Post on 22-Apr-2015
UMA ANÁLISE DAS RECEITAS COMERCIAIS EM AEROPORTOS DE PEQUENO PORTE
Dario Rais LopesUniversidade Mackenzie, São Paulo – SP
dario.lopes@mackenzie.br
Sumário
• Aspectos conceituais
• O caso dos pequenos aeroportos
• Cenário de análise (DAESP)
• Formulação e ajuste do modelo
• Comentários
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Aspectos conceituais
• Receitas aeroportuárias
– Operacionais
Aeronáuticas (tarifas & preços unificados – pax, aeronaves, carga aérea)
Não –aeronáuticas (comerciais)
– Não operacionais
• Participação crescente das receitas não-aeronáuticas
– Acompanham a evolução da gestão do terminal de transporte
– Principal fonte para grandes aeroportos (50 % do total, média de 2011 para 195 grandes aeroportos do mundo – ATRS)
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Aspectos conceituais
Fonte: ATRS Airport Benchmark Report 2011
O caso dos pequenos aeroportos
• Aeroportos de pequeno porte– Demanda rarefeita
– Predomina aviação geral & aerodesportiva
– Baixa receita aeronáutica (suplementação – USA)
• Possíveis receitas não aeronáuticas (TRB)– Aluguel ou arrendamento de áreas para fins comerciais;
– Arrendamento de áreas para hangares;
– Arrendamento de áreas para fins agrícolas;
– Concessão de áreas no terminal;
– Combustível.
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O cenário de análise: DAESP
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Operações & finanças - 2013
• PAX (E+D) total = 2.728.323 (40 % RAO)• ANV (P+D) total = 489.002 (inclui T & A; 43 % QDV + CPQ + SOD) • Receita operacional = R$ 64,5 MM• Despesa operacional = R$ 52,2 MM• Investimentos = R$ 80,1 MM
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DAESP
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Distribuição percentual das receitas – 2013
23.2
19.8
1.4
50.2
5.4 Embarque
Pouso & permanência
Navegação aérea
Comercial
Outras
DAESP
Evolução das receitas comerciais
Ano Valor (R$)Participaç
ãoEvolução
2005 4.120.787,97 43 %
2006 4.335.446,23 40 % 5 %
2007 4.988.151,37 40 % 15 %
2008 6.331.091,12 44 % 27 %
2009 7.110.346,84 46 % 12 %
2010 7.849.890,38 49 % 10 %
2011 12.443.240,62 40 % 59 %
2012 22.275.037,87 47 % 79 %
2013 32.388.903,98 50 % 45 %
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DAESP
Composição das receitas comerciais – 2013
Não há contrato de “arrendamento de áreas para fins agrícolas” em vigor.
10
%
Contratos%
FaturamentoAeroclube 3,9 % 0,2 %
Hangaragem 46,1 % 52,0 %
Combustível 8,3 % 10,7 %
Empresa Aérea 14,3 % 6,0 %
Outros 27,4 % 31,0 %
DAESP
Formulação e ajuste do modelo
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RC = α . PAX + β . DJSOnde:
RC = Receita comercial do aeroporto;
PAX = Movimento de passageiros;
DJS = Variável dummy, que assume o valor 1 (um) para as observações de Jundiaí, Campinas / Amarais,
Itanhaém e Sorocaba, ou 0 (zero) caso contrário;
α e β = parâmetros a estimar.
Formulação e ajuste do modelo
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Amostra = dados anuais, por aeroporto, 2011 – 2013;
Exclusão dos aeroportos sem receita comercial, e Sorocaba 2013;
82 observações
Resultado:
RC = 3,23.PAX + 2.442.155,69.DJS (15,13) (15,78)
R² = 0,86
F = 248,07
DW = 2,01
Comentários
• Modelo robusto;
• Receita marginal = 3,23 R$ / PAX;
• Jenichen (2002) = 1,84 R$ / PAX;
• Estimador da variável dummy:– R$ 2,44 MM– Mudança de cenário (“aeroportos dummy”) causa
impacto de + 7,5 % na receita não-aeronáutica
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2011 2012 2013
Receita Operacional (000 R$) 3.757.000 4.187.100 2.882.550
Receita Comercial (000 R$) 1.141.922 1.341.676 994.176
Comercial / Total 30 % 32 % 34 %
PAX Total (E+D) 179.949.252 193.119.845 135.745.599
R$ Comercial / PAX 6,35 6,95 7,32
Comentários
Valores INFRAERO
Fonte: Boletim de Gestão, 2013
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Comentários
INFRAERO (2012) x DAESP (3º. Trim 2014)receitas comerciais – “comparativo”
INFRAERO DAESP1 Utilização de áreas 26,8
Aeroclube 0,3Hangaragem 72,3Áreas no TPS 3,4Área externa 0,5
2 Estacionamento 18,9 8,43 Lojas francas 11,6 0,04 Combustíveis 10,7 5,15 F & B 9,5 2,16 Publicidade 7,2 1,07 Telecomunicações 4,8 0,28 Locadoras (automóveis) 4,6 2,79 Empresas aéreas 4,1 2,510 Outras receitas comerciais 1,8 1,5
TOTAL 100,0 100,0
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Extra
Composição das receitas operacionais – 2013INFRAERO x DAESP
INFRAERO DAESP
Tarifas aeroportuárias - Embarque 32,4 23,2 - Conexão 1,0 0 - Pouso & permanência 12,0 19,8
Navegação aérea 4,6 1,4
Armazenagem & capatazia 13,6 0
Comercial 34,4 50,2
Outras 2,0 5,4
TOTAL 100,0 100,0