aeradores superficiais e remoção de lodo para desidratação em outra ETE

Elevada eficiência de remoção DBO; Possibilidade de remoção biológica de N e P; Fluxograma simplificado; Flexibilidade operacional; Reduzidas possibilidades de maus odores.

Elevada potência instalada e consumo relativamente alto de energia;

Alta produção de lodo, exigindo adensamento e difícil desidratação;

Impacto de aerossóis (aeradores superficiais); Requer operador fixo no período diurno.

LODOS ATIVADOS contínuo/aeração prolongada

ETEs Vazões (L/s)Samambaia 151 / 54

Mirassol 8 / 2,7

Ouro Verde 1,2 / 1,6

ETE Samambaia: tanques de aeração construídos no solo; aeradores superficiais; decantadores lamelares com remoção hidráulica de lodo; digestão aeróbia de lodo, adensamento e

centrífuga

DBO entrada/saída: 276 ± 64 / 9 ± 7 (mg/L) Remoção DBO = 97%

ETE Mirassol: tanque de aeração e decantador

ETE Ouro Verde: efluentes hospitalares

Elevada eficiência de remoção DBO; Remoção de amônia (nitrificação); Flexibilidade operacional; Resistência a cargas de choque; Reduzidas possibilidades de maus odores.

Elevado consumo de energia; Alta produção de lodo, exigindo

adensamento e difícil desidratação; Impacto de aerossóis (aeradores superficiais) Decantadores lamelares exigem melhorias; Requer operador fixo.

BIORREATOR COM MEMBRANAS (MBR)

ETE Vazões (L/s)EPAR Capivari II 182 (360) / 40

Boa Vista 180 / (em projeto)

Reator Biológico com câmaras de desoxigenação, anaeróbia, anóxica e aeróbia com sistema de ar difuso (3.456 difusores de bolha fina com membranas em EPDM)

EPAR Capivari II Soprador Rotativo 238m3/min 450CV

BIORREATOR COM MEMBRANAS (MBR)

Cassete de Membranas de Ultrafiltração (UF): GE ZeeWeed 500D; submersa; fibra oca; poro nominal 0,04µm; PVDF (Fluoreto de Polivilideno)

Soprador Rot. 80m3/min150 CV

Efluente Tratado FinalÁgua de Reúso

Trem de Membranas

Tanques de Membranas (3 Tq. x 8 cassetes x 48 módulos = 36.400 m2 )

BIORREATOR COM MEMBRANAS (MBR)

Parâmetro (mg/L)

Esgoto Bruto Permeado Remoção Média (%)Faixa Média Faixa Média

DQO 480 – 750 636 6 – 28 16 97,5

DBO 233 – 476 326 0,11 – 1,2 0,6 99,8

NTK 41 – 111 77,6 0,95 – 2 1,37 98,1

NH3 – N 35 – 77 54,4 0,01 – 0,32 0,11 99,8

NO3 – N 0,63 – 5,2 2,4 0,8 – 6,96 4,6 -

PO4 – P 4,8 – 8,57 6,67 0,1 – 6,5 2,57 61,6

SST 252 – 428 313 0,2 – 3,0 1,62 99,5

Turbidez(NTU) - - 0,20 – 0,33 0,26 -

CF(NMP/100mL) - - < 2,0 < 2,0 -

BIORREATOR COM MEMBRANAS (MBR)

Efluente de alta qualidade com consistência e confiabilidade, permitindo a remoção de matéria orgânica, sólidos em suspensão, colóides, nutrientes (N e P) com uso de seletores; e organismos patogênicos (bactérias, vírus, cistos de protozoários, ovos e larvas de helmintos) sem adição de produtos químicos, e sem geração de subprodutos tóxicos;

Fluxograma simplificado com baixos requisitos de área; Não gera maus odores, nem problemas graves de corrosão; Possibilita o recebimento de grande diversidade de efluentes; Produz água de reúso necessária para a RMC e Bacia PCJ; Promove maiores benefícios e ganhos ambientais.

Maiores custos de implantação e operação (custo das membranas está em queda e a vida útil mais extensa);

Elevado nível de automação e instrumentação.

UASB + LODOS ATIVADOS

ETE Santa Mônica (Vó Pureza):UASB, lodos ativados com aeradores superficiais, e decantadores lamelares

ETE Piçarrão: UASB, lodos ativados com ar difuso e flotaçãoRecebimento de chorume + lodo: 180+705 = 885m3/dia (2,4% Qmed)DBO ent./saída: 247 ± 34 / 25 ± 5 (mg/L) Rem. DBO = 90%

ETEs Vazões (L/s)Piçarrão 556 / 422

Santa Mônica 85 / 69

UASB: distribuição interna e separadores trifásicos, com câmaras de biogás cobertas em PRFV, e compartimentos de decantação abertos

Queimadores de biogás5.500Nm3/dia

(630NL/kgDBOaplicada)

UASB + REATOR BIOLÓGICO COM LEITO MÓVEL

ETE Vazões (L/s)Capivari I 86 / 60

ETE Capivari I: UASB, Reator MBBR/IFAS, e decantadorRecebimento de lodo de outras unidades: 170 m3/dia (3,3% Qmed)

DBO ent./saída: 337 ± 80 / 14 ± 9 (mg/L) Rem. DBO = 96%

UASB com câmaras de biogás e de decantação interligadas e cobertas

Meio Suporte 25 x 25mmSuperfície Específica = 687m2/m3

Reator com câmaras anóxica/aeróbia e peneira para retenção de meio suporte

Decantador Secundário

UASB + (LODOS ATIVADOS OU RBLM)

Custos de implantação e operação menores que lodos ativados;

Menor consumo de energia; Menor produção de lodo; Efluente de boa qualidade: remoção de DBO e amônia

(nitrificação), e de nitrito/nitrato (desnitrificação) no caso de previsão de câmaras anóxicas (seletores).

Sensível a cargas de choque, mas possibilita o recebimento de lodos de fossas sépticas domésticas e chorume, com equalização das vazões e cargas;

Estabilidade afetada com o descarte de lodo aeróbio para o UASB visando adensamento e digestão;

Sistemas de clarificação com flotadores ou decantadores lamelares necessitam de melhorias.

UASB + TRATAMENTO FÍSICO - QUÍMICO

Pós-tratamento físico-químico: coagulação/floculação Peróxido de Hidrogênio + Cloreto Férrico + Cloreto de

Polialumínio (PAC) + Polímero + Antiespumante

ETEs Vazões (L/s)Anhumas 1.200 / 605

Sousas 99 / 23

Flotação com Ar Dissolvido (FAD) para clarificação do efluente

Bombas de Recirculação, Compressores e

Saturadores

UASB com câmaras de biogás e de decantação interligadas e cobertas, e queimadores de biogás

(próximos de área densamente urbanizada)Biogás = 1.700Nm3/dia (165NL/kgDBOaplicada)

ETE Anhumas: UASB, floculadores e flotadoresDBO entrada/saída: 188 ± 27 / 25 ± 5 (mg/L)

Rem. DBO = 87%

Google

UASB + TRATAMENTO FÍSICO - QUÍMICO

Baixo custo de implantação; Baixos requisitos de energia e área; Efluente de qualidade satisfatória para padrões não

restritivos: remoção de DBO; remoção de fósforo proporcional a dosagem de coagulantes; incremento de oxigênio dissolvido no efluente (flotação).

Remoção nula de amônia e surfactantes; Presença de cor e espuma no efluente tratado; Consumo elevado de produtos químicos; Interferência do sulfeto dissolvido no efluente, com

desprendimento de maus odores nos floculadores; Baixa flexibilidade operacional e instabilidade; Elevado nível de monitoramento e manutenção; Sistema de flotação necessita de melhorias.

UASB + FILTRO BIOLÓGICO PERCOLADOR (FBP)

ETE Vazões (L/s)

Barão Geraldo 240 / 78

Filtro Biológico Percolador com Distribuidor RotativoAnéis plásticos 90 x 90mm área = 102m2/m3 índice vazios = 92%

ETE Barão Geraldo: UASB, filtros biológicos percoladores e decantadores secundários

DBO entrada/saída: 213 ± 37 / 20 ± 3 (mg/L) Remoção DBO = 91%

UASB com câmaras de biogás e de decantação interligadas e cobertasBiogás = 302Nm3/dia

(214NL/kgDBOaplicada)

Decantador Secundário

UASB + FILTRO BIOLÓGICO PERCOLADOR (FBP)

Baixo custo de operação; Baixo consumo de energia; Baixo consumo de produtos químicos; Simplicidade e facilidade operacional; Efluente de boa qualidade para padrões não restritivos:

remoção de DBO; remoção parcial de amônia e surfactantes quando operado em baixa carga;

Boa adaptação e desempenho para baixas vazões iniciais;

Compatibilidade para expansões futuras.

Desprendimento de maus odores nos distribuidores rotativos do filtro biológico.

CUSTOS DE OPERAÇÃO - COMPARATIVO

EPAR CAPIVARI II SAMAMBAIA CAPIVARI I BARÃO GERALDO PIÇARRÃO ANHUMAS0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1

Custo de Operação por m³

ENERGIA QUÍMICOS

LODO

Valo

r R$/

CUSTOS DE OPERAÇÃO - COMPARATIVO

EPAR CAPIVARI II SAMAMBAIA CAPIVARI I BARÃO GERALDO PIÇARRÃO ANHUMAS0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

Custo de Operação por Kg DBO removida

Valo

r R$/

Kg D

BO re

mov

ida

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

(UASB + PÓS-TRATAMENTO) x LODOS ATIVADOS

Menor custo de implantação e operação; Menor consumo de energia e produção de lodo; Menor capacitação para remoção de poluentes; Maiores limitações para o recebimento de efluentes; Há necessidade de melhorias nos sistemas de:

descarte e tratamento de escuma; proteção contra corrosão das estruturas; tratamento e controle de maus odores; captação total e queima completa do biogás;aproveitamento do biogás nas ETEs de maior porte; segurança das instalações com gases (CH4; H2S).

UMA ANÁLISE COMPARATIVA MAIS ABRANGENTE DE TECNOLOGIAS DEVE CONSIDERAR, ALÉM DE ASPECTOS ECONÔMICOS, REQUISITOS AMBIENTAIS LOCAIS E REGIONAIS.

____________________________________________________________

DIRETORIA EXECUTIVA DA SANASA

Diretor Presidente – Arly de Lara Romêo

Chefe de Gabinete – Fernando Ribeiro Rossilho

Procuradora Jurídica – Maria P. P. A. Balesteros Silva

Diretor Administrativo – Lúcio Esteves Júnior

Diretor Comercial – Luiz Carlos de Souza

Diretor Financeiro e de Relações com Investidores – Pedro Cláudio da Silva

Diretor Técnico – Marco Antônio dos Santos

www.sanasa.com.br 0800 77 21 195

Sérgio Raimundo GrandinCoordenador de Tratamento de Esgoto

(19) 3256-3039 – eteanhumas@sanasa.com.br