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TEXTO DO DIA

"Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal!

Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade,

e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!"

(Is 5.20)

SÍNTESE

Deus cuida dos seus filhos e tem grande esperança

de que estes frutifiquem abundantemente;

portanto, a falta de frutos adequados traz

resultados desagradáveis.

TEXTO BÍBLICO Isaías 5.1-8; 13

1 Agora, cantarei ao meu amado o cântico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu amado tem uma vinha em um outeiro fértil.

2 E a cercou, e a limpou das pedras, e a plantou de excelentes vides; e edificou no meio dela uma torre e também construiu nela um lagar; e esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas.

3 Agora, pois, ó moradores de Jerusalém e homens de Judá, julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha.

4 Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas?

5 Agora, pois, vos farei saber o que eu hei de fazer à minha vinha: tirarei a sua sebe, para que sirva de pasto; derribarei a sua parede, para que seja pisada;

6 e a tornarei em deserto; não será podada, nem cavada; mas crescerão nela sarças e espinheiros; e às nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre ela.

7 Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias; e esperou que exercessem juízo, e eis aqui opressão; justiça, e eis aqui clamor.

8 Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem herdade a herdade, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra!

13 Portanto, o meu povo será levado cativo, por falta de entendimento; e os seus nobres terão fome, e a sua multidão se secará de sede.

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

• Is 5:8-24 desenvolve as denúncias e ameaças esboçadas no cântico da vinha, através de seis "ais".

• Os "ais" têm sua origem nos ritos fúnebres. As pessoas vivas são profeticamente tidas como mortas.

• Os "ais" de Isaías (5:8-24; 10:1-4) são fundamentais na organização dos caps. 5 a 11.

• A parábola da vinha demonstra o relacionamento de Deus com o povo de Israel, em especial Judá e Jerusalém.

• A vinha representa este povo tratados com todo carinho e cuidado, mas que em vez de produzir bons frutos (uvas boas) ela dá maus frutos (uva brava).

• Então, Deus a reprovou e entregou à própria sorte.

I - A PARÁBOLA DA VINHA

1. Deus cultivou sua vinha

• A vinha é uma plantação de uvas são plantadas para subsistência ou para produzir resultados ou lucros para o seu dono.

• Nessa parábola Isaías revela a situação do reino de Judá e a cidade de Jerusalém.

• A vinha foi cultivada com a preparação de líderes, revelação, normas de convivência e culto, entre outros cuidados de Deus para que produzisse bons frutos.

2. A escolha do local

• O vinhateiro escolheu um outeiro para plantar sua vinha, num lugar de terras muito férteis (Is 5.1).

• Deus escolheu um lugar privilegiado para a vinha.

• Posição estratégica da terra de Israel.

• A vinha deveria demonstrar o capricho do vinhateiro, pela beleza de sua organização e consequentemente pelas abundantes colheitas.

AP - Quantas pessoas Deus tem colocado em lugar privilegiado, mas em vez de honrarem à Deus,

envergonham o Evangelho?

3. Deus plantou as melhores mudas

• Israel era um povo escolhido entre as nações, era o povo eleito pelo Senhor.

• O chamado de Abraão demonstra o cuidado de Deus na formação da nação que deveria ser um exemplo para as nações.

• O cuidado de Deus:

• Preservou-os da fome, da aniquilação; • libertou-os da escravidão do Egito, guiou-os pelo deserto,

providenciou-lhes maná do céu; • os estabeleceu numa boa terra de abundâncias; • guiou-os na escolha de reis e governadores, • livrou-os de inimigos poderosos; e • lhes fez promessas grandiosas (Dt 8.2,3; Sl 107).

APLICAÇÃO PRÁTICA

Assim como Israel, Deus tem te escolhido para ser um

exemplo. Você tem sido grato por isso?

Você tem consciência que Deus resgatou para que produza

bons frutos?

PENSE

Assim como Deus esperou frutos do povo

israelita, certamente Ele criou a Igreja para

que ela possa dar frutos que o glorifiquem.

PONTO IMPORTANTE

O povo de Israel não foi criado para glorificar

a si mesmo, mas foi criado para mostrar Deus

aos outros povos e servir de modelo para

outras nações. Esse é o fruto que Deus

esperou de Israel.

II - DEUS CUIDOU E ESPEROU COISAS BOAS DA VINHA

1. Ele afofou a terra e tirou as pedras

• Deus criou as condições propícias (preparou o solo) para que tudo que Ele lhes dissesse desse resultado positivo.

• O Senhor tirou desse solo também as pedras que poderiam fazer morrer as plantas da vinha. Em Mt 13.21 as pedras significam a superficialidade da raiz, vindo o sol, mata a planta.

• Deus colocou o povo de Israel em boa terra e cuidou para que nenhum impedimento atrapalhasse uma safra abundante.

2. Edificou uma torre e construiu um lagar

• A torre remete à vigilância constante que Deus tinha de sua vinha.

• O cuidado absoluto de Deus para com aqueles que Ele escolheu para ser seu povo.

• Ninguém invadiria Israel se Deus assim não o permitisse, pois estava sempre olhando tudo a volta do seu povo.

• Construir um lagar (onde as uvas eram exprimidas para transformar em suco ou vinho) antecipadamente é sinônimo de muita esperança para com a colheita.

3. A esperança de Deus

• O profeta afirma que Deus esperava que sua vinha desse excelente qualidade de uvas.

• Deus, o bom vinhateiro, esperava o bom resultado da tarefa cumprida com cuidado e amor: gratidão e boas obras (prática da justiça).

• A maioria das acusações pecaminosas que Deus faz ao povo se refere à pratica da injustiça social.

APLICAÇÃO PRÁTICA

Assim como Deus esperava bons frutos de Israel (prática da

justiça), Ele espera de você!

Que frutos você tem produzido para o Reino de Deus?

Você tem praticado a justiça ou buscado seus próprios

interessses?

PENSE

Se Deus criou e cuidou de Israel dando a eles

condições para seu crescimento, Ele também

fará o mesmo com todo aquele que invocar

seu nome sobre a face da Terra.

PONTO IMPORTANTE

Uma das doutrinas fundamentais da fé cristã é a doutrina da providência. Essa doutrina

afirma que Deus cuida da sua criação e dá a ela condições que possibilitam a sua

continuidade e existência saudável. Deus não cria somente, mas Ele mesmo sustenta o que

cria.

III - O CASTIGO E O EXÍLIO DE JUDÁ

1. A frustração divina

• Deus se aborrece com a ingratidão de seu povo, em especial a liderança.

• Deus a abandonaria a seu próprio destino, afastaria dela seu amor e cuidado (Is 5.13).

• Nossas atitudes tem suas consequências naturais. A lei da causa e efeito = lei da semeadura.

2. Os 6 primeiros "ais" de Isaias

• 5:8-10 – Latifundiários;

• 5:11-17 – setores ricos e vinculados ao estado tributário judaíta (beberrões);

• 5:18-19 – sacerdotes de Jerusalém (?);

• 5:20 – profetas do templo de Jerusalém (?);

• 5:21 – sábios e entendidos a serviço do estado;

• 5:22-24 – oficiais e soldados.

• Destinatários são os defensores/beneficiados pela monarquia: templo (sacerdotes e profetas); arrecadação (sábios e entendidos); defesa e repressão (militares).

3. O poder do exército inimigo

• Isaías prevê com extrema exatidão as prinicpais invasões que Judá e Jerusalém sofreriam:

• primeiramente pelos assírios, sob o comando de Senaqueribe em 721 a.C.; e

• finalmente várias invasões pelo exército babilônico, culminando no cativeiro final e destruição de Jerusalém em 587 a.C..

• O exército assírio era extremamente cruel, poderoso e assustador: cortavam mãos, pés, nariz e orelhas, arrancavam os olhos, escalpelavam, queimavam as pessoas vivas. Eram soldados sádicos (Na 3).

“A maioria das acusações pecaminosas que Deus faz ao

povo se refere aos relacionamentos interpessoais, pois Ele

busca, através de seu trabalho de amor, que o povo

respeite e ame seu próximo.”

Lições Bíblicas Jovens - CPAD

APLICAÇÃO PRÁTICA

Você já parou para pensar que muitas situações que você

foi um juízo sobre suas atitudes?

O que você tem plantado?

O que espera colher?

Faça o bem, reconheça o que Deus fez por você e pratique

a justiça!

PENSE

Deus espera alguma coisa de você, pois o

investimento feito na cruz do Calvário exige

de nós uma resposta. A maior resposta que

podemos dar é viver entregues a sua

vontade.

PONTO IMPORTANTE

O exílio foi também uma fase pedagógica da

história de Israel. O profeta Isaías vê o exílio

como forma de correção, e não de destruição

final da história de Israel.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta lição nos aprendemos que:

1. A parábola da vinha demonstra o cuidado de Deus com Israel e, consequentemente, com sua Igreja.

2. A parábola da vinha demonstra que Deus espera que o ser humano reconheça seu cuidado, retribuindo com práticas de justiça.

1. As consequências das práticas de injustiça social de Israel serve como exemplo para nosso dias (1 Co 10.11).

Subsídios bibliográficos

"No Salmo 80 a Igreja está representada como uma vide e uma vinha. A raiz desta vide é Cristo e os ramos são os crentes. A Igreja é como uma vide que precisa de apoio, mas que se estende e dá fruto. Se uma vide não der frutos, nenhuma outra planta valerá tão pouco quanto ela. E nós não somos plantados como em um horto bem cultivado, com todos os meios para darmos frutos em obras de justiça? [...].

A vinha foi desolada e destruída. Houve uma boa razão para esta mudança na maneira de Deus tratá-los. Tudo estará bem ou mal para nós, conforme nos submetemos aos sorrisos ou à face irada de Deus. [...].

Deus espera frutos daqueles que desfrutam privilégios. Os bons propósitos e os bons princípios são coisas boas, mas não são suficientes; deve haver fruto da vinha: pensamentos e afetos, palavras e ações agradáveis ao Espírito. Quando os erros e os vícios se excedem e se descontrolam, a vinha não é podada, e rapidamente começam a crescer espinhos. É triste que uma alma, no lugar das uvas da humildade, mansidão, amor, paciência, e desprezo pelo mundo, coisas que Deus busca, produza as uvas silvestres do orgulho, da paixão, do descontentamento, da maldade e do desdém para com Deus; em lugar das uvas da oração e louvor, estão as uvas silvestres de maldizer e jurar" (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.pp. 458;563-564).

"Vinho e vinha (5.1-5)

Israel é sempre mencionada como uma vinha no Antigo Testamento (cf. Sl 80.8; 14.15; Jr 2.21; Os 10.1; Zc 3.10). Deus é o guardador da vinha que alimenta e protege seu povo. Contudo, apesar do amável cuidado de Deus, a comunidade da aliança continuou a produzir o fruto amargo do pecado no lugar dos aprazíveis produtos da justiça. Jesus nos dá uma perspectiva disso quando se apresenta como 'videira verdadeira' (Jo 15.1). E lembra-nos que somente através de um íntimo relacionamento pessoal com Deus o ser humano produzirá o fruto que Ele deseja.

'Ajuntam casa a casa (5.8). Deus destruiu a Terra Santa em pequenas parcelas para que todas as famílias tivessem uma propriedade rural. Alguns possuírem muito, às custas de outros que têm cada vez menos, é uma grande e terrível injustiça social. Os ricos dos nossos dias precisam também estar atentos a isso" (RICHARS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 413).

HORA DA REVISÃO 1. Que povo Isaías está retratando na parábola da vinha? R) O povo escolhido, Israel. 2. Que significado tem a remoção das pedras para plantar a vinha? R) As pedras significam a superficialidade da raiz, quando algo é plantado em solo pedregoso, pois não consegue se aprofundar e vindo o sol mata a planta. 3. Qual o significado da torre na parábola? R) O cuidado absoluto de Deus para com aqueles que Ele escolhe para serem seu povo. 4. Ao proferir os "ais" contra o povo, o profeta considerou um texto central que dá sentido aos demais. Que quer dizer esse texto? R) Subverter a ordem natural das coisas eles estavam chamando o mal de bem e vice-versa, transformando trevas em luz e vice-versa e chamando o amargo de doce e vice-versa. 5. Quem é o lavrador na parábola da videira proferida por Jesus? R) Pai.

Referências

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

ARAUJO, Israel de. Dicionário do Movimento Pentecostal. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

Comentário Bíblico Beacon. Vol 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

CROATTO, J. S. Isaías. Vol I: 1-39. O profeta da justiça e da fidelidade. Petrópolis: Vozes, 1989.

FEINBERG, Charles L. Os profetas menores. São Paulo: Vida, 1988.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

LIÇÕES BÍBLICAS JOVENS. Isaias: eis-me aqui, envia-me a mim. 3º Trim, Edição Professor, Rio de Janeiro, 2016.

REFERÊNCIAS MERRILL, H. Eugene. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

NAKANOSE, Shigeyuki; PEDRO, Enilda de Paula. Como ler o Primeiro Isaías (Is 1-39). São Paulo: Paulus, 2002.

RENDTORFF, Rolf. Antigo Testamento: uma introdução. Santo André-SP: Academia Cristã, 2009.

RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

SCHOKEL, Alonso Luís; SICRE. José Luís. Os profetas. São Paulo: Paulus, 2004.

SICRE, José Luís. Profetismo em Israel. Petrópolis: Vozes, 1996.

SILVA, Airton José. A voz necessária: encontro com os profetas do século VIII a.C. São Paulo: Paulus, 1998.

Pr. Natalino das Neves

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