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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SULPRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
PROJETO NOSSA ESCOLA PESQUISA SUA OPINIÃO - PÓLO RS
CURSO “ESCOLA E PESQUISA: UM ENCONTRO POSSÍVEL”
Celso Guielcer De ForJudithe Eva Dupont Ló
Lucila Guedes de Oliveira
PROJETO DE PESQUISA
Museu da Pessoa: Cartografia das histórias em todo canto
Projeto de pesquisa apresentado junto ao curso de Extensão “Escola e Pesquisa: um encontro Possível”. Coordenadora: Drª : Nilda Stecanela
Caxias do Sul2010
SUMÁRIO
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO..................................................................................... 031.1. Dados dos Pesquisadores....................................................................
032 TEMA........................................................................................................................... 03
2.1 De2.1.Delimitação do
Tema....................................................................................
2.2. Problema.....................................................................................................
03
03
3 .JUSTIFICATIVA.......................................................................................................... 044.HIPÓTESES................................................................................................................. 055.OBJETIVOS................................................................................................................. 05
5.1. Objetivo Geral.............................................................................................. 055.2.Objetivos Específicos.................................................................................. 05
6. METODOLOGIA.......................................................................................................... 067. POPULAÇÃO/AMOSTRA........................................................................................... 078. RECURSOS................................................................................................................. 07
8.1. Recursos Humanos..................................................................................... 078.2 .Recursos Materiais...................................................................................... 07
9 .CRONOGRAMA.......................................................................................................... 0710. REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO......................................................... 0811 .REFERÊNCIAS......................................................................................................... 12
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SULPRÓ-REITORIA ACADÊMICACURSO DE EXTENSÃO: “Escola e Pesquisa um Encontro Possível”
Orientadora: Nilda Stecanela Período: Abril a Setembro de 2010 Autores: Celso Guielcer de For Judithe Eva Dupont Ló Lucila Guedes de Oliveira
2. Tema: Museu da pessoa
2.1. Delimitação do Tema: Cartografia das histórias em todo canto
2.2. Problema:
Vive-se hoje à uma diversidade de culturas, numa sociedade permeada
de exclusão social, com a necessidade de construir sujeitos
emancipados e suas identidades fundamentadas no encontro com o
outro, numa vida compartilhada de responsabilidade e de bons valores.
No entanto os jovens protagonizam cenas de violência e são seduzidos
por atitudes cada vez mais agressivas, banalizando conceitos de
liberdade, preconceito, identidade, moral e ética. Mas como viver uma
escola cívica se não temos civilidade? A civilidade redimensiona as
experiências dos sujeitos, com princípios morais construídos numa
perspectiva individual com trocas no coletivo, ampliando um universo
que efetiva a consciência e o compromisso ético e político.
Apresenta-se, então, aqui uma proposta de reconhecimento do
outro, para a consciência, vivência e formação dos alunos no espaço
educativo para que possam sentir-se responsáveis em construir um
modelo de sociedade mais humanizadora.
QUESTÃO DA PESQUISA:
A violência que ocorre nos espaços escolares é um indicador que
aponta para a importância da prática de valores positivos e uma
resposta ao modelo de sociedade que estamos validando. A civilidade
propõe a formação dos sujeitos e perspectivas da boa urbanização. A
escola é uma instância propícia à formação da civilidade. Como ela
pode contribuir para esse processo?
3. JUSTIFICATIVA:
Na contemporaneidade a maioria dos jovens está construindo
uma cultura de ações transgressivas, violentas ou delituosas e como
decorrência temos um cotidiano regido pelo imediatismo das relações
com seus pares. Nesse sentido a socialização introduz os jovens a um
teatro performático ocupando a cena social e legitimando uma
fragilidade, psíquica e identitária com dificuldade de reconhecimento e
respeito à diversidade.
A escola preocupada com a configuração desses sujeitos
pretende apresentar uma cartografia1 do patrimônio social, subjetiva,
plural e diversa, reconstituída a partir das pessoas e dos seus mundos
oferecidos pelos desmembramentos (liberdade, identidade, preconceito,
relações de grupo...) do processo de civilidade no contexto
contemporâneo. Apresentam-se os procedimentos das derivas
cartográficas sociais, bem como as relações com as perspectivas dos
1 O conceito de cartografia encontra-se explicitado no quadro teórico deste projeto
situacionistas2 buscando indagações comunicativas encontradas sobre
a forma de texto e imagens no suporte urbano, ou seja, dos diálogos
públicos. Para isso a formação dos sujeitos não é só uma forma de
mudar ou solucionar os conflitos educacionais, mas um caminho para a
autonomia. Caminho esse que engloba a totalidade do ser humano e
requer a vivência da ética, conciliada às apropriações dos valores do
mundo fundamentados pelos avanços das ciências e das tecnologias.
Nesta perspectiva abre-se novas possibilidades do desdobramento do
pensamento em relação ao contexto, do contato pessoal e do embate
do lugar como indagação existencial.
O mote para a criação é um centro de memórias que registre o
que está para além das evidências proporcionado pela educação do
olhar para o outro. A valorização dos saberes e experiências de vida
sistematizados em forma de textos verbo-visual permitem apresentar
uma rede baseada na escuta e no compromisso dos cidadãos,
engrandecendo e humanizando o conteúdo do patrimônio imaterial.
4. HIPÓTESES:
a) A violência da civilidade na escola está indiretamente relacionada à
vivência da civilidade na comunidade local.
b) Há um descompasso entre as estratégias de formação da família,
escola e sociedade.
5. OBJETIVOS:
5.1. Objetivo geral:
2 Situacionista refere-se a pessoas engajadas a um movimento internacional de cunho político e artístico que aconteceu no final da década de 60. Esse movimento almejava grandes transformações políticas e sociais.
Examinar via cartografia das histórias o desmembramento dos
processos de humanização para a implementação de ações que
contribuam para a formação da civilidade.
5.2. Objetivos específicos:
a) Identificar os desmembramentos referentes a questão da ética, da
identidade, da violência e da civilidade no processo civilizatório na
comunidade local.
b) Analisar os dados coletados para interpretar as significações dos
diversos desmembramentos civilizatórios.
c) Construir a cartografia dos processos civilizatórios analisados com
vistas à formação de humanidades.
6. METODOLOGIA:
A metodologia a ser utilizado para a realização dessa pesquisa
envolverá a pesquisa de opinião. Será aplicado um questionário junto à
comunidade local contendo questões abertas e fechadas.
Objetiva levantar as significações dos entrevistados sobre o
processo de desmembramentos (identidade, preconceito, liberdade,
ética e moral) de civilidade no contexto contemporâneo. O estudo e
análise serão efetuados a partir de dados quali-quantitativos sob a
responsabilidade dos professores dos componentes curriculares de Arte
e Sociologia e da equipe pedagógica. A articulação entre os dois
componentes curriculares dar-se-á nas dimensões ética e estética. A
Sociologia fará uma abordagem histórica e leitura sociológica
fundamentados pelos teóricos Max weber e Durkeim dos problemas que
acercam a individualização para compreensão e funcionamento do
mundo para que os sujeitos possam operar. O componente curricular de
Arte dará conta da dimensão estética do projeto. Para tal será tomado
como referência aos estudos movimento artístico e político dos
situacionistas e a contribuição dos registros fotográficos dos artistas
Sebastião Salgado e Henri Kartier Bresson. Será oferecido aos alunos
momento de leitura de imagem e problematizações com os
desmembramentos civilizatórios apresentados na perspectivas dos
artistas e fundamentação teórica. Os alunos a partir dos estudos, farão
uma curadoria de rua para reconhecimento das histórias e assim fazer o
registro das finitudes cenas do cotidiano. A apropriação da técnica da
linguagem fotográfica contará com o apoio do centro de tecnologias da
UCS ( CETEL) para que possam mudar a forma de olhar o cotidiano.
Será criado um blog, servindo de espaço do museu, para que as
histórias sejam apresentadas. Cada aluno se responsabilizará em
convidar as pessoas para contar sua história e assim postá-las. As
leituras dessas histórias socializadas na aula, fazendo o embate com a
leitura sociológica, serviram, como preparo para a realização do recorte
da realidade por meio da linguagem fotográfica. Estas imagens
capturadas pelos alunos, registrarão o encontro entre o instante
aprisionado na imagem e as imagens instáveis, conflitantes. Imagens
essas que a memória constrói e reconstrói dentro do seu tempo,
constituindo redes interpessoais. Retratadas na subjetividade dos seus
olhares, das múltiplas e desafiantes leituras no reconhecimento dos
seus pares que dará origem ao Museu da Pessoa.
7. POPULAÇÃO/AMOSTRA
Pessoas da comunidade local de diferentes gêneros, etnias, idades,
escolarização e situação sócio- econômico.
8.RECURSOS:
8.1. Recursos Humanos: Professores, equipe pedagógica, alunos e
comunidade local.
8.2. Recursos Materiais: Material impresso, multimídia, livros, espaços de
sala de aula e laboratório fotográfico.
9. CRONOGRAMA:
Período Descrição da ação Responsáveis
MARÇO
• Apresentação Situação problema: ouvir as falas dos alunos;
• Fundamentação teórica a partir das problematizações. Construção das hipóteses;
Alunos, professores e equipe pedagógica da da escola
ABRIL/
MAIO
• Construir as questões para as entrevistas;
• Aplicação do Pré-testes;
• Aplicação das questões à comunidade local;
• Apresentação dos dados;
• Tabulação e análise dos dados;
Alunos, professores e equipe pedagógica da da escola
JUNHO • Construção dos textos realizados pelos alunos; Alunos, professores e equipe pedagógica da da escola
JULHO/
AGOSTO
• Problematização com o olhar dos situcionistas e a arte como
contexto social e cultural;
• Leitura de imagem com obras fotográficas com referência de
artistas que tiveram um olhar para o cotidiano;
• Reconhecimento das histórias Urbanas;
• Apropriação do problema para produção;
• Reconhecimento das histórias do cotidiano;
• Socialização das histórias, fazendo um embate com a análise dos
dados.
• Curadoria de rua: Produção das imagens fotográficas;
Alunos, professores e equipe pedagógica da da escola
SETEMBRO• Construção do Museu e leitura do mesmo
• Avaliação da experiência da pesquisa
• Apresentação da pesquisa no seminário;
10. REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
Este referencial orienta-se para a discussão do currículo construído
dentro e fora da escola que são intensificados por valores sustentados
em atitudes de exclusão e de incivilidades. No contínuo processo de
construção da nossa experiência humana nos deparamos com o
enfrentamento com o outro que fortalece nossa identidade pessoal
revestida de um caráter ético. A sociedade contemporânea nos coloca
diante de problemas concretos que dizem respeito a ações,
comportamento e indagações morais.
Podemos entender que a vida humana se diferencia na sua dimensão
de valores adquiridos pela educação formal e informal. Por isso o
sentimento de reconhecimento e de pertencer a um lugar constituem a
socialização e a educação que lhes conferem a participação da vida
social. Cartografar as histórias criadas no cotidiano, revela a intenção de
tratar a atenção para o outro e assim reconhecê-lo para potencializar-se.
É importante considerar o termo rizoma para que seja entendido o
conceito de cartografia abordado por Deleuze. Este autor apropria-se do
conceito da Botânica para apresentar o sistema aberto de rizoma, como
a inter-relação entre os conceitos, para pensar como os sujeitos operam
na sociedade contemporânea.
O rizoma é o modelo de realização dos acontecimentos, que tem
espaços e tempos livres. Os acontecimentos são potencializados e
desenvolvidos nas relações entre os elementos do princípio
característico das multiplicidades que leva em conta o substantivo que
descreve um processo empírico que é visível e constatável.
“Todas as multiplicidades são plantas, uma vez que elas preenchem, ocupam todas as
dimensões: falar-se-á então de um plano de consistência das multiplicidades, se bem que
este "plano” seja de dimensões crescentes segundo o número de conexões que se
estabelecem nele.”(DELEUZE,1995,p.17)
Pensando que a relação que existe entre o Eu e o objeto é
de anulação, pois quando o Eu cria um conceito do objeto, este o
potencializa e assim é possível pensar o Eu contendo multiplicidades e
não como limitador. Para isso não há sujeito e nem objeto, a
potencialidade dessa relação é que vai criar um importante movimento
que irão construir variações decorrentes de intensidades e significações
dadas a esse outro. No entanto a desvalorização
do sentido da vida tem provocado a emergência de novas práticas
sociais, necessárias ao futuro e a imagem do Eu, possível a renúncia de
autoridade, mas uma posição em relação de alteridade construída na
família, escola, costumes locais.
A subjetividade é construída no coletivo pois segundo Guattari (1992: p.
20), o termo “coletivo” deve ser entendido do princípio da
multiciplicidade que se desenvolve para além do indivíduo, junto ao
“socius”, assim como aquém da pessoa, junto a intensidades pré-
verbais, derivando de uma lógica dos afetos mais do que de uma lógica
de conjuntos bem circunscritos Uma vez que o indivíduo e o social é um
agenciamento3 que produz rizomas com tudo que é externo em si, há
também a possibilidade de rompimentos, que funcionam como
agenciamentos coletivos, os quais são realizados no dia-dia um espécie
de continuidade não explícita, uma cadeia de significados, signos e
significações do não dito, mas do vivenciado na forma mais pura
possível no cotidiano das pessoas. As pessoas na sociedade produzem
culturas que aparentemente são enraizadas, mas podem mostrar
infinitas possibilidades de rupturas, mesmo quando fazemos parte de
diversos tipos de agenciamentos, familiar, conceitos pensados. As
rupturas possibilitam a ampliação dos espaços, dos territórios, sem
deixar de fazer parte do agenciamento que o constitui.
A representação dos indivíduos na sociedade consiste na
intensidade de problemas que vivem politicamente e assim o desejo de
transformação decorrentes dos agenciamentos.
A sociedade vista como uma rede de entrelaçamentos significam os nós
do rizoma, a partir de ações na vida, de responsabilidades como atores
encarregados de construir autonomias e identidades humanas. É
importante pensar aqui na semiótica4 para esclarecer o agenciamento
que funciona como um efeito enunciativo fundamentado pela relação do
sujeito com o mundo natural, social e cultural que é observado ou vivido
numa rede de relações que lhes dão sentido e significado. Em outras
palavras os indivíduos precisam reconhecer a sua história como um
processo contínuo e individual, explorando a civilidade como um evento
social fundamentado pelo respeito, pela diversidade e a sua própria
individualização. Para Bauman (2001,p.40):
A individualização consiste em transformar a identidade humana de um
3 Estes agenciamentos aqui mencionados são junções – unidade – da multiplicidade que se unem pela cadeia de significados que são construídos, ou desconstruídos, entre eles.
4"A Semiótica é a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno de produção de significação e de sentido." (p.13)
Santaella, L. (1983). O que é Semiótica. São Paulo: Brasiliense.
dado em uma tarefa e encarregar os atores da responsabilidade de
realizar essa tarefa e das consequências (assim como dos efeitos
colaterais) de sua realização. O olhar para si e para o cotidiano
potencializa a qualidade das relações sociais, sendo que cada
participante interligados a escola, família, espaços urbanos alimentam a
esperançosa prática política da possibilidade e do engajamento para que
possam promover condições para o querer dos sujeitos à emancipação
social.
“Os meios de mudar a vida e de criar um novo estilo de atividade, de novos
valores sociais, estão ao alcance das mãos. Falta apenas o desejo e a vontade política
de assumir tais transformações. É verdadeiramente indispensável que um trabalho
coletivo de ecologia social e de ecologia mental seja realizado em grande escala. Essa
tarefa concerne as relações com a infância, com a condição feminina, com as pessoas
idosas, as relações transculturais...”(GUATTARI, 2008 p. 174)
A complexidade da pedagogia que exige um espaço
recriado por sujeitos/atores aborda metodologias apropriadas à
complexidade que toca as dimensões éticas, política e estética que
desencadeia o ato de educar. A escola precisa ser vivenciada como
lugar dinâmico e de beleza. É importante compreender que desenvolver
o potencial é mais do que simplesmente aprender, construir
competências, ou seja, é fundamental refinar capacidades para ser,
conviver, conhecer e fazer. Reconhecendo neste projeto a construção de
sujeitos éticos. Nesse sentido a transdisciplinaridade5 é a condição
epistemológica da pós-modernidade, e a interculturalidade6, a condição
política da democracia. A aliança entre essas condições promove a
5 A transdisciplinaridade é uma forma de representar o conhecimento escolar.
(...) a atenção é voltada para a área do problema, para o tema do objeto, dando preferência à participação colaborativa em lugar do individual. Desta forma ocorre o estabelecimento de relações entre a vida dos alunos e professores, com o conhecimento escolar e, também com o conhecimento que geralmente não faz parte do currículo. Esta abordagem busca favorecer o desenvolvimento de estratégias de indagação, interpretação e apresentação, durante o estudo ou problema.
Ver HERNANDEZ, Fernández. Transgressão e mudança na educação: Os projetos de trabalhos. Porto Alegre: ArtMed,1998.
6 A interculturalidade pode ser entendida como uma visão de que a variação cultural é aceita em qualquer sociedade, por isso uma educação intercultural é valorizada por vários grupos aculturados a partir de uma perspectiva pluralista.
humanização e mudanças sociais. Oferecer condições para repensar o
fluxo das informações os inputs e outputs, na relação competência numa
dialogicidade que precisa ser introduzida e colocada em todos os níveis
da produção e de socialização, por isso a questão política é por
excelência pautada por um espaço de partilha de mecanismos de auto-
regulagem, mediação, acesso ao saber e a informação, bem como sua
tomadas de decisões e relação com seus pares. O que se pretende com
este projeto é que a educação estética, possa potencializar o projeto
político da escola onde seja possível ativar os sentidos, significar as
experiências de leitura compreendendo o eu multiplicado. Estas idéias
ressaltam o papel da comunidade, como um tempo de singularidades,
onde o problema de viver juntos há de ser superado animado como um
espaço constante de metamorfoses (aprendizagem) definido com
critérios e contextualizações. Para o contexto pedagógico esta dinâmica
qualificaria o material humano e assim efetivam atos de civilidade. Trata-
se de criar uma cartografia subjetiva, plural e diversa, reconstituída a
partir das pessoas e dos seus mundos construindo o museu da pessoa
com as histórias do cotidiano.
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ARGAN, Giulio Carlo.História da Arte como história da cidade. São
Paulo: Martins Fontes, 1998.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar. Ed.,2001
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: Artes do fazer. São
Paulo: vozes: 1994, 5° Ed.
DELEUZE, Gilles. Mil platôs. São Paulo: Ed. 34, 1995.
ELLIAS, Norbert. Processo Civilizatório: Uma história dos costumes.
São Paulo: Jorge Zahar. Ed.1994
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Ed. Paz &
Terra. 1996
GUATTARI, Felix. Caosmose: Um novo paradigma Estético. São
Paulo: Ed. 34, 1992
PILLAR, Analice Dutra (org). A Educação do Olhar no Ensino das
Artes. Porto Alegre:Mediação 1999, 2° Ed.
ANEXOS
Registro das ações de Trabalho de Sociologia e Arte:
Uma leitura mais superficial dos três principais clássicos – Durkhein,
Weber e Marx, realizadas a partir de atividades em diálogo com a
realidade: como por exemplo a construção de uma análise de situações
de violência, de situações econômicas e até simples relatos de vida
recolhidos a partir de vivências dos próprios alunos ou de outras
pessoas.
E esta leitura tem como objetivo: 1) retomar o contato com os
clássicos da Sociologia para aqueles que haviam tido este primeiro
contato; 2) gerar um primeiro contato para aqueles que nunca tiveram o
primeiro contato.
Este é um momento de muitos conflitos, por que os clássicos põem
em cheque certas concepções de mundo que temos. Certas visões em
que o mundo é como queremos que ele seja. Para tratar do conceito, por
exemplo de coesão em Durkhein, a complexidade do positivismo e a
fusão entre individuo e sociedade forja sua identidade e é tão grande
que o conflito e a incompreensão da sociedade e de si se tornam algo
fluente nos encontros realizados. Com isso é algo natural certa
proximidade com um, ou dois teóricos em específico do que com todos.
Desta forma os alunos são orientados para poderem escolher em
especifico o autor que possuam maior “afinidade” e em que no
momento de análise, durante o trabalho, não surja maiores conflitos ou
dificuldades de compreensão desta análise.
Assim atividades como encontrar nos recortes de jornais,
selecionados por eles, as idéias e os conceitos dos sociólogos
materializados torna a leitura sociológica uma tarefa mais tranqüila de
ser realizada. Em grupos de no máximo três alunos realizaram estes
recortes buscando uma visualização maior da teoria, com isso fabricou-
se um primeiro seminário que buscaria encontrar uma justificativa para
podermos pensar a realidade a partir dessas teorias. Por isso, cada
grupo precisou apresentar suas concepções e respaldos na reportagem
para poderem mencionar a realidade como sendo espelhos da teoria ou
vice-versa.
O resultado mais imediato desta tarefa foi certo agravamento na
auto-compreensão que tiveram. Com a marca forte do positivismo moral
de nossa sociedade contemporânea e a liberdade sem uma razão
aparente a presença de uma determinação exterior para suas ações, e
pior, para seu pensamento tornou ainda mais complexo a compreensão
da teoria clássica da teoria da Sociologia.
Os alunos aproximaram-se mais de alguns teóricos contemporâneos,
como Norbert Elias. É de Elias que surge a situação problema principal:
“Como compreender esta realidade fragmentada pela sua própria dificuldade de,
produzir sobre si, um conhecimento que seja unitário? “
Esta visão serviu um pouco como um grande aparato para nossas
questões. Não era possível falar apenas em um processo civilizatório,
pois sabia-se que este processo único era apenas fruto de uma visão
positivista. Então foi proposto uma construção de múltiplas
compreensões, agora não mais fragmentadas pois se uniriam sob a
égide do signo da civilização, mas cada projeto embarcando em
processos alternativos, em visões diferenciadas, em análises específicas
e até em compreensões de mundo muito particulares que precisariam de
uma lapidação científica para ser melhor compreendida.
Outro passo era tomar contato com os múltiplos métodos de
produção, construção e desenvolvimento de pesquisa na área da
Sociologia. Os métodos de pesquisa são múltiplos, mas seria
imprescindível que os alunos tomassem contato com eles para que seus
trabalhos pudessem ser mais bem estruturados. Assim, em uma divisão
mais didática sobre estas metodologias: entrevistas de opinião,
questionários, iconográficas, historiográficas etc., cada aluno pode
pensar e estratejar melhor como poderia empreender sua exposição e
apresentação de dados, de análise e suas visões de mundo
reformuladas, ou melhor fundamentadas. Então, relacionando esta tarefa
ao NEPSO optamos pelas entrevistas podendo ser aliadas a detalhes
iconográficos, fatos históricos e até retratos do cotidiano.
Um próximo passo foi que cada aluno construiu uma nova situação-
problema que englobasse o assunto principal, mais outro de seu
interesse. E dessa situação problema surgiram interesses como: a
civilidade e a identidade, a civilidade e a violência foi o tema de maior
abrangência desejado pelos alunos – mas mesmo assim houveram
alguns desdobramentos aí – como violência com idosos, violência com
crianças em situação de risco, violência no transito e violência na escola.
Houveram também temas relacionados ao problema do poder e o
trabalho e até da educação e a civilidade.
Cada aluno, nesta parte do trabalho, para suas situações-problema,
construíram quinze hipóteses, no total. O trabalho científico neste
momento teve dificuldade na organização, pois senso comum e razão
científica se chocaram para produzir um novo sentido.
A incompreensão de como um processo científico pode ser realizado
pelo levantamento de hipóteses era uma freqüência e quando foi se
listando estas hipóteses, cada vez mais compreendeu-se que as
mesmas hipóteses poderiam ser a única forma de construir nosso
questionário. E este questionário foi elaborado à partir destas hipóteses.
Os questionários foram construídos em sala de aula e testados no
espaço de sala de aula e em outros espaços como na família, no
trabalho, entre amigos... Estes deram luz à compreensão de que a
pesquisa de opinião é construída à partir destes questionários que serão
uma resposta as hipóteses levantadas pelo grupo. As pessoas que iriam
responder serviria de base à suas fundamentações posteriores.
Os questionários foram analisados em grupo foram revisados e
discutidos em um pequeno seminário.
Houve revisões, e estas novas revisões foram submetidas a novas
análises e testes.
A questão dos testes foi imprescindível para compreensão dos
trabalhos científicos.
Analisar uma hipótese para que ela seja depurada, exige do
professor uma postura de respeito, aos alunos e a ciência, um
conhecimento já estabelecido sempre em diálogo com o senso comum.
E esta é uma das maiores dificuldades para que aconteça uma real
compreensão da ciência, até por que conseguir estabelecer um diálogo
entre o senso comum e o trabalho da ciência exige do professor também
uma visão de didática apropriada, adequada que procure não somente
construir o conhecimento, mas que também ele possa ser socializado.
A socialização é o passo mais importante, re-organizar o senso
comum é o momento fundamental, sendo que este momento pode não
atingir a totalidade dos alunos envolvidos no trabalho em questão. No
entanto, o trabalho continuou sua execução. A aplicação do questionário.
Enquanto os alunos buscavam a aplicação dos questionários, em
sala discutíamos as possíveis tabulações a respeito das porcentagens
construídas através dos questionários. Estas tabulações poderiam servir
de modelo para fundamentar as suas conclusões, no entanto estas
conclusões não podem aparecer como um ato isolado. Este ato deve ser
um diálogo que pudesse servir de reformulação das auto-compreensões.
As tabulações foram sendo feitas em sala de aula, mostrando estilos
e propósitos que pudessem ser uma maneira de entender como deve ser
feito. O
próximo passo foi o de fazer análises a partir das tabulações, é o
momento de construir um diálogo com a teoria. E desta forma é o
momento de fazer uma leitura do texto a partir dos conceitos que advêm
dos sociólogos. Então é o momento em que a sociologia possa servir
como esclarecedora da realidade.
A teia conceitual feita pelos autores é fator determinante para
podermos compreender como acontece a própria criação sociológica. O
pensamento do sociólogo tem por objetivo recriar a relação entre a
subjetividade e o âmbito social, a sociedade. Entre a parte e o todo.
Mostrando com isso que a visão dos sociólogos constrói um paradigma
analítico enquadrado entre três grandes vertentes, o historicismo, o
positivismo e o marxismo. Quando se propôs analisar os dados
apresentados dentro do âmbito da pesquisa de opinião há uma
construção necessária a respeito do que pode e do que não pode ser
feito. E pior, do que é feito e como pensamos a partir destes modelos
teóricos sem se quer nos darmos conta deste problema o qual a acaba
sendo revelado durante a pesquisa empírica. Assim a análise teórica vai
se construindo passo-a-passo como um modelo único e totalmente
próprio, há realmente um engajamento do aluno com seu problema de
pesquisa, da sua pesquisa como tal. Cada leitura, trabalho realizado
significa um desdobramento, uma cartografia que pode ser entendida ora
como modelo operacional, e ora como ordenamento e construção de
novas perspectivas. Esta cartografia pode ser elaborada da seguinte
maneira, com uma espécie de multiplicidade que se unifica, ora método
ora o próprio pensamento que se organiza a partir do estabelecimento
de relações e de uma certeza, a de que a experiência do real acontece
horizontalmente.
Este trabalho tinha por objetivo preparar, recuperar e encaminhar.
A pesquisa de opinião ofereceu um nexo entre os sujeitos e a realidade
e o método ou pensamento cartográfico um conceito: agenciamento.
A preparação significou uma compreensão macro da experiência
da realidade como uma grande hipótese que pode ser examinada,
compreendida e analisada cientificamente.
Assim esta primeira parte realizou um agenciamento entre muitos
fluxos de vivência, compreensões e racionalidade. E com isso mostrando
como é possível visualizar este ponto de intersecção, como um nó. E
este nó demonstrar as relações acontecentes entre os fluxos e
dimensões estáveis do mundo. Assim este agenciamento, ou
agenciamentos fornecem uma gama ampla possível de comparar com o
real.
O próximo passo é a transposição do agenciamento realizado, ou
agenciamentos realizados. Esta dita transposição pode ser entendida
como um novo alisamento entre o modelo teórico, provisório construído,
e um novo fluxo da realidade. Este fluxo conhecido como dimensão
estética da realidade, e o perceber esta estética como parte integrante
deste agenciamento.
Alguns dos questionários aplicados à comunidade:Tema: Liberdade
a) O que é liberdade para você?
b) Poder fazer o que quiser
c) Não seguir leis
d) Seguir as leis e ainda continuar sendo livre
1) Hoje em dia você se acha uma pessoa livre?
a) Sim, pois posso andar, falar, pensar o que quiser
b) Não, pois tenho muitas regras impostas pela sociedade e
comunidade
c) Em alguns aspectos eu me sinto livre
2) Quem faz sua liberdade?
a) Eu mesmo
b) Meus pais
c) A sociedade
3) No seu dia-a-dia, você se sente livre em sua comunidade e/ou
sociedade?
a) Sim, posso fazer o que quiser e não tem ressentimentos
b) Não, pois tenho uma casa cheia de grades e me cuido quando
estou na rua
c) Em termos, tenho medo de algumas coisas, mas em outras eu
sou bem tranqüilo
4) Atualmente você se sente livre apesar da “coesão” imposta por
seus pais e sociedade?
a) Sim, pois não sou tão influenciado nos meus atos e escolhas
pelos meus pais
b) Não, porque sou muito influenciado por meus pais e ajo de acordo
com a educação que eles me deram
c) Em termos
6) Com quem você se sente com mais liberdade?
a) Amigos
b) Pais
c) Ninguém
7) O que você acha da liberdade imposta pela sociedade (governo)?
a) Boa, porque mantém a ordem da sociedade
b) Ruim, pois não posso fazer o que desejar
c) Poderia ser mais rígida, pois ainda há muitos marginais na
sociedade
8) Você é a favor da anarquia?
a) Sim desejo ser livre e rebelde
b) Não, a sociedade seria um verdadeiro caos
c) O que é anarquia?!
9) O que é liberdade de expressão para você?
a) Se expressar não importa onde, mas para falar sobre o que eu
penso.
b) Fazer passeatas expressando minhas opiniões
c) É poder falar o que quiser, sobre o que quiser e quando quiser
10) Como você usufrui da sua liberdade de expressão?
a) Eu me movimento faço passeatas me expresso, não importa onde,
eu sempre coloco minha opinião.
b) Eu voto
c) Eu não faço nada fico em casa na frente da TV
11) Porque na adolescência se deseja tanto a liberdade?
a) Se sentir livre, solto do mundo em que foi criado, sentir-se mais
adulto
b) Curtir a vida
c) Hormônios
12) Os vícios hoje restringem a liberdade de uma pessoa?
a) Sim, a pessoa viciada às vezes deixa de fazer coisas de sua
importância para “usufruir” desse vício
b) Não, a pessoa viciada pode viver uma vida com extrema liberdade
c) Depende do vício dessa pessoa
13) Você está preso a algum vício ou conhece alguém que esteja ou
esteve?
a) Sim, e minha vida praticamente se resume a esse vício
b) Não, mas eu tenho um amigo (parente ou próximo) que está e não
gostaria que estivesse ou que acontecesse comigo
c) Não, e também não conheço ninguém
14) De que modo sua liberdade se restringe?
a) Se restringe as regras do local onde estou
b) Não se restringem eu sou livre e faço o que quiser
c) Em termos, em certos lugares sou bem mais livre que em outros
(no sentido de quebrar mais regras e não no sentido da restrição de
regras daquele local)
15) Vivemos em um mundo rodeado de crenças. Você em sua
sociedade e comunidade se sente livre para ter uma dessas crenças?
a) Sim. Não sou muito influenciado por meus amigos neste aspecto
b) Não. Porque sou bastante influenciado por meus amigos e não
gosto de admitir na frente deles certas crenças
c) Mais ou menos, certas coisas compartilho com meus amigos outra
não
Tema – Liberdade
1) Qual o conceito de liberdade?
a) Capacidade de fazermos tudo que quisermos
b) Desfrutar com moderação algumas coisas
c) “A sua liberdade termina onde começa a do outro”
2) Você acredita que a liberdade está fundada nas condutas
familiares?
a) Sim, pois a nossa base familiar nos mostra até onde e o que
podemos fazer
b) Não, pois depois de uma certa idade podemos fazer o que
quisermos
3) Liberdade em demasia pode corromper o sujeito?
a) Sim, pois tudo que é demais perde o valor e sentido
b) Não, porque cada um sabe conduzir sua vida
c) Talvez, mas depende de como estamos organizados
psicologicamente. Tendo boa educação familiar não sofremos
conseqüências
4) Você relaciona liberdade com:
a) Poder fazer o que quiser
b) Poder falar o que quiser
c) Interagir com o outro, respeitando o seu jeito
5) Como você pensa o sistema carcerário em relação a liberdade?
a) Uma forma de punição temporária, na qual o sujeito perde
parcialmente sua liberdade
b) Uma forma de se estar aprisionado, para inibir atos criminais, mas
que talvez não traga solução alguma
c) Uma maneira de fazer o criminoso pensar o que ele fez com sua
liberdade
6) Liberdade a gente conquista?
a) Sim, através de nossos atos
b) Não, já nascemos livres
c) Com o tempo, a medida que ganhamos segurança e
amadurecimento vamos conquistando nossa liberdade
7) Liberdade existe?
a) Sim, observamos isso toda vez que saímos de casa, fechamos a
porta e seguimos o nosso rumo
b) Não, porque sempre temos que justificar algo a alguém
c) Liberdade é um modo de vida, e dependendo como vimos, como
são nossos conflitos, sentiremos a liberdade
8) Hoje em dia existe vários conflitos em torno de um tema que
envolve liberdade, um deles é o fato de que alguns pais dizem
que os filhos devem fazer o que quiserem e se virarem sozinhos
quando tiverem problemas. O que você pensa disso?
a) Está correto, pois nem sempre poderemos contar com os pais
b) Está correto, pois essa conduta pode levar os filhos a cair em
armadilhas
c) Nem uma e nem outra, estabelecer limites e normas para o
exercício de liberdade é o melhor caminho
9) O que você acha das famílias que permitem eventos promovidos
pela sociedade para atrair público infantil em danceterias, logo
seus filhos?
a) Acho errado porque esses eventos acabam com a infância
b) Uma forma de banalizar a liberdade
c) Isso não definirá como vai ser a criança quando adulto
10)Como você percebe a liberdade na escola?
a) Boa, pois independente das normas sempre fazem o que querem
b) Poderia ser melhor, reprimir menos e deixar espaço para
liberdade, mas uma liberdade de boa conduta, respeitando aquilo
que deve ser respeitado
c) Não há liberdade nas escolas
11) Em alguns países as pessoas não são totalmente livres, por
causa de seus costumes e culturas. Como você avalia esses
sistemas diferenciados do Brasil?
a) Bom, pois certo rigor em relação a liberdade é bom
b) Péssimo, pois quase sempre esses regimes de liberdade são
repugnantes, dando péssimas condições para o sujeito privado da
liberdade
c) No Brasil a liberdade é muito mal exercida, poderia ser melhor e
usar alguns exemplos desses países
12) Nos EUA existem várias regras que devem ser seguidas por seus
moradores. Há uma inflexibilidade no sistema carcerário, quando
crianças são presas pelos seus delitos. Alguma vez você já
refletiu sobre isso, o que você pensa sobre o assunto?
a) Acho ótimo, pois não temos garantia que o criminoso infantil ira
parar de matar se ficar solto
b) Não há diferença entre criminoso infantil ou adulto
c) Acredito numa punição, talvez não tão severa como a dos EUA,
mas uma que consiga humanizar o sujeito
13)Liberdade tem haver com limites?
a) Sim, pois quando pequenas as crianças aprendem através dos
limites impostos pelos pais o que podem e o que não podem fazer
b) Em parte, mas quando as crianças crescem sofrem influencia dos
amigos, perdem a noção do limite e extrapolam a liberdade
c) Liberdade e limite, são duas coisas importantes e devem estar
juntas e sempre que tivermos uma discussão precisamos delas
14) Você acha que o sujeito livre tem mais poderes sobre as coisas?
a) Não, de forma alguma, pois nem sempre o que esse sujeito diz
tem valor
b) Todo sujeito que se considera livre acha que pode manipular os
outros e se encontrar alguém frágil é capaz de conseguir
manipular
c) Pode até conseguir, mas não por muito tempo, porque liberdade
de ação não significa totalidade sobre o outro
15) A democracia tem relação com a liberdade?
a) Sim, pois o regime foi criado pelo governo para que as pessoas
tivessem certa liberdade de ação.
b) Não, não existe democracia popular, existe apenas democracia
nos regimes políticos
c) Não, esse sistema permitia apenas um pouco de liberdade
Tema: Violência
1) Ser amigo de bastante pessoas é uma boa coisa para afastar a
violência, você se considera amigo de bastante pessoas?
a) Sim, conheço bastante pessoas
b) Conheço algumas
c) Não tenho muitos conhecidos
2) Sair sozinho hoje em dia é bem perigoso, você se preocupa com
isso?
a) Sim, sempre saio com alguns amigos
b) Mais ou menos, não me preocupo muito
c) Sempre saí sozinho e nunca me aconteceu nada
3) Você avalia os lugares que vai, qual os tipos de pessoas que
freqüentam o lugar?
a) Só vou em lugares chiques
b) Vou em lugares bem variados
c) Não dou muita bola para as pessoas ao meu redor
4) Dependendo o que está fazendo é muito fácil arrumar intrigas,
onde você acha mais fácil arrumar intrigas?
a) Em um jogo de futebol
b) Numa sala de aula
c) Em qualquer lugar pode se arrumar intriga facilmente
5) Hoje em dia qualquer troca de olhares pode gerar uma briga, o
que você faz em relação a isso?
a) Ando na rua sem olhar os outros
b) Só ando de cabeça baixa
c) Ando encarando as pessoas
6) Nas ruas estão acontecendo muitos assaltos porque as pessoas
param para falar com qualquer um, o que você faz quando um
desconhecido vem falar com você?
a) Não dou ouvidos
b) Finjo que não escuto e continuo andando
c) Paro e escuto o que a pessoa quer me falar
7) As pessoas hoje em dia arrumam briga só por falar demais, então
sobre o falar demais o que você acha?
a) Deve se falar só o necessário
b) Não falar nada
c) Falar bastante
8) Hoje saber com quem esta andando é essencial, você sabe certo
com quem você anda?
a) Sim, amigos de infância
b) Mais ou menos
c) As vezes saio com pessoas que não conheço
9) Andar desatento é pedir para ser assaltado, como você anda nas
ruas?
a) Sempre atento
b) As vezes não presto muita atenção
c) Nunca presto, sempre estou escutando música
10)Usar drogas causa muitos problemas com as pessoas, o que você
faz em relação a isso?
a) Só meus amigos sabem então não tenho problemas
b) Não uso drogas
c) Uso sem ninguém saber
11)Ter amigos populares as vezes causa problemas, já teve algum
problema por causa de amigo?
a) Sim, por causa de mulheres
b) Nunca tive esses problemas
c) Não tenho amigos populares
12) No mundo de hoje ser calmo é uma grande vantagem para
algumas pessoas e evita muitas confusões. Você acha bom ser
calmo?
a) Sim, a pessoa vive mais tranqüila
b) Nem sempre adianta ser calmo
c) Não muda nada ser calmo ou nervoso
13) Se achar o bom não traz nenhum benefício apenas intrigas, o
que você acha disso?
a) Sim, se achar o bom só traz intrigas
b) Se achar o bom só traz mulherada
c) Se achar o bom não traz intrigas
14) Sabendo que olhar a mulher dos outros só traz brigas, algumas
pessoas insistem em ficar mexendo com a mulher dos outros, o
que você acha disso?
a) Sim, olhar a mulher dos outros traz problemas
b) Nem sempre é só saber a hora de olhar
c) Pode olhar que não da nada
15) A estupidez é uma coisa que muitas pessoas tem, especialmente
os homens, você acha que a estupidez causa violência?
a) Sim, causa muitas discussões
b) Nem sempre, depende como falar
c) Não causa nada
Tema: Violência
1) O que você acha da violência no Brasil?
a) É grande porque o governo não dá incentivos para o povo
melhorar a situação sócio-econômica
b) A culpa é do indivíduo que não quer melhorar sua vida por meios
lícitos
c) A violência é muita e não tem culpado
d) A violência começa na família
2) O que poderíamos fazer para mudar essa realidade?
a) Projetos governamentais para melhorar a profissionalização e a
educação do povo
b) Incentivar a não violência em casa
c) Aumentar o número de policiais
d) Impor penas judiciais mais severas
3) Quais são as conseqüências da agressão infantil?
a) Transtornos psicológicos
b) Pessoas que foram agredidas na infância poderão ser violentas
quando adultas
c) Aumento da violência no futuro
d) Não tem conseqüências pois as crianças esquecem
4) Os roubos, assaltos estão relacionados com a falta de dinheiro?
a) Sim, as pessoas roubam para sobreviver
b) Não, pode estar relacionado ao consumo de drogas e outras
necessidades
c) Sim, porque o custo de vida é muito caro
d) Não, algumas pessoas roubam por falta de princípios morais
5) Você já sofreu algum tipo de violência?
a) Sim, já fui vítima de assalto
b) Não
c) Sim, já fui vítima de “bullying”
d) Sim, outro
6) O que leva pessoas a agredirem crianças?
a) Falta de paciência
b) Transtornos psiquiátricos
c) Desestrutura familiar
d) Pais despreparados para compreender a criança da atualidade
7) Qual o tipo de violência que está mais em evidência hoje?
a) Contra as mulheres
b) Violência virtual
c) Agressões contra crianças
d) Bullying
8) A violência está presente onde você mora?
a) Sim, existem muitos roubos e assaltos
b) Não
c) Sim
d) Não, é um lugar tranqüilo
9) Você acha que a violência verbal é tão forte quanto a física?
2. Sim, a violência verbal é muito mais forte
3. Não, a violência verbal não é nada
4. Não, porque não fere ao ponto de levar a pessoa à morte
5. Sim, dependendo do conteúdo verbal e cultural da pessoa que fere
10) Porque a violência vem crescendo de uma forma incontrolável no
mundo?
a) A pobreza que vem crescendo
b) A crise mundial econômica
c) Por causa da desagregação familiar
d) As leis que não são aplicadas com rigor
11)Você acha que a falta de atenção familiar em relação com os
filhos pode favorecer a violência?
a) Sim, porque os filhos ficam indecisos na hora de tomar uma
atitude
b) Não, porque hoje em dia os filhos tem que ter autonomia
c) Não, porque depende do contexto familiar
d) Sim, pois os pais podem não ter muito tempo para os filhos, não
sendo rígidos quando precisam
12) Como você avalia o aumento da violência em crianças pequenas
e com uma boa condição financeira e cultural?
a) Falta de compreensão entre pais e filhos
b) Filho indesejado
c) Falta de limites
d) Pais distantes e sem afeto
13)O que você entende sobre violência?
a) Comportamento que causa dano a outra pessoa
b) Bater em alguma pessoa
c) Qualquer força empregada contra a vontade
d) Abuso da força
14)Em até que ponto a religião contribui para diminuir a violência?
a) A religião é o meio mais usado para mudar a atitude das pessoas
b) A religião aliena as pessoas
c) A religião pode fazer a diferença por algum tempo
d) Não faz diferença
15)A falta de recursos básicos aos pobres influencia em sua atitude?
a) Sim, porque sem o conhecimento não tem oportunidade
b) Sim, o próprio meio em que vivem geram mais violência
c) Sim, a miséria gera mais miséria
d) Não, porque se o indivíduo quer, vai à luta
Tema: Violência Contra Menores
1) Você acha que a pena de crimes contra menores é pouco rígida?
a) Sim
b) Não
c) Depende
2) Você concorda que quando uma pessoa abusa de um menor ele
tem sua infância perdida e um futuro comprometedor?
a) Sim
b) Não
c) Talvez
3) Um crime assim é muito grave, será que deveria ter pena de
morte a quem maltratasse um menor?
a) Sim
b) Não
c) Talvez
4) A maioria dos casos de pedofilia está dentro de casa por
padrastos, tios, entre outros que convivem no mesmo ambiente.
Será que a culpa é da mãe?
a) Sim
b) Não
c) Talvez
5) Será que campanhas que vemos na mídia, ajudam a diminuir
estes crimes?
a) Sim
b) Não
c) Talvez
6) Este menor que foi vítima de maus tratos, será bem aceito em
nossa sociedade?
a) Sim
b) Não
c) Talvez
7) Você conhece alguém que já foi vítima deste crime?
a) Sim
b) Não
8) Este seu conhecido que foi vítima, sofre algum preconceito
atualmente?
a) Sim
b) Não
c) Não conheço
9) Muitos pais batem em seus filhos acreditando que seja a única
forma de educá-lo, você concorda?
a) Sim
b) Não
c) Talvez
10) Você concorda que o menor vítima de maus tratos, tem mais
chances para entrar nas drogas e praticar violência?
a) Sim
b) Não
c) Talvez
11) Uma família que maltratou seu filho(a) pode se arrepender. Você
concorda que ela ainda tem o direito de ter seu filho(a) de volta?
a) Sim
b) Não
c) Talvez
12) Você acha que pessoas que maltratam menores praticam estes
atos por terem algum problema mental?
a) Sim
b) Não
c) Talvez
13) A pessoa que foi vítima de pedofilia, tem mais chances de
cometer esse crime mais tarde?
a) Sim
b) Não
c) Talvez
14) Você acredita que crianças que sobrevivem a abusos
frequentemente, sofrem danos físicos e psicológicos de longo prazo,
podem prejudicar sua capacidade de aprender e de socializar-se,
dificultando seu bom desempenho escolar e o desenvolvimento de
amizades?
a) Sim
b) Não
c) Talvez
15) Nenhuma violência contra criança é justificável. Você concorda?
a) Sim
b) Não
c) Talvez
Tema: Relações Educacionais
Perguntas destinadas a pais:
1) Comparando a educação que você recebeu de seus pais e a que
você está dando (ou deu) para seus filhos, há diferenças. As mais
evidentes são:
• A falta de disciplina
• A liberdade que os pais dão a seus filhos
• A independência precoce dos jovens de hoje
• O acesso limitado de informação dos pais e filhos
2) Desde sua infância até hoje muita coisa na sociedade mudou. Entre
elas, a forma de educar filhos. Essas mudanças na educação são
conseqüência:
a) Do avanço tecnológico
b) Da mudança de valores
c) Da autonomia dos jovens
d) Da cultura em massa
3) Antigamente as relações de poder dentro de uma família eram bem
definidas e rígidas. Falamos muito que os papéis de poder na
educação estão se invertendo, é comum ouvirmos dizeres do tipo
“quando eu era criança tratava meu pai assim”, ou “se eu tivesse feito
isso quando tinha tua idade, o chinelo corria solto”, revelam os pais
de uma certa maneira, um modelo de relação que, ao mesmo tempo,
expressa sentimento de temor e saudade. Quais destes papéis você
sente, que, ao passar dos anos, foram invertidos mais fortemente?
a) Professor(a) / Aluno(a)
b) Pais / Filho(a)
c) Avós / Neto(a)
d) Chefe / Empregado
4) Todos nós sabemos como é importante ter uma boa e sólida relação
entre pais e filhos. Esta é a porta principal que nos permite navegar
por suas personalidades e compreendê-los melhor e que nos leva a
ter uma família estável e melhor. Quanto tempo você passa,
aproximadamente, com seu filho, por dia?
a) Menos de duas horas
b) 2 a 4 horas
c) 6 a 8 horas
d) Mais de oito horas
5) Educadores ensinam os pais com o seguinte conselho: quando seu
filho fizer algo errado, em vez de censurá-lo “Você fez isto errado”
diga “Por que você fez isso assim?” e ensine a ele a forma correta.
Alguns também dizem: não trate seus filhos da mesma forma que
você foi tratado por seus pais, o que poderia destruí-los
psicologicamente. Atualmente há muitas opiniões em relação a isso,
mas, para você, qual a melhor maneira e ensinar seu filho?
a) Através da disciplina
b) Através do diálogo
c) Através do castigo
d) Através do exemplo de vida
Perguntas destinadas a todos os públicos:
6) Em relação com seus pais, durante sua juventude, vocês conversam
(conversavam) abertamente sobre:
a) Sexo e drogas
b) Time de futebol e esportes em geral
c) Tecnologia e empregos do futuro
d) Medos, namoros e independência
7) Você julga (julgava) a relação com seus pais:
a) Ótima
b) Boa
c) Regular
d) Ruim
8) Em relação as suas escolhas, seus pais são (foram):
a) Liberais
b) Autoritários
c) Escolhem (escolhiam) por você
d) Não ligam (ligavam) para suas decisões
9) “Após usar crack, filho mata o pai enforcado com lençol” essa é a
manchete do EPTV do dia 29/03/2010 às 12h22min, que nos faz
questionar muito nossa atual sociedade. O que leva um filho matar o
pai?
a) A falta de limite imposto por esse pai
b) A rebeldia do filho
c) A falta de disciplina no filho
d) O tráfico de drogas, e assim, a maior causadora é somente a
polícia
10)A geração do futuro são os jovens, por isso é tão importante a
educação de hoje. Mas, os jovens de hoje, vão tomar quais atitudes
no futuro?
a) Acabar totalmente com o meio-ambiente
b) Desenvolver grandes projetos sociais e inclusão na sociedade
c) Criar tecnologias mais eficientes ainda
d) Tornaram-se uma sociedade mais individualista e preconceituosa
11) Com a chegada da Internet, a educação mudou muito, agora, para
recebermos informações não temos só o livro e o professor. Ao criar
uma rede de troca de informação a nível mundial, a Internet veio
encurtar as distâncias, contribuir para idéia de uma aldeia global,
trazer diversão, lazer e facilitar a vida de muitos. Estas “novas”
tecnologias tiveram uma grande adesão por parte dos jovens. Porque
possibilita-os comunicar com qualquer pessoa, em qualquer parte do
mundo e em tempo real. Assim, é uma forma de fazer novos amigos,
conhecer novas culturas, idiomas, ou mesmo tirar uma dúvida com
um professor. No entanto, a sua utilização também acarreta alguns
problemas. Qual área da educação foi mais afetada pela Internet?
a) Agora os alunos não pesquisam mais em livros, só em sites (que
muitas vezes não são seguros)
b) As crianças não brincam mais, ficam somente na frente do
computador
c) Os jovens não conversam mais pessoalmente, apenas por salas
de bate-papo, Messenger, Orkut e Twitter
d) O excesso de informações que a Internet traz causa ignorância
12) Onde você passa a maior parte do seu tempo?
a) Trabalhando / estudando
b) Com sua família
c) Com seus amigos
d) Na Internet
13) Em quem você mais confia?
a) Em seu professor
b) Em seus pais
c) Em seus amigos
d) Em Deus
14) O que você acha que pode fazer para que a educação no Brasil
melhore?
a) A dedicação dos professores
b) A vontade dos alunos em aprender
c) Projetos de educação do governo
d) Agora já é tarde demais
15)O que gera mais briga e discussão em sua relação mãe / pai – filho /
filha?
a) Namoro, sexo, drogas
b) Internet e estudos
c) Emprego e futuro
d) Falta de respeito na relação
16)Do que mais você tem / tinha medo?
a) De perder seus pais / avós
b) De perder seus filhos
c) De perder um amigo
d) De perder seu emprego
17) Quem exerce maior poder em sua vida?
a) Deus
b) Seus pais
c) Seu chefe
d) Seu professor
Tema: Relações/influência do poder no trabalho
1) Qual a influência que o trabalho exerce na sua vida?
a) É a forma que sustenta minha família
b) Forma para me sentir incluso na sociedade
c) A maior de minhas prioridades
2) Como você vê a influência de seu chefe no seu trabalho?
a) Influência positiva
b) Influência negativa
c) Influência inexistente
3) De que forma você pode expressar suas opiniões no ambiente de
trabalho?
a)Tenho liberdade de me expressar
b)Preciso de meios dos quais posso utilizar (sindicatos, etc) para me
expressar
c)Prefiro não expor minha opinião para não entrar em confronto com
os demais
4) Como você percebe a distância que existe entre o superior e o
subordinado?
a) Essa distância interfere de forma negativa no trabalho
b) Essa distância mostra falta de interesse do superior pelo
subordinado
c) Não interfere de forma alguma
5) Qual a reação do subordinado ao ser comandado?
a) Não aceita, pois não concorda com a forma que seu superior
comanda
b) Aceita, por não ser qualificado como seu superior
c) É indiferente, pois compreende como parte de uma cadeia
hierárquica
6) Qual a importância da hierarquia na sociedade?
1. Forma encontrada pelo sistema capitalista para não alterar escala
de poder (rico cada vez mais rico e pobre cada vez mais pobre)
2. Forma de manter a ordem da sociedade
3. Forma usada pela pessoa que está no topo como maneira de
alcançar objetivos pessoais
7) Qual a forma de poder mais eficiente para que o trabalho se
desenvolva sem interferir na forma de trabalhar?
a) Influencia (induzir a fazer)
b) Disciplina (cumprir sem questionar)
c) Domínio ( fazer com boa vontade)
8) Ter contato com seu chefe faz você...
a) Exercer sua função da forma que seu chefe gosta, mesmo que
não seja como você está habituado a trabalhar
b) Sentir que tem liberdade
c) Ter segurança no trabalho exercido
9) Quando a divisão de cargo está evidente, sempre ocorre uma
disputa por cargos melhores, trazendo à tona muita rivalidade, quais os
motivos para isso acontecer?
a) Auto-afirmação
b) Para ter mais poder
c) Individualismo
10)Para você qual a real importância do poder no seu trabalho?
a) Para ter mais dinheiro
b) Não tem grande importância
c) Para poder ter uma melhor qualidade de trabalho
11)Como você agiria se estivesse no mais alto cargo de uma empresa?
a) Agiria de forma justa, com grande participação dos meus
funcionários
b) Agiria conforme necessário, mas sem grande participação de
outras pessoas
c) Agiria da forma que eu achasse necessário
12)Além do capitalismo existiram outros sistemas, mas que possuíam
características e objetivos muito diferentes do capitalismo, um dos mais
comentados é a igualdade na sociedade. Como você vê esta tentativa
de implantar a igualdade entre as pessoas?
a) Seria importante para nossa sociedade, pois assim não teríamos
tantas disputas econômicas nem sociais
b) Não seria nem um pouco agradável para a economia, ela é o
“coração” de nossa sociedade
c) Seria interessante uma tentativa dessas, porém difícil, pois já
estamos acostumados com o capitalismo ao nosso redor
13)As pessoas são contra as atitudes que são mostradas no governo,
um grande exemplo disso é a corrupção, mas porque algumas pessoas
ao conquistarem um cargo importante acabam tendo a mesma atitude?
a) Estas pessoas não tinham uma visão de como seria ter um
trabalho assim, e ao conquistarem, percebem o quão importante é
agirmos da forma que nos privilegia
b) Pois não são pessoas de palavra, mudaram simplesmente por
dinheiro
c) Pois mesmo elas não querendo são levadas a fazer isto por
pessoas que estão ao seu redor
14)O que a palavra poder remete a você?
a) Status, dinheiro
b) Um bom cargo em uma empresa
c) A capacidade de comandar, estimular outras pessoas a fazer algo
15)Qual a importância do reconhecimento da empresa através do
“funcionário do mês”?
a) Serve como forma de incentivo para todos
b) Como forma de competição entre todos os funcionários
c) Como forma de aumentar o rendimento no trabalho
Museu da Pessoa: O reconhecimento dos dados
O componente curricular Arte ofereceu aos alunos situações de
leituras de imagens dos fotógrafos Henri-Cartier Bresson e Sebastião
Salgado para compreender a estética do cotidiano e os problemas
discutidos nas suas imagens, bem como o papel político da arte ao
contextualizar a vida cotidiana. Para isso foi necessário ter um outro
olhar para o conceito de beleza na arte, a maneira de olhar esta arte
(envolve também o espaço do museu) e processo de criação para
compreender a arte na história e sua materialidade. Tivemos
fundamentação na concepção do movimento situacionista, trazendo
discussões de Guy-Debord, que problematizava a sociedade do
espetáculo:“O espetáculo não é uma coleção de imagens, mas uma relação social entre pessoas, intermediada
por imagens... O espetáculo em geral, como uma concreta inversão da vida, é um movimento autônomo do
não vivente...”
Apresenta-se então ao grupo o problema que desencadeou
reflexões sobre a realidade e a forma de olhar esta realidade, para que
apresentassem suas idéias e percepções:
“A cidade é o lugar onde as coisas acontecem”. (Henri Kartier Bresson)
Os indícios do ambiente cultural de determinados lugares cria uma curadoria de
rua, para que os olhos vejam as suas pistas deixados pela civilização contemporânea.
Considerando este contexto somos responsáveis pela cidade que criamos?
Diante disso a experiência estética construída com os fatos
cotidianos é característica comum nas propostas artísticas da atualidade.
E foi esta mesma intenção que inspirou, no final dos anos 1960, a
geração de artistas do movimento artístico situacionista, que viam no seu
propósito a redefinição radical do papel da arte no século XX. Os
próprios "situacionistas" tinham um ponto de vista dialético, assumindo a
tarefa de "superar" a arte, abolindo a noção de arte como uma atividade
especializada e separada e transformando-a naquilo que seria parte da
construção da vida cotidiana.
Como vivemos num mundo híbrido, em que os limites entre as
culturas, os meios ou as linguagens são cada vez mais indefinidos e a
arte se dá destes encontros, humanizando um momento banal da vida
cotidiana, propõe-se desafios cognitivos e procedimentos envolvidos
em sua solução necessários à alguns conhecimentos técnicos sobre a
feitura de imagens, mas sobretudo o domínio do pensamento formal, que
é a capacidade de estabelecer relações lógicas contribuindo para o
aperfeiçoamento de sua apreensão do mundo.
O olhar para o cotidiano cria uma curadoria de rua realizada
diariamente pela civilização, construindo democraticamente narrativas
históricas e perspectivas a novos referenciais educacionais. Para isso os
educandos reconheceram estas histórias efêmeras e registraram com
fotografias as cenas que se perdem nas ruas e praças da cidade.
Na fase da construção do museu, em que os alunos saíram as
ruas, em busca das cenas comuns, pode-se perceber os sentimento do
medo, e pré-conceitos em relação a imagem diversa do outro, do lugar e
da simplicidade das cenas que se apresentam a quem olha:
-Profe se nos for até lá podemos ser assaltados, lá as pessoas roubam.
(fala de um jovem referindo-se de forma generalizada à uma localidade próxima
da escola ao criarem o roteiro para buscar as cenas)
- Aquela cena tem a ver com a minha pesquisa (referindo-se a um trabalhador
construindo um prédio)
-Cuida com a identidade dele, não deixa aparecer o rosto, pega este ângulo
que vai ficar legal (colega orientando o outro a construir a imagem)
Imagens de Henri-Cartier Bresson
Gare Saint-Lazare, Paris 1932 Rue-Mouffetard-Henri-1954
Os alunos realizaram estudos sobre fotografias no laboratório
fotográfico do CETEL, da Universidade de Caxias do Sul apropriando-se
dos procedimentos técnicos e artísticos para a realização das imagens.
Para isso realizaram a leitura da imagem fotográfica: seus elementos
constitutivos: Quem é o fotógrafo? De que assunto trata? Quais são as
coordenadas da situação? A que espaço e tempo a foto se refere? A
compreensão do enquadramento, seu ponto de vista, e sua composição.
Laboratório da escola Aprendizagem da leitura da interface do museu da pessoa, referência
de estudo para a construção do centro de memória das histórias.
Depois de compreender através de textos e leituras de imagens
como pensar os dados das pesquisas e olhar o cotidiano para
reconhecer como é tratado os temas estudados que potencializam as
histórias das pessoas. Para isso cada aluno responsabilizou-se de
buscar histórias na família, entre amigos, colegas, mídia.
A socialização aconteceu num círculo de conversas trazendo os
dados da pesquisa , a análise sociológica, a concepção estética dos
situacionistas reconhecendo em cada história os problemas dos temas
abordados.
Pode-se perceber a dificuldade dos jovens descentrarem a tais
conflitos e muitas vezes deixarem – se afetar. Um aspecto a ser
destacado é que não havia produção de indisciplina ou comportamentos
agressivos para não realizar as tarefas, a mudança de ambiente de
trabalho não criava nenhuma abertura para conflitos comuns a sala de
aula, mas era possível pensar sobre um peso de responsabilidade sobre
o resultado de uma pesquisa. No sentido de se perguntar o que é que eu
tenho a ver com isso?
Quando chegou o momento da curadoria de rua, saímos duas
vezes para a realização desta. A primeira foi para compreender como
poderíamos ler os dados da pesquisa em cenas que assistimos todos os
dias?
A segunda foi para realizarmos as imagens e poder deslumbrar-se
com o cotidiano, num sincretismo que acontece a cada encontro que se
potencializa.
A Curadoria de Rua: Reconhecimento das Histórias em todo Canto
Algumas das produções realizadas pelos alunos:
As imagens serão tratadas num editor de imagens e
posteriormente serão socializadas para leitura e reconhecimento dos
temas estudados. Enquanto o processo das imagens não se processava,
foi construído o blog que serviria de espaço para exposição das
histórias, dados da pesquisa e imagens da curadoria.
A Interface do Museu da Pessoa
Considerações dos estudos realizado pela aluna Luisie Ló Ensino Médio
“O pai de antigamente era autoritário em relação ao trabalho do filho (como:
trabalhar na roça) para lucrar mais (a idéia de ter mais “filhos homens” surge do
mesmo conceito) e o pai de atualmente, como todo ser humano, tem medo do
desconhecido, então não interfere (ou manda) no filho na área de trabalho,
sendo, assim, mais liberais (como por exemplo, a maioria dos pais de hoje não
tem tanto conhecimento na área de informática como seus filhos), mas, mesmo
assim estimulam o filho a “entrar” e ter sucesso no capitalismo, em outras
palavras, a ganhar muito dinheiro. Pais de antigamente, como de atualmente
usam sua autoridade para influenciar os filhos em relação ao trabalho.”
Alguns dados da pesquisa:
20%
80%
0% 0%
3-Antigamente as relações de poder dentro de uma família eram bem definidas e rígias. Falamos muito que os papéis de poder na educação estão se invertendo, é comum ouvirmos dizeres do tipo "quando eu era criança tratava
meu pai assim", ou "se tivesse fei
A-Professor(a) / Aluno (a)
B-Pais/Filho (a)
C-Avós/ Neto (a)
D-Chefe/ Empregado
A-Menos de duas horas B-2 a 4 horas
C-6 a 8 horasD-Mais de oito
horas
55
8
2
4-Todos nós sabemos como é importante ter uma boa e sólida relação entre pais e filhos. Esta é a porta principal que nos permite navegar por suas personalidades e compreendê-los melhor e que
nos leva a ter uma familia estável e melhor. Quanto tempo você
0
1
2
3
4
5
6
7
8
A-Agora os jovens não pesquisam mais em
livros, só em sites (que muitas vezes, não são
seguros)
B-As crianças não brincam mais, ficam
somente na frente do Computador
C-Os jovens não conversam mais
pessoalmente, apenas por salas de bate-
papo, Messenger, Orkut e Twitter.
D-O excesso de informações que a Internet traz causa
ignorância
11-Com a chegada da Internet, a educação mudou muito, agora, para recebermos informações não temos só o livro e o professor. Ao criar uma rede de troca de
informação a nível mundial, a Internet veio encurtar distâncias, contribuir para a ideia de aldeia
3
10
6
1
A-Ótima
B-Boa
C-Regular
D-Ruim
7-Você julga (julgava) a relação com seus pais:
Trabalho realizado pela aluna Eduarda Zamboni
Relações de poder no trabalhoIntrodução
Este trabalho terá como foco principal a analise da influência do poder
nos trabalho, no dia-a-dia da sociedade, através de um questionário com
perguntas referentes ao tema.
As questões serão analisadas a partir dos conceitos do sociólogo Max
Weber.
“Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha
supera mais de um arquiteto ao construir sua colméia. Mas o que distingue o pior
arquiteto da melhor abelha é que ele figura na mente sua construção antes de
transformá-la em realidade. No fim do processo de trabalho aparece um
resultado que já existia antes idealmente na imaginação do trabalhador. Ele não
transforma apenas o material sobre o qual opera; ele imprime ao material o
projeto que tinha conscientemente em mira, o qual constitui a lei determinante
do seu modo de operar e ao qual tem de subordinar sua vontade. E essa
subordinação não é um ato fortuito. Além do esforço dos órgãos que trabalham,
é mister a vontade adequada que se manifesta através da atenção durante todo o
curso do trabalho. E isso é tanto mais necessário quanto menos se sinta o
trabalhador atraído pelo conteúdo e pelo método de execução de sua tarefa, que
lhe oferece por isso menos possibilidade de fruir da aplicação das suas próprias
forças físicas e espirituais.” [WEBER, Ética protestante e o espírito do
capitalismo, p.202 ]
Questão 1:
a) 12 respostas
b) 6 respostas
c) 5 respostas
Weber afirma que o homem é quem dá sentido a suas ações, ele possui um
motivo para fazer algo. Neste caso os entrevistados trataram o trabalho como a
forma de manter financeiramente suas famílias. Podemos caracterizar esta
resposta com o conceito que Weber utiliza chamado de Ação Social e Ação
Racional com Relação a fins, onde o individuo estabelece comunicação com os
outros indivíduos fazendo suas escolhas e tomando atitudes baseadas em como
serão executadas e principalmente visando os seus fins.
Foi interessante observar nestas respostas a diferença de pensamentos entre
os jovens que já trabalham e os adultos que trabalham, mas que diferentemente
dos jovens não possuem uma família para sustentar, das cinco pessoas que
optaram pela alternativa C que se referia ao trabalho como a maior prioridade,
quatro foram jovens entre dezesseis e dezoito anos.
Questão 2:
a) 14 respostas
b) Nenhuma resposta
a) 6 respostas
Esta questão foi formulada, para que eu pudesse ver qual a visão que os
entrevistados possuíam de seus chefes, mas como pude perceber as pessoas
tiveram receio de expor realmente suas opiniões, pois de seis pessoas que
responderam não ter nenhuma influência de seus chefes apenas duas eram
subordinados, ou seja, quatro eram donos do seu próprio negócio, ou algo
semelhante, pois estavam no cargo mais alto.
Não podemos deixar a hipótese de que seus chefes realmente são bons,
porém também podemos ampliar nossa visão com a hipótese de que os
entrevistados sofreram uma influência indireta da autoridade de seus chefes, pois
com o acesso tão rápido das informações estas pessoas se sentiram incomodadas
para responder francamente as questões, com medo das conseqüências que
poderiam vir.
Questão 3:
a) 19 respostas
b) Nenhuma resposta
c) 1 resposta
Existem diferentes tipos de sindicatos que reivindicam as ideias dos seus
trabalhadores, para melhorar a situação de trabalho, podemos ver também
através das passeatas. Mas existem também empresas que procuram ter
um bom relacionamento com seus funcionários, fazendo com que se
sintam a vontade para expor suas ideias. Quase todos os entrevistados
afirmaram que possuem liberdade para se expressar, apenas um dos vinte
entrevistados disse preferir não expor sua opinião para não entrar em
confronto com os demais, como já foi dito antes esta segurança para
expor suas opiniões pode mudar de ambiente para ambiente de trabalho.
Esta relação afetiva pode não ocorrer em grandes empresas como em
multinacionais que se torna inviável, porém em empresas de pequeno e
médio porte a relação afetiva ocorre com mais frequência, tornando esta
de mais fácil interação entre chefe e funcionário.
Questão 4:
a) 5 respostas
b) 5 respostas
c) 10 respostas
Com o capitalismo estabelecido na sociedade muitas pessoas não
percebem o afastamento que há entre elas, inclusive nas áreas de trabalho.
Esta distância já se tornou tão cotidiana que parte dos indivíduos não vêem
como influente entre os comandados e seus superiores. Que se tornou um
hábito arraigado na sociedade, pois atualmente os indivíduos querem se
estabelecer cada vez mais na sociedade, porém o capitalismo trabalha de
forma hierarquicamente articulada, ou seja, estas pessoas já estão sofrendo
coerção de forma que obedecem ordens de seus superiores, que já não vêem
necessidade de uma relação tão pessoal, um comando “corpo a corpo”.
Ao analisarmos opiniões distintas se torna mais complexa a tentativa de
entender e generalizar o que a sociedade pensa. Como Weber estabelece
quatro tipos de ação social, podemos ver que em várias situações essas
classificações poderão se entrelaçar ou se confrontar.
Com as respostas dadas pelos entrevistados pode-se dizer que metade
deles não percebem interferência com a distância entre o chefe e o
funcionário, e a outra metade percebe de forma negativa esta distância. O
grupo que não percebe esta distância certamente está habituado com esta
forma de trabalhar, onde ele já possui suas funções delegadas tendo que
somente exercê-las. O outro grupo precisa ter uma imagem como referência,
uma voz de autoridade, que lhes passe segurança e auxilie-os na execução de
suas funções.
Questão 5:
a) 2 respostas
b) 5 respostas
c) 13 respostas
Com o passar do tempo, o avanço tecnológico, industrial e o rápido
acesso a novas informações vem tornando o mercado de trabalho mais
competitivo, a necessidade de estar atualizado vem fazendo com que este
mercado se torne mais exigente com seus profissionais. O que deixa
visivelmente sociedade dividida.
As pessoas estão num estado coercivo tão forte com o capitalismo que
simplesmente aceitam que são comandadas por um superior por fazer parte de
uma cadeia hierárquica. Hoje são escravas do trabalho, o Poder Tradicional e o
Poder Legal se unem em nossa sociedade, onde as pessoas não vêem problema
em seguir esta hierarquia, pois se tornaram escravas do seu trabalho para uma
vida estável.
A empresa dos dias atuais é um imenso cosmos, no qual o indivíduo nasce, e que se apresenta a ele, pelo menos como indivíduo, como uma ordem de coisas inalterável, na qual ele deve viver. Obriga o indivíduo, na medida em que ele é envolvido no sistema de relações de mercado, a se conformar às regras de ação capitalistas. O fabricante que permanentemente se opuser a estas normas será economicamente eliminado, tão inevitavelmente quanto o trabalhador que não puder ou não quiser adaptar-se a elas será lançado à rua sem trabalho. (WEBER, A ética protestante e o espírito do capitalismo, p.188)
Questão 7:
a) 2 respostas
b) 3 respostas
c) 15 respostas
Em muitos locais de trabalho a forte autoridade dos superiores acaba
fazendo com que os empregados trabalhem de forma que siga as ideias do
superior, o que em muitos casos faz com que este trabalho não seja bem feito,
diminuindo o rendimento dos funcionários.
Na opinião destes, a melhor forma para que o trabalho seja executado
é através da autoridade de domínio, ou seja, onde executem todos seus
deveres sem se sentirem pressionados, de forma natural.
Weber ao expor seu conceito de autoridade e as diferentes classificações,
nos mostra que nem sempre esta autoridade será exercida de uma única forma
elas poderão se relacionar em diversas situações.
Como é possível vermos nas outras questões abordadas, os indivíduos de
nossa sociedade já se habituaram a seguir a hierarquia que já os foi imposta,
porém a forma que a autoridade os é imposta e os padrões que devem ser
seguidos não permite que tenham autonomia para realizar seus trabalhos.
“O líder carismático, em certo sentido, é sempre
revolucionário, na medida em que se coloca em
oposição consciente a algum aspecto estabelecido
da sociedade em que atua. Para que se estabeleça
uma autoridade desse tipo, é necessário que o apelo
do líder seja considerado como legítimo por seus
seguidores, os quais estabelecem com ele uma
lealdade de tipo pessoal.”
[WWW.culturabrasileira.com]
A autoridade carismática pode se tornar uma forma de toda
sociedade expressar o que ela tanto deseja sem fazer grandes esforços, já
que esta acomodada à esta situação. Ter um líder que expresse e acima de
tudo aceite os desejos de todos é muito mais cômodo para a sociedade.
Questão 8:
a) 5 respostas
b) 5 respostas
c) 11 respostas
A cada instante nossa sociedade sofre mudanças de valores, pensamentos,
e também econômicas. O mercado de trabalho é um dos locais que
podemos perceber nitidamente estas mudanças. Os indivíduos percebem
que apesar do mercado de trabalho se expandir cada vez mais junto com
o crescimento do seu país, estado, cada vez mais há necessidade de se ter
uma formação e estar apto para poder entrar no mercado.
Quando o indivíduo ingressa no trabalho como vimos em uma das
questões anteriores, no inicio ele acha necessários ter um contato com seu
chefe, este contato o fará ter segurança em sua função dentro do local em
que trabalha.
Esta segurança que tanto desejam ter se deve pelo medo do que
desconhecem como o poder e a autoridade que exerce o superior.
“Pressupondo que um líder conquista de
forma natural e humilde a autoridade, a
mesma inspira as pessoas a fazerem as
coisas boas e com boa vontade. Já ser um
chefe é impor o poder, ato este que do
contrário de inspirar, obriga as pessoas a
fazerem as coisas certas. Liderar,
necessariamente não é ser um gerente, ou
vice-versa. Quando lidamos com pessoas,
estamos expostos a encontrar varias
personalidades, pensamentos e culturas
diferentes.” [Autor: Luiz Roberto Soares.
WWW.administradores.com.br]
Questão 9:
a) 4 respostas
b) 10 respostas
c) 6 respostas
Em diversas empresas é comum haver disputas em que os funcionários
tentam exercer da melhor forma possível seus trabalhos para se
destacarem e se possível mudar de cargo e ter um salário melhor.
O individuo passa a ter o trabalho como a ação que o levará a um cargo
melhor dentro da empresa.
“(...) ação social, a conduta humana dotada
de sentido (...). É o agente social que dá
sentido à sua ação: estabelece a conexão
entre o motivo da ação, a ação propriamente
dita e seus efeitos.” [Sociologia. Introdução
à ciência da sociedade. Autor: Cristina
Costa, p. 97]
Weber também classifica a ação social em quatro tipos, através das
características das quais as ações são feitas, como, sentimentais,
habituais, crença e também pelo cálculo racional, no qual podemos
relacionar perfeitamente com esta situação. A ação racional com relação
a fins organiza os meios necessários prevendo os fins, assim o sujeito
poderá usar como forma de organização para que ele possa no futuro
conquistar o que deseja.
Questão 10:
a) 5 respostas
b) 1 resposta
c) 14 respostas
Novamente podemos perceber o quão importante é o trabalho na vida
dos indivíduos, que estão sempre a desejar uma boa qualidade de
trabalho.
Há possibilidade de levantar diferentes hipóteses quando falamos em
qualidade de trabalho relacionada com poder, já que como poderá ser
visto em outras analises o poder é visto como um modo de comandar
e induzir outras pessoas a fazer as atividades. Qualidade de trabalho
com a empresa em geral, desenvolvendo um bom trabalho, o
funcionário sozinho exercendo bem suas funções ou também o
funcionário sozinho em um alto cargo.
Questão 11
a) 16 respostas
b) 1 resposta
c) 3 respostas
Hoje existem muitas discussões sobre o que é certo e errado para nossa
sociedade, um dos casos que cansamos de ouvir são o dos políticos, que
são “julgados” por nós cidadãos pelo que fazem, pois estas atitudes vão
contra os princípios de toda a sociedade. Porém é necessário que
começamos com pequenas atitudes, em nossa casa, empresa e etc.
“Devemos nos tornar a mudança que desejamos ver no mundo”
[Mahatma Gandhi]
Quando questionados sobre como agiriam se estivessem no mais alto
cargo de uma empresa, ou seja, comandando tudo, a grande maioria
afirmou que agiriam de forma justa e com grande participação de seus
funcionários.
“O simples ato de enviar uma carta é
composto de uma série de ações sociais com
sentido – escrever, selar, enviar e receber –,
que terminam por realizar um objetivo. Por
outro lado, muitos agentes ou atores estão
relacionados a essa ação social – o
atendente, o carteiro etc. Essa
interdependência entre os sentidos das
diversas ações – mesmo que orientadas por
motivos diversos – é que dá a esse conjunto
de ações seu caráter social” [Sociologia
introdução à ciência da sociedade, autor:
Cristina Costa, p. 98]
Ou seja, mesmo que este chefe não aceitasse a participação destes
funcionários ele teria uma relação de interdependência com seus
funcionários.
Questão 12
a) 8 respostas
b) 2 respostas
c) 10 respostas
O capitalismo dominou nosso jeito de pensar, agir, comprar, e até mesmo
falar. As divisões das classes sociais se tornaram mais evidentes. A cada
instante confirmamos essas e outras características do capitalismo, com
nossas atitudes, mesmo que não falemos a todo o momento temos noção de
toda a influência sofri pelo sistema.
Com esta questão foi possível confirmar tudo o que foi dito anteriormente.
As duas alternativas mais assinaladas foram as que nos remetem ao quanto
estamos presos ao sistema, as alternativas A e C. Grande parte dos
entrevistados acha muito interessante e importante a igualdade entre todos
os indivíduos da sociedade, porém afirmam ser quase impossível uma
tentativa destas, pois estamos habituados a este sistema econômico. Não
agimos mais segundo nosso pensamento, que estamos em uma sociedade
capitalista, que temos que trabalhar para sustentar nós e nossa família, isso
se tornou algo mecânico, onde simplesmente fazemos.
Questão 13
a) 6 respostas
b) 10 respostas
c) 5 respostas
Podemos tomar como gancho a analise da questão anterior, em que nos
habituamos com o sistema econômico em que vivemos. Neste caso ouve
uma mudança de papel, esta pessoa que hoje está em um alto cargo dentro
de uma empresa já teve uma função menor, ou seja, ele pode já ter passado
por uma fase em que não tinha poder para realizar mudanças.
Os questionados acreditam que esta pessoa mudou a forma de pensar por
estar envolvida com muito dinheiro, porém este pode ter sofrido coerção dos
demais indivíduos que estão ao seu redor, levando-o a agir desta forma. Mas
também podemos analisar que este já estava habituado com esta corrupção,
que nos é mostrada todos os dias.
Estas atitudes corruptas e erradas nos são expostas todos os dias, em
noticiários, ou ate mesmo onde trabalhamos, porém não tomamos nenhuma
atitude para que tudo isso possa mudar, ou seja, nossa sociedade entrou no
comodismo.
Questão 14
a) 3
b) 2
c) 15
Os conceitos das palavras poder e autoridade muitas vezes são confundidos.
Até mesmo dentro das empresas, o que muitas vezes pode vir a atrapalhar a
execução das tarefas a até mesmo o convívio entre os funcionários.
“(...)Max Weber conceituou poder como
sendo a probabilidade de um certo comando
com um conteúdo específico a ser
obedecido por um grupo determinado. Já a
autoridade é uma modalidade legitima de
poder. É a habilidade de levar as pessoas a
fazerem de boa vontade sua própria vontade
por influência pessoal.” [Texto de autor
desconhecido.]
Nesta questão é interessante perceber que as pessoas sabem ou aparentam
saber o real conceito de poder. Já que estamos acostumados a utilizar algumas
frases para se referir à questão financeira (uma pessoa rica) como: –nossa
aquele é poderoso; –o dono daquela empresa é o poderoso chefão.
Questão 15
a) 13 respostas
b) 2 respostas
c) 6 respostas
A premiação do “funcionário do mês” colabora para a relação entre os
funcionários e a empresa, ou pode ser uma maneira calculada para servir de
incentivo para todos e também pode colaborar para aumentar o rendimento no
trabalho.
Esta questão também pode mostrar que tipo de poder o dono da empresa
mantém. O poder carismático faz com que seja estabelecida uma boa relação
entre o chefe e o funcionário.
“Tudo é feito em termos de balanço: a
previsão inicial no começo da empresa, ou
antes de qualquer decisão individual; o
balanço final para verificação do lucro
obtido. Por exemplo, a previsão inicial de
uma transição por encomenda (primeiras
empresas de compra e venda surgidas na
Idade Média) pode ser a constatação do
valor monetário dos bens transacionados –
enquanto esses não assumirem forma
monetária – e o balanço final pode equivaler
a uma distribuição do lucro ou das perdas
ao termino da operação. Na medida em que
as operações são racionais, toda ação
individual das partes é baseada em cálculo.”
[WEBER, Ética protestante e o espírito do
capitalismo, p.5]
Questões dos Gráficos
Questão 1: Qual a importância que o trabalho exerce na sua vida?
a) É a forma que sustenta minha família.
b) Forma para me sentir incluso na sociedade
c) A maior de minhas prioridades
Questão 6: Qual a importância da hierarquia na sociedade?
a) Forma encontrada pelo sistema capitalista para não alterar a escala de
poder (rico cada vez mais rico, pobre cada vez mais pobre)
b) Forma de manter a ordem na sociedade
c) Forma usada pela pessoa que esta no topo como maneira de alcançar
objetivos pessoais
Questão 7: Qual a forma de poder mais eficiente para que o trabalho se
desenvolva sem interferir na forma de trabalhar?
a) Influência (induzir a fazer)
b) Disciplina (cumprir sem questionar)
c) Domínio (fazer com boa vontade)
Questão 10: Para você qual a real importância do poder no seu trabalho?
a) Para ter dinheiro
b) Não tem grande importância
c) Para poder ter uma melhor qualidade de trabalho
Questão 11: Como você agiria se estivesse no mais alto poder de uma
empresa?
a) Agiria de forma justa, com grande participação dos meus funcionários
b) Agiria conforme necessário, mas sem grande participação de outras
pessoas.
c) Agiria da forma que eu achasse necessário
Questão 12: Além do capitalismo existiram outros sistemas, mas que
possuíam características e objetivos muito diferentes do capitalismo, um dos
mais comentados é a igualdade na sociedade. Como você vê esta tentativa
de implantar a igualdade entre as pessoas?
a) Seria importante para nossa sociedade, pois assim não teríamos tantas
disputas econômicas nem sociais
b) Não seria nem um pouco agradável para a economia, ela é o “coração”
de nossa sociedade.
c) Seria interessante uma tentativa dessas, porem difícil, pois já estamos
acostumados com o capitalismo ao nosso redor.
Questão 14: O que poder remete a você
a) Status, dinheiro
b) Um bom cargo em uma empresa
c) Capacidade de comandar, estimular outras pessoas a fazer algo
Questão 1
Questão 6
Questão 7
Questão 10
Questão 11
Questão 12
Questão 14
ConclusãoVivemos falando sobre capitalismo, trabalho, dinheiro, valores e outras
situações que estamos expostos todos os dias.Procurei abordar um assunto que estivesse presente em nosso dia-a-dia,
porém não fosse discutido na sociedade. Quando falamos em capitalismo logo nos vem à mente as questões financeiras, o trabalho, poder e autoridade.
Ao iniciar este trabalho tinha como propósito saber se as pessoas tinham idéia de que a sociedade gira em torno do trabalho e que nele estão expostos a muitas influências, ou simplesmente haviam se habituado a “rotina” na sociedade.
Foi muito interessante perceber que todas as pessoas vêem que o poder influi não apenas no ambiente de trabalho, mas também nas relações sociais entre os amigos e até mesmo na família.
Bibliografia:
WWW.lusosofia.net
WWW.algosobre.com.br
Blog: sociedadecapitalista.blogspot.com
WWW.culturabrasil.pro.br/weber
Trabalho: A evolução do pensamento administrativo, Márcia Terra da
Silva e Alexandra E. A. Guerrero
Livro: Sociologia, Introdução à ciência da sociedade
WWW.administradores.com.br
Participaram do Projeto:
Cristina Wegner Müller, Eduarda Zamboni, Giovani Henrique Turra,
Henrique de Gregori Decimo, Jamil Salamoni Gomes, João Otávio Rela
Pilati, Leonardo Bianchi Bisinela, Luisie Knaak Ló, Ramon ribeiro de
Moura, Taiara Berti, Vitor Felipe Carniel, Pietro Demamann Arensi,
Fernando Biondo, Matheus Periva Pedroso e Adriano Brando de Souza
Leonardo
Mateus
Pietro
Ramon
Taiara
Vitor Carniel